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Intolerância à lactose: um relato pessoal

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Um belo dia, há uns 5 anos, do nada, comecei a sentir fortes náuseas e enjoos, vomitava forte, mas não aliviava completamente. Ficava mal cerca de metade do dia e depois passava gradativamente o mal-estar.

Pensava ser um episódio isolado, uma indisposição passageira e não dei importância, porém o problema não sumia e se repetia ao longo dos dias, das semanas, dos meses.

Acreditando poder ser alguma coisa no estômago ou ligada a uma intoxicação ou infecção, e esperando que problema se resolvesse, decidi evitar alguns alimentos mais gordurosos ou que eu considerasse suspeito. Acordava, , então, de manhã e me alimentava daquilo que considerava mais seguro, um cream-cracker com um bom copo de leite puro.

Eu sempre fui um amante do leite e demais produtos lácteos, de acordar e tomar um copão puro e gelado antes das atividades físicas ou de ir para o trabalho, uma delícia. Portanto, jamais desconfiaria de algo que sempre me fez tão bem.

Porém, além dos episódios de náuseas e vômito não passarem, começaram a vir acompanhados de muita dor abdominal, muitos gases que davam dor no peito e eu não me sentia confortável em nenhuma posição, e fora isso, comecei a ter até mesmo diarreia. Aí fiquei preocupado de verdade, fui procurar por um médico, coisa que geralmente os homens procrastinam, o que sei que é errado, mas é da nossa natureza.

O gastroenterologista fez uma série de perguntas sobre minha alimentação, me apalpou de todo jeito na barriga e abdômen, me mandou fazer uma série de exames, mas não descobria nada, foram mais duas consultas depois e ele ficou intrigado que meus exames não tinham nada de anormal, e claro, eu fiquei mais ainda. Ao final, ele me disse para irmos acompanhando e investigando.

Saí da consulta desolado, com medo de ser algo mais sério (a gente pensa o pior) e fui tomar um café com minha esposa para dar uma animada, quando ela disse: “Será que você não está com intolerância à lactose?”. E eu com toda a delicadeza do “Seu Lunga (*)” respondi: “Pensei que você era formada como contadora e não em medicina”.

  • (*) Para quem não conhece, “Seu Lunga” foi um poeta repentista e vendedor de sucata de Juazeiro, que se tornou um personagem atribuído a inúmeras piadas sobre seu temperamento mal humorado e ranzinza, transformando-se em uma figura do folclore nordestino, conhecido pela falta de paciência nas respostas a perguntas cotidianas.

Para justificar minha resposta, eu estava muito preocupado, o médico não havia conseguido me diagnosticar e eu sempre tomei leite, então, como de repente ele poderia começar a me fazer mal? Ao menos, este era o meu pensamento naquela época, justamente por ignorar informações sobre a intolerância à lactose.

Como não custava nada fazer uma experiência, e na verdade, por teimosia de descendente de italiano que sou, queria provar que minha esposa estava errada e dando ouvidos a estas modinhas de youtubers, que isso de intolerância à lactose era bobagem, afinal, como eu, um homem adulto, teria isso que é coisa de bebê, topei fazer um teste.

Depois de mais de um mês sem tomar leite ou derivados, voilá, os sintomas desapareceram e eu me sentia um novo homem.

Novamente tomando um café com minha esposa e ela um cappuccino, ela disse: “Viu, você evitou o leite e seus problemas não apareceram mais, era mesmo intolerância à lactose”. Eu novamente com minha teimosia habitual respondi: “Nada, isso foi uma coincidência, quer ver, vamos trocar, você toma o meu café e eu tomarei o seu cappuccino”.

Resultado de minha ação: foi o tempo de entrar no carro, chegar em casa e já sair vomitando pelo quintal, e tive de ouvir dela: “Viu, eu te disse”. Admiti que sim e agradeci a minha esposa e contadora por ter me diagnosticado.

Este episódio me serviu como uma tradicional prova dos nove, fiquei convencido definitivamente de que o leite estava me fazendo mal.

Aprendi neste dia duas grandes lições: a intolerância à lactose pode sim se manifestar a partir de uma certa idade, no meu caso depois de meus 43 anos, e outra, minha esposa sempre tem razão, ou pelos menos, quase sempre.

Existem testes clínicos que podem diagnosticar a intolerância à lactose:

  1. Teste de tolerância oral que mede a glicemia sanguínea em alguns momentos:  glicemia basal após jejum de 8 horas e glicemia em 30, 60 e 120 minutos após a administração oral de lactose (solução contendo de 2g de lactose/kg até 50g). Visto que a lactose, quando digerida é decomposta em glicose e galactose, em indivíduos que não apresentam intolerância à lactose será observado um aumento da glicose sanguínea em 20mg/dL ou mais em pelo menos um dos intervalos medidos no teste. A elevação de glicemia será menor que 20mg/dL em indivíduos com intolerância à lactose.
  2. Teste de hidrogênio expirado, no qual se avaliam amostras do gás hidrogênio produzido pelas bactérias do cólon que é expirado em alguns momentos: jejum de 12 horas e após o consumo de 25g de solução contendo lactose, sendo essa análise realizada em intervalos de 15 ou 30 minutos. Quando há aumento na quantidade de hidrogênio exalado, em relação ao valor de jejum, o indivíduo é considerado com intolerância à lactose. Devem ser considerados, também, os sintomas manifestados pelo paciente durante a execução do exame.

Confesso que não fiz nenhum destes testes. A prova prática me bastou, comecei a evitar a lactose e o problema sumiu, mas não passei a evitar o leite e seus derivados que adoro, me tornando um consumidor de produtos livres de lactose.

Também ando com lactase sempre por perto, que é a enzima que quebra a lactose conforme a reação a seguir, então, se em algum lugar vou comer algo suspeito de conter lactose, eu tomo um comprimido um pouco antes com bastante água.

Aos poucos fui descobrindo que queijos frescos como frescal, minas e muçarela podem ser um problema para mim, então tenho de procurar os zero lactose, e com isso, frequentar pizzarias se tornou complicado, pois poucas trazem esta opção.

Por outro lado, já os queijos curados como um bom parmesão, um grano padano ou pecorino não me fazem mal, acredito que nestes casos a lactose já esteja em níveis baixos, confesso que nunca estudei a fundo o motivo e me satisfiz com os resultados empíricos, pois são os queijos que mais aprecio.

Minha intolerância à lactose não atrapalha nada em minha vida, e meus amigos em suas festas quando me convidam já dizem, pode comer bolo que fizemos tudo sem lactose para você, isso são amigos de verdade, ou então, não me querem ver fazendo arruaça em seus banheiros.

Pois bem, a intolerância à lactose ocorre quando o organismo não produz mais a lactase, a tal da enzima, que normalmente é produzida pelo intestino delgado, e justamente ela decompõe o açúcar do leite chamado de lactose nos monossacarídeos glicose e galactose.

Quando a lactose chega ao intestino e não sofre ação da enzima lactase, acaba sendo fermentada por bactérias presentes no trato intestinal e é daí que vem a encrenca, pois a fermentação produz ácido láctico e gases, que podem desencadear distensão abdominal e os sintomas que relatei. Além disso, a lactose não quebrada aumenta a atração de água e eletrólitos para a mucosa do intestino, provocando diarreia.

A intolerância à lactose pode ser classificada em três tipos:

  1. Deficiência primária, quando a diminuição de lactase em humanos acontece normalmente com o passar dos anos, sendo um problema gradual e irreversível, que é o meu caso;
  2. Deficiência secundária, neste caso, doenças, processos inflamatórios ou medicamentos são responsáveis por lesionar o intestino e afetar a produção de lactase. Por exemplo, quem tem diabetes ou fez cirurgia bariátrica tem mais chances de ter o problema;
  3. Deficiência congênita, que é mais rara e ocasionada por uma alteração no gene que codifica a lactase. Neste caso, desde bebezinho o problema já surge.

Alguns dados mostram que a prevalência da intolerância à lactose pode variar de acordo com a etnia, abrangendo 90% da população sudeste asiática, de 60 a 80% da população do sul da Europa margeando o Mar Mediterrâneo de onde vieram os Bertolinos de quem descendo e menos de 15% do norte da Europa de onde vieram os Müller que deram origem à minha esposa.

Mas é na África e para os povos originais da América do Sul que a intolerância à lactose encontra predominância, conforme demonstra o mapa com as regiões com maior percentagem de indivíduos com este problema.

Quanto ao fator idade, pode acometer predominantemente pessoas com 50 anos ou mais, tendo uma estimativa de 46% de pessoas com esta intolerância.

A estimativa mundial geral é de que 70% da população sofre de algum nível de intolerância à lactose, a maioria nem sabe por que os sintomas são brandos e passam como uma leve indisposição.

A intolerância à lactose pode ser leve, moderada ou intensa, varia de pessoa para pessoa, dependendo do quanto de lactase o duodeno de casa um produz, e pode ao longo do tempo ir evoluindo da leve até a intensa.

Estes dias fui encomendar um bolo sem lactose e descobri na minha cidade que poucas boleiras ofereciam este tipo de produto. Então, uma delas me explicou que era porque daria muito trabalho ter utensílios isolados específicos só para isso, uma vez que a maior parte dos clientes não pedem bolo sem lactose.

Neste dia foi que percebi que muita gente confunde alergia com intolerância, pois as medidas a que a boleira se referia são necessárias para evitar riscos de alergia, mas não são necessárias para casos de intolerância.

A intolerância à lactose NÃO é uma alergia alimentar, mas uma desordem metabólica na qual a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose que é o açúcar do leite, o que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarreia que tive.

Esta intolerância geralmente é dose dependente e o indivíduo pode tolerar pequenas doses, como ocorre no meu caso com queijo curados ou se beneficiar dos produtos lácteos que tem zero de lactose.

Na alergia não, a coisa é bem mais complicada, uma vez que não é dose dependente, então o contato com simples traços de produtos derivados de leite pode desencadear uma resposta imunológica adversa ocasionada por uma hipersensibilidade do organismo a proteínas ou outros antígenos, se distinguindo de outras reações adversas aos alimentos por apresentar um mecanismo fisiopatológico que envolve o sistema imunológico, podendo ser mediada pela imunoglobulina E (IgE) ou não.

Especificamente, no caso do leite, o mecanismo imunológico não está ainda plenamente esclarecido, existem diferentes mecanismos que contribuem para a patogênese e há dois principais mecanismos descritos na base desta doença que referem-se a reações mediadas justamente por IgE e não-IgE.

Uma reação alérgica também pode ter consequências bem mais graves que a intolerância, pois além de coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarreia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular, pode causar o chamado choque anafilático, uma grave reação que pode levar ao encerramento da garganta, impedindo a respiração e podendo levar à morte em poucos minutos.

Então minhas caras e queridas boleiras e doceiras, intolerância não é alergia e produzir produtos livres de lactose é muito mais simples do que ter produtos livres do alergênico leite.

Para ter produtos sem lactose e abarcar este grande mercado, não é necessário separar utensílios específicos para evitar a contaminação cruzadas mesmo por traços, mas precisa efetivamente usar ingredientes livres de lactose e manter uma rastreabilidade que garanta este fim.

Para ajudar nisso, atualmente por ser um importante nicho de mercado, já há muita oferta comercial de marcas variadas de produtos como leite, doce de leite, creme de leite, leite condensado, iogurte, requeijão etc, tudo sem lactose, e os preços costumam ser levemente maiores que os tradicionais, o que pode ser repassado a quem procura por este tipo de produto.

Lembrando que há uma obrigatoriedade de informar aos consumidores a presença de lactose nos alimentos, prevista na RDC nº 136/17, tema tratado neste blog no artigo “Quando usar a advertência “contém lactose”?.” Já para declarar que um alimento é livre de lactose, é preciso seguir as determações  da RDC nº 135/17.

Além disso, se um produto tem leite e seus derivados, lembre sempre também dos cuidados com a rotulagem para alergênicos requeridos pela RDC n° 26/15, tema sobre o qual o leitor encontrará respostas esclarecedoras no artigo “Perguntas e respostas práticas sobre rotulagem de alergênicos“.

Para as boleiras e doceiras que pretendem atuar com esta categoria de produtos, definam se querem atender ao público de intolerantes à lactose ou alérgicos ao leite. Se forem atender apenas aos intolerantes à lactose, é importante deixar isso muito claro aos clientes, que um produto zero lactose contém leite e suas proteínas, que podem desencadear alergias a quem sofre do problema, o que não contém é o açúcar do leite, a lactose, que causa o desconforto da intolerância.

Certamente para quem atua com estes produtos, os clientes que são leigos no assunto poderão ficar com muitas dúvidas, espero que este artigo possa ajudar a explicar e esclarecer.

Espero também que vejam que produzir alimentos sem lactose não é tão complicado e tem um público consumidor cativo e carente destes produtos, assim quem sabe poderei frequentar mais pizzarias?

Gostou do artigo?  Ajudou? Também quer contar o seu caso? Escreva aí nos comentários!

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Fui promovido a liderança em food safety. E agora?

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Olá pessoal, hoje resolvi escrever para você que tem cargo de liderança ou gestor de food safety, coordenador de equipe, gerente de qualidade ou como você prefira chamar. Sim, muitas vezes a gente se preocupa com as regras, normas, procedimentos, legislações e planilhas e esquecemos que trabalhamos com pessoas.

Você muito provavelmente faz ou já fez parte de uma equipe em que não exercia o papel de líder, certo? E neste caso tem uma boa noção do que vou mencionar a seguir; muitas vezes a vontade é de criticar, sair fora, exigir a tomada de decisão, mas…e quando você é o LIDER/GESTOR desta equipe? Chegou a sua vez de influenciar este pessoal, mas tem que ser de forma significativa, eficiente, a fim de obter os melhores resultados, aquele desempenho que você imaginava quando era apenas parte da equipe. Você precisa conduzir esta galera para a produção de alimentos sem falhas, campeões de venda, rótulos lindos de dar água na boca, procedimentos perfeitos pra nenhum auditor botar defeito…bem, daí o desafio parece assumir outra proporção, não é mesmo?

Não se assuste, vou dar umas dicas para que a COISA fique menos assustadora (se é que isso é possível). Digo por mim, quando assumi a liderança pela primeira vez fui chamada à sala da chefia, que me disse: a partir de amanhã você coordena a equipe, tudo bem? Minha resposta: “Bem eu adoraria, mas não sei se estou preparada para tamanho desafio”. O chefe respondeu: “Ué, você está pensando em deixar a empresa?”. Minha resposta: “Que horas eu começo?” rsrsr. Nervosismo e imaturidade à parte, foi a melhor coisa que me aconteceu, pois às vezes a gente acha que não está preparada até que surge uma oportunidade e por medo de tentar, pode perder a chance.

Estamos em um tempo em que a competição entre profissionais chega a ser predatória, todo mundo tem pensamentos acelerados, o avanço tecnológico é enorme, às vezes até difícil de acompanhar. Somos bombardeados diariamente com informações e mudanças na legislação e assim é comum nos sentirmos perdidos ou andando em círculos. Pois bem, você já ouviu falar no poder dos objetivos? Esse é o ponto de partida para um líder/gestor da área de food safety: se você não tiver clareza sobre seus objetivos, você está como “um barco à deriva” e sua equipe também.

Antes de prosseguir acho importante rever alguns conceitos e esclarecer a diferença entre um líder e um gestor:

Líder – pessoa que exerce influência sobre o grupo, mesmo sem ter um cargo superior. Ele consegue cativar e motivar as pessoas ao seu redor e costuma ser seguido e admirado por elas.

Gestor – responsável por gerir os processos e os procedimentos, sempre buscando os melhores resultados para a empresa.

Um líder pode ser colocado em funções de gestão e é possível que um gestor tenha características de liderança, mas nem sempre isso acontece. Em food safety, isso quase sempre acontece! Temos que assumir a função de gestão e liderança ao mesmo tempo, o que torna a jornada mais dinâmica.

O Líder/Gestor de food safety precisa ter clareza das coisas, afinal é um desafio diário e constante trabalhar nesta área e isso requer muita disciplina, foco e sobretudo um bom planejamento. Então se você faz o tipo que deixa a vida levá-lo, deve ficar atento, pois em uma organização que precisa garantir a qualidade e a segurança dos alimentos que produz, não há espaço para atitudes impensadas ou apenas reativa diante das adversidades.

Todo Líder/Gestor vai trabalhar com pessoas e precisa saber bem quais são seus objetivos e metas para conduzir de forma adequada sua equipe para “águas tranquilas e navegáveis” e ter sangue frio para administrar os ventos e tempestades que surgem a todo momento. É, meu caros, nem tudo são flores no mundo food safety e atualmente, com o excesso de informações disponíveis, há uma verdadeira avalanche de produtos, marcas e opções para tudo, e fica fácil se perder no caminho.

Mas se você está disposto a encarar a jornada, vou dar umas dicas para facilitar o trabalho com as pessoas da sua equipe:

  • Tenha clareza da escolha que fez para sua vida profissional, saiba que haverá momentos de renúncia, dedicação e dificuldades, mas também haverá vitórias e muita adrenalina.
  • Defina objetivos e metas realistas e vá subindo a régua conforme eles forem sendo alcançados.
  • Trace um plano estratégico para atingir seus objetivos e deixe sua equipe a par dos desafios que estão enfrentando.
  • Aprimore suas técnicas de trabalho em equipe, jamais esqueça que ninguém vai a lugar nenhum sozinho.
  • Recicle-se sempre, não há desculpa, ainda mais agora com tanta opção on line e muitas vezes gratuita, porém não se esqueça de escolher bem. Lembra do excesso de informações? No mundo virtual e real tem muita coisa boa, mas também tem o lixo.
  • Tenha em mente que ninguém sabe tudo. Manter a humildade é fundamental para ser um bom líder e fundamental para conquistar a confiança da equipe.
  • Quando não souber de algo, procure saber e aprender, é preciso ter clareza dos pontos fracos e coragem para melhorar.
  • Esteja aberto a críticas e sugestões e, claro, corra atrás para melhorar, afinal você conhece bem a regra de melhoria constante que aplica aos processos, não é mesmo?
  • Jamais retenha conhecimento, compartilhe. Ninguém vai tomar seu lugar, a menos que seja melhor que você! E assim, quando você assumir um posto superior ao seu, terá alguém da sua equipe e de confiança pronto a lhe substituir.
  • Não procure culpados para algo que deu errado, motive a equipe e ache uma boa solução o mais rápido possível, dedique um tempo depois para avaliar as causas do erro e assim criar estratégia para que não se repita.
  • Você só conquistará o respeito e a liderança da equipe se eles admirarem você. Um líder é um gestor de talentos e não um ditador, ninguém vai respeitar você por medo, ao contrário, na primeira oportunidade vão puxar o seu tapete.
  • Quando houver mudanças de metas e objetivos, comunique a equipe imediatamente e os motive a mudar o curso das coisas e seguir em frente, afinal, quem gosta de ser o último a saber das coisas ou saber delas por terceiros?
  • Motive sempre sua equipe a confiar em você e poder ter a liberdade de trazer até você erros ou decisões equivocadas que tomaram, isso vai permitir que vocês achem junto uma solução. Quando um membro da equipe contribui para um problema e não comunica, você perde um tempo precioso para descobrir a falha e corrigir.
  • Saiba reconhecer os esforços da equipe e faça isso publicamente se houver oportunidade, ninguém gosta de ficar para trás quando chegar a hora de dividir os “louros”.

Sei que não sou especialista no assunto nem me atrevo a competir com todo tipo de coach e livros que existem hoje. Trouxe aqui um pouco da minha vivência e experiência a frente de equipes de garantia de qualidade. Existem muito mais dicas que talvez até rendessem um livro, porém resolvi compartilhar aquelas que julgo serem razoavelmente assertivas, com vocês que nos seguem e merecem todo nosso respeito.

E você, já usou alguma dessas dicas ou tem alguma que esqueci de mencionar, mas julga ser importante? Conte pra gente nos comentários ou compartilhe sua experiência conosco. Fique à vontade, esse espaço também é seu.

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