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Encontro de profissionais da Garantia da Qualidade com muita Segurança dos Alimentos!

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Tecnologia a serviço da qualidade e segurança dos alimentos. Questões humanas e humanitárias. Avaliação de risco para tomada de decisão. Desafios de agora e do futuro. Estes são temas que permearão o VIII Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade, evento organizado pela Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos e a consultoria Flavor Food.

Após as privações da pandemia e as crises que a sucederam, a vontade de viver momentos de significado, de novo e ao vivo, é enorme. E a organização não poupou esforços para trazer num só lugar, promotores de discussões tão relevantes para o momento que que estamos vivendo.

Programação

17/05

Qualidade 4.0 na nova era da indústria de alimentos – Maria Carolina Andrade Gavioli, Neoprospecta.

Como o Blockchain pode ajudar a segurança dos alimentos – Carlos Rischiotto, IBM

Métodos avançados para avaliação da autenticidade de alimentos e bebidas – José Belarmino Neto, Eurofins.

Painel remoto

Segurança de alimentos e qualidade em emergências humanitárias – Fernando Ubarana, WFP (Egito)

Desafios e perspectivas da produção de alimentos com qualidade e sustentabilidade – Ellen Lopes, IFD RS (Portugal)

Perspectivas do uso do ozônio na indústria de alimentos – Vivaldo Mason Filho, Abrazônio

18/05

Contribuições da inovação para a qualidade – Cristina Leonhardt, Sra. Inovadeira

Novos patógenos significativos, mitos e verdades – Daiane Martini, Neogen

One Health: uso da inovação para gerenciamento de riscos em food Safety – Leonardo Premaor Teixeira, Hygiena do Brasil

Influenciar pessoas para atingir resultados: qual o papel do sistema de gestão nesse processo? – Giovanny Echer, O Boticário

Novos alimentos, novos perigos? Como garantir a qualidade e segurança de novos alimentos –

Cristiana Ambiel –Plant-Based.  The Good Food Institute

Amanda Leitolis – Carne Cultivada. The Good Food Institute

Os caminhos do varejo por alimentos mais seguros do campo à mesa – Julia Carlini, Carrefour.

(Parte da programação do Encontro está em construção).

Para se inscrever no evento, clique aqui.

Exposição

Além da programação tão especial, haverá uma exposição com empresas que trarão soluções muito práticas para as necessidades do dia a dia dos profissionais.

O local

Conheça a infraestrutura do local, que tem uma beleza à parte!

Você sabia que o Instituto Agronômico de Campinas foi fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II e em 1892 passou para a administração do Governo do Estado de São Paulo?

Sua atuação garante a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos nos mercados interno e externo.

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Como transformar dados em informações no monitoramento ambiental da indústria de alimentos?

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Quando falamos em monitoramento ambiental, sabemos que isso engloba desde o monitoramento de higienização  – passando por microrganismos indicadores – até o monitoramento ambiental de patógenos, incluindo a tão temida Listeria monocytogenes. Dependendo da indústria, pode haver parâmetros adicionais nessa lista, por exemplo, os alergênicos. Um artigo anterior do blog descreve muito bem a importância do monitoramento de higienização por ATP, assim como o impacto dele na indústria.  

Porém, muitas vezes todos os monitoramentos citados acima são realizados dentro da indústria por diferentes equipes, em diferentes turnos e com diferentes tecnologias, e aqui mora um ponto crítico: como transformar todos esses dados do processo em informações? Como traçar um plano de ação efetivo que possa correlacionar todos esses dados e mostrar os pontos críticos do processo? Como usar todos esses dados em favor da segurança dos alimentos?

Pois bem, o mundo evoluiu e com isso já não faz mais sentido usar uma planilha de Excel com centenas de linhas e fórmulas, quase como um quebra-cabeças, quando o assunto é garantir a segurança dos alimentos, muito menos que os dados estejam armazenados em um único computador correndo risco de perdê-los a qualquer momento.

A informação precisa ser de fácil acesso e acessada de qualquer lugar, principalmente do lugar mais importante do mundo: o chão de fábrica.

 A revolução das nuvens

O conceito de banco de dados em nuvem é utilizado por nós todos os dias. A nuvem mais conhecida atualmente é o Icloud, que armazena as fotos e vídeos do seu Iphone dentro de uma nuvem e, quando precisar, basta acessá-las com um login e senha e tudo estará lá.

E se eu disser que já é possível fazer o mesmo com os seus dados de monitoramento ambiental? Ter acesso aos dados em tempo real, de qualquer lugar do mundo e principalmente de dentro da sua fábrica?

Com o SureTrend Cloud da Hygiena, você pode gerenciar todos os dados importantes para o seu processo de fabricação de alimentos em um único lugar, gerando relatórios, gráficos e filtrando as informações da forma que você precisar. Utilizando o SureTrend Cloud, os seus dados estarão protegidos em uma plataforma extremamente segura que pode ser acessada onde e quando quiser, mas o melhor ainda está por vir.

Na SureTrend Cloud você poderá gerenciar os dados de todos os monitoramentos realizados durante o processo, podendo correlacionar esses resultados para ações mais assertivas. Através dos filtros e gráficos que a plataforma possui, você poderá visualizar, por exemplo, a correlação entre os resultados reprovados do monitoramento de higiene por ATP para um determinado ponto, com o aumento da contagem de microrganismos no mesmo período. Quando esses dados estão dispersos em diferentes lugares, acaba sendo muito difícil agrupá-los para entender a correlação entre esses resultados e desenvolver um plano de ação focado na mitigação dos desvios.

Sobre o Ensure Touch

A Hygiena trouxe para o mercado a possibilidade de realizar as análises de monitoramento ambiental com apenas 1 equipamento. Com o Ensure Touch, você pode realizar diversas análises, como: ATP, alergênicos, fosfatase alcalina, patógenos, e microrganismos indicadores em um único equipamento e gerenciar todos esses dados em um único lugar: a SureTrend Cloud.

A inovação faz parte do DNA da Hygiena e isso é refletido através dos produtos da marca. Eu sei e todo mundo sabe que um método rápido para análise de microrganismos indicadores tem um tempo de resultado de aproximadamente 24 horas, certo? Errado! Usando a tecnologia a seu favor, a Hygiena desenvolveu a linha MicroSnap, com resultados a partir de 6 horas e sim, você não leu errado, apenas 6 horas. A linha MicroSnap conta com análises para contagem total de microrganismos, E.coli, Coliformes e Enterobacterias e pode ser utilizada tanto para amostras de superfície quanto para amostras de produto, sejam elas líquidas ou sólidas. Utilizando o MicroSnap e toda linha de Snaps da Hygiena, você garantirá resultados rápidos e confiáveis, validados internacionalmente pela AOAC.


Se você ainda não conhece a Hygiena, convido-o a clicar nesse link e conhecer a empresa que tem revolucionado Food Safety no Brasil e no mundo. Para dúvidas ou informações entre em contato conosco: atendimentobrasil@hygiena.com.

Por Ana Claudia Bernardoni, Territory Sales Manager da Hygiena do Brasil

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Aprovação de novos fornecedores na indústria de alimentos: diagrama prático

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Atravessamos momentos críticos pela escassez de alguns de insumos ao longo da pandemia. As indústrias de alimentos não podiam parar sua produção, pelo risco eminente de um desabastecimento.

A aprovação de novos fornecedores (às vezes havia um único disponível!),  embora precisasse ser rápida, não poderia ser feita com irresponsabilidade pelo risco de trazer algo para dentro da fábrica que comprometesse a segurança dos alimentos ou aumentasse as perdas no processo fabril.

Nos últimos três anos, vivi uma rotina esgotante juntamente com meus colegas dos setores de Compras e Garantia da Qualidade. Buscamos novos fornecedores, e para isso, tivemos de analisar, testar, aprovar, trazer às pressas para fábrica e finalmente produzir os alimentos.

Foi um gerenciamento vivido na prática, e embora eu tenha, mesmo sendo de P&D, trabalhado como homologação de fornecedores na Garantia da Qualidade, não encontrei um procedimento de crise para as aprovações com segurança.

Segue um descritivo abaixo simplificado de como aprovar matérias primas, seja para novos projetos (novos produtos), que foi o que mais aconteceu, seja para contratipagem de insumos.

Aprovação de nova matéria prima

Quando desenvolvemos um novo alimento, normalmente são necessárias aprovações de matérias primas que ainda não são utilizadas na fábrica.

Essas matérias primas devem ter boa performance no processo fabril para garantir que o novo produto saia conforme o padrão estabelecido. Ou seja, o padrão desta nova matéria prima também deve ser estabelecido pelo P&D, já que todo o conhecimento e o primeiro contato foi com este departamento.

No entanto, a preocupação não está somente nos parâmetros de performance e sensoriais desta nova matéria prima. Algo novo está entrando na fábrica e com ele novos riscos também, que podem impactar a segurança dos alimentos. Postergar esses riscos para o lançamento do produto acabado pode ser tarde demais.

Sendo assim, estabeleci um fluxo que era realizado por mim como Desenvolvimento:

Aprovação de matéria-prima “contratipo”

No caso de matéria prima contratipo, ou seja, correspondente à outra já utilizada, a preocupação vai além da legislação e segurança dos alimentos, pois essas já são premissas básicas.

A performance do insumo deve ser a mesma que a aprovada primeiramente. Sendo matéria-prima, deve-se considerar os seguintes entraves:

– Parâmetros físico-químicos devem estar dentro da faixa estabelecida na primeira especificação. Caso contrário, após análise e teste, em aprovação positiva, a especificação deverá ser atualizada;

– Mesma performance em linha produtiva: embora haja variáveis entre fornecedores e até mesmo lotes da matéria-prima, de maneira geral, o processo produtivo deve continuar seguindo os critérios produtivos;

– Garantir as mesmas características organolépticas: não deve haver mudanças significativas sensoriais (odor, sabor, cor e textura), bem como na composição nutricional do alimento acabado.

Após constatar que todos esses pré-requisitos foram considerados, o fluxo de aprovação seguirá basicamente o mesmo que o de uma nova matéria-prima:

Na busca de fornecedores desconhecidos, é de extrema importância a responsabilidade e competência do profissional da área de P&D. Além de garantir a mesma característica do alimento final, é preciso fazer com que a entrada de um novo fornecedor e ou de uma nova matéria prima não traga riscos extras para o processo fabril e para a segurança dos alimentos.

*Legislações: Caso o não constem na ficha técnica do ingrediente as legislações pertinentes obrigatórias para a classificação da matéria prima, recomenda-se consultar ao menos as normas básicas listadas abaixo e exigir do fornecedor que ele as atenda para o caso de aprovação:

RDC 623/2022 – Micro e Macroscopia

IN 160/2022 – Microbiologia

IN 161/2022 – Contaminantes inorgânicos

Autora convidada: Graciele Padoin, engenheira de alimentos e especialista em P&D e Regulatórios

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Dia Mundial da Segurança de Alimentos 2023 – Participe desta celebração!

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No dia 20 de dezembro de 2018 a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou a Resolução 73/250 proclamando o Dia Mundial de Segurança dos Alimentos. A partir de 2019, todo dia 7 de junho é dedicado a celebrar os inúmeros benefícios da Segurança dos Alimentos.  A ação visa chamar a atenção e inspirar ações para ajudar a prevenir, detectar e gerenciar os riscos transmitidos por alimentos, contribuindo para a segurança alimentar, saúde humana, desenvolvimento econômico, agricultura, acesso a mercados, turismo e desenvolvimento sustentável. Este dia internacional é uma oportunidade para fortalecer os esforços realizados para garantir que os alimentos que comemos sejam seguros e conscientizar quem produz, processa, vende ou prepara alimentos a repensar a responsabilidade na manutenção da segurança de alimentos.

A contagem regressiva para as comemorações em eventos nas empresas de alimentos (organizando diferentes atividades direcionadas ao público em geral – shows, festivais ou feiras, gincanas, palestras públicas, painéis ou mesas redondas com líderes políticos, educadores, cientistas e agricultores, perguntas e respostas, eventos sociais ou culturais, degustações de alimentos ou demonstrações culinárias com uma mensagem #foodsafety) já tem disponível a temática deste 5º ano.  A FAO anunciou que o tema para 07 de junho de 2023 será “Normas Alimentares Salvam Vidas”, clamando por mudanças duradouras. Acesse-o aqui!

Nos anos anteriores os temas abordados foram:

2022 – “Alimentação Segura, Melhor Saúde”: o acesso a alimentos seguros é essencial para a saúde e o bem-estar das pessoas, dos animais e do meio ambiente. Somente quando os alimentos são seguros podemos aproveitar ao máximo seu valor nutricional e os benefícios mentais e sociais de compartilhar uma refeição.

2021 – “Alimentos seguros agora para um amanhã saudável”: a produção e o consumo de alimentos seguros trazem benefícios imediatos e de longo prazo para as pessoas, o planeta e a economia. Reconhecer as conexões entre a saúde das pessoas, animais, meio ambiente e economia nos ajudará a atender as necessidades do futuro.

2020 – “Segurança dos Alimentos, responsabilidade de todos”: fortalecer os esforços para reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos e garantir que os alimentos que ingerimos sejam seguros.

2019 – “O Futuro da Segurança dos Alimentos”: reforçar o chamado para fortalecer o compromisso de ampliar a segurança dos alimentos, tema tratado na Conferência de Addis Abeba e pelo Fórum de Genebra.

Em 2023, vários fatores globais estão afetando o abastecimento e a segurança de alimentos, cujas mudanças necessitam beneficiar as pessoas e o planeta, e incentivar os formuladores de políticas e as partes interessadas a aumentar a produção de alimentos seguros e sustentáveis, sempre baseados na ciência para a proteção da saúde pública, incluindo os padrões do Codex Alimentarius. Esta temática esta bem alinhada ao próximo fórum da GFSI de 24-27 de abril de 2023 (aqui), pois as normas food protegem os consumidores e são sustentadas pela ciência. Todos somos gerentes de riscos, pois somos consumidores de alimentos e todos queremos que nossos alimentos sejam seguros. A segurança dos alimentos está em nossas mãos!

E você, prezado leitor? Conte-nos o que está programando para esta celebração.

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Padronização de processos na indústria de alimentos: dicas para obter sucesso

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Em minha última publicação neste blog, abordei os três primeiros passos para estabelecer o gerenciamento do sistema de segurança do alimento. Esses passos funcionam para qualquer tipo de gerenciamento, bem como a próxima etapa: a padronização de processos.

A padronização de processos é uma estratégia de gerenciamento, sendo um instrumento básico que estratifica qualquer processo em etapas. Ao se definir tais etapas como o procedimento a ser seguido, pode-se obter os resultados almejados, sejam eles a garantia da qualidade ou melhor produtividade.

Que tal conversarmos sobre o caminho que vai levar a obter mais sucesso em seu gerenciamento?

Fluxograma

Bem, se você já tem o fluxograma do seu processo, seja ele de movimentação de materiais ou de informação, excelente! Caso não tenha, mão na massa! E nessa hora não tem muito segredo: é desenhar, apagar, rabiscar, e assim por diante.

Para isso, você pode utilizar qualquer ferramenta, desde caneta e papel, softwares como os da Microsoft (Visio, Excel, PowerPoint, Word), ou opções disponíveis online como Canva ou Lucidchart.

Normalmente, a criação do fluxograma é seguida de uma verificação por uma pessoa independente, visitando a instalação ou mesmo executando o processo para verificar sua conformidade.

Apesar de ser uma etapa simples, a criação do fluxograma é de grande relevância para se estabelecer o gerenciamento, sendo uma etapa essencial para a definição de PCC no sistema APPCC/HACCP.

Além disso, a criação ou revisão do fluxograma é uma oportunidade de convidar um time multidisciplinar para avaliar cada etapa do processo. É possível entender através de um brainstorming a real necessidade de cada etapa, além de verificar possibilidades de mudanças, como a aplicação de novas tecnologias ou mesmo a otimização de processos por meio da centralização.

Uma das principais dicas para se obter maior produtividade é ter clareza do que fazer, em que ordem fazer e como fazer. Por isso, o próximo passo é a criação de procedimentos operacionais.

Procedimentos Operacionais

Caso seu processo já esteja em operação, mas ainda não exista nenhum procedimento operacional aplicado, acalme-se! Priorize o seu trabalho estabelecendo quais são as tarefas mais importantes e, só então, inicie a coleta de dados.

Para iniciar, converse com o time operacional, que é quem, de fato, executa as tarefas no dia a dia. É importante integrá-los neste processo, pois além de conhecer detalhes da operação, após a criação do procedimento são eles que vão colocá-lo em prática.

Uma boa dica é não se preocupar no primeiro momento com o formato do documento. Apenas faça o esboço através da coleta de informações e verificação in loco. A formatação pode ser definida em uma segunda etapa.

A ideia é que esses procedimentos funcionem como guia, direcionando as atividades como uma receita de bolo na área operacional. Para que isso seja executado conforme o procedimento, é imprescindível o treinamento de todos os envolvidos.

É importante lembrar que, na indústria de alimentos, existem os procedimentos operacionais padrão (POP), que são definidos por legislação e devem conter informações gerais sobre assuntos que complementam as boas práticas de fabricação. Normalmente, chamamos os procedimentos operacionais abordados neste tópico como instruções de trabalho.

Ao aplicar essas ideias de padronização de processos, é muito natural que você comece a enxergar diversas oportunidades de melhoria. Excelente, não é mesmo?! A dica aqui é se organizar com um plano de ação contendo data, prazo e responsabilidades bem definidas, para não se atropelar.

Bem, tudo isso só funciona desde que o time operacional execute suas atividades conforme o fluxograma e procedimento definidos. Ou seja, a base de tudo isso é o treinamento! Repetidas vezes, treinamento.

Com a padronização, certamente você obterá melhores resultados em relação à qualidade de produtos e serviços, além de maior produtividade.

Em breve, abordarei também formas de monitorar resultados, de forma a identificar tendências e agir com antecedência aos problemas, o que é de extrema importância quando se trata de alimentos.

Até logo!

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Como aplicar o Senso de Padronização – Programa 5S – na indústria de alimentos

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Como aplicar o 4º Senso – Padronização? Neste post iremos abordar a relação do 4° senso do programa 5S com a Segurança dos Alimentos.

O 4° senso, Seiketsu, é conhecido e traduzido popularmente como Senso da Padronização, Saúde ou Asseio. Neste senso temos um novo passo que só se dá após a implantação dos três primeiros sensos.

Veja que nos três primeiros sensos abordamos a separação dos materiais “uteis e inúteis”, a organização e a limpeza do ambiente. Com isto, temos um local de trabalho seguro e, portanto, conquistamos um local confiável e saudável para as pessoas.

Ainda no quarto senso, de modo a garantir que o que foi definido retorne para o local de “origem”, isto é, seja cumprido e replicável de forma sistêmica, é feita a padronização.

Como neste senso é discutido o asseio, temos boas associações com as Boas Práticas de Fabricação, o asseio pessoal do colaborador e a higiene do ambiente através dos programas de higiene e limpeza.

Outro ponto importante é que nos três primeiros sensos, o trabalho é muito mais prático e focado na execução. A partir do 4° senso, trabalhamos o comportamento das pessoas. Veja que, em resumo, este senso tem como um dos principais objetivos manter os 3 primeiros.

No âmbito da qualidade e segurança dos alimentos, a padronização, como o próprio nome já diz, contribui para a  estabilização e controle dos processos, medições, formas de trabalho.

Cultura de padrões

A cultura da busca pelos padrões acaba se manifestando e contribuindo nas diversas atividades do dia a dia. Assim, as não conformidades, problemas, projetos, estudos de HACCP, investigações terão como princípio “comparar” o que foi encontrado versus o padrão. Se o padrão não existir, ele deverá ser desenvolvido, divulgado e disponibilizado.

  • Como deve ser realizada determinada análise? Qual é o padrão?
  • Como tratar os desvios de PPRs? Qual é o padrão?
  • Com que frequência realizar o plano de verificação? Qual é o padrão?
  • Como garantir a separação adequada dos materiais alergênicos? Qual é o padrão?
  • Como realizar a validação de limpeza…? Qual é o padrão?

Padronização é uma das chaves para a qualidade e segurança dos alimentos, concorda?

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Mel: relato sobre fraudes no Brasil

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Segundo o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do mel (Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000), podemos defini-lo como: “o  produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colmeia”.

Além de saboroso, o mel foi descrito como um dos primeiros adoçantes utilizados. Ele possui alta aceitabilidade pelos consumidores, principalmente por ser benéfico à saúde, quando consumido na quantidade adequada. O mel também apresenta efeitos terapêuticos, como auxiliar em tratamento de infecções na laringe e faringe e alto valor nutritivo. Por todos esses benefícios e pelas dificuldades de extração, o seu valor de venda não costuma ser baixo, o que acaba gerando interesse daqueles que fraudam alimentos.

O blog já trouxe um texto contemplando a caracterização do mel e seus indicadores de qualidade físico-quimica, sendo uma dessas características o grau de pureza.

Quando o mel é adulterado, a sua pureza está comprometida. Dentre as principais fraudes diretas com mel, destacamos a adição de água, amidos e xaropes de glicose ou frutose, como forma de aumentar o volume final.

De quais formas as fraudes podem ocorrer?

  • Direta: turbinar o mel com açúcar, xarope de glicose ou xarope de frutose (normalmente de milho);
  • Indireta: envolvendo a alimentação de abelhas;
  • Misturada: adicionando mel de diferentes qualidades e preços diferenciados no mercado.

Temos aqui um texto que explora a detecção das adulterações no mel e quais as técnicas laboratoriais utilizadas para essa finalidade.

Pensando nesses casos de adulteração, até para termos números que a retratem a realidade e atuar de forma a combater as fraudes, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) realizou uma operação de coleta de amostras de mel nos comércios varejistas. Os produtos coletados eram produzidos ou por empresas inspecionadas pelo SIF ou integrantes do SISBI-POA. Os produtos passaram por análises físico-químicas, incluindo a pesquisa de adulteração por açúcares C-4 (por exemplo: adição de xaropes de milho ou açúcar de cana-de-açúcar).

Os resultados obtidos foram:

– 14,4% das amostras apresentaram adulteração por açúcar C-4 – que indica adulteração direta ou indireta – uso de açúcar no produto ou na alimentação das abelhas.

– 31,61% das análises físico-quimicas apresentaram resultados não conformes. Uma das adulterações identificadas foi aumento da amilase – o que aponta para alteração na conservação ou produção e possível adulteração na composição.

Muitas vezes, quando nos deparamos com noticias sobre fraudes, uma das indicações é: comprar produtos que sejam inspecionados. Nesse caso, todos os produtos eram inspecionados e ainda tivemos 1/3 de análises fora do padrão, com indícios de adulteração. Pelo visto, apenas comprar de fornecedores inspecionados não parece ser garantia da idoneidade do produto. Portanto, ações fiscalizadoras parecem ser imprescindíveis como tentativa de minimizar os prejuízos causados pela fraude.

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Movimento dos Profissionais de Cultura de Segurança de Alimentos: você conhece?

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Você já ouviu falar do Movimento dos Profissionais da Área de Cultura de Segurança de Alimentos?

Nesta semana tive o prazer de entrevistar o querido Marcus Vinícius Oliveira que é graduado em Tecnologia de Leite e Derivados e em Psicologia Organizacional. Marcus também é fundador da Liner Consultoria, ao lado de sua esposa, Telma Galle.

Há quase um ano Marcus me convidou para fazer parte do Movimento e desde então tenho aprendido muito nestes encontros. Gostaria de compartilhar um pouco desta jornada com vocês!

 


Marcus, por favor, conte como surgiu a ideia de organizar o Movimento dos Profissionais da Área de Cultura de Segurança de Alimentos?

A ideia surgiu após uma longa conversa informal sobre cultura para a segurança dos alimentos com o consultor Marcos Custódio. Na época ele sugeriu que pensássemos em fazer esta mesma conversa com mais pessoas participando. Diria, portanto, que a ideia original é mais do Marcos Custódio do que exatamente minha. O que eu fiz foi operacionalizar a sugestão que ele enunciou.

A concepção de Movimento dos profissionais da área de cultura de segurança dos alimentos ficou formalizada a partir do primeiro encontro, dada a aderência das pessoas e de suas participações, sendo importante frisar o que ficou basicamente constituído enquanto regra:

a)   É um movimento e não um grupo. Não existe exatamente a figura de um líder ou uma concepção hierárquica, mas um facilitador em cada encontro responsável pelo start do assunto, sendo que os caminhos de aprendizado a serem trilhados serão de acordo com os direcionamentos dos participantes. De certa maneira, é uma concepção de trabalho com grupos à la José Bleger e Pichon-Rivière, onde o conhecimento vai se consolidando via insights ao longo dos encontros, sem uma pauta fechada;

b)  Não possui número mínimo ou máximo de participantes e nem obrigatoriedade de presença em todos os encontros. Todos são bem-vindos dentro de suas disponibilidades e tempos;

c)  O tema precisa sempre estar apoiado em publicações ou artigos técnico-científicos para que tenha credibilidade.

Como funcionam os encontros? Qual a dinâmica e periodicidade?

Os encontros acontecem quinzenalmente às terças-feiras das 19h00h às 20h30h.

Sempre funcionam a partir de uma pauta de trabalho divulgada momentos antes do encontro. Por premissa, estas pautas de trabalho usam como base, mas não se restringem a ele, o guia publicado pelo GFSI em 2018. Talvez este seja o ponto principal: não se restringir ao Guia publicado em 2018 ou às referências bibliográficas ali citadas.

Quem são os participantes?

Todos os profissionais da área de alimentos e bebidas que estejam envolvidos ou interessados no tema cultura para a segurança dos alimentos. Não se exige nenhum pré-requisito, além do interesse legítimo ou momentâneo para falar sobre este tema.

Qual o objetivo do trabalho? 

Existem dois grandes direcionamentos:

a)    Ser um local de insights que funcione como um respiradouro para que os profissionais possam trazer os temas, as frustrações, as vivências etc. sem muitas proteções. Ou seja, é um espaço para que exista um diálogo dentro das realidades vivenciadas pelos profissionais. E a partir destes diálogos construirmos aprendizados. É preciso compreender as vivências da cultura organizacional e seus efeitos na segurança dos alimentos à luz de um embasamento com referências bibliográficas para que as práticas sejam consolidadas e possam ser repetidas com o mínimo de eficiência.

b)   Ser um espaço de produção real de artigos, livros e seminários. Este segundo ponto está em construção, apesar de termos a organização de um workshop em curso. Creio que este segundo movimento exija maior confiança e conhecimento consolidado para além dos aspectos relacionados à gestão da segurança dos alimentos. Grande parte dos profissionais possui a concepção da cultura para a segurança dos alimentos como um constructo onde existe uma parte técnica e uma parte comportamental e que ambas as partes pudessem ser isoladas entre si. É uma concepção válida e, de certa forma, simplista. Por ser simplista, em si, carrega nas entrelinhas, que a tal parte comportamental se institui por uma prática sem um grande arcabouço teórico. Nos encontros, esta concepção de cultura organizacional é ampliada à luz da Administração de Empresas, Psicologia, Antropologia, da diferença entre qualidade e segurança dos alimentos, sendo possível questionar, inclusive, as formulações do próprio Frank Yiannas e o quanto são efetivamente sustentáveis em seus aspectos teóricos.

Como você vê o desenvolvimento de estudos sobre maturidade de cultura de alimentos dentro de empresas?

Cultura é tempo presente, sempre em construção. Durante os trabalhos de avaliação, o volume de observações é muito grande, geram conclusões para verificar se estímulos intencionais da liderança fazem sentido. Esta uma é das maiores dificuldades para os consultores, pois não há um modelo e resposta esperada. O exercício em conjunto gera vínculo (diferentemente de conexão que se dá entre máquinas) e quando a Cultura não está a serviço das mudanças naturais e das evoluções dos hábitos, principalmente urbanos, provavelmente os resultados não serão os esperados.

O que se mede é a gestão, a efetividade das ações de treinamento e o nível de engajamento enquanto motivação ou predisposição para efetuar o trabalho conforme os padrões estabelecidos. Está baseada em processos, que têm entradas e saídas conhecidas e que podem ser controladas. Em contrapartida, a cultura é anterior à gestão, é concebida pela construção histórica da ordenação e percepção dos fatos, dos estímulos, dos hábitos, dos valores, dos princípios, das intercorrências, dos compassos e descompassos etc. que, posteriormente, são organizados através da linguagem social e científica em seus aspectos racionais-cognitivos e, sobretudo, afetivos.

Por isto, a importância de ter um psicólogo ou um profissional da área de ciências humanas durante os encontros do MOVIMENTO para avaliar como essas elaborações do grupo e como são ou podem ser trabalhadas dentro das empresas. Isto quer dizer que nem sempre, mesmo com padronização de processos e controle dos estímulos, conseguiremos os resultados esperados, pois são pessoas e é muito complexo predizer suas formas de percepções, foco de atenção, elaboração cognitiva e afetiva dos fatos que geram seus comportamentos.

Como você entende que seja possível introjetar a Cultura de Segurança de alimentos, para que haja engajamento nas questões de comportamento entre os manipuladores de alimentos?

Precisa-se avaliar os movimentos das percepções coletivas e como elas se organizaram historicamente naquele contexto organizacional. Isto significa compreender a linguagem organizacional para identificar princípios, valores, crenças e comportamentos em suas percepções da realidade versus seu caráter ideológico. Atualmente existe um foco muito específico no indivíduo e seu comportamento, como se este indivíduo não fosse um ser social, mas um ser humano em si mesmo.

Este pensamento faz com que se crie uma enorme atomização das pessoas e uma ruptura dos relacionamentos, travestidas em uma linguagem sobre liderança, influenciadores e empoderamento que mais nos isola do que nos faz, historicamente, crescermos enquanto coletividade. Lembrando que coletividade é uma manifestação física corporal e não uma representação virtual.

Nesta área, os termos e conceitos científicos estão misturados como a linguagem do senso comum e quando perdemos o conceito também perdemos o senso crítico da realidade. E quando digo perder o senso crítico da realidade é aprisionar a realidade a uma representação que caiba em meu desejo individual. Isto só funciona no contexto virtual, por isso o perigo das frustrações e ampliações dos níveis de ansiedades.

Esta é das maiores dificuldades para os consultores, pois não há um modelo e resposta esperada. A Cultura precisa da preocupação do cuidar, para gerar laços afetivos, o que é diferente de controlar. Cultura envolve seres vivos e seus relacionamentos, as organizações têm que ter e apurar este olhar humano para além de seus processos de gestão. 

Ficou interessado? Quer saber mais sobre como participar deste movimento?  Qualquer profissional da área de alimentos que se interesse pelo tema de cultura para segurança dos alimentos pode participar. Para começar é necessário fazer sua inscrição através do e-mail cursos@linerconsultoria.com.br. Você receberá um convite para a próxima reunião por e-mail!

Junte-se a nós neste movimento em prol da saúde pública!

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Sua frase de impacto poderá estar no Food Safety Brazil

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Estamos em processo de coleta de frases de impacto em segurança dos alimentos, afinal temos tantos profissionais que nos seguem aqui, com muitos anos de experiência e uma visão incrível ao longo da carreira.

Envie:

– Nome completo

– sua frase

-foto (opcional)

– link para LinkedIn, Lattes ou página pessoal de rede social (opcional)

Utilize o e-mail redacao@foodsafetybrazil.org

A frase, claro, deverá ser original, não havendo regra para número de caracteres. Contudo, menos é mais para efeito deste projeto.

Não se reprima! O critério de “impacto” é muito relativo. Um pensamento pode tocar fundo uma pessoa e não fazer sentido para outra. Seja você.

Aguardamos sua frase até o dia 31/03

Esta iniciativa não é um concurso cultural, nem está vinculada a premiações. Visamos mostrar o que as pessoas que trabalham em Food Safety têm de melhor. Sua foto será trabalhada em uma arte com a identidade visual do Food Safety Brazil.

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Fibra alimentar e seu papel na alimentação

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Já parou para pensar de onde vem toda informação contida nos rótulos dos alimentos que consumimos?!

Neste exato momento, ao redor do mundo, diversos produtores, indústrias e laboratórios estão trabalhando para garantir que você tenha as informações necessárias para tomar a melhor decisão em relação a sua alimentação, seja você alérgico a algo ou simplesmente queira optar por produtos com determinadas características.

No Brasil, a rotulagem de alimentos é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio de legislações, as Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC), que se aplicam ao âmbito federal e devem ser seguidas por todos os estabelecimentos produtores de alimentos. A RDC Nº 360, de 23 de dezembro de 2003, apesar de já revogada, trouxe o tema de rotulagem e algumas definições. Segundo ela, a rotulagem nutricional facilita ao consumidor conhecer as propriedades nutricionais dos alimentos e tais informações auxiliam a complementar as estratégias e políticas de saúde em benefício da saúde dos consumidores.

No rótulo de todos os alimentos produzidos e embalados na ausência do consumidor, com algumas exceções, deve constar a declaração de nutrientes, englobando dados sobre valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio. Também pode trazer uma informação nutricional complementar, contendo informações sobre propriedades nutricionais particulares, muitas vezes referente ao valor energético, conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra alimentar, por exemplo.

Cada vez mais as pessoas buscam alimentos mais saudáveis e estão atentas à composição deles, sendo, portanto, de extrema importância as informações complementares e a fácil identificação destes itens em uma embalagem. Os termos “Baixo teor de”, “Não contém”, “Fonte de”, “Rico em” são exemplos do que muitos buscam de forma rápida nos rótulos. Além das informações mais corriqueiras e conhecidas como Valor Energético, Açúcares e Gorduras, a Fibra Alimentar vem cada vez mais ganhando destaque.

Segundo a já citada RDC 360, fibra alimentar é “qualquer material comestível que não seja hidrolisado pelas enzimas endógenas do trato digestivo humano”. Ou seja, quando são ingeridas, as fibras alimentares não são digeridas e absorvidas no intestino delgado e acabam passando direto para o intestino grosso, onde poderão sofrer fermentação.

Tradicionalmente, a fibra era considerada boa porque agia como uma maneira de “limpar” o sistema digestivo pelo simples processo mecânico de passar por ele. Há, sem dúvida, evidências científicas sólidas para reforçar esse conceito. Os tempos de trânsito intestinal reduzidos garantem um contato reduzido entre compostos cancerígenos e células da mucosa e a fibra alimentar pode se ligar e excretar potenciais carcinógenos luminais, como ácidos biliares secundários.

Mais recentemente, a atenção mudou para a capacidade da fibra de melhorar a saúde geral do intestino, o que tem vários benefícios. Isso ocorre principalmente como resultado da mudança na composição da microbiota intestinal. O intestino grosso contém trilhões de bactérias, existem dez vezes mais bactérias em nosso cólon do que células nativas em nossos corpos. A ingestão de certos componentes de fibra alimentar, nomeadamente prebióticos, pode aumentar as populações relativas de bactérias “saudáveis”, como Bacteroidetes, sobre bactérias “não saudáveis”, como Firmicutes.

Essas mudanças na população podem resultar em níveis aumentados de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), incluindo ácido butírico, ácido propiônico e ácido acético. São esses AGCCs que se acredita serem responsáveis por muitos dos benefícios à saúde associados à fibra alimentar. Dentre estes benefícios, além da diminuição na absorção de açúcares e gorduras, regulação do trânsito intestinal e sensação de saciedade, alguns estudos mostram que, a longo prazo, a ingestão de fibras ajuda a reduzir riscos de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer de intestino.

Os constituintes da fibra alimentar podem ser subdivididos em diferentes categorias, dependendo do seu peso molecular e solubilidade:

  • Solúvel/insolúvel;
  • Fermentáveis/não fermentáveis;
  • Viscoso/não viscoso;

Mas também podem ser classificados por seus componentes, que se dividem nos grupos:

  • Polissacarídeos não amiláceos (celuloses, hemiceluloses, substâncias pécticas, gomas, mucilagens);
  • Oligossacarídeos;
  • Carboidratos análogos (amido resistente e maltodextrinas resistentes);
  • Lignina;
  • Compostos associados à fibra alimentar (compostos fenólicos, proteína de parede celular, oxalatos, fitatos, ceras, cutina e suberina);
  • Fibras de origem animal (quitina, quitosana, colágeno e condroitina).

Em primeiro lugar, as fibras alimentares de alto peso molecular (HMWDF, em inglês) podem ser subdivididas novamente em fibras dietéticas de alto peso molecular solúveis e insolúveis. Em segundo lugar, temos o amido resistente (RS): distinguem-se cinco categorias diferentes de amido resistente, sendo RS1, RS2, RS3, RS4 e RS5. Finalmente, há a categoria de fibras alimentares de baixo peso molecular (LMWDF, em inglês): todos os diferentes prebióticos pertencem a este grupo. A figura acima mostra também os constituintes típicos da fibra alimentar que pertencem a cada uma das diferentes categorias.

Embora a fibra alimentar seja frequentemente associada a produtos naturais como frutas, vegetais e grãos, uma variedade de alimentos preparados industrialmente de nova geração com adição dessas fibras está atualmente disponível comercialmente, por exemplo, em produtos de panificação, fórmulas infantis e alimentos para bebês, massas, bebidas, bem como em rações e rações para animais de estimação.

Muitos novos produtos são lançados com alegações sobre seu conteúdo de fibra alimentar e efeitos benéficos à saúde. Os fabricantes enriquecem seus produtos com diferentes tipos de fibras como inulina, fruto-oligossacarídeos (FOS), polidextroses e galacto-oligossacarídeos (GOS). O amido resistente, as maltodextrinas resistentes e os beta-glucanos também são considerados fibras alimentares e adicionados aos produtos alimentícios. Por essas razões, o controle de qualidade do produto tornou-se muito importante e levou à necessidade de determinar a quantidade de fibra alimentar contida em produtos e ingredientes. Uma medição correta do teor de fibra alimentar é importante em relação a:

  • Rotulagem correta do produto
  • Decisões sobre a concessão de rótulos e alegações de saúde
  • O teor de fibra alimentar muito baixo em um produto é sempre acompanhado de valores energéticos muito altos do produto

Desde que o método Prosky para medição de fibra alimentar recebeu o credenciamento da AOAC em 1985, ele tem sido amplamente utilizado nos últimos 30 anos como o padrão ouro. É justo dizer que cada método desenvolvido desde então foi baseado em digestões enzimáticas e técnicas gravimétricas semelhantes, que foram ligeiramente alteradas para se tornarem mais eficientes e ou oferecer uma análise mais abrangente da fibra alimentar e seus vários componentes.

A linha Megazyme da NEOGEN, desde 1988, está na vanguarda da inovação no campo da química de cereais. A pesquisa inovadora da Megazyme, liderada pelo professor Barry McCleary, permitiu o desenvolvimento de novos métodos para medir a fibra alimentar e seus componentes. Isso culminou com a publicação dos Métodos McCleary (AOAC 2009.01/2011.25) para Fibra Alimentar Total Integrada e seu sucessor, o Método RINTDF (AOAC 2017.16). Todos os métodos são baseados em incubações enzimáticas e em simulações in vitro da digestão humana, seguidas de análises gravimétricas.

Desde 2019, a Megazyme oferece três kits de ensaio diferentes que medem a fibra alimentar total de acordo com os métodos AOAC (985.29, 991.42, 991.43, 993.19, 2009.01, 2011.25, 2009.01/2011.25 e 2022.01), bem como kits de ensaio e enzimas para a medição dos principais componentes da fibra alimentar, por exemplo amido resistente, polidextrose, dentre outros.

O RINTDF é o método de referência globalmente reconhecido para a medição da fibra alimentar, conforme definido pelo CODEX Alimentarius, e é o único método disponível que mede com precisão todos os componentes da fibra alimentar.

Se você ainda tem dúvidas em relação à fibra alimentar, sua importância, métodos de detecção ou quer saber mais sobre nossos kits, inscreva-se aqui e participe de nosso webinar que será realizado no dia 22/03/2023.

Para maiores informações sobre demais linhas, acesse Megazyme.com ou entre em contato com a equipe da NEOGEN.

Fontes:

Site da Sociedade Brasileira de Diabetes

RDC Nº 360 de 23 de dezembro de 2003

RDC Nº 54 de 12 de novembro de 2012

Jones, J.M. CODEX-aligned dietary fiber definitions help to bridge the ‘fiber gap’. Nutr J 13, 34 (2014). https://doi.org/10.1186/1475-2891-13-34

Megazime.com

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Falhas na gestão de fornecedores e as graves crises nas marcas de alimentos

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O ano de 2022 foi marcado por graves crises em empresas de alimentos. Um deles ocorreu com uma indústria de petiscos animais e levou à morte uma centena de cães que consumiram o produto. A falha foi provocada quando o item gestão de fornecedores não foi tratado com a devida importância. Nenhuma das empresas percebeu que o fornecedor de propilenoglicol não possuía registro de seus produtos na Anvisa.

A falha no procedimento de gestão de fornecedor também não foi identificada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que realizava constantes fiscalizações nestas empresas. A falha foi coletiva e não isolada, várias empresas a cometeram.*

Como visto, a gestão de fornecedores de matérias primas, ingredientes, insumos e embalagens é extremamente importante para a observância de todos os riscos inerentes de todos os itens que fazem parte do produto.

A falha causou descrédito total das marcas dos produtos envolvidos e algumas empresas trocaram suas marcas de nome.

Recentemente, em fevereiro de 2023, a indústria do vinho está envolvida em uma grave crise causada na gestão de fornecedores terceirizados. Aproximadamente 200 trabalhadores da safra da uva foram encontrados em situação análoga à escravidão, submetidos a comer alimentos estragados, spray de pimenta, cassetetes e choques elétricos. As normas de qualidade abrangem normalmente prestadores de serviços como lavanderia, controle de pragas, fornecedores de comidas para refeitórios, mas deve ser contemplado também qualquer tipo de contratação de terceiros, inclusive de trabalhadores temporários.

Recordo minhas atuações, quando realizava treinamentos dos safristas em normas de BPF quando eles iniciavam seus trabalhos na vinícola e  atuariam na colheita da uva. O programa contemplava vistoria aos alojamentos, higiene e saúde destes colaboradores (a empresa fornecia vários itens de higiene), vistoria do refeitório que fornecia os alimentos para estes trabalhadores. Então este não foi um erro coletivo, muitas vinícolas realizavam este procedimento porque acreditam e investem em gestão de qualidade.

Outro programa que auxilia e contempla a gestão de fornecedores terceirizados é o programa de compliance.

A gestão de fornecedores de serviços terceirizados compreende a conformidade a requisitos legais específicos onde se encaixa o contrato de empresas terceirizadas, que devem atender as regras de compliance que englobam a legislação trabalhista.

O compliance trabalhista é um programa de integridade adotado pelas empresas, cujo escopo é formado por condutas e políticas que visam mitigar riscos e prejuízos e evitar a responsabilização por condutas ilegais, por meio da adequação e respeito às leis, acordos e convenções coletivas de trabalho.

É por meio da política de compliance trabalhista que a empresa mantém todos os aspectos trabalhistas dentro da legalidade, desde o recrutamento e seleção de funcionários, até o momento de uma eventual demissão.

O compliance preserva os valores da empresa, da cultura, da sua imagem perante o mercado, transmitindo credibilidade e transparência em suas ações.

Pergunto: será que a indústria ainda não percebeu o quanto a não observância da legislação deprecia sua imagem? A sociedade não aceita práticas de escravidão e de negligência e este é um fator determinante na hora de decidir na escolha por uma marca.

Atualmente, não existe uma lei que regulamente o compliance trabalhista, mas aplica-se a lei de terceirização.

A lei da terceirização, de número 13.429/ 2017, foi criada com o objetivo de promover o trabalho terceirizado em qualquer âmbito de uma empresa, seja para atividade fim ou meio, bem como trouxe novos aspectos contratuais, que podem ser aplicados aos negócios vigentes à época da lei, desde que por acordo das partes com a definição dos requisitos que devem ser cumpridos.

Entendo que o sistema de integridade de uma empresa de alimentos deve ser adotado para evitar problemas sistemáticos. Se aplicarmos uma série de conhecimentos adquiridos por nós, podemos entender como a empresa pode ter um sistema robusto que possa evitar grandes crises.

A gestão deve ser transformadora com gestores imbuídos nestes preceitos e com conceitos claros na cabeça.

No conceito de gestão de riscos os executivos precisam entender que serão assediados, mas que os seus limites são muito claros com linhas que eles não podem ultrapassar, onde o fator limitante é a não aceitação da sociedade para uma série de práticas que podem ser utilizadas como desculpas para práticas adotadas pelo mercado. Riscos que podemos exemplificar como práticas de pagamentos obscuros, contratos entre concorrentes, contrato de fornecedores sem prévia avaliação (como os casos citados) e que podem comprometer a existência de sua empresa.

O bom gestor de qualidade deve estudar todos os cenários e quais são os fatores críticos que podem causar riscos ao negócio, daí vem a importância de trabalhar sempre próximo da alta direção, que por sua vez deve compreender a importância dos alinhamentos destes conceitos aos valores e cultura da empresa.

A estrutura da empresa deve ser de acordo com o risco detectado e deve ser alinhada às politicas e procedimentos.

Saber da lei, mas não poder controlar e saber quem vai controlar é meramente ter um pedaço de papel que não tem valor algum para a organização. Não adianta ter politicas bem intencionadas, bem escritas, sem aplicá-las.

Sugiro os tópicos abaixo para uma boa condução da política de compliance:

– Identificação e mitigação dos riscos de compliance;

– Estrutura global adequada ao nível de risco;

– Engajamento externo e compartilhamentos de práticas;

– Detecção e implementação de medidas de remediação;

– Controles digitais e monitoramento ágeis adequados à dinâmica dos negócios;

– Análise contínua de parceiros de negócios;

– Treinamento, capacidade e comunicação

 

*Relembre o caso da intoxicação dos cães por petiscos contaminados:

Uma centena de cães foi intoxicada pela ingestão de petiscos contaminados por etilenoglicol. O fornecedor do propilenoglicol utilizado na formulação dos petiscos enviou etilenoglicol, que é altamente tóxico e não alimentício, ao invés de propilenoglicol.

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Aflatoxina nos produtos lácteos: como prevenir?

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Na cadeia produtiva de derivados lácteos, a contaminação por aflatoxinas ocorre pelo uso do leite contaminado com aflatoxina M1. As aflatoxinas são metabólitos produzidos principalmente por fungos do gênero Aspergillus. O blog já trouxe um texto interessante sobre a aflatoxina e o leite, como podemos ler aqui.

Os grãos ou cereais contaminados com os fungos podem apresentar a aflatoxina B1. Este composto, quando ingerido pelos animais, é metabolizado no fígado e um dos metabólitos produzido é a aflatoxina M1, que em grande parte será eliminada pelo organismo animal, mas uma pequena porção poderá ser excretada no leite.

Hoje, com a busca pelo incremento da produção nas propriedades rurais de gado leiteiro, é prática que os animais recebam alimentação além de pasto. Assim, o fornecimento de ração pronta ou preparada com grãos adquiridos pela própria fazenda, ou a compra e/ou produção de silagem, também à base de grãos como milho, sorgo e outros, tem se tornado cada dia mais comum. O intuito de fornecer essa alimentação é conseguir um maior volume de leite produzido por animal por dia, utilizando uma menor área produtiva.

O metabólito aflatoxina M1 não é um produto inativo, estando classificado como cancerígeno para várias espécies, inclusive humanos e corresponde a um problema de segurança de alimentos, já que o leite e seus derivados compõem a dieta de uma parcela significativa da população, principalmente a infantil.

Na produção dos queijos, a aflatoxina fica em contato com a caseína, proteína essencial para a transformação do leite fluido em massa coalhada e posteriormente em queijo. Essa interação torna a concentração da aflatoxina maior em um quilo de queijo, quando comparamos a um litro de leite fluido.

Pensando nos limites permitidos de micotoxinas em alimentos, inclusive os lácteos, em 2011 a ANVISA publicou a resolução n° 7, que dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos, incluindo as aflatoxinas. Essa resolução foi revogada e hoje está em vigor a RDC n° 722, de 1º de julho de 2022, sendo que os limites da resolução nº 7 foram mantidos e são: 0,05 µg/kg para leite fluido e 2,5 µg/kg para o queijo.

As aflatoxinas são termorresistentes, portanto os tratamentos térmicos comumente utilizados na indústria láctea não causam sua inativação.

Para prevenir a presença das aflatoxinas nos alimentos, devemos nos atentar aos grãos e rações fornecidos na alimentação animal. O ideal é que os grãos sejam de procedência conhecida, comprados de fornecedores confiáveis, se possível com laudos quanto à ausência de micotoxinas nesses alimentos.

Portanto, é fundamental a aquisição de milho e rações de boa procedência, bem como dispensar os devidos cuidados na armazenagem destes produtos, tais como : controle da temperatura, da umidade e de pragas.

A aplicação de normas de higiene, de limpeza, bem como de fumigação contra insetos, roedores, bactérias e fungos nas fábricas de alimentos e de rações deve ser observada. É aconselhável armazenar os grãos e rações em locais de baixa umidade e preferencialmente com baixa atividade de água e temperatura controlada, pensando em minimizar a concentração fúngica e consequentemente a produção de micotoxinas.

Na indústria láctea, análises da concentração da aflatoxina podem ser exigência de cliente para homologação como fornecedor. E após a homologação, pode ser requisito do cliente análise periódica que comprove a adequação quanto à concentração da aflatoxina M1 no produto a ser fornecido. A análise da concentração dessa micotoxina normalmente é feita por cromatografia e por isso não é prática interna das indústrias, sendo realizada por laboratórios terceiros credenciados no MAPA.

Analisando a situação, temos a presença de um perigo químico, com baixa frequência de análise e que pode ser um risco à saúde da população caso seja ingerido. Isso mostra o quanto a adoção das boas práticas agrícolas é fundamental como forma de prevenção.

Texto atualizado pela autora, incluindo a informação sobre a legislação vigente que dispõe sobre os limites máximos tolerados de contaminantes em alimentos.

Referência:

Magalhães, L.S.; Sola, M.C. Identificação de aflatoxinas no leite e produtos lácteos: Revisão de literatura; Research, Society and Development, v. 10, n. 8, 2021. | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17586 1

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Resultados das fiscalizações sanitárias de alimentos nos EUA, em 2022

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Se a sua empresa exporta para os Estados Unidos, é importante entender quais são os resultados das fiscalizações domésticas, pois elas podem se refletir em preocupações sobre o Programa de Verificação de Fornecedores Estrangeiros, o Preventive Controls for Human Foods and Foreign Supplier Verification Program (FSVP). E se não exporta, as informações abaixo também são úteis a título de eventual comparação com as dificuldades aqui do Brasil.

Ao longo dos anos foram  sendo publicados os resultados das fiscalizações (os americanos chamam de inspeções) que nos permitem enxergar as maiores questões do mercado americano.

Aqui está uma visão geral rápida (resumo realizado por Jose Sabal em seu perfil do LinkedIn):

– Foram levantadas 5.701 infrações (que ele também chama de violações) individuais aos requisitos legais de alimentos para humanos.

– 91% de todas as infrações foram levantadas contra: Controles Preventivos para Alimentos Humanos, Programa de Verificação de Fornecedores Estrangeiros, Suplementos Alimentares e HACCP de Frutos do Mar.

– 66% de todas as violações são entre Controles Preventivos para Alimentos Humanos e Programa de Verificação de Fornecedores Estrangeiros (FSVP).

– 33% de todas as infrações foram levantadas contra Controles Preventivos para Alimentos Humanos.

– 36% de todas as violações contra o FSVP são porque os importadores de alimentos não desenvolveram absolutamente nenhum programa.

– 14% de todas as violações são contra o regulamento de Suplementos Alimentares.

– 10% de todas as violações são contra o regulamento Seafood HACCP.

– Dentro dos Controles Preventivos para Alimentação Humana, 72% são infrações aos requisitos de BPF e 28% ao plano de segurança de alimentos.

– Dentro dos Controles Preventivos para Alimentação Humana, Subparte C – Análise de Perigos e Controles Preventivos Baseados em Riscos, 63% de todas as violações foram levantadas contra o plano de segurança de alimentos, a análise de perigos, os controles preventivos e as ações corretivas.

Aqui no Brasil, infelizmente, não contamos com a publicação de relatórios claros para visualizarmos o que está acontecendo em nossas empresas.

Para acessar a base de dados de fiscalizações do FDA, acesse:

https://datadashboard.fda.gov/ora/cd/inspections.htm

 

Leia também:

https://foodsafetybrazil.org/referencias-americanas-de-food-safety/

https://foodsafetybrazil.org/os-sete-pontos-de-impacto-da-lei-fsma-no-mercado-brasileiro/

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No verão, os alimentos estragam mais rápido?

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Em qualquer período do ano, temperaturas inadequadas são fatores de risco para os alimentos perecíveis. No entanto, é no período de verão, momento em que as temperaturas ficam bem mais altas, que os alimentos correm maior risco.

E por que isso acontece, mesmo quando o alimento está sob refrigeração? Os refrigeradores, congeladores e câmaras frias, independentemente de autosserviço (selfie) ou se ligados a um rack central, trabalham trocando calor com o ambiente. Isso significa que, em dias mais quentes, o equipamento fará um esforço maior do que em dias mais frios e gastará mais energia.

A incidência de calor externa devido ao sol que bate diretamente na parede onde o refrigerador está ou a interna, como é o caso da temperatura ambiente em um dia de muito calor, impacta diretamente nos alimentos perecíveis que estão dentro do equipamento refrigerado, seja pelo nível de geração de frio, pela troca térmica (assunto que você verá mais adiante) ou pela forma como ele é utilizado (carregamento de produtos, aberturas de porta etc.).

Como a amplitude térmica a vencer é maior e o equipamento precisa funcionar por mais tempo e com maior potência, a probabilidade de defeito aumenta no verão. Por isso é muito comum os técnicos de refrigeração ficarem ociosos no inverno e muito ocupados na época de calor.

Outro ponto relevante é que a temperatura dentro do refrigerador varia em até 6 graus. Isso significa que, se no ponto mais frio do equipamento o produto está a 0°C, no ponto mais quente provavelmente estará a 6°C. Sendo assim, é fundamental atentar-se à temperatura indicada pelo fabricante e a variação dentro do gabinete para configurar corretamente o equipamento.

Quanto mais adequada for a temperatura do produto, mais tempo você terá para agir em caso de problema. Um equipamento que opera a -18°C e quebra na madrugada dará muito mais horas para agir do que um operando a -12°C.

A influência da temperatura ambiente

Por definição, a temperatura ambiente é a temperatura do ar num determinado espaço. E ela é variável não só de região para região, como até mesmo dentro de um mesmo local devido a fatores externos.

Mas o que isso tem a ver com os alimentos perecíveis e as temperaturas do verão? Tudo. Em períodos de mais calor, a temperatura ambiente fica mais elevada e, mesmo que os alimentos estejam dentro de um equipamento refrigerado, a temperatura ambiente terá influência porque há troca térmica: quando você abre a porta de uma geladeira, o calor de fora entra e o frio de dentro sai.

Daí a importância de também manter uma temperatura ambiente ideal nos espaços que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é de 23°C a 26°C. O monitoramento de temperatura ao longo do dia ajuda a não comprometer nem os produtos que sofrem oscilação térmica nem os equipamentos, que podem precisar de mais manutenção quando trabalham em excesso para gerar o frio necessário.

A SYOS oferece a todos os elos da cadeia do frio – indústria, transporte e ponto de venda – uma solução de monitoramento de temperatura a partir de sensores com inteligência artificial, que conseguem analisar os padrões de frio que chegam aos alimentos dentro dos equipamentos refrigerados. E a qualquer sinal de não conformidade, seja equipamento desligado, baixo rendimento ou rendimento crítico, um alarme é enviado via app ou WhatsApp para que uma ação imediata possa ser tomada.

Evite perder produtos no transporte ou durante sua transferência

Outro cuidado que se precisa ter é sobre como os alimentos são tratados ao longo de todo o processo, desde que saem da indústria até chegar a seu destino.

Durante o transporte, o monitoramento de temperatura tem como objetivo certificar que não haverá variação dentro das faixas de temperatura em que os produtos devem estar. Se foi estabelecido que o veículo tem que estar entre 0°C e 10°C, por exemplo, ao passar por regiões de temperaturas mais altas, o responsável precisa checar o frio que está circulando no caminhão para entender se há ou não necessidade de baixar a temperatura ou aumentar o fluxo do ar para ter mais circulação interna.

Ao fazer acompanhamento em tempo real, como o da SYOS via plataforma web ou aplicativo, é possível perceber a variação da temperatura quando algo diferente do padrão pré-estabelecido está acontecendo e receber um alerta indicando que a temperatura está variando. É a partir do alarme, em tempo real, que uma ação imediata pode ser tomada e salvar a carga, em vez de esperar que o produto chegue à ponta já em condições inadequadas, sendo rejeitado na entrega.

Vale dizer que não é só no embarque e no desembarque que as variações acontecem. Durante a transferência de produtos de uma câmara fria para a gôndola, de uma ilha que parou de funcionar para outro refrigerador, por exemplo, também pode haver perdas. Isso porque muitos alimentos são tão sensíveis que não é preciso muito tempo para que eles percam a qualidade ou tenham a embalagem comprometida, gerando percepção negativa nos clientes.

Como saber quando um alimento foi submetido a variação de temperatura?

Nem sempre é possível visualizar a olho nu que um alimento está em risco. Existem dois tipos de bactérias que alteram a qualidade dos produtos: uma é chamada de deteriorante e indica mudança de cor, textura e sabor, e nem sempre faz mal à saúde. A outra é chamada de patógeno, que causa risco à saúde, mas é difícil de ver a olho nu.

No entanto, se houve espaço para o microrganismo deteriorante se instalar nos alimentos, ou seja, se você já viu que tem algo diferente do padrão, é possível que os microrganismos patógenos também possam ter se desenvolvido ali. A melhor opção neste caso é descartar o alimento para que nem você ou seu cliente corram algum risco.

Se o produto estiver numa embalagem plástica é possível observar os aspectos do próprio alimento: se ele tiver formação de crosta de gelo nas laterais, se a embalagem estiver suada, se o papelão estiver com algum aspecto molhado ou mole significa que o produto passou por um descongelamento. Produto congelado precisa estar totalmente rígido, firme e qualquer situação diferente disso indica que o alimento não está em condição adequada.

Ter acompanhamento contínuo da temperatura faz com que seja possível tomar ações efetivas em tempo hábil. Não permita que a saúde dos seus clientes seja negligenciada; exija qualidade e ofereça segurança com a solução de monitoramento da SYOS. Para ter acesso a outros conteúdos como esse, acesse o Blog da SYOS.

Por Caroline Dallacorte, engenheira de alimentos e diretora de crescimento da SYOS

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Gestão de dados no 1° Simpósio Internacional Neogen Food Safety

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Muitos profissionais da indústria de alimentos e bebidas participaram do 1º Simpósio Internacional Neogen Food Safety, no dia 01/03/2023 em São Paulo, ansiosos pelas novidades.

O evento contou com palestras de especialistas renomados, em temas variados:

  • Como usar biomapas para monitoramento de patógenos em sistemas de produção de alimentos, com Dr. Marcos Sanchez-Plata
  • Como obter mais do seu programa de monitoramento ambiental usando gestão de dados, com Dra. Abigail Snyder
  • Cultura Food Safety – Por que precisamos olhar para este tema?, com Luciane Salles
  • Painel sobre Atualizações Regulatórias, com Dra. Josinete Freitas
  • Conferência de Encerramento com Carlos Bertolazzi falando sobre boas práticas em restaurantes.

Selecionei a palestra da Dra Abigail Snyder, sobre gestão de dados, para detalhar neste post, considerando que os dados podem ser poderosos se aproveitados de forma eficaz, com os seguintes benefícios:

  • Redução de erros/ falhas
  • Evitar reprocessos e recalls
  • Bom para conhecimento em geral

Os dados gerados nos programas de monitoramento podem ser usados de diversas formas e inclusive podem ajudar a mostrar a importância real do foco na segurança de alimentos. E os esforços para este fim devem envolver uma equipe multidisciplinar. Os dados devem ser tratados de forma precisa, para que sejam transformados em informações simples e robustas.

Quais são os dados gerados pelo programa de monitoramento ambiental?

São os resultados obtidos a partir de coletas de swabs que serão testados para algum analito (ATP, microbiologia etc.). Porém, de nada adianta ter resultados se não existirem também informações que ajudem a contextualizar aquele resultado específico (local de coleta, data e hora, por exemplo), e estes são chamados de METADADOS. Este foi o primeiro grande foco desta  apresentação: sem os metadados, não será possível avaliar de fato os resultados obtidos nas coletas.

Os dados podem vir de diversos pontos dentro da rotina de análise de uma indústria. É importante que eles sejam armazenados de alguma forma, para que possam ser analisados posteriormente.

Os passos de uma coleta de dados robusta são:

  1. Coleta de dados propriamente dita (resultados obtidos de cada análise);
  2. Armazenamento dos dados (armazenamento de relatório de resultados);
  3. Criar planilhas de dados que vão gerar um registro histórico dos dados;
  4. Criar um programa maduro de análise de dados, ou seja, criar um banco de dados que deve ser usado para fazer as análises.

E esse é o segundo grande tópico dessa apresentação: nada disso será possível se os dados gerados não forem digitalizados e armazenados de forma que possam estar acessíveis para análise.

Existem diversas formas de fazer a análise dos dados: tratamentos estatísticos (para verificar tendências, por exemplo); criar gráficos/tabelas que cruzem dados e metadados; modelagem estatística complexa, entre outros. Com essas análises feitas, é necessário criar estratégias para que isso seja mostrado para a gerência, pois um simples gráfico não vai gerar o entendimento necessário. É importante que os dados sejam contextualizados para ajudar a audiência a entender a importância de todo o processo. E esse é o terceiro grande tópico dessa apresentação:

É importante fazer a interpretação dos dados e contar uma história através dessas análises.

Para que essa “história” seja contada da melhor forma possível, algumas dicas são importantes. É necessário saber qual o propósito dessa história, ou seja, qual é o resultado que se deseja atingir com a gestão de dados. Os dados precisam ser simples e tratados de forma lógica para que sejam entendidos por qualquer “espectador” e nunca se deve assumir que o recebedor dessa informação saberá do que se trata, por isso os dados precisam ser contextualizados.

Um exemplo prático foi que, após a análise inicial de dados com desvios, podem ser definidas ações como:

  • Intensificação da limpeza CIP
  • Treinamento de operadores
  • Manutenção de equipamentos

Com a análise dos dados após as ações, é possível identificar o efeito das ações e se elas foram efetivas.

Todas as informações geradas através do gerenciamento dos dados podem trazer benefícios importantes, não só na melhoria dos programas de segurança de alimentos, mas também na melhoria da eficiência de processamento, nas colaborações entre indústria e governo e no acúmulo de informações para outras áreas de interesse como saúde e epidemiologia.

Imagemhttps://multimedia.3m.com/mws/media/1684575O/environmental-monitoring-handbook.pdf

1º Simpósio Internacional Neogen Food Safety

 

3 min leituraMuitos profissionais da indústria de alimentos e bebidas participaram do 1º Simpósio Internacional Neogen Food Safety, no dia 01/03/2023 em São Paulo, ansiosos pelas novidades. O evento contou com palestras […]

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Segurança e qualidade do uso e reúso da água na produção de lácteos

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Como resultado das Reuniões Conjuntas FAO/OMS de Especialistas em Avaliação de Risco Microbiológico (JEMRA) em 2023 foi publicado um relatório sobre a segurança e qualidade do uso e reúso da água no processamento de laticínios (veja aqui). Este relatório enfoca os microrganismos que podem representar riscos à saúde dos consumidores por meio de produtos alimentícios quando não são adequadamente controlados no ponto da cadeia de abastecimento de alimentos onde a água é reutilizada.

No setor de laticínios, é grande o volume de água potável de primeiro uso para processos produtivos, limpeza e desinfecção e a água é recirculada até que não seja mais considerada adequada. Operações de limpeza de silos, tanques, tubulações e equipamentos geram grandes volumes de efluentes com alta carga orgânica. As aplicações de água de reúso podem ser amplamente categorizadas como não para contato com alimentos ou para contato com alimentos. A aplicação determinará se uma água é adequada para o uso conforme seja recuperada de uma fonte dentro da operação de laticínios ou se um processo de recondicionamento específico (por exemplo: purificação, tratamento antimicrobiano) é necessário antes da sua reutilização.

Ao projetar e operar um cenário de reúso de água, os requisitos regulatórios vigentes (por exemplo, leis, regulamentos, padrões) e as orientações das autoridades competentes deverão ser cuidadosamente considerados. É importante ressaltar que o projeto operacional e o controle do reúso de água precisam ser adaptados às condições específicas daquela instalação de processamento de laticínios e se basear em um bom nível de compreensão e experiência em relação a uma avaliação dos perigos microbiológicos potenciais e uma abordagem de gerenciamento baseada em risco usada para alcançar o controle adequado devem apoiar o projeto e a implementação do cenário de reúso de água. A implementação e o controle contínuo de um cenário de água de reúso devem estar dentro das capacidades dos operadores. O operador precisará prevenir e/ou controlar todos os perigos potenciais (incluindo químicos, biológicos e físicos) associados à fonte de água reutilizável e considerar a aplicação pretendida da água de reúso.

Os riscos microbiológicos presentes nas possíveis fontes de geração de água de reúso (fontes de água reutilizável), bem como os riscos associados a outras partes da operação (por exemplo, ambiente da fábrica, sistema de armazenamento e distribuição) que podem contaminar um abastecimento de água tem que ser considerados, como os nutrientes podem estar presentes em um abastecimento de água de reúso após a recuperação e recondicionamento, o que pode promover o crescimento de organismos deteriorantes (limitando assim o prazo de validade) ou perigos microbiológicos (possivelmente aumentando o risco ao consumidor, dependendo da aplicação da água).

A  eficácia microbiológica do sistema de geração desta água deve ser avaliada, relacionada, por exemplo, à combinação de tecnologias, equipamentos e infraestrutura implantados para recuperação, recondicionamento e armazenamento de água. Também há necessidade de controlar consistentemente o sistema de geração de água de reúso, bem como a aplicação desta água na operação diária e o papel dos testes microbiológicos para validação e verificação na concepção e gestão da geração e uso de água de reúso e a capacidade de aplicar abordagens de teste apropriadas.

Ao avaliar potenciais perigos microbiológicos e estabelecer controles apropriados para a geração e uso de água de reúso, os seguintes pontos devem ser levados em consideração:

• se a água que foi reciclada ou recirculada várias vezes em uma operação de processo específica está levando ou resultou na formação de biofilme;

• se alguma medida específica para a preservação ou controle do crescimento microbiano é necessária durante o prazo de validade definido para o abastecimento de água de reúso; e

• a necessidade de ter disponível um abastecimento de água alternativo adequado para um propósito, como uma fonte de água potável, que pode ser usada caso o sistema de geração de água de reúso não esteja sob controle ou falhe.

Para a operação de alimentos, serão necessárias medidas de controle para garantir que qualquer água que entre em contato com alimentos ou superfícies de contato com alimentos seja adequada à finalidade. Os planos de controle de perigos para um processo de geração de água de reúso devem ser baseados em várias etapas derivadas da análise de perigos/avaliação de riscos. Em ambos os casos, uma abordagem baseada em riscos e evidências deve ser seguida, desde a concepção do cenário geral de água de reúso para uma operação até a implementação e controle em escala total. Dado que a microflora da água pode diferir em cada situação, assim como as condições específicas de recuperação, purificação ou tratamento antimicrobiano podem variar entre as operações, é recomendável que o operador valide adequadamente cada cenário, incluindo aspectos-chave como o desempenho do sistema de geração de água de reúso para que esteja em conformidade com as especificações exigidas.

Para identificar os perigos conhecidos ou potenciais que um abastecimento de água reutilizável pode apresentar para a reutilização segura da água nas operações de laticínios é essencial o conhecimento técnico sobre as tecnologias subjacentes à recuperação ou à água reutilizável e ao sistema de geração desta água. Igualmente crucial é a base de conhecimentos/habilidades de avaliação microbiológica e de risco para determinar cenários de reutilização de água adequados para a finalidade. Fornecedores terceirizados e provedores de soluções podem auxiliar as operações com tal experiência e conhecimento e habilidades. No entanto, a responsabilidade final recai sobre a gestão da operação de negócios de alimentos para garantir a segurança e adequação dos produtos alimentícios sendo processados ou fabricados. Para fins de verificação, testes microbiológicos e análises de, por exemplo, contagens viáveis totais ou coliformes provaram ser úteis. No entanto, a microflora relevante para a reutilização da água geralmente é específica da planta e da operação. Portanto, geralmente não é adequado confiar apenas nos testes de parâmetros microbiológicos, como os níveis de coliformes que geralmente se aplicam aos sistemas (municipais) de geração de água potável. Para reutilização de água no contexto de operações de alimentos, como no setor de laticínios, os coliformes podem não ser os mais adequados, mas pode haver outro(s) microrganismo(s) relevante(s) que podem ser melhores indicadores de possíveis perigos, eventos ou condições (por exemplo, presença de nutrientes) que pode representar um risco. É, portanto, essencial realizar um estudo específico da operação para determinar quais parâmetros ou indicadores microbiológicos podem ser apropriados para uso no controle daquele determinado sistema, assim como a vida útil máxima da água de reúso. Indicadores microbiológicos localmente específicos de processo ou controle de higiene podem ser usados para validação operacional em escala real e para verificar o controle do processo durante a operação de rotina.

Durante a operação, o processo de geração desta água deve ser monitorado diariamente, incluindo a verificação pontual de seu estado microbiológico, a fim de verificar a eficácia do controle do processo em andamento e, assim, a adequação do fornecimento de água. O monitoramento também permite a tomada de ações oportunas caso o desempenho do processo falhe ou seja considerado deficiente. Para monitoramento, a verificação microbiológica pode ser muito demorada em comparação com o teste de parâmetros físicos ou químicos. O último normalmente fornece resultados mais oportunos de controles de processo em andamento ou para identificar situações que tendem a ficar fora de controle e, portanto, pode permitir uma melhor tomada de ação imediata.

Se o seu laticínio utiliza água de reúso, vale a pena ler este relatório completo antes de continuar, pois se há muitas oportunidades para recuperação de água, também é preciso ter controle.

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Confiança é a base para uma Cultura de Segurança dos Alimentos

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Nas organizações que exercem algum papel na cadeia produtiva de alimentos, seja na produção primária, distribuição, processamento, armazenamento, venda etc., uma cultura que adote a segurança dos alimentos como prioridade é fundamental para proteger as marcas de produtos e o nome das empresas, assim como a todos os demais stakeholders envolvidos.

Porém, desenvolver uma forte cultura em segurança dos alimentos leva tempo, requer esforço e precisa contar efetivamente com a adesão de todos, e claro, com o apoio e exemplo das lideranças como visto no artigo “O perfil de líderes que favorecem a Cultura Food Safety

cultura food safety

A construção de uma cultura de segurança dos alimentos não é algo que se baseia em algum requisito legal ou normativo, seus elementos não serão pretos e brancos, sim ou não, atende ou não atende. Isso, a princípio, pode ser bem incômodo e até mesmo desconcertante para aqueles de pensamento mais cartesiano e que estão acostumados a seguir checklists e procedimentos claramente definidos.

Apesar de a cultura de segurança dos alimentos não ser exigida pela regulamentação, certamente será  recompensada pelos seus efeitos, tais como:

  1. Menos reclamações de mercado por falhas de food safety;
  2. Potencializar a prevenção de ocorrência de recall;
  3. Proteger de processos judiciais e indenizações;
  4. Tornar o trabalho mais harmonioso pela participação coletiva em prol de um tema comum;
  5. As marcas serão fortalecidas uma vez que estarão sob um guarda-chuva mais robusto para prevenir riscos à segurança dos alimentos.

Quanto mais se avança numa cultura de segurança de alimentos, mais se estabelece uma mentalidade preventiva em detrimento de uma corretiva.

Porém, calma, toda empresa que atua com alimentos há algum tempo, já possui, em maior ou menor grau, sua própria cultura de segurança dos alimentos, mesmo que ainda não saiba disso. Por isso, mesmo que este tema pareça inicialmente uma novidade, sua construção nunca partirá do zero.

Primeiramente é preciso fazer um diagnóstico, entender como a organização atualmente lida com o tema, para então identificar os pontos fortes a serem potencializados e as fragilidades, e a partir daí desenhar um caminho de melhoria contínua, um plano de ação efetivo, para elevar o nível de adesão das pessoas à segurança dos alimentos.

Para fazer isso, deve-se partir de coisas simples, como por exemplo, conversar francamente com os funcionários sobre o assunto, tanto nos níveis operacionais quanto nas médias e altas lideranças, e claro, nas áreas de processamento e de apoio.

O tema segurança dos alimentos precisar ser visto como um objetivo máximo de cada um dos indivíduos que atuam na cadeia produtiva de alimentos e não apenas o objetivo de um grupo específico dentro de uma organização.

Perguntas básicas precisam ser respondidas:

  1. As pessoas sentem-se confortáveis para apontar e alertar seus superiores sobre situações de risco à segurança dos alimentos?
  2. Há liberdade para interromper os processos se um risco à segurança dos alimentos for identificado sem receio de punições?
  3. Mesmo que afete a produtividade ou o atendimento de uma meta corporativa, a empresa agirá em prol da segurança dos alimentos?
  4. A aquisição de matérias-primas, embalagens e aditivos considera apenas o fator preço ou se escolhem fornecedores baseados em sua capacidade de garantir ausência de riscos?

Todas as pessoas que exercem algum papel na cadeia produtiva de alimentos devem ser incentivadas a priorizar suas ações tendo clareza de que de nada vale produtividade, bons contratos e lucros se o produto fornecido não for seguro, pois no final, pode custar caro para a empresa a ocorrência de surtos de doenças veiculadas por alimentos, que podem causar, além de processos judiciais e indenizações, até mesmo a morte de pessoas.

No final, uma cultura de segurança dos alimentos norteia o comportamento organizacional para um caminho ético.

Justamente por isso, todos devem ser estimulados a pensar sobre os riscos das atividades que exercem e dos impactos das decisões que tomam, assim como a alertar quando algo estiver errado, tendo a liberdade e o poder de paralisar uma atividade ou linha de produção quando houver a nítida ocorrência de um problema ou mesmo um risco iminente ou potencial de contaminação nos produtos, voltando a produzir apenas quando a segurança for reestabelecida.

Deve-se fortalecer por toda organização mensagens de segurança dos alimentos no conceito de “nós”, porém, definindo claramente os objetivos individuais de trabalho para cada função.

Embora sejam os empregados da linha de frente, o chamado chão de fábrica, tão relevantes devido a sua atuação “genba,”, que por estarem no dia-a-dia da produção precisam ter a responsabilidade de parar uma linha frente a um problema que possa afetar a segurança dos produtos, assim como relatá-lo tão logo seja evidenciado, não haverá adesão das pessoas caso seus executivos não deleguem tal autoridade e criem um ambiente que favoreça ações que tenham a segurança dos alimentos em primeiro plano.

Segurança de alimentos flui de cima para baixo, mas também pode fluir de baixo para cima, como visto no artigo “Estratégias chuveiro e bidê para implantar SGSA.”

Uma boa ideia na construção deste ambiente é reconhecer os funcionários que se destacarem neste papel, para que sirvam de exemplo aos demais, mostrando que a empresa valoriza quem se preocupa com a produção de alimentos seguros.

O uso de recompensas pode ser uma boa ideia, como receber um bônus monetário ou levar os funcionários ou equipes em destaque para almoçar com a alta direção ou alguém que é respeitado na empresa, ganhar a oportunidade de fazer um curso, ou mesmo, tirar um dia de folga do trabalho.

Porém, o sistema de recompensas requer cautela, para não se criar um modelo mercenário onde só se age frente ao prêmio, pois uma forte cultura em segurança de alimentos requer uma conscientização pessoal de alto nível. Cada um deve agir não porque vai ganhar algo, mas porque é a coisa certa a se fazer.

Todos, incluindo trabalhadores da linha de frente, áreas de apoio como manutenção, compradores e analistas, e obviamente, altos executivos, precisam desenvolver também esta consciência positiva, que uma vez desenvolvida precisa impulsionar uma adesão via ações concretas rumo à produção de alimentos seguros.

Por outro lado, trata-se de um tema simpático, e por isso, naturalmente haverá uma adesão, afinal, todo mundo tem uma família, amigos, pessoas que amam e que não gostariam de ver doentes por algo que comeram. É preciso chamar cada um à sua responsabilidade de provedores de alimentos para a sociedade.

Lembre-se de que a implantação de uma cultura em segurança de alimentos não é uma tarefa linear, pois há fatores complexos, uma vez que se lida com o ser humano.

Além disso, dependerá sempre de conhecer profundamente a cultura local onde as plantas processadoras estão instaladas, anseios, aflições, valores e elementos motivacionais das populações contratadas como mão-de-obra, para montar um amálgama com aquilo que cada organização entende como essencial para a produção de alimentos seguros, o que requer considerar também os próprios VALORES, MISSÃO e VISÃO de cada organização.

Como cada empresa é única, cada região tem suas próprias particularidades. Não há uma fórmula mágica na construção de uma cultura em segurança dos alimentos. Por isso, esqueça os modelos prontos!

Ao final, um dos elementos mais importantes é a construção de uma relação de confiança mútua permeando toda hierarquia de uma organização. Todos devem atuar em prol de um objetivo comum que é a garantia de alimentos seguros, buscando o máximo de rendimento e produtividade, como ditam as regras da engenharia de produção e da competitividade mercadológica, mas jamais abrindo mão, nem mesmo por um segundo, da segurança dos alimentos.

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GFSI de 2023 abordará sustentabilidade no fornecimento de alimentos seguros

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O tema do encontro da GFSI de 2023, que acontecerá de 24 a 27 de abril, em Atlanta, nos EUA, está ligado à sustentabilidade no fornecimento de alimentos e englobará as 3 palavras principais: “produzir, proteger e prosperar”. A intenção é construir soluções sustentáveis para a cadeia de alimentos e do agronegócio, desde a produção até o consumidor final, que é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil e uma das mais impactadas pelos efeitos das mudanças climáticas. A cadeia da agroindústria tem pela frente o gigantesco desafio de conciliar medidas de mitigação de gases do efeito estufa com o aumento da produção e oferta de alimentos para a população. Além disso, enfrenta problemas fitossanitários, mudança na geografia dos cultivos, eventos extremos, como secas e tempestades, perda de polinizadores e mudanças abruptas do regime hídrico e produção de micotoxinas. São alguns dos efeitos práticos e locais das mudanças climáticas, que representam um desafio sem precedentes para os governos, setor privado, academia e sociedade civil.

Novas iniciativas buscam promover a inserção da inteligência climática, ou seja, como tornar o setor mais resiliente às mudanças climáticas, no setor de agricultura e alimentos com objetivo de aumentar em 50% a disponibilidade de alimentos nutritivos enquanto reduz em 50% as emissões de gases do efeito estufa. É necessário garantir alimentos nutritivos para uma população crescente de mercados globais e hábitos pouco sustentáveis. Sendo assim, não apenas é necessário aumentar a produtividade, mas também reduzir perdas e desperdícios após a colheita, promover uma mudança de hábitos, repensar quadros regulatórios e incentivos econômicos, desenvolver uma base produtiva que gere impacto ambiental e social positivo e construir uma cadeia de valor para novos produtos da bioeconomia.

Com a previsão de que a população mundial chegue a 9,6 bilhões em 2050, a ONU aponta que o sistema global de alimentos deve passar por mudanças urgentes para garantir que haja comida adequada para todos, sem destruir o planeta.

O Relatório de Recursos Mundiais: Criando um Futuro Alimentar Sustentável revela que enfrentar esse desafio exigirá o fechamento de três lacunas:

– uma “lacuna alimentar” de 56% entre o que foi produzido em 2010 e os alimentos que serão necessários em 2050;

– uma “lacuna de terra” de quase 600 milhões de hectares entre a área agrícola global em 2010 e a expectativa de expansão agrícola até 2050; e

– um “gap de mitigação de gases de efeito estufa” de 11 gigatoneladas entre as emissões esperadas da agricultura em 2050 e o nível necessário para atender o Acordo de Paris para o clima, protegendo os ecossistemas.

Hoje, é impossível dissociar os efeitos dos sistemas de produção ao meio ambiente, saúde humana e saúde animal. Essa associação entre esses elos é chamada de One Health (saúde única ou uma saúde) e incentiva novas políticas de gestão dos meios e saúde, além dos riscos provenientes de poluição, degradação de terras, desastres, água potável, fornecimento de alimentos, controle de pragas, mudanças climáticas e muitas outras.

É necessário haver ajustes significativos na produção de alimentos, bem como mudanças no consumo da população e as ações vão desde o manejo da pesca silvestre até a quantidade de carne a ser consumida. Isto somente é possível na tripartite (que não são concorrentes) de formuladores de políticas, empresas e pesquisadores para criarem um sistema alimentar sustentável da fazenda até o prato, com muito uso de tecnologias e grandes inovações, além de mais financiamento para pesquisa e desenvolvimento e regulamentação flexível para incentivar o setor privado a inovar, sem deixar de lado a segurança de alimentos.

Este relatório, preparado por várias agências das Nações Unidas, pelo Banco Mundial e pelo Instituto de Recursos Mundiais, WRI (que pode ser acessado aqui), sustenta a síntese da criação de um futuro alimentar sustentável. Lançado em julho de 2019, alerta que não há solução milagrosa, mas que ESG é o tema que continua em voga, já iniciado no evento de Barcelona, em 2022, pela GFSI e que certamente estará presente nas futuras revisões de normas e esquemas de certificações reconhecidas.

As empresas precisam basear suas decisões não apenas em resultados financeiros e sim adicionarem metas de responsabilidade socioambiental aos seus indicadores de desempenho, não apenas por ser bom para a sua imagem corporativa, mas necessário para a estabilidade global e à preservação de um planeta habitável, com segurança alimentar, incluindo a segurança de alimentos.

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Gestão de fornecedores e a relação com a segurança dos alimentos

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Estamos em 2023 D.C. e produzir alimentos somente para matar a fome já não é mais suficiente. Desde que o homem aprendeu a caçar, cultivar, preparar e conservar seus próprios alimentos, muita coisa mudou pra melhor. A qualidade dos alimentos produzidos tornou-se uma das prioridades e, bem mais recentemente, a qualidade de um alimento produzido não é mais o único foco. Um termo extremamente importante surgiu e tornou-se atualmente muito familiar para nós: a Segurança dos Alimentos.

São inúmeros os esforços por parte dos profissionais que trabalham diretamente e indiretamente com isso, e das empresas também para produzir alimentos de qualidade e seguros. Não à toa vivemos agora um novo tempo onde a Cultura de Segurança de Alimentos tem sido tão discutida nas indústrias de alimentos e de embalagens e também nos serviços de alimentação e em seus respectivos fornecedores.

E por falar em fornecedores, quero tocar num assunto delicado: até que ponto a gestão de nossos fornecedores tem sido suficiente para a garantia de que nos forneçam matérias-primas, insumos ou serviços dentro do mínimo esperado? Nossas auditorias nos fornecedores são realizadas de forma de que tenhamos um resultado positivo diante das evidências identificadas? As autoavaliações de cada um desses fornecedores são de fato confiáveis? Os custos (os mais baratos) para aquisição de materiais ou serviços valem a pena? Os insumos estão livres de potenciais riscos de perigos à saúde advindos deles?

São todos questionamentos válidos e importantes e também podem surgir outros relacionados e que abranjam outros pontos específicos relacionados à gestão de fornecedores. Mas isso não é novidade nenhuma e esse tema já foi abordado muitas vezes aui no blog:

https://foodsafetybrazil.org/importancia-auditoria-de-fornecedores-alimentos/

https://foodsafetybrazil.org/iqf-indice-de-qualificacao-fornecedores-alimentos/

https://foodsafetybrazil.org/gerenciamento-de-fornecedores-seis-etapas-para-selecionar-o-fornecedor-certo/

https://foodsafetybrazil.org/como-desenvolver-fornecedores-aliancas-estrategicas-e-oportunidades-de-crescimento/

https://foodsafetybrazil.org/confiar-sim-mas-verificar-e-preciso-gerenciando-fornecedores/

Fazer uma gestão de fornecedores é algo essencial e indispensável, mas é preciso ir além. E é impossível termos todos os controles necessários de um Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos dentro dos ambientes em que estamos inseridos sem que aquilo que não está dentro do nosso domínio não faça o mesmo. Por exemplo: uma indústria que fabrica bolos jamais conseguirá entregar para os seus clientes produtos seguros e de qualidade se receber dos seus fornecedores ovos podres, leite azedo e farinha de trigo estragada – JAMAIS!

E se acontecer (esperamos que não) algo parecido com que aconteceu recentemente numa fábrica de petiscos para animais em Minas Gerais? O caso foi amplamente divulgado na mídia: um fornecedor alterou o certificado de ingrediente usado em petiscos para ‘manter um  relacionamento com o cliente’, o que resultou na intoxicação de 100 cães e muitos desses animais vieram a óbito (leia aqui).

Para que casos como esses não venham mais a se repetir, precisamos fazer mais do que já temos feito. E assim como tudo evolui, também precisamos fazer com que a nossa gestão de fornecedores consiga dar maiores passos para não colocar tudo a perder e prejuízos inestimáveis aconteçam.

Depois disso, agora peço que releia as perguntas do terceiro parágrafo desse texto e tente respondê-las junto com suas equipes e colegas de trabalho. Vamos juntos fazer com que a nossa cadeia de fornecimento seja nossa maior qualidade e não o nosso pior problema para garantir alimentos de qualidade e 100% seguros. Vamos nessa?

Autor convidado: José Gonçalves de Miranda Júnior

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Fórum de Segurança dos Alimentos BRCGS tem QIMA/WQS como co-organizadora

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Pelo 5º ano seguido, a certificadora internacional junta-se à co-organização do evento promovido pela BRCGS.

Melhorar a gestão de segurança de alimentos em toda a cadeia de fornecimento e trazer atualizações sobre a norma BRCGS estão na agenda de palestras de conferencistas nacionais e internacionais para o V Fórum de Segurança dos Alimentos BRCGS, que acontece no dia 30 de março no Hotel Meliá Ibirapuera em São Paulo.

A QIMA/WQS, participante e patrocinadora de todas as edições do evento que traz nessa edição o tema “O Gerenciamento dos caminhos da segurança dos alimentos e de produtos”, a certificadora e a BRCGS realizam dessa vez o evento em formato híbrido. “Temos um compromisso inequívoco em fomentar cultura, processos e certificação em segurança de alimentos. Ter a certificação BRCGS é um dos pilares mais importantes que as empresas de alimentos podem estabelecer para garantir segurança em seus produtos. A BRCGS conta com nosso total apoio e patrocínio em seu evento, que é um veículo que visa fomentar o crescimento do protocolo no Brasil e apoiar os negócios que já são certificados. Temos certeza de que o V Fórum de Segurança de Alimentos BRCGS será um grande sucesso”, afirma Mario Berard, CEO da QIMA/WQS.

Segurança dos alimentos em pauta

Na programação, que vai das 08:00 às 18:00, com pausas para coffee break e almoço, mais de 10 palestras estão agendadas. A QIMA/WQS será representada nas discussões pela Gerente de Operações Deise Tanaka, que levará para o público a apresentação “BRCGS: Além dos requisitos de auditoria”.

O evento acontecerá no dia 30 de março, das 8:00 às 18:00, no Hotel Meliá Ibirapuera em São Paulo. As inscrições para o evento presencial já podem ser feitas através do link:https://www.even3.com.br/v-forum-de-seguranca-de-alimentos-brcgs/

Leia mais em https://wqs.com.br/patrocina-forum-brcgs

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