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Os Desafios da Implementação Multi-Site

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O desenho de um Sistema de Gestão deve ser adequado a cada Organização. Isto é, inclusive, uma determinação de caráter normativo. As Organizações possuem, individualmente, características que as diferenciam, sejam relacionadas aos processos produtivos ou a sua missão, visão, políticas. A cultura organizacional, fruto da dinâmica do relacionamento estabelecido entre os colaboradores (pares, chefias) ou entre a Organização e seus clientes ou fornecedores, determina toda a cadência do processo de implementação.

 O raciocínio acima, em miúdos, quer nos dizer que, mesmo em situações onde os processos produtivos estão relacionados, a velocidade da implementação e a completude do planejamento do Sistema, estão relacionadas muito diretamente às características comportamentais dos colaboradores da Organização.

 Inúmeras Organizações planejam suas certificações em um esquema que chamamos Multi-Site. É bastante comum em se tratando de grupos de negócios que possuem unidades descentralizadas, produzindo para a mesma cadeia ou, na maior parte dos casos, os mesmos produtos ou serviços. A grosso modo, condiciona-se o resultado positivo do processo de certificação ao sucesso individual de cada site visitado, emitindo-se um único certificado.

 Para o Sistema de Gestão de Segurança do Alimento, baseado na NBR ISO 22000:2006, o esquema de certificação Multi-Site pressupõe a visita do organismo certificador a todas as unidades que participam do escopo até um número de vinte unidades, somente após o qual pode-se aplicar a regra da raiz quadrada. Assim uma Organização com, por exemplo, vinte unidades espalhadas por todo o país, que opte por tal esquema de certificação, receberá a visita do organismo certificador em cada uma delas.

 Imaginemos a situação acima, agora, em um país tão culturalmente diverso, como o Brasil, considerando todos os seus regionalismos, folclores, crenças, feriados locais. Por experiência própria, posso lhes garantir que, sim, há diferença, ainda que eu pretenda retirar da minha análise todo o rótulo superficial conferido a quem seja: cariocas, paulistas, sulistas, nordestinos. Estes rótulos tão abomináveis, precursores de preconceitos tolos, são extremamente rasos diante da dinâmica que se estabelece dentro das Organizações, posto que todas elas, cada uma a seu modo, funcionam. Ainda assim, são determinantes para a abordagem durante a implementação.

 O desafio é enorme para o gestor deste processo. A principal dificuldade, sem dúvida, é manter adequada comunicação entre todas as unidades envolvidas acerca dos objetivos da implementação. Como medir indicadores? Como conduzir instruções corporativas, diante de cenários tão particulares? Como lidar com a logística de um grupo de fornecedores qualificados, distribuindo para clientes tão distantes? Como tratar resultados comerciais ou demandas futuras, distribuindo-as estrategicamente entre as unidades para preservar os resultados do Grupo? No campo do relacionamento interpessoal, exige habilidades freudianas: Como lidar com lideranças egocêntricas? Como envolver líderes locais, em contraposição à presença de lideranças corporativas?

 O SGSA, ainda, possui um caráter técnico muito representativo dentro do Sistema. Estudos APPCC devem ser elaborados com base em uma mesma linha de raciocínio, mas jamais devem ser aprovadas cópias de materiais entre as unidades, o que tem sido bastante comum. Antes disto, cada Programa de Pré-Requisitos estabelecido deve refletir o estágio da evolução de determinado site, desde o planejamento até seus controles. Cada unidade adotará as verificações pertinentes, ainda que sejam entradas para uma única análise crítica.

 O desafio está lançado. É melhor estar preparado.

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A capacitação da ESA

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Amigos leitores, nosso último encontro propôs que o adequado casamento entre multidisciplinaridade e perfis psicológicos deve ser cuidadosamente atendido na convocação da Equipe de Segurança do Alimento, a ESA. Ao reunir esta turma tão heterogênea, a capacitação não pode ser negligenciada. Admitindo que as bases do conhecimento são diferentes e que o objetivo final é comum, torna-se obrigatório raciocinar em torno de uma etapa de nivelamento, alinhando os conceitos fundamentais para a tarefa.

Sugerimos, normalmente, a abordagem dos seguintes temas para a capacitação da ESA, durante seu nivelamento:

 

– Sistema de Gestão da Qualidade da organização: Como está estruturado? Histórico, organogramas, responsabilidades;

– Programas de pré-requisitos, Boas Práticas de Fabricação;

– Perigos (Físicos, Químicos, Biológicos);

– Microbiologia básica (vários módulos):

– Bactérias, fungos e leveduras;

– Patogênicos e não-patogênicos;

– Coloração de Gram;

– Condições ótimas para o desenvolvimento de microrganismos;

– Aerobiose e anaerobiose;

– Mesófilos, termófilos, psicrotróficos;

– pH;

– Teoria das barreiras de Leistner;

– Princípios de APPCC*;

– Interpretação da Norma ISO 22.000*.

* Divididos em vários módulos ou aplicados em ocasiões especiais. Podem ser aplicados por pessoal externo à organização.

Os temas acima podem frequentemente ser aplicados em módulos semanais de 30 minutos, ministrados por alguém da própria ESA (em geral, o coordenador), desde que com competência definida para tal. Cabe lembrar que para os “não técnicos” que fazem parte da Equipe, este conteúdo pode ser seu primeiro contato com toda a teoria que envolve a segurança do alimento, motivo pelo qual as reuniões devem, sim, ser curtas e os temas, básicos. Os próprios membros da ESA, que dominam o assunto, podem treinar os colegas. Podem ser solicitadas atividades que envolvam pequenos grupos, de 2 ou 3 pessoas, com resultados melhores que os de grupos grandes. Isto permite o envolvimento de todos e que várias frentes de trabalho sejam abertas ao mesmo tempo. Os pequenos grupos devem ser também heterogêneos, mesclando os mais e os menos experientes.

Em um segundo momento, devem ser oferecidas à ESA oportunidades para o desenvolvimento de habilidades específicas, levando-se em consideração as habilidades de cada membro, podendo incluir, entre outros:

 

– Formação de Auditores Internos: Verificar quem, dentre os participantes da ESA, reúne as características de um bom auditor, de acordo com a NBR 19011;

– Auditor Líder ISO 22.000: É interessante que pelo menos o coordenador da ESA tenha esta capacitação;

– Liderança;

– Mapeamento de processos;

– Redação de não-conformidades.

Nos próximos encontros vamos continuar explorando as capacidades intelectuais e emocionais dos envolvidos no SGSA.

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O quebra-cabeças

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Sim. Dá um trabalhão. Montar (e participar!) de uma equipe de trabalho que objetiva implementar um Sistema de Gestão não é nada fácil. Esta tarefa pode caber à Alta Direção mas, antes mesmo, os nomes já foram escolhidos entre aqueles que desempenham função de destaque na Organização. Com um ou outro ajuste, o time já estava sendo preparado há tempos. Exemplo do famoso: “É o que temos para jantar!”. Um espelho de quem sempre fomos, agora refletindo para o mundo nossa imagem.

Uma grande habilidade do líder desta turma é saber escolher (ajustar) os participantes para que a equipe possua mesclas de juventude e experiência, ímpeto e planejamento, técnicos e generalistas, e por aí vamos…

Em particular, uma Equipe de Segurança de Alimentos, a ESA, que conduz boa parte dos trabalhos de implementação do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos, está definida na Norma ISO 22000 como “multidisciplinar”. Seria bom que isto fosse bem além do que simplesmente contar com colaboradores de diferentes áreas. De fato, a melhor receita está em equilibrar a multidisciplinaridade fiel ao termo com os aspectos psicológicos de cada um dos eleitos.

Uma boa ESA, bastante multidisciplinar, pode ser composta por: um membro da Diretoria (demonstra o comprometimento da Organização), uma Alta Gerência (sua presença mantém acelerado o ritmo dos trabalhos), gestores e pessoal da qualidade (normalmente técnicos e principais interessados), supervisores e pessoal de produção (conhecem o processo e suas armadilhas), entre outros que podem oferecer valiosas informações ou palpites preciosos, como colaboradores dos setores de Compras, Manutenção, Almoxarifado, Expedição ou Transporte, SAC, Limpeza e Higienização, RH, Administrativo e Marketing.

Os perfis psicológicos devem, somados, dar força ao conjunto. Este é o “pulo do gato” que prometemos no encontro anterior. Em qualquer grupo que funciona bem (de amigos, inclusive) sempre vamos ter:

O Brigador: Expõe e defende de modo feroz as necessidades do grupo. Bate-boca, fala alto, incomoda. Se não possuir cargo de liderança, deve ser fortemente apoiado por sua chefia;

O Articulador: Negocia concessões e obrigatoriedades entre a ESA e outros grupos. Inteligente e bom orador, costura a teia de relacionamentos da Equipe com os demais colaboradores. Atua normalmente na base da troca. As pessoas confiam nele. É um líder natural;

O Pacificador: Deve acalmar os ânimos de toda a Organização, transmitir tranqüilidade, ser bom ouvinte e acolhedor. É um “cuca-fresca”. È visto como a “Ouvidoria” da ESA;

O Executor: Trabalha pela implementação sem cessar. Implementa melhorias, ajusta documentos, pesquisa na internet, convoca reuniões, divulga atualizações etc. É o “faz-tudo” do grupo. Normalmente é alguém da área de Qualidade;

O Propagandista: Divulga a imagem da ESA e do Sistema para toda a Organização, sempre de forma positiva. É o “Relações Públicas” do grupo;

 O Organizado: Mantém tudo funcionando corretamente dentro da Equipe. É o “secretário” do time;

 O Decisor: Encerra as discussões do grupo. Com base nas informações que chegam, decide pela ação mais adequada. É interessante que possua poder de decidir sobre investimentos e foi a figura principal de nossa última coluna.

 Até a próxima!

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O Decisor

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Em minhas passagens por Organizações que procuram implementar Sistemas de Gestão ou quaisquer outros programas da Qualidade ou equivalentes, tenho visto muitos bons profissionais que, somados à mesma equipe, não reproduzem coletivamente seus resultados anteriores. Impossível não lembrar de craques do futebol que jogam muito bem em seus clubes, mas que decepcionam na seleção de seus países.

 Bons profissionais podem se destacar por vários fatores em uma Organização, desde sua habilidade e conhecimento específicos para o desempenho da função, até fatores emocionais e de bom relacionamento com pares, chefias e comandados. Qualquer que seja a escada, neste caso, o topo é o lugar mais justo para esta turma. Todos têm igual valor. Viva a diferença!

 A implementação de um Sistema de Gestão é, normalmente, uma decisão absolutamente tão importante para a Organização, que dela irão participar seus principais gestores. Em um cenário justo, a maioria destes profissionais ocupa os mais altos cargos por reunirem as principais características que definem e revelam os bons profissionais, conforme acabamos de falar.

 A tarefa de implementação de um Sistema de Gestão, por si só, empurra toda a Organização para um estágio superior de comprometimento com normas, procedimentos, prazos, comunicação eficaz, entre outros. Ocorre que, por vezes, a decisão pela implementação, coube a um Diretor, um Presidente, um cliente importante ou um mercado exigente. Já entenderam? A partir deste momento TODOS passam a trabalhar pelo desejo de UM certo alguém.

 E vem mais problema por aí. Após a comunicação que oficializa a intenção da certificação, todas as áreas recebem (ou elaboram) suas metas e seus planos de ação. Adequações estruturais, necessidades de contratação, apelos para treinamento, compra de equipamentos, modernização das linhas, enfim. Resumo: Em pouco tempo, as principais lideranças da Organização estão trabalhando isoladas, em torno de suas próprias necessidades e, principalmente, precisando repetir o sucesso a que se acostumaram, dividindo o palco com outros bons jogadores. Aqui, utilizei o termo “jogadores” porque seu colega, até ontem, vira o oponente que briga pela mesma exposição, reconhecimento, atenção e recursos. Nas reuniões de equipe, passamos a ouvir muito mais do que antes as expressões “na minha área”, “no meu setor” e, bem menos “na nossa empresa”.

 Ainda não acabou. Se pensarmos em uma Alta Direção pouco hábil para lidar com estas questões, e que normalmente gerencia pelo conflito, aí então temos um sério problema. O processo todo está em risco.

 Conduzir o processo de implementação de um Sistema de Gestão é tarefa difícil. O tipo de liderança que precisamos aqui é um pouco diferente daquela que os livros de gurus ensinam. Aqui, o líder deve ser DECISOR, fundamentalmente, além de ter e demonstrar poder. Suas decisões devem sempre privilegiar o Sistema em construção, mesmo que dar a um signifique tomar de outro naquele momento. Este líder aprende que raras vezes pode ser questionado e que isto se chama credibilidade. Deve conduzir pelo exemplo e, para isto, possuir bom conhecimento técnico das normas e requisitos alvo. Inteligentemente, este líder deve perceber que reunir em torno de si profissionais capazes e competentes é somente tão importante quanto escolher seguidores fiéis.

 No próximo encontro, vamos falar da reunião de talentos individuais para montar equipes de trabalho harmônicas.    

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O bom auditado

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Muito se discute, durante um processo de certificação, o desempenho da equipe Auditora, baseado, sobretudo, na forma como o evento foi conduzido. Para os auditados, nesta discussão, raramente importam os aspectos técnicos envolvidos, tomando-se por base os critérios da Auditoria. O que todos querem saber, ao final das contas, é se o Auditor é “bonzinho” ou se, ao contrário, é “muito rigoroso”.

 O que a maioria das organizações negligencia é que o sucesso da Auditoria depende, na absoluta maioria das vezes, exclusivamente, de seu próprio desempenho. É comum atribuir um eventual resultado negativo ao “mau” Auditor.

 Sim, claro, existem maus auditores. E para cada mau Auditor existem muitos, muitos, muitos maus auditados. As organizações negligenciam a preparação de seus colaboradores para que estes tornem-se capazes de encantar seus “árbitros”.

Quando auditores recorrem a um processo de entrevista, mesmo onde caiba apenas a interpretação de um documento ou registro, sempre haverá o papel de um interlocutor entre a Organização e a evidência da conformidade. Colaboradores sujeitos a assumir o papel de interlocutores devem conhecer toda a estrutura documental do Sistema de Gestão. Devem saber interpretar com clareza qual é a necessidade do Auditor e apresentar as saídas adequadas.

 Como Auditor, tenho observado enorme dificuldade das organizações em demonstrar habilidade com a documentação do Sistema. Por vezes, não encontramos evidências da conformidade que sabemos estarem lá, apenas porque o Auditado não consegue localizar a informação de modo adequado. E, neste ponto, não há nada que possamos fazer como auditores. Vários sistemas de gestão são construídos em torno da capacidade e do conhecimento de um RD ou de um pequeno grupo que lidera a implementação e que, inoportunamente, negligencia a divulgação adequada por toda a Organização.

 

Desenvolvi um modelo que aplico com sucesso em meus clientes, baseado na capacidade de distribuir entre quatro “níveis de participação” qualquer documento ou registro do Sistema de Gestão, associado à função do colaborador. São eles:

 Nível 1 – Responsabilidade ou Autoridade

Nível 2 – Execução ou Aplicação

Nível 3 – Interpretação e Apoio

Nível 4 – Abrangência

 A cada nível está associada uma estratégia de treinamento preparatório exclusivamente ligado ao evento da Auditoria. As estratégias envolvem entrevistas, simulações, verificações in loco e testes de conhecimento, especialmente desenvolvidos para cada função. Fatores comportamentais em um processo de auditoria são testados. Os resultados são medidos através de um modelo estatístico que considera o desempenho individual do colaborador dentro do grupo homogêneo, o desempenho do grupo homogêneo e os níveis de participação associados em cada caso. Cada resultado negativo é tratado individualmente com novas ações de treinamento.

 Colaboradores bem preparados evidenciam o compromisso da Organização com o Sistema de Gestão e o atendimento aos requisitos de comunicação interna, de forma direta.

 Melhor investir em capacitação… ou vamos continuar na torcida por vocês.

 Até a próxima!

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As boas rotinas

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Amigos leitores, propomos a discussão, neste espaço, do impacto da atuação dos colaboradores nos resultados das Organizações. Se existe motivação e condições adequadas para o trabalho, fatalmente teremos resultados superiores. O oposto é exatamente proporcional, na medida contrária. Se fosse na matemática, estaríamos diante de um corolário, a decorrência imediata de um teorema do tipo “se e somente se”.

 Uma indústria de alimentos, diante de uma perspectiva crua, só existe pelo único motivo de produzir alimentos, que devem ser, no mínimo, seguros para o consumo. Produzir alimentos seguros é, portanto, uma dependência da atuação de seus colaboradores, que devem seguir rotinas estabelecidas para garantir o adequado padrão de qualidade. Aqui cabe o reforço de que não há qualidade se o alimento não for seguro para o consumo.

 As rotinas estabelecidas na produção de alimentos podem ser divididas em dois grandes grupos: 1 – atividades que geram valor, normalmente associadas ao processo produtivo de forma direta e 2 – processos de apoio.

 Um Sistema de Gestão para a produção de alimentos seguros deve garantir que tais rotinas (desde que adequadas) sejam cumpridas de forma repetida e, mais que isto, deve assegurar que possíveis desvios sejam identificados e corrigidos. Particularmente, como Consultor e Auditor, sempre acreditei mais nos sistemas que falham e evoluem do que naqueles cuja falha não é percebida (ou apontada). Desconfie destes últimos.

 Para o estabelecimento de um Sistema de Gestão de Segurança do Alimento, de agora em diante SGSA, a Organização deve preparar-se pela base. Sugiro, sempre, que se identifique o estágio inicial de seus processos de apoio para propor adequações. Recursos Humanos, Suprimentos, Manutenção, Ferramentaria, entre outros, devem estar alinhados com as novas diretrizes e trabalhando no sentido de assegurar um ambiente seguro para a produção de alimentos.

 A outra face deste plano é cuidar para que, do lado de dentro da fábrica, existam condições que permitam levar adiante esta estratégia. A infra-estrutura do ambiente produtivo deve ser suficientemente adequada para garantir condições higiênico-sanitárias satisfatórias à produção de alimentos. O processo deve estar modelado para atender a todos os requisitos do monitoramento operacional, cuja saída resulta no produto conforme.

 Pessoal capacitado deve compreender toda a sorte de regras que existam para a promoção do conjunto de objetivos. Desde as Boas Práticas de Fabricação até atividades mais complexas, que exijam medição, análise e interpretação do processo produtivo, e a tomada de correções e ações corretivas para tratar possíveis desvios. Gestores deste Sistema devem ser os líderes capazes de transpirar conhecimento e motivação, transformando seus pares através do exemplo. Nos próximos encontros ainda vamos falar bastante de liderança, com foco nos Sistemas de Gestão.

 Até lá!

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Metodologia? O Homem.

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Estamos inaugurando com o blog um novo espaço para discussões ligadas à Segurança do Alimento. Esta coluna, em particular, pretende tratar os mecanismos através dos quais o recurso humano possa promover os resultados das organizações a níveis cada vez mais elevados. Vamos entender que o funcionamento do Homem pode ser estudado como o de uma máquina, respeitadas as diferenças inerentes à condição Humana, e apresentar estratégias para seu desenvolvimento contínuo.

Em quase vinte anos na Indústria de Alimentos, percebi que qualquer resultado depende da confiança mútua entre líderes e seus colaboradores. O líder deve ser exemplo. Deve inspirar e transparecer credibilidade. Deve tratar a todos os colaboradores de forma justa e respeitosamente, sempre. Deve agregar e promover o trabalho em equipe, identificando e desenvolvendo as habilidades em cada um dos seus liderados. Aos colaboradores cabe, ao menos, oferecer à empresa exatamente a soma do trabalho que se comprometeu a dar quando foi contratado, desenvolvendo-se constantemente e mostrando-se auto-motivado e comprometido.

E é neste equilíbrio que vamos manter nossas discussões.

Neste cenário, sabemos que as Organizações passaram por profundas mudanças conceituais em sua Gestão nas últimas décadas. A competição mundial contribuiu grandemente para isto e, no Brasil, recentemente, fatores internos como o desenvolvimento acelerado da economia e do agronegócio, a modernização da Indústria e o aumento do consumo, tornaram o desafio ainda maior. A sobrevivência do negócio, mais que nunca, passa obrigatoriamente por seu planejamento.

A adoção de um Sistema de Gestão envolve princípios testados e aprovados mundo afora, os já exaustivos: Foco no Cliente; Comunicação Interna; Gestão de Fornecedores; Abordagem de Processos; Medição; Melhoria Contínua. Há outros. Alguém ainda tem paciência para o PDCA?

O sucesso na Gestão não é garantido pelo uso das metodologias. Sobretudo, a lista acima não produz efeito algum se não tratarmos de liderança e do envolvimento das pessoas. Os líderes devem criar e manter um ambiente interno no qual as pessoas possam envolver-se totalmente com a conquista dos objetivos da empresa. Missão, visão e valores devem estar estabelecidos. Metas e objetivos desafiadores, e estratégias para atingi-los, devem ser conhecidos. Pessoas devem ser coordenadas e estimuladas. Sempre.

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