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Mídia – Uma Aliada para a Segurança dos Alimentos

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Uma equipe da BBC inglesa acaba publicou uma reportagem na qual se descobriu sobre a venda ilegal de grandes quantidades de carne no mercado Ridley Road, em Londres. Conforme o site operamundi da uol, jornalistas disfarçados conseguiram flagrar diversos comerciantes vendendo alimentos que não passaram por nenhuma fiscalização oficial, representando um grande perigo à saúde da população britânica. As lojas disponibilizavam ovelhas e cabras preparadas com técnica proibida nas leis européias e, pior, carne de rato proveniente de Gana.

O citado mercado já é conhecido pelo comércio ilegal de alimentos, mas o órgão público responsável pela vigilância sanitária no bairro, não realiza inspeções no local há três anos. A última inspeção ocorreu quando o jornal britânico Independent revelou a importação de mais de dez toneladas de carnes ilegais todos os dias nos mercados de Londres.

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24392/grandes+quantidades+de+carne+de+rato+sao+vendidas+ilegalmente+em+londres+.shtml

Historicamente, a participação da imprensa na fiscalização de alimentos parece ter uma importância bastante significativa. Muitas vezes, um grave problema só é resolvido após divulgado pela mídia. São diversos os exemplos de surtos de doenças veiculadas por alimentos, no Brasil e no mundo, que são apurados e solucionados somente depois que aparecem na TV ou na internet.

Algumas reportagens podem, inclusive, influenciar a estruturação dos órgãos responsáveis pela fiscalização. Sem dúvida, o fato mais marcante que envolveu a mídia brasileira na fiscalização de alimentos foi a publicação de uma reportagem, no ano de 1970, sobre as condições precárias em estabelecimentos de produtos de origem animal. A reportagem intitulada “Ameaça na Carne”, da antiga Revista VISÃO, provocou reações do governo da época, que culminaram com a federalização da inspeção sanitária – os Estados perderam a prerrogativa de realizarem a inspeção desses produtos. Esse processo não durou muito tempo e, através de convênios, poucos anos depois, os Estados voltaram a exercer a fiscalização sobre os produtos de origem animal.

Outro fato interessante e curioso aconteceu nos Estados Unidos, algumas décadas antes. O jornalista Upton Sinclair publicou em 1906 o livro “THE JUNGLE”, onde foram relatados os horrores de se trabalhar em um frigorífico e as péssimas e anti-higiênicas condições dos currais, onde trabalhavam os assalariados desses frigoríficos. O livro foi tão incisivo que o presidente Roosevelt apresentou um relatório ao Congresso Nacional Americano que, juntamente com a pressão da opinião pública, levou à aprovação da Lei de Inspeção de Carnes. Essa Lei estabeleceu o Bureau de Química, que mais tarde, em 1930, se tornaria a Food and Drug Administration – FDA. Nos Estados, no ano de 2001, o escritor Eric Schlosser publicou o livro “País Fast Food”, que muitos estão chamando de “A Nova Selva”. O livro fala sobre a indústria americana da comida rápida e provocou diversas conseqüências, como, por exemplo, a revisão da legislação americana relacionada ao assunto.

É pessoal, frequentemente só se consegue resolver algum problema grave quando o responsável aparece na TV, na internet ou nas páginas de um livro. Infelizmente é assim que funciona.

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Qual é a validade de um alimento cuja embalagem foi aberta?

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Muitos funcionários de serviços de alimentação, gerentes, donas de casa e outros consumidores possuem dúvidas quanto à validade dos produtos após a abertura da embalagem. Outros, no entanto, pressupõem que a validade do produto após a abertura continua sendo aquela impressa na embalagem pelo fabricante do produto.
Como então resolver essa questão? Como descobrir a validade correta dos alimentos após a abertura das embalagens? Será que o ar ambiente, o ar refrigerado, as contaminações dos outros meios, como utensílios e a própria manipulação do produto e/ou da embalagem não implicam diretamente na qualidade sensorial, nutricional e na segurança do alimento?
Para resolver essas questões temos dois caminhos a seguir:
O primeiro caminho é adotar o hábito de LER a rotulagem dos alimentos que consumimos! A maioria dos produtos alimentícios possuem em suas próprias rotulagens – em letras pequenas, confesso – as instruções de armazenamento e o tempo de validade do produto após a abertura da embalagem. Como exemplos de produtos que consumimos em nossa rotina, temos o leite, cuja validade para a maior parte das marcas são de 2 dias após a abertura da embalagem e armazenamento sob refrigeração; o suco UHT, com 3 dias de validade após aberto e armazenamento sob refrigeração; o leite condensado com 7 dias após aberto e armazenamento sob refrigeração; os sucos em pó com 30 dias de validade e armazenamento em local seco e fresco. Porém, tais informações podem variar de marca para marca, então leia sempre o rótulo. Além dessas informações, você poderá descobrir outras informações de grande valor, como a presença ou ausência de glúten ou outro composto para o qual você possa possuir algum tipo de intolerância.
Sabemos que nem sempre a leitura do rótulo é algo fácil. Abaixo, um exemplo de informação do armazenamento e validade de massa congelada contida na rotulagem do produto:

A rotulagem indica a conservação:
• No freezer com a temperatura ideal de conservação de -12°C ou mais frio para o produto aberto (não recomendado) e para o produto fechado (120 dias, no caso é a validade impressa no rótulo);
• No congelador com a temperatura entre -12°C e -8°C para o produto aberto (não recomendado) e para o produto fechado (3 meses). Note que ao armazenar o produto no congelador, onde a temperatura é menos fria que no freezer, a temperatura de armazenamento interfere diretamente no prazo de validade, mesmo para o produto fechado;
• Na geladeira em temperatura de até 7°C, o armazenamento do produto não é recomendado nem para o produto aberto nem para o produto fechado.

Um segundo caminho a seguir é o uso das legislações vigentes. Nesse caso, o uso da tabela abaixo nos auxilia a propor prazos de validade para produtos cujo rótulo não informa como armazenar e/ou qual a validade do produto após a abertura da embalagem. A tabela também pode ser usada para os produtos manipulados e produzidos por nós, como sobremesas por exemplo. Ressaltamos, porém, que caso o fornecedor proponha uma nova validade para o produto aberto, tal informação deve ser respeitada incondicionalmente.

 

 

 

Para controlar a validade dos produtos após abertos, podemos manter uma etiqueta nos produtos, contendo a data da abertura e o novo prazo de validade, por exemplo. Essa prática é obrigatória em serviços de alimentação, já em casa é facultativa, porém muito útil e segura!

Assim, podemos perceber que na maior parte das vezes a validade do produto após a abertura da embalagem não é a mesma do produto fechado (aquela impressa no rótulo do produto).
É importante seguirmos os prazos de validade propostos pelos dois caminhos acima citados, pois há estudos envolvendo essas validades. Os prazos foram determinados através de testes de vida de prateleira (shelf life), nos quais os produtos são submetidos a diversas condições e análises.
Em sua próxima refeição, fique de olho então na validade dos alimentos, não apenas na dos produtos fechados, mas também na validade dos produtos abertos!

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Desreguladores endócrinos em alimentos – o que devemos saber

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Há perigos cujos danos são imediatamente percebidos. Outros, somente podem ter suas consequências percebidas a longo prazo, ou pior ainda, em gerações futuras. Preocupados eles, o blog Food Safety Brazil procurou entender o posicionamento de um tema que vem ganhando cada vez mais espaço na agenda de segurança de alimentos. A entrevista foi concedida pela médica endocrinologista Dra. Elaine Frade Costa, coordenadora do GTDE (Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos) da Regional São Paulo da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).
-O que são desreguladores endócrinos e que tipo de evidência existe que somos expostos a eles através da alimentação?
Desreguladores endócrinos são substâncias exógenas que agem mimetizando ou antagonizando o efeito de um ou mais hormônio. Existem estudos mostrando que essas substâncias ou seus metabolitos são detectados no sangue ou na urina.

E qual o problema se ingerirmos substâncias que imitam ou neutralizam o efeito de nossos hormônios? Que tipo de doenças podemos desenvolver?
Se ingerirmos substâncias que imitam ou neutralizam nosso hormônios, podemos apresentar distúrbios que se manifestam devido ao excesso ou falta do(s) hormônio(s)cuja(s) ação(s)determinada substância interfere. Exemplo: desenvolvimento adiantado ou atrasado da puberdade, falência ovariana prematura e alterações na qualidade do esperma em homens levando a infertilidade ou subfertilidade, doenças da tireóide, obesidade, etc…

-Em março deste ano o FDA optou por não banir o Bisfenol A como material de contato com alimentos, à exceção de mamadeiras. O parecer oficial é que os estudos são controversos e não conclusivos a ponto de condenar esta substância. Como médicos e tendo acesso a estes estudos, qual é a posição da SBEM? Mesmo não havendo comprovação e conclusão definitiva a respeito dos malefícios que o BPA pode causar à saúde humana, baseados nos estudos experimentais em animais que demonstram claramente os efeitos deletérios no sistema endócrino, a nossa posição enquanto SBEM-SP é que, partindo do princípio da precaução, a utilização do BPA deve ser proibida na fabricação de embalagens que acondicionam alimentos em geral, pois os períodos do desenvolvimento humano mais vulneráveis são a fase embrionária, a infância e a adolescência.

Além do bisfenol A, que outros desreguladores cuja exposição se dá via dieta são de relevância para todos nós?
Existem muitas substâncias que podem estar presentes nos alimentos e consumidas na alimentação. Dentre as mais relevantes podemos citar os pesticidas (fungicidas e herbicidas como por exemplo DDT, triclosam, vinclozolin) utilizados nas lavouras que permanecem nos alimentos mesmo após disponibilizados para consumo. Temos também os ftalatos, que são outros compostos utilizados na fabricação dos plásticos, inclusive das embalagens que acondicionam alimentos Não podemos nos esquecer dos fitoestrógenos (ginesteína) da soja que, apesar serem substâncias produzidas pela própria soja, apresentam atividade estrogênica e por isso são consideradas desreguladores endócrinos. Atualmente o consume de alimentos a base de soja tem aumentado muito e isso deve ser motivo de preocupação, pois o consume exagerado pode alterar o desenvolvimento da puberdade nos adolescents.

Como estão os avanços em termos de legislação no Brasil?
Até o momento, após a resolução da ANVISA com relação a proibição do BPA nas mamadeiras, não temos notícia de nenhum avanço em termos de legislação.

Como os profissionais que atuam na área de segurança de alimentos devem se posicionar diante do tema?
Na minha opinião, o lema deve ser: “A ausência de evidência não é evidência de ausência”, ou seja, partindo do princípio da precaução, devemos lançar mão de estratégias para reduzir o máximo a exposição humana aos agentes ambientais.
Além disso, existem evidências de que uma substância isolada pode não produzir efeitos deletérios a saúde humana, mas a mistura de diferentes substâncias pode causar doenças, especialmente se a exposição ocorrer nas fases consideradas janelas de vulnerabilidade.

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Posso usar a ferramenta HACCP para controle de qualidade?

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O sistema HACCP é desenhado para controlar perigos de segurança de alimentos, mas tenho visto algumas empresas adotá-lo para controle de questões de qualidade. Isso não é proibido, mas vale uma dica:

É muito importante a separação ente os perigos de segurança de alimentos que devem ser controlados (prevenidos ou eliminados ou reduzidos ao nível aceitável) e os requisitos de qualidade que devem ser controlados (monitoramento de parâmetros do processo ou produto).
A ferramenta HACCP é aplicada para avaliação e controle dos perigos de segurança de alimentos, mas a mesma abordagem pode ser reproduzida para controle dos itens de qualidade do produto. Mas é importante deixar claro no estudo do HACCP as suas diferenças na elaboração e monitoramento, por exemplo:
– Ao categorizar os perigos, separá-los entre perigos de segurança de alimentos (agente Biológicos (B), agente Químicos (Q), agente Físicos (F), Alergênicos (A) que causam dano a saúde do consumidor) e “perigo” de qualidade (agente ou condição que pode afetar os parâmetros de qualidade do produto (QUA)). Lembrando que parâmetros de qualidade do produto incluem também àqueles definidos por clientes.
– Ao analisar os “perigos” de qualidade, na metodologia de avaliação do risco ou significância adotada o termo “severidade” deve ser interpretado como o impacto sensorial ou comercial.
– Ao analisar os perigos de segurança de alimentos, o termo severidade mantém sua definição original (gravidade do dano à saúde do consumidor).
– Para os “perigos” de qualidade significativos uma medida de controle deve ser adotada. Esta medida de controle não precisa ser classificada quanto aos seu gerenciamento como um PPRO ou PCC. Basta adotar uma forma de gerenciamento (monitoramento) desta medida de controle. Algumas organizações chamam as medidas de controle para parâmetros de qualidade de “PC” (Ponto de Controle) ou “M” (monitoramento) e consideram na planilha de gerenciamento os mesmos dados requeridos para gerenciamento de um PPRO por exemplo: perigo/ medida/ parâmetro de controle/ procedimento de monitoramento/Correção e AC(quando aplicável)/ Registros/ Verificação.
– Para os perigos de segurança de alimentos significativos uma medida de controle deve ser adotada e obrigatoriamente classificada quanto ao seu gerenciamento como um PCC ou um PPRO.

Autora: Luciana Heredia

 

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Como anda a publicação das novas ISO/TS (PAS)?

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O detalhamento dos programas de pré-requisitos (PPR), contidos na cláusula 7.2 da ISO 22000, vem sido publicado para cada setor da cadeia produtiva de alimentos, na forma de especificações (PAS ou ISO/TS).
A mais consolidada e a primeira que foi publicada foi a PAS 220 (hoje chamada ISO/TS 22002-1), que é aplicável aos fabricantes de alimentos, bebidas e ingredientes para alimentos. Em seguida, a que está sendo comentada atualmente é a PAS 223, que especifica os PPR para a indústria de embalagens para alimentos.
E para os outros setores, o que existe e o que está em fase de elaboração? Veja o compilado na tabela abaixo:


OBS: As siglas DTS, AWI e WD que aparecem na tabela acima significam que as especificações ainda estão em estágio de projeto, avaliação, discussão ou revisão, ou seja, é o status em que se encontra atualmente no comitê TC 34/SC 17 da ISO. Todas elas são “TS” (technical specification) = especificações técnicas.

Não temos notícias de que outras especificações para outros setores estejam em desenvolvimento, mas havendo novidades, lançaremos novos posts a respeito. Fique ligado, caro leitor!

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Placa para auxílio de imersão de hortifrutis

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No processo de higienização de hortifrutis é determinado pela legislação sanitária a etapa de desinfecção, nesta etapa os alimentos devem ser imersos em solução clorada.
Porém ao observarmos diariamente nossos processos, evidenciamos que ao adicionarmos os hortifrutis na solução, os mesmos não permaneciam completamente imersos, devido às características de densidade do alimento x água, dificultando assim o contato da solução com toda a superfície do alimento.
Esta dificuldade foi pauta de várias reuniões da ESA, até que surgiu então a idéia de elaborar uma placa de polietileno espessa, com furos para permitir a completa imersão do alimento, pensamos também em adicionar alças de inox, com a finalidade de facilitar a operacionalização e ergonomia dos colaboradores envolvidos no processo.

Aline Cabral, é nutricionista, nossa leitora e sabe o que é gerenciar a ISO 22000 no dia-a-dia na Sodexo|Puras.

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Dicas para instalação de armadilhas luminosas

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As armadilhas luminosas são equipamentos importantes no Controle Integrado de Pragas (CIP) e principalmente para o combate aos insetos voadores.

Para que as armadilhas atuem eficientemente como agentes do CIP, deve-se ter muito cuidado com a escolha do local onde elas serão instaladas para evitar danos ao equipamento ou até mesmo a contaminação do produto acabado.

Para obter maior eficiência da armadilha, são recomendados os seguintes cuidados quanto ao local de instalação:  

  • Escolha o local de maior incidência de insetos, ou locais onde a sua presença impõe risco ao processo produtivo;
  • Evite instalar o aparelho próximo a fontes de luz, pois sua eficiência será reduzida;
  • Não coloque a armadilha em locais com possibilidades de chuva ou vazamentos;
  • Não instale o aparelho em locais onde haja gases ou líquidos inflamáveis;
  • Não utilize armadilhas com placa adesiva em locais onde haja poeira;
  • Instale o aparelho a uma altura média de 1,5 a 1,8 metros;
  • Instale a armadilha em áreas próximas ao lixo ou outros atrativos para os insetos;
  • Não colocar aparelhos de eletrocussão sobre a área de manuseio de alimentos, pois a fragmentação do inseto causará uma contaminação física (fragmentos) e microbiológica no ambiente;
  • As armadilhas devem ser instaladas de maneira que não atraiam insetos da área externa, e portanto, não devem estar de frente para janelas e portas;
  • As armadilhas são instaladas para evitar a entrada de insetos, e por isso devem ser instaladas próximas às portas de acesso;
  • Algumas armadilhas luminosas devem ser instaladas em pontos estratégicos para capturar os insetos que conseguiram entrar e passaram pela armadilha da porta de acesso;

  Vale lembrar que o horário de maior atração de insetos é durante a noite, pois durante o dia, a luz do aparelho compete com a luminosidade com outras fontes como sol e outras lâmpadas. Recomenda-se que os aparelhos sejam mantidos ligados 24 horas por dia.


 

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Visão da CitrusBR sobre o caso Carbendazim

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O caso Carbendazim

Christian Lohbauer, presidente executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos – CitrusBR, apresentou no evento U.S. & Brazil Navigating New Fronties in Pharmaceutical, Medical Device and Food Law and Regulation um estudo de caso sobre a ação regulatória do FDA intitulado Suco de laranja Brasileiro: O caso Carbendazim.

Entendendo o caso:

28/12/2011: Engarrafadora americana (Coca- cola) detecta traços de carbendazim no suco de laranja importado do Brasil.

04/01/2012: FDA informa que tolerância para este principio ativo havia expirado em 2009 e que conduziria análises nos sucos importados, recusando carregamentos com mais de 10ppb (limite de detecção) tanto para suco concentrado quanto para suco não concentrado. Os sucos já importado teria limite de 80ppb.

09/01/2012:Carta enviada pelo FDA para a Juice Products Association (JPA) informa que nível encontrado era baixíssimo (35ppb) e 100% seguro para o consumo, mas mesmo assim foi considerado ilegal pelo FDA por não ter registro válido.

16/01/2012: CitrusBR e Fundecitrus formam grupo de trabalho técnico para avaliar a questão.

19/01/2012 a 26/01/2012: Remoção do Carbendazim da lista PIC – Produção integrada dos Citros e inclusão da lista atualizada no site da CitrusBR e em contratos de compra da fruta. No entanto é possível que baixos níveis de Cabendazim continuem a ser encontrados no suco por alguns meses já o que o princípio ativo já teria sido usado na cultura. CitrusBR solicitou ao FDA um período de adaptação e realizou um estudo de impacto econômico do caso Carbendazim na economia americana.

16/02/2012: FDA rejeitou as solicitações da CitrusBR e desde 13/01/2012 vem barrando os lotes de suco de laranja com mais de 10ppb de carbendazim.

 

Diversos níveis aceitáveis para o Carbendazim são observados ao longo do mundo. A tabela a seguir apresenta alguns destes valores:

 

 

Apesar do nível encontrado no suco brasileiro ter sido 35ppb, valor este muito mais baixo do que o recomendado pelas referências acima, o caso teve grande repercussão na mídia mundial e principalmente na mídia americana, gerando significativa queda na comercialização e no consumo do produto.

Para exemplificar o impacto, foi apresentado o seguinte dado: Na safra 2011/2012 foram comercializados para os EUA 153.522 toneladas de suco concentrado enquanto que a previsão para a safra de 2012/2013 é de 70 a 100.000 toneladas.

Para concluir a apresentação, Lohbauer fez as seguintes considerações:

  • Na visão da CitrusBR, deveria haver um modo diferente de tratar a questão, uma vez que os brasileiros nãoestavam deliberadamente tentando infringir normas norte-americanas e que o nível de Carbendazim encontrado não era prejudicial à saúde.
  • Estudos científicos de diversos países e do Codex Alimentarius, indicam claramente qu os valores de carbendazim no suco de laranja brasileiro não tornam o produto inseguro para o consumo.
  • Brasil poderia ter recorrido a OMC acusando os EUA por discriminação de produto, visto que o limite estabelecido para o suco já importado foi de 80ppb e para novas remessas 10ppb e por terem estabelecidos LMR abaixo do estabelecido pelo SPS e pelo Codex Alimentarius (mesmo sendo signatários), mas preferiu não faze-lo.
  • Forma de conduzir o caso alarmou os consumidores de suco de laranja nos EUA, causando prejuízo também para processadoras americanas e uma situação sem nenhum ganhador. 

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O monitoramento ambiental e a segurança de alimentos: DDT e biomagnificação

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Durante a IV Conferência Internacional em Segurança dos Alimentos organizada pela Eurofins (Indaiatuba, SP, 19 e 20/07/12), a apresentadora Maria Yumiko Tominaga, gerente da Divisão de Análises Físico-Quimicas da Cetesb, destacou a importância do monitoramento ambiental para a gestão da segurança do alimento.

Uma das figuras apresentadas em sua palestra me chamou particularmente a atenção:

 DDT_ambiente

Trata-se de uma  figura retirada do  livro “Living in the environment” (Scott Spoolman and G. Miller, 2011) e ilustra um estudo clássico sobre a biomagnificação do pesticida DDT.

Biomagnificação é o aumento da concentração de contaminantes nos tecidos vivos à medida que se avança nos níveis tróficos da cadeia alimentar. Este aumento é resultante principalmente da dieta alimentar.

Observem a figura. No estudo apresentado, as águas da região próxima de Long Island, no estado de Nova York, nos anos 1960, estavam contaminadas com 0,000003 ppm do pesticida DDT. Já os peixes pequenos chegavam a apresentar 0,5 ppm de DDT e nos pássaros que se alimentavam exclusivamente de peixes, como as águias marinhas (ospreys), a concentração de DDT chegou a 25 ppm. Fazendo as contas, o aumento na concentração de DDT ou sua biomagnificação foi de 8.300.000 vezes! Como consequência, as cascas dos ovos destas aves tornavam-se tão frágeis que elas não conseguiam mais se reproduzir, o que quase causou a extinção da espécie.

Estudos como este levaram ao banimento do uso do DDT nos Estados Unidos, o que ocorreu em 1972 e possibilitou a recuperação gradual da população desta e de outras aves marinhas.

Pensando que somos o último nível da cadeia alimentar e em tudo que pode estar contido no meio ambiente, mesmo na água ou no alimento que não ingerimos diretamente, mas que é ingerido pelos animais que consumimos, é fácil entender por que o monitoramento ambiental é considerado mais um pilar da Segurança dos Alimentos.

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Resistência antimicrobiana de Salmonella spp. isoladas de fazendas de camarão

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Antimicrobial susceptibility of Salmonella isolated from shrimp farms in Ceará State,
Brazil
Fatima Cristiane Teles de Carvalho,  Norma Suely Evangelista Barreto,  Cristhiane Moura Falavina dos Reis, Ernesto Hofer e Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira

Resumo – O uso convencional de antibióticos, principalmente em cultivos intensivos, tem aumentado a resistência
antimicrobiana, selecionando patógenos resistentes. Este trabalho objetivou testar a susceptibilidade antimicrobiana de 23 cepas de Salmonella spp., isoladas de água, sedimento e camarão, de quatro fazendas de carcinicultura no Estado do Ceará,a diferentes antimicrobianos comerciais. Os sorovares testados frente aos antibióticos foram Salmonella Newport 14 (61%), Salmonella Anatum 05 (22%), Salmonella Albany 03 (13%) e Salmonella Soahanina 01 (4%). As cepas isoladas apresentaram perfil de resistência à tetraciclina de 39% e sensibilidade intermediária de 61%. Para o ácido nalidíxico, a resistência ficou em 17% e para a gentamicina em 04%. Perfil de multirresistência foi observado em 03 (13%) sorovares de Salmonella Albany e 01 (04%) de Salmonella Newport. Os resultados obtidos alertam quanto ao uso indiscriminado de antibióticos na carcinicultura, prática que contribui para a seleção de linhagens resistentes a estes antimicrobianos normalmente empregados no combate a infecções alimentares humanas.

Palavras-chave – Camarão marinho. Poluição. Atividade antimicrobiana.

 Acesse o trabalho completo aqui.

http://www.ccarevista.ufc.br/seer/index.php/ccarevista/article/viewFile/891/381

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Bebedouro na área produtiva: pode ou não pode?

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Outro dia surgiu no LinkedIn, num dos grupos que eu acompanho, uma questão sobre a presença de bebedouros na área produtiva, sejam eles com os famosos galões de água mineral e os copinhos descartáveis, ou aqueles de pressão, em que o pessoal bebe diretamente da torneira. A pessoa que fez a pergunta teve como foco as áreas de alto cuidado (high care) e alto risco (high risk) da BRC. As mais variadas respostas surgiram, desde aqueles que acreditam que é totalmente proibido, pois os copinhos ou o próprio bebedouro, onde colocamos as mãos e aproximamos a boca, podem ser uma fonte potencial de contaminação. Outros foram menos radicais na opinião, dizendo que seria necessária uma análise de riscos aprofundada. Sugestões para contornar o problema também foram faladas, como por exemplo, permitir pausas aos funcionários, para que possam beber água em outro local (isto pode não ser viável, uma vez que um funcionário que trabalha numa área de alto risco teria que trocar de roupa ao sair e ao entrar, e as pausas teriam que ser longas – muitas entradas e saídas também podem aumentar o risco de carregar contaminação de uma área suja para uma área limpa). Também discutiram a segurança e o bem estar do trabalhador, ou seja, não se pode ignorar a legislação trabalhista local e as condições apresentadas aos funcionários. Eu, particularmente, sou mais adepta da análise de riscos, depende muito do produto fabricado e do nível de higiene definido pela empresa no local onde o bebedouro está instalado. Bebedouros sem copinhos talvez sejam mais facilmente gerenciados, porém também necessitam de higienização frequente. Não podemos esquecer que a empresa é responsável por fornecer água potável e adequada para consumo a todos os funcionários. Comprar água de fontes confiáveis ou realizar tratamentos adequados é obrigatório. Afinal de contas, um surto de doença veiculada através da água, prejudicando a saúde dos funcionários, certamente impacta na segurança dos alimentos que estamos produzindo. E você, leitor, o que acha?

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O conhecimento de manipuladores de alimentos sobre higiene: um estudo de caso

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Juliana Salib Dutra, Fernanda Salvador Alves

RESUMO
A higiene é uma prática que deve ser adotada por todas as pessoas que manipulam alimentos, para que ocorra promoção da saúde. Este estudo objetivou avaliar os conhecimentos dos manipuladores de alimentos de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) sobre higiene pessoal e dos alimentos, relacionando-o com as capacitações realizadas no local. A avaliação foi feita através de um questionário elaborado com base nas legislações vigentes e contou com a participação de quatro manipuladores. A Unidade de Alimentação e Nutrição era administrada por auto-serviço, com produção centralizada e distribuição por self-service e possuía o assessoramento mensal de uma nutricionista. Observou-se que os funcionários possuíam conhecimentos sobre higiene pessoal e dos alimentos, mas com alguns pontos falhos. Não houve relação do conhecimento sobre o tema com o grau de escolaridade formal, mas sim com o tempo de serviço, a quantidade de capacitações recebidas e as experiências anteriores neste ramo de atividade. As inadequações em relação à higiene pessoal dos funcionários poderiam acarretar no fornecimento de alimentos higienicamente inseguros aos comensais. Concluiu-se que havia necessidade de alterar a forma, os participantes e a freqüência das capacitações ofertadas para elevar a qualidade higiênico-sanitária das refeições servidas.
Palavras-chave: Unidade de Alimentação e Nutrição. Capacitação. Segurança.
Rev. Higiene Alimentar, vol. 26, n. 204/205, p. 24-28, janeiro/fevereiro 2012

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