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Ciclamato de Sódio retirado da lista GRAS pelo FDA

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Foi em 21/10/1967 que o FDA passou a desconsiderar o ciclamato de sódio como substância segura, ou  Generally Recognized as Safe.

Esta substância era usada no Japão como um adoçante artificial (“chikuro”) até ser banida em 1969, graças ao trabalho de Kojima e Ichibagase, na década de 60, que apresentaram publicações em que confirmavam ciclamato de sódio (e portanto, igualmente o de potássio) não era eliminado plenamente, mas é metabolizado como ciclohexilamina, uma substância cancerígena.

O ciclamato, associado à sacarina na proporção 10:1, até então consumido em grandes quantidades nos EUA, foi interpretado pelo FDA como indutor de câncer de bexiga em ratos. Posteriormente a estes estudos, o US Department of Health, Education and Welfare proibiu seu uso nos EUA em 1969, quando apresentou-se que este composto não possuía qualquer valor no tratamento da obesidade ou diabetes

Apesar destas pesquisas e decisões, o World Health Organization’s Joint Expert Committee on Food Additives em 1977 aprovou o ciclamato de sódio como adoçante em alimentos e bebidas. Contudo, os americanos continuam com a proibição. O uso do ciclamato de sódio é liberado em mais de 55 países, incluindo Brasil, Alemanha, Finlândia, Paquistão, África do Sul, Suíça e Canadá.

Os ciclamatos, quando ingeridos em grandes quantidades, produzem diarréia em humanos.

 

http://www.fda.gov/Food/FoodIngredientsPackaging/FoodAdditives/FoodAdditiveListings/ucm091048.htm?utm_campaign=Google2&utm_source=fdaSearch&utm_medium=website&utm_term=sodium%20cyclamate&utm_content=2

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Programa Alimentos Seguros agora para Consumidores

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O Programa Alimentos Seguros é um marco para a Segurança de Alimentos em nosso país. Desde o seu nascimento em 2001, iniciado no segmento indústria, muitas empresas modificaram sua cultura em prol da segurança de alimentos e novas frentes tem sido conquistadas. Para falar sobre, convidamos Zeide Lúcia Gusmão, do SENAI, uma das instituições pilares do PAS.

Quais são os objetivos e público alvo do PAS?

 Promover a segurança dos alimentos e bebidas em toda a cadeia produtiva do setor, ampliando a competitividade das empresas brasileiras nos mercados nacional e internacional, como também reduzir o risco das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) aos consumidores. O público alvo é amplo, abrangendo produtores rurais, indústrias de alimentos e bebidas e demais emrpesas da cadeia produtiva de alimentos, órgãos governamentais, sistema educacional e consumidores.

Que resultados o PAS já obteve desde o início de sua atuação?

–  16.992 profissionais capacitados como consultores, auditores e multiplicadores, fiscais do governo e funcionários de empresas

–  35.000 Seminários de sensibilização ou palestras

– 14.996 empresas que implantaram BPF

-1.348 produtos com implantação de APPCC

Qual é a importância do consumidor para a segurança dos alimentos?

 O consumidor está no final da cadeia, e ele vai escolher, transportar, preparar, conservar e consumir o alimento. Assim, ter informações e orientações sobre a segurança do alimento permitirá reduzir os riscos dele sofrer um mal estar ou doenças que sejam provocadas pelo alimento contaminado.

 Quais as estratégias adotadas pelo PAS para promover a conscientização dos consumidores para a questão da segurança dos alimentos?

 Criamos o PAS Consumidor, onde temos manuais, cartilhas e guias para a sua orientação. Promovemos também eventos em locais de grande circulação, quando trabalhamos com os conceitos do alimento seguro.

 Quais serão os próximos passos do Programa? 

 Continuamos trabalhando em toda a cadeia produtiva do alimento: campo , transporte, indústria, distribuição, serviços alimentícios e consumidores. Temos o foco em trabalhar com cadeias produtivas específicas, como o PAS Mel, PAS Uva para processamento, PAS Açaí, PAS Leite e PAS Carne.

 Também temos o PAS Educação, trabalhamos com 20 escolas de 2009 a 2011, 5 delas públicas, o que pode ser um viés para trabalharmos a partir de 2013. Os professores dos alunos de 05 a 11 anos passam por uma capacitação para que possam ensinar os conteúdos de forma transversal nas aulas de diferentes disciplinas. Sabemos que as crianças hoje são muito informadas e influenciam o comportamento em casa e na hora da compra e são a base para a formação de cidadãos mais conscientes.  Nas aulas são usados recursos lúdicos para explicar por exemplo contaminação em uma maçã através da história da Branca de Neve ou do filme  Ratatouille, no qual discute-se o certo e o errado na cozinha.

 Em breve o blog Food Safety Brazil disponibilizará cartilhas do programa para download!

Zeide Lúcia Gusmão é mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, MBA em Gestão de Negócios com Ênfase em Novas Tecnologias, graduada em Ciências Biológicas. Atualmente trabalha no SENAI Departamento Nacional como Especialista de Desenvolvimento Industrial  e coordena o Programa Alimentos Seguros (PAS) e a Rede SENAI de Alimentos e Bebidas, tendo interação com instituições públicas e privadas, de forma a garantir a difusão do conhecimento, metodologias e tecnologias para melhoria no atendimento à indústria. 

 

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Pós Graduação em Segurança Alimentar e Qualidade Nutricional

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Se você já se graduou, corra que dá tempo de se inscrever para o processo seletivo de especialização em Segurança Alimentar e Qualidade Nutricional no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.

As linhas de Pesquisa são: Tecnologia das Fermentações e Processos Bioquímicos; Microbiologia de Alimentos e Segurança Alimentar; e Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Os pré-requisitos e o processo seletivo devem ser consultados nos editais, pois podem variar de acordo com o curso. A taxa de inscrição é apenas R$70. Os interessados devem fazer inscrição no site www.ifrj.edu.br, em Concursos – Ensino Pós-Graduação – Lato Sensu e Stricto Sensu. Os editais estão disponíveis na página do IFRJ. 

As informações adicionais sobre o curso, assim como o contato telefônico e o endereço eletrônico,

poderão ser consultados na seção sobre cursos de pós-graduação na página do IFRJ, na Internet.

Já o mestrado segue duas linhas de pesquisa: (1)gestão da segurança alimentar e meio ambiente e (2)tecnologia, biotecnologia e inovação na industria de alimentos.


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Estamos vivendo a era da Contaminação Cruzada Global?

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Don Zinc, Ph.D.  do Center for Food Safety and Applied Nutrition resgatou o case de 2006 quando um surto de do E. Coli O157:H7 em espinafre fez 5 vítimas fatais e 276 doentes em cinco estados dos Estados Unidos.

Pois bem, na época as autoridades ficaram estarrecidas com a questão: mas como um patógeno sempre associado a produtos de origem animal foi ocorrer em um produto vegetal?

Percebam a proximidade da plantação de espinafre e da área de criação de bovinos, vizinhas “de porta”. Num contexto como este, como proteger o solo e a água de irrigação? Como gerenciar os dejetos dos animais? Após assistir esta palestra, cheguei a conclusão que chegamos a um dilema fruto do que eu batizaria de “Contaminação Cruzada Global”. No passado, o campo, as residências, as pastagens e as indústrias estavam geograficamente separadas a ponto de não termos grandes preocupações. Com o aumento populacional, está cada vez mais difícil preservar cada ecossistema, uma vez que estamos ocupando cada vez mais áreas e todas elas estão se aproximando num ciclo muito perigoso.

Na faculdade e na minhas iniciações científicas em microbiologia nos anos 90, havia uma linha divisória muito clara separando alimentos de alto risco e baixo risco, nas quais as carnes, ovos e laticínios estavam disparados no topo da lista de preocupações. Vegetais contaminados por conta da água eram assuntos para países em desenvolvimento e com saneamento básico muito precário. Mas hoje estamos falando dos Estados Unidos da América! Estamos falando de Listeria monocytogenes em melão cantaloupe, de Salmonella em amendoim, alface ou tomates, norovírus em morangos. E a E.coli O157:H7 portanto não é mais exclusividade de hambúrguer mal passado.

Para dar mais um exemplo de como as fronteiras são transponíveis, um período de cheias como este, como evitar a contaminação cruzada eventualmente existente em diferentes cultivos vizinhos?

 

E essa contaminação também pode ocorrer para dioxinas, metais pesados, defensivos agrícolas… mas isso é assunto para outro post!

As figuras foram tiradas da palestra que aconteceu na Abrapa, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, no XI Simpósio  Internacional de Inocuidade de alimentos que aconteceu no dia 17 de Setembro, evento sempre impecavelmente organizado pelo comitê técnico.

 

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Corantes artificiais causam hiperatividade em crianças?

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Há estudos sugerindo que pode haver uma relação entre a ingestão de aditivos alimentares e efeitos comportamentais em crianças, mas sua validade é controversa.

Quando se trata de corantes artificiais, a questão fica ainda mais complexa por envolver o antagonismo “natural x artificial”, assunto já discutido aqui.

Em geral, as pesquisas que fazem este tipo de associação utilizam metodologias discutíveis, quando não incorretas. Vamos analisar um caso que teve certa repercussão, sobretudo na Europa.

Um estudo de pesquisadores ingleses publicado em 2007 na revista The Lancet concluiu que a ingestão de uma mistura de corantes artificiais associada ao conservante benzoato de sódio poderia causar um aumento da hiperatividade em certos grupos de crianças. No estudo, a maneira de “medir” a hiperatividade foi um indicador denominado de Global Hiperactivity Aggreggate (GHA). Este índice numérico não tem validade clínica e foi criado apenas para este estudo. Ele foi calculado por meio de uma pontuação dada ao comportamento das crianças por seus professores, por observadores situados nas salas de aula e por seus pais. Para as crianças de 8-9 anos, o índice também incluiu um teste computadorizado de atenção.

Na pesquisa, duas misturas de bebidas foram dadas às crianças na forma de suco de frutas:
– Mistura A, contendo quatro tipos de corantes artificiais e mais o conservador benzoato de sódio;
– Mistura B, contendo outros quatro tipos de corantes artificiais e também o conservador benzoato de sódio.
A escolha da mistura A foi baseada num polêmico estudo anterior sobre o mesmo assunto e a mistura B representava os corantes mais utilizados em produtos alimentícios no Reino Unido. O benzoato é um conservante usado geralmente em refrigerantes e outras bebidas.

Como controle, um terceiro grupo de crianças recebeu apenas placebo, ou seja, sucos de frutas sem corantes e sem conservante.

O experimento durou 6 semanas e apresentou os seguintes resultados:
– Nas crianças de 3 anos, houve aumento significativo do indicador GHA para o grupo que recebeu a mistura A em comparação com o grupo de controle. 
– Para o grupo de 8-9 anos, houve efeito significativo no índice GHA das crianças que receberam as misturas A e B quando comparadas às que receberam placebo.

Erros e lacunas

Por solicitação da Autoridade Europeia de Controle de Alimentos (EFSA), um grupo de 19 cientistas avaliou a pesquisa e emitiu um detalhado parecer científico, publicado no EFSA Journal, em 2008.

Primeiramente, utilizando os dados originais, este painel de cientistas constatou erro na análise estatística dos resultados apresentados e recalculou o valor GHA. Pelo cálculo correto, concluiu-se que:
– Nas crianças de 3 anos, não houve aumento significativo do indicador GHA nem para o grupo que recebeu a mistura A nem para o que recebeu a mistura B, em comparação com o grupo que recebeu placebo. 
– Somente para o grupo de 8-9 anos, houve efeito significativo no índice GHA das crianças que receberam apenas a mistura A, quando comparadas às que receberam placebo.

Além disso, o Painel também fez os cálculos utilizando um índice GHA no qual as pontuações dadas pelos pais foram excluídas, ou seja, considerando apenas as pontuações de observadores independentes e dos professores. Os resultados desta nova análise indicaram que os efeitos significativos registrados inicialmente nas crianças de 3 anos foram largamente direcionados pela observação dos pais. Em pesquisas deste tipo, não se recomenda a utilização de pais como observadores do comportamento dos filhos. 

O Painel concluiu que o estudo provê uma evidência limitada de que uma mistura de corantes sintéticos mais benzoato de sódio tem um pequeno efeito na atividade e atenção de algumas crianças selecionadas na população em geral, embora os efeitos não sejam observados para as crianças de todas as faixas etárias e não sejam consistentes para as duas misturas testadas.

A descoberta pode ser relevante apenas para indivíduos específicos numa população, que sejam sensíveis aos aditivos alimentares ou aos corantes sintéticos em particular. Contudo, não é possível avaliar a prevalência desta sensibilidade na população em geral e dados confiáveis sobre sensibilidade aos aditivos isoladamente não são disponíveis.

O significado clínico dos efeitos observados permanece obscuro, uma vez que não se sabe se estas pequenas alterações na atenção e atividade poderiam interferir no trabalho escolar ou em outras funções intelectuais.

O parecer dos especialistas ainda enumerou outras lacunas e falhas metodológicas do estudo, como a impossibilidade de avaliar os resultados com respeito aos efeitos unitários dos aditivos testados e o fato de o indicador GHA não ter significado clínico. Também não se conhece nenhum mecanismo biológico capaz de induzir efeitos comportamentais pelo consumo de corantes artificiais.

Analisando as evidências e as consideráveis incorreções, o Painel dos cientistas da Autoridade Europeia decidiu que os dados do estudo não podem ser usados para promover alterações da Ingestão Diária Aceitável (IDA) dos corantes analisados nem do benzoato de sódio.

Fontes:

McCann, D., Barrett, A., Cooper, C., Crumpler, D., Dalen, L., Grimshaw, K., Kitchin, E., Lok, K., Porteous, L., Prince, E., Sonuga-Barke, E., O’Warner, J., Stevenson, J., 2007. Food additives and hyperactive behaviour in 3-year-old and 8/9-year-old children in the community a randomized, double-blinded, placebo-controlled trial. The Lancet, Vol. 370, Issue 9598, 1560-1567.

Scientific Opinion of the Panel on Food Additives, Flavourings, Processing Aids and Food Contact Materials (AFC) on a request from the Commission on the results of the study by McCann et al. (2007) on the effect of some colours and sodium benzoate on children’s behaviour. The EFSA Journal (2008) 660, 1-53.

Leia também:

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Batata geneticamente modificada, que não escurece e produz menos acrilamida, é liberada nos EUA

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GFSI reconhece esquemas do SQF

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Reconhecimento do esquema SQF pelo GFSI

No dia 15 de outubro de 2012 foram anunciados pelo GFSI a finalização do processo de benchmarking e o reconhecimento do esquema SQF – Safe Quality Food, Versão 7, Nível 2, para os seguintes escopos:

Al: Criação de animais / pecuária
Bl: Agricultura
C: Pré-processamento de produtos de origem animal
D: Pré-processamento de produtos de origem vegetal
El: Processamento de produtos perecíveis de origem animal
Ell: Processamento de produtos perecíveis de origem vegetal
Elll: Processamento de produtos perecíveis de origem animal e vegetal
ElV: Processamento de produtos estáveis à temperatura ambiente
L: Produção de bioquímicos
M: Produção de embalagens

O esquema SQF é uma norma de certificação de processo e produto. Tem como base o HACCP e um sistema de gestão de segurança de alimentos e qualidade que utiliza o NACMCF (National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Food) – Comitê de Aconselhamento Nacional em Critérios Microbiológicos para Alimentos (está ligado ao USDA – Estados Unidos, que seria equivalente ao Ministério da Agricultura do Brasil) e também os guias e princípios HACCP do Codex Alimentarius. Este esquema foi elaborado com o intuito de dar suporte à indústria e aos produtos de marca, e oferece benefícios aos fornecedores e seus clientes. Produtos manufaturados com uma certificação SQF possuem um alto grau de aceitação no mercado global.

Para maiores informações, acesse o documento do GFSI (em inglês):

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Eduque sua criança para a segurança de alimentos

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Não sou Educador, por profissão. Sou Engenheiro. Mas as atividades ligadas ao desempenho de minhas funções sempre me colocaram diante do público, com o propósito de transmitir (e absorver) conhecimento. Para isto, utilizamos técnicas de oratória, promovemos a integração do grupo, estimulamos as perguntas, realizamos atividades práticas, jogos, entre outras estratégias. Todas elas adequadas ao público.
Nas famílias, em casa, assumimos uma série de outros compromissos. Isto não anula nossa percepção e crença em que a transformação dos hábitos para o consumo seguro de alimentos deve ser discutida no ambiente familiar. E, sim, este é o mês das crianças! A maior oportunidade para criar uma sociedade mais consciente está nas crianças. Aos meus pequenos, digo sempre ser mais importante lavar as mãos do que conhecer a tabela periódica. Isto é extensível ao asseio pessoal completo, ao uso da boa educação com os mais velhos, à travessia na faixa de pedestres e à separação do lixo reciclável. Para mim, tão ou mais importantes quanto resolver uma equação. Apenas boas notas não vão fazer de sua criança um bom cidadão.
Tenho obsevado, mais comumente em restaurantes, comportamentos inadmissíveis em crianças cujos pais são cúmplices de suas “travessuras”. Recentemente, em um rodízio de massas, vi uma criança brincar animadamente de tocar o interior dos pratos com as mãos nas mesas vazias que aguardavam clientes. Enquanto percorria o salão, se divertindo com a “brincadeira” e cantarolando uma canção, sua mãe observava e fazia gracinhas para o anjinho, à distância. Tudo normal, desde que você não seja o próximo a sentar-se ali com sua família. Em um hotel, certa vez, durante o café da manhã, vi uma criança de aproximadamente cinco ou seis anos, antes de escolher o seu, levar à boca todos os copos que estavam expostos sobre a mesa, aguardando os próximos hóspedes. Ali, para quem dormiu um pouco a mais, já era. Os pais, claro, alheios a tudo isto.
Uma série de outros exemplos pode ser discutida. Alguns são até mais comuns, como ocorrências em restaurantes de autoatendimento, que envolvem cabelos soltos, gotas de saliva, espirros (crianças estão normalmente na altura dos balcões), pegadores caídos dentro das cubas dos alimentos, enfim. Por vezes, pensei se isto valeria uma postagem e fui finalmente motivado por uma observação de minha sobrinha, aos dez anos de idade. No dia das últimas eleições municipais, decidimos que votaríamos juntos, eu ela. Acredito, mesmo, que os deveres cívicos também devem ser transmitidos aos nossos filhos (além de higiene). No caminho, na padaria em que nos habituamos a tomar sorvete, pedi um sanduíche de mortadela. Pois bem, minha pequena me encheu de orgulho ao ver a atendente fatiar a peça em uma máquina com resíduos de queijo e disse ao meu ouvido: “tio, isto representa risco de contaminação grave, não é?”. Com todas estas letras: “isto representa risco de contaminação grave”, dito exatamente desta forma. Logo, expliquei a ela sobre contaminação cruzada, sobre populações de microrganismos características de cárneos e lácteos, mas também dei a ela exemplos mais sérios, daquilo que seria realmente uma “contaminação grave”. Entretanto, tive a certeza de que venho desempenhando um bom papel e resolvemos ali mesmo, no balcão, brincar um pouquinho de “auditoria”, pois ela adora. Antes do lanche ficar pronto, ela apontou panos de limpeza não descartáveis nos balcões, lixeiras sem tampa e uma caixa de laranjas no chão, sob a pia. “Estou criando um monstro”, pensei. Mas prefiro assim.
Acredito que as escolas podem fazer este papel. Não existe massa crítica suficiente como a nossa, que frequenta este blog, para gerar tal transformação. Mas, de qualquer forma, o trabalho deve começar por nós. Cuidemos de nossas crianças. Vamos prepará-las para a vida.
E antes de ir embora, ela reclamou com a atendente que havia abelhas no balcão dos doces. Uma graça.
Até a próxima!

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Grécia autoriza a venda de alimentos vencidos por preço menor

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A crise econômica na Grécia pode afetar a segurança dos alimentos consumidos pelos gregos e visitantes daquele país. Notícia publicada hoje (16/10), no site da Revista Exame, informa que o país vai permitir a venda de alimentos vencidos por um preço inferior ao original.

 Yorgos Moraitakis, assessor do Ministério de Desenvolvimento, Competitividade, Transporte e Comunicações, declarou nesta segunda-feira que: “Esta regulamentação existe há muitos anos e é algo permitido também no resto da Europa. A única coisa que fizemos foi detalhar que estes produtos devem ser vendidos a um preço baixo. Não entendo por que está causando tanto barulho.”

O Decreto Ministerial exclui a carne e os laticínios da lista de produtos perecíveis que podem ser vendidos e estabelece um limite máximo de datas nas quais pode ser continuada a comercialização.

Victor Tsiafutis, da Associação de Consumidores “Qualidade de vida”, uma das mais antigas da Grécia, interpreta essa decisão como “um ato imoral” e critica: “Em vez de tomar iniciativas para controlar os preços, permitem a venda de alimentos com data de validade superada”. Para Yannis, a venda de alimentos vencidos representa também um dilema moral, ao dividir os consumidores em dois grupos: os que podem pagar os alimentos básicos e os que, por pobreza, “se veem obrigados a recorrer a alimentos de qualidade duvidosa”.

Até onde uma crise dessas pode chegar? Sabemos que a validade de um produto é estabelecida após diversos testes de prateleira. E se essa data limite é superada, como garantir aos consumidores que o produto vencido não causará alguma doença? Espero que, com essa decisão, apareçam poucos casos de doenças veiculadas por alimentos e que a Grécia não aumente os seus gastos na área da saúde. Será?

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Hoje é o dia mundial da lavagem das mãos

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15 de Outubro é O Dia Mundial da Lavagem das Mãos.

A campanha, iniciada na Semana Mundial da Água de Estocolmo em 2008,   é dedicada a aumentar a consciência da lavagem das mãos com sabão como uma abordagem chave para a prevenção de doenças.
A iniciativa consolidou a Parceria Público-Privada para a Lavagem das Mãos, mobilizando órgãos governamentais e também grandes empresas que fabricam produtos de higiene pessoal e industrial. O Dia Global de Lavar as mãos teve lugar pela primeira vez em 15 de outubro de 2008, a data fixada Assembléia Geral da ONU, de acordo com o ano de 2008 como o Ano Internacional do Saneamento . 

O tema para o ano inaugural Dia Mundial da Lavagem das Mãos foi foco em crianças escolares. Os membros comprometeram-se a obter o número máximo de crianças em idade escolar a lavagem das mãos com sabão em mais de 70 países e com isso reduzir a mortalidade por doenças diarreicas.

Vamos fazer a nossa parte e divulgar esta prática tão importante e simples!

Saiba mais clicando aqui.

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