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Segurança de alimentos x boas maneiras: será que a culpa é sempre do estabelecimento onde comemos?

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Muito se fala sobre as Boas Práticas para Manipuladores de Alimentos. Mas e as boas maneiras dos consumidores? Será que os próprios clientes podem acabar influenciando a segurança dos alimentos que eles consomem? Quando comemos algo e passamos mal, com uma possível intoxicação alimentar, a primeira coisa que pensamos é que isso é culpa do último estabelecimento onde fomos comer. Porém, muitas vezes culpamos as pessoas erradas (inclusive já publicamos post sobre uma padaria que tentou educar os clientes “porquinhos”).Uma postura inadequada do consumidor em algumas situações pode colocar a saúde dele mesmo em risco. Se levarmos em consideração a relação segurança de alimentos x boas maneiras, fica a reflexão: será que a culpa é sempre do estabelecimento onde comemos?

No supermercado

Muita gente acaba desistindo de alguma coisa que colocou no carrinho e deixa ali em um cantinho qualquer, próximo da fila. Entre os produtos, é comum observar itens que devem ficar congelados ou refrigerados, produtos de limpeza ou produtos de higiene pessoal. Além de mal armazenados, muitas vezes encontramos “tudo junto e misturado” nesses cantinhos: amaciante com a tampa mal fechada (porque alguns clientes abrem a embalagem pra sentir o cheiro e não a fecham de forma eficaz) em cima de um frango descongelando ao lado de um sorvete (também descongelando!) próximo a uma caixa de cereal (que absorve esse líquido misto de produto de limpeza com água de descongelamento). O problema é que simples atos como estes podem provocar problemas como a multiplicação acelerada de microrganismos devido ao descongelamento incorreto de um alimento e, até mesmo, contaminação cruzada dos produtos alimentícios com os produtos de limpeza ou higiene. Outro problema é abrir alimentos dentro do supermercado e dar para as crianças comerem sem higienizar as mãozinhas, o que é um risco para a saúde dos pequenos.

Veja mais dicas do Food Safety Brazil sobre como garantir a segurança dos alimentos durante suas compras de mercado:

Dicas de compras – Como garantir o manuseio seguro dos alimentos e evitar riscos para a saúde
Segurança de Alimentos nas compras de mercado

No self-service

Muitas atitudes ao se servir neste tipo de estabelecimento oferecem riscos para a saúde, como falar sobre os alimentos enquanto se serve, mexer nos cabelos próximo ao buffet, não lavar as mãos antes de se servir, tocar nos utensílios que serão utilizados por outras pessoas, deixar crianças se servirem de qualquer jeito, misturar utensílios utilizados para servir produtos alergênicos com os outros alimentos, entre outras “gafes” que podemos observar em pouco tempo dentro de um restaurante comum.

Na padaria

Neste tipo de estabelecimento também podemos flagrar algumas pequenas gafes dos clientes. Uma delas é “medir a temperatura” do pãozinho com as costas das mãos. Esse hábito inocente pode transferir microrganismos das mãos do “cliente termômetro” para todos os pães que se encontram na vitrine!

No restaurante

Nem todo mundo tem o hábito de lavar as mãos ao chegar ao restaurante. Muitas vezes, as pessoas podem se contaminar com as próprias mãos e acreditar que passaram mal por falta de boas práticas na cozinha do estabelecimento.

No sacolão

Existem “gafes” no sacolão também, como provar as frutas sem lavar. Frutas, legumes e verduras frescas que serão consumidos sem a ação do calor (cozimento, forneamento, fritura, etc.) precisam de higienização prévia. É melhor ficar na dúvida se aquela fruta está doce que ficar na dúvida se vai contrair alguma DTA (Doença Transmitida por Alimentos)!

No Food Truck

Só por ser na rua, muitas vezes o Food Truck já pode levar a culpa por uma dor de barriga. Porém, pouca gente se lembra que na rua a higiene das mãos antes de comer também fica comprometida! Antes de achar que o causador do problema foi o hamburgão que você comeu naquela feira, tente se lembrar como você higienizou as próprias mãos antes de fazer aquela refeição.

Em casa

Como já discutimos bastante aqui no blog,nossa casa não é um estabelecimento que comercializa alimentos, mas nossos hábitos no lar influenciam bastante na nossa saúde, principalmente quando falamos sobre segurança de alimentos. Muitas vezes, contraímos uma DTA em casa e culpamos, injustamente, algo que comemos fora ou por delivery só porque não fomos nós quem preparamos aquele alimento. Não ter cuidados na manipulação de alimentos em casa (muita gente se recusa a acreditar que teve uma DTA por causa de um alimento consumido dentro de casa) pode, sim, ser a causa de um problema gastrointestinal.

Por conseguinte, é possível perceber que a educação tem um papel muito importante na prevenção de doenças transmitidas por alimentos, tanto por meio dos treinamentos de quem manipula diretamente os alimentos quanto por meio da conscientização de todos, inclusive das crianças . O conhecimento sobre higiene e cuidados básicos durante o consumo e preparo das refeições ainda é a melhor maneira de proteger a saúde alimentar das pessoas.

Assim, fica a reflexão sobre o quanto as boas maneiras são tão importantes quanto as Boas Práticas de Fabricação.

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O teste do odor funciona para saber se um alimento está estragado?

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Existem muitas regras populares sobre segurança de alimentos, algumas têm base científica de fato e outras são puramente fundamentadas em conveniência. Que atire a primeira pedra quem nunca foi a uma festinha infantil, levou um pratinho de bolo todo recheado para casa, deixou-o na geladeira e antes de comê-lo deu “aquela cheirada” para saber se ainda estava bom. Aqui no blog já falamos sobre a regra dos 5 segundos (leia aqui) e hoje abordaremos outro tema polêmico, o teste do odor, ou aquela “cheiradinha para checar se ainda presta”.

Muitas vezes, quando um alimento “estraga”, ele cheira mal e isso leva muitos de nós a acreditar que “sem cheiro = OK para comer”. Mas nem sempre é esse o caso. Os microrganismos (bactérias, leveduras e bolores) que estragam os alimentos, tornando-os mal cheirosos, viscosos ou mofados, podem não causar uma toxinfecção alimentar.

No entanto, existem bactérias como Salmonella, Campylobacter, E.coli e Listeria, que deixam as pessoas doentes, mas nem sempre causam mudanças óbvias quando estão presentes nos alimentos. Às vezes, simplesmente podem estar presentes no alimento em número baixo, mas suficiente para resultar em doença. Dito isto, este não é um convite para consumir alimentos obviamente estragados. A deterioração é um bom indicador de que os alimentos foram deixados por muito tempo e os microrganismos “ruins”, incluindo patógenos, também podem ter crescido.

Portanto, teste reprovado!

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15 hábitos que oferecem riscos à saúde e que antes eram considerados aceitáveis, mas com a pandemia de coronavírus, não são mais

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Nunca se falou tanto sobre higiene como durante essa pandemia de coronavírus. Principalmente porque estudos mostram que o causador da COVID-19 pode permanecer por horas ou até dias em várias superfícies. Milhares de vídeos sobre como lavar as mãos corretamente e mostrando como os microrganismos contaminam objetos e pessoas estão sendo muito divulgados nas redes sociais. Todavia, muitos hábitos comuns que sempre ofereceram riscos para a saúde do consumidor eram considerados aceitáveis pela maioria das pessoas, mas hoje, durante esta pandemia, não são mais. Veja neste post 15 desses hábitos.

1. O famoso pegador de pão e os cestinhos que quase nunca são higienizados em algumas padarias

Os utensílios de uso compartilhado são problemáticos, pois podem espalhar microrganismos com muita facilidade, além de contaminar alimentos que talvez estivessem seguros antes de entrar em contato com os cestinhos (muitas vezes cheios de farelos de outros pães, favorecendo a contaminação cruzada) e com os pegadores. O ideal seria higienizar os utensílios a cada uso. Uma outra solução seria o cliente servir os pães dentro da embalagem definitiva que ele levará para casa e realizar a pesagem com os alimentos embalados.

2. Manipuladores de alimentos usando uniformes do lado de fora dos serviços de alimentação

É muito comum ver manipuladores de alimentos por aí com os uniformes branquinhos sentados nas calçadas durante o horário de almoço. Essa atitude passava despercebida por muita gente, mas com a crise da pandemia, os clientes estão mais exigentes e observam cada vez mais a higiene pessoal dos colaboradores.

3. Máquina de cartão sem higienizar por meses ou até anos

Todos usam as mãos (algumas limpas, outras nem tanto!) paras manusear as máquinas de pagamento. Limpar as máquinas de cartão não era um hábito comum para muitos estabelecimentos. Mas com a chegada do coronavírus,  as pessoas estão tomando consciência de que essa inofensiva maquininha pode ser um verdadeiro criadouro de microrganismos. O ideal é higienizar frequentemente esses aparelhos com multiuso ou álcool 70, utilizando um pano macio.

4. Falta de treinamento de entregadores nos serviços de delivery

Muitos entregadores não eram treinados em Boas Práticas. Com a pandemia, o reforço das orientações para o serviço de entrega está cada vez mais comum nos serviços de alimentação.

5. Falta de higiene dos boxes de delivery

Nunca se observou tanto a aparência dos boxes e bolsas de delivery como agora. Muitas pessoas têm ficado apreensivas com a falta de higiene na hora das entregas em casa, o que tem feito muitos estabelecimentos ficarem mais atentos com esse tipo de cuidado.

6. Falta de higiene das esteiras onde passam produtos nos supermercados e padarias

As esteiras podem oferecer riscos de contaminação cruzada e sempre devem ser higienizadas. Porém, elas eram esquecidas por alguns estabelecimentos antes do coronavírus. Passar aquele mesmo paninho sujo nas esteiras não garante que ela esteja limpa.

7. Falta do hábito de lavar as mãos

Até quem não tinha o hábito de lavar as mãos com frequência, principalmente ao chegar da rua, com a pandemia começou a se preocupar com isso. O álcool gel, muitas vezes considerado um exagero, virou item número 1 da lista de prioridades para a maioria das pessoas.

8. O terrível hábito de ir trabalhar doente nos setores de alimentação, mesmo com a legislação sendo clara sobre os riscos

Segundo a RDC 216/04, “os manipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde”. Todavia, nem sempre isso é respeitado e muitos colaboradores às vezes trabalham quando estão doentes, o que não está sendo tolerado de jeito nenhum durante a pandemia.

9. Falta de limpeza dos carrinhos de supermercados

O cuidado com os carrinhos de supermercado aumentou bastante nos últimos dias, visto que eles são itens compartilhados e possíveis vetores de secreções contaminadas com coronavírus.

10. Falta de higienização de embalagens

Apesar de ideal, antes do risco de contágio, muitas famílias não tinham a preocupação de limpar as embalagens dos alimentos que chegam dos supermercados. O mais comum sempre foi limpar as latas pelo medo de leptospirose, mas o restante dos pacotes às vezes era esquecido.

11. Falta de higiene durante o recebimento de matéria prima

Muitos estabelecimentos redobraram a atenção com a higiene durante o recebimento das matérias primas.

12. Pegadores em serviços de alimentação

Os utensílios de self-service sempre precisaram de atenção redobrada. Eles também são itens de uso compartilhado e oferecem riscos de contaminação para os alimentos. O novo risco de contaminação dos consumidores pelo coronavírus fez as pessoas evitarem usar coisas que são tocadas por muita gente.

13. Uso incorreto de bisnagas de uso coletivo de molhos, maionese e ketchup nas lanchonetes e carrinhos de cachorro quente

As bisnagas também são itens de uso coletivo que provocaram mudanças de comportamento no consumidor quando ele passou a evitá-las por medo do novo vírus. Os tubinhos coloridos de molhos, maionese e ketchup muitas vezes são reabastecidos sem higienização, ainda com um restinho dentro, o que contamina o novo produto que está sendo inserido no recipiente. Além disso, muitas vezes, esses produtos não eram armazenados na temperatura adequada, o que também oferece riscos para a saúde do consumidor.

14. Falta de atenção com o fornecimento de produtos de higiene pessoal nos banheiros para os clientes

Antes da epidemia, era comum não oferecer álcool em gel para uso dos clientes. Muitas vezes, era comum, até mesmo, a falta de atenção com o abastecimento dos banheiros com sabonete e papel toalha. Depois do aparecimento do novo vírus, nota-se uma maior preocupação no fornecimento desses itens para os clientes, principalmente de álcool em gel, nos estabelecimentos.

15. Pouca atenção aos botões e torneiras dos bebedouros

A manutenção e limpeza de bebedouros e torneiras sempre foi essencial para garantir a segurança da água consumida nesses dispositivos. Assim, a higiene desses itens também começou a ser uma prioridade maior nos serviços de alimentação e em outros estabelecimentos devido aos riscos de contágio por gotículas contaminadas com coronavírus.

A COVID-19 trouxe muitas preocupações para o mundo todo e as exigências do mercado se tornaram maiores durante essa fase. Mas será que os hábitos de higiene observados no nosso dia-a-dia mudarão depois que a pandemia passar? O que você pensa sobre isso? Você acredita que os princípios de Boas Práticas de higiene no preparo de alimentos se tornarão mais intuitivos para a maioria das pessoas depois dessa crise?

Imagem: FDA

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Comprando alimentos durante a pandemia de Covid-19

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Em tempos de pandemia, todo o cuidado é pouco. Muito se tem falado dos cuidados de higiene que devem ser adotados para se prevenir da Covid-19.  Porém, vamos falar dos cuidados que se deve ter com as compras de supermercado e entregas de alimentos por delivery, utilizando a técnica estéril.

O que é técnica estéril?

É uma técnica utilizada em procedimentos médicos que envolve condutas que reduzem ao máximo a carga microbiana.

Como aplicar a técnica pode ser útil em tempos de pandemia?

No caso das compras de supermercado e compras de alimentos delivery, a técnica estéril pode ser adaptada para diminuir o risco de se contrair o vírus.

Por que se preocupar com os alimentos que compramos embalados?

Porque estudos indicam que é possível que o coronavírus possa sobreviver em superfícies diferentes, como 3 horas em aerossóis, 1 hora em papelão e em até 3 dias em plásticos e metais.

Como devo então proceder?

Em casa:

1 – Tenha um local para colocar todas as compras, como uma mesa por exemplo.

2 – Divida esse local em duas áreas distintas: área limpa e área suja.

3 – Higienize bem o local com qualquer desinfetante de uso doméstico que você tenha em casa.

Na hora das compras de supermercado:

1 – Em primeiro lugar, não vá às compras se você pertencer ao grupo de risco ou apresentar qualquer sintoma de doenças respiratórias!

2 – Planeje o que irá consumir para 2 semanas para minimizar às idas ao supermercado.

3 – Limpe o carrinho do supermercado com álcool 70% antes de colocar suas mãos ou as compras nele.

Procedimento:

1 – Na área suja coloque todas as sacolas de compras que acabaram de chegar do mercado.

2 – Retire os alimentos das sacolas e à medida que limpa suas embalagens, coloque-as na área limpa.

3 – Para limpar as embalagens siga as recomendações:

  • Vidros, latas e plásticos rígidos podem ser lavados com água e sabão.
  • Embalagens flexíveis podem ser limpas com papel toalha e álcool 70%
  • Hortaliças, legumes e verduras devem ser lavados e higienizados em solução clorada antes de serem armazenados.
  • Alimentos com duas embalagens, como cereais matinais por exemplo, devem ter a embalagem externa descartada antes de serem armazenados.

Delivery:

1 – Na área suja são colocadas todas as embalagens entregues.

2 – Na área limpa coloque pratos e recipientes limpos para colocar os alimentos.

3 – Antes de retirar a comida das embalagens, lave bem as mãos com água e sabão.

4 – Retire os alimentos cuidadosamente da embalagem de entrega, evitando qualquer contato.

5 – Coloque o alimento no prato com cuidado para que este não toque na segunda embalagem.

6 – Se quiser pode aquecer o alimento no micro-ondas até que esteja bem quente.

7 – Evite comprar alimentos que são consumidos frios, prefira sempre alimentos que são consumidos quentes.

Dicas importantes:

1 – Use de preferência papel toalha para higienizar os recipientes, ou toalhas de outro material que possa ser descartado após o uso.

2 – Os desinfetantes recomendados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para se combater o coronavírus são: peróxido de hidrogênio (água oxigenada), álcool isopropílico e hipoclorito de sódio (água sanitária).

Fonte:

PSA Safe Grocery Shopping in COVID-19 Pandemic – UPDATED!!!. [s.l.]: Jeffrey Vanwingen, 2020. P&B. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sjDuwc9KBps&app=desktop. Acesso em: 25 mar. 2020.

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Fake news sobre alimentos em 2020

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Mal começamos o ano e já tem um monte de fake news sobre alimentos circulando pelo whatsapp e pelo Facebook. Aqui no blog já falamos sobre algumas das fake news mais famosas: Fake news alimentares a respeito do coronavíruso novo marco regulatório para avaliação toxicológica de agrotóxicos da ANVISA e as fake news, polêmicas fake news sobre alimentos dos últimos cinco anos e fake news: o que você deve saber sobre as barras coloridas em caixas de leite.

Como é importantíssimo combater as fake news, vamos desmitificar algumas das mais novas mentiras que estão circulando. Essas informações estão disponíveis no site do Ministério da Saúde, que disponibilizou um canal para receber informações virais, que são apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Restaurante que serve carne humana

Não há nenhum restaurante que sirva “carne humana”. As imagens fazem parte de uma manifestação contra o consumo de carne animal em Santiago, Chile. O protesto foi organizado por integrantes da ONG Animal Libre em 2012.

Contato da boca em latinhas causa vermes

Não há nenhuma relação entre a não higienização das embalagens/latas e a larva presente no lábio da pessoa que está no vídeo. É muito importante lavar e limpar as latas antes de consumir o seu conteúdo, já que elas podem entrar em contato com sujeiras de vários tipos. Mas esse vídeo é falso. Beber de latas sem lavá-las não provoca larvas na boca. Isso é uma doença chamada miíase furunculoide, conhecida como berne, que ocorre após uma mosca depositar seus ovos diretamente na pele de uma pessoa.

Linguiça feita com carne de cachorro

A mensagem circulou na internet junto com fotos que seriam dos suspeitos e do produto. Essa é uma fake news que tentou envolver uma marca de linguiça da cidade de Bragança Paulista.  A prefeitura da cidade desmentiu a notícia por meio de nota oficial. Importante mencionar que apesar da denúncia citar Bragança Paulista, o brasão mostrado na foto em uma delegacia é do Espírito Santo e não de São Paulo. O ocorrido foi em Guarapari (ES) onde pessoas foram presas por maus-tratos a animais.

Conservantes na fabricação de cervejas

Não é verdade que são utilizados conservantes na fabricação das cervejas da marca. A própria Ambev desmentiu o caso. Confira a nota: “Os fatos mencionados são falsos. A Cervejaria Ambev não produz cervejas com conservantes, antioxidantes ou estabilizantes. Temos um controle de qualidade rigoroso, com cerca de 1.300 pontos e 374 testes ao longo do processo de produção. Nossas cervejas internacionais também seguem os mesmos padrões de qualidade, independentemente de onde são produzidas”.

Retirada de parte do corpo da galinha é verme

Esse conteúdo circula pelo menos desde 2017. A parte retirada do corpo da galinha não é um verme, ela não tem semelhança com um verme e nem mesmo a coloração de um parasita. A parte mostrada é a glândula uropigial, responsável por eliminar uma substância de aspecto oleoso, que serve como um lubrificante para as aves, ou seja, é um pedaço da estrutura muscular do animal e que não causa danos à saúde.

Café moído e embalado a vácuo é feito com sangue de boi

Ela possui todas as características de fake news: tom alarmista, erros de português e informações imprecisas (por exemplo: ausência de datas e nomes). Segundo a  Associação Brasileira da Indústria de Café, os cafés certificados são analisados e monitorados periodicamente com a garantia da pureza e qualidade do produto.

Comparativo entre um pó de café puro e um pó de café impuro

O método de análise sugerido em que o pó de café desce para o fundo do copo com água se trata de uma fake news. Isso porque a metodologia recomendada para a análise da pureza de um café é realizada por microscopia, em laboratório.

Fique sempre de olho e não seja bobo! Duvide de matérias, vídeos e textos com tom sensacionalista e sempre procure checar a fonte do que foi publicado! Procure compartilhar somente informações para as quais exista um consenso científico!

Fonte: Saúde sem Fake News: https://www.saude.gov.br/fakenews

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Manual da geladeira segura e organizada – Dicas para manter sua comida bem refrigerada e sem riscos

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A nossa cozinha esconde muitos perigos e todo cuidado é pouco na hora de armazenar os alimentos. Guardar a comida da maneira errada pode reduzir seu prazo de validade e seu consumo pode, até mesmo, resultar em uma DTA (Doença Transmitida por Alimentos). Você sabia que existe uma maneira correta de armazenar os alimentos na geladeira? Muitas pessoas pensam que isso é apenas uma questão de organização, mas essa arrumação toda se trata de cuidados com a nossa saúde e com a saúde da nossa família. Além disso, a redução do desperdício que conseguimos fazer por meio da organização da geladeira faz toda a diferença também para o nosso bolso! Para ajudar na tarefa de proteger a saúde da sua família, o Food Safety Brazil traz neste post o manual da geladeira segura e organizada, com dicas para manter sua comida sempre bem refrigerada e sem riscos!

Passo 1 – Conheça as características de cada área da sua geladeira e o que pode ser armazenado em cada espaço

A armazenagem correta dos alimentos deve ser feita de acordo com cada tipo de alimento e com a temperatura média de cada área disponível na geladeira. As áreas podem variar de acordo com cada modelo de aparelho e fabricante, então vale a pena sempre observar como funciona a sua geladeira. Considerando a maioria das geladeiras tradicionais, aquelas com o congelador em cima e refrigerador embaixo, é possível notar que elas apresentam delimitações de áreas em comum. Ao observar dicas e designs de várias marcas, é possível notar que essas delimitações estão presentes na maioria das geladeiras desse modelo e as áreas são normalmente divididas em:

– Congelador: Área responsável por congelar os alimentos. É, obviamente, a área mais fria do equipamento. Armazene comida pronta congelada, carnes cruas congeladas, sorvetes e gelo (de água filtrada!). Separe sempre os alimentos prontos dos alimentos crus para evitar contaminação cruzada e se for congelar marmitas, utilize etiquetas com datas de preparo para um melhor controle de validade.

– Área superior: Corresponde à área das prateleiras mais próximas ao congelador. Nos modelos mais antigos, esta costuma ser a área mais fria do aparelho depois do congelador. Nela, é aconselhável armazenar os produtos mais perecíveis e sensíveis a variações de temperatura, como os laticínios.

– Área central: Corresponde à parte do meio da geladeira. Essa região é ideal para armazenar alimentos como ovos (a porta da geladeira não é um local adequado para armazenar os ovos, visto que a grande variação de temperatura nesse local pode interferir na validade), saladas prontas, sobras de alimentos, alimentos preparados, entre outros.

– Área interior: Normalmente localizada acima das gavetas de legumes, é recomendável que essa área seja utilizada para o descongelamento de comida congelada. É essencial o uso de vasilhames para impedir que escorra qualquer líquido que possa contaminar os demais alimentos.

– Gavetas para vegetais: É destinada a frutas e hortaliças in natura, pois são mais sensíveis às temperaturas da área gelada.

– Porta e compartimentos: É a área com maior variação de temperatura devido ao abre e fecha da geladeira. Assim, não é aconselhável armazenar alimentos cuja qualidade possa sofrer alterações com as mudanças de temperatura constantes dessa área, tornando-os menos seguros para o consumo. Dê preferência para armazenar na porta da geladeira o que for menos perecível, como bebidas, geleias, molhos e conservas.

Passo 2 – Aprenda a limpar a geladeira da maneira correta

Sabemos que a faixa de temperatura entre 5ºC e 60ºC é mais favorável para o crescimento de microrganismos patogênicos na nossa comida. Todavia, existem ainda os patógenos que sobrevivem e se multiplicam, até mesmo, sob as condições geladas dentro da geladeira e do freezer, como a bactéria Listeria monocytogenes, que causa uma doença chamada listeriose. Esta bactéria é amplamente encontrada no meio ambiente e pode contaminar a maioria dos alimentos. Porém, ela não sobrevive a altas temperaturas, como durante os processos de cozimento ou de pasteurização, que são maneiras de combater o microrganismo (veja um pouco mais sobre a listeriose e os cuidados que devemos ter para evitar esta doença nos posts: “Listeria e E.coli não atormentam os brasileiros?” e “IDF publica boletim sobre Listeria spp. e Listeria monocytogenes”). Prestar atenção à higiene da nossa cozinha, principalmente das nossas geladeiras, é uma das maneiras de prevenir a listeriose.

Pelo menos uma vez ao mês é recomendável fazer uma limpeza completa na geladeira. Para isso, é melhor que essa faxina seja feita antes de fazer as compras.

Desligue o equipamento da tomada.
• Retire todos os alimentos da geladeira e armazene-os em uma caixa plástica com gelo para manter a temperatura. Aproveite este momento para verificar se tem algum alimento vencido ou com a data de validade próxima.
• Retire as peças removíveis como gavetas e prateleiras, lave-as com água e detergente neutro e deixe secar naturalmente.
• No interior da geladeira, passe uma esponja macia umedecida com água e detergente neutro e enxague com um pano úmido até retirar todo o sabão. Em seguida, seque com um pano seco e limpo.
• Após a limpeza, reconecte o aparelho na tomada e reabasteça os alimentos.
• Certifique-se de que a temperatura está adequada (5ºC ou menor).
• Importante: Após realizar a limpeza, não forre as prateleiras com panos e toalhinhas decorativas, pois esses itens dificultam a circulação do ar.

Passo 3 – Organize os alimentos de forma estratégica

• Não faça grandes estoques e dê preferência a ir mais vezes ao mercado, visto que uma geladeira abarrotada pode dificultar a circulação de ar e impedir que os alimentos sejam satisfatoriamente resfriados. Além disso, a prática de comprar em menores quantidades garante que os alimentos comprados estejam sempre mais frescos. Além disso, financeiramente falando também não é interessante manter capital parado sem necessidade, não é mesmo?
• De olho na validade: PVPS (Técnica de controle de estoque utilizada em indústrias e serviços de alimentação – Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai) também é válido na nossa casa! Procure colocar os alimentos com datas de vencimento próximas com maior visibilidade, para que você se lembre de consumi-los primeiro.
• Armazene os alimentos sempre tampados para evitar contaminação cruzada dentro da geladeira.
• Latas de conserva como milho, por exemplo, não devem ser deixadas na geladeira após a abertura da embalagem. Sempre transfira o que restou para outro tipo de recipiente e preste atenção à validade do produto após aberto, informação sempre presente nas embalagens originais. Para facilitar, você pode etiquetar o recipiente que você utilizou para transferir as sobras com a nova validade para não se perder nas datas.
• Sobras de alimentos devem ser armazenadas dentro de potes menores. Veja neste post dicas para guardar os alimentos na geladeira depois de prontos.

Passo 4 – Aprenda sobre durabilidade dos alimentos na geladeira

Devemos sempre obedecer às recomendações dos fabricantes indicadas nos rótulos. Na ausência destas informações e para alimentos preparados por nós mesmos, podemos tomar como base as recomendações indicadas na Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013.

Consulte as tabelas abaixo sempre que tiver dúvidas!

Temperatura x validade de alimentos congelados e resfriados

Passo 5 – Saber o que não deve ser guardado na geladeira

Ao contrário do que muitos de nós fazemos, alguns alimentos não devem ser guardados na geladeira, como tomates, café, óleos, alho, pães, tubérculos feculentos como batata, batata doce, cará e inhame, pimentas em conserva, cebolas, mel, melão e melancia antes de cortar, manjericão, azeite, pimentões, bananas e fermento em pó químico.
Para produtos industrializados, os rótulos costumam fornecer informações sobre o modo correto de armazenamento e conservação dos alimentos. Sempre siga a orientação do fabricante.

Dicas extras

• Para descongelar carnes, coloque-as no dia anterior na geladeira (na área mais baixa possível, separadas dos demais alimentos e protegidas por um recipiente plástico para que não escorram líquidos durante o processo, evitando risco de contaminação cruzada). Jamais deixe carnes ou qualquer outro alimento descongelando em temperatura ambiente.
• Alimentos já descongelados não podem ser congelados novamente.
• Após a realização das compras, o ideal é higienizar os alimentos que precisam ser lavados, como frutas, legumes e verduras, e deixá-los secar antes de guardar na geladeira. Deixe os alimentos de molho em uma solução de água sanitária e água (1 colher de sopa para cada 1 litro de água), de 10 a 15 minutos. Enxágue com água filtrada.
• Retire os ovos da embalagem original e armazene-os em embalagens plásticas laváveis e na região central da geladeira, onde a temperatura é mais estável que na porta.

Seguindo o nosso manual, sua geladeira estará sempre organizada e segura. Conte nos comentários se você utilizou alguma das nossas dicas e o que você achou do nosso manual!

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Dicas de segurança de alimentos em viagens

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Seja em viagens de férias, a passeio ou a trabalho, você já contou em quantos estabelecimentos de alimentos desconhecidos você come em uma única viagem?

Iniciando pelo aeroporto, milhares de pessoas passam por dia pelos aeroportos de diferentes locais do mundo, pense em quantas sentaram no mesmo banco em que você sentou, usaram da mesma mesa, talheres, pratos e copos?

Obviamente tudo isso foi higienizado, porém não temos como ter certeza de que está 100% livre de qualquer bactéria, aí entra a sua parte.

Partindo do pressuposto de que para ter um estabelecimento em um aeroporto, seus proprietários seguem normas rígidas de segurança de alimentos…

  • Você pode pedir ao garçom para passar álcool na mesa, caso não tenha visto isso acontecer antes de você sentar;
  • Ao receber os utensílios para comer verifique se estão limpos, caso não estejam, peça para trocar;
  • Não tome bebidas diretamente na lata;
  • Observe se as pessoas que estão manuseando os alimentos usam touca.

Alimentação no avião: companhias aéreas possuem uma grande responsabilidade pelos alimentos que oferecem aos seus passageiros. Por esse motivo, equipes de segurança de alimentos altamente eficazes monitoraram seus fornecedores.

Porém fique atento:

  • Lave as mãos frequentemente com sabonete antisséptico. Como no avião isso pode ser complicado, use e abuse do álcool em gel;
  • Se levar alimentos de casa, garanta que estão bem embalados e com conservação térmica adequada.

No seu destino, quem é que não gosta de conhecer diferentes pratos? Cada cidade, estado ou país tem sua cultura gastronômica, eu pelo menos adoro provar pratos típicos, é como se fizesse parte da imersão cultural local. Mas devemos ter alguns cuidados:

  • Não tome água da torneira, afinal de contas não temos conhecimento das suas condições sanitárias;
  • Evite alimentos crus ou mal passados (nunca duvide da existência de uma DTA!);
  • Comida de rua:  em Nova York, por exemplo, é muito comum funcionários de grandes escritórios almoçarem no carrinho da esquina, então observe se o movimento está grande, ninguém melhor do que os moradores para nos guiarem, não é mesmo?
  • Veja se o estabelecimento está em boas condições de estrutura e limpeza. Eu, por exemplo, já fui a uma bakery muito famosa que inclusive tem programa de televisão e não tive coragem de comer nada, o ambiente estava imundo;
  • Em mercados, lembre-se de sempre verificar o prazo de validade.

Usa-se a expressão de que todo cuidado é pouco em relação à segurança e por que não usar essa expressão em relação a alimentos? Ninguém quer passar mal e correr o risco de estragar as férias tão esperadas, ou perder um dia de trabalho por estar de cama ou aquele casamento do melhor amigo.

As dicas foram separadas apenas por uma questão de contexto, porém elas devem ser seguidas em qualquer lugar do mundo, Brasil, Japão, em casa ou na rua.

Certos cuidados são essenciais. Infelizmente, essa cultura de segurança de alimentos não vem enraizada desde criança por todo mundo, mas estamos lutando para isso. Até lá, faça sua parte!

Bruna Scalcon, 26 anos, formada em Administração, trabalha há 4 anos como Analista de Qualidade em uma empresa de alimentos. Vasta experiência em normas de Segurança Alimentar e Restrições Alimentares. Além de ser apaixonada por viagens.

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Os perigos escondidos em garrafas e latas de bebidas

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Todo mundo em festa, comida e bebidas à vontade…e no dia seguinte aquela náusea, dor de barriga, febre. Você já pensou que a origem do mal pode estar nas bebidas e não na comida ingerida?

Latas e embalagens plásticas de bebidas, sucos e refrigerantes e os canudos (quando oferecidos sem proteção, por comerciantes) podem ser um depósito de fungos e bactérias. Estes contaminantes são causadores de infecções gastrointestinais, pulmonares, vaginais, de urina e de boca, com sintomas que vão de diarreia, dores abdominais e vômito até febre. O risco é maior para pessoas com baixa imunidade, como crianças, idosos e quem está passando por algum tratamento de saúde.

Muitas vezes os ambulantes não realizam a higienização adequada das embalagens ou caixas térmicas, além do uso prolongado do gelo que vai derretendo e a água aquecendo e permitindo a proliferação de microrganismos. Geralmente usam a mesma mão para alcançar a bebida e realizar o pagamento. Em padarias e conveniências as embalagens podem permanecer em prateleiras expostas a poeiras e sujidades diversas e muito raramente são higienizadas antes de seguirem para os refrigeradores.

O “frio” da caixa térmica ou refrigerador não elimina microrganismos, apenas evita que continuem se proliferando, porém a partir do momento em que o produto fica em temperatura ambiente eles continuam a se desenvolver e podem causar problemas aos consumidores.

Como evitar as contaminações?

O ideal é lavar as embalagens com água e sabão e em seguida higienizar com álcool 70% para finalizar, antes de levar para o refrigerador ou caixa térmica;

Usar gelo proveniente de água potável e caixa térmica previamente higienizada;

Evite encostar a boca diretamente nas embalagens;

Use canudos embalados individualmente;

Leve consigo um potinho de álcool gel e faça higienização com toalha umedecida;

Procure não compartilhar bebidas para evitar a disseminação de microrganismos diversos.

Alguns mitos que não eliminam as contaminações

O lenço de papel não é indicado para higienizar pois vai retirar apenas a água e não necessariamente as sujidades, lembre-se de que os microrganismos são visíveis apenas ao microscópio.

Existem no mercado protetores para latinhas, mas eles não são eficazes se as embalagens estiverem contaminadas.

Segundo um estudo que analisou latas de cerveja em contato com água suja, o selo (aquela proteção de alumínio que recobre a tampa de algumas marcas) mais atrapalha do que ajuda na prevenção de doenças.

Fontes:

https://super.abril.com.br/historia/o-selo-nas-latas-de-cerveja-ajuda-ou-atrapalha-a-higiene/

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/10/latas-de-bebidas-sao-depositos-de-fungos-e-bacterias-diz-estudo.html

https://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2017/03/assunto-serio-porque-voce-deve-lavar-e-higienizar-as-latinhas-de-bebidas-001586947.html

https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/02/23/interna_bem_viver,1123361/cuidados-com-a-higienizacao-de-alimentos-e-bebidas-devem-ser-redobrado.shtml

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Caia na folia, mas não caia em cilada!

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O Carnaval está chegando! São quatro dias de muita festa e folia! Mas, nessa época, a segurança de alimentos pode ficar comprometida por várias razões. Isso acontece por causa da grande oferta de alimentos vendidos na rua por ambulantes, sem fiscalização e sem atender à legislação.

Normalmente, estes vendedores ambulantes não têm estrutura adequada para que o alimento seja seguro, não armazenam os alimentos de forma correta, sem falar das condições higiênico-sanitárias na hora de produzir e vender esse alimento. Então vamos dar dicas para cair na folia e evitar cair na cilada de pegar uma doença transmitida por alimentos e estragar sua festa!

Limpeza do vendedor

  • Observe a aparência e os hábitos pessoais do manipulador de alimentos;
  • A pessoa deve ter roupas limpas e a cabeça deve estar coberta;
  • As unhas devem ser curtas, limpas e sem esmaltes e adornos;
  • Não devem ter ferimentos e outras infecções visíveis da pele;
  • Não devem fumar, mexer no nariz ou coçar outras partes do corpo;
  • Não devem tossir, espirrar ou apresentar outros sintomas que sugiram que possam estar doentes

Limpeza da instalação de venda de alimentos

  • Observe a limpeza geral da área em que os alimentos estão sendo oferecidos para venda;
  • Sujeira e lixo atrairão moscas e outras pragas que podem contaminar os alimentos
  • Deve haver provisão para lavar as mãos

Exposição e venda de alimentos

  • Os alimentos devem estar protegidos contra contaminação pelo uso de recipientes e tampas apropriados
  • Compre alimentos que são exibidos em aquecedores ou refrigeradores. Os alimentos quentes devem ser servidos quentes (acima de 60°C) e os frios, servidos frios (abaixo de 5°C). Evite alimentos que estejam em temperatura ambiente;
  • Não compre alimentos que você acha que podem não estar bem cozidos;
  • Os alimentos devem ser servidos em recipientes descartáveis e limpos;
  • Os alimentos cozidos não devem ficar ao lado dos alimentos crus;
  • Utensílios apropriados devem ser usados para manipular alimentos, como pinças, colheres, etc. Utensílios diferentes devem ser usados ao manusear alimentos diferentes;
  • Os manipuladores de alimentos devem usar luvas descartáveis e não devem lidar com dinheiro;
  • Os canudos devem ser embalados individualmente;
  • Evitar molhos à base de maionese;

Dicas de segurança para água e gelo

  • Os alimentos de alto risco incluem sucos de frutas e vegetais e água engarrafada;
  • Certifique-se de que a água e o gelo estejam livres de cor, odor, detritos e sabores estranhos;
  • Use apenas gelo feito com água potável (limpa e potável);
  • Compre água e gelo apenas de fornecedores confiáveis!

Como folião, você tem o direito de exigir que os alimentos sejam seguros para o consumo e não o deixem doente. Assim, quando o Carnaval passar você levará para casa a lembrança de um bom momento.

Referência:

https://www.cdc.gov/features/fairsandfood/index.html

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Fake news alimentares a respeito do coronavírus

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As fake news são hoje uma espécie de “praga” circulando nas redes em grupos de conversa e mídias sociais. Este tipo de notícia geralmente tem como objetivo enganar, confundir e muitas vezes obter ganhos financeiros pela “viralização”. Muitas vezes, elas usam manchetes atraentes ou inteiramente fabricadas para aumentar o número de leitores, compartilhamento e taxas de clique. As notícias falsas, porém, trazem dúvidas e colocam em cheque o conhecimento prévio em torno de um assunto, levando os leitores a acreditar em uma coisa que pode trazer prejuízos, inclusive para sua própria saúde e também prejudicam a cobertura profissional da imprensa, tornando mais difícil para os jornalistas cobrir notícias significativas.

A epidemia do novo coronavírus (2019-nCoV), segundo notícias recentes, já ultrapassou o total de 900 mortes e causou a infecção em mais de 40 mil pessoas. Apesar de o surto estar concentrado na China, houve registros da doença em vários países. No Brasil, há casos sob investigação e o primeiro boletim sobre brasileiros que retornaram da China diz que  estão sem sintomas até o momento.

Porém, pois mais mortal que seja o vírus o que o torna mais terrível são as fake news e brincadeiras em torno de um assunto tão sério. Algumas são até engraçadas, mas apesar da brincadeira, isso pode gerar dúvidas e causar confusão sobre o que pode ou não estar relacionado à doença.

Vejamos a seguir alguns destes casos:

Frutos do mar

Notícias recentes dão conta de que pesquisadores chineses já identificaram que o novo vírus teve origem em um grande mercado de frutos do mar na cidade de Wuhan, na China. Nesses mercados, as pessoas vendem e compram todos os tipos de carnes: frango, frutos do mar, carne de carneiro, ovelha, porco e até cobras. Por esse motivo, as pessoas na Índia propagaram a notícia de que não se deve comer frutos do mar de uma maneira geral. Para acabar com essa confusão, foi dito que é seguro comer frutos do mar na Índia, pois não foi estabelecido nenhum vínculo entre animais marinhos e o novo coronavírus.

Sopa de morcegos

https://veja.abril.com.br

Recentemente, um vlogger chinês postou um vídeo de si mesmo desfrutando de uma ‘sopa de morcego’. Isso deu origem a várias alegações de que o coronavírus está sendo espalhado pela carne de morcego ou de cobras. Estes animais são vendidos vivos em mercados da China e consumidos como iguaria. O coronavírus é uma doença zoonótica e se espalha de animais para pessoas. Embora várias reivindicações tenham sido feitas para carne de morcego, nada conclusivo foi estabelecido. Os cientistas ainda exploram a ligação entre animais e o vírus corona.

Coronavirus x cerveja Corona

https://br.shotoe.com/

Na internet, memes brincam com a bebida mexicana. Essa confusão chegou às notícias por causa da semelhança em seus nomes. O coronavírus foi batizado com este nome por conta da aparência das partículas do vírus. Elas têm uma espécie de “franja”, que lembra uma coroa real. “Corona”, em latim, significa coroa. A cerveja mexicana Corona, que tem uma coroa como símbolo, foi criada em 1925, bem antes do descobrimento do vírus – em 1965.

Alho ajuda no combate à infecção?

Pixabay

De acordo com várias fontes, acredita-se que o alho pode realmente ajudar no combate a infecções. O composto organossulfurado e as propriedades antimicrobianas do alho podem ajudar no combate a algumas doenças. No entanto, não há provas de que o alho possa ajudar nesta doença.

Pratos à base de carne podem causar a doença?

Fonte: pixabay

Outro equívoco que circula nas redes é que se deve proibir completamente o consumo de carne, pois esse vírus se espalha de animais para pessoas. O que as pessoas precisam entender é que nada foi estabelecido até agora e é completamente seguro comer estes alimentos. As pessoas precisam cuidar para que as carnes sejam obtidas de empresas sob regime de inspeção e devem ser bem cozidas, recomendação válida para evitar qualquer doença transmitida pela carne.

Vitamina C + zinco:

fonte: pixabay

Há um áudio circulando em aplicativos de conversa e posts de mídias sociais em que uma mulher recomenda o uso diário da substância como prevenção à doença. Não é verdade que ingerir vitamina C com zinco ajuda a prevenir ou tratar os sintomas do novo coronavírus. Tanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) quanto o Ministério da Saúde desmentem essa informação em suas recomendações sobre a doença. Ainda não há um remédio para tratar o vírus 2019-nCoV e as medidas preventivas passam por lavar as mãos com frequência e evitar contato com infectados, não pela ingestão de vitamina C com zinco. Este caso inclusive já rendeu problemas, segundo a reportagem  uma proprietária de uma farmácia, no Paraná, foi autuada pela Polícia Civil do estado, por  suspeita de comercializar um coquetel de vitaminas como medicamento preventivo contra o coronavírus. O remédio era vendido inclusive nas redes sociais.

Vitamina D

Em um vídeo, um homem faz afirmações sobre prevenção do coronavírus. Entre elas, a de que a vitamina D seria uma substância eficaz para barrar a contaminação. Porém não há, até o momento, medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus.

Chá imunológico

Fonte: pixabay

Repassada em redes sociais, uma receita incluindo itens como alho e folhas de hortelã, entre outros ingredientes, promete proteger contra a transmissão da doença. O material orienta ainda a evitar produtos como leite para “potencializar o efeito” do coquetel. A verdade: não há, até o momento, medicamento ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus. As medidas corretas são evitar contato com pessoas com sintomas, lavar as mãos com frequência, usar lenços descartáveis para a higiene nasal, entre outras.

Estas são talvez as fake news mais comentadas, porém existem outras tão absurdas quanto estas,  é importante buscar informação adequada e de qualidade.

Para combater as fake news sobre saúde de maneira geral, o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não é um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que são apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão pode enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61)99289-4640

A lista de todas as fake news já avaliadas pelo ministério encontra-se no site www.saude.gov.br/fakenews:

Para obter informações confiáveis procure acessar OMS, CDC, e sites governamentais. Não se esqueça de checar sempre as informações antes de repassar, além é claro de verificar a fonte de origem, que muitas vezes já de cara deixa dúidas sobre a veracidade das informações.

Fontes:

https://timesofindia.indiatimes.com/life-style/food-news/5-foods-linked-to-novel-coronavirus-and-the-truth/photostory/73935050.cms?picid=73935282

https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/epidemia-de-fake-news-confira-informa%C3%A7%C3%B5es-falsas-que-circulam-sobre-o-coronav%C3%ADrus-1.770509

https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/coronavirus-principais-sintomas-e-cuidados

https://portal.fiocruz.br/pergunta/qual-origem-desse-novo-coronavirus

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/02/10/brasil-investiga-7-casos-suspeitos-de-novo-coronavirus.ghtml

https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2020/02/10-mensagens-falsas-sobre-o-coronavirus-e-o-esclarecimento-sobre-elas-ck66lq1c60dow01mv4a6f8ihp.html

Ministério da Saúde (MS)
Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
Organização Mundial da Saúde (OMS)

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