2 min leitura
0

Livro – Food Safety Management

2 min leitura

Com lançamento marcado para o dia 26 de novembro, O livro Food Safety Management – A Practical Guide for the Food Industry traz temas de muito interesse para todos nós que vivemos o dia-a-dia da gestão.

Segundo a sinopse oficial,  “este é primeiro livro a apresentar uma abordagem integrada e prática de gestão da segurança de alimentos através da cadeia produtiva.  Nenhum outro livro orienta o leitor aos vários riscos de cada segmento e os alerta sobre as medidas para mitigá-los. Usando exemplos práticos de incidentes e suas causas fundamentais, o livro cria consciência sobre as armadilhas de segurança de alimentos e oferece inspiração para preveni-los”

 

FOREWORD
PREFACE

1.  FUNDAMENTALS IN MANAGEMENT OF FOOD SAFETY IN THE INDUSTRIAL SETTING: CHALLENGES AND OUTLOOK OF THE 21ST CENTURY

SECTION 1: RISKS AND CONTROLS IN THE FOOD SUPPLY CHAIN

2.  ANIMAL FEED
3.  NATURALLY OCCURRING TOXICANTS OF PLANT ORIGIN
4.  ALLERGENS
5.  MILK AND DAIRY PRODUCTS 
6.  MEAT AND MEAT PRODUCTS
7.  POULTRY AND EGGS 
8.  SEAFOOD
9.  FRUITS AND VEGETABLES 
10. COFFEE, COCOA AND DERIVED PRODUCTS
11. HONEY, CONFECTIONERY AND BAKERY PRODUCTS 
12. NUTS, OILSEEDS AND LEGUMES
13. OILS AND FATS
14. BOTTLED AND DRINKING WATER 
15. PET FOOD 
16. FOOD CONTACT MATERIALS

SECTION 2: TECHNOLOGIES AND FOOD SAFETY

17. THERMAL TREATMENT
18. NON-THERMAL PROCESSING TECHNOLOGIES 
19. ACIDS AND FERMENTATION
20. REFRIGERATION AND FREEZING
21. DETECTION OF PHYSICAL HAZARDS

SECTION 3: FOOD SAFETY ASSURANCE SYSTEMS

22. PRINCIPLES AND SYSTEMS FOR QUALITY AND FOOD SAFETY MANAGEMENT
23. HYGIENE IN PRIMARY PRODUCTION 
24. HYGIENE IN FOOD PROCESSING AND MANUFACTURING
25. SITE SELECTION, SITE LAYOUT, BUILDING DESIGN 
26. HYGIENIC DESIGN AND MAINTENANCE OF EQUIPMENT 
27. CLEANING AND SANITIZING       
28. PERSONAL HYGIENE AND HEALTH
29. PEST MANAGEMENT 
30. SAFE HANDLING OF FOOD IN HOMES AND FOOD SERVICES 
31. HAZARD ANALYSIS AND CRITICAL CONTROL POINT SYSTEM (HACCP)
32. HACCP MISCONCEPTIONS
33. MANAGEMENT OF MICROBIOLOGICAL HAZARDS: Testing and Monitoring 
34. MANAGEMENT OF CHEMICAL CONTAMINANTS
35. FOOD DEFENSE 
36. EFFECTIVE LEADERSHIP
37. HUMAN FACTORS IN FOOD SAFETY MANAGEMENT
38. ASSESSMENT OF FOOD SAFETY MANAGEMENT SYSTEMS 
39. CONSUMER INFORMATION AND LABELING  
40. INCIDENT MANAGEMENT AND ROOT CAUSE ANALYSIS
41. CRISIS MANAGMENT
42. THE ROLE OF INTERNATIONAL, REGIONAL, AND NATIONAL ORGANIZATIONS

SECTION 4: SUSTAINABILITY AND ETHICS

43. SUSTAINABILITY AND FOOD PRODUCTION
44. CLIMATIC CHANGES
45. NUTRITIONAL TRENDS AND HEALTH CLAIMS 
46. ETHICS IN FOOD SAFETY MANAGEMENT

SECTION 5: EPILOGUE

47. TRAINING AND EDUCATION

Autores: Yasmine Motarjemi e Huub Lelieveld

Para comprar o livro, acesse: o site da Elsevier.

2 min leituraCom lançamento marcado para o dia 26 de novembro, O livro Food Safety Management – A Practical Guide for the Food Industry traz temas de muito interesse para todos nós […]

< 1 min leitura
2

Guia sobre qualidade de ar da ANVISA

< 1 min leitura

A indústria de alimentos não conta com um guia para controle e monitoramento do ar ambiental. No entanto sempre pode ser uma boa ideia espiar referências da indústria farmacêutica quando o grau de risco dos alimentos for elevado.

Guia da Qualidade para Sistemas de Tratamento de Ar e Monitoramento Ambiental na Indústria Farmacêutica

Baixe o guia completo aqui.

< 1 min leituraA indústria de alimentos não conta com um guia para controle e monitoramento do ar ambiental. No entanto sempre pode ser uma boa ideia espiar referências da indústria farmacêutica quando […]

2 min leitura
2

Mapa das empresas certificadas em segurança de alimentos

2 min leitura

Nesse nosso imenso país, podemos observar claros eixos onde as empresas de alimentos e seus insumos optam por ou são obrigadas a se certificarem em algum esquema de gestão de segurança de alimentos.

Conforme foi mencionado no post sobre o Perfil das empresas certificadas em segurança de alimentos, há concentração de certificações em produtos cárneos na norma IFS e BRC, sendo que a liderança destes produtos é do oeste do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás. 

Já a norma FSSC 22000 tem aplicação mais eclética, e pode ser observada espalhada em todo o território nacional.

Somente dois certificados foram emitidos para a o esquema SQF até agosto de 2013.

mapa_empresas_certificadas_alimentos_2013

Cidades que apresentam círculos maiores detêm maior número de certificados. 

Pequeno =  1
Médio = 2 a 5 certificados/município
Grande = 6 a 10 certificados /município
Muito grande > 11 certificados

Perguntamos à Caroline Nowak, representante do esquema IFS no Brasil, por que razão há uma predileção por esta norma dentre o universo de cárneos. A resposta foi objetiva e mostra mais uma vez a influência do cliente na adoção de esquemas.

“A maioria das plantas certificadas pela IFS sao carnes pois normalmente estas empresas exportam para Europa e lá a IFS é a norma mais exigida”. Sobre a “rivalidade”  entre BRC e IFS, ela pondera: ” na Europa a BRC faz mais sucesso na Inglaterra e um pouco na Holanda. Os varejistas dos outros países (Alemanha, Françaa, Itália, Espanha etc.) apoiam mais a IFS” 

2 min leituraNesse nosso imenso país, podemos observar claros eixos onde as empresas de alimentos e seus insumos optam por ou são obrigadas a se certificarem em algum esquema de gestão de […]

< 1 min leitura
7

Perfil das empresas certificadas em segurança de alimentos no Brasil

< 1 min leitura

Quem são, onde estão e em quais normas as empresas que buscam diferencial competitivo em segurança de alimentos estão certificadas? Para responder essa pergunta, a Flavor Food Consulting realizou um levantamento do mercado para entender o comportamento das empresas brasileiras e analisar tendências.

Até agosto de 2013, foram emitidos 251 certificados em normas de segurança de alimentos reconhecidas pelo GFSI  (Global Food Safety Iniciative) no Brasil.   A FSSC 22000 corresponde a 50,2%  do universo de empresas certificadas. A norma BRC é a segunda em preferência, com 35,9%, seguida pela IFS, com 13,1%. Somente duas empresas possuem o certificado SQF. 

 

 

 

 

 

 

 

Essas informações e muito mais você encontra aqui.

< 1 min leituraQuem são, onde estão e em quais normas as empresas que buscam diferencial competitivo em segurança de alimentos estão certificadas? Para responder essa pergunta, a Flavor Food Consulting realizou um […]

2 min leitura
0

GFSI expande escopo e inclui armazenamento e distribuição

2 min leitura

Foi publicada no dia 07 de outubro de 2013 a versão 6.3 do documento-guia do GFSI. Esta nova versão inclui os requisitos-chave de segurança de alimentos para o setor de armazenamento e distribuição, aumentando o escopo do documento-guia. A partir desta extensão, esquemas (normas) que trazem requisitos para certificação do setor de armazenamento e distribuição poderão ser submetidos ao reconhecimento total do GFSI a partir do procedimento de benchmarking.  Para entender melhor o documento-guia e o reconhecimento de normas pelo GFSI, convidamos a todos a lerem este post: http://artywebdesigner.com.br/gfsi-e-o-processo-de-benchmarking-para-reconhecimento-de-normas/

 

Para definir os requisitos-chave para o setor de armazenamento e distribuição, o grupo de trabalho do GFSI estava envolvido desde dezembro de 2011 neste assunto. Programas de pré-requisitos (Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição), APPCC e elementos de gestão da segurança de alimentos estão entre os requisitos fundamentais. O grupo definiu também os requisitos de competência para os auditores do setor de armazenamento e distribuição e considerou o detalhamento de como seriam as certificações de empresas multi-site.

 

Hoje, os escopos que estão incluídos no documento-guia do GFSI são:

 

AI: Criação de animais / pecuária (Farming of Animals)

AII: Aquicultura (Farming of Fish

BI: Cultivo de vegetais (Farming of Plants)

BII: Cultivo de grãos e leguminosas (Farming of Grains and Pulses)

C: Conversão animal (Animal Conversion)

D: Pré-processamento e manipulação de produtos vegetais (Pre Processing and Handling of Plant Products)

EI: Processamento de produtos perecíveis de origem animal (Processing of Animal Perishable Products)

EII: Processamento de produtos perecíveis de origem vegetal (Processing of Plant Perishable Products)

EIII: Processamento de produtos perecíveis de origem animal e vegetal (produtos mistos) (Processing of Animal and Plant Perishable Products – Mixed Products)

EIV: Processamento de produtos estáveis à temperatura ambiente (Processing of Ambient Stable Products)

F: Alimentação animal (Production of Feed)

J: Armazenamento e distribuição de alimentos perecíveis e alimentos em temperatura ambiente, destinados a humanos e animais (Storage  and Distribution – Perishable & Ambient  Food  and  Feed)

L: (Bio) Químicos (Production of (Bio) Chemicals)

M: Embalagens para alimentos (Production of Food Packaging)

 

Entre 2013 e 2014, está prevista a inclusão de mais escopos no documento-guia do GFSI, como por exemplo, serviços de alimentação (G: Catering) e equipamentos para processamento de alimentos (K: Manufacture of Food Processing Equipment).

 

Fonte:

http://www.myforumupload.com/ftpaccess/foodsafety/2013_10_GFSI_Press_Release_Storage_&_Distribution_Key_Elements_Publication.pdf

2 min leituraFoi publicada no dia 07 de outubro de 2013 a versão 6.3 do documento-guia do GFSI. Esta nova versão inclui os requisitos-chave de segurança de alimentos para o setor de […]

< 1 min leitura
0

Sanidade do frango brasileiro

< 1 min leitura

A sanidade do frango brasileiro foi destaque da apresentação da Conferência Internacional da Eurofins “Produção de carne e desafios para exportação – de higiene e medicamentos veterinários aos obstáculos dos países nas importações: como os produtores brasileiros enfrentam esses desafios.”

Pelas imagens abaixo, podemos confirmar que estamos “limpos” no que diz respeito à gripe aviária e doença de Newcastle. 

 

Observe com a Europa encontra situação de comprometimento, sendo um de nossos principais mercados.

Ricardo Santin, UBABEF, na palestra “Indústria do Frango: perspectivas de exportação e barreiras para o comércio, no dia 08 de agosto de 2013. 

< 1 min leituraA sanidade do frango brasileiro foi destaque da apresentação da Conferência Internacional da Eurofins “Produção de carne e desafios para exportação – de higiene e medicamentos veterinários aos obstáculos dos países nas […]

2 min leitura
2

Devemos diminuir o consumo de arroz por causa do arsênio?

2 min leitura

A mídia está sempre pronta para gerar polêmicas, achando fatos e iniciando discussões, mas não tem a mesma agilidade na hora de informar o desfecho de muitos assuntos que alardeou.

No caso de surtos alimentares, por exemplo, a conclusão das análises nem sempre é divulgada ou então é feita de forma muito discreta. Por exemplo: alguém sabe no que deu o caso das crianças envenenadas na Índia pela merenda escolar?   

Esta introdução foi para falar do desfecho de um tema que abordei três vezes neste blog: a contaminação do arroz por arsênio nos EUA e no Brasil.

Recapitulando: a organização de consumidores Consumer Reports divulgou no final de 2012 dados preocupantes sobre a contaminação por arsênio em mais de 200 produtos contendo arroz. Por ser cultivado em áreas inundadas, o arroz absorve arsênio do solo ou da água muito mais facilmente do que a maioria das plantas. No organismo humano, o arsênio inorgânico tem efeitos carcinogênicos a longo prazo.

Como não existia nos EUA um limite de tolerância para o arsênio na maioria dos alimentos, a Consumer Reports sugeriu aos consumidores limitar o consumo de tais produtos e cobrou do FDA, o Órgão que controla alimentos naquele país, que definisse limites de arsênio pelo menos para produtos de arroz e sucos de frutas.  

O FDA inicialmente divulgou um resultado parcial de suas próprias análises de arsênio e prometeu mais resultados e uma avaliação completa do caso até o final de 2012. Em julho deste ano, comentei aqui sobre a demora do FDA em analisar este assunto e também sobre a mesma contaminação constatada no arroz brasileiro, conforme estudo da USP divulgado pela grande mídia em maio último. No post, questionei inclusive a demora da Anvisa em publicar a Norma que atualiza os limites toleráveis de arsênio para o arroz e outros alimentos, visto que a mesma esteve em consulta pública em 2010.

Pois bem, coincidentemente tanto FDA quanto a Anvisa resolveram esta questão quase simultaneamente. A FDA divulgou nota em 06 de setembro informando que testou mais de 1300 alimentos e que os níveis de arsênio encontrados nas amostras não são altos o suficiente para causar um dano imediato à saúde. No entanto, a respeito do impacto destes níveis em longo prazo, a Agência informou que ainda conduzirá um estudo mais abrangente. Por ora, recomendou às pessoas que diversifiquem os grãos na dieta, incluindo, por exemplo, trigo, cevada e aveia como outras possibilidades além do arroz. A Agência destacou esta mesma alternativa para o caso dos alimentos para bebês à base de arroz. Por sua vez, a Consumer Reports reforçou estas recomendações do FDA e elaborou uma tabela com os consumos diários máximos de diversos produtos à base de arroz consumidos nos EUA.

No Brasil, a novidade foi a publicação em 30 de agosto da Resolução 42, da Anvisa, que atualiza os níveis máximos de arsênio, chumbo, mercúrio, cádmio e estanho toleráveis nos alimentos. A Norma brasileira não faz distinção entre arsênio inorgânico e orgânico e estabelece para o arroz um teor máximo de 0,30 mg/kg. Como este novo valor é três vezes superior ao limite anterior estabelecido na Portaria 685 de 1998, o estudo da USP encontrou um nível de arsênio no arroz abaixo deste limite (222 ng/g ou 0,222 mg/kg). Portanto, não haveria motivo para preocupação. Será mesmo? Melhor aguardar os próximos capítulos. 

Leia também:

Organização de consumidores pressiona FDA a se posicionar sobre arsênio em arroz

Como se determina a segurança de um novo aditivo alimentar?

Batata geneticamente modificada, que não escurece e produz menos acrilamida, é liberada nos EUA

2 min leituraA mídia está sempre pronta para gerar polêmicas, achando fatos e iniciando discussões, mas não tem a mesma agilidade na hora de informar o desfecho de muitos assuntos que alardeou. […]

3 min leitura
5

Procedimentos de Rastreabilidade e Gestão de Incidentes

3 min leitura

No dia 23 de Outubro de 2013 foi realizada pelo Grupo Pão de Açúcar e a Empresa SGS uma Conferencia com o Tema: Conceitos e Aplicabilidade dos Procedimentos de Rastreabilidade e Gestão de Incidentes. Este é um tema de alta procura pelas empresas de alimentos, pois não há procedimentos normatizados ou definidos por nenhuma certificação que padronize e forneça os caminhos a se tomar diante de uma crise, sendo um assunto de grande procura e de grande estudo.

A priori vamos definir os conceitos de incidente e de crise em empresas de alimentos.

  • Incidente: Qualquer evento INESPERADO ocorrido que resulta na produção ou fornecimento de um produto inseguro, ilegal ou não conforme.
  • Crise: Situação em que um INCIDENTE torna-se público ou fora do controle, sendo o mesmo de RISCO alto à segurança, saúde pública que impactam na sociedade de forma negativa.

Como vimos pelas definições o incidente é um evento mais fácil de gerenciar, porém uma crise pode tomar proporções enormes para a empresa caso o evento não seja gerenciado da melhor forma para amenizar os problemas causados ao consumidor. Uma crise bem gerenciada trará muitos benefícios para a empresa, dentre eles temos:

  • Proteção da marca e a manutenção da reputação do negócio;
  • Minimização dos riscos ao consumidor;
  • Obter fidelização do cliente pela transparência e clareza da comunicação.

Para ter um bom programa de gerenciamento de crise é necessário desmistificar alguns conceitos e reafirmar outros tais como:

  • Uma sistemática documentada explicando as etapas para implantar um gerenciamento de crise é de suma importância para a contenção de crises.
  • Todas as empresas estão susceptíveis a crises independente do porte e do tipo de produto.
  • A capacitação dos funcionários é essencial para evitar que um incidente se transforme em uma crise, caso essa já tenha se instalado é necessário a utilização de ferramentas e métodos para tornar o evento menos oneroso.
  • Uma crise bem gerenciada é pautada pela transparência, honestidade e com informações verdadeiras fornecidas aos clientes no menor tempo possível.
  • Uma crise é responsabilidade de todos da corporação principalmente a alta direção, lideranças de Rh, industrial, técnico. É fundamental a importância de um assessor de imprensa.

Para a crise se tornar bem gerenciada é necessário a atribuição de responsabilidades para todos os setores em uma empresa. Essa delegação de afazeres não está relacionada com as atribuições normais que competem a cada setor da corporação, mas a responsabilidade atribuída a cada setor ou departamento quando uma crise está instalada. Como exemplo podemos citar o setor de vendas que é responsável por contatar clientes, auxiliar no recolhimento de produtos e distribuir cartas de créditos.

A principal ferramenta utilizada para a retirada dos produtos não conformes das mãos dos consumidores é o recall. É por meio dele que a corporação mostra a sua real preocupação com a saúde pública. A seguir vamos diferenciar o recall e o recolhimento, mostrando quando cada um é utilizado.

  • Recolhimento: Acontece quando é necessária a remoção de produtos não conformes até os pontos de vendas ou distribuidores. Ou seja, o recolhimento não se estende aos produtos vendidos aos consumidores.
  • Recall: Acontece quando é necessária a remoção de produtos não conformes e a abrangência estende-se não somente aos canais de distribuição, mas inclusive aos produtos já em poder dos consumidores.

Para um bom procedimento de recolhimento e recall é interessante a formulação de uma árvore decisória identificando as etapas do processo, as ações a serem tomadas ao ser identificada uma não conformidade e quando teremos um recolhimento e um recall. Para que ambos as ações sejam efetivas é necessário sempre manter os procedimentos revisados e atualizados, assegurar por meio de testes regulares a operação eficaz das ações e a revisão de registros e incidentes.

Nesse resumo pudemos ver que o tema é de suma importância para todas as empresas de alimentos pequenas, médias ou grandes. Para a manutenção de uma marca ou de um produto no mercado se torna interessante um bom plano de gerenciamento de crise para amenizar os danos socioeconômicos que podem ser causados quando uma crise está instaurada.

Rafael A. M. Samogim, engenheiro de alimentos

3 min leituraNo dia 23 de Outubro de 2013 foi realizada pelo Grupo Pão de Açúcar e a Empresa SGS uma Conferencia com o Tema: Conceitos e Aplicabilidade dos Procedimentos de Rastreabilidade […]

< 1 min leitura
2

525 notificações por micotoxinas na Europa

< 1 min leitura

Acabamos de testemunhar uma notificação de aflatoxinas em pipoca, conforme mencionado no post Aflatoxinas na mira da Anvisa.

Esse número é bom ou é ruim? Ele é representativo para a realidade brasileira e susceptibilidade à contaminação, levando em conta as boas práticas agrícolas, boas práticas de fabricação e armazenamento?

Um caminho para ajudar nesta análise é espiar a realidade de outros “mundos”, como por exemplo a Comunidade Européia.

Em 2012, foram 525 notificações, sendo 484 por aflatoxina segundo o último Relatório Anual do RASFF. Esse número aparentemente escandaloso para nossas subnotificações, é um enorme progresso se comparado com a incidência de 2011.

 

 

 

 

 

As nuts – nozes, amêndoas e também o amendoim, encabeçam a lista dos alimentos mais suscetíveis. Vegetais e frutas também estão na lista e no caso, o principal vilão foi o figo seco. Cereais tem importância, assim como rações tem sido acompanhadas e interditadas, dado que quando contaminadas poderão refletir em doses significativas aflatoxina M1 no leite bovino. 

O que vocês acham desses números?

< 1 min leituraAcabamos de testemunhar uma notificação de aflatoxinas em pipoca, conforme mencionado no post Aflatoxinas na mira da Anvisa. Esse número é bom ou é ruim? Ele é representativo para a […]

< 1 min leitura
4

Aflatoxinas em pipoca na mira da ANVISA

< 1 min leitura

Hoje saiu no Diário Oficial da União a proibição por parte da ANVISA da comercialização de uma pipoca fabricada por uma EPP (Empresa de Pequeno Porte) localizada em Lindóia.  A análise realizada por um LACEN de Minas Gerais, concluiu que o produto apresentou níveis de 62 µg/kg, enquanto que o limite estabelecido pela RDC 7/2011 é de 20 µg/kg. As aflatoxinas são genotóxicas e carcinogênicas e tem merecido ações esporádicas por parte dos órgãos fiscalizadores.

Resgatei algum histórico de mídia e consegui somente levantar ações semelhantes para o amendoim nos seguintes anos: 

2006
2010
2012

Como está sendo tratado nosso milho?

 A notificação por milho parece ser inédita, contudo não surpreende se analisarmos a supersafra de 2012, que não teve onde ser adequadamente armazenada e escoada, chegando a ser deixada a céu aberto no Mato Grosso, estado líder da produção nacional e respondendo por 24,8% do que se colhe no Brasil. Leia a notícia aqui. O problema é que o a falta de infra-estrutura para logística e armazenamento persiste em 2013.

E fora do país?

A Comunidade Européia, registrou no último relatório do RASSF 484 ocorrências. Saiba mais detalhes neste no post 525 notificações por micotoxinas na Europa.

 

 

Colaborou Ana Cláudia Frota.

< 1 min leituraHoje saiu no Diário Oficial da União a proibição por parte da ANVISA da comercialização de uma pipoca fabricada por uma EPP (Empresa de Pequeno Porte) localizada em Lindóia.  A […]

2 min leitura
6

Desoxinivalenol, micotoxina mais conhecida como DON

2 min leitura

Relativamente nova, a Resolução RDC n°7 de fevereiro de 2011, traz os limites máximos para diversas micotoxinas em alimentos.

O Brasil é um dos países líderes na produção de alimentos agrícolas, e possui condições ambientais muito favoráveis para o desenvolvimento de fungos nesses alimentos, porém o controle de micotoxinas é um assunto que ainda traz muitas dúvidas aos produtores e processadores, e pouco vem sendo monitorado.

 Segundo o EMBRAPA, as micotoxinas são toxinas produzidas por fungos e bolores, com moléculas com estruturas que variam de simples anéis heterocíclicos com peso molecular até 50Da, até anéis heterocíclicos irregularmente dispostos com peso molecular acima de 500Da. Alguns estudos, descrevem cerca de 400 tipos diferentes de micotoxinas, o que dificulta sua identificação e controle.

O desoxinivalenol, conhecido como DON e vomitoxina, é uma micotoxina que pertence à família dos tricotecenos, e pode ser produzido por diferentes gêneros de bolores. O gênero mais comum são os bolores Fusarium, mas também são destacados os gêneros Mirothecium, Cephalosporium, Verticimosporium e Stachybotrys.

 O DON ocorre principalmente em cereais, como arroz e trigo,  podendo ocorrer antes da colheita ou até mesmo após a colheita, quando em condições ambientais adequadas até 35°C e com umidade relativa entre 80 e 90%. Para esses cereais, a Resolução RDC n°7, definiu os limites máximos tanto para os cereais in natura quanto para seus produtos. Ou seja tanto o trigo quanto à farinha de trigo e a soja e o óleo de soja devem ser monitorados e atenderem aos limites.

 Uma justificativa para a extensão do controle para os subprodutos pode ser explicada pela alta estabilidade apresentada pelo DON, sendo resistente à temperaturas de até 180°C. Segundo Dashofer, o DON também não é volátil e somente pode ser desativado sob condições drásticas ácidas ou alcalinas, em presença de hidretos de alumínio, lítio ou peróxidos.

 A ingestão de alimento contaminado possui os sintomas comuns de intoxicações alimentares como dores abdominais,  dores de cabeça, tonturas,  irritação na garganta, náuseas, vômitos e diarreia com presença de sangue nas fezes, e podem começar a aparecer em um intervalo de 5 a 30 minutos após o consumo.  Existem ainda estudos sobre a ingestão regular desses contaminantes serem responsáveis por tumores e doenças crônicas em órgãos vitais.

 Como as micotoxinas são produzidas por fungos e bolores, as medidas já conhecidas, para evitar seu crescimento são eficientes para evitar a presença das micotoxinas nos alimentos, ou seja, é importante manter o teor de umidade abaixo de 12%, umidade relativa abaixo de 60% e evitar exposição dos grãos ao stress, como geadas, calor e alterações de pH que os deixam mais suscesstíveis ao ataque microbiológico. Além disso pelo crescimento desses microorganismos ocorrerem na superfície dos cereais, percebeu-se que os produtos extraídos da camada interna do grão apresentam menor teor de desoxinivalenol em relação ao produto intermediário e a camada externa do grão, ou seja alguns processos de limpeza dos grãos também oferecem boa eficiência no controle.

2 min leituraRelativamente nova, a Resolução RDC n°7 de fevereiro de 2011, traz os limites máximos para diversas micotoxinas em alimentos. O Brasil é um dos países líderes na produção de alimentos […]

3 min leitura
0

Mitos e verdades sobre a segurança de alimentos

3 min leitura

Comemorando ainda o mês das crianças, postarei uma matéria feita por Howard Seltzer, Conselheiro Nacional da Educação do Centro de Segurança Alimentar e Nutrição Aplicada da FDA, que retrata mitos e verdades sobre alimentos bastante consumidos pelos baixinhos. O texto original pode ser conferido em: http://www.foodsafety.gov/blog/arentquiteright.html

 Vamos lá!

 Quando se fala que massa de biscoito crua é apenas um problema para as crianças ou que o microondas elimina os germes, você pode estar ouvindo coisas sobre segurança dos alimentos que podem estar incorretas, o que pode acarretar doenças. No entanto, apenas no mês de setembro, mês Nacional da Educação sobre Segurança Alimentar, a parceria sem fins lucrativos para o Ensino de Segurança Alimentar, em cooperação com o Departamento de Agricultura dos EUA e a Food and Drug Administration, estão lançando uma campanha para corrigir equívocos comuns sobre a segurança alimentar.

 Para 2013, os mitos retratados são:

 MITO 1: Apenas as crianças comem massa de biscoito e/ou de bolo cru. Se mantivermos as crianças longe destes produtos crus antes de serem assado, não será um problema!

 Resposta: Apenas a lamber a colher com a massa crua pode deixá-los doentes!

 Ninguém de qualquer idade deve comer massa de biscoito crua ou massa de bolo, pois poderá conter microrganismos que causam doenças. Portanto, não faça isso! Se forem pré-embalados ou caseiros, o calor do cozimento é necessário para matar os microrganismos que possam estar nos ingredientes crus. A final, cozido, o produto é muito mais seguro e mais gostoso! E lembre-se, as crianças que comem massa de biscoito cru e massa de bolo estão em maior risco de contrair uma intoxicação alimentar do que a maioria dos adultos.

 MITO 2: Quando as crianças normalmente “Esquentam e Comem” logo em seguida lanches e alimentos no microondas. Eles não têm que se preocupar com a segurança dos alimentos, pois  as microondas matam os microrganismos!

 Resposta: As micro-ondas não são mágicas!

 É o calor que as micro-ondas geram que mata os microrganismos! Alimentos cozidos em forno de microondas devem ser aquecidos a uma temperatura interna de segurança. Microondas muitas vezes aquecem os alimentos de forma irregular, deixando alguns pontos nos alimentos onde os microrganismos podem sobreviver. As crianças podem utilizar micro-ondas corretamente seguindo cuidadosamente as instruções da embalagem. Até simples lanches vêm com instruções que devem ser seguidas para garantir um produto seguro. Utilize um termômetro se as instruções assim disserem!

 MITO 3: Quando as crianças lavam as mãos, apenas molha-lás com água corrente é o suficente para eliminar os microrganismos.

 Resposta: Esfregando as mãos com água e sabão é a melhor maneira!

 A água é apenas uma parte do que você precisa para deixar as mãos limpas! Lavar as mãos corretamente é uma ótima maneira de reduzir o risco de intoxicação alimentar. Veja como:

Molhe as mãos com água corrente limpa e aplique sabão. Esfregue até fazer espuma e esfregue-os bem. Não se esqueça de esfregar as “costas” das mãos, entre os dedos e sob as unhas. Continue esfregando por pelo menos 20 segundos. Seque as mãos com uma toalha limpa, papel toalha ou um secador de ar.

 MITO 4: Meus filhos só comem frutas pré-embalados e legumes próprios para lanches, pois não precisam serem lavados antes de comê-los.

 Resposta: Prepare seus filhos para a segurança dos alimentos!

 Dar aos seus filhos lanches saudáveis é uma grande vantagem para eles! Mas só porque o produto é embalado, nem sempre significa que ele está pronto para consumo. Leia o rótulo do produto para se certificar que diz: “pronto para comer” ou “lavado”. Se sim, ele pode ser consumido. Se não disser, lave as mãos e depois enxugue as frutas ou legumes em água corrente. Seque com uma toalha de pano limpo ou uma toalha de papel para reduzir ainda mais os germes que podem estar presentes.

 

3 min leituraComemorando ainda o mês das crianças, postarei uma matéria feita por Howard Seltzer, Conselheiro Nacional da Educação do Centro de Segurança Alimentar e Nutrição Aplicada da FDA, que retrata mitos […]

4 min leitura
6

A fabricação de colágeno é segura?

4 min leitura

Hoje nossa colunista Cristina Leonhardt está de aniversário e nos presenteia com uma entrevista bastante esclarecedora através de sua bagagem de quem trabalha com ingredientes e aditivos, matérias-primas presentes em quase todas as indústrias alimentícias. Sua experiência com colágeno também nos possibiliza uma visita especial ao segmento.

Principal matéria-prima para a fabricação de gelatina e colágeno, a pele bovina recebe tratamento químico bastante agressivo nos curtumes. Alguns produtos utilizados são autorizados  também pelo próprio SIF (Serviço de Inspeção Federal) para tratamento de peles para a indústria do vestuário, com utilização maciça do cromo. Qual o grau de confiança que podemos ter em relação à eliminação deste metal pesado como um perigo?

O processo de curtimento para a derme bovina utilizada em alimentação não envolve cromo. O processo que usa cromo gera o produto wet blue, que é usado no segmento de estofados, calçados, automotivo, etc. O MAPA exige que os curtumes que destinam parte da sua produção à alimentação humana tenham setores completamente separados dos demais para este processo. Não há legislação nacional para produtos colagênicos para alimentação humana, desta forma o processo baseia-se na legislação europeia (Regulamento (CE) nº 853/2004), que limita a quantidade de cromo a 10ppm. Nosso histórico de avaliações indica que os níveis reais são sempre inferiores a isto.

 Quais medidas são adotadas pelo MAPA, e que sejam confiáveis, em relação à certificação e rastreabilidade bovina, assegurando que um subproduto do abate, o couro, possa ser transformado em alimento sem oferecer risco à saúde?

Os curtumes que nos atendem passam por processos de fiscalização do MAPA, que exige que todo couro seja obtido de animais sadios abatidos sob fiscalização dele. Todos os couros são legais, ou seja, comprados com declaração de procedência, guias de trânsito e documento comercial e foram devidamente liberados pelo frigorífico com autorização do SIF local. Além disso, há fiscalização do MAPA via um inspetor dentro do curtume e um inspetor do curtume dentro do frigorífico. Esta fiscalização também envolve o processo de boas práticas da obtenção da derme bovina – por exemplo, exigindo o uso de toucas, higienização de equipamentos, armazenamento adequado, químicos devidamente separados, entre outros. A derme transformada em alimento pela JBS é 100% desenvolvida pela Unidade Colágeno, garantindo o uso de produtos químicos adequados à alimentação humana. Temos um setor técnico responsável unicamente pelo abastecimento da fábrica com dermes adequadas à alimentação – realizando fiscalizações periódicas, desenvolvendo e acompanhando processos, realizando a rastreabilidade desde o fornecedor, lote a lote.

Posteriormente, nosso processo é fiscalizado pelo MAPA (somos a única produtora nacional de colágeno com SIF para alimentação humana). Além disso, temos um robusto sistema de auto-controle implantado, já que, na inexistência de legislação local, a empresa estabeleceu uma série de controles ao longo dos anos (tanto nos seus fornecedores, quanto no processo interno) para atendimento da legislação internacional de alimentos e das expectativas de seus clientes.

Diversas condições insalubres são percebidas nos curtumes e na transformação das peles em alimento. Elas incluem o contato com produtos químicos agressivos e seus vapores, altas temperaturas, entre outras condições. O elevado turnover é característico deste segmento. É possível perceber este impacto no resultado dos produtos? Apenas os treinamentos frequentes são suficientes para capacitar os colaboradores e evitar desvios?

O turnover de curtumes tem diminuído ao longo dos últimos anos, devido à preocupação com ergonomia e condições adequadas de trabalho. Por exemplo, cada vez mais as indústrias químicas do segmento coureiro vêm desenvolvendo insumos que atendam ao processo com qualidade e que sejam menos agressivos, reduzindo odores, facilitando manuseio, reduzindo número de reações espontâneas. Os curtumes tem automatizado e normatizado seus processos, aumentado controles e implantado procedimentos.

Como a transformação de pele em alimento somente ocorre nesta unidade no Brasil, vou falar da minha empresa. Nosso turnover é bem pequeno, abaixo de 1,5% ao mês, pois a empresa toma uma série de medidas para contê-lo: programas de motivação e retenção, adequação de condições insalubres, automação das linhas, presença marcante do setor de Segurança do Trabalho e RH na rotina e outros procedimentos internos.

Pela minha experiência, o turnover causa detrimento à segurança de alimentos em qualquer empresa, não sendo específico da área de produtos colagênicos. Tampouco condições insalubres são exclusivas do setor. Minha leitura é que o assunto segurança merece mais atenção do empresariado nacional, em todos os segmentos.

Que dicas você dá para as empresas que tem que utilizar especiarias importadas na hora de gerenciar pesticidas e micotoxinas?

 Pesticidas: Faça sua lição de casa: compre de olhos abertos, entenda o produto, como ele é produzido, o que pode ser esperado dele. E analise. Muito, repetidamente, todos os lotes pelo menos até montar um histórico de cada fornecedor. Faça auditorias in loco ou contrate uma empresa que as faça por você.

Micotoxinas: atente-se à armazenagem, transporte, umidade de embarque e desembarque dos produtos. Acompanhe desembarques: inspeção visual já pega muita coisa, mas mesmo assim analise, muito, repetidamente, todos os lotes pelo menos até montar um histórico de cada fornecedor. Faça auditorias in loco ou contrate uma empresa que as faça por você.

 Ambas: Compre de empresas confiáveis e lembre-se que a qualidade tem um custo. Ou seja, preço não deve ser o balizador do negócio, principalmente considerando que as especiarias participam em pequena quantidade no custo final do produto, mas tem um potencial de estrago imenso se não forem bem produzidas. Estude, leia aqueles artigos técnicos pendentes no seu HD. Informe-se sobre o que está comprando.

 

 

4 min leituraHoje nossa colunista Cristina Leonhardt está de aniversário e nos presenteia com uma entrevista bastante esclarecedora através de sua bagagem de quem trabalha com ingredientes e aditivos, matérias-primas presentes em […]

3 min leitura
0

Dia do SACo cheio

3 min leitura

Famílias que convivem com alergia alimentar precisam estar muito atentas aos alimentos que consomem e, embora a população de alérgicos seja estimada em 8% das pessoas até 18 anos e entre 3 e 5% dos adultos, não há, no Brasil, legislação que imponha o dever de rotulagem destacada nos casos em que há alérgeno(s) presente(s) no(s) alimentos.

Assim, além de os consumidores alérgicos terem que carregar relação de possíveis nomenclaturas para o ingrediente que lhe causa reação, há também risco da presença inadvertida de traços de alérgenos em alguns alimentos que compartilham linha de produção, do que resulta a insuficiência da leitura de rótulos. Mais do que isso: perigosa em vista do risco de reações advindas do consumo de alimento contendo alérgenos, ainda que em quantidade pequena (os traços), que podem causar reações severas em alguns casos de alergia.

Por tal razão, o correto encaminhamento do tratamento da alergia alimentar, que se resume a uma dieta bem feita, depende da leitura de rótulos combinada com contatos com serviços de atendimento ao consumidor, a fim de que seja possível verificar se há risco de traços no alimento ou se é caso de opção efetivamente segura.

Infelizmente, a experiência mostrou a essas famílias que muitos dos serviços de atendimento ao consumidor não estão preparados para lidar com esta parcela de clientes, apresentando respostas um tanto estapafúrdias como as destacadas abaixo:

Caso 1:

“Agradecemos o contato feito com a [empresa]

No momento, não dispomos da lista de produtos sem traços desses ingredientes”.

Caso 2:

“Agradecemos o seu contato com a [empresa].

Informamos que não dispomos deste tipo de serviço, quanto a indicação de produtos para casos específicos.

Não sendo possível atendê-la em sua solicitação neste momento.

Solicitamos que a senhora adquira informações junto ao médico, ou verifique os componentes no verso das embalagens dos produtos”.

Os casos acima apontam situações em que não só não houve informação, como a indústria, que produz o alimento, entendeu ser razoável sugerir ao consumidor que questionasse ao médico quais os produtos fabricados por ela que seriam seguros para seu consumo.

Mais temerários que estes, são os casos em que há informações, mas são incorretas, imprecisas, como nos casos em que o atendente informa a um consumidor que questiona sobre a presença de leite que o produto não contém lactose ou quando, questionado sobre presença de carne de vaca, diz que a gelatina, feita com tutano, é segura para o consumo.

Diante deste quadro de respostas insatisfatórias, um grupo de mães se uniu para fazer o que se denominou de SACo Cheio, um movimento que resulta em mutirão de telefonemas a uma mesma empresa a fim de forçar que o time do serviço de atendimento ao consumidor escale o tema a time técnico, que reporte o aumento da estatística de chamados relacionados à alergia alimentar aos profissionais de marketing e, assim, com esta força-tarefa, haveria um melhor mapeamento dos alimentos seguros para as pessoas com alergia alimentar.

Como resultado parcial, percebeu-se que, se de um lado, algumas das indústrias contatadas em um dos mutirões identificaram, de fato, a demanda dos alérgicos e passaram a transmitir informações mais precisas, de outro, houve quem tenha passado a se enclausurar de tal maneira contra este mercado a ponto de alegar que poderiam ter traços de alérgenos em toda a sua linha de produção, sem sequer fazer ressalva para provável inexistência de risco de contaminação com crustáceos ou peixe:

“Bom Dia, [consumidor] Agradecemos seu contato. Referente ao solicitado, infelizmente não temos em nossa linha de produtos com total restrição de alérgenos, pois podem conter cruzamento na mesma linha de fabricação. Será transmitido ao conhecimento de nosso Depto de Pesquisa e Desenvolvimento, a sugestão de fabricar produtos nesse segmento”.

Apesar deste nível de resposta apresentado inclusive por empresa de grande porte, o SACo Cheio tem membros e esperança renovada e, enquanto não houver lei, buscará as informações necessárias para garantir a saúde de sua família. Vale destacar que a ideia não é expor negativamente as indústrias que utilizam alérgenos como ingrediente, mas identificar o que há de seguro no mercado e compartilhar resultados com demais membros dos grupos de famílias de pessoas com alergia alimentar.

 

3 min leituraFamílias que convivem com alergia alimentar precisam estar muito atentas aos alimentos que consomem e, embora a população de alérgicos seja estimada em 8% das pessoas até 18 anos e […]

< 1 min leitura
0

40% da carne comercializada na Bahia é clandestina

< 1 min leitura

A reportagem da Record mostra cenas fortes.  Animais eviscerados no chão, vísceras lavadas no riacho e até um pedaço de carne sendo arrastado por um gramado. Tudo para ser vendido. Um  cachorro aparece vigiando o “material”.

O documentário menciona que segundo o Ministério Público, 40% da carne comercializada é clandestina, e portanto manipulada sem inspeção.

Isso é Brasil.

 

 

http://noticias.r7.com/videos/alerta-da-carne-bahia-tem-alto-indice-de-abate-clandestino-veja-flagras/idmedia/52292aa20cf27b7f73a4610e.html

< 1 min leituraA reportagem da Record mostra cenas fortes.  Animais eviscerados no chão, vísceras lavadas no riacho e até um pedaço de carne sendo arrastado por um gramado. Tudo para ser vendido. […]

< 1 min leitura
0

Uso de PCR para investigar surtos ligados a ovos e salada de maionese

< 1 min leitura

O consumo médio de ovos no Brasil foi de apenas 94/unidades/habitante/ano em 2000, enquanto que em outros países o consumo é três vezes maior. Acredita-se que o pouco consumo de ovos em nosso país esteja associado a restrições a fatores culturais estéticos e de saúde, como colesterol elevado e presença de contaminantes. A incidência de surtos de intoxicação alimentar por salmonelas em diversos países chamou a atenção para fontes comuns de infecção. As investigações epidemiológicas identificaram o consumo de ovos ou alimentos com eles, pelos responsáveis pela maioria dos surtos. A metodologia oficial de diagnóstico de salmonelas em alimentos envolvem cinco fases com muita manipulação, e cerca de 96 horas pela bactéria com a ainda a necessidade de tipificação sorológica. A reação em cadeia pela polimerase (PCR) é rápida e eficaz, dependendo apenas de métodos de extração do material genético e para a retirada de substâncias que possam interferir na técnica. Neste trabalho avaliou-se a técnica do PCR em ovos, maioneses e saladas de batatas envolvidas em surtos de toxinfecção alimentar em comparação com a metodologia bacteriológica convencional. Os resultados obtidos demonstraram a recuperação de 12/30 pelo bacteriológico, 14/30 pela PCR com extração pelo tratamento térmico e 17/30 com extração pelo fenol-clorofórmio. O aumento da recuperação aliado ao menor tempo de execução, variando de 30 horas até 54 horas, conforme a metodologia de pré-enriquecimento da amostra e a metodologia de extração utilizadas, são pontos favoráveis à indicação do uso do PCR para diagnóstico de rotina das salmonelas presentes em ovos e derivados. 

Baixe aqui o artigo completo.

Higiene Alimentar, vol 16 no 100 pg 75-86 set 2002

< 1 min leituraO consumo médio de ovos no Brasil foi de apenas 94/unidades/habitante/ano em 2000, enquanto que em outros países o consumo é três vezes maior. Acredita-se que o pouco consumo de […]

< 1 min leitura
1

Ajuda na análise de perigos do HACCP – importados

< 1 min leitura

Durante o levantamento da análise de perigos, surgem muitas dúvidas sobre quais perigos levantar e a probabilidade de ocorrência dos mesmos. Você acha que a tarefa é mais árdua quando estamos lidando com matérias-primas de outros países?

Não necessariamente. Se nos dispusermos a olhar as informações que o mercado oferece, há dados valiosos compilados por nações mais maduras que o Brasil em termos de estatísticas.

O último relatório do RASFF nos mostra as 10 maiores causa de recall ou alertas emitidos pela Comunidade Européia em 2012.

 

Note por exemplo que se você importa frutas secas da Turquia, nozes e castanhas da China, ou rações da Índia, deve ficar de olho nas Aflatoxinas. As embalagens chinesas também tem apresentado migração de formaldeído, cromo, manganês e níquel. Frutas frescas de Bangladesh estavam contaminadas com Salmonella

Já é um ponto de partida, não?

Bom uso!

 

Informações sobre o RASFF (Rapid Alert System for Food and Feed) aqui

< 1 min leituraDurante o levantamento da análise de perigos, surgem muitas dúvidas sobre quais perigos levantar e a probabilidade de ocorrência dos mesmos. Você acha que a tarefa é mais árdua quando […]

3 min leitura
7

A qualidade do ar comprimido na indústria de alimentos

3 min leitura

Em uma indústria de alimentos, a qualidade do ar comprimido pode ser um fator crítico para garantir a segurança do alimento. Muitas vezes, ele é a última utilidade a ter contato direto com o produto ou com a embalagem primária. Mesmo quando não tem contato direto com o alimento, um ar comprimido de baixa qualidade pode comprometer o acionamento de sensores eletropneumáticos que desempenhem funções críticas nos equipamentos.

“Por que garantir a qualidade do ar comprimido na indústria de alimentos” foi o tema apresentado por Margarete Nagata no IV Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade (ITAL, 4 e 5 de setembro de 2013). Margarete é engenheira de alimentos com grande experiência na área. Acompanhe, a seguir, um resumo de sua apresentação.

Conceito e Qualidade

O ar comprimido é o ar atmosférico sob pressão, ou seja, é o ar atmosférico submetido à ação de um compressor. Em áreas industriais ou urbanas, o ar atmosférico possui em torno de 120 milhões de partículas em suspensão. Este ar pode estar contaminado com microrganismos, poluentes e umidade. Além dos contaminantes que pode carregar da atmosfera externa, o ar comprimido também pode arrastar partículas carbonizadas do óleo lubrificante dos compressores e material oxidado das superfícies internas das linhas de distribuição. As consequências desta contaminação são sérias, podendo causar a deterioração do produto, diminuição do shelf-life, alterações organolépticas ou ainda a perda de matéria-prima por paradas na produção.

Como evitar ou diminuir a concentração de contaminantes no ar comprimido?

Quando se trata de um novo projeto, a prevenção da contaminação do ar comprimido se faz pela configuração da instalação. Margarete sugere duas configurações que possibilitam garantir boa qualidade do ar comprimido. Veja-as na figura abaixo:

arcompnovos

Quando o sistema já está em operação, é essencial considerar a aplicação do ar comprimido: se é para processo, para instrumentação ou ar sanitário. Em seguida, identificam-se os contaminantes visíveis (água, óleo e partículas), os contaminantes microbiológicos (qual o critério de aceitação?) e se faz uma análise da central de compressores e do sistema de geração, considerando tratamento, distribuição e utilização do ar comprimido. Assim, para os sistemas em operação, algumas ações em curto prazo (6 meses) que permitem melhorar a qualidade do ar comprimido são:

– Limpeza da rede de ar comprimido;

– Instalação de purgadores;

– Instalação de unidades de tratamento, filtros coalescentes, filtros de carvão ativado e, se necessário, filtros absolutos.

Ações em longo prazo (acima de 2 anos) incluem:

– Aquisição ou substituição de compressores e secadores de ar comprimido;

– Substituição da rede;

– Redimensionamento da Central de Compressores.

Um sistema de ar comprimido pode ser qualificado ou validado. O quadro abaixo mostra as diferenças entre uma e outra atividade: 

arcompvalid

Normas e critérios para análise e classificação do ar comprimido

A Norma ABNT ISO 8573-1, revista em 26/03/2013, define várias classes de pureza para o ar comprimido. Estas classes são estabelecidas mediante resultados das seguintes análises, independentemente da aplicação:

– Temperatura do ponto de orvalho (°C);

– Teor de umidade, forma líquida (g/ m3);

– Teor de óleo (mg/ m3);

– Partículas não viáveis (Unid/m3 ou mg/m3).

Para outros analitos, que podem ser importantes para certas aplicações, não há nenhuma classe de pureza definida pela Norma:

– Partículas viáveis (UFC/ m3);

– CO, CO2, SO2, O2, NO+NO2

A Norma ABNT ISO 22.002-1, de 17 de julho de 2013, determina que a organização deve estabelecer requisitos para filtração, umidade (UR%) e microbiologia do ar usado como ingrediente ou para contrato direto com o produto. Onde a temperatura e/ou umidade do ar for crítica para a organização, um sistema de controle deve ser implementado e monitorado.

Imagem em destaque: Air Press Compressores

Leia também:

A cafeína no banco dos réus

Alimentos “politicamente seguros”: arsênio, agrotóxicos e mais

Adoçantes artificiais ajudam a engordar??

3 min leituraEm uma indústria de alimentos, a qualidade do ar comprimido pode ser um fator crítico para garantir a segurança do alimento. Muitas vezes, ele é a última utilidade a ter […]

2 min leitura
1

Riscos de conservação em supermercados

2 min leitura

Quantas vezes nos deparamos com produtos devolvidos nas gaiolinhas dos caixas em supermercados? O que pode piorar é quando os produtos devolvidos deveriam estar refrigerados… Esse é apenas um dos problemas de conservação dos produtos disponíveis no supermercado. A refrigeração adequada é essencial para a manutenção da qualidade dos produtos, principalmente para evitar o crescimento microbiológico. O controle do estoque, a disponibilização dos produtos e sua conservação física também são pontos a serem observados pelos consumidores.

O controle da temperatura é essencial para conter a atividade microbiana, pois quanto menor for a temperatura, menor será a velocidade das reações bioquímicas. Principalmente para produtos congelados ou refrigerados, quando esse é retirado de sua temperatura ideal, e mantido nessa condição por certo tempo, temos um aumento da temperatura, o que favorece a proliferação microbiológica. Mesmo que esse alimento posteriormente retorne às condições de refrigeração, o dano já está feito, pois o desenvolvimento ocorrido no período fora da baixa temperatura não será reversível.

Essa alteração de temperatura ocorre por culpa dos próprios clientes, que muitas vezes desistem da compra e não retornam o produto ao local adequado, mas também pode ocorrer por falhas nos controles dos supermercados. O que podemos fazer é observar as condições dos equipamentos da rede de frio, como vedação das borrachas das geladeiras, disponibilidade de termômetros nos locais de conservação. Além disso, alguns alimentos “deixam rastros” quando são submetidos à um congelamento após terem sofrido variação de temperatura, como por exemplo a presença de cristais de gelo na parte interna da embalagem e até mesmo a cor do gelo dos balcões, pois quando algum produto descongela, parte dele irá vazar pela embalagem e ao ser novamente congelado, o gelo será formado pela mistura da água com o produto que vazou.

Outro ponto de atenção nos supermercados deve ser com relação à disposição dos produtos. Em grandes redes de supermercado, esse problema é bastante minimizado, pois os itens são separados por categorias, porém em supermercados menores, muitas vezes observamos, por exemplo, itens de limpeza, dividindo prateleiras com itens alimentícios. Aqui o risco está na contaminação cruzada, pois é bastante comum encontrarmos embalagens danificadas nas prateleiras, ou seja, uma embalagem danificada de sabão em pó, pode atingir uma bandeja de ovo que esteja armazenada em local próximo.

A verificação da data de validade é um item que já se tornou hábito para a grande maioria dos consumidores, mas ainda é comum vermos notícias na internet ou televisão sobre locais que apresentaram falhas nesse quesito e que sofreram as penalidades dos órgãos públicos. Especialmente nas grandes redes, o controle de estoque deve ser um dos grandes pilares para garantir a segurança dos produtos ofertados.

Como consumidores, é importante entendermos nosso papel para a melhoria dos serviços de alimentação, como fiscais no dia a dia, já que muitos dos sinais estão visíveis aos nossos olhos. E manter a atenção para evitarmos levar os riscos para dentro de casa.


2 min leituraQuantas vezes nos deparamos com produtos devolvidos nas gaiolinhas dos caixas em supermercados? O que pode piorar é quando os produtos devolvidos deveriam estar refrigerados… Esse é apenas um dos […]

< 1 min leitura
1

Hoje é o dia do engenheiro de alimentos

< 1 min leitura

Em 1970 se formou a primeira turma de engenheiros de alimentos no Brasil. Eram apenas 6 pessoas.

Deste então, esta categoria profissional não para de zelar pela qualidade e segurança dos alimentos que consumimos.

Um colega presta depoimento sobre a carreira, assista o vídeo:

http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/videos/t/eu-amo-meu-trabalho/v/eu-amo-meu-trabalho-engenheiro-de-alimentos/2868031/

 

Saiba mais sobre a história da profissão:

http://www.abea.com.br/userfiles/file/historia/pdf_historiafeaunicamp.pdf

 

Com orgulho desejo a todos os parabéns por esta data.

< 1 min leituraEm 1970 se formou a primeira turma de engenheiros de alimentos no Brasil. Eram apenas 6 pessoas. Deste então, esta categoria profissional não para de zelar pela qualidade e segurança […]

Compartilhar
Pular para a barra de ferramentas