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Manual orienta para o controle de qualidade de ar para ventilação na indústria de alimentos

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Se você procura informações sobre controle de qualidade de ar para ventilação na indústria de alimentos, já foi publicado em português o manual  do EHEDG (European Hygienic Engineering and Design Group) sobre Diretrizes de sistemas de tratamento de ar na indústria de alimentos – controle de qualidade de ar para ventilação predial.

A qualidade do ar é um aspecto de projeto sanitário que tem sido cada vez mais requisitado nas normas de certificação de segurança dos alimentos.

Confira o sumário:

Referências Normativas

Definição de termos

Considerações gerais de projeto

Risco de contaminação veiculados por ar

Conceito de projeto de sistemas conforme as categorias de risco de produto

Áreas de produção não alimentícia

Laboratórios de microbiologia

Áreas de produção de alimentos

Análise de perigos do zoneamento

Ar da sala e  APPCC

Eficiência energética dos sistemas de circulação de ar

Recomendações de planejamento, fabricação e instalação de projeto sanitário

Processo de projeto para validação e documentação

Visão Geral

Considerações sanitárias para equipamento localizados internamente

Movimento de ar no espaço de processo/taxa de renovação de ar

Pressão diferencial para controle de espaço de processo

Controle de umidade

Controle de temperatura

Considerações sanitárias nos sistemas de ar de retorno

Componentes do sistema

Compartimento da Unidade

Ingresso/Entrada de ar externo

Dutos de ar

Pontos de inspeção de dutos de ar

Distribuição de ar por manta filtrante

Saída de ar de exaustão

Filtro de Ar

Tratamento anti-microbiano contínuo

Ventilador

Silenciadores

Umidificadores

Desumidificadores

Trocadores de calor

Recuperadores de calor

Plantas de resfriamento

Testes, comissionamento e validação e qualificação

Melhoria/Atualização dos sistemas existentes

Requisitos referentes a operação, monitoramento do sistema e manutenção

Orientação geral

Controles sanitários

Componentes

Entradas de ar externo

Dutos de ar

Dutos de distribuição de ar por manta filtrante

Filtors de ar

Ventilador

Silencidador

Umidificadores

Desumidificadores

Trocador de calor (incluindo a unidade de recuperação de calor)

Plantas de resfriamento

Treinamento e qualificação de pessoal

Monitoramento de qualidade de ar

Manutenção e limpeza

Limpeza de sistemas de circulação de ar

Compatibilidade Material

Limitações de aplicação

Procedimentos de limpeza e desinfecção – Recomendações

Modos de operação

Documentação, manual de qualidade de ar (requisitos básicos)

Referências

Para aquisição do manual, visite a página do EHEDG

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Posso usar pia de granito em restaurantes e fábricas de alimentos?

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Essa é uma das perguntas campeãs quando participo de projetos de reforma ou construções de restaurantes e fábricas de alimentos. Aproveitando que foi também a dúvida de uma de nossas leitoras, resolvi fazer esse post.

Pia de granito pode? A resposta é não, não pode.

Dentre outras legislações vigentes, a RDC 275, de 21 de outubro de 2002, em seu roteiro de inspeção dispõe que “mesas, bancadas, vitrines e outros móveis devem ser de material apropriado, resistentes, impermeáveis; em adequado estado de conservação e com superfícies íntegras”.

O granito é um material poroso, portanto não é impermeável. Apesar de possuir porosidade inferior ao mármore, ainda assim, possui certa porosidade e absorve água e outros líquidos. Na cozinha de nossas casas, onde a maioria das pias de cozinha é desse material, sempre vemos essa porosidade nas manchas que acabam se formando nas pias devido ao detergente ou pasta brilho das panelas que ficam acumulados embaixo das embalagens desses produtos. Há até mesmo manchas ocasionadas pela água empoçada!

Agora pense em um restaurante ou indústria de alimentos onde a pia e bancadas são usadas por longos períodos. Pense na água, nos resíduos alimentares de categorias distintas ali, sempre presentes e o granito absorvendo parte desses compostos. Prato cheio para um foco de contaminação, não?

Então pias, bancadas ou móveis onde o alimento entrará em contato direto feitos de granito nem pensar!

Um dos materiais mais indicados para a confecção de pias e bancadas de restaurantes e indústria de alimentos é o aço inox, que é um material liso, resistente e não poroso.

Você pode encontrar outras ligas metálicas que são autorizadas pela ANVISA para embalagens, revestimentos, utensílios, tampas e equipamentos elaborados com materiais metálicos na RDC nº 20, de 22 de março de 2007.

Imagem: Rei das Pias

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Ovos de Páscoa de colher: atenção para o armazenamento e prazo de validade

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A Páscoa está chegando, junto com ela os maravilhosos ovos de Páscoa. Recebemos uma pergunta de uma de nossas leitoras sobre o tema: como fazer para que a produção de ovos de colher não fique comprometida por causa da validade? Como armazenar e por quanto tempo?

Vamos lá.

Para a determinação de prazos de validade temos apenas 2 caminhos a seguir: ou usamos a legislação ou realizamos um estudo de shelf life (vida de prateleira) para o produto em questão.

Em um estudo de shelf life as amostras levam algum tempo de análise até termos os resultados. Uma vez que a Páscoa já está aí não teríamos tempo hábil para essa resposta. Então, nos sobra o outro caminho: a legislação.

A Portaria 2619/2011, vigente no município de São Paulo e a CVS 05/2013, vigente no estado de São Paulo, são exemplos de legislações que nos trazem prazos de validades estabelecidos para algumas categorias de alimentos.

Ovo de Páscoa não possui uma categoria própria, assim, usamos a categoria “outros alimentos” na qual o prazo de validade é de 3 dias para armazenamento até 4º C.

Sei que muitas pessoas dirão que 3 dias é muito pouco e eu sei que é mesmo. Mas infelizmente quando tratamos de prazo de validade não adianta dizer “mas pela minha experiência esse produto tem validade de X dias”. Além de a Vigilância Sanitária exigir que o estudo ou referência comprovatória da determinação dos prazos de validade estejam disponíveis para a fiscalização, essa tratativa é muito perigosa, pois os microrganismos patogênicos, que são os que causam danos à nossa saúde, não alteram o aspecto do alimento e assim, visualmente e sensorialmente ele não está alterado, porém pode estar contaminado, o que somente com uma análise microbiológica conseguimos identificar, ou seguindo a legislação, uma vez que a legislação é baseada em respaldo técnico confiável.

Para esse ano, minha sugestão é realmente usar o prazo de validade de 3 dias e o armazenamento sob refrigeração até 4º C e então iniciar um estudo de shelf life para que você realmente conheça de modo seguro o prazo de validade e as correspondentes condições de armazenamento dos seus produtos.

Confira outras dicas importantes sobre Ovos de Páscoa no post Cuidados com o Consumo Lento de Ovos de Páscoa .

Imagem: Amando Cozinhar

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Referências sobre Food Defense, Food Fraud e Cultura de Segurança de Alimentos

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Caro leitor, se você busca referências para ajudar no desenvolvimento dos programas de Food Fraud e Food Defense, as indicações abaixo poderão lhe ser úteis:

  1. PAS 96:2017, Guide to protecting and defending food and drink from deliberate attack. Food Standards Agency.

http://www.food.gov.uk/sites/default/files/pas96?2017?food?drink?protection?guide.pdf

  1. TACCP Treat Assessment and Critical Control, Point, A practical Guide, 2017. Campden BRI 2017.

www.campdenbri.co.uk

  1. Food Defense Guide Recommendations DGAL_mai 2007, Food Defense Guidelines ? Agriculture Ministery –May 2007.

http://agriculture.gouv.fr/IMG/pdf/dgaln20078128z.pdf

  1. The U.S. Pharmacopeial Convention (USP) Food Fraud Database. A searchable database composed of both scientific and mainstream media reports on food fraud incidences.

http://www.foodfraud.org/node

  1. CARVER + Shock. A set of vulnerability assessment tools.

http://www.fda.gov/Food/FoodDefense/FoodDefensePrograms/ucm376791.htm

  1. Guidance for Industry: Food Producers, Processors, and Transporters: Food Security Preventive Measures Guidance, March 2003; Revised October 2007.

http://www.fda.gov/Food/GuidanceRegulation/GuidanceDocumentsRegulatoryInformation/FoodDefense/ucm083075.htm

  1. French Resource: Guide des recommandations pour la protection de la chaîne alimentaire contre les risques d’actions malveillantes, criminelles ou terrorists.

http://agriculture.gouv.fr/IMG/pdf/guide2014_140214_V2_cle03f4ef.pdf

  1. Fighting Food Fraud, European Parliamentary Research Service.

http://www.europarl.europa.eu/RegData/bibliotheque/briefing/2014/130679/LDM_BRI(2014)130679_REV1_EN.pdf

  1. BRC, Understanding Vulnerabilities Assessment:

https://www.brcbookshop.com/p/1782/brc-global-standard-for-food-safety-issue-7-understanding-vulnerability-assessment-uk-unlocked-pdf-version

  1. Outras referências:

https://www.foodshield.org/discover-tools-links/tools/

http://ec.europa.eu/food/safety/rasff/index_en.htm

http://www.transparency.org

https://gmpplus.org/pagina/7501/cheap-is-too-good-to-be-true.aspx

https://www.food.gov.uk/enforcement/foodfraud

http://ec.europa.eu/food/food/horsemeat/index_en.htm

 

Referências sobre Cultura de Segurança dos Alimentos

  1. Yiannas, F. (2009). In Frank Yiannas. (Ed.), Food safety culture creating a behavior?based food safety

management system. New York: Springer, c2009.

  1. Assessing Factors Contributing to Food Safety Culture in Retail Food Establishments

http://www.foodprotection.org/files/food?protection?trends/Aug?12?Neal.pdf

  1. Article by Lone Jespersen. Food Safety Culture: Measure What You Treasure:

https://foodsafetytech.com/feature_article/food?safety?culture?measure?what?you?treasure/

  1. Article by By Geoff Schaadt, Creating a Culture of Food Safety:

http://www.foodsafetymagazine.com/magazinearchive1/junejuly?2013/creating?a?culture?of?food?safety/

  1. Best Practices for Building a Food Safety Culture:

http://pgpro.com/webinars/best?practices?for?building?a?foodsafety?culture/

  1. How to Create Food Safety Culture With Your Teams:

http://www.foodprocessing.com/articles/2015/createfood?safety?culture?with?your?teams/?show=all

  1. Behavior-Based food safety management system scheme:

http://www.bbfsms.com/

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Lições ponto-a-ponto em segurança dos alimentos

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As famosas “LUP – Lições de Um Ponto ou Lição Ponto-a-Ponto” são ferramentas poderosas na assimilação e prática das atividades dentro dos programas de gestão e normas de certificações em SGSA, como os citados a seguir:

Comece definindo o objetivo da lição que pode ser para conhecimento básico (lições que visem transmitir informações básicas da atividade feita pelo corpo técnico da produção ou manutenção), casos de melhoria (lições que visem melhorar uma atividade onde são utilizadas fotos do antes (com o problema) e do depois (com a solução) e casos de problemas (lições que visem enfatizar um problema atual, enfatizando os cuidados e consequências deste problema).

Elabore desenhos ou cole figuras e/ou fotografias, descrevendo o conhecimento básico, a melhoria ou o problema, por exemplo:

Após a aprovação da Lição de Um Ponto pelo líder, todas as pessoas por ele envolvidas devem tomar conhecimento e a LUP deve ser mantida próxima dos usuários, geralmente protegida contra o desgaste por manuseio e acidentes locais.

Caso ocorra alguma mudança, a Lição de Um Ponto obsoleta deve ser removida do local e todas as pessoas envolvidas voltarão a ser treinadas.

Desse modo, verá que a LUP por ser simples, trazendo o benefício da sábia expressão: “Menos é mais!” (Ludwig Mies van der Roh)

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Questionário para acesso de visitantes

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No post de hoje, responderei à pergunta da leitora Leila e compartilharei uma ferramenta que visa avaliar a saúde do visitante, de modo a evitar potencial contaminação do ambiente produtivo ou do produto devido a problemas de saúde do visitante.

É um tema que gera bastante questionamento quanto a sua real necessidade, mas minha recomendação é avaliar os riscos oferecidos pelo visitante ao seu processo e no caso de processos mais susceptíveis à contaminação, aplicá-lo.

Minha visão pessoal é: quanto mais informações tivermos sobre a saúde de quem adentra uma fábrica de alimentos, muito melhor. Acredito no ditado que diz: é melhor prevenir do que remediar.

Veja abaixo um modelo de conteúdo que pode ser aplicado pela portaria no momento em que o visitante chegar ou pode ser enviado antecipadamente ao visitante que deverá apresentá-lo preenchido na portaria.

Data da visita:

Nome do Visitante:

Nome do Visitado:

Acesso à área produtiva?*:    (    ) Sim      (    ) Não      (    ) Não Sei

*Questionário de saúde deve ser preenchido por todos que forem entrar na produção (sim) ou que tenham assinalado Não Sei.

Esse questionário tem por objetivo avaliar a saúde do visitante, assegurando a qualidade, legalidade e segurança do nosso produto.    

  

QUESTIONÁRIO DE SAÚDE PARA VISITANTES

Você apresentou algum dos problemas de saúde descritos abaixo na última semana? 

Tipo de problema Sim Não
Febre
Gripe
Diarreia ou vômito
Micose nos dedos das mãos
Tosse
Conjuntivite
H1N1
Outra* Se sim, especificar

Outra: ____________________________________

Caso seja respondido sim para alguma das alternativas acima, o visitante não poderá entrar na área produtiva.

A empresa pode colocar à disposição do visitante o serviço médico para uma avaliação, caso o visitante não esteja se sentindo bem.                                                                                             

Verificação realizada pela portaria: _____________________

Verificação do visitado:   _____________________________                   

Visita à produção liberada?   (     ) Sim            (      ) Não 

Uma outra ferramenta importante para visitantes é apresentar, em sua chegada, as regras e procedimentos da organização por meio de algum material. Para ajudar, estou deixando aqui um modelo simples para você baixar e adequar para uso em sua organização.

Já vi folders maravilhosos feitos em gráficas, mas o simples também funciona. Numa das empresas que já auditei, fizeram a impressão colorida das regras em uma folha de sulfite, plastificaram e a cada vez que um visitante chega, a portaria que foi devidamente treinada fornece o folder plastificado e educadamente convida o visitante a realizar a leitura do material.

Neste caso o assunto se encerra com assinatura de ciência da leitura das regras em um formulário que controla a entrada de visitantes e leitura das regras para visitantes.                                                                                                                                                                     

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Livro trata de mitos e verdades sobre alimentos

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Já falamos aqui no blog sobre sensacionalismo nas redes sociais e a atração que notícias “fortes” exercem sobre as pessoas. Assuntos assustadores de segurança dos alimentos, incluindo a polêmica do Natural x Artificial se espalham rapidamente nas mãos do consumidor que faz valer sua voz amplificada nas redes sociais, mesmo quando não tem formação e conhecimento a respeito.

O livro “Mitos e Verdades sobre Alimentos” engrossa a resposta à estas propagações dadas a assuntos como:

Capítulo 1 – Refrigerante de guaraná causa perda de atividade renal e tumores?
Capítulo 2 – Cerveja com limão mata?
Capítulo 3 – Refrigerante light com confeito mentolado causa explosões mortais?
Capítulo 4 –  Água com gás faz mal?

Disponível por valor simbólico, a obra tem 61 páginas e pode ser adquirida aqui.

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Livro gratuito sobre estabilidade de alimentos

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Se você é da área de alimentos, esta dica é para você. Pesquisando na internet, encontrei o livro Fundamentos de estabilidade de alimentos, escrito por 20 autores – pesquisadores e/ou professores – de sete instituições de ensino e pesquisa e de duas Unidades da Embrapa.

Os principais assuntos abordados são: os diferentes tipos de alterações – microbiológicas, químicas e físicas – que os alimentos sofrem durante a estocagem, os princípios básicos de cinética de degradação de alimentos e os princípios gerais dos mais importantes métodos convencionais de conservação de alimentos; tendências em métodos de conservação; o papel da embalagem na estabilidade de alimentos; as embalagens ativas e o uso da nanotecnologia.

Veja o sumário:

Capítulo 1 Alterações microbiológicas em alimentos durante a estocagem

Capítulo 2 Alterações químicas em alimentos durante a estocagem

Capítulo 3 Alterações físicas em alimentos durante a estocagem

Capítulo 4 Fundamentos de cinética de degradação e estimativa de vida de prateleira

Capítulo 5 Princípios dos métodos de conservação de alimentos

Capítulo 6 Fundamentos dos principais métodos não convencionais de conservação de alimentos

Capítulo 7 Embalagens e suas interações com os alimentos

Capítulo 8 Embalagem ativa na conservação de alimentos

Capítulo 9 Aplicação da nanotecnologia em embalagens de alimentos

De leitura fácil, este livro com 329 páginas está disponível em pdf e você pode acessá-lo aqui.

Caso você tenha alguma dica de leitura deixe nos comentários que vamos compartilhar no blog!

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Atributos consideráveis na aprovação de saneantes

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Na aprovação de um novo saneante, vários itens devem ser levados em consideração, como a diluição e toda “papelada” necessária já citada aqui no FSB. Existem alguns itens ainda não citados e um deles é QUAL ATRIBUTO CONSIDERAR para o teste.

Não existe uma lista exata, cada caso é um caso e os processos produtivos entre os diversos tipos de alimentos são bem diferentes. Mas a técnica a seguir pode ser aplicada para qualquer processo produtivo, você tem apenas que conhecer sua sujidade.

Vou enquadrar a técnica em dois tipos de saneantes, talvez os mais utilizados pelas empresas de alimento: neutro e clorado.

Separe um pedaço de superfície, pode ser uma placa de alumínio, uma pedra, um pedaço de tijolo ou o que se assemelhar mais à superfície em que você irá aplicar o produto no dia-a-dia. Suje a superfície propositalmente com a sujidade que você irá limpar no dia-a-dia e reserve.

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À esquerda sujei uma placa de pvc de goma laca e de graxa e aplicarei um detergente clorado. À direita sujei uma placa também de pvc de corante lipossolúvel e aplicarei um detergente neutro. Ao criar essa sujidade, crie algo bastante difícil de limpar, pois se for muito fácil, o detergente pode ser ruim, vai limpar a sujidade fácil e você o aprovará erroneamente.

Utilizando a ficha técnica do produto a ser testado/aprovado realize a diluição da amostra conforme for financeiramente viável.  E também utilize uma amostra do detergente atual para competir no teste. Utilizar o detergente atual lhe permite ter um padrão de qualidade a ser seguido ou superado, pois ele já está aprovado. Assim é possível avaliar também quando você exagerou na sujidade: se a amostra limpou a sujidade e o meu atual não, significa que a amostra é melhor que o meu atual. Se a amostra não limpou e meu atual sim, significa que meu atual é melhor que a amostra. Se nem o atual nem a amostra limparam, significa que eu exagerei na sujidade.

Realize para todas as amostras EXATAMENTE o mesmo processo, com a mesma quantidade de produto, água, movimentos, intensidade e tudo o que fazer parte do seu processo de limpeza. Em cada etapa do processo um atributo pode ser avaliado. Eu sugiro avaliar a partir da água de enxágue.

Espuma – Você pode avaliar o quão fácil foi o enxague, se uma única amostra estiver sem espuma, a etapa de enxague pode ser finalizada e todas as outras com espuma reprovadas nessa etapa, afinal, com a mesma quantidade de água se uma enxaguou, todas deveriam ter enxaguado. Para não ser injusto no teste separe grupos de detergentes geradores de espuma e não, pois isso influenciará no enxague. A facilidade de enxague acarretará economia de água e tempo no processo, além de uma menor possibilidade de residual químico.

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Residual – No caso do detergente clorado, na água de enxague pode ser aplicada fenolftaleína para verificar se aquela amostra que está sem espuma está também sem resíduo. Essa etapa não pode ser aplicada ao detergente neutro, por se tratar de um pH próximo de 7.

CRL – Muitas empresas empregam o detergente clorado na limpeza e eliminam a etapa de sanitização, visto que o detergente com cloro já limpa e sanitiza. Se sua intenção é utilizá-lo como sanitizante você deve verificar se ele é realmente registrado como bactericida pela Anvisa, conforme citado aqui. Caso ele não tenha sido registrado como bactericida, você mesmo pode testar sua eficiência bactericida através de swabs. Só não se esqueça de coletar swab da superfície ANTES da limpeza e não apenas depois, pois se na superfície havia zero UFC antes da limpeza e DEPOIS da limpeza há zero UFC, não é mérito nenhum do saneante, nesse caso não prova que o detergente clorado do seu teste é bactericida. Para garantir isso você pode contaminar propositalmente superfícies e coletar o swab antes e depois da limpeza, assim saberá realmente o poder bactericida do detergente testado. Em relação ao cloro da composição do detergente clorado é interessante no teste de aprovação você avaliar seu CRL – Cloro Residual Livre, pois não basta ter cloro, tem que ter cloro livre para ser utilizado na eliminação de micro-organismos. Essa avaliação pode ser feita com os reagentes que você utiliza para medir o CRL diário. Você pode utilizar água destilada, água de poço ou qualquer outra sem cloro para não interferir nesse teste. Ele consiste em pingar os reagentes para CRL no detergente diluído e verificar se há ou não CRL no produto e quanto há. Caso não seja possível utilizar água destilada ou outra sem cloro (ex: de poços ainda não tratados), pode ser utilizada água da rede com cloro. É só você pingar os reagente também na água da rede e comparar com o tom das amostras.

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No caso da imagem acima, a amostra atual e a amostra 02 claramente têm mais CRL que a água da rede e a amostra 01 não tem nada de CRL, menos que a água da rede (0,2 a 2,0 mg/L). Essa etapa também não se aplica ao detergente neutro, pois ele não tem cloro em sua composição.

Limpeza – Na etapa de enxágue já é possível avaliar a limpeza, item de maior peso no teste de aprovação, afinal, de nada adianta enxaguar bem, não deixar residual, ter CRL e não limpar eficientemente.

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A etapa de limpeza serve tanto para o detergente com cloro quanto para o neutro.

Utilizar essa técnica ao invés de testar o detergente na planta produtiva é mais viável, pois você não precisará esperar a hora de realizar a limpeza para realizar o teste. Não será necessário realizar a limpeza novamente caso o resultado do detergente seja ruim, assim não ocorrerá gasto de tempo e água. Também será mais fácil avaliar a limpeza total da área limpa, pois será menor e você necessitará de menos amostra.

Todavia, recomendo aprovar o saneante em escala menor – técnica, e depois testá-lo na planta produtiva.

Seguem algumas imagens de teste em planta produtiva:

Teste em parede.

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Teste com contaminação proposital

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Teste em equipamento comum

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Realizando todas essas técnicas de aprovação aqui citadas teremos fornecedores cada vez melhores, pois seus clientes serão cada vez mais exigentes. Consequentemente, teremos plantas produtivas e utensílios mais limpos e corretamente higienizados. Esta combinação de ações garante alimentos cada vez mais seguros para a população.

Todas as imagens são de arquivo pessoal do autor.

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Recurso online aborda o impacto ambiental da água dos produtos alimentícios

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O consumo de água nas culturas hídricas é de 90% na agricultura brasileira, portanto podemos entender que exportamos virtualmente água, pois para obter 1 kg de carne de boi são empregados 17 litros de água e para 1 kg de arroz são utilizados 2 litros. No entanto, 60% das empresas alimentícias avaliam os recursos hídricos com metas para longos prazos, aplicando práticas “extra-muros”, ou seja, no contexto hídrico da bacia onde a empresa está instalada promovendo a proteção do ciclo hidrológico. Diante disso, há uma ferramenta, a The Water Risk Filter 20 (acesse clicando aqui), com diversos indicadores em uma base online gratuita para análise de riscos como alternativa de mitigação de riscos hídricos, nas três esferas: risco físico, reputacional e regulatório, onde as empresas podem avaliar suas ações atuais, como restauração de nascentes, compartilhamento de melhores práticas, desenvolvimento de materiais comportamentais aos colaboradores.
Enfim, por que esperar o amanhã se hoje já podemos implementar estratégias para preservação de recursos hídricos na indústria alimentícia?

Imagem: WWF – Mapa do risco de água global em áreas agrícolas

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