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Surtos por Salmonella: dados estatísticos, sintomas e prevenção

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Em função dos riscos que esse importante patógeno representa para a saúde dos consumidores, o objetivo dessa revisão é promover uma breve descrição da Salmonella spp. quanto à sintomatologia, patogenicidade, ocorrência nos vários grupos de alimentos e as formas de prevenção e controle da Salmonella spp.

Com o passar dos anos foram detectadas mudanças no perfil epidemiológico de enfermidades transmitidas por alimentos devido à expansão dos mercados de consumo, a globalização econômica, alterações dos hábitos alimentares e aumento no consumo de alimentos industrializados ou produzidos fora do lar; porém, as doenças veiculadas por alimentos continuam sendo uma das principais causas de morbidade nos países da América Latina. (Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2008) Surtos de enfermidades transmitidas por alimentos causados por Salmonella enteritidis passaram a ser relatados nos Estados Unidos e em vários países da Europa, desde o final da década de 70. Na maioria das vezes, esses surtos foram relacionados ao consumo de alimentos contendo ovos crus ou mal cozidos e alimentos derivados da carne de aves. (Revista de Saúde Pública, 1998).

A Salmonella spp. é uma bactéria entérica responsável por graves intoxicações alimentares, sendo um dos principais agentes envolvidos em surtos registrados em vários países. A sua presença em alimentos é um relevante problema de saúde pública que não deve ser tolerado nos países desenvolvidos, e principalmente nos países em desenvolvimento, porque os sinais e sintomas podem ser mal diagnosticados, sobrecarregando ainda mais todo o sistema de saúde. Devemos ressaltar que a maioria dos sorotipos desse gênero são patogênicas ao homem, apresentando diferenças de sintomatologia em decorrência da variação no mecanismo de patogenicidade, além da idade e da resposta imune do hospedeiro (Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2008). A Salmonella Enteritidis, desde então, tem sido caracterizada como o agente dessas enfermidades predominante nesses países.

Nos EUA, estima-se a ocorrência anual de 142.000 casos de salmoneloses devido ao consumo de ovos contaminados com Salmonella, representando um importante problema de saúde pública. Em termos de segurança alimentar, a problemática da presença do patógeno em ovos relaciona-se diretamente ao conceito de food safety; a qualidade sanitária de ovos e produtos de ovos deve ser assegurada de modo que sua ingestão não cause prejuízos à integridade física de consumidores. O número real de casos, entretanto, pode ser superior, uma vez que a identificação do agente etiológico nem sempre é possível. No Brasil, 42,5% dos surtos alimentares confirmados laboratorialmente de 1999 a 2009 tiveram como agente etiológico bactérias do gênero Salmonella, frequência muito provavelmente subestimada. (Segurança Alimentar e Nutricional, 2012)

Um alerta de saúde pública foi emitido em relação ao frango cru empacotado em três unidades da empresa Foster Farms na Califórnia. Desde que cepas de Salmonela heidelberg foram detectadas em março de 2013, 278 pessoas adoeceram, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) e o surto de salmonela atingiu 18 estados dos Estados Unidos e provocou o adoecimento de centenas de pessoas nos últimos 2 meses do ano de 2013 (Portal G1, 2013). Em âmbito federal a Anvisa deliberou que todas as embalagens de frangos devem conter alertas sobre o correto manuseio dos produtos, correta higienização dos utensílios utilizados e o meio adequado de cocção dos alimentos. Conforme o link a seguir podemos ver algumas dicas e conselhos passadas por uma cartilha da vigilância sanitária para maiores cuidados com a salmonelose.

Link:http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2011/06/13/620x990_salmonela.jpg

A salmonelose é uma infecção cujos sintomas são febre, dores abdominais, vômito e diarreia, e se manifestam de 12 a 36 horas após o consumo de alimentos ou bebidas contaminados, com duração de 1 a 4 dias. A recuperação ocorre geralmente sem o uso de antibióticos. Em crianças, recém-nascidos e indivíduos imunocomprometidos, a Salmonella pode provocar danos mais graves, como bacteremia, lesões em órgãos e meningites; nesses casos, a antibioticoterapia é imprescindível. Diversos fatores podem afetar a dose infectante de Salmonella, como sorotipo, condição imunológica do indivíduo e tipo de alimento envolvido (Segurança Alimentar e Nutricional, 2012).

Recomenda-se ações de educação em saúde, destacando os hábitos de higiene pessoal, principalmente a lavagem correta das mãos entre as pessoas que manipulam alimentos, observando cuidados na preparação, manipulação, armazenamento e distribuição de alimentos. (Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2008) As principais estratégias de prevenção devem ser: seleção da matéria-prima, utensílios e equipamento cuidadosamente higienizados; fornecimento de água potável e adequado sistema de tratamento de lixo e esgoto; adoção de boas práticas de fabricação e implantação do sistema APPCC; afastamento dos portadores assintomáticos da área de produção e métodos de preservação e de transporte adequados. Para os alimentos e sua devida manipulação é aconselhado que mantenha os alimentos refrigerados e longe do contato com animais; correta cocção dos alimentos derivados de aves e ovos; não misturar alimentos crus e cozidos. Todas essas ações estão em conformidade com as recomendações das autoridades de saúde pública em nível mundial. (Segurança Alimentar e Nutricional, 2012).

 

 

 

 

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Cuidados com alimentação para pacientes com câncer

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Dia 4 de Fevereiro foi o Dia Mundial do Câncer e o FDA divulgou uma lista de cuidados especiais que pacientes e vitoriosos de Câncer precisam se atentar no dia a dia.

O sistema imunológico dos pacientes de câncer  é fragilizado  devido aos tratamentos necessários, que normalmente envolvem quimioterapia, radiação ou ainda medicamentos para ajudar na lura contra a doença.  Devido ao sistema imunológico debilitado, os pacientes ficam mais susceptíveis a doenças alimentares, inclusive. Ainda, a gravidade da uma infecção ou intoxicação alimentar pode ser ainda maior nestes casos.

Devem ser evitados os alimentos:

  • carne vermelha ou aves – crua ou mal cozida;
  • Peixe cru, frutos do mar parcialmente cozidos (como camarão e caranguejo), e frutos do mar defumados refrigerados;
  • mariscos crus (incluindo ostras, mariscos, mexilhões e vieiras);
  • Leite não pasteurizado e produtos feitos com leite cru, como iogurte e queijo;
  • Queijos feitos com leite não pasteurizado, como Feta, Brie, Camembert, de pasta azul;
  • Ovos crus ou mal cozidos ou alimentos que os contenham, incluindo alguns molhos caseiros de saladas, massa de biscoito caseiro e massas de bolo, e gemada caseira crua ou mal cozida. (A maioria dos molhos de salada industrializados são feitos com ovos pasteurizados.)
  • Legumes frescos sem lavar, incluindo alface / saladas
  • Sucos de frutas não pasteurizados;
  • Cachorros quentes, embutidos fermentados e secos, e outras carnes de estilo delicatessen, produtos de aves e de peixe defumado – a menos que sejam aquecidos até a vapor quente;
  • Patês não pasteurizados, refrigerados.

 

Também é importante sempre lembrar:

1.LIMPEZA: Lavar as mãos e superficies com frequência

2.SEPARAR: Separar carnes cruas de outros alimentos

3.COZINHAR: Cozinhar a temperaturas adequadas

4.RESFRIAR: Refrigerar os alimentos imediatamente após o uso/preparo (no acondicionamento)

 

Estes são cuidados básicos que todos devem ter para prevenção de doenças alimentares, mas que se tornam ainda mais importantes para pessoas com sistema imunológico debilitado, como o paciente de câncer.

 

Há mais informações sobre o Guide “Smart Menu Choices for Cancer Patients and Survivors” em http://www.foodsafety.gov/blog/2015/02/world-cancer-day-2015-food-safety-critical-cancer-patients-and-survivors.html

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Segurança de materiais em contato com alimentos

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Alguns posts relacionados ao tema “materiais de contato com alimentos” já foram apresentados algumas vezes aqui no Blog. Recentemente li alguns artigos interessantes que tratam deste tema, entretanto com uma visão distinta da que estava acostumada, elaborados por pesquisadores da área médica, mais especificamente, epidemiologista. Um destes artigos, tem como enfoque a preocupação da área médica em relação aos efeitos nocivos e desconhecidos para saúde humana, em consequência do consumo de substâncias químicas oriundas da migração de materiais de contato com alimentos, como por exemplo, as embalagens, utensílios e equipamentos de processo ou preparação que possuem contato direto com o alimento. Não foi apresentado nenhum estudo de caso, somente uma revisão da arte sobre o tema com sugestões de futuros trabalhos e a justificativa para tal.

Como a maioria dos alimentos, hoje consumidos, são embalados e toda a população é susceptível a ser exposto, o autor enfatiza que é de extrema importância a realização de estudos para entender a correlação entre os materiais de contato no desenvolvimento de doença crônica e afirma que se torna uma urgência de interesse público.

A seguir apresento um resumo deste artigo, que foi publicado em julho de 2014, pela revista Epidemiol Community Health. Boa leitura!

 

“Embalagens e materiais de contato e a migração para os alimentos: Desafio dos Epidemiologistas”

 O autor primeiramente buscou apresentar o conceito sobre o risco da migração de componentes químicos para o alimento e a fundamentação da sua investigação, todos com base e referência científica. Os principais dados relatados por ele, que considero os principais, foram:

– A maioria dos materiais de contato com alimentos não são inertes e apresentam substâncias químicas, tais como, monômeros, polímeros, aditivos, coadjuvante de processo que podem se difundir para a bebida e/ou alimento e esta migração pode ser acelerada em determinadas situações de tempo de armazenamento, temperatura, propriedades físico-químicas tanto do material, como também do alimento.

-Nem todos os migrantes são regulados como aditivos alimentares indiretos e são, segundo referências citadas no artigo, contaminantes químicos.

– Contaminantes tóxicos conhecidos continuam sendo utilizados como aditivos alimentares na Europa e EUA e são aprovados por legislação local. Alguns exemplos: tipos de amianto, Formaldeído (este último presente em garrafas de PET e já comprovadamente cancerígeno), Bisfenol A, Ttriclosan e vários ftalatos (estes três últimos desreguladores endócrinos)

– Número de substâncias intencionais conhecidas e que são utilizadas na composição dos materiais de contato excedem 4000. Além disso, contêm um número desconhecido de subprodutos de polimerização, impurezas e outros que são as substâncias adicionadas não intencionalmente. Ainda não se conhece os perigos toxicológicos do consumo destas substancias.

– Doenças crônicas no mundo são responsáveis por cerca de dois terços das mortes. Apesar de haver causas múltiplas há fortes evidências entre este número com a exposição crônica a contaminantes químicos

– Ainda que haja estabelecida avaliação do risco químico para certos componentes, ou seja, existe um limite aceitável estabelecido para a exposição à toxicidade de um indivíduo, o autor enfatiza que no entanto, os seres humanos não são expostos a produtos químicos, de maneira isolada. Desta forma, somente estes dados não seriam suficientes para assegurar a inocuidade de um produto.

Diante destes fatos, o autor propôs que seja realizada de maneira urgente, uma avaliação da exposição de base populacional e biomonitoramento dos materiais de contato, a fim de avaliar as relações de causa-efeito entre as substâncias químicas dos materiais de contato com alimentos e as doenças crônicas como câncer, obesidade, diabetes e alterações neurológicas. Enfatizou que a migração química dos materiais de contato com alimentos e os efeitos na saúde humana, devem ser mais e, melhor investigados por pesquisadores e propôs início de estudos mais profundos sobre o tema.

O autor afirmou que a área de epidemiologia pode ajudar a melhorar o conhecimento sobre o papel dos produtos químicos dos materiais de contato com alimentos.

O autor sugeriu como metodologias:

– a utilização de questionários de frequência alimentar e métodos de avaliação do consumo alimentar (registros de consumo alimentar), complementada por esforços de biomonitoramento;

– Análises dos usos de materiais em contato com os alimentos em toda a cadeia de abastecimento alimentar (processamento, embalagem, armazenamento) e em casa, local de trabalho e outras configurações.

– Medição da frequência de práticas de consumo, tais como o armazenamento em freezers, pratos de plásticos e recipientes, o uso de filmes plásticos

– Preferência de embalagens pelo consumidor, ao comprar alimentos e bebidas

– Dados econômicos e culturais das influências sobre o consumo alimentar

– Análises estatísticas para integrar estas informações coletadas com os dados usados tradicionalmente em epidemiologia nutricional, ambiental e molecular.

Além disso, sugeriu uma série de outros campos de pesquisa sobre este tema: os mecanismos tóxicos, por exemplo, em estrogênica, androgênica, tireoide e os efeitos dos químicos que migram dos materiais de contato. Na homeostase de glicose e metabolismo de lipídeos, a homeostase de energia e a resistência à insulina; sobre o papel dos agonistas e antagonistas de receptores nucleares na modulação da função do receptor de doenças nucleares e endócrinas, incluindo receptores de membrana não-esteroides e receptores nucleares não-esteroides; em metabólica e disfunção mitocondrial, inflamação, adipogêneses e macrófagos adiposo.

Desta forma, o autor concluiu que Integrar o conhecimento sobre a composição química destes materiais e migração para os alimentos em estudos epidemiológicos é, uma oportunidade e um dever para os epidemiologistas. Eventualmente, essa pesquisa vai fortalecer as políticas de prevenção primária, reduzindo exposição a produtos químicos resultantes de uma fonte controlável. Ele também irá avançar no conhecimento básico e aplicado sobre os mecanismos moleculares e fisiológicos que apontam algumas substâncias químicas ambientais e doenças humanas.

 Referência do artigo: MUNCKE, Jane et al. Food packaging and migration of food contact materials: will epidemiologists rise to the neotoxic challenge? Epidemiol Community Health, [s.i.], v. 68, n. 7, p.592-594, jul. 2014.

 

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O não alcance de metas de SGSA X ações corretivas e preventivas

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“Obstáculos são aquelas coisas assustadoras que vemos quando afastamos os olhos do alvo.”

Hanah More

 No post anterior falamos sobre a sistemática de definição dos objetivos e indicadores relacionados ao sistema de gestão de segurança de alimentos, validação de metas e divulgação para a organização até os níveis pertinentes.

E depois…. basta atualizar o resultado? Nãoooooo!!

O mais importante de tudo é a análise crítica dos dados e a tomada de ações derivada deste acompanhamento. O sistema de gestão deve considerar estas atividades. Elas que vão garantir o aprendizado derivado dos indicadores de desempenho.

Periodicamente deve ser realizada uma reunião de análise dos resultados destes indicadores. Esta reunião pode ser mensal, bimestral, trimestral, dependendo da rotina de atividades e reuniões da organização. Mas é relevante ressaltar que independente da periodicidade da reunião, os resultados de indicadores devem ser avaliados o mais breve possível (fortemente recomendado que seja mensalmente), para que as ações de correção sejam tomadas o quanto antes e assim poder conter e reverter situações de desvio.

Fica muito complicado realizar a análise dos desvios e tomar ações de correção ou corretivas quando se passa muito tempo do resultado. O resgate de informações às vezes se perde e com ele a oportunidade de registrar a melhoria contínua.

Acredito que existe uma regra e dois momentos de tomada de ação quando falamos de indicadores de desempenho.

A regra / critério: é necessário estar claramente definido quais são as situações e qual a abrangência de atuação quando ocorrem desvios em indicadores de desempenho. Ou seja, aqui passamos a considerar os desvios pontuais e sistêmicos.

Momento 1: se o indicador não atingiu a meta do mês, no mínimo devem ser tomadas as ações de contenção/correção para que o indicador possa retomar o resultado esperado.

Momento 2: o indicador não vem atingindo em meses consecutivos (ou alternados) e vai comprometer o resultado do ano. Devem ser tomadas ações de contenção e adicionalmente pode existir a necessidade de aplicação de ações corretivas.

Exemplo de critério para ações corretivas:

  • Identificação de resultados de indicadores que não atingem a meta por 3 meses ou mais;
  • Identificação no decorrer do ano que o indicador não atingirá a meta no período estabelecido.

 Ponto de atenção: em algumas situações, um único resultado fora da meta pode comprometer o resultado do período (do ano, por exemplo), nestas situações aplica-se o critério de ação corretiva obrigatória.

Este processo pode (e no meu ponto de vista deve) estar relacionado com o processo/procedimento de ações corretivas da organização. Isso permite que o sistema de gestão seja cada vez mais funcional e enxuto.

Baixe aqui um exemplo de formulário para gestão de indicadores e um formulário para registro, investigação de causa e definição do plano de ação corretiva.

Anexos

A sistemática de identificação de causas do exemplo do formulário pode ser substituída pela que a organização definir (5 Por quês, Ishikawa, Pareto, etc.), ou que melhor se aplicar ao caso. Algumas vezes pode ser uma análise utilizando mais de uma ferramenta. Isso também funciona!!

E para finalizar com “chave de ouro” este processo, devem estar analisados e registrados os resultados dos indicadores de SGSA (e outros sistemas de gestão que a organização possua) na reunião de análise crítica da direção. Se aplicável, também devemos considerar quais são as necessidades de ação para cada um deles, investimento, priorização das ações, etc.

Agora já podemos deixar de ficar assustados e olhar de frente a gestão de objetivos e metas do SGSA.

Figura 01

Referências:

ISO 22.000:2005 Requisitos:

7.10.1   Correções

7.10.2   Ações Corretivas

8.5.1      Melhoria Contínua

 

ISO 9001:2008

8.5.1      Melhoria Contínua

8.5.2      Ação Corretiva

8.5.3      Ação Preventiva

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Portaria 2914/11 – não continue com dúvidas

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Portaria 2914/2011

Apesar de estarmos com uma nova legislação em consulta publica para potabilidade da água, nós do Blog Food Safety Brazil compartilhamos com vocês um material sobre a Portaria 2914/2011 que tem ajudado muitas pessoas quanto ao entendimento dessa legislação, em especial quanto às tabelas em anexo da Portaria.

Esperamos que seja útil para você!

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Devemos nos preocupar com os alimentos infantis à base de soja?

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Nos últimos anos, a soja tem sido um alimento bastante polêmico. Marion Nestlé, professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Nova York, diz ironicamente que se você não está confuso sobre os alimentos com soja, é porque está mal informado: ou não acompanha a publicidade dos produtos ou não tem conhecimento das pesquisas científicas. Segundo ela, para cada estudo que demonstra os benefícios da soja para a saúde, há um outro que os contesta.

Durante o VI Seminário de Contaminantes em Alimentos (CONALI) realizado no ITAL, em Campinas, em novembro de 2014, Dra. Elaine Frade Costa abordou o assunto-título deste post em parte de sua palestra. A palestrante é médica e Chefe da Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.  

Dra. Elaine lembrou primeiramente que os grãos de soja possuem macronutrientes (proteínas, carboidratos e lipídeos) aos quais já foram atribuídos efeitos anticancerígenos, anti-hipertensivos, antiobesidade etc, sobretudo para alguns peptídeos biologicamente ativos produzidos na digestão intestinal. Além disso, a soja possui micronutrientes, como as isoflavonas, denominadas de fitoestrógenos, por apresentarem semelhanças estrutural e funcional com os estrógenos naturais, que são hormônios responsáveis por características de feminilidade nos seres humanos. Quando a soja ou seus produtos são consumidos, as isoflavonas são absorvidas ou fermentadas pela microbiota intestinal e dão origem principalmente aos metabólitos daidzeína e genisteína, principais fontes de fitoestrógenos da dieta, sendo também os de maior ação estrogênica. E quais efeitos estas substâncias poderiam ter no ser humano? A palestrante citou primeiramente um estudo de 1998 no qual se relatou que macacas alimentadas com 50 mg de soja/ dia apresentaram infertilidade e doenças do fígado. Outras duas citações foram ainda mais preocupantes:

  1. Meninas alimentadas com fórmulas à base de soja apresentaram maior prevalência de broto mamário no 2° ano de vida, quando comparadas às alimentadas com leite de vaca (Zung A. et al., J.Pediatr.Gastroenterol.Nutr, 2008); 
  2. Mulheres que foram alimentadas com soja na infância apresentaram maior risco de tumor uterino (D’Aluisio A.A. et al., Environ.Health Perspect, 2010).

Consumo de soja no mundo e impacto real

Quando falamos de efeitos nocivos à saúde humana, uma das primeiras questões é saber em quais níveis as substâncias em questão são nocivas e qual o nível de exposição a elas na dieta. A OMS recomenda um consumo de 20 a 30 g de soja por dia, quantidade tradicionalmente consumida em países como Japão e Coreia. Europeus e norte-americanos tem um consumo inferior a 1 g de soja por dia. Porém, 20 a 25% das crianças nos EUA recebem dieta à base de soja no primeiro ano de vida. Estas crianças ingerem cerca de 6 a 9 mg/kg de isoflavonas, quantidade que é 50 a 100 vezes maior que os níveis do hormônio estradiol na gravidez.

Além disso, lembra Dra. Elaine, a infância é um período de grande susceptibilidade aos efeitos destas substâncias. No Brasil, um estudo cientifico realizado em 2004 analisou 4 produtos infantis contendo soja e encontrou grande variação no teor de isoflavonas entre eles, variando de 6 a 92 mg/100 g do alimento. A palestrante ressaltou que tanto no Brasil como no resto do mundo, a literatura científica sobre este tema é pobre e falha, apresentando discrepâncias entre os estudos em animais e os estudos clínicos. A comparação é dificultada pela nomenclatura da soja, pelas diferentes formulações, doses, vias de administração, tempo de exposição e vários outros fatores. Outro fator de confusão é que há diferenças no metabolismo das isoflavonas entre os modelos animais e humanos.

Como responder à pergunta do título?

Assim como propôs a apresentadora da palestra, a pergunta que fazemos no título é, antes de tudo, um convite à reflexão e à discussão. Não há consenso sobre este assunto. Não obstante, Dra. Elaine deixou claros os seguintes pontos: 

  1. Os efeitos dos componentes da soja sobre o sistema reprodutivo são evidentes; 
  2. A “administração” de compostos com atividade estrogênica através de alimentos certamente NÃO é isenta de efeitos adversos;
  3. A infância é uma janela de susceptibilidade e o uso de fórmulas infantis à base de soja só é recomendado para crianças alérgicas ou com intolerância à lactose.

Leia também: 

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Como estimar a vida de prateleira dos alimentos? Testes acelerados

“Nariz eletrônico” soa alarme para carne deteriorada

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Garrafas de água mineral de PET podem apresentar migração de antimônio acima dos limites

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Artigo recentemente publicado na Food Chemistry, apresentou dados que comprovam a migração de substância química do plástico, neste caso o PET, para a bebida. O autor se baseou em estudos recentes que demonstram resíduo de Sb encontrados em amostras de água, quando armazenada em garrafas de PET, o que não ocorre quando armazenada em outros tipos de garrafa plástica ou quando a amostra de água é coletada diretamente da fonte, o que indica que a presença de Sb nas amostras de água é devido a migração do PET. Sabemos que PET é altamente utilizado como embalagem de alimentos e bebidas. Diante destes fatos, o autor pesquisou a influência de fatores físico-químicos em relação à migração do Sb (antimônio).

O autor selecionou amostras de 3 marcas de água mineral engarrafada em PET, de 3 tipos de cores (claro, azul claro e azul escuro). Os resultados obtidos foram:

– Avaliação da presença de Sb no material PET: Foram realizados testes analíticos, primeiramente para avaliar a presença do Sb no material PET. Os resultados apontaram quantidade significativa de Sb no PET, que ocorre em virtude de um catalisador (Sb2O3) utilizado durante o processo de fabricação, de excelente conversão, que no entanto pode gerar residual de Sb.

– Avaliação da influência da temperatura: as amostras foram submetidas por 15 dias a 60ºC e comparadas com o armazenamento a 15 dias a 60ºC mais 15 dias a 4ºC. Os resultados demonstraram o aumento da concentração do Sb em quase 3 x mais no teste com elevação da temperatura, ou seja, a migração de Sb aumenta ao longo do tempo e em maiores temperaturas. A quantidade de Sb encontrada na água foi superior ao permitido pela legislação, ou seja, quantidade prejudicial à saúde humana.

– Avaliação da cor: a água armazenada em garrafas coloridas continha concentrações Sb semelhantes, mas eram ligeiramente mais elevados do que os que estão armazenados em garrafas transparentes.

– Avaliação do CO2: testes comparativos entre amostras de água mineral gasosa x água mineral natural, concluíram que na primeira, a concentração residual de Sb é maior, indicando que a presença de dióxido de carbono acelera a migração de Sb.

 

Este é um tema muito relevante, uma vez que o consumo de água mineral engarrafada tem se tornado cada vez maior. Os resultados demonstrados por este trabalho apontam que a migração de contaminante químico pode ocorrer do material plástico para a bebida, principalmente quando estocado em condições de temperatura muito elevada e por muitos dias, o que ultrapassa a concentração permitida.

Na nossa legislação (RDC 17/08), é definido o LME = 0,04 mg/Kg para o Antimônio utilizado como aditivo. Importante ressaltar, que o valor estabelecido como “permitido”, é representativo para o consumo de um dia. Deve ser levado em consideração que outros produtos que são rotineiramente consumidos, também são embalados em material plástico PET, e portanto, podem fornecer Sb através do processo de migração, para a bebida ou alimento.

 

Referência: CARNEADO, Sergio et al. Migration of antimony from polyethylene used in mineral water bottles. Food Chemistry, Barcelona, p.544-550, jun. 2014.

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Segurança de alimentos x uso do ar comprimido: Por onde começar?

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Queridos leitores, tenho discursado em prol da Cultura de Segurança de Alimentos e menciono sempre que os maiores problemas estão nos programas de pré-requisitos,  pois dependem do comportamento humano e dos devidos recursos para adequação da infraestrutura. Em diversas auditorias e consultorias realizadas, um programa de pré-requisito  que vem me chamando atenção nas indústrias de alimentos que já passei, são as diferentes práticas, infraestrutura e abordagens adotadas com relação ao ar comprimido.

A preocupação mais comum, e claro mínima, de todas as indústrias é a filtração do ar comprimido e o uso de óleo grau alimentício. Esta última, ainda não é realidade em todas as indústrias, acredite se quiser.

Ainda existem empresas que toleram e repassam a justificativa do fornecedor de que não é possível substituir o óleo não alimentício por alimentício por questões técnicas de funcionamento do compressor, sendo que hoje existe opção de compressores livres de óleos (Oil free compressor) e diferentes óleos grau alimentício para compressores usados em diferentes indústrias de alimentos, logo, fiquem atentos a justificativas que focam apenas na manutenção do negócio ar comprimido e não na segurança do produto que você produz.

Sabemos que o ar comprimido é largamente utilizado na indústria de alimentos  em dispositivos, tais como válvulas pneumáticas para transporte do produto e sistemas de embalagem. Muitas vezes, é um componente integral dos sistemas de limpeza  CIP como um transportador de vapor.

É muito importante que os sistemas de ar comprimido funcionem eficazmente. A pureza do ar comprimido é vital para garantir que superfícies de contato direto e indireto com os produtos e  o próprio produto, não sejam contaminados.

Considerando o que a ISO/TS 22002-1 2012 nos fala sobre ar comprimido proponho que você leitor, busque informações minuciosas em sua organização sobre cada item abordado nesta norma. Segue algumas dicas de questões a serem realizadas e conhecimento que julgo importante para cada requisito:

1)      Ar comprimido usado na produção e ou/enchimento de embalagem deve ser construído e mantido de modo a prevenir a contaminação.

  • O projeto e a instalação do ar comprimido foram desenvolvidos por empresa especializada neste tipo de sistema?
  • O projeto focou na eficácia de se produzir ar comprimido Food grade, ou seja, contaminantes inerentes ao processo de produção do ar comprimido dentro dos limites aceitáveis?
  • As condições da instalação estão adequadas e existe plano de manutenção preventiva para o sistema de ar comprimido?

2)      Gases para uso direto ou de contato incidental com o produto (incluindo aqueles usados para transporte, sopro ou secagem de materiais, produtos ou equipamentos) devem ser de fontes aprovadas para contato com alimentos e filtrado para remoção de poeira, óleo e água.

  • Como está o ar atmosférico captado para produção do seu ar comprimido?
  • Qual o nível dos possíveis contaminantes do ar atmosférico captado? Contaminantes a considerar: Vapor de água, sujeira atmosférica, vapores de óleo e microrganismos;
  • A filtração está sendo eficaz para atender requisitos de poeira, óleo e água previstos na ISO – 8573-1 AR COMPRIMIDO PARA USO GERAL, Parte 1: Contaminantes e classes de qualidade ou alguma outra referência de qualidade para ar comprimido?

3)      Quando óleo é usado em compressores e há potencial do ar comprimido entrar em contato com o produto, o óleo usado deve ser de grau alimentício.

  • O óleo utilizado em seu compressor é grau alimentício? Se sim, estão disponíveis FISPQ, ficha técnica, data de validade e rótulo indicando que o produto é Food Grade (produtos registrados H1 Food Grade com NSF, nos Estados Unidos). Se não, quais são os planos da organização para troca do óleo ou do compressor?

4)      O uso de compressores isentos de óleo  é recomendado.

  • Essa é a melhor opção para evitar a contaminação química por óleo

5)      Requisitos para filtração, umidade (UR%) e microbiologia* devem ser especificados.

  • A filtração atende requisitos de filtração e umidades previstos na ISO – 8573-1?
  • Quais parâmetros microbiológicos foram definidos para seu ar comprimido? Uma referência que pode ser utilizada são parâmetros para sala limpa ou especificações determinadas pela organização com base em seu histórico.

*ISO 8573 não estabelece limites para microrganismos, por isso devemos utilizar protocolos de testes ambientais ou em alguns casos, recorrer a especificações de salas limpas.

6)      A filtração do ar deve ocorrer o mais próximo possível do ponto de utilização. 

  • A filtração ocorre o mais próximo possível do ponto de utilização?
  • Se não, existe planos de modificação?

Enfim, comece a tratativa deste programa de pré-requisitos, conhecendo a realidade de seu processo de produção do ar comprimido e entendendo os perigos inerentes desta etapa de produção do seu produto.

 Até a próxima…

Referências de literatura sobre o tema:

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Ranking para parasitas em alimentos (classificação de risco baseada e multicritérios)

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Doenças parasitárias de origem alimentar são um desafio de serem monitoradas, pois são doenças negligenciadas. Não há muita comunicação para a população sobre este tipo de doença, e por consequência são doenças comumente não relatadas. Ainda, parasitas tem ciclos de vida complexos, que podem incluir múltiplos hospedeiros. A contaminação de um alimento pode acontecer pelo parasita ou por algum destes hospedeiros. A doença pode apresentar incubação prolongada (até vários anos de incubação) e até não apresentar sintomas.

 A FAO e a WHO fizeram uma avaliação do cenário global e riscos associados a parasitas em alimentos e seu impacto na saúde pública. Para isso, reuniram relatórios de experts representantes das regiões dos continentes africano, asiático, Austrália,Europa, Oriente Médio, América do Norte e da América do Sul. 

Cerca de 93 parasitas foram inicialmente listados para avaliação. O trabalho preliminar compreendeu o desenvolvimento de um instrumento de classificação de risco. Após um trabalho preliminar, chegou-se a uma lista de 24 parasitas para ser avaliados pela equipe de especialistas e então classificados quanto ao risco.

 Os critérios considerados na avaliação foram:

(1) Número de casos globais;
Número de indivíduos em todo o mundo de que a doença clínica se manifestou

 (2) Distribuição global;
Número de regiões em que este parasita está geograficamente distribuído ( em que se mostra um ciclo natural)

 (3) Morbidade – aguda
Perda da qualidade de saúde da vida devido a uma infecção aguda

 (4) Morbidade – crônica
Perda da qualidade de saúde da vida devido a uma infecção crônica

 (5) Porcentagem crônica;
Porcentagem das doenças globais transmitidas por alimentos que são consideradas crônicas.

 (6) Mortalidade;
Proporção de letalidade

 (7) Potencial de Aumento da doença
Probabilidade de um aumento significativo em doença em humanos.

 (8) Relevância às relações comerciais
Relevância do parasita e as suas fontes de alimento primárias ou veículos em afetar o comércio internacional.

 (9) Impacto sócio econômico.
Âmbito de impacto para as populações economicamente vulneráveis

Assim, segue o Ranking  para parasitas em alimentos (classificação de risco baseada e multicritérios):

Fontes:

  • Taenia solium – Porco
  • Echino coccus granulosus – Produtos frescos (crus)
  • Echino coccus multi locularis – Produtos frescos 9crus)
  • Toxoplasma gondii –  Carne de pequenos ruminantes, porco, carne vermelha e órgãos
  • Crypto sporidium spp. – Produtos frescos (crus), suvo de frutas, leite
  • Entamoeba histolytica – Produtos frescos (crus)
  • Trichinella spiralis – Porco
  • Opisthorchiidae – Peixe de água doce
  • Ascaris spp. – Produtos frescos (crus)
  • Trypanosoma cruzi – Sucos de frutas
  • Giardia duodenalis – Produtos frescos (crus)
  • Fasciola spp. – Produtos frescos (plantas aquáticas)
  • Cyclospora cayetanensis – Berries (frutas vermelhas), produtos frescos (crus)
  • Paragonimus spp. – Crustáceos de água doce
  • Trichuris trichiura – Produtos frescos
  • Trichinella spp. – Carne de javali , crocodilo , urso
  • Anisakidae – Peixes de água salgada, crustáceos e cefalópodes
  • Balantidium coli – Produtos frescos (crus)
  • Taenia saginata – Carne vermelha
  • Toxocara spp. –  Produtos frescos (crus)
  • Sarcocystis spp. – Beef and pork
  • Heterophyidae – Peixes de água doce e salobra
  • Diphyllobothriidae – Peixes de água doce e salgada
  • Spirometra spp. – Peixes, répteis e anfíbios.

 

A análise de risco conduzida pela FAO pode ser avaliada por completo em http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112672/1/9789241564700_eng.pdf.

 

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Agenda regulatória da ANVISA – momento de votar nas prioridades

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As possíveis pautas da agenda regulatória da Anvisa estão disponíveis para votação popular.

Parte dos temas foi selecionado pela própria agência e outros nasceram de demandas da sociedade. Para ajudar na  priorização quem estiver interessado em participar poderá fazem com que certos os temas trazidos pela sociedade sejam discutidos e convertido em novos requisitos legais.

Faça uso da democracia e participe clicando aqui. O prazo para participação é até 01 de março.

Conheça os temas solicitados pelo público:

 1.1 – Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de tecnologia para Óleos e Gorduras

1.3 – Aditivos Alimentares para Alimentos Infantis

1.4 – Aditivos Alimentares para Corantes utilizados em alimentos

1.7 – Aditivos para cereais

1.12 – Coadjuvante de Tecnologia para Balas, Confeitos, Bombons, Chocolates e Similares. 1.13 – Coadjuvante de Tecnologia para Produtos de Panificação e Biscoitos

1.14 – Lista geral harmonizada de aditivos alimentares e suas classes funcionais

3.3 – Boas Práticas de Fabricação para Suplementos Alimentares

3.4 – Boas Práticas de Manipulação de Alimentos à Base de Peixe Cru

3.6 – Boas Práticas para redução da formação de acrilamida nos alimentos

3.7 – Boas Práticas para Serviços de Alimentação

4.1 – Definição dos alimentos/categoria contendo ingredientes de origem animal sob competência de fiscalização da Anvisa

5.3 – Lista positiva dos solventes e pigmentos com seus respectivos limites de uso para embalagem em contato com alimentos

6.2 – Fortificação de sal

7.1 – Espécies Vegetais para o preparo de chás

7.3 – Produtos Atomatados

7.4 – Produtos de vegetais, produtos de frutas e cogumelos comestíveis

8.1 – Controle da ocorrência de arsênio inorgânico e Cádmio em arroz irrigado e sequeiro.(tema Mercosul)

8.2 – Limite de chumbo para fórmulas infantis

8.3 – Limites de contaminantes inorgânicos em produtos relacionados a cacau e chocolate (tema Mercosul)

8.4 – Matérias estranhas macroscópicas e microscópicas em alimentos e bebidas

8.6 – Resíduos de Medicamentos Veterinários em Alimentos de Origem Animal.

10.1 – Propaganda de Alimentos

11.1 – Registro Sanitário e Notificação de Produtos Isentos de Registro na Área de Alimentos

 

 

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Contos e fatos de auditorias

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Com quase 20 anos na estrada como auditora já passei e ouvi poucas e boas nessa profissão, desde cases hilários até trágicos, podendo citar alguns (anti) exemplos:

– Ficar trancada em uma sala chaveada pelo auditado a fim de retirar não as conformidades declaradas;

– Viajar dia de charrete pra acessar o site auditado ou dia de jatinho particular com champagne a bordo;

– Em reuniões de fechamentos viver o comprometimento da Direção/Proprietário que massacra o time quando há não conformidades mesmo que menores e lá mesmo já demite alguns considerados causadores do desempenho não tão bom quanto esperado ou outros que dão festa de comemoração pelo certificado mesmo nem sendo acreditado;

– Encontrar auditados preparados com agilidade na demonstração de atendimento por evidências, mesmo que falhas e outros que brigam por pontos e choram por notas;

– hospedar em hotéis 6 estrelas ou ser esquecida em aeroporto e ter que se virar totalmente de tamanho descaso;

– sentir coerção ou o contrário ter a liberdade de expressar pontos de vista e ser compreendida, sendo percebido pelo auditado o valor agregado do trabalhado compartilhado;

– encontrar esotéricos e ações religiosas em meio a auditoria, como rezas e crenças em círculos de vivências com auditados;

– auditado armado ou muito extremamente afetuoso.

 

Há tantas situações que convido vocês a dividir as dificuldades dessa vida “solitária”, mas muito gratificante, profissional e particularmente!

 

Cíntia Malagutti

  Auditora líder/Tutora na Academy

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Controlando Alergênicos – Parte III

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Nas partes I e II do artigo “Controlando Alergênicos” foram citados seis passos como requisitos iniciais para implantação de um sistema básico de gestão de alergênicos, onde a situação atual foi levantada e os processos reavaliados para evitar contaminação cruzada por e entre alergênicos.

Tendo finalizado essa etapa, os próximos passos visam estabelecer uma comunicação interna efetiva através de treinamento e conscientização dos colaboradores e das áreas envolvidas e também uma comunicação externa com fornecedores e consumidores, conforme citado abaixo.

7º passo: Manter relacionamento muito próximo com fornecedores.

É fundamental que haja proximidade e alinhamento entre as áreas de Suprimentos e Qualidade para que toda e qualquer alteração em fornecedores seja previamente avaliada e consentida para então prosseguir a efetivação da compra, pois mudanças de composição de produtos que envolvam alergênicos ou seus traços devem ser avaliadas quanto aos seus impactos, inclusive, na rotulagem dos produtos, além de todos os procedimentos já estabelecidos.

8º passo: Treinar o pessoal.

Tendo avaliado, alterado, otimizado os pontos acima, é fundamental que o conhecimento seja disseminado pela Organização.

Os colaboradores devem entender a importância do controle de alergênicos e o impacto de falhas nesses controles para a saúde dos consumidores alérgicos. Cartazes orientativos podem ser usados em pontos de encontro dos colaboradores, treinamentos e reciclagens explicando os procedimentos e dinâmicas que aprofundem o tema.

9º passo: Rotulagem preventiva.

A partir de sua Matriz de alergênicos, preparar a rotulagem preventiva informando a possibilidade de traços em seus produtos.

Rotular traços não exime a empresa de controlar e minimizar a contaminação entre ou por alergênicos, por isso, é fundamental estar atento a esses controles.

10º passo: Melhoria contínua.

Esses passos são apenas os primeiros para uma gestão eficaz de alergênicos. Outros pontos fundamentais precisam ser tratados e continuamente aprimorados, como por exemplo: estudo dos alergênicos como perigos no plano APPCC, procedimentos para testes em produção, envolvimento com o desenvolvimento de novos produtos, política do uso de uniformes, e outros mais.

Mãos à obra e bom trabalho!

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Workshop Food Safety Trends and Innovations – O mais esperado

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O mais esperado evento de Food Safety do ano está chegando: o Workshop Food Safety Trends and Innovations, promovido pela 3M em parceria com o blog Food Safety Brazil.

A programação como sempre está sob medida para quem quer estar por dentro das tendências que atendem as necessidades dos profissionais DE segurança dos alimentos.

Dia 24 de março, na aconchegante estrutura montada no Ginásio de Esportes da 3M, em Sumaré, SP.

Clique aqui para fazer a sua inscrição.

Participe de nossa pesquisa que trará discussões importantes para todos os interessados.

PROGRAMAÇÃO

Salmonella enteretidis:, um importante Patógeno para o Brasil. Prof. Eduardo Tondo

Food Safety Trends: Dr Martin Wiedmman, Cornell University.

Investigação de contaminação microbiológica na indústria de Alimentos. Mariano Ferraz, Nestlé

Controle de Biofilmes na Indústria de Alimentos. Karen Pereira Signori, UFRJ

Qualidade Laboratório e Implementação da ISO/IEC 17025:2005 no Laboratório da Indústria. Audecir Giombelli

Fraudes em leite: panorama e ferramentas para proteção. Fraudes em leite: panorama e ferramentas para proteção, Mônica Cerqueira, UFMG

Mesa redonda: Cultura de segurança dos alimentos: olhar operacional, da liderança e normativo. Silvana Chaves, Flavor Food; Juliane Dias, Food Safety Brazil; Karine Mafra, Intertek.

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Workshop em Porto Alegre: Inovação e Tendências em Segurança dos Alimentos

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Se você está na região Sul, não perca a oportunidade de se atualizar neste evento organizado pelo Senai RS.
O blog Food Safety Brazil também estará lá no dia 26/03 dando o seu recado com o tema: “Desafios e inovações em segurança dos alimentos”.

Onde: Av. Assis Brasil 8787. Porto Alegre, POA.

Inscrições: eventos.alimentos@senairs.org.br

CICLO DE PALESTRAS       25 de MARÇO de 2015

8h00      Credenciamento

 8h30      Boas Vindas & Cerimônia de Abertura
8h50      Painel Programa Alimentos Seguros e seu papel na promoção da saúde pública e competitividade empresarial
Painelistas: IBRAVIN, IGL, MAPA
Mediação: Leonir Martello (SENAI/RS)

10h10    Implementação FSSC como sistema de gestão para segurança dos alimentos
Palestrante: Nadja Elias Bittar (Vonpar S.A.)

11h00    Coffee break

11h20    Cultura de segurança dos alimentos
Palestrante: Marcus Vinícius de Oliveira (Liner Consultoria)

12h15    Case Implementação do Sistema APPCC na indústria de processamento de ovos: dificuldades e superações
Empresa: Naturovos
12h40    Espaço para perguntas

13h00    Intervalo para almoço – livre
14h30    Rastreabilidade de alimentos
Palestrante: Tejas Bhatt (IFT/EUA)

15h30    Programa de gerenciamento de pontos críticos, legislação e abordagem técnica sobre micotoxinas
Palestrante: Cristian Dieterich (Alltech)

16h20    Coffee Break

16h40    Novas tendências na determinação de resíduos e contaminantes em alimentos e amostras ambientais
Palestrante: Gilson Siqueira (Nova Analítica)

17h35    Case Gestão da segurança dos alimentos no Serviço de Alimentação
Palestrante: Cris Magalhães (Sodexo Brasil)

18h00    Espaço para perguntas & Avaliação

Questions

18h20    Encerramento

Closing Remarks

 

PROGRAMAÇÃO 26 de MARÇO de 2015

 8h30      Boas Vindas & Cerimônia de Abertura

 8h45      Risco microbiológico associado aos produtos vegetais: da produção ao processamento
Palestrante: DAna Allende (CEBAS-CSIC/Espanha)

9h40      Painel Métodos rápidos para detecção de patógenos alimentares
Painelistas: 3M, Pall Co., Thermo Fisher
Mediação: Prof. Dr. Eduardo Cesar Tondo (ICTA/UFRGS)

11h10    Coffee break

 11h30    Desafios e inovações em segurança de alimentos
Palestrante: Juliane Dias Gonçalves (Food Safety Brazil)

12h25    Case Implementação de boas práticas de manipulação em rede hoteleira
Palestrante: Ana Lúcia Serafim (UFSM)

12h50    Espaço para perguntas

13h10    Intervalo para almoço – livre

Lunchtime

14h40    Painel Visão Geral sobre Protocolos e Normas para Segurança de Alimentos
Painelistas: BV, DNV e TÜV
Mediação: Amauri Avila (BV)

16h10    Coffee Break
16h30    Utilização prática da análise de risco
Palestrante: Eduardo Cesar Tondo (ICTA/UFRGS)

17h25    Conceitos e Aplicações da Microbiologia Preditiva em Alimentos
Palestrante: Susana Oliveira Elias (UFRGS)

18h15    Espaço para perguntas & Avaliação

18h30    Encerramento

 

MINICURSOS 24 de MARÇO de 2015

Minicurso 01: Rastreabilidade de alimentos: cumprimento da legislação versus retorno do investimento

Short Course: Food Traceability: Regulatory Compliance versus Business Benefits

Ministrante: Tejas Bhatt

Instituição: Institute of Food Technologists (IFT/EUA)

Horário: 08h30 – 12h30

Minicurso 02: Inovação em metodologias para detecção de contaminantes químicos, físicos e biológicos

Innovation in chemical, physical and biological contaminants detection methods

Ministrante: Em definição

Instituição: Thermo Fisher Scientific

Horário: 14h00 – 18h00


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Classificação das medidas de controle – PPR, PPRO ou PCC?

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Classificação das medidas de controle – PPR, PPRO ou PCC?

Conversando com amigos e consultores em segurança de alimentos, percebi que a classificação de medidas de controle em PPR, PPRO e PCC para atendimento a ISO22000 ainda é um tema bastante polêmico no Brasil. Desta forma, resolvi buscar maiores informações sobre este tema e compartilhar estes achados e conclusão com nossos leitores.

Até a publicação da ISO22000, quando surgiu o conceito de Programa de pré-requisito operacional (PPRO), as medidas de controle eram classificadas em Boas Práticas de Fabricação (BPF) ou Ponto Critico de Controle  (PCC). Dependendo da metodologia utilizada as medidas ainda podiam ser classificadas em Ponto de Controle (PC). 

A classificação de medida de controle é apresentada no item 7.4.4 da ISO22000. A seguir iremos apresentar este requisito normativo com comentários.

“Com base na avaliação de perigo de 7.4.3, uma combinação apropriada de medidas de controle deve ser selecionada. Esta combinação de medidas de controle deve ter a capacidade de prevenir, eliminar ou reduzir estes perigos à segurança de alimentos aos níveis aceitáveis definidos. Nesta seleção, cada medida de controle, conforme descrito no item 7.3.5.2, deve ser avaliada com relação à sua eficácia contra os perigos identificados.”

Comentários:  O item 7.4.3 da norma ISO22000 se refere a avaliação do perigo quanto ao seu risco a partir da avaliação da probabilidade do perigo causar doença e a severidade inerente a cada perigo.  Através da avaliação de risco, os perigos podem ser classificados como significativos ou não significativos.

Perigos com baixo risco = perigos não significativos

Perigos com alto risco = perigos significativos

O risco associado ao perigo é, portanto um dado de entrada que deve ser considerado na classificação das medidas de controle. Quanto maior o risco, maior a necessidade da medida de controle ser eficaz. Entende-se aqui ser eficaz como sendo capaz de prevenir, eliminar ou reduzir o perigo identificado aos níveis aceitáveis definidos.  Obs: O item 7.3.5.2 se refere a descrição das etapas do processo produtivo, atividade na qual as medidas de controle existentes são apresentadas e descritas.

“As medidas de controle selecionadas devem ser classificadas de acordo com a necessidade de serem gerenciadas através de PPR operacional ou pelo plano APPCC”.

Comentários: O texto da ISO22000 não cita a possibilidade da medida de controle ser classificada em PPR, o que gerou bastante polêmica. No entanto, isso ocorre porque a ISO22000 estabelece apenas a necessidade de classificação das medidas de controle que gerenciam perigos significativos. Os perigos não significativos (conforme avaliação de risco realizada) podem e devem ser gerenciados pelos programas de pré-requisitos (PPR), mas não há a necessidade de controles específicos devido a sua baixa significância. Para esclarecer este assunto, a ISO publicou na especificação ISO22004:2014 o seguinte texto (em tradução não oficial):

Perigos significativos identificados durante a análise de perigos são controlados por medidas de controle identificadas que são posteriormente classificadas em duas categorias de medidas de controle ( dados em 7.4.4 da ISO 22000: 2005 ):

– Medidas de controle PCC: Estas medidas de controle são gerenciadas por um plano APPCC. Estas medidas de controle possuem limites críticos que podem separar produto aceitável de produto potencialmente inaceitável ( inseguro ). Além disso, a sua implementação pode ser monitorada de maneira que permite a detecção de qualquer perda de controle dentro de um prazo suficiente para controlar eficazmente o produto afetado . O não cumprimento de limites críticos irá resultar em um produto potencialmente inseguro.

– Medidas de controle PPRO: essas medidas de controle não são gerenciadas por um plano APPCC

mas podem ser controladas por meios semelhantes , como um plano de PPRO . No caso de PPRO não têm há um limite crítico, mas deve haver um limite ou um critério de ação, que demonstre que o PPRO está sob controle . O não cumprimento destes critérios estabelecidos levam a ações corretivas.

 

O texto da ISO22004:2014 é bastante direto e esclarecedor. Perigos significativos devem ser gerenciados por medidas de controle especificas PCC ou PPRO. Medidas de controle, ao serem classificadas como PCC ou PPRO, devem ser monitoradas, verificadas e validadas. A demonstração do controle e da eficácia deste controle na prevenção, eliminação e redução de perigos significativos é obrigatória pela norma. E isso faz todo o sentido! Um produto seguro é aquele que é isento de perigos ou que apresentam perigos dentro dos níveis definidos como aceitáveis. Para isso ocorrer, os perigos significativos devem ser eficazmente controlados.

 

A seleção e classificação devem ser conduzidas usando uma abordagem lógica, que inclui avaliações com relação ao seguinte:

a)      seu efeito nos perigos à segurança de alimentos identificados, relativos à  exatidão requerida;

b)      sua viabilidade de monitoramento (por exemplo, habilidade de ser monitorado em tempo adequado para permitir correções imediatas);

c)      sua posição dentro do sistema relativo a outras medidas de controle;

d)      a probabilidade de falhas no funcionamento das medidas de controle ou  variações significantes no processo;

e)      a severidade das conseqüências em caso de falhas  no seu funcionamento;

f)       se a medida de controle é especificamente estabelecida e aplicada para eliminar ou reduzir significantemente o nível de perigo(s);

g)      efeitos sinérgicos (interações que ocorrem entre duas ou mais medidas, sendo o resultado de seus efeitos combinados, maior que a soma de seus efeitos individuais).

Medidas de controle classificadas  pertencentes ao plano APPCC devem ser implementadas de acordo com o item 7.6. Outras medidas de controle devem ser implementadas como PPR operacional, de acordo com item 7.5.

A metodologia e os parâmetro utilizados para esta classificação devem ser descritos em documentos e os resultados da avaliação devem ser registrados.”

 

Comentários: A norma ISO22000 não apresenta um modelo de árvore decisória a ser seguido para realizar a classificação das medidas de controle em PPRO e PCC. Nem define a utilização obrigatória de uma árvore de decisão. Com base nas avaliações dos 7 itens apresentados de a) a g), cada organização deve definir e documentar a metodologia e parâmetros utilizados nesta classificação. Deste de que respeitado estas sete considerações e tendo sempre em mente que perigos significativos devem ser gerenciados apenas por PPRO ou PCC cada organização é livre para planejar a melhor ferramenta de classificação. O importante é haver consistência na aplicação do método.

Para concluir o assunto, apresento duas perguntas e respostas bastante comuns:

Pode-se impor a utilização de uma árvore decisória especifica para realizar a classificação de medidas de controle em PPRO / PCC?

Não. O uso de uma árvore decisória nem é obrigatória pela ISO22000. O importante é a organização definir e documentar a metodologia utilizada e que esta respeite as considerações apresentadas no item 7.4.4 (letras a) a g)). Para facilitar a aplicação da metodologia, uma árvore decisória é a escolha mais comum para atendimento deste requisito.

 

Pode haver na árvore decisória as saídas PPR,PPRO e PCC?

A norma ISO22000 não determina modelo de árvore decisória, nem define regras para o seu conteúdo ficando a organização livre para definir e documentar a sua metodologia. A existência da opção PPR na árvore decisória é possível, caso as medidas de controle existentes para o controle de todos perigos identificados sejam avaliados, ou seja caso os perigos significativos e os não significativos sejam avaliados na árvore decisória. Desta forma, tem –se que:

Medidas de controle que gerenciam perigos não significativos devem ser classificados como PPR.

Medidas de controle que gerenciam perigos significativos devem ser classificados como PPRO ou PCC.

 No entanto, o requisito especificado é que medidas de controle (que gerenciam perigos significativos) sejam classificadas em PPRO e PCC e, portanto é suficiente que só tenha as saídas PPRO e PCC, bastando que medidas de controle que controlam perigos significativos sejam avaliadas. 

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Sem leite, com traços

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Em 20 de janeiro deste ano, foi lançado um produto cujo nome incluía a expressão “sem leite”. A publicidade divulgada nas redes sociais destacava que se tratava de um produto “sem adição de leite”, com uso de hashtag #semleite para chamar a atenção do público que se interessaria pela novidade.

Intolerantes à lactose e alérgicos a proteína do leite foram os primeiros a manifestar contentamento com o lançamento, mas a alegria durou pouco: o produto era processado em maquinário que processa produto com leite e, assim, poderia conter traços.

Os consumidores que convivem com alergia a proteína do leite (e que precisam de maior cuidado com os traços) logo se mostraram bastante insatisfeitos afirmando que o destaque em letras garrafais de que se tratava de produto “sem leite” seria uma propaganda enganosa (em virtude do risco de traços de leite).

De acordo com o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) a oferta e apresentação de produtos “devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”.

Assim, temos que, um produto cuja denominação inclui a expressão “sem leite” e cuja publicidade é baseada neste dado deveria, de fato, ser completamente sem leite. Um produto que traz destaque “sem leite” em todas as faces da embalagem do produto deveria ser seguro para o consumidor que precisa de uma opção sem leite por questão de saúde (caso da alergia alimentar).

Nos termos do parágrafo primeiro do artigo 37 do CDC, “é enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços” (grifamos).

Se a informação “sem leite” não pode ser levada como absoluta, pelo risco de conter traços reconhecido pelo fornecedor em comentários na rede social e ao final da lista de ingredientes, o ideal seria que o nome do produto não contivesse esta expressão, pois a publicidade enganosa é proibida no Brasil e passível de punição.

Mas este caso, que poderia terminar em condenação (contrapropaganda, multa e, no limite, detenção), merece destaque especial porque o fornecedor optou por rever a embalagem do produto. Percebendo as críticas e reclamações dos consumidores nas redes sociais e no serviço de atendimento ao cliente, o fornecedor optou por fazer um comunicado em uma das redes sociais que usa para divulgar seus produtos: buscando manter a transparência com os consumidores, iriam rever as informações constantes na embalagem do produto para que ficassem “mais claras e precisas”. 

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Pasteurização para eliminação de patógenos em nozes

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O pH das nozes é próximo da neutralidade e por isso são suscetíveis ao crescimento microbiano. No entanto, a casca funciona como uma proteção contra a entrada de microrganismos. Além disso, possuem baixa atividade de água, reduzindo os riscos microbiológicos. Ainda assim, pode haver contaminação após a colheita e durante a manipulação ou processamento das nozes.

 Nos Estados Unidos, patógenos como Salmonella têm sido envolvidos em doenças transmitidas por alimentos e recalls de produtos em vários tipos de nozes , incluindo Avelã. Neste contexto, a pasteurização obrigatória de amêndoas está em vigor desde 2007.

 A legislação brasileira estabelece como padrão microbiológico para amêndoas a ausência de Salmonella sp. em 25g e máximo de 103 coliformes/g a 45°C. Para importações, as especificações podem ser ainda mais rígidas de acordo com o comprador, incluindo comumente além da análise de Salmonella e coliformes, a determinação de Enterobacteriaceae, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, bolores e leveduras.

 A grande dificuldade é trabalhar com um processo de pasteurização que preserve os atributos sensoriais das nozes cruas e garanta a redução microbiana mais eficaz. Essa preocupação se faz presente para uma grande variedade de frutos de casca rija , incluindo avelãs, amêndoas, nozes , pistache, castanha de caju, macadâmia e castanha do Brasil . Neste contexto, a tecnologia que tem sido mais eficazmente aplicada é o uso de temperaturas relativamente baixas e vapor saturado seco em um o processo que preserva os atributos sensoriais das nozes cruas.

 Ainda, a demanda das empresas multinacionais tem forçado as empresas a modernizar o processo industrial, recorrendo também a programas de qualidade, como a implantação de ISOs e do programa APPCC.

 

É o processo de melhoria contínua: o cliente eleva seus requisitos e a indústria tem que se adaptar para acompanhar suas necessidades!

 Leia mais sobre pasteurização em nozes nos links http://www.ppgcta.ufc.br/ (dissertação de mestrado de Cristiane Rodrigues Silva Câmara) e http://barfblog.com/2015/01/preventative-pasteurization-for-hazelnut-growers-of-oregon/.

 Para ler posts sobre patógenos em nozes no blog, acesse:

http://artywebdesigner.com.br/salmonella-ate-nos-super-graos-do-cafe-da-manha/

 http://artywebdesigner.com.br/por-que-a-salmonella-se-torna-uma-superbacteria-quando-a-aw-e-baixa/

 http://artywebdesigner.com.br/corte-americana-julga-responsaveis-no-caso-de-manteiga-de-amendoim-com-salmonella/

2 min leituraO pH das nozes é próximo da neutralidade e por isso são suscetíveis ao crescimento microbiano. No entanto, a casca funciona como uma proteção contra a entrada de microrganismos. Além […]

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Controlando Alergênicos – Parte II

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Em “Controlando Alergênicos – Parte I”, citei três passos iniciais para o entendimento de quais são e onde estão os alergênicos em uma planta industrial, como requisitos iniciais para a implantação de um sistema de gestão de alergênicos. Agora, na parte II, citarei mais outros três passos (4º, 5º e 6º passos) que são relacionados a reavaliação dos seus processos para evitar a contaminação cruzada entre/ por alergênicos.

4º passo: Avalie as melhorias possíveis dentro do seu sistema de armazenamento.

O ideal é que os alergênicos sejam segregados das demais matérias-primas e embalagens, se possível, com barreira física (uma parede, por exemplo). Também devem ser separados entre eles (leite e amendoim, como o exemplo, separados).

Não tendo a possibilidade de barreira física, segregar em prateleiras diferentes ou nos níveis mais baixos das prateleiras. No caso de um derramamento, os alergênicos não contaminariam os demais insumos (importante lembrar que, em sistemas mais maduros, procedimentos para situações como essa devem ser previstos formalmente, com colaboradores já treinados para a sistemática a ser empregada: quais utensílios usar, limpeza a seco ou úmida, quem informar, etc).

Os alergênicos devem ser claramente identificados dentro da área de armazenamento e durante todo o seu transporte e manuseio (podem ser utilizadas etiquetas com cores para cada alergênico).

O transporte até a área de processamento também deve ser realizado de forma segregada de outras matérias-primas, respeitando as rotas já planejadas. Os colaboradores envolvidos no processo devem compreender, ainda que de forma simplificada, a importância dessas atividades.

5º passo: Avalie seu processo produtivo e as oportunidades de melhoria.

O ideal é que existam plantas diferentes ou linhas diferentes ou equipamentos diferentes para processos com e sem alergênicos. Se nenhuma dessas alternativas for possível o importante é minimizar as possibilidades de contaminação através de:

            – Programação da produção: avaliar com o PPCP as possibilidades de programar produções com alergênicos para os finais de semana, quando limpezas profundas já normalmente fazem parte da rotina de processo. Também buscar otimizar lotes maiores para produtos com alergênicos, diminuindo o número de trocas de produtos.

            – Uso de utensílios segregados para armazenamento de produtos alergênicos, incluindo retrabalhos. É muito importante que existam contenedores de cores ou formatos diferentes para produtos alergênicos. Como esses contenedores normalmente são reutilizados durante o processo (até que atinjam o momento de lavagem), resíduos de alergênicos poderiam contaminar outros produtos se esses utensílios fossem misturados. Por isso, a importância da segregação com orientação de todos os envolvidos, inclusive para processos definidos de reutilização de reprocesso.

Os alergênicos podem ser divididos, a grosso modo, em dois tipos: solúveis (como o leite, que possibilita homogeneização mais facilmente) e particulados (como amendoim). Os solúveis são melhor controlados, pois permitem limpeza  mais eficiente e validação mais confiável com testes analíticos. Os particulados geram contaminações mais esporádicas e, portanto, são de maior dificuldade para detecção em testes analíticos. No caso de particulados, também geram partículas em suspensão que podem permanecer no ambiente e, portanto, contaminar outros produtos e, dependendo do fluxo do ar, até outras áreas de produção. Por isso, também é importante considerar esses fatores e, se necessário, usar artifícios de controle, como pressão positiva nas áreas limpas, por exemplo.

6º passo: Avalie seus procedimentos de limpeza.

Importante verificar se seus procedimentos de limpeza são eficientes e permitem validação com testes analíticos.

Apesar de importantes, dependendo do tipo de alergênico, os testes não são suficientes para validar a limpeza. No caso de alergênicos partículados (amendoins, nuts, por exemplo) é importante também a inspeção visual pós limpeza (após limpeza de uma empacotadeira, por exemplo), pois partículas podem ter permanecido em pontos mortos do equipamento e não seriam amostradas em um swab.

Além disso, materiais de limpeza para áreas com alergênicos devem ser exclusivos, devidamente identificados e nunca utilizados para limpezas de áreas sem alergênicos.

Tendo finalizado os seis primeiros passos já é possível estabelecer um sistema de controle, padronizando processos e formalizando documentos. A partir de então será necessária efetiva comunicação interna e externa: treinamento de colaboradores, constante alinhamento com fornecedores e informação aos consumidores através da rotulagem, conforme explicarei no “Controlando Alergênicos – Parte III”.

3 min leituraEm “Controlando Alergênicos – Parte I”, citei três passos iniciais para o entendimento de quais são e onde estão os alergênicos em uma planta industrial, como requisitos iniciais para a […]

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Mais de 97% dos alimentos europeus contêm resíduos de pesticidas … dentro dos limites legais

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Mais de 97% de todas as amostras analisadas no último programa europeu de monitorização global de pesticidas em alimentos, apresentavam níveis de resíduos que caem dentro dos limites legais – com mais de 54% de amostras sem qualquer traço detectável. Estes resultados fazem parte do relatório anual da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA) de 2012, sobre resíduos de pesticidas nos alimentos. O relatório é baseado em uma análise de quase 79.000 amostras de alimentos recolhidas pelos 27 Estados-Membros da UE, Islândia e Noruega.

Este relatório analisa os resultados apresentados por cada um dos 29 países: quer resultados obtidos em programas nacionais (concebidos por cada país), quer resultados obtidos do programa coordenado pela UE que exige que todas as autoridades nacionais de controle de alimentos levem a cabo actividades de monitorização da presença de pesticidas em alimentos. Em 2012, como parte programa coordenado pela UE, foram analisados 12 produtos alimentares e 205 diferentes pesticidas. Foram analisadas, no total, 78,390 amostras em mais de 750 diferentes produtos alimentares, sendo pesquisada e quantificada a presença de cerca de 800 pesticidas e metabolitos.

Os programas nacionais constataram que 97% das amostras de alimentos analisadas continham resíduos de pesticidas, mas os valores estavam dentro dos limites legais da UE – conhecidos como os níveis máximos de resíduos (LMR). Os alimentos orgânicos apresentaram uma taxa de incumprimento do LMR mais baixa do que os produtos não-orgânicos (0,8% contra 3,1%). A taxa de incumprimento de alimentos importados de países terceiros na União Europeia, Noruega e Islândia foi cinco vezes superior à dos alimentos provenientes das 29 nações (7,5% versus 1,4%).

Os resultados do programa coordenado pela UE mostrou que 99% das amostras analisadas continham níveis de resíduos dentro dos limites permitidos e que quase 60% das amostras não continham resíduos mensuráveis em absoluto. Os alimentos com as maiores taxas de incumprimento do LMR foram os brócolos (2,8%), couve-flor (2,1%), as uvas de mesa (1,8%), pimentão (1,4%) e beringela (1%). Os alimentos com taxas de incumprimento do LMR mais baixos foram as ervilhas sem casca e o azeite (ambos 0,1%), o trigo (0,7%) e a banana (0,7%). Não se verificou o incumprimento do LMR tanto nos sumos de laranja como em produtos de origem animal (manteiga e ovos de galinha).

A EFSA também realizou uma avaliação sobre se a exposição alimentar atual aos resíduos de pesticidas representa um risco para a saúde humana – a longo prazo (crónica) e a curto prazo (aguda). A Autoridade concluiu que é pouco provável que a presença de resíduos de pesticidas em alimentos em 2012 tenha um efeito a longo prazo sobre a saúde dos consumidores. Para a exposição a curto prazo aos resíduos de pesticidas, o risco não pode ser excluído em aproximadamente 0,02% das amostras, se esses alimentos forem consumidos em grandes quantidades.

Fonte: efsa.europa.eu

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Quais são os fatores críticos para um Sistema de Gestão de Segurança dos Alimentos ser de fato eficaz?

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Quem nunca se fez esta pergunta? Atualmente, muitas empresas do segmento de alimentos têm um sistema HACCP, mas este não funciona com total potencial e em muitos casos, somente existe na teoria. Avaliar profundamente as causas desta má implementação é sem dúvida benéfico para auxiliar as organizações a tomarem medidas corretivas e preventivas, a fim de tornar a gestão do HACCP de fato eficaz.

Um artigo publicado pela revista International Journal Of Quality & Reliability Management, trata deste assunto e através de um tratamento estatístico (análise fatorial) dos dados levantados, em quase 200 indústrias de alimentos certificadas, o autor concluiu quais são os fatores que devem ser geridos de forma eficaz, a fim de garantir uma implementação bem sucedida do sistema e, consequentemente, a segurança dos alimentos, e os chamou de “fatores críticos de um sistema HACCP eficaz”.

Através de uma revisão literária de artigos e trabalhos publicados sobre o tema, o autor apresentou, inúmeros fatores críticos que têm sido identificados como sendo crucial para o sucesso da implementação de HACCP. Seguem os principais, por ele analisado:

  • Falta de experiência;
  • Falta de requisitos legais;
  • Falta de tempo, treinamento, motivação e empenho dos funcionários;
  • A capacidade de ter acesso a conhecimentos adequados;
  • Inadequada aceitação e gestão de programas de pré-requisitos pelos funcionários;
  • Programas de pré-requisitos ineficaz;
  • Grande quantidade de documentação exigida;
  • A falta de recursos financeiros;
  • Falta de pessoal;
  • As limitações de recursos humanos (habilidades ou qualificações insuficientes);
  • Restrições de tempo
  • Resistência à mudança tanto por executivos de alto nível, quanto pelos trabalhadores.

Foi também citado, o governo como um fator que influencia a efetiva gestão de segurança de alimentos, e também, falhas nas instruções dadas pelas consultorias contratadas.

A pesquisa foi realizada na Grécia e como metodologia, o autor elaborou um questionário com base nos fatores críticos da efetiva implementação do HACCP, definidos na literatura. O questionário constou de três partes. A primeira parte continha cinco perguntas a respeito do perfil das empresas. A segunda parte continha 17 declarações relativas à importância dos fatores críticos. Os entrevistados foram solicitados a indicar o grau de concordância ou discordância com estas declarações, usando uma escala de sete pontos, onde 1 representa “discordo totalmente” e 7 “concordo totalmente”. A terceira parte continha três perguntas em relação aos objetivos do sistema HACCP e mais especificamente a identificação, avaliação e controle de perigos de segurança de alimentos e uma pergunta em relação a toda a eficácia do sistema de HACCP. As respostas seriam dadas em uma escala de sete pontos, em que 1 representa “fortemente ineficaz” e 7 “fortemente eficaz”. Foram selecionadas 190 empresas de alimentos certificadas (ISO22000:2005 ou ELOT – certificação grega para sistemas de HACCP) que receberam o questionário. A maioria das empresas que responderam eram de pequeno a médio porte e de diversos segmentos (panificação, laticínios, processadoras de frutas e vegetais, e indústrias de óleo e azeitonas) e têm o sistema implementado e certificado há pelo menos três anos.

Após recebido os questionários respondidos, o autor utilizou um tratamento estatístico de Análise Fatorial, a fim de avaliar a confiabilidade e validade dos dados analisados. Seu impacto sobre a eficácia do sistema de HACCP foi examinada através de análise de regressão linear múltipla. Os pacotes estatísticos SPSS 15 e AMOS 6 foram utilizados para o processamento de dados.

Os resultados apontaram os fatores que determinam a implementação eficaz do HACCP X seu grau de importância, e foram:

  • Fatores de grande importância: gestão (programas de pré-requisitos, documentação, procedimentos de verificação e validação), funcionários (comprometimento, conhecimento e treinamento) e a disponibilidade de recursos humanos.
  • Fatores importantes: a participação de mercado e apoio de consultores técnicos.
  • Fatores menos importantes: documentação requerida, a rotatividade de pessoal e trabalhadores a tempo parcial, a resistência à mudança, o custo e o tempo de implementação, e os requisitos legais.

Em relação ao impacto destes fatores para a eficácia do HACCP, os resultados estatísticos apontaram os atributos de gestão (programas de pré-requisitos, equipamentos e procedimentos de verificação) e de recursos humanos (disponibilidade de empregados, comprometimento, treinamento).

Concluiu afirmando que mesmo havendo muitos fatores críticos importantes na implementação de um sistema de gestão de segurança dos alimentos, a otimização do sistema de gestão e de recursos humanos, leva a eficácia na implementação de um sistema de qualidade.

 

Referência do artigo: FOTOLUPOS, Christos V.; KAFETZOPOULOS, Dimitrios P.; PSOMAS, Evangelos L. Assessing the critical factors and their impact on the effective implementation of a food safety management system. International Journal Of Quality & Reliability Management, Grecia, v. 26, n. 9, p.894-911, jun. 2009.

 

3 min leituraQuem nunca se fez esta pergunta? Atualmente, muitas empresas do segmento de alimentos têm um sistema HACCP, mas este não funciona com total potencial e em muitos casos, somente existe […]

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