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Tomar água ou café em copo plástico é seguro?

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Quando se considera o sistema embalagem-alimento, há uma preocupação com a migração ou transferência de substâncias da embalagem para o alimento. Estas substâncias podem gerar alterações sensoriais, como mudança de odor e sabor dos alimentos, e também podem ser tóxicas. Pensando nisso, tomar água ou café em copo plástico é seguro?

Durante o VI CONALI (Seminário sobre Contaminantes em Alimentos), realizado no ITAL, em Campinas, em novembro passado, Dra. Magali Monteiro da Silva falou sobre “Contaminantes Potenciais de Embalagens Plásticas de Alimentos”. A palestrante é professora do Depto de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, SP. 

Inicialmente, ela explicou que o plástico é um material composto por resina e aditivos, sendo a resina constituída por polímeros, dos quais os mais usuais estão listados abaixo, com suas respectivas siglas:

  • HDPE, LDPE – polietileno de alta (H) e baixa (L) densidade;
  • PP – polipropileno;
  • PS – poliestireno;
  • PVC – policloreto de vinila;
  • PVdC – copolímero de cloreto de vinila e vinilideno;
  • PET/PETE– polietileno tereftalato;
  • PC – policarbonato;
  • EVA – copolímero de etileno e acetato de vinila;
  • EVOH – copolímero de etileno e álcool vinílico;
  • Nylon 6 – E-caprolactama.

Há uma codificação internacional para identificar estes materiais e sua “reciclabilidade”. Veja abaixo:

reciclagemCada tipo de polímero, dependendo de sua estrutura química, molecular, densidade e cristalinidade vai conferir as macro características dos materiais plásticos. Os aditivos são adicionados para desempenhar funções especificas, como as descritas abaixo:

ADITIVO FUNÇÃO POLÍMERO
Antioxidante Inibir ou retardar degradações termo-oxidativas PP, PE, PS
Estabilizantes ao calor Proteger da decomposição devido às altas temperaturas usadas no processo de transformação PE, PP, PVC, PVdC
Plastificantes  Reduzir temperatura do processamento

Tornar mais flexível 

PVC, PVdC
Estabilizantes à luz UV Proteger da degradação pela luz UV PVC, PE, PP, PET, PS
Lubrificantes e deslizantes Reduzir a tendência de adesão a superfícies

Promover a remoção de plásticos de moldes e cavidades 

PVC, Poliolefinas
Corantes  Melhorar aspecto visual

Evitar penetração da luz 

Uso geral
Agentes nucleantes Reduzir o tamanho dos cristais auxiliando na manutenção da transparência e claridade PET, PP
Agentes anti-estáticos Tornar a superfície do plástico mais condutiva

Melhorar “maquinabilidade” 

PE, PS, PP, PET, PVC
Agentes de expansão Favorecer a expansão PS 
Cargas Reduzir custos e/ou melhorar propriedades mecânicas Uso geral

Algumas destas substâncias, como o monômero Cloreto de Vinila e o plastificante DEHP (Dietilhexilftalato) são carcinogênicas para humanos. Outras, como o estireno, são possivelmente carcinogênicas (grupos 1 e 2 na classificação IARC).

A legislação brasileira estabelece listas positivas dos materiais de embalagens, ou seja, enumera todos que podem ser utilizados, bem como define um Limite de Composição (LC) que é o teor máximo da substância que pode estar presente na própria embalagem. As normas brasileiras definem também Limites de Migração Global (LMG) e Limites de Migração Especifica (LME). O Limite de Migração Global serve para os materiais de embalagem em geral e é de 50 mg do material /kg alimento (ou simulante) ou 8 mg/dm2 de área de contato. O LME só existe para algumas substâncias e seu valor é variado.

Dra. Magali já publicou vários trabalhos relacionados ao desenvolvimento e validação de métodos analíticos para quantificação da migração de substâncias de embalagens para os alimentos. Em sua apresentação, ela expôs alguns resultados destes trabalhos. Num deles, publicado em 2012, foi criado e validado um método para quantificação de poliestireno (PS) em copos plásticos. Das 11 marcas analisadas de copos descartáveis utilizados no Brasil, nenhuma ultrapassou o Limite de Composição do Estireno no material de embalagem (LC=0,25%). Também não foi detectada migração do estireno da embalagem para água nem para um simulante de alimentos contendo água e 20% de etanol. Portanto, considerando-se este resultado, podemos continuar tomando a água e o café nosso de cada dia em copos descartáveis.

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Ministério da Agricultura e Exportadores de Amendoim discutem maior controle de Aflatoxinas

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Desde março de 2014 o Ministério da Agricultura e as empresas responsáveis pelos controles de Aflatoxinas no Amendoim produzido no Brasil, estão trabalhando conjuntamente para estabelecer um formato único de controle.

Hoje, dez por cento do amendoim brasileiro exportado para a União Europeia é inspecionado pela Autoridade Sanitária na chegada aos portos de entrada do continente europeu e, embora este número já tenha sido maior (cinquenta por cento das cargas brasileiras eram inspecionadas anteriormente), o aumento recente de RASFFs (Rapid Alert System for Food and Feed – documentos emitidos quando um limite relacionado à segurança de alimentos é extrapolado) emitidas para o Brasil causa preocupação por conta do impacto que uma possível ação que crie restrições à entrada do amendoim brasileiro na Europa.

Embora algumas ações tenham sido tomadas, elas não foram suficientes para minimizar os efeitos da estiagem que tem afetado as culturas agrícolas de um modo geral.

Neste aspecto, o amendoim particularmente sofreu mais do que outras culturas, pois é cultivado em uma época de chuvas (entre o início da primavera e o final do verão). Com a diminuição da oferta de água, além da perda em volume na safra, houve também uma perda sensível no aspecto da qualidade dos grãos.

Como o fungo Aspergillus flavus produz mais toxinas em situações de “stress hídrico”, o aumento de lotes reprovados foi inevitável…

Para este ano algumas ações já foram tomadas:

O MAPA, em conjunto com os produtores de amendoim, está elaborando um documento sobre o impacto da alteração do limite máximo de Aflatoxinas totais que está sendo discutido pelo Codex Alimentarius, a pedido do governo indiano.

Em breve trataremos deste assunto por aqui.

Novos e maiores controles no recebimento e no processamento dos grãos também estão sendo implementados. Um deles é a adoção das “Cartas de Auto Controle”, objetivando diminuir os desvios e melhorar o acompanhamento da eficiência da metodologia analítica utilizada.

No último dia onze de fevereiro aconteceu em Marília um workshop organizado pelo pelo laboratório JLA, a pedido do MAPA, para a apresentação e discussão de temas relativos às técnicas mais usadas nas indústrias e laboratórios credenciados para o controle de Aflatoxinas.

O tema amostragem também foi bastante discutido, pois como todos nós sabemos, uma amostragem mal feita prejudica todo o sistema de controle analítico.

O resultado dessas ações tem sido positivo, pois está sendo criado um movimento para a defesa do grão brasileiro através do compartilhamento de informações e experiências entre todos os envolvidos na cadeia produtiva, o que já não era sem tempo!

Abaixo, números comparando os RASFFs emitidos para o Amendoim brasileiro com os volumes exportados, desde o ano de 2010:

Na tabela a seguir, números comparativos de lotes aprovados internamente nos dois últimos anos. Observem que a aprovação para os números mais baixos diminuiu bastante, o que significa maior índice de reprovação e a consequente perda de dinheiro para as empresas exportadoras:

Valores para exportação UE:

Se o Brasil pretende alcançar um posto de destaque no comércio internacional de amendoim é preciso que seus produtores entendam que sem cooperação e união não haverá sucesso e retorno financeiro, ou seja, não haverá crescimento sustentável.

Na Argentina, que exporta cerca de sete vezes mais amendoim do que o Brasil, esta é uma prática muito comum entre os produtores locais e isto só trouxe ganhos para o país e seus produtos. O resultado desta cooperação fica claro quando olhamos alguns números.

Nestes mesmos anos a Argentina e o Brasil tiveram os seguintes números:

No último ano os volumes exportados foram:

Como disse acima, voltarei a este tema futuramente.

Um abraço!

 

Fontes:

Rrelatórios do RASFF: Site RASFF

Volumes exportados foram obtidos através de pesquisa no MAPA e com uma trader Argentina

Os números sobre aprovação de lotes  JLA do Brasil

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Arsênio em arroz: segurança do alimento x segurança alimentar

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A preocupação com a presença de arsênio em arroz já foi objeto de vários posts publicados aqui.

Nos EUA, o FDA e associações de consumidores como a Consumer Reports periodicamente divulgam notas ou reportagens relatando o monitoramento deste assunto.

Nos dias 11 e 12 de novembro de 2014, foi realizado no ITAL, em Campinas, o VI Seminário sobre Contaminantes em Alimentos (CONALI), e a organização do evento gentilmente cedeu uma vaga ao blog. Na ocasião, Fábio Ferreira da Silva, da empresa Agilent Technologies, fez uma boa abordagem deste assunto durante sua apresentação. 

O arroz é uma das commodities agrícolas mais produzidas no mundo, sendo que alimenta mais da metade da população mundial e é matéria prima para outros alimentos, como fórmulas infantis, barras de cereais, alimentos livres de glúten, etc. O Brasil é o maior produtor e consumidor não asiático deste grão.

Por várias razões, como o cultivo em áreas alagadas, o arroz pode absorver maiores quantidades de arsênio em relação a outros grãos. E por que devemos nos preocupar com isso? Segundo a OMS, este elemento figura entre os 10 contaminantes de maior preocupação atualmente. Os efeitos na saúde pela exposição a ele são: lesões na pele, neuropatia periférica, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.  

O efeito tóxico do arsênio depende de sua concentração e principalmente das espécies químicas presentes, cuja ordem crescente de toxicidade é a seguinte:  arsênio elementar <  arsenobetaína (AsB) < formas metiladas DMA e MMA < arsenato < arsenito < arsina.

Enquanto o arsênio elementar não é considerado tóxico, as formas inorgânicas (Asi) sublinhadas no trecho acima são altamente tóxicas. Para piorar, no arroz até 90% das espécies de arsênio podem ser inorgânicas, ou seja, são as formas mais tóxicas.  

O termo especiação, em química analítica, expressa a ideia de que a forma específica de um elemento químico deve ser considerada individualmente.

No caso do arroz, a especiação do arsênio (As), ou seja, as formas químicas sob as quais ele se encontra, vai depender da espécie de arroz, do manejo dos grãos, do tipo de beneficiamento (polido ou integral)  e também da cocção.

Quanto ao manejo dos grãos, é preciso considerar a presença de As no solo e na água de cultivo. O cultivo na forma alagadiça aumenta a incorporação de As no arroz quando comparada ao cultivo na forma de “sequeiro”. A comunidade microbiana presente no solo também é importante, pois ela pode auxiliar na metilação do As, lembrando que estas formas são de toxicidade intermediária. O tipo de fertilizante usado também faz diferença, pois a presença de silício nos fertilizantes afeta a absorção do arsênio pelo arroz.

Os diferentes tipos de beneficiamento do grão determinam os diferentes tipos de arroz, como integral, polido ou parboilizado e, por sua vez, também causam impacto na concentração total de As e na concentração de Asi.  

Em termos de regulamentação mundial, a China tem limite de 700 ppb de As nos alimentos em geral e desde 2005 foi fixado o limite de 150 ppb de Asi no arroz.

A União Europeia está discutindo limites para Asi em arroz, sendo que o valor de 200 ppb está sendo considerado para o arroz branco polido, mas o arroz destinado à produção de alimentos para lactantes e crianças poderá ter limite bem abaixo deste. As discussões continuam, sendo esperada uma decisão em 2015.  

A dificuldade de se estabelecer um limite para o teor de arsênio em arroz, sobretudo de arsênio inorgânico, deve-se justamente à importância deste cereal na dieta humana. Limites rígidos poderão levar a um desabastecimento mundial. Como foi muito bem sugerido pelo apresentador, trata-se de uma tentativa de equilibrar numa balança de pratos dois conceitos que às vezes se confundem: a segurança do alimento, ou seja, a garantia de que o alimento não causará dano à saúde do consumidor, com a segurança alimentar, isto é, a garantia de que não vai faltar alimento.

Escolha o seu prato nesta balança: com ou sem arroz?

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Adoçantes sintéticos podem contribuir para a diabetes, diz um novo e controverso estudo

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Tanto o açúcar como os adoçantes sintéticos enfrentam o fogo pesado das pesquisas científicas. Por um lado, o açúcar é associado à cárie dentária, diabetes, obesidade e até mesmo à violência infantil. A Organização Mundial de Saúde lançou, no início deste ano, um projeto de orientações que reduziu pela metade o consumo máximo de açúcar recomendado. Os adoçantes também estão na cadeira dos réus: já falamos aqui de uma pesquisa na qual os ratos alimentados com adoçantes engordavam mais que os alimentados com açúcar.

Agora, uma nova pesquisa publicada na revista Nature sugeriu que os adoçantes sacarina, aspartame e sucralose podem ter um efeito negativo sobre a flora intestinal e, assim, levar a um maior risco de diabetes.
No estudo, cientistas do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot, Israel, alimentaram ratos com água adoçada por açúcar ou por um dos seguintes adoçantes: aspartame, sucralose e sacarina.  Após 11 semanas, os ratos alimentados com adoçantes artificiais tiveram um pico anormalmente elevado nos níveis de glicose no sangue quando receberam refeição contendo glicose, uma condição chamada de intolerância à glicose, que é vista como um estágio inicial do desenvolvimento de diabetes. Porém, quando os ratinhos foram tratados com antibióticos durante quatro semanas, a intolerância à glicose não ocorreu, o que indica que os microrganismos da flora intestinal podem desempenhar um papel significativo neste processo.

Na verdade, os cientistas estão apenas começando a entender o papel das bilhões de células microbianas que colonizam o intestino humano. Alguns microrganismos são conhecidos por serem cruciais na quebra de nutrientes em nossa dieta. Estudos também têm demonstrado que as pessoas com excesso de peso tendem a ter, em seus intestinos, bactérias diferentes das presentes nas pessoas magras, mas não está claro se estas bactérias, de alguma forma, podem causar obesidade ou diabetes.

No estudo israelense, os pesquisadores também descobriram que certos tipos de microrganismos intestinais foram mais comuns em ratos alimentados com sacarina. Ao transferir as bactérias intestinais destes ratos para ratos saudáveis que não as continham, eles verificaram que também transferiram sua intolerância à glicose. Uma explicação seria que moléculas produzidas por algumas destas bactérias podem aumentar a produção de glicose no corpo e empurrar para cima os níveis de glicose no sangue.

Para testar se as suas conclusões são relevantes para os seres humanos, os pesquisadores acompanharam sete indivíduos que receberam uma dose alta de sacarina (5 miligramas por quilograma de peso corporal, índice máximo aceitável de ingestão segundo a FDA) por 6 dias consecutivos. Quatro desses indivíduos também começaram a mostrar sinais de intolerância à glicose, assim como ocorreu com os ratos. Para os pesquisadores, os adoçantes estudados “podem estar contribuindo diretamente para aumentar a epidemia de diabetes contra a qual eles próprios deveriam lutar”.

Na comunidade científica, o trabalho dos israelenses recebeu comentários elogiosos e também críticas. Segundo Peter Turnbaugh, um microbiologista da Universidade de Harvard, “o estudo é fascinante. Houve algumas sugestões na literatura de que os adoçantes sintéticos poderiam alterar a microbiota intestinal, mas esta é, de longe, a análise em maior profundidade que vi até agora.”

Michael Blaut, um microbiologista do Instituto Alemão de Nutrição Humana, disse que os dados apresentados “são críveis e notáveis”, mas tem dificuldade em imaginar um mecanismo que seria responsável por fazer três compostos tão diferentes quimicamente, como aspartame, sacarina e sucralose conduzirem às mesmas alterações na flora intestinal.

Outros cientistas, porém, não receberam bem os resultados da pesquisa. Eles questionam os dados sobre os seres humanos, de apenas sete pessoas, das quais quatro apresentaram o efeito. Alguns lembraram ainda que pesquisas anteriores parecem apontar para uma direção diferente: um grande estudo epidemiológico envolvendo milhares de pessoas publicado no ano passado descobriu uma ligação entre o consumo de bebidas adoçadas com açúcar e diabetes, mas não entre os refrigerantes adoçados artificialmente e diabetes.
Eran Segal, um dos autores do estudo, rebateu as críticas: “nós somos os primeiros a admitir que o estudo tem apenas resultados preliminares sobre um pequeno grupo de indivíduos, mas alguns estudos no passado também descobriram uma associação entre adoçantes sintéticos e o risco de diabetes. A falta de dados conclusivos e de um mecanismo em um assunto tão importante foi a base de nosso olhar para este assunto.”

Uma possível explicação para a discrepância com os estudos epidemiológicos de grande escala é que o novo estudo centraliza-se na ação da sacarina, adoçante não utilizado nos principais refrigerantes do mercado americano. Em estudos anteriores, os pesquisadores também testaram aspartame, que é muito utilizado como adoçante para refrigerante nos EUA, mas o efeito observado foi menor.  “Os autores estão confundindo suas conclusões, abordando todos esses adoçantes artificiais não calóricos juntos”, diz Brian Ratcliffe, um pesquisador de nutrição na Universidade Robert Gordon, no Reino Unido. “Ainda assim”, diz ele, “os dados certamente sugerem que há algo mais que precisa ser explorado sobre a sacarina.”

Fonte: Science Magazine

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Não se esqueça dos perigos químicos no HACCP!

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Navegando pela internet encontrei um artigo de Julie Hill e Graça Bandong publicado no site www.foodsafetymagazine.com que considerei bastante pertinente. Por este motivo, resolvi traduzir, resumir as principais ideias e compartilhar com vocês. Boa leitura!

Não se esqueça dos perigos químicos!

A Lei de Modernização da Segurança dos Alimentos (FSMA) foi assinada em 4 de janeiro de 2011. Em termos simples, ela permite que o FDA, para melhor proteger a saúde pública, se concentre na prevenção de problemas de segurança dos alimentos, em vez de reagir aos problemas depois que eles ocorram.

Em janeiro de 2013, o FDA publicou a regra proposta em controles preventivos para alimentação humana: Boas Práticas de Fabricação e Análise de Perigos e requisitos de controle preventivo, baseados no risco para a alimentação humana. Esta regra exige que as empresas de alimentos desenvolva um plano de segurança dos alimentos que inclua uma análise de risco e medidas de prevenção com base no risco para os perigos conhecidos ou razoavelmente esperados que poderiam afetar os alimentos industrializados, processados, embalados ou fabricados em uma instalação. Este plano deve incluir vários elementos, entre estes:

• Análise de Perigos
• Medidas de controle
• Monitoramento
• Ação corretiva
• Validação e verificação de eficácia de todo o sistema de segurança dos alimentos, não apenas os limites críticos que suportam os pontos críticos de controle
• Manutenção de registros das atividades acima

Tem sido a experiência das autoras que muitos programas de HACCP focam em perigos biológicos e, em menor grau, nos perigos físicos. Perigos químicos se restringem a identificação de agentes saneantes, graxa, lubrificantes e produtos químicos de controle de pragas.

No entanto, FSMA especificamente identifica e faz referência a agrotóxicos, resíduos de medicamentos, alimentos não aprovados e corantes como perigos que devem ser considerados. Assim, estes contaminantes químicos, muitas vezes esquecidos, não podem continuar sendo ignorados.

Os contaminantes químicos podem causar sérios danos à saúde de seus clientes e ter um efeito importante sobre o seu negócio. Em 2008, uma fórmula infantil contaminada com melamina adoeceu centenas de crianças e causou várias mortes na China. Embora este tipo de contaminação economicamente motivada seja raro, a contaminação de produtos alimentares com, por exemplo, um pesticida não registrado é mais comum e pode desencadear um recall de Classe II.

A melhor abordagem para proteger o produto da contaminação química é identificar os perigos nos ingredientes antes que possam afetar o produto final. Como não é realista testar cada lote de ingrediente para cada contaminante químico, a recomendação é desenvolver um programa de testes para ingredientes mais arriscados. O desafio inicial com essa abordagem é identificar os ingredientes de alto risco! Deve-se usar uma análise de risco baseada Codex Alimentarius para identificar e medir risco para todos os ingredientes recebidos. A análise de riscos, segue uma abordagem estruturada que compreende três componentes distintos: avaliação, gestão e comunicação dos riscos.

Avaliação de risco

A avaliação de risco relaciona-se com a compreensão e tentativa de quantificar o quão grande o risco é e os principais fatores que influenciam o risco. A avaliação dos perigos químicos abrangente de ingredientes inclui avaliar vários fatores, como o risco inerente, incidência e fornecedor, mercados-alvo, formulação, etc.  As avaliações de risco mais completas incluem também uma aprofundada avaliação no local de instalações de processamento.

Gestão de Riscos

Uma vez que os riscos são identificados de forma satisfatória, a gestão de risco pode ser empregada. Este elemento identifica e prioriza as opções ou cenários que uma empresa deve considerar para mitigar e gerenciar os riscos. Contratos com fornecedores, certificados de análises; testes analíticos e auditorias de fornecedores são componentes-chave para a gestão do perigo químico de ingredientes.

Comunicação de Risco

A comunicação de risco é utilizada em todo o processo de análise de risco para promover o conhecimento e a compreensão das questões específicas em consideração durante a análise. Embora muitas vezes tida como certa, a comunicação é fundamental para a coerência e transparência na formulação de opções de gerenciamento de risco, recomendações e orientações que uma empresa tem em relação aos riscos e como esses riscos podem afetar essas opções e escolhas. Por exemplo, a comunicação entre as equipes de garantia de qualidade cliente / fornecedor é fundamental para um programa bem sucedido. As duas equipes podem facilmente ter objetivos conflitantes que precisam ser consensados.

A abordagem por etapas

Empresas podem implementar iniciativas de análise de risco de várias maneiras. As autoras recomendam empregar uma abordagem gradual para a análise de risco.

Fase 1: Análise de documento

O exame dos documentos realizado pela equipe de segurança dos alimentos deve ser abrangente o suficiente para descobrir todos os perigos químicos para o ingrediente. Neste ponto, a mitigação dos riscos não é abordada. Em vez disso, a avaliação é feita simplesmente para identificar o perigo, determinar sua probabilidade de ocorrência e a gravidade ocasionada se o perigo ocorrer. Documentos que podem ser analisados:

• especificação do ingrediente
• informações do fornecedor
• relatório de auditoria no fornecedor
• dados sobre formula
• informações de marketing
• comentários sobre boas práticas agrícolas
• informações de aquisição

Fase 2: Classificação do perigo

Informações obtidas na avaliação acima constitui o ponto de partida. Um sistema de classificação é usado para construir o modelo e segmento de ingredientes que são mais ou menos propenso a riscos potenciais, proporcionando assim uma gestão com indicações de onde concentrar ações.

Fase 3: Controles de Mitigação

Uma vez que tenha sido identificado o risco, este deve ser atenuado. Isto pode ser conseguido através do estabelecimento de medidas de prevenção. Controles preventivos típicos que podem ser utilizados para mitigar os perigos químicos são:

• contratos com fornecedores

• requisitos de certificados de análises

• programas de verificação / testes / análises

• auditorias

Programas de testes

Se um programa de testes / análises for implementado como um controle preventivo, ele precisa ser avaliado rotineiramente para permanecer abrangente e atualizado. Ao longo dos últimos anos, tem havido muitas mudanças e avanços neste assunto.

Conclusão

Como requisitos FSMA continuam a evoluir, as empresas de alimentos terá de considerar ou reavaliar as suas abordagens para a avaliação dos riscos para garantir que os sistemas completos e compatíveis existem para perigos biológicos, físicos e químicos. A abordagem descrita neste artigo oferece um processo sistemático para identificar, priorizar e testar os perigos químicos, muitas vezes negligenciados. Ferramentas de análise de risco são suficientes para identificar e classificar os perigos químicos de forma robusta e flexível o suficiente para adicionar aos controles estes fatores de risco identificados.

Sobre as autoras:

Julie Hill é vice-presidente da divisão de química no Laboratório Nacional de Alimentos (NFL), Livermore, Califórnia

Graça Bandong é o gerente da divisão de contaminantes alimentares para a NFL.

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Exposição de crianças aos corantes artificiais continua preocupando

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Os pesquisadores e a comunidade científica têm debatido, nos últimos 40 anos, se há uma ligação entre o consumo de corantes artificiais e a hiperatividade em crianças.

Em 2011, o FDA concluiu que, com base em todos os dados disponíveis, não foi possível estabelecer relação de causalidade entre o consumo infantil de corantes sintéticos e efeitos adversos comportamentais, incluindo hiperatividade. Uma conclusão idêntica já tinha sido divulgada pela Autoridade Europeia em Segurança de Alimentos em 2008, tendo sido inclusive o assunto de um post bem detalhado publicado aqui. Mesmo assim, o comitê do FDA recomendou recentemente uma pesquisa adicional, incluindo a avaliação da exposição de crianças e adolescentes aos corantes artificiais.

Em 13 de agosto último, durante o Encontro Nacional da American Chemical Society, parte do estudo foi divulgada em um pôster que pode ser acessado aqui. As principais informações deste levantamento dão conta de que, pelo menos 96% das crianças de 2-5 anos nos EUA estão expostas aos corantes vermelho 40, amarelo 5, amarelo 6 e azul 1.

A avaliação foi baseada na quantidade de corantes presentes em mais de 580 produtos alimentares e considerando dois dias de consumo, conforme dados de consumo de um trabalho da National Health and Nutrition. Segundo o estudo, todas as estimativas de exposição para esses corantes sintéticos estão muito abaixo dos níveis máximos de ingestão aceitáveis estabelecidos pelo FDA. Agora, o FDA recomendou um novo trabalho que inclua a estimativa da exposição aos corantes considerando o consumo alimentar de 14 dias. Lisa Lefferts, cientista sênior do Centro para a Ciência no Interesse Público, disse que “tal exposição generalizada aos alimentos coloridos artificialmente é uma má notícia para todas as crianças, uma vez que os alimentos coloridos artificialmente não são considerados, em princípio, alimentos saudáveis”.

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Níveis elevados de chumbo levam a recall na China

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Não é novidade noticias sobre intoxicações alimentares causadas por microrganismos como fungos e bactérias, esses problemas alimentares são causados por diversos motivos dentre eles falta de boas práticas de fabricação, falta de controle nos pontos críticos do processamento, entre outros. Porém as ultimas noticias tem preocupado muito os consumidores, foram identificados níveis acima do máximo permitido de contaminantes inorgânicos como chumbo e outros metais.
Segundo pesquisas relacionadas aos efeitos da intoxicação por chumbo, apesar de não levar diretamente a morte, é responsável por déficits cognitivos irreversíveis, especialmente em crianças, cujo sistema nervoso encontra-se em desenvolvimento, sendo uma importante causa de morbidade atribuída a exposições ambientais. Quando os níveis de chumbo no sangue são muito elevados, excedendo 50 ?g/dl, pode ocorrer uma intoxicação aguda, levando a encefalopatia e morte, sendo este um problema menos frequente nos dias atuais. Os efeitos neurotóxicos do chumbo em níveis mais baixos que aqueles que causam intoxicação aguda, tais como menor Quociente de Inteligência (QI) e deficiência cognitiva, vem sendo descritos pela literatura há vários anos.
A noticia mais recente foi a contaminação do cereal matinal infantil da marca Heinz na China por elevados níveis de chumbo. Esse metal é altamente tóxico e em altos níveis no sangue pode causar problemas neurológicos, como os descritos anteriormente, causando assim disfunções e até a morte de crianças e pessoas. Essa contaminação demonstra a falta de cuidados com a qualidade do produto e com o processo, manchando assim a imagem da empresa.
Outro fato relacionado com a contaminação de alimentos por chumbo foi noticiado em 12 de junho de 2014, aonde foram encontrados níveis do metal acima do permitido em erva mate brasileira. O ministério de Saúde Publica do Uruguai detectou o problema após diversas analises pelo LATU(Laboratório Tecnológico do Uruguai) e estuda medidas e prazos para retirar do mercado os fabricantes que não se adequarem ao regulamento técnico do Mercosul – RDC nº42 de 29 de Agosto de 2013.
Pelos fatos apresentados em relação à saúde pública e pela recorrência de problemas com contaminação por chumbo nos alimentos que são necessárias medidas mais enérgicas dos países para evitar uma produção de produtos impróprios para consumo local e ou para exportação. Contribuindo para uma produção mais segura dos seus alimentos.

 

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Resumo da Palestra: “Migração de substancias químicas da embalagem para o alimento.”

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O blog Food Safety Brazil esteve na Food Ingredients, onde tivemos a oportunidade de participar da palestra da Dra. Marisa Padula, do CETEA, que abordou o tema migração de substâncias químicas da embalagem para o alimento.

As embalagens são utilizadas para acondicionar e preservar os alimentos. Para avaliar qual a melhor embalagem para cada tipo de alimento, a especificação técnica correta é imprescindível para garantir a proteção adequada.

O princípio fundamental é que os materiais não podem ser tóxicos, e deve haver a compatibilidade da embalagem com o processo de conservação, também não podendo ser fonte de contaminação microbiológica, evitando também contaminantes acidentais.

É importante controlar o potencial de migração da embalagem para o produto (tóxico e/ou sensorial), pois pode além de influenciar na segurança do alimento, podem prejudicar a aceitação do produto no mercado.

A legislação brasileira é bem definida para os limites relacionados a contaminação química (Resolução RDC nº 91, de 11 de maio de 2001), e esta avaliação deve considerar a migração total e migração especifica.

Migração Total: é a soma de todos os componentes da embalagem que são transferidos para o alimento.

Migração Especifica: migração de componentes individuais e identificáveis que apresentam interesse particular.

Para a definição da quantidade permitida de migração deve-se considerar o tipo de material, temperatura, tempo de contato, razão da área de contato/volume do produto e tipo de alimento.

São exemplos de contaminação química: Bisfenol A, Ftalatos, Benzofenona e metais.

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Resumo de Palestra – contaminantes formados no processamento de alimentos

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O blog Food Safety Brazil esteve na Food Ingredients, onde tivemos a oportunidade de participar da palestra da Dra. Adriana Pavesi, do ITAL, que abordou o tema contaminantes formados durante o processamento de alimentos.

Ao longo dos anos a humanidade evoluiu imensamente nas formas de produzir e consumir os alimentos. E com isso, muitas técnicas de preservação ou de transformação foram sendo elaboradas.

Alguns processos podem transformar compostos potencialmente tóxicos que não ocorrem na matéria prima, estas substancias começaram a ser identificadas por volta da década de 50 e 60. Dentre estes processos podemos citar:

Estas substâncias potencialmente tóxicas formadas durante o processamento de alimentos podem ter sua formação minimizada, mas dificilmente pode ser evitada. Elas podem proporcionar riscos como potencial carcinogênico (avaliados em estudos com animais) e potencial genotóxico.

A acrilamida esta presente em diversos alimentos ricos em carboidratos submetidos a tratamento térmico. Sua toxicidade esta relacionada a ser um provável carcinógeno humano, carcinógeno genotóxico (glicidamida) e potencial neurotóxico em seres humanos. Os principais grupos de alimentos que durante o processamento formam acrilamida são: batatas, pães e café.

O furano esta presente em diversos alimentos processados termicamente. Sua toxicidade esta relacionada a ser um possível carcinógeno humano e suas maiores concentrações podem ser encontradas em café expresso devido ao furano ser extremamente volátil.

O 3MCPDC e uma proteína vegetal hidrolisada (PVH) por HCl. É um possível carcinógeno humano, que produz efeitos tóxicos nos rins e reprodução e não possui potencial genotóxico. Está presente em caldos e sopas prontas, molho shoyo e o maior contribuinte desta substância são os derivados de pães.

O Brasil tem um grande potencial de crescimento no que se refere a legislações que definem limites e boas práticas para os contaminantes formados durante o processamento de alimentos, mas é possível utilizar referências internacionais a fim de minimizar os riscos aos consumidores.

 

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Resumo da palestra “Metais pesados em alimentos”

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O blog Food Safety Brazil esteve na Food Ingredients, onde tivemos a oportunidade de participar da palestra da prof. Dra. Elisabete Nascimento, da USP, que abordou o tema metais pesados em alimentos.

Os metais são elementos essenciais e nutricionalmente relevantes, contudo alguns metais tóxicos estão presentes em alimentos, como por exemplo: arsênio, chumbo, cádmio, mercúrio (inorgânico e orgânico), cobalto, alumínio, níquel e cromo.

Estes metais tem características peculiares, pois não podem ser destruídos pelo organismo, são altamente reativos do ponto de vista químico, podem ser absorvidos pelos tecidos, possuem alta toxicidade e longa persistência e tem bioacumulação e biomagnificação.

Estes metais podem ser introduzidos no organismo por diferentes vias de exposição: inalação, água potável ou alimentos consumidos (in natura ou industrializados).

A presença destes metais em alimentos pode ser influenciada pela localização próxima a industrias, locais de mineração ou descarte de lixo urbano, natureza do solo, uso de fertilizantes e/ou praguicidas, variações sazonais, propriedades físico químicas dos compostos e a sua absorção pelo organismo pode variar de acordo com a idade, sexo e estado nutricional.

A toxicidade dos metais em alimentos está relacionada principalmente com o ataque ao sistema nervoso, contudo alguns metais possuem toxicidades crônicas especificas:

Para calcular o risco da presença de contaminantes, utilizamos a equação: (IDA X LMR)/LT

Atualmente podemos considerar que os efeitos agudos causados por metais pesados são cada vez mais raros (acidentes tóxicos) comparando com os efeitos crônicos que possui grande preocupação com agentes carcinogênicos.

A toxicidade deve ser avaliada considerando:

  • IDA / LMP / LT
  • Legislação
  • Organismos Internacionais
  • JEFCA / JMPR

Quando utilizamos a análise do perigo metais dentro de um sistema de gestão de segurança de alimentos, o APPCC deve considerar a origem do alimento.

A regulamentação para este tipo de contaminante é relativamente extensa, considerando desde o CODEX até a RDC 42/2013 que inclusive aumenta a abrangência de limites de tolerância para um número maior de comodities com LMP.

Por isso, é muito importante a especiação do tipo de metal para relacionar a uma contaminação crônica ou aguda.

 

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