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Proposta de regulamento de recolhimento de alimentos

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Suzany Portal da Silva Moraes, advogada, representando a ANVISA., apresentou hoje, em São Paulo, a proposta de regulamento de recolhimento de alimentos. A servidora ressaltou que este documento ainda poderá mudar, dado que passará ainda pelo crivo da diretoria e haverá análise das contribuições de uma Consulta Pública.

 

Abaixo estão anotações dos slides, comentários da advogada e meu entendimento:

 

Estrutura:

Cap I Disposições Iniciais

Cap II Do recolhimento

Cap III Da comunicação do recolhimento

Cap IV Da mensagem de alerta aos consumidores

Cap VI Disposições finais

 

Abrangência: produção, industrialização, fracionamento, distribuição, importação, comercialização de alimentos, bebidas, águas envasadas, MP, ingredientes, aditivos, coadjuvantes de tecnologia e embalagens.

Aplicável para evitar conseqüências potencialmente prejudiciais à saúde da população, identificação de alimentos contaminados, falsificados, adulterados, BPF e desrespeito legislação sanitárias

São propostas duas classes: I ou II, sendo a I quando efetivamente há risco à saúde da população.

Responsabilidades: fabricante + demais estabelecimentos da cadeia pela coordenação e comunicação do recolhimento responsabilidade compartilhada. Recolhimento pode ser voluntário ou determinado pela autoridade sanitária. A ANVISA determina do recolhimento quando não houver iniciativa da empresa, podendo delegar à VISA

A ANVISA informará as autoridades sanitárias dos estados, do distrito federal e ou dos municípios, e quando necessário, a outros órgãos nacionais e estrangeiros, organismos internacionais e consumidores sobre os recolhimentos realizados no país.

Prazos: Comunicação inicial em até 24 horas por parte do fabricante ou importador e 48 horas por parte da ANVISA.

Relatório de Acompanhamento em 15 a 30 dias (tanto para classe I e II) a contar da primeira comunicação.

Relatório de conclusão: 60 dias para recolhimento classe I e 120 dias nos caso de classe II

 

A empresa deve elaborar uma “Mensagem de alerta” sujeitando-se ao pagamento de taxa correspondente ao exame a anuência previa de conteúdo informativo pela Agência. Quem irá escolher os veículos como imprensa, rádio, televisão e outros para a comunicação será as autoridades sanitárias. Me chamou a atenção que os horários de divulgação também serão decididos pela ANVISA e arcados pela empresa de acordo com o risco no caso de recolhimento de classe I.

 Porém a advogada pontuou que essa informação não é nova, pois sua origem está na Lei 9782/99 artigo 41B.

Ela destacou que também caberá o cumprimento das exigências de outras autoridades, como Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, independente de determinações da ANVISA.

Uma vez publicada, o prazo para adequação será de  180 dias

 

No Workshop de atualizações de Food Safety do ILSI.

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Case de ingestão de metal que não causou dano ao consumidor

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É muito controversa a questão de limites aceitáveis do tamanho de materiais estranhos.Vários especialistas do nosso mercado têm referenciado 7 mm como limite aceitável para contaminantes físicos duros e pontiagudos, justificando que teria sido este limite estabelecido pelo FDA. O Compliance Policy Guide – CPG Sec. 555.425 Foods, Adulteration Involving hard or Sharp Foreign Objects atualizado em 2005 pelo FDA, baseia-se em pesquisa feita pelo FDA de 1972 a 1997, em 190 casos de contaminação. A conclusão foi que este tipo de contaminante, se menor que 7 mm raramente causa trauma ou dano severo a consumidores em geral, exceto à saúde de bebês, pacientes que sofreram cirurgia, ou pessoas idosas e  que fragmentos menores podem ser considerados aceitáveis. Estabelece este estudo ainda que, salvo exceções, a faixa de perigo é de até 25 mm, possivelmente porque a partir deste tamanho ou é visualizável, ou não será engolido, impedindo que haja dano maior ao sistema gastro intestinal. Neste documento, o FDA estabelece a partir de quais limites alimentos contendo contaminantes duros devem ser apreendidos.*

Pois bem, para realmente manter em aberto a discussão: um brasileiro engoliu um pedaço de pão contendo uma pedaço de lâmina de barbear que estava em seu lanche e saiu ileso. Confira o vídeo neste link:

https://www.facebook.com/watch/?v=611447316681259

 

Para os que estão se perguntando sobre a lâmina, esse “recurso” é muito utilizado em padarias não profissionalizadas para fazer a pestana, aquele corte típico na superfície dos pães. Observem no vídeo que o material é pontiagudo, e no entanto a vítima não relata qualquer problema.

(*) Trecho do capítulo “Perigos Físicos” elaborado por Ellen Lopes, do livro “Implementação de sistemas da qualidade e segurança dos alimentos” .

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Ninho de andorinha certificado em HACCP

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Pois é… há auditores curiosos como eu (ou é redundância ?) que adoram conhecer diferentes produtos e tecnologias nos quais se pode aplicar o HACCP. Em uma das minhas pesquisas pela rede, me deparei com um produto caríssimo, requintado, e pelo que se divulga, funcional:  ninho de uma espécie de andorinha.

O prato é de origem Chinesa e tem como “uso intencional” uma espécie de sopa, que parce fortalecer o sistema imunológico e até ter aplicações estéticas, conferindo viço à pele feminina e saúde a outros públicos-alvo. O principal produtor é Malásia e Indonésia, e o maior mercado, EUA. A matéria-prima principal é a saliva desta andorinha.

O fluxograma de processo inclui uma limpeza manual, pode ser brevemente visualizado através destes vídeos:

1) Na criação das aves: http://www.authenticbirdnest.com/index.php?option=com_content&task=view&id=30&Itemid=45

2) Na fábrica: http://yanwo.saikim.com.my/english/birds-nest-processed.html

As meedidas de controle, ficam por conta de nossa imaginação. Se algum leitor que domine os idiomas apresentados identificar alguma nova informação, por favor compartilhe conosco. Gostaria de saber como a contaminação por bactérias fecais é eliminada.

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Alergia a chocolate pode ser culpa das baratas

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ALERGIA A CHOCOLATE PODE SER CULPA DAS BARATAS. Segundo levantamento do FDA, 100 g de chocolate contém, em média, 8 fragmentos de baratas. Pessoas alérgicas a chocolate, na verdade podem ser alérgicas aos pedacinhos do inseto, que podem causar reações como coceira e cãibras. 
Fonte: Revista Superinteressante, Maio 2012.

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Xenoestrogênios em Alimentos

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O que comemos pode afetar nossos filhos?

 

Muitos já leram artigos como o apresentado abaixo ou ouviram falar no perigo dos agrotóxicos nos alimentos, plásticos no microondas entre outros e sabem que fazem mal à nossa saúde.

A pergunta é: Você sabia que estes produtos podem afetar desastrosamente a vida dos filhos de quem os consome?

 

Agrotóxicos, embalagens plásticas e aditivos de alimentos podem conter xenoestrogênios.

 

VAMOS COMEÇAR EXPLICANDO O QUE SÃO XENOESTROGÊNIOS

 

A expressão “xenoestrogênios” é aplicada livremente a uma série de substâncias químicas tóxicas produzidas pelo homem que confundem os receptores celulares dos estrogênios no organismo humano e animal, interferindo nas suas mensagens bioquímicas naturais.

 

Existem quatro tipos de estrogênios:

 

1 – Estrogênios Naturais: os que ocorrem naturalmente no organismo;

2 – Estrogênios Sintéticos: os que são sintetizados para serem ingeridos como medicamento;

3 – Xenoestrogênios (Pseudoestrogênios): os “estrogênios” externos, gerados pelas modernas indústrias químicas e presentes em alimentos;

4 – Fitoestrogênios presentes em plantas alimentícias, muitos dos quais promovem importantes benefícios à saúde.

 

Os xenoestrogênios são na maioria das vezes gerados pela indústria petroquímica e, desafortunadamente para nossa saúde, os produtos petroquímicos estão, hoje em dia, por todos os lugares deste planeta. Muitos dos mimetizadores hormonais são organoclorados produzidos pela reação do gás cloro com hidrocarbonetos do petróleo. São utilizadas em agrotóxicos, milhões de produtos incluindo vários plásticos (polivinil cloreto/PVC e policarbonatos/PC, ambos encontrados em mamadeiras para nenês, filmes transparentes para embalar alimentos e garrafas de água mineral), PCB (policloretos bifenilos), agrotóxicos e herbicidas (como DDT, dieldrin, aldrin, heptacloro, etc.).

 

COMO OS XENOESTROGÊNIOS AGEM?

 

O sistema endócrino no homem é constituído pelas glândulas como a hipófise, testículos, ovários e tireóide que produzem os hormônios que vão para a corrente sanguínea.

Pela corrente sanguínea os hormônios chegam até as células alvo ou receptores e geram estímulos ou substâncias que controlam o crescimento, temperatura, a formação óssea, o balanço salino, as características sexuais e muitos outros processos, sendo este último o mais afetado pelos xenoestrogênios.

 

Quando, ao invés de hormônios naturais, os xenoestrogênios estão na corrente sanguínes, eles alcançam os receptores e podem provocar os seguintes efeitos:  desencadear de um modo exagerado ou em tempo inaproriado o efeito característico do hormônio que ele está imitando, sendo conhecido como efeito agonista, ou podem ocupar o lugar das hormonas naturais, reduzindo ou anulando os efeitos destas hormonas em certas partes dos organismos que lhe são sensíveis, sendo denominados efeitos antagonistas. Ver figura abaixo:

Estudo publicado em 1999 por J. M. F. Nogueira do Departamento de Química e Bioquímica e CCMM da faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

 

XENOESTROGÊNIOS PODEM AFETAR A FORMAÇÃO EMBRIONÁRIA DE NOSSOS FILHOS?

 

Vamos pegar o exemplo de uma mulher que vem ingerindo alimentos com xenoestrogênios. Quando ela ficar grávida, estes imitadores de estrogênio passam para a corrente sanguínea e atravessam a barreira placentária pois não é reconhecido pela placenta e chega ao feto onde, caso seja masculino, ou seja, tenha cromossomos XY, vão para os testículos que são um dos primeiros órgãos a se formar e lá encontram os receptores.

Ao invés dos testículos produzirem a testosterona eles passam a produzir o estrogênio e o feto vai se feminilizar ou adquirir infertilidade, câncer de próstata ou muitos outros distúrbios que podem aparecer na criança, na fase adulta ou qualquer outra fase de sua vida.

 

LISTA DE XENOESTROGÊNIOS

 

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Como manter um sistema de gestão saudável

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A implementação e certificação de uma empresa costumam ser momentos de grande dedicação e motivação para as empresas. No entanto, passada esta fase, é preciso estar preparado para manter o sistema implementável e melhorá-lo continuamente.

Clique aqui e veja as dicas de como superar as não-conformidades mais comuns em sistemas de segurança de alimentos já operantes.

Jaime Lasta é Gerente Regional de Auditorias da Silliker e palestrou no Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, em maio de 2012, em Campinas.

 

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Tratamento de não conformidades: auxílio para solucionar problemas de maneira eficaz

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De uns anos para cá, a exigência para a cadeia de alimentos, desde o produtor rural, até as grandes redes varejistas, tem aumentado consideravelmente. Cada vez mais as especificações, as cobranças, os critérios de qualidade e segurança de alimentos estão ficando restritos e com mais detalhes. Fornecedores passam por dezenas de auditorias a cada ano. Varejistas pressionam seus parceiros a buscar certificações reconhecidas internacionalmente. Muitas vezes, os resultados das auditorias não são aqueles que desejamos, não são aqueles que o cliente procura, não estão de acordo com o que uma norma solicita.

Em qualquer norma que possua elementos de sistema de gestão, seja ela a ISO 9001, a ISO 22000, FSSC 22000 e BRC Global Standard for Food Safety, o tratamento de não conformidades aparece como um item primordial. Nenhuma norma tem como intenção “livrar a empresa de todo e qualquer problema”, e sim, ajudar a minimizar situações indesejáveis e a planejar as ações, deixar a empresa preparada para lidar com qualquer ocorrência e principalmente, fomentar a melhoria contínua.

Antes de começarmos a falar sobre algumas dicas para resolver problemas, precisamos conhecer os conceitos de “não conformidade”, “ação corretiva” e “correção”. De acordo com a norma ISO 9000:2005 – Sistemas de Gestão da Qualidade: Fundamentos e Vocabulário, não conformidade significa o “não atendimento a um requisito”. Requisito é qualquer necessidade ou expectativa que pode ser obrigatória ou esperada (implícita). Quando ocorre uma não conformidade, significa que aconteceu algum problema, um desvio com relação àquilo que é esperado, é requerido numa norma ou desejado por um cliente.

Os conceitos de correção e ação corretiva são frequentemente confundidos. Correção significa atuar sobre a própria não conformidade, ou seja, é uma ação para eliminar o próprio problema. Muitas pessoas também dão o nome de “disposição” ou “ação imediata”. Já ação corretiva quer dizer atuar na causa raiz da não conformidade, na razão mais básica que um problema tem. O intuito é evitar a reincidência ou repetição do mesmo. A ação corretiva requer uma análise mais aprofundada da não conformidade, necessita da determinação da causa. Tanto a correção quanto a ação corretiva são esperadas quando acontece uma não conformidade, embora não seja obrigatório que ambas sejam tomadas em todos os casos.

Como podemos então tratar uma não conformidade de maneira eficaz, e demonstrar numa auditoria que a situação está sob controle e é satisfatória?

1) A primeira coisa é entender a não conformidade, compreender qual foi o problema. É importante que se faça uma análise da abrangência, isto é, uma verificação da extensão da não conformidade em outros processos, outros produtos, outros setores. Pode ser que situação semelhante tenha ocorrido em outro lugar…

2) A partir desta avaliação da extensão da não conformidade, geralmente define-se uma correção, a famosa “disposição” para eliminar o problema. Quando uma correção não pode ser implementada imediatamente, deve-se elaborar um plano de ação, com prazos e responsáveis sempre que aplicável.

3) O próximo passo é realizar a análise de causa. Esta é a etapa mais longa e trabalhosa, muitas vezes é necessário fazer uma investigação aprofundada. É bastante comum as empresas chegarem aos “sintomas” dos problemas, ou seja, às causas diretas (exemplo: O produto foi fabricado fora da especificação. Causa direta – o operador não seguiu o procedimento). Mas o que vai verdadeiramente evitar a repetição do problema é a determinação da causa raiz. Existem várias ferramentas para determinar a causa raiz. Podemos citar como exemplo o “brainstorming”, o Diagrama de Ishikawa (conhecido também como “espinha de peixe”), 5 Porquês e Gráfico de Pareto. Na maioria dos casos, a causa raiz está relacionada a falta de treinamento, falha de um processo ou programa, procedimentos e instruções mal escritos, falha do sistema ou da empresa.

4) Uma vez determinada a causa raiz, vamos estabelecer e implementar as ações corretivas, ou seja, vamos atuar nesta causa raiz encontrada.

5) Após a implementação de todas as ações corretivas, é importante fazer a verificação da eficácia. A verificação de eficácia é uma confirmação de que todas as ações propostas foram adequadamente implementadas, que a situação está sob controle e o problema não voltou a acontecer. Significa que encontramos a causa raiz da não conformidade e estabelecemos ações que eliminaram esta causa.

Acesse aqui um exemplo simples de formulário, que descreve a não conformidade, a correção e ação corretiva. Você pode usá-lo como modelo. 

Falamos anteriormente que quase sempre se espera que para qualquer não conformidade, exista uma correção e sejam tomadas as ações corretivas. Em alguns casos, como numa não conformidade totalmente acidental ou que a probabilidade de que ela ocorra novamente seja muito pequena, o tratamento da não conformidade limita-se apenas a uma correção. É fundamental que esta situação de adotar apenas uma correção deve ser bem embasada e justificada, para não haver questionamento por parte de um auditor ou cliente. Como exemplo, podemos citar: “um fardo de farinha de trigo caiu no chão, após o funcionário que o estava manipulando ter um mal súbito e ter desmaiado, danificando as embalagens”. Nesta situação, o tratamento da não conformidade seria limitado ao descarte do produto afetado. É claro que o funcionário foi atendido pelo médico, mas o nosso caso tem como foco a ocorrência com o produto.

Para finalizar, deixamos uma recomendação. Antes de apresentar os registros e as evidências do tratamento da não conformidade que ocorreu na sua empresa, faça uma investigação geral, perguntando-se algumas coisas como: Entendemos a não conformidade? Conseguimos fazer uma avaliação da abrangência? Foi possível corrigir o problema? Usamos ferramentas adequadas para a análise de causa? A verificação da eficácia mostrou que chegamos à causa raiz e que o problema foi sanado?

Com essas dicas simples, esperamos ter ajudado você a compreender um pouco melhor o mundo do tratamento das não conformidades. Obrigada e até a próxima!

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Armários “anti-tranqueiras”

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Não é difícil encontrar empresas que possuam problemas nos seus vestiários.

Vestiários parecem atrair não conformidades como pessoas deitadas no chão, toalhas penduradas para fora das portas dos armários e principalmente aquele acúmulo de objetos estranhos em cima dos armários: sapatos, capacetes, blusas, toucas descartáveis, material para venda como maquiagem e lingerie ou até mesmo sacolinhas com alimentos e outras coisas.

Por mais que haja espaço dentro dos armários, parece haver uma praticidade muito grande em se apenas “deixar ali em cima”. Quem nunca entrou em um vestiário e quis jogar tudo isso fora?

Por ser um problema tão comum nas empresas de diferentes ramos, e uma falta grave para as alimentícias, já existem fabricantes modificando os armários de forma a evitar esse acúmulo de objetos. Como? Simples, apenas inclinando o teto dos armários.

Com a inclinação, deixa de existir um local para depósito de tranqueiras.

Para quem quiser conhecer para comprar ou talvez adaptar seus armários, vale a pena acessar o site http://www.kaiserkraft.pt/. Nesse site, basta buscar por “armário com teto oblíquo” e vocês poderão encontrar diversas opções como essa da figura.

Nos tempos em que as pessoas utilizam os locais da forma como querem, nossa criatividade tem que entrar em ação para encontrar soluções realmente funcionais.

Fica a dica!

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TOP 10 surtos de origem alimentar no Brasil

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Alimentar-se é uma atividade essencial para manutenção da vida.  É através da alimentação que assimilamos os nutrientes para nossas funções vitais. O alimento é, em resumo, nosso combustível para a vida. No entanto, um alimento contaminado pode ocasionar malefícios ao invés de benefícios. A maioria das doenças transmitidas por alimentos são ocasionadas por bactérias ou suas toxinas, vírus e parasitas. Podem também ser ocasionadas por toxinas naturais (por exemplo, cogumelos venenosos) ou por contaminação por produtos químicos (por exemplo, agrotóxicos). A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) faz um acompanhamento do número de casos de doenças transmitidas por alimentos e a conseqüente incidência de surtos relacionados no país. Embora a quantidade de casos e surtos venha decrescendo nos últimos anos, em 2011 mais 8.000 pessoas sofreram intoxicação ou contraíram uma infecção decorrente do consumo de um alimento impróprio. 

Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria da Vigilância em Saúde

Portal da Saúde

No Brasil, foram documentados mais de 400 surtos relacionados com o consumo de alimentos em 2011, sendo as regiões mais criticamente impactadas a Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A classe de alimentos mais freqüentemente envolvida em surtos alimentares são ovos e alimentos a base de ovos, e como conseqüência deste cenário, a maior incidência por agente etiológico dá-se pela Salmonella sp.  

Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria da Vigilância em Saúde

Portal da Saúde

No Top 10 surtos no Brasil estão como campeões: Salmonella spp / S. aureus / E.coli / Hepatite A / B. cereus/ C. perfringens /  Rotavirus  / Shighella spp / Giardia / C. botulinum. Todavia, nem sempre que alguém contrai uma doença de origem alimentar, esta pessoa procura um serviço de saúde e faz sua notificação. Por isso, os números absolutos de casos de contaminação por alimentos no Brasil ainda não representam as ocorrências no país em sua totalidade. É importante frisar que um terço dos surtos de intoxicação alimentar é decorrente de refeições dentro de casa, o que mostra, mais uma vez que a nossa segurança e a da nossa família está, literalmente, em nossas mãos! Este post foi atualizado. Veja “Surtos alimentares no Brasil – dados atualizados em 2013 .

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Como a indústria vivencia o processo de implantação da ISO 22000

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Entrevista com Alex Fernandes – Danone Brasil

A implantação do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos (NBR ISO 22000) tem feito cada vez mais parte do planejamento das indústrias brasileiras do ramo. Entrevistamos Alex Fernandes, Gerente de Qualidade e Segurança dos Alimentos da Danone Brasil, para falar um pouco sobre este processo que cada vez torna-se mais inevitável.

Quais os principais ganhos que a implementação da ISO 22000 possibilita?
Os consumidores estão mais críticos e atentos, principalmente quando se trata de alimentos. As empresas que atuam neste ramo devem ser cada vez mais confiáveis e transparentes. A ISO22.000 é bastante abrangente e dinâmica, permite uma visão global da gestão da segurança de alimentos dentro de uma empresa, independente do porte. O benefício com a implantação da ISSO 22.000 é o aumento da confiabilidade e da robustez dos processos, que permite a redução de perdas e o aprimoramento da governança dos produtos disponibilizados para o consumo. Outro ponto de destaque é o desenho orientativo e não prescritivo deste esquema de padronização o que permite às organizações que se adequem sem a necessidade de grandes mudanças na sua cultura, sendo possível integrar-lo aos demais sistemas de gestão já instaurados.

Quais as maiores dificuldades na migração para um sistema gestão baseado na ISO 22000 em uma empresa que possui implantado o HACCP baseado no Codex Alimentarius?
O HACCP desenhado a partir do Codex Alimentarius possui um caráter de controle preventivo focado na segurança do alimento, o que demonstra um perfil que atua entre o nível tático e operacional da organização. Esta visão de controle é a principal mudança quando fazemos uma comparação com um sistema baseado na ISO22.000, uma vez que este esquema de padronização é orientado ao gerenciamento atuando nos níveis estratégico, tático e operacional da organização, ou seja, mais completo. Esta visão de gestão é evidente quando estudamos a composição da norma ao desenhar a necessidade do comprometimento da direção atrelado a análise crítica sistemática, a necessidade de uma equipe multidiciplinar que deve orientar o PDCA do sistema, e a figura do Programa de Pré Requisito Operacional (PPRO), o que demonstra a visão sistêmica de todas as medidas de controle a serem desenvolvidas.

O que a implantação do PAS220 agrega na pratica alem da ISO 22000 para uma empresa de alimentos?
Conforme citei anteriormente, o desenho orientativo e não prescritivo da ISO22.000 traz o beneficio da flexibilidade à organização, assim quando integramos o PAS220 trazemos para o sistema uma visão mais abrangente dos programas a partir de um modelo baseado nos padrões internacionais de higiene desenhados para indústrias alimentícias. Isso ajuda a priorizar o que é importante de ser controlado, reduzindo de forma considerável o retrabalho e o desperdício de esforço dentro do sistema de segurança de alimentos.

Qual a importância da auditoria interna durante o processo de implantação de um esquema de padronização?
Os processos de implantação de esquemas de padronização como a ISO22.000 permite às organizações a oportunidade de aprimoramento frente a sua cultura e planejamento futuro. Isto reflete de forma muita positiva no desenvolvimento dos profissionais envolvidos, o que permite também aperfeiçoar outros processos importantes da organização. Neste contexto, as auditorias internas exercem um papel importante, pois se trata de uma de ferramenta de medição eficiente e de desenvolvimento e aprendizagem em equipe.

Como engajar a operação durante o processo de reestruturação de um sistema de segurança de alimentos?
O sucesso de um sistema é fortemente influenciado pelo comprometimento por parte dos diferentes níveis da organização. Neste contexto, os níveis de operação tomam um papel muito importante, uma vez que são eles os responsáveis por produzir produtos seguros.
Desta forma, o sistema deve ser 100% adaptado a realidade e necessidades destes níveis, agregando valor a suas atividades. Para que isto seja possível o engajamento é fundamental, assim processos de comunicação eficientes devem ser trabalhados de forma a atuar nos dois sentidos, ou seja, transmitir e receber informações de maneira eficiente. Outro ponto muito importante é o desdobramento dos objetivos e metas de forma clara, pois isto demonstra para a operação a prioridade e importância do sistema de uma forma tangível.

Quais são as dificuldades vivenciadas na implantação da ISO22.000 quando a empresa não possui certificação ISO 9000?
Quando uma empresa opta por trabalhar com padronização nos moldes ISSO, ela passar a ter a possibilidade de desenvolver um sistema integrado, o que aperfeiçoa os processos e assim a gestão passa a ser mais simples. Desta forma quando a ISO22.000 é implantada sem um sistema de qualidade nos mesmos moldes, o desafio de se simplificar e integrar os dois sistemas sem perder o foco de cada um passa a ser maior e mais complexo, isso ocorre porque quando há um sistema ISO9000 implantado os processos como análise crítica, auditorias internas, melhoria continua, entre outros, tornam-se sinérgicos , mais eficientes e robustos.

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O perigo das sacolas reutilizáveis

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No momento em que as sacolas reutilizáveis para compras em supermercados passam a fazer parte da nossa vida, é bom ficar atento para o perigo que elas podem representar quando se trata da segurança dos alimentos.

Dois epidemiologistas do estado americano do Oregon investigaram um surto alimentar causado por norovírus que acometeu nove jogadoras de um time de futebol juvenil naquele país, em 2010. Eles constataram que a transmissão da doença da primeira vítima para as demais não se deu por contato direto, mas por meio de uma sacola reutilizável.  

O time viajou do Oregon para Washington para a disputa de uma competição e hospedou-se num hotel. A primeira vitima foi acometida por vômitos e diarreia no quarto do hotel e deixou o local sem ter contato com as demais companheiras do time, porém no banheiro utilizado por ela havia uma sacola reutilizável contendo alimentos embalados (biscoitos, batatas e uvas). A jovem não tocou na sacola e os produtos foram consumidos pelas demais vítimas no dia seguinte. Pesquisadores constataram que não havia relação da transmissão da doença com os restaurantes frequentados pelo grupo ou pelo contato com outros hóspedes do hotel. Porém, ao analisar a sacola, eles encontraram amostras do mesmo tipo de norovírus causador da toxinfecção.  

A conclusão foi que a contaminação da sacola deu-se por meio dos aerossóis lançados no ambiente do banheiro pela vítima. A nota contendo o resultado da investigação do surto está no portal Food Safety News da última quinta-feira, 10 de maio. O trabalho gerou um artigo científico publicado no Journal of Infectious Diseases.

Os norovírus são a principal causa de gastroenterite nos EUA, sendo responsáveis por mais de 21 milhões de doenças por ano naquele país.

Para os usuários de sacolas reutilizáveis, fica pelo menos uma recomendação: cuidado com o local onde elas são armazenadas. Banheiros certamente não são locais recomendáveis. E aos responsáveis pela limpeza de aposentos utilizados por vítimas de toxinfecções, fica a recomendação da necessidade de se higienizar completamente todas as superfícies e objetos presentes no local antes do uso por outra pessoa.  

Sacolas retornáveis? Sim, retornam com vírus e bactérias…

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Estudo da implementação da Norma ISO 22000:2005 numa fábrica de concentrado de tomate

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Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Tecnologia Alimentar/Qualidade.

A segurança alimentar, conceito relacionado com a inocuidade dos alimentos e com a garantia de que os mesmos não causarão danos ao consumidor, é um dos temas mais importantes da atualidade. A legislação europeia tem mostrado avanços neste aspecto, publicando um regulamento comunitário que obriga a implementação do sistema HACCP em todas as organizações da cadeia alimentar. E o recente surgimento da ISO 22000:2005, norma específica para a garantia da segurança alimentar, que combina certas secções da ISO 9001:2000 com os princípios do HACCP, fez despertar o interesse em muitas organizações do sector alimentar.

O presente trabalho representa o estudo da implementação da ISO 22000:2005 numa fábrica de concentrado de tomate, localizada no distrito de Setúbal – Portugal.

A empresa em questão já vem sendo certificada pela ISO 9001:2000 há quatro anos consecutivos, e pretende aperfeiçoar o sistema HACCP, adaptar-se aos requisitos da ISO 22000 e consolidar a sua imagem e a sua marca no mercado. Apesar de existirem alguns pontos negativos, os aspectos positivos observados na empresa e o evidente interesse por parte da gestão de topo em evoluir e melhorar continuamente, permitem afirmar que existem condições muito favoráveis para o sucesso da implementação da nova norma.

Palavras-chave: concentrado de tomate; segurança alimentar

Para baixar a dissertação completa, clique aqui.

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Controle de embalagens plásticas sem corantes / impressões para contato direto com alimentos

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Muitos clientes nos procuram cheios de dúvidas relacionadas aos controles necessários nas embalagens plásticas para se garantir a segurança dos alimentos envasados. Para responder a esta pergunta, precisamos mergulhar nas legislações relacionadas ao tema, sendo as principais:

  • Resolução RDC nº 91, de 11 de maio de 2001: Aprova o Regulamento Técnico – Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos constante do Anexo desta Resolução.
  • Resolução nº 105, de 19 de maio de 1999: Aprova os Regulamentos Técnicos: Disposições Gerais para Embalagens e Equipamentos Plásticos em contato com Alimentos.
  • Resolução RDC nº 17, de 17 de março de 2008: Dispõe sobre Regulamento Técnico sobre Lista Positiva de Aditivos para Materiais Plásticos destinados à Elaboração de Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos.
  • Resolução RDC nº 51, de 26 de novembro de 2010: Dispõe sobre migração em materiais, embalagens e equipamentos plásticos destinados a entrar em contato com alimentos.
  • Resolução RDC nº 52, de 26 de novembro de 2010: Dispõe sobre corantes em embalagens e equipamentos plásticos destinados a estar em contato com alimentos.

 

A Resolução nº 105/1999 regulamenta a lista positiva de materiais plásticos que podem ser utilizados em contato direto com alimentos. A Resolução nº 105/1999  determina ainda quando e quais análises de migração são necessárias para demonstrar a conformidade do material. Ou seja, dependendo do material empregado pode ser necessária a realização de análise de migração total ou análise de migração total e especifica. A relação de análises de migração específica varia para cada material.

 

Assim, para conhecer os perigos associados ao tipo de material de embalagem a ser utilizado, o profissional da indústria deve primeiramente consultar as listas positivas citadas acima para se certificar de que todos os componentes da embalagem têm o seu uso permitido para contato direto com alimentos. Atenção especial deve ser dada aos aditivos empregados durante o método de fabricação da embalagem. A lista positiva destes aditivos pode ser encontrada na Resolução RDC nº 17/08. Após se certificar de que todos os componentes são permitidos, deve-se a partir do material de composição identificar quais análises de migração são necessárias.

A Resolução RDC nº 51/10 estabelece os critérios de migração para materiais, embalagens e equipamentos plásticos destinados a entrar em contato com alimentos e incorpora ao ordenamento jurídico nacional a Resolução GMC MERCOSUL n. 32/10. É aplicável aos materiais de embalagem compostos exclusivamente de plástico (podendo ter uma ou mais camadas) e aos materiais compostos de duas ou mais camadas de materiais, uma ou mais das quais podem não ser exclusivamente de plástico, sempre que a camada que entre em contato com o alimento seja de plástico ou revestimento polimérico.  É válido ressaltar que esta resolução revogou os anexos I, V, VI, XIII e XIV da Resolução n.105/99. Por isso, a metodologia de análise de migração deve ser realizada conforme esta nova resolução.

Os ensaios de migração são realizados  deixando o material plástico de interesse em contato com o simulante mais adequado ao produto que será envasado nas condições de tempo e temperatura que correspondam, de modo a reproduzir as condições normais ou previsíveis de elaboração, fracionamento, armazenamento, distribuição, comercialização e consumo do alimento.

Abaixo podemos ver a relação entre simulante x produto a ser envasado:

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Obs 1: Não é necessário realizar ensaios de migração para alimentos secos não gordurosos.

Obs 2: Quando um alimentos apresentar mais de uma das características acima, deve-se realizar ensaios de migração para todas as categorias correspondentes. Ex: Alimentos alcoólico e ácido – simulante B e C.

Obs 3: A Resolução RDC 51/10 apresenta tabela de alimentos x simulantes que pode ser extremamente útil na seleção do método correto para realização de análise de migração.

A escolha do correto simulante é imprescindível para a validação das análises de migração a serem realizadas. O uso de um simulante incorreto não permite conhecer os perigos e a taxa de migração existente na combinação do sistema embalagem x produto.

Após a identificação do (s) simulante(s) adequados, deve-se buscar um laboratório para realização de tais análises capaz de garantir a confiabilidade dos resultados. Este deve seguir a metodologia descrita na Resolução RDC 51/10 durante a condução das análises.

Uma vez recebido o certificado de análises, o profissional da indústria deve avaliar o resultado obtido e comparar com os limites máximos permitidos estabelecidos na Resolução do Grupo Mercado Comum sobre Disposições Gerais para Embalagens e Equipamentos Plásticos em Contato com Alimentos e decidir pela aprovação ou não do uso do material. 

 

Ana Cláudia Frota – Gerente Técnica da Flavor Food Consulting

3 min leituraMuitos clientes nos procuram cheios de dúvidas relacionadas aos controles necessários nas embalagens plásticas para se garantir a segurança dos alimentos envasados. Para responder a esta pergunta, precisamos mergulhar nas […]

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Qual o requisito de temperatura para o leite cru?

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No transcorrer de uma auditoria, observei que o leite cru armazenado em silos apresentava temperatura algo elevada, apontei a não conformidade, uma vez a documentação do cliente prescrevia uma temperatura abaixo da constatada. Nenhuma objeção, por parte do cliente, mas na reunião de encerramento o gerente da unidade pergunta qual é o requisito legal para temperatura do leite cru antes da pasteurização. 

Era uma dúvida e não um protesto, e não era sem cabimento. De fato, a legislação é no mínimo confusa quanto a isso. O sexagenário Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, RIISPOA para os íntimos, em seu artigo 510, fixa como limite superior 5ºC. Vale dizer que apesar da idade, o RIISPOA está em vigor e é onde a autoridade sanitária baseia sua ação fiscal.

 Mas em 2002, considerando a necessidade de aperfeiçoar a legislação sanitária da produção de leite, o Ministério da Agricultura publicou a Instrução Normativa 51, a qual aprovou regulamentos técnicos de produção, identidade e qualidade de diversos tipos de leite. No Anexo III, que fixa “os requisitos mínimos que devem  ser observados na identidade e na qualidade do Leite Cru tipo C, do Leite Cru Refrigerado tipo C e do Leite Pasteurizado tipo C”, determina que o leite cru deve ser “refrigerado e mantido em temperatura igual ou inferior a 4ºC”. O problema é que a Instrução Normativa 51 foi alterada pela Instrução Normativa 62, de 29 de dezembro de 2011 e o referido Anexo III foi revogado.

 Para complicar, a Instrução Normativa 62 omitiu-se quanto à temperatura que o leite deve ser mantido no estabelecimento. Na verdade, confundiu ainda mais, ao colocar uma nota de rodapé na Tabela 2, que se refere aos requisitos a serem avaliados pelo Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite, na qual consta que a temperatura máxima de conservação do leite no estabelecimento processador é de 10ºC. Mas entendemos quea nota se refira à amostra coletada para as análises da Rede.

 Diante do exposto, qual deve ser o requisito observado pela empresa? Pelo menos a temperatura definida no RIISPOA, ou seja, no máximo 5ºC. Porém, é aconselhável trabalhar com no máximo de 4ºC e reduzir o tempo entre o recebimento e a pasteurização leite, lembrando que após pasteurizado o produto deve ser mantido e expedido a no máximo com 4ºC.


 

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Um pombo muito esperto

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Uma vez, eu estava numa auditoria de fornecedor, avaliando as boas práticas de fabricação. Logo após o almoço, fui com o guia até o armazém de produtos acabados, conversar com o pessoal da logística. Demos a clássica volta pelo armazém, conferimos a limpeza, a organização, a condição das instalações, o controle de pragas, a identificação de produtos, etc. Estava tudo certo, tudo tranquilo. Saímos então para a plataforma, para acompanhar o carregamento de um caminhão. De repente, um pombinho pousa bem na beira da plataforma. O supervisor da qualidade (o guia) tratou logo de espantar o bicho. Continuamos a nossa auditoria, estávamos todos atentos às informações que o líder da logística (o auditado) estava passando, os checklists e demais registros que ele estava mostrando… E nisso, o tal pombinho voltou, e pousou bem próximo da porta, que possuía cortinas plásticas com tiras grossas, bem ajustadas. Notei a presença do pombo, e só olhei de rabo de olho. O guia também viu o pombo, mas disfarçou, não quis interromper o raciocínio do auditado. Percebi a preocupação, o desconforto do guia. O movimento de empilhadeiras era bastante grande. Como quem não quer nada, o pombinho ficou observando por alguns segundos aquela movimentação das empilhadeiras, como se estivesse maquinando alguma idéia. Quando uma das empilhadeiras retornou, assim que passou pela porta, levantando a cortina plástica, o pombo deu um rasante e foi no “vácuo” da empilhadeira, aproveitando a deixa para entrar no armazém. O guia ficou branco e gritou: “Nããããããooo!” e entrou correndo no armazém. É claro que o pombo voou e pousou no alto da estrutura. O líder disse que iria imediatamente ligar para a empresa do controle de pragas. Naquela mesma tarde, em pouco tempo, a empresa do controle de pragas chegou, e conseguiu retirar o pombo do armazém. O pessoal registrou o fato, inspecionou o armazém para ter a certeza que nenhum produto tinha sido afetado por algum “presentinho” deixado pelo pombo. A empresa tomou as ações necessárias rapidamente. E na reunião de fechamento, depois que tudo passou e os ânimos esfriaram, rimos todos juntos, impressionados com a esperteza do pombinho!

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Sr. José Carlos Vaz – Secretário Executivo do MAPA

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1)    Que autocrítica o Ministério da Agricultura tem feito dos processos de inspeção de produtos de origem animal nos últimos anos? Estamos no caminho certo?

R. Inicialmente, gostaria de destacar que o termo “autocrítica” levanta uma questão muito importante que é a capacidade do Serviço Público desenvolver indicadores e métricas de auto-avaliação que captem o impacto das ações na vida dos cidadãos. Em outras palavras, os indicadores, por exemplo, devem medir a redução da exposição dos consumidores aos perigos químicos (resíduos de antibiótico, etc.) ou biológicos (bactérias patogênicas) veiculados pelos alimentos em decorrência das ações de inspeção, em vez de medir o número de fiscalizações realizadas num determinado período – o que não representa um indicador adequado de desempenho da instituição. A falta de instrumentos efetivos de mensuração de desempenho poderá inviabilizar uma avaliação criteriosa e a identificação de necessidades de melhorias.

Portanto, reconhece-se que, embora o Ministério tenha obtido alguns avanços nós últimos anos, é preciso modernizar a gestão implantando um modelo voltado para resultados, rever os processos de inspeção e implantar indicadores e métricas que permitam orientar a adoção de melhorias no Sistema.

 Essa modernização da gestão tem que se ajustar às atribuições do Ministério e dos serviços de controle de alimentos em particular, os quais apresentam características operacionais que os diferenciam de outros órgãos públicos. O MAPA não gera benefícios diretos aos cidadãos (não produz alimentos), é uma instituição indutora do desenvolvimento, de melhorias dos processos de produção, da implantação de estratégias de gerenciamentos da produção de alimentos seguros, do ponto de vista da saúde pública. Portanto, as estratégias de gestão não devem se basear apenas nos procedimentos de inspeção ou fiscalização, mas, devem focalizar também as fragilidades dos processos de produção de alimentos, apoiando as cadeias produtivas na busca de soluções técnicas que assegurem a qualidade sanitária dos alimentos oferecidos à população.

2) Em relação à gestão, quais são as necessidades mais destacáveis do MAPA?

Recentemente, foram diagnosticadas as principais necessidades do MAPA, quais sejam:

  1. Reforçar o foco do MAPA no atendimento às necessidades da sociedade;
  2. Legitimar e aprimorar o desdobramento do planejamento de médio e longo prazo;
  3. Definir planos de ação para garantir o alcance das metas previstas no Plano Plurianual, nos Planos Operativos, e demais instrumentos de registro e viabilização de ações;
  4. Implementar/aprimorar sistemáticas de acompanhamento dos resultados (planejado X realizado), dos planos de ação e dos programas;
  5. Integrar processo de gestão estratégica, planejamento, orçamento e desenvolvimento e gestão de pessoas;
  6. Aumentar a produtividade dos processos e da estrutura organizacional – capacidade de entrega/realização;
  7. Reestruturar os processos de gestão de pessoas, contemplando, entre outros a revisão do plano de carreiras e de meritocracia para os servidores;

      8.  Criar um novo processo decisório baseado em instâncias, alçadas e comitês internos.

Com base nesse diagnóstico, o MAPA pretende priorizar frentes de trabalho que possibilitem a criação de condições gerenciais indispensáveis para a melhoria e inovações continuas da qualidade dos serviços prestados à sociedade brasileira, à melhoria da utilização do orçamento sem redução dos serviços prestados e à valorização do servidor público. O modelo de gestão (Projeto de Arquitetura Organizacional) a ser utilizado, envolve os seguintes pilares:

  • Pessoas – competências institucionais; competências humanas; dimensionamento de pessoas; capacitação; plano de carreira;
  • Tecnologia – integração de sistemas; desenvolvimento de sistemas;
  • Informação – gestão do conhecimento e informação; documentos técnicos; documentos de expediente; segurança da informação; carta de serviço;
  • Processos –  mapeamento, aprimoramento e implementação;
  • Estrutura Organizacional – elaboração de nova estrutura e regimentos internos;

 

Esses pilares organizacionais desenvolvidos proporcionarão: processos de trabalho racionalizados e informatizados, contribuindo para a eliminação da sobreposição de esforços e recursos, e diminuição do tempo de resposta dos processos; especialização adequada dos servidores, baseadas nas competências requeridas para cada processo; arquitetura/estrutura organizacional menos burocrática e aderente aos processos de serviço; integração dos processos que compõem a Gestão Institucional (planejamento estratégico, planejamento setorial, orçamento, execução orçamentária)  do MAPA; melhoria na qualidade e agilidade dos serviços prestados à sociedade e ao agronegócio; transparência e impessoalidade; direcionamento do trabalho para o alcance de resultados.

3) O que trabalhos tem sido feito para assegurar transparência e melhoria nos processos de gestão do MAPA?

 

Com relação à transparência, estão disponíveis no sítio do MAPA (internet), de forma clara e sistematizada, informações relacionadas às suas áreas de competência: política agrícola, cooperativismo, desenvolvimento sustentável, assuntos afetos as áreas animal e vegetal, entre outros.
Cabe destacar que, preocupado com o atendimento aos seus clientes e cidadãos, sobretudo visando garantir o acesso à informação e o pleno exercício da cidadania, o MAPA foi um dos primeiros Ministérios a cumprir o que determina a Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.527/2011), tendo instituído e inaugurado o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) e a abertura da página de “acesso à informação” no inicio do mês de abril.
Além disso, está em fase final a reestruturação da Secretaria-Executiva, que prevê a criação de uma área específica para acompanhamento da gestão interna, envolvendo a instituição de práticas de controle, conformidade, gerenciamento de riscos, acompanhamento de custos e de resultados, além da formação de um núcleo de produção de informações de apoio à gestão.

Quanto à melhoria dos processos, estão sendo desenvolvidos trabalhos de mapeamento utilizando a Cadeia de Valor dos Macroprocessos do Ministério, elaborada com base nos assuntos da área de competência do MAPA, consoantes disposições da Lei Nº 10. 683, de 28 de maio de 2003. Essa atividade trará ao MAPA padronização de conceitos e organicidade das ações, o que é fundamental para uma melhor gestão.  

4) Comparado com outros órgãos análogos, como por exemplo o USDA, como nosso Ministério é visto lá fora?

R. O USDA, a partir da década de 1980, iniciou uma revisão dos procedimentos de inspeção, os quais  vêm evoluindo com o passar do tempo, provocando uma profunda mudança no modelo do Sistema de Inspeção de Carnes dos Estados Unidos. 

Gradativamente, o USDA afasta-se do chamado modelo tradicional, caracterizado pela aplicação de técnicas sensoriais de inspeção rotineiramente aplicadas por servidores públicos, independente dos riscos à saúde púbica implicados nos processos de produção. Por outro lado, O USDA introduz estratégias baseadas nos riscos que efetivamente ocorrem nos processos de produção e induz a cadeia de produção a aplicar métodos proativos de controle dos perigos à saúde coletiva.

A inspeção tradicional alinha-se ao modelo burocrático ortodoxo de gestão pública, caracterizado por estrutura organizacional mecanicista, hierarquizada, verticalizada e rígida. Os procedimentos de inspeção com base no risco alinham-se à Gestão Pública para resultados porque as atividades são planejadas com base em alvos pré-definidos, onde o resultado alcançado é mais importante que o procedimento de controle utilizado.

Além disso, já foi demonstrado que essas mudanças do modelo de gestão/inspeção, além de otimizarem a aplicação dos recursos públicos, ampliam a proteção dos consumidores frente aos perigos veiculados pelos alimentos.

Esse Sistema de Inspeção, inicialmente implantado nos Estados Unidos, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO), está sendo implantado em vários países como Canadá, Estados-membros da União Européia, Austrália, Nova Zelândia, China, Japão, Rússia e etc.

Embora o Brasil tenha alcançado a liderança mundial nas exportações de carne, a nossa permanência nesta liderança vai depender da nossa capacidade de fazer os ajustes necessários no Sistema de Inspeção, ampliando as garantias relacionadas com a inocuidade dos alimentos.

 

5) O FDA, com o ato de Modernização da Legislação de Alimentos, decidiu “percorrer o mundo” auditando várias fábricas exportadoras brasileiras. Como isso foi visto pelos nossos Ministérios? Este assunto repercutiu também no MAPA?

 

R. As auditorias dos países consumidores nos serviços veterinários dos países produtores não é um fato novo. A novidade está no foco dessas auditorias: até meados dos anos de 1990, todos os estabelecimentos exportadores eram visitados e as eventuais restrições eram impostas individualmente aos estabelecimentos que demonstravam deficiências em seus controles; na atualidade, o foco das auditorias é a capacidade gerencial dos serviços veterinários, voltando-se muito mais para resultados (expressos em Nível de Proteção dos Consumidores aos perigos veiculados pelos alimentos) do que para os procedimentos de inspeção. Assim, eventuais restrições encontradas são impostas ao Sistema de Inspeção como um todo porque eventuais falhas são consideradas sistêmicas. 

A legislação do FDA adota os mesmos fundamentos da legislação do USDA (inspeção com base no risco).

 

6) Que novidades as empresas podem esperar em relação a novas diretrizes legais?

R. O Ministério pretende conduzir uma ampla revisão da legislação, normas, diretrizes e etc., focalizando os riscos dos processos de produção. Para isso, pretende-se aplicar os conceitos da Análise de Risco associados às ferramentas de Gestão.

Toda a legislação, norma, diretriz, etc., preparada pelo Ministério da Agricultura, antes de ser submetida à consulta pública ou ser publicada, será validada usando-se a ferramenta denominada de “Indicadores Balanceados de Desempenho” (do inglês, “Balanced Scorecard” – BCS). Para isso, a Norma (diretrizes e etc.), na perspectiva da sociedade, deve permitir identificar claramente o valor público que será gerado; na perspectiva dos clientes/beneficiários, o segmento atendido e o valor agregado; na perspectiva dos processos internos, os requisitos que devem pautar os procedimentos de inspeção e controle dos alimentos; e na perspectiva da aprendizagem e crescimento, as competências que precisam ser desenvolvidas para que os objetivos sejam alcançados. 

 

Diretor de Agronegócios do Banco do Brasil desde 2007. Graduado em direito pelo Centro Universitário de Brasília, MBA em Altos Executivos pela USP/FIPECAP. Funcionário do Banco do Brasil desde 1982. Representou o BB na câmara consultiva do café da BM&F, na câmara Setorial do Arroz no Ministério da Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária, na câmara setorial do Cacau, no conselho fiscal da Brasilprev, no Conselho Técnico do Centro de Inteligência do Café – CIC. Representante do BB na câmara temática do Seguro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no conselho superior do Agronegócio, COSAG da Fiesp, Federação da Indústria de São Paulo, no conselho de Agronegócio, – CONSAGRO, no Conselho Nacional de Política Agrícola – CNPA e na subcomissão de CréditoRural da Febraban.

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De olho nas fraudes em alimentos: www.foodfraud.org

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Um assunto que sempre recebe destaque nos meios de comunicação são as fraudes em alimentos.  Há pouco tempo, por exemplo, teve forte repercussão nacional a fraude no leite. Com os recursos tecnológicos disponíveis atualmente, as fraudes em alimentos vêm se sofisticando, exigindo por parte das autoridades públicas a melhoria dos métodos de detecção para um melhor controle dos alimentos.

Entende-se por fraude a adulteração de um alimento motivada por interesses econômicos. Entre os fatores que contribuem para sua disseminação, um dos principais, sem dúvida, é a dificuldade técnica para se detectar e comprovar uma fraude. Além disso, as penalidades legais, muitas vezes insignificantes para os fraudadores, podem acabar por estimular a prática.

A criação de um fórum público para divulgação e discussão de fraudes nos alimentos já foi proposta por diversos especialistas.

O site Food Fraud Database, criado pela USP (United States Pharmacopeial Convention) disponibiliza on line um banco de dados sobre o assunto, divulgando relatórios de fraudes em alimentos e métodos de detecção analítica das adulterações relatados em revistas científicas. São mais de 1300 registros, contendo informações sobre mais de 350 alimentos. Por meio de uma ferramenta de busca, é possível acessar artigos relacionados a cada alimento em particular.

Pesquisei por “sucos de frutas” e encontrei uma relação de 137 casos de fraudes, relacionados na form de tabela, contendo informações sobre o suco adulterado, o adulterante, o método de detecção da fraude e os autores do artigo cientifico sobre a adulteração, com link para informações mais detalhadas sobre cada artigo citado. A partir daí, pesquisadores e profissionais da área podem analisar, portanto, a suscetibilidade à fraude de um determinado produto e qual a tendência das adulterações. Boa pesquisa, pessoal!

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Controle de embalagens plásticas com corantes em sua formulação ou com impressão para contato direto com alimentos

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No caso de uso de materiais de embalagens que contêm corantes em sua fórmula ou que sejam impressos (salvo quando exista uma barreira que impeça o contato da tinta com a face interna do material), além dos cuidados já descritos no post anterior, é necessário comprovar aderência a Resolução RDC 52/10, de modo a se garantir a segurança dos alimentos embalados com este material.

A Resolução RDC 52/10 estabelece o regulamento técnico sobre pigmentos em embalagens e equipamentos plásticos destinados a estar em contato com alimentos e incorpora ao ordenamento jurídico nacional a Resolução GMC MERCOSUL n. 15/10. Esta resolução revoga os anexos IV e X da Resolução n.105/99.

Controles adicionais necessários são:

  • O conteúdo de aminas aromáticas primárias não sulfonadas solúveis em solução de ácido clorídrico 1 M, expresso como anilina, não deve exceder 500 ppm (mg/kg) em massa do corante (0.05% m/m).
  • O conteúdo de bencidina, ?-naftilamina e 4-aminobifenilo, individualmente ou combinados, não deve exceder 10 ppm (mg/kg).
  • O conteúdo total de aminas aromáticas sulfonadas expresso como ácido anilinosulfônico não deve exceder 500 ppm (mg/kg) em massa do corante (0.05% m/m).
  • os corantes não conterão metais e metalóides em quantidades superiores às seguintes porcentagens:
    • Antimônio (Sb) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.05 % m/m
    • Arsênio (As) (soluble en HCl 0,1N)————— — 0.005 % m/m
    • Bário (Ba) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
    • Cádmio (Cd) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
    • Chumbo (Pb) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
    • Cromo (Cr) (soluble en HCl 0,1 N)—————— 0.10 % m/m
    • Mercúrio (Hg) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.005 % m/m
    • Selênio (Se) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
    • Zinco (Zn) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.20 % m/m
  • Quando utilizado o pigmento negro de fumo deve cumprir as seguintes especificações:Migração de substâncias que conferem cor: Os extratos obtidos no ensaio de migração total devem ser comparados visualmente contra um fundo branco com os respectivos brancos. Nestas condições não devem existir diferenças, apreciáveis visualmente, entre a coloração do extrato e seu branco.
    • Extraíveis em tolueno: máximo 0,1% m/m;
    • Extraíveis em ciclohexano: à 386 nm < 0,02 UA para uma cubeta de 1 cm ou < 0,1 UA para cubeta de 5 cm; Determinar a absorção no ultravioleta (comprimento de onda de 386 nm) do extrato límpido obtido, após o contato por 24 horas em ausência de luz, de 1 g de amostra com 100 ml de ciclohexano e filtração;
    • Conteúdo de benzo (a) pireno: máximo 0,25 mg/kg (ppm) m/m;
    • Nível máximo de negro de fumo em polímero: 2,5% m/m.
  • Migração específica de metais e outros elementos: Quando aplicável, a determinação da migração específica de metais e outros elementos se realizará somente em simulante aquoso ácido (solução de ácido acético a 3% m/v em água destilada), mesmo que o alimento envasado, não seja aquoso ácido. Os limites de migração específica (LME) dos elementos a determinar são apresentados na tabela a seguir:
 

Apenas com todos estes controles em dia é que se pode garantir que o material de embalagem empregado não está contaminando os alimentos embalados. A legislação não estabelece frequência para que estes controles sejam reavaliados, cabendo a cada empresa determinar o rigor a ser empregado baseado sempre na avaliação de riscos. No entanto, em casos de mudanças relacionadas a composição, método de fabricação do material de embalagem ou no alimento a ser embalado são necessárias novos testes e controles imediatos. 

Ana Cláudia Frota – Gerente Técnica da Flavor Food Consulting

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Grampeador ecológico – ou sem grampos…

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Quando uma equipe de segurança de alimentos inicia seu trabalho de mapeamento dos Programas de Pré Requisitos para implantação de uma norma de gestão de segurança de alimentos, seja preparando o caminho da BRC ou da ISO22000, é comum identificar os perigos físicos que são inerentes à área ou ao processo.

Dessa forma, é comum encontrar em empresas com sistemas de gestão de segurança de alimentos, uma política de vidros e uma política de controle de corpos estranhos, como grampos e clipes, que são frequentemente proibidos em áreas produtivas.

No entanto, essa decisão comumente acarreta um desconforto por conta de operadores, líderes e supervisores. Como garantir o atendimento ao requisito que diz respeito à disponibilização de procedimentos e instruções de trabalho nas áreas, se os mesmos não poderão ser distribuídos grampeados ou presos por clipes?

E ainda o armazenamento desses documentos sem o auxílio destas pequenas peças, facilita a perda e a desorganização.

E como contornar essa situação?

Existe uma novidade no mercado que tem feito a alegria de equipes de segurança de alimentos e também de equipes de implementação de sistema de gestão ambiental (ISO14001): o grampeador ecológico.

O grampeador ecológico dispensa o uso de grampos, pois seu funcionamento consiste em fazer um pequeno corte no papel, inserindo uma ponta do próprio papel neste furo. Sem perigos físicos e ainda ecologicamente correto, como é possível verificar na figura abaixo:

Grampeador ecológico

No entanto, o pioneirismo tem seu preço. Para conseguir um exemplar deste grande achado, temos duas opções:

– Uma busca simples no Google nos remete a fabricantes de brindes, que fazem estes grampeadores nos mais variados formatos, mas possuem um pedido mínimo, raramente compatível com o desejo da empresa; ou

– Compra através de sites como Mercado Livre ou o próprio Ebay, que permite a obtenção de unidades isoladas destes grampeadores mas que, na contramão, não permite a obtenção de nota fiscal. 

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