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Qual o melhor método para análises de alergênicos?

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Nos dias 19 e 20 de julho passados, aconteceu a Conferência Internacional em Segurança dos Alimentos, Controle de Qualidade e Gerenciamento de Risco em Produtos Agrícolas, organizada pela Eurofins. A empresa gentilmente cedeu uma vaga para o Blog Food Safety Brazil compartilhar as novidades apresentadas em Indaiatuba, SP. Neste post, comento a apresentação sobre análises de alergênicos em alimentos.

Dr. Bert Pöpping, diretor de desenvolvimento científico da Eurofins, falou sobre análise e monitoramento de alergênicos, destacando inicialmente os pré-requisitos para um bom gerenciamento de alergênicos, como conhecer seus insumos, seus processos e saber controlar os perigos a eles relacionados. Atenção especial deve ser dada à possibilidade de mudança na formulação ou no processo dos fornecedores, assim como para a própria mudança de um fornecedor.

A troca de produtos numa mesma linha tem que gerar questionamentos: será que um mesmo procedimento de limpeza é capaz de garantir a remoção de qualquer alergênico? O mesmo vale quando um único produto é fabricado em diferentes unidades da empresa: trata-se realmente do mesmo produto? Todos os ingredientes provém dos mesmos fornecedores?

O controle dos perigos relacionados à presença de alergênicos deve se apoiar numa documentação sólida, num plano HACCP, em auditorias de fornecedores e nas análises laboratoriais efetuadas. Quando se pensa na análise laboratorial, o primeiro cuidado deve ser com a amostragem, pois lotes muito grandes são representados por diminutas amostras que ainda serão fracionadas no laboratório para a análise final. Na medida do possível, analisar mais de uma amostra de cada lote seria o procedimento recomendável.

E aí vem uma questão fundamental: qual método utilizar?

O método de PCR ou Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction), que amplifica ou copia cadeias de DNA, é uma das técnicas mais utilizadas. No entanto, seu uso não é irrestrito. A albumina de ovo, por exemplo, por não conter DNA, não é detectada por este método, mesmo contendo grandes quantidades de proteína alergênica. Não obstante, como destacou Dr. Bert, é possível adquirir no mercado kits PCR para detecção de proteínas de ovo. Na Europa, o aipo ou salsão (celery) é considerado substância alergênica, ao contrário da salsinha (parsley). No entanto, como são vegetais que tem DNA muito parecido, análises por PCR costumam indicar presença de aipo em alimento que contenha salsinha. Bert destacou que os métodos baseados em PCR são sempre passíveis de questionamentos, não funcionam bem para ovo e leite e tem bons resultados para castanhas, amendoim e soja, porém mesmo neste caso, a possibilidade de hidrólise das proteínas pelos processos industriais (extrusão, concentração, etc) ainda pode gerar resultados equivocados.

Os métodos imunoenzimáticos (ELISA ou Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) são testes que permitem a detecção de anticorpos específicos. Pöpping citou o exemplo de um pão contendo sete tipos de proteínas alergênicas que só teve três delas detectadas por este método. O processamento industrial do alimento pode destruir a estrutura proteica detectável pelo anticorpo. Num ovo cru, por exemplo, é possível detectar a proteína alergênica por teste ELISA, mas o mesmo não acontece num ovo frito.

Por não depender de uma estrutura, mas apenas da sequência dos aminoácidos, a espectrometria de massa desponta como o melhor método para detecção das proteínas alergênicas, com a vantagem de poder detectar múltiplos alergênicos numa única análise. Trata-se, porém, de um método caro, disponível ainda para poucos laboratórios e validado somente para algumas matrizes alimentares (produtos de panificação e soluções de enxágue de equipamentos).

Em resumo, não há um método perfeito para análise de todos os alergênicos. Os métodos devem ser selecionados de acordo com a matriz a ser analisada. O método de PCR é usado com frequência muito mais por razões econômicas que por razões técnicas. Os imunoensaios funcionam bem para alimentos crus, mas não necessariamente para os processados. A espectrometria de massa funciona muito bem para as matrizes já validadas, mas é pouco acessível por questões de custo e disponibilidade de equipamentos.

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Corantes artificiais causam hiperatividade em crianças?

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Guia de interpretação da BRC Food Safety Versão 6

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No último dia 29 de junho foi publicada a versão em inglês britânico do BRC Global Standard for Food Safety – Interpretation Guideline: Issue 6, que é um guia para a interpretação da BRC Global Standard for Food Safety – Issue 6 (BRC Segurança de Alimentos – Versão 6). No dia 17 de julho, foi a vez da publicação do guia em inglês americano. O guia tem como função ajudar os fabricantes de alimentos na obtenção da certificação na norma, apresentando os princípios por trás de cada um dos requisitos, cláusula por cláusula, auxiliando as empresas na interpretação e numa implementação eficaz em todos os setores da indústria alimentícia.
Além do guia de interpretação e implementação, existem também os guias de boas práticas em gerenciamento das reclamações, auditoria interna, rastreabilidade, controle de pragas e detecção de materiais estranhos. Todas elas estão atualmente na versão 2.
Infelizmente, nenhum destes guias é gratuito, e também não há previsão de publicação deles em português, embora já exista a norma em português do Brasil.

Para maiores informações e para adquirir os guias de interpretação e boas práticas, acesse:
http://www.tsoshop.co.uk/brcbookshop/bookstore.asp?FO=1235946&CLICKID=004557

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Fungos toxigênicos e aflatoxinas em cacau

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 Aflatoxigenic fungi and aflatoxin in cocoa

International Journal of Food Microbiology 148 (2011) 141–144

Marina V. Copetti, Beatriz T. Iamanaka, José Luís Pereira, Maria H. Fungaro d, Marta H. Taniwaki

This paper reports the occurrence of aflatoxigenic fungi and the presence of aflatoxins in 226 cocoa samples collected on Brazilian farms. The samples were taken at various stages of fermentation, drying and storage.
A total of 819 potentially aflatoxigenic fungi were isolated using Dichloran 18% Glycerol agar after surface disinfection, and identified by standard techniques. The ability of the fungi to produce aflatoxins was determined using the agar plug technique and TLC. The presence of aflatoxins in cocoa samples was determined by HPLC using post-column derivatization with bromide after immunoaffinity column clean up.
The aflatoxigenic fungi isolated were Aspergillus flavus, A. parasiticus and A. nomius. A considerable increase in numbers of these species was observed during drying and storage. In spite of the high prevalence of aflatoxigenic fungi, only low levels of aflatoxin were found in the cocoa samples, suggesting the existence of limiting factors to the accumulation of aflatoxins in the beans.

Clique aqui para baixar.

Conteúdo gentilmente cedido pela autora e pesquisadora do ITAL Marta Taniwaki ao Blog Food Safety Brazil.

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Entrevista – Gerenciamento de Crises

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Nos dias 08 e 09 de outubro teremos o curso de Gerenciando Crises na Cadeia Produtiva de Alimentos.

O tema parece novo, mas quem já teve ou está implementando a ISO 22000 ou a FSSC 22000, já se deparou com o requisito “Prontidão e respostas a emergências” no qual o gerenciamento da crise é um dos pilares. Convidamos o Engenheiro João Souza a Conceder uma entrevista para o blog Food Safety Brazil:

 

1. Que tipo de empresas estão suscetíveis a crises?

Todas as empresas, de qualquer tipo, porte, segmento e fins, como por exemplo bens e serviço, produtos industrializados, prestadores de serviços, terceirizados, enfim, não consigo definir quais tipos e segmentos estariam fora deste risco . Veja você mesmo, como pessoa física, pode passar por situações que venham a  virar uma crise, e de mesma forma, se mau gerenciada, perde-se  a credibilidade, a imagem e suas perspectivas de desenvolvimento, culminando com o fim de uma marca.

 2. Se as crises são tão imprevisíveis, adianta fazer treinamento sobre isso?

Com certeza, pois uma boa capacitação pode evitar que um Incidente se transforme em uma crise e caso esta venha ser, de forma imprevisível, a capacitação pode lhe propiciar métodos com ferramentas que podem contribuir na solução da crise de forma menos onerosa para não dizer “dolorosa”. A resposta para isso tudo é muito simples, basta se ter pessoas e estas saberem extamente seus papéis e responsabilidades, evitando desta forma a desorganização na procura de um “culpado” e sim focando na obtenção de resultado e minimizações de ruídos. Depois de gerenciada a crise, podemos buscar as causas, compartilhar aprendizados e porque não punir responsáveis.

 3. Fale um pouco sobre crises bem ou mal gerenciadas

Acredito mais em Incidentes bem gerenciados, os quais ficam dentro de casa e com menor ruído possível. Toda crise é precedida de um Incidente ou uma ocorrência de desvios de forma inesperada. Se esta for bem gerenciada, na grande maioria das vezes, acaba por ser eliminada e a crise não aparece. Caso a crise venha como consequência, no minimo todos os dados estão organizados para que possamos torna-la com menor impacto possível.

Se considerarmos que a crise já aconteceu, ou seja, quando esta fica fora do nosso controle (midia, redes sociais, jornais ou comunicados oficiais ou mesmo aqueles meios informais), tenho alguns exemplos como :

– Bem gerenciado : um recall de veículos para substituição de peças ou reparos importantes – embora cause espanto, ninguém deixa de vender ou comprar.

– Mal gerenciado – para mim o mlehor exemplo de um incidente que não teve gerenciamento e se tornou uma grande crise, foi o Toddynho. Eles tinham tudo na mão. Quando em crise, os acessores de imprensa falharam com informações ou omitiram, deixando dúvidas.

 4. O que caracteriza uma crise bem administrada?

 Uma crise bem gerenciada é caracterizada pela transparência, honestidade e sem medo de dizer “ Não sei….” . As informações e a velocidade devem ser verdadeiras e no menor tempo possível, para que as pessoas possam formar sua própria opinião. Acreditar que uma crise sozinha se auto gerencia e que o tempo faz as pessoas esquecerem é o mesmo que acreditar que seu negócio vai bem…..bem mal !

 5. Quem deve aprender a gerenciar uma crise?

 Em uma corporação, as pessoas chaves devem liderar e saber gerenciar uma crise. Quais as pessoas chaves de modelos de sucesso :

– Alta direção,

– Lideranças de RH, Industrial, Técnico, como  P&D, Qualidade, Segurança e meio Ambiente , Suplly chain ( incluso logistica ) , Vendas e SAC

É fundamental a empresa possuir interna ou externamente um Acessor de Imprensa.

É importante também que todos os colaboradores da empesa saibam da existência de um grupo e que gerencia questões de crise – deve existir um canal interno de divugação.

 

 João Eduardo Souza é Engenheiro de alimentos, pós graduado em gestão de qualidade e produtividade e especialização em gestão de segurança dos alimentos pela MARS University, responsável pela implantação da gestão de segurança dos alimentos nas unidades da Mars na américa latina ( Brasil, México, Argentina e Colombia ), membro da comunidade global de quality and food safety daMARS, especialização em controle microbiológico em indústrias de PET food e métodos rápidos em análises micro em produtos e sub-produtos destinados a alimentação animal de pequeno porte. Sólida experiência em gestão de qualidade e segurança dos alimentos em indústria de pet food com 15 anos de experiencia adquirida, sendo responsável, entre outros, pela implementaçao do manual de crise e gereciamento de incidentes na MARS na América Latina. Atualmente trabalhando em inovação e desenvolvimento de matérias-primas ecologicamente sustentáveis e competitivas para a indústria pet.

 

Se interessou? Você pode fazer um curso de gestão de crises inscrevendo-se no site da sbCTA.

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União Européia x Ato de Modernização da Segurança de Alimentos

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Na implementação de seu Ato de Modernização da Segurança de Alimentos (FSMA), os EUA querem chegar  onde nenhum governo chegou antes com relação à proteção na importações de alimentos, mas a União Européia (UE) não está gostando muito do formato de gestão.

Auditorias de Terceira parte, inspeções, e procedimentos de verificação de fornecedores externos lideram a lista das preocupações da União Européia com a nova lei dos Estados Unidos. Considerando a influência da representatividade de 500 milhões de pessoas que falam 28 línguas, a UE também está em uma posição de dar seus limites.

FDA elaborou os legislações para implementação, mas a Secretaria Executiva de Gerenciamento e Orçamento da Casa Branca (OMB) parece estar segurando esses documentos.

A UE está preocupada que com o FSMA, os EUA estarão alcançando empresas individualmente em seus países membros ao invés de manter uma abordagem “governo a governo” para garantir a segurança de alimentos.

Ele sugeriu que os planos dos EUA de envolver auditorias de terceira parte vão contra algumas limitações imediatas envolvendo tanto o ambiente físico como o institucional. Ele disse que o sistema da União Européia é baseado nas autoridades nacionais e controles oficiais.

A abordagem da União Européia baseia-se em auditor autoridades nacionais de nações membro, não empresas individuais. Se acredita que a relação fique assimétrica: de um lado UE – o maior Mercado de alimentos no mundo – fazendo apenas 3 ou 4 auditorias por ano nos EUA, e o FDA auditando centenas de empresas européias.

Também não está sendo bem vista a questão do FDA cobrar o serviço de auditoria das empresas.

A expectativa é de consenso, já que as raízes legais das duas partes são as mesmas.

As discussões sobre o Ato surgiram no segundo dia da reunião anual da Associação Internacional para Proteção de Alimentos (IAFP), em Providence.

Fonte: http://www.foodsafetynews.com/2012/07/eu-doesnt-like-much-of-food-safety-modernization-act/

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Consulta pública de norma: PAS 221 (Varejo)

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No último dia 20 de julho, a BSI – British Standard Institution – disponibilizou, na forma de draft (esboço), a nova PAS 221, para consultas e comentários do público. A PAS 221 especifica o programa de pré-requisitos (PPR) para a segurança de alimentos em varejistas, sendo aplicável a qualquer organização envolvida especificamente neste setor, independente do tamanho ou complexidade das operações. Como as demais PAS e ISO/TS 22002, esta especificação deve ser implementada e auditada em conjunto com a ISO 22000, sendo referente ao requisito 7.2.3.
O blog Food Safety Brazil apresenta, em primeira mão, os principais pontos desta PAS 221:
– São 18 capítulos, no mesmo formato do PAS 220 (hoje ISO/TS 22002-1) e PAS 223, e abordam-se basicamente os mesmos assuntos.
– Capítulo 4: Construção e layout das edificações: estabelece que as áreas internas e externas não devem apresentar potencial de contaminação aos produtos manipulados, estocados e vendidos na organização.
– Capítulo 5: Layout das instalações e área de trabalho: áreas de acesso restrito aos funcionários do varejista e áreas de acesso público devem ser construídas e mantidas de forma a facilitar a higiene e práticas que minimizem os perigos para a segurança dos alimentos. Especifica requisitos para movimentação (fluxos de materiais e pessoas), layout interno (localização de equipamentos), condições de pisos, paredes, tetos, portas e áreas de armazenamento de produtos.
– Capítulo 6: Utilidades – água, ar, energia: trata da potabilidade da água, do uso de químicos de caldeira aprovados e seguros para água de consumo humano, qualidade do ar ambiente e ventilação, especificação dos gases em contato com os produtos (ar comprimido, nitrogênio, etc.) e iluminação.
– Capítulo 7: Descarte de resíduos: trata do manejo de resíduos, considerando a prevenção contra contaminação cruzada, adequação de coletores, lixeiras e áreas de resíduos, gerenciamento da retirada e destinação dos resíduos (incluindo os devidos cuidados com o descarte de materiais rotulados) e ralos e escoamento / drenagem de águas residuais.
– Capítulo 8: Adequação, limpeza e manutenção de equipamentos: estabelece que equipamentos devem ser projetados de forma a facilitar a manutenção, conservação e limpeza / sanitização, e aqueles que têm contato com alimentos devem ser constituídos de material adequado para uso em alimentos, sendo resistentes aos processos e produtos de limpeza. Também menciona os controles de temperatura e umidade quando requeridos e estabelecimento de programas de limpeza e de manutenção preventiva.
– Capítulo 9: Gestão de materiais adquiridos e serviços: controle da aquisição de materiais que afetam e segurança dos produtos, critérios de seleção, aprovação e monitoramento de fornecedores e verificação dos produtos adquiridos em relação às especificações de segurança de alimentos.
– Capítulo 10: Controle da contaminação: Programas de prevenção, controle e detecção de contaminações cruzadas, incluindo contaminações físicas, químicas e microbiológicas. Política de vidros e gerenciamento dos alergênicos na preparação de alimentos também são contemplados.
– Capítulo 11: Limpeza e sanitização: estabelecimento de procedimentos documentados de limpeza e sanitização, incluindo, além de outros detalhes, frequências apropriadas, produtos aprovados para uso, estocagem dos químicos de limpeza, inspeções pós limpeza e pré start up das operações, limpeza CIP e monitoramento e validação dos programas de limpeza.
– Capítulo 12: Controle de pragas: deve-se ter um programa de controle de pragas documentado, incluindo a designação de um responsável da empresa para acompanhar os serviços de controle de pragas; produtos aprovados para uso; registro dos tratamentos, inspeções e monitoramentos de pragas realizados; barreiras físicas e outras medidas preventivas contra pragas; utilização de iscas, detectores e armadilhas contra pragas; controle da infestação e medidas de erradicação.
– Capítulo 13: Higiene pessoal e instalações para os funcionários: requisitos para sanitários, lavatórios, vestiários, refeitório; uniformes, roupas protetoras, calçados, toucas; controle da saúde dos manipuladores; gerenciamento dos funcionários que apresentarem doenças transmitidas por alimentos e ferimentos; higiene pessoal (lavagem de mãos, hábitos, comportamento, manutenção da limpeza e organização dos armários pessoais, entre outros).
– Capítulo 14: Retrabalho: produtos destinados ao retrabalho devem ser estocados, manipulados e utilizados de modo que a qualidade, a segurança de alimentos, a rastreabilidade e a conformidade legal sejam mantidas.
– Capítulo 15: Procedimentos de recall de produtos: procedimentos implementados para que produtos inseguros que tenham sido vendidos ou liberados para o mercado sejam identificados, localizados e removidos de todos os pontos necessários da cadeia de abastecimento de alimentos. Atenção especial deve ser dada aos produtos que retornam (são devolvidos ou trocados pelo consumidor), de forma que não sejam colocados novamente nas gôndolas para revenda. Se houver devolução de produtos sem ser por motivo de recall, devem estar estabelecidos procedimentos para inspeção dos produtos devolvidos, para que se assegure que não tenham sido submetidos a uma adulteração ou não estejam violados. Em casos de produtos perecíveis frescos, deve haver procedimento para que não retornem às gôndolas e sejam novamente expostos para revenda.
– Capítulo 16: Armazenamento: requisitos para estocagem adequada de produtos (local limpo, seco, bem ventilado, protegido contra contaminações), monitoramento de umidade e temperatura de armazenamento quando requerido pela especificação dos produtos, segregação e identificação de materiais não conformes, rotação de estoque (FIFO/FEFO).
– Capítulo 17: Informações dos produtos e alerta aos consumidores: devem estar disponíveis ao consumidor informações sobre os produtos, para que seja possível que ele entenda a importância destas informações e faça escolhas conscientes. Devem existir procedimentos para rotulagem, etiquetagem ou identificação dos produtos preparados ou pré-embalados nas instalações do varejista.
– Capítulo 18: Defesa do alimento (food defense), biovigilância e bioterrorismo: áreas e equipamentos potencialmente sensíveis no estabelecimento devem ser identificados e sujeitos a um controle de acesso e proteção. Tais equipamentos podem incluir máquinas de sorvete, de suco de laranja, de café, entre outras.

De modo geral, não se verifica uma diferença grande entre os requisitos da ISO/TS 22002-1 para a indústria de alimentos e esta nova PAS 221. O que é notável é uma preocupação especial com as áreas e atividades de manipulação e empacotamento de produtos preparados no próprio estabelecimento, como por exemplo, açougue, padaria própria, peixaria, entre outros, além das áreas de armazenamento de produtos (estoque do varejista).

Eu, particularmente, gostei bastante desta novidade, e espero ver uma rápida aprovação por parte do GFSI e da Foundation (dona do esquema FSSC), incluindo a acreditação dos organismos de certificação para executar auditorias neste ramo da cadeia de alimentos, e principalmente, uma boa adesão e aplicação por parte dos varejistas, sobretudo aqueles que estão fortemente envolvidos com o GFSI.

A PAS 221 fica em aberto para consulta até 24 de agosto de 2012. Para acesso ao draft e para fazer comentários, entre no site: http://drafts.bsigroup.com/Document/Manage/46857

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Food Defense – Proteção contra a contaminação intencional

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Considerado um complemento dos programas de segurança de alimentos (do inglês, food safety), que têm o foco na contaminação incidental de produtos, observamos na cadeia produtiva de alimentos uma preocupação cada vez maior com o chamado food defense.

Artigo Publicado na revista Controle de Contaminação n 147 de julho de 2011.

Autores: Fernando Ubarana e Juliane Dias

Clique aqui para baixar:

 

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Alimentos orgânicos e doenças transmitidas por alimentos

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Alimentos orgânicos transmitem doenças?

Ouvimos, ao longo dos anos, muitas informações ligadas à segurança dos alimentos e muitas vezes ficamos em dúvida sobre sua exatidão. De fato, muitas destas informações são verdadeiras, porém algumas estão totalmente erradas. Para ajudar a esclarecer os fatos e desfazer os mitos, a organização Partnership for Food Safety Education elaborou um interessante material que passamos a divulgar aqui em nosso blog.

O Fato: Qualquer alimento, seja orgânico ou convencional, pode se contaminar com bactérias transmissoras de doenças em qualquer ponto da cadeia produtiva.

Os consumidores, em suas casas, devem tomar medidas para garantir a saúde de seus familiares. Uma forma importante de reduzir o risco de doenças causadas por alimentos é praticar as famosas 4 etapas: Limpar, Separar, Cozinhar e Resfriar.

Uma pesquisa demonstrou que, no caso de produtos de origem animal, tanto os alimentos orgânicos como os convencionais estavam amplamente contaminados por bactérias. Veja detalhes deste estudo clicando aqui.

Vegetais e frutas frescas devem ser higienizados antes do consumo. Um procedimento bem simples é preparar uma solução com 1 litro de água e adicionar 1 colher (de sopa) de água sanitária. Deixe os vegetais em imersão nesta solução por 15 minutos. Retire-os e enxague com água corrente.

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Imagem: Lisa Fotios

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Higiene de restaurantes acessível ao público

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Ás vésperas dos jogos olímpicos, a Food Standards Agency (FSA) e as autoridades sanitárias locais de saúde do Reino Unido  (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte) finalizaram um mutirão de inspeções de higiene alimentar no mês passado. O objetivo foi proporcionar ao público um ranking de desempenho de serviços de alimentação.

Os proprietários de cafés, restaurantes e delicatessem estão sendo incentivados a publicarem em seus estabelecimentos a nota obtida, que vai de 1 a 5. A prática não é mandatória, mas mais da metade dos estabelecimentos já aderiu e as notas estão disponíveis online.

Em nova York, a secretaria municipal de saúde obriga a publicação da nota  obtida na inspeção desde 2010 a 24000 estabelecimento, e em 2012 o prefeito creditou a notável redução de surtos de Salmonella à esta conduta. Nos EUA há iniciativas isoladas em alguns estados, inclusive aplicados à ambulantes.

E no Brasil?

A ANVISA este ano disponibilizou pela primeira vez o Ranking de segurança sanitária de navios de cruzeiros. A pontuação vai de A a D, e as notas variaram ao longo de  toda a escala.

Algumas iniciativas municipais, compulsórias ou voluntárias de adesão a um selo da qualidade:

Capitão Leônidas Marques, PR.

São Sebastião do Caí, RS.

Nova Mutum, MT

Votuporanga, SP

Teixeira de Freitas, BA

Tenho conhecimento de outros municípios que criaram Selo de Qualidade no passado, mas morreram na praia por não terem fôlego de atender a demanda de inspeções, como foi o caso de Campinas e Santo André. Para cidades grandes, a complexidade da operação parece tornar utópica a implementação destas ações. Que nossos colegas nova-iorquinos contem o segredo…

 

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Frutas devem ser lavadas antes de se colocar na geladeira?

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O Globo repórter desenvolveu um episódio destinado ao micromundo. O destaque desta parte é a manipulação de frutas, no qual se ressalta que não devem ser lavadas antes do armazenamento em geladeira.

Já sei que vocês irão reclamar das unhas pintadas e do relógio da nutricionista!

 

 

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Exposição ao chumbo na Europa

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Acaba de ser publicado o relatório científico da EFSA “Exposição dietética ao chumbo na população  Européia”.

De forma geral, o estudo da European Food Safety  Authority concluiu que a quantidade de chumbo presente nos alimentos amostrados de 2003-2010 diminuiu 31% na população adulta.

Há contudo revelações que destaco. Por exemplo, dentre as cinco principais fontes de exposição de chumbo na dieta infantil, estão a água de torneira, iogurtes, puré de frutas, chás e pães.

Em geral, não houve um alimento com alto índice de chumbo, mas alimentos consumidos em maiores quantidades  e que tem maior impacto na exposição dietética. Isso é típico em substâncias que tem onipresença na dieta.  Neste último estudo,  em nível 1 de exposição estão os cereais e alimentos que tem como base os mesmos (16.1 %), Leite e derivados (10.4 %), bebidas não alcoólicas (10.2 %) vegetais e seus produtos  (8.4 %) como os maiores contribuintes à exposição. 

Resumo:

Lead is a natural environmental contaminant, but its use in the past in water pipes, paint and petrol increased its general presence. Food is the major source of human exposure to lead. Lead accumulates in the body and most seriously affects the developing central nervous system in young children. There is no recommended tolerable intake level as there is no evidence of thresholds for a number of critical health effects. Legislative measures have been gradually introduced to reduce exposure by removing lead from paint, food cans, water pipes and petrol. The current study examined 144,206 analytical results for lead in food collected during a nine-year period. More than half of the foods tested had levels of lead at less than detection or quantification limits. The mean lead levels varied between 0.3 µg/kg for infant follow-on formulae to 4,300 µg/kg for dietetic products with an overall median across all categories of 21.4 µg/kg. Food lead levels decreased by about 23 % between 2003 and 2010, although this should be interpreted cautiously. Mean lifetime dietary exposure was estimated at 0.68 µg/kg b.w. per day in the European population based on middle bound mean lead occurrence. Exposure was highest for toddlers and other children with 1.32 and 1.03 µg/kg b.w. per day, respectively, while the two infant surveys ranged between 0.83 and 0.91 µg/kg b.w. per day. Adult exposure was estimated at 0.50 µg/kg b.w. per day. The elderly and very elderly population groups had similar profiles to the adult age group, while adolescents had slightly higher estimated dietary exposure. Important food category contributors include bread and rolls (8.5 %), tea (6.2 %), tap water (6.1 %), potatoes and potato products (4.9 %), fermented milk products (4.2%) and beer and beer-like beverages (4.1 %), although this will vary between age groups and surveys

 

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Perfluoclorados são retirados do mercado americano

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Está no site do FDA o posicionamento que espontaneamente os fabricantes não irão mais utilizar o agente repelente de gorduras do interior das embalagens usado em sacos de pipoca, embalagens de fast food e animais de companhia.

O  ácido perfluro-octanoico, também conhecido nos EUA como C8  já havia sido testado e aprovado, fazendo parte da lista positiva do FDA para materiais de contato em alimentos, porém achados científicos relacionados a exposição crônica levaram  a indústria a tomar esta medida, ainda que estudos conclusivos para efeitos em humanos não tenham sido finalizados.

Traduzo trecho do posicionamento do FDA:

” Estudos científicos recentes levantaram preocupações de seguran~ca para um tipo de químico perfluorinado, conhecido como C8. Estes compostos tem cadeia longa de 8 carbonos ou mais. Os estudos indicam que estes  compostos C8 persistem no ambiente e podem ter efeitos tóxicos em humanos e animais.

Em resposta a estes estudos, o FDA iniciou uma abrangente revisão dos dados disponíveis sobre os componentes do C8 e trabalhou com diversos fornecedores para remover os agentes repelentes do mercado.  Como resultado desta iniciativa, estes fabricantes voluntariamente pararam de distribuir produtos contendo o composto C8 para propósito de servir de contato com alimentos em  01 de Outubro de 2011.   Estoques remanescentes destes produtos podem ser utilizados até o fim.

Isso significa que os produtos permanecerão no mercado por um período de tempo relativamente curto. Como os danos do compostos C8 perfluorinados são resultado de exposição crônica, o FDA determinou que este período de venda não impacta na saúde pública. A agência também fará uma pesquisa de mercado para determinar se algum fabricante ainda estará usando os compostos C8.”

No link abaixo estão as cartas de compromisso, datadas do segundo semestre de 2011, em que a DuPont, Basf e Clariant, uma vez esgotados seus estoques, não mais utilizarão as substâncias.

Update on Greaseproofing Agents

O blog Ecodebate cita prejuízo do desenvolvimento da glândula mamária e potencial carcinogênico dos perfluoclorados

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia menciona estudos que revelam que principalmente mulheres com doses elevadas de PFOA no sangue podem apresentar disfunções na tireoide quando compara-se com  indivíduos com uma quantidade pequena da substância no organismo.

Não está clara em nossa legislação se é permitido o uso destas substâncias nas listas positivas.

 

 

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Iscas raticidas granulares ou blocadas?

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Nos últimos tempos pode-se observar uma polêmica no LinkedIn. Muitos especialistas no controle de pragas reclamam que cada vez mais auditores de Sistema de Gestão da Segurança dos Alimentos têm colocado restrições para o uso de iscas raticidas tóxicas no formato granular, mesmo estando estas situadas em ambientes externos. Estes alegam que as iscas devem ser blocadas para se garantir a segurança dos produtos. Não raro são apontadas não conformidades sob argumentação de que a isca granulada permite que fragmentos do rodenticida sejam facilmente transportados para interiores de áreas produtivas gerando risco de contaminação dos produtos em processo e/ou armazenados. 

O seguinte questionamento é então feito: Será que os auditores têm a autoridade para questionar uma recomendação / decisão de uma empresa especialista em controle de pragas devidamente licenciada para tal?

Para apimentar este questionamento, lembramos que as empresas de controle de pragas regularizadas com o Ministério da Saúde têm um responsável técnico legalmente habilitado e que estas devem seguir legislações especificas.

Ao buscar o preconizado pela legislação brasileira  (Port. 321- 07/97): encontramos que a mesma permite as seguintes formas de apresentação dos rodenticidas:

a) Pós de contato.

b) Iscas simples, parafinadas ou resinadas, na forma de grânulos, pellets ou blocos.

As restrições previstas em lei são restritas as formulações líquidas, premidas ou não, pós-solúveis, pós molháveis ou iscas em pó (item F.5 – Port. 321- 07/97). Tampouco é permitida a utilização de substâncias aromatizantes ou outros atrativos associados às iscas rodenticidas que possibilite que o produto seja confundido com alimento. As iscas granuladas rodenticidas devem ainda estar acondicionadas em unidades de aplicação por foco e também devidamente identificadas. 

Os defensores do uso de iscas granulares ainda alegam que:

1-      O risco de contaminação de um produto por arraste dos granulos é significativamente menor do que o risco de se permitir que uma infestação se desenvolva.

2-     O uso de iscas tóxicas, independente da forma de apresentação, deve ser frequentemente monitorado e atender a um cronograma rígido.  A isca tóxica deve ser usada para controlar uma infestação existente.

3-     a eficácia da isca granular é significativamente maior quando comparada com a isca em blocos, pois existe uma melhor aceitação (maior chance de que as mesas sejam ingeridas pelas espécies-alvo), principalmente quando o alvo é o camundongo Mus musculus.

4-     é possível realizar uma avaliação de risco e implementar medidas de controle para evitar que a isca granulada entre  em contato com os géneros alimentícios.

Diante do acima exposto, nos diga: Qual é a sua opinião sobre o assunto? 

 

Autoria Ana Cláudia Frota, contribuição Luciano Ribeiro.

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A broca do pepino

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No almoço do final de semana, fui comer um pepininho em conserva. E vejam com o que me deparei, a tão falada broca do pepino. Alguns dizem que não faz mal comê-la, mas que é repugnante, isso é. Por isso, na dúvida, fatie os pepinos antes de comê-los, hehhe…

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Qual a vida útil das lâmpadas das armadilhas luminosas?

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Esta é uma questão importante envolvendo os estabelecimentos que possuem armadilhas luminosas para captura de insetos.
Segundo o fabricante que é nosso parceiro, a vida útil destas lâmpadas de UV-A é de 7.500 horas. Ele relata que a camada de fósforo usado nas Lâmpadas Fluorescentes Luz Negra se perde em pouco tempo, normalmente onze meses, e quando isto ocorre, a quantidade de luz ultravioleta (UV-A) emitida é insuficiente para atrair os insetos.

Apesar desta redução no poder de atração, as lâmpadas, continuarão funcionando, mas simplesmente emitindo luz “normal”.

Recomenda-se que as lâmpadas sejam substituídas, no máximo, anualmente (7.500 horas/24 horas = 312 dias) quando ficarem acesas 24 horas por dia, o que é especialmente recomendado.

Após a substituição, estas lâmpadas devem ser descartadas de acordo com recomendações específicas, para evitar-se a contaminação do meio-ambiente.

Desinsecta é uma empresa parceira do blog Food Safety Brazil. Apoie também esta causa!

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Portaria 2619/11 Boas Práticas de Manipulação

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Em 06 de dezembro de 2011, foi publicada a nova legislação municipal de São Paulo que rege os cuidados em Boas Práticas de Fabricação: a Portaria 2619. Apesar de muitas pessoas ainda não conhecerem essa nova legislação, a mesma encontra-se em vigor desde o dia 05 do mês de março deste ano, tendo revogado a antiga Portaria 1210, que encontrava-se em vigor desde 2006.
Através da leitura, é possível identificar o objetivo dessa atualização, visto que muitos requisitos são detalhados e especificados, deixando mais claro aos responsáveis pelos serviços de alimentação, quais devem ser os cuidados adotados.
Muitas pequenas alterações foram realizadas, e apesar de parecerem sutis, deverão surtir grandes efeitos, como podemos exemplificar pelos itens 15.34.1 e 15.34.2, que trazem a obrigatoriedade da realização dos exames de coprocultura e coproparasitológico na admissão e a renovação destes a cada 6 ou 12 meses dependendo da função do colaborador, adicionalmente ao que encontra-se indicado no PCMSO.
Os parâmetros de conservação dos alimentos, referindo-se ao binômio tempo x temperatura também foram mais detalhados a ponto de permitir uma conservação adequada dos materiais mesmo na ausência de instruções na rotulagem do fornecedor.
A temperatura de cocção considerada adequada também foi alterada, passando dos costumeiros 70°C para 74°C, aumentando a margem de segurança do alimento, em conjunto com os cuidados com as amostras de contraprova, que agora aparecem com o tempo de manutenção aumentado de 72 para 96 horas e a quantidade padronizada em no mínimo 100grs por amostra.
Com relação à temperatura, a frequência de monitoramento também passou por uma alteração bastante significativa. Agora os equipamentos de conservação deverão ser monitorados ao menos duas vezes ao dia e os produtos que estiverem expostos ao consumo, a cada duas horas. Vale lembrar que os registros continuam sendo fundamentais para comprovar o acompanhamento de todo o processo e o atendimentos aos requisitos legais.
O que podemos notar no geral da portaria, é que, enquanto ela removeu itens considerados polêmicos, como o fornecimento obrigatório de cardápio em Braille, ela investiu em uma maior profissionalização dos negócios, identificando inclusive as necessidades de laudo de migração para embalagens primárias e fichas técnicas de lubrificantes utilizados nos equipamentos do processo.
Entre tantos detalhes, fica fácil identificar a preocupação crescente com a segurança do produto e do consumidor e uma abordagem mais didática e consciente dos problemas cotidianos. Para conhecer a legislação na íntegra, acesse

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/portaria_2619_1323696514.pdf

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Entrevista ASBAI – alergias alimentares

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Não há dúvidas que a gestão de alergênicos é uma das preocupações crescentes da indústria de alimentos. Por esta razão, o blog Food Safety Brazil conversou com a Dr. Ariana Yang, diretora da ASBAI, para nos aprofundarmos na ótica médica da questão.

 Há dados epidemiológicos sobre alergia no Brasil? Somos mais alérgicos que outros povos?

Não há dados epidemiológicos no Brasil. Sabemos por experiência clínica que os alergênicos mais comuns na população são leite, ovos, trigo, soja e frutos do mar. Nos EUA estima-se que 8% das crianças e 2% dos adultos sejam alérgicos a leite. Já a intolerância a lactose afeta 25% da população.

 Qual a diferença entre intolerância e alergia?

A intolerância é uma reação por incapacidade metabólica, sendo o quadro mais clássico o leite. Já a alergia ocorre com desencadeamento de resposta imunológica a uma proteína. Alguns exemplos: 

A reação a e amarelo tartrazina a sulfito é uma intolerância. O trigo pode desencadear a doença celíaca metabólica pelo componente glúten. Já a alergia ao trigo é pela proteína gliadina.

 Por que tão difícil ter dados epidemiológicos?

Mesmo os estudos internacionais não são totalmente confiáveis por causa da metodologia para diagnosticar a alergia. Na maioria das vezes ninguém come um alimento sozinho, é então pode haver alergias cruzadas e interferências nas conclusões.  Há doenças multifatoriais e crônicas que também podem simular alergia. Muitos consideram confiáveis os testes sanguíneos para resposta imunológica a uma proteína, porém o diagnóstico definitivo envolve risco. É o chamado teste de desencadeamento oral, no qual o paciente é exposto ao alimento. 70% dos desencadeamentos nos EUA acabam descartando a suspeita alergia.

 Ao longo da vida, uma pessoa pode se tornar alérgica ou deixar de ser? É verdade que as reações se tornam gradualmente mais intensas?

Imprevisibilidade é a melhor resposta. Uma pessoa pode ter consumido centenas de vezes um alimento tendo apenas reações suaves e de repente tem um choque fatal. Por experiência, para o leite, ovo, trigo e soja há expectativa de tolerância ao longo da vida. Já a alergia a frutos do mar tende a ser persistente. Uma vez alérgico, para sempre alérgico.

 Que tipos de reações podem ter pessoas alérgicas?

Há vários tipos de reação adversa que uma pessoa pode ter a um alimento. Quanto há uma resposta imune à proteína alimentar chamada tipo I envolvendo o anticorpo Ige,  podem ser desencadeados sintomas em qualquer órgão sendo os sintomas mais comuns  a urticária e angiodema. Sintomas cutâneos podem vir acompanhado de sintomas respiratórios como rinite, tosse, falta de ar, cólica, diarréia, vomito e eventualmente implicações cardiovasculares, com queda de pressão arterial. 

 Quando pode ocorrer o óbito?

Quando ocorre o choque anafilático, que é o sintoma mais agudo. A morte geralmente ocorre por duas vias: cardiovascular ou respiratória, ou seja, choque (diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea ou broncoespasmo grave (consequência da contração da musculatura dos brônquios).

Edema de glote pode ou não ocorrer (inchaço da garganta), mas nem sempre chega ao extremo de fazer as pessoas pararem de respirar por bloqueio das vias superiores. Antes de parar de respirar, a pessoa fica rouca e esse é um alerta para buscar socorro.

  Há novos alimentos sendo vistos como alergênicos?

Sim, há os alergênicos emergentes, principalmente as frutas. As mais implicadas são o kiwi, abacate, mamão e banana, que tem reação cruzada com o látex. Gergelim é emergente também, mas está longe de afetar uma grande parcela da população.

  A literatura médica estabeleceu um limiar que defina qual é a quantidade mínima da proteína que pode desencadear uma alergia?

Não, pois as respostas são individuais. Em teoria e de forma idealizada, se poderia quantificar o limiar de cada pessoa e ela policiaria o que pode ingerir. Se os fabricantes informassem qual é essa quantidade, em nanogramas e picogramas, a pessoal poderia fazer escolhas, mas a priori isso é inviável. Tenho um paciente que não pode passar pelo corredor de lácteos que manifesta reações.

 O que a senhora pensa da posição das indústrias que indicam nos rótulos “pode conter traços de” determinados alimentos, mesmo que eles não façam parte da lista de ingredientes?

É ruim, pois o alérgico vive uma vida de privações e em geral sai perdendo nestes casos. Há pacientes que sem problemas que podem consumir um alimento no qual se declaram os traços, somente devem restringir quantidades mais significativas.  Mas se pensarmos no outro extremo, o risco de morte, é uma medida prudente. É uma superproteção.

 A ASBAI acompanha a evolução da legislação brasileira na ANVISA? O que podemos esperar?

Há uma representante que participou de algumas reuniões, mas não há mudanças concretas em andamento. Nós temos insistido para que se use linguagem simples destaque direto, como se usa por exemplo para “contém glúten”.

 Que recomendação você dá aos profissionais que trabalham na área?

Que sejam muito claros na rotulagem. O público leigo não costuma saber o que é “caseinato” ou “albumina”. Nós médicos passamos um glossário para os pacientes, mas outro dia me deparei com o ingrediente “creme inglês” que escondia leite.  Nós não acompanhamos inovações e lançamentos de ingredientes de nomes diferentes e precisamos de clareza.

 

Adriana Yang é médica alergologista, doutora em Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP e diretora da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia) e concedeu esta entrevista especialmente para o blog Food Safety Brazil.

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Manejo ecológico de pombos

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Tinha uma pomba no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma pomba…

Essa frase já virou um mantra para muitos gestores de qualidade, especificamente de alguns segmentos, como moinhos, fábricas de biscoitos, fábricas de salgadinhos e tantos outros.

Infelizmente, esse problema é comum em auditorias e tem causado transtornos principalmente pelas áreas externas.

Áreas internas são protegidas por portas automáticas, janelas teladas e ausência de frestas, garantindo ou reduzindo significativamente a entrada dos animais. No entanto, nem sempre esses cuidados são suficientes e áreas externas representam áreas críticas no momento de avaliação do controle desses animais.

O maior desafio com relação ao controle das pombas, é que apesar do controle já estar autorizado, não existem ainda produtos químicos registrados para o controle, e a utilização de armadilhas com iscas ou adesivas também não é permitida.

Nesse momento, para muitas equipes, a sensação de impotência é iminente. Começam a ser adotadas medidas que envolvem atos folclóricos, como fixação de estátuas de corujas, cobras de borracha, imagens de gaviões adesivadas em vidraças, ou em pontos estratégicos, na esperança de espantar os animais. Ou então, adota-se a fixação de espículas em todos os locais da estrutura externa dos prédios em que as pombas poderiam se alojar. O ponto fraco desses controles, é a facilidade de adaptação das aves, que desafiam seus inimigos fictícios ou apoiam-se cuidadosamente sobre espículas.

Quando tudo parecia perdido, algumas empresas tiveram a idéia de fazer uma captura consciente desses animais, ou seja, um manejo ecológico. A empresa utiliza método aceito pelos órgãos competentes, que consiste na captura para controle populacional dos animais. Os pombos, após capturados são transportados e adaptados em regiões rurais distantes, para que não retornem aos locais de origem.

O método, apesar de demonstrar resultados de médio a longo prazo, tem demonstrado grande eficácia no controle de pombos, quando aliados com controle básicos de pragas como prevenção de acesso, abrigo e não disposição de alimentos.

Para quem se interessou pelo método de manejo, pode se informar mais a respeito no site

Para quem se interessou pelo método de manejo, pode se informar mais a respeito no site

www.desinsecta.com.br

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APPCC base para sucos processados assepticamente

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APPCC Base Para Sucos Processados Assepticamente

Izael Gressoni Júnior

Tese apresentada à FEA-Unicamp para obtenção de título de Mestre em Ciência de Alimentos.

Este trabalho de pesquisa visou o estabelecimento de plano APPCC base para sucos processados assepticamente, indicando medidas preventivas e pontos críticos de controle com quadros-modelo de monitoramento e de registros, de forma a possibilitar a implantação de planos APPCC nas empresas de sucos processados assepticamente existentes no Brasil. 

Formulários foram elaborados para aquisição de informações durante visitas a empresas processadoras de suco de laranja integral pasteurizado e esterilizado e de suco de maçã esterilizado. Foram realizados também experimentos para determinação da resistência térmica de Escherichia coli e Byssocchlamys nivea em suco de laranja para a verificação  da segurança estudado. Os principais pontos críticos de controle determinados pelo plano APPCC base foram as etapas de recepção, de processamento térmico (pasteurização ou esterilização), de envase e de estocagem (refrigerada ou a temperatura ambiente). A etapa de recepção controla a segurança da matéria-prima como um ponto de prevenção, o processamento térmico é o principal ponto de redução e eliminação dos perigos biológicos e as etapas de envase e estocagem são os principais pontos que garantem a segurança do produto final. As resistências térmicas encontradas para Escherichia coli e Byssochlamys nivea permitem dizer que os processos típicos para suco de laranja no Brasil (90-95oC/10-30 s) são eficazes na eliminação de Escherichia coli mas podem permitir a sobrevivência do fungo. Este estudo verificou também que a aplicação de procedimentos de Boas Práticas Agrícolas e Boas Práticas de Fabricação  de forma efetiva é primordial para a implementação eficaz de planos APPCC nas empresas processadoras de suco no Brasil.

Este trabalho fez parte do Projeto “Segurança Microbiológica de Sucos e Drinques Envasados Assepticamente” que envolveu a Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a EMBRAPA através do Prodetab, e empresas processadoras de sucos e de  embalagens para sucos.

Faça o download clicando abaixo: [wpdm_file id=21]

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