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Tradução – Documento Guia: Gestão de Equipamentos (FSSC 22000)

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Mais um guia foi lançado no FSSC 22000, e como não poderia deixar de ser, o Food Safety Brazil lança em primeira mão uma tradução nossa deste documento. Trata-se do Documento Guia: Gestão de equipamentos. Aproveite!

Neste link você acessa o documento original. Para acessar a nossa tradução, clique aqui.

Veja mais:

– Tradução: Requisitos Adicionais da FSSC 22000 versão 6.0 [link]

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Tradução – Documento Guia: Food Defense (FSSC 22000)

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Recentemente o FSSC 22000 lançou uma nova versão do guia de Food Defense [link], desta vez alinhado com os novos requisitos do esquema documental na sua versão 6.0, lançada em março de 2023.

Aliás, não está sabendo das mudanças? Dê uma olhada aqui.

O Food Safety Brazil não poderia ficar pra trás, e lançou a tradução em português desde documento. É só baixar aqui.

Veja mais:

– Tradução: Requisitos Adicionais da FSSC 22000 versão 6.0 [link]

< 1 min leituraRecentemente o FSSC 22000 lançou uma nova versão do guia de Food Defense [link], desta vez alinhado com os novos requisitos do esquema documental na sua versão 6.0, lançada em […]

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Tradução – Documento Guia: Mitigação a Food Fraud (FSSC 22000)

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Recentemente o FSSC 22000 lançou uma nova versão do guia sobre mitigação a Food Fraud [link], desta vez alinhado com os novos requisitos do esquema documental na sua versão 6.0, lançada em março de 2023.

Aliás, não está sabendo das mudanças? Dê uma olhada aqui.

O Food Safety Brazil não poderia ficar pra trás e lançou a tradução em português desde documento. É só baixar aqui.

Veja mais:

– Tradução: Requisitos Adicionais da FSSC 22000 versão 6.0 [link]

< 1 min leituraRecentemente o FSSC 22000 lançou uma nova versão do guia sobre mitigação a Food Fraud [link], desta vez alinhado com os novos requisitos do esquema documental na sua versão 6.0, […]

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Tradução: Guia FSSC – Cultura de Qualidade e Segurança de Alimentos

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A cultura da segurança de alimentos está com tudo!

E cá está o Food Safety Brazil falando sobre esse tema novamente.

Recentemente o FSSC 22000 lançou uma nova versão do Guia sobre Cultura de Qualidade e Segurança de Alimentos.

Já começa no título a maior novidade deste documento. Ele hoje inclui Qualidade, em alinhamento com os requisitos da versão 6 do FSSC 22000.

Além disso, outra novidade nesta versão é a inclusão de requisitos de um novo documento do PAS: PAS 320:2023.

Quer conhecer este documento traduzido? Clique aqui.

Outros textos interessantes sobre Cultura de Segurança de Alimentos:

  • Tradução: Revisão sistemática de literatura sobre Cultura de Segurança de Alimentos (FDA) [link]
  • Cultura S.A. SEMPRE aderida à Cultura Organizacional [link]
  • Cultura na FSSC 22000: alerta de risco e a esperança por um fio [link]
  • Cultura de Segurança de Alimentos: o guia definitivo de por que treinamentos não funcionam [link]
  • Dicas para otimizar treinamentos em Cultura de Segurança de Alimentos [link]

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Food Safety na Netflix!

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Semana passada estreou no Netflix o esperado documentário Contaminação: a verdade sobre o que comemos.

Baseado no livro Poisoned: The True Story of the Deadly E. Coli Outbreak that Changed the Way Americans Eat, (de Jeff Benedict), a obra examina a indústria alimentícia dos EUA e falhas sistêmicas que levam a surtos de DTAs frequentes e a consequências mortais.

Alguns casos famosos são abordados de forma clara, apresentando o chocante resultado sobre a vida de consumidores:

  • Escherichia coli O157:H7 em hambúrguer mal passado da rede Jack In Box (já escrevemos sobre isso neste post)
  • Salmonella na manteiga de amendoim da Peanut Corporation of America
  • Escherichia coli em espinafre e alface romana (já escrevemos sobre este tema neste post)

‘Contaminação’ serve como um apelo à ação para que as autoridades, indústrias e produtores de animais assumam sua responsabilidade em garantir a segurança dos alimentos.

Veja o trailer do documentário aqui.

Ficha técnica

Título: Contaminação: A Verdade Sobre o que Comemos
Título original: Poisoned: The Danger in Our Food
Gênero: Documentário
Duração: 83 min
Direção: Stephanie Soechtig
Lançamento: 2023
País: EUA

Quer conhecer outras obras que tratam do tema? Dê uma olhadinha neste post.

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Hoje é o Dia Mundial da Segurança de Alimentos!

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 A Segurança de Alimentos é celebrada em todo mundo nesta quarta-feira, dia 07/06.

Esta é uma iniciativa da ONU que começou em 2019, com a Resolução 73/250 , cujo objetivo é valorizar os profissionais e as práticas seguras na produção e distribuição de alimentos.

A OMS, em conjunto com a FAO, desenvolvem anualmente um Guia para o Dia Mundial de Segurança de Alimentos contendo algumas dicas e insights para as empresas adotarem nesta celebração. O Manual deste ano, disponibilizado para download (e que já valeu um post aqui), traz o tema: “Food Standards save lifes”, em português “As normas alimentares salvam vidas”.

Um trecho tirado do website da FAO traz um pouco da motivação desta celebração, e por consequência, deste tema:

“A Segurança de Alimentos salva vidas. Não é apenas um componente crucial para a segurança alimentar (food security), mas também desempenha um papel vital na redução de doenças transmitidas por alimentos. Todos os anos, 600 milhões de pessoas adoecem devido a cerca de 200 tipos diferentes de doenças transmitidas por alimentos. O fardo de tal doença recai mais pesadamente sobre os pobres e os jovens. Além disso, as doenças transmitidas por alimentos são responsáveis por 420.000 mortes evitáveis todos os anos.”

O Dia Mundial da Segurança de Alimentos é uma forma importante de conscientizar as pessoas quanto ao tema:

  • Demonstrando como prevenir doenças através da Segurança de Alimentos
  • Discutindo abordagens colaborativas para melhorar a Segurança de Alimentos em todos os setores
  • Promovendo soluções e formas de prover garantias cada vez maiores de Segurança de Alimentos na sua empresa

Sobre isso, o Manual ainda destaca:

“Não importa quem você é ou o que faz, você desempenha um papel importante em garantir que os alimentos sejam seguros para consumo. Se você trabalha em uma empresa de alimentos, definitivamente será responsável por garantir que os alimentos sejam seguros. Quer você defina os padrões de qualidade e segurança de alimentos na sua organização, implemente os padrões de qualidade e segurança exigidos pelas autoridades nacionais ou comunique mensagens de Segurança de Alimentos aos funcionários, a Segurança de Alimentos e a proteção do consumidor estão em suas mãos. A comunicação das empresas de alimentos é fundamental e tanto a equipe quanto os clientes se beneficiam ao saber e entender como os alimentos permanecem seguros, tanto na fase de produção quanto após a compra.”

O Food Safety Brazil parabeniza você que se dedica todos os dias para prover alimentos seguros!

Ahhh… vai celebrar o Dia Mundial da Segurança de Alimentos na sua empresa? Poste fotos nas redes sociais com a hashtag #worldfoodsafetyday.

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Mudanças do FSSC 22000 (v 6.0): Categorias

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O Food Safety Brazil recentemente vem lançando posts sobre as mudanças atuais do FSSC 22000. Você pode clicar aqui para ter acesso à tradução dos Requisitos Adicionais. Neste post vamos falar um pouco sobre as principais alterações das categorias do esquema documental.

Foram várias as mudanças. Um resumo delas está nesta tabela:

Categoria A: Criação de Animais

Esta categoria foi extinta nesta versão do FSSC 22000.

Categoria B: Manipulação de produtos vegetais não processados

Categoria nova. Ela inclui manipulação mínima pós-lavoura de vegetais.

Categoria C: Processamento de alimentos

Foram algumas mudanças na principal categoria do FSSC 22000. O destaque é para a inclusão de pet food (antes parte da categoria D).

A primeira foi a criação da subcategoria C0, que inclui preparação primária de produtos de origem animal (abatedouros). Anteriormente ela fazia parte da categoria CI.

A subcategoria CI teve algumas alterações. O primeiro ponto é que não inclui mais atividades previstas na categoria C0, e restringe-se a empresas que utilizam processos à baixa temperatura. Além disso, agora inclui produção de pet food à base de proteína animal.

A subcategoria CII também sofreu poucas alterações. Inclui citação a produtos vegetais substitutos de leite (ex.: leite de castanha ou amêndoas) e de carne. Além disso, agora inclui produção de pet food perecível à base de matéria-prima de origem vegetal.

A subcategoria CIII foi a que mais foi alterada. Agora inclui catering / cozinhas industriais não oferecidos para consumo imediato. Além disso, agora inclui produção de pet food perecível à base de matéria-prima de origem vegetal e animal misturadas.

A subcategoria CIV também teve alterações. Agora, além de incluir processamento de produtos armazenados e vendidos à temperatura ambiente, inclui produção de pet food estável à temperatura ambiente.

Categoria D: Processamento de feed e animal food

À primeira vista, a principal mudança nesta versão é a remoção do processamento de pet food (subcategorias DIIa e DIIb).

A subcategoria DI agora é apenas D. Trata de processamento de produtos destinados à alimentação de animais de criação.

Categoria E: Catering e serviço de alimentação

A única alteração nessa categoria é que agora ela não inclui instalações de beneficiamento de alimentos fora do estabelecimento onde o produto é servido. Estes hoje fazem parte da subcategoria CIII.

Categoria F: Comercialização de alimentos

Esta categoria teve algumas alterações importantes. A primeira é que incluiu e-commerce (venda de produtos em meio digital).

Nesta versão, a categoria F foi desmembrada em duas subcategorias: FI e FII. A FI é direcionada em atacado e varejo de alimentos (basicamente supermercados). A categoria FII inclui trading, aquelas empresas que apenas compram e vendem produtos, sem nenhuma alteração nos mesmos (ex.: importadores, distribuidores).

Categoria G: Serviços de transporte e armazenamento

É o contrário do que ocorreu na categoria F. Se na versão 5.1 era subdividida em duas subcategorias (GI para produtos perecíveis e GII para produtos estáveis à temperatura ambiente), na versão atual foram unificadas em uma única categoria: G.

Categoria I: Produção de materiais de embalagem

Não houve alterações significativas.

Categoria K: Produção de bio/químicos

Há uma alteração sutil: de “bioquímicos” (5.1) para “bio/químicos” (6). O que significa que agora a categoria inclui produtos químico e produtos bioquímicos. Não que isso já não ocorresse na versão anterior, mas agora há um esclarecimento maior.

BÔNUS

Montei uma tabela com a relação dos requisitos adicionais do FSSC 22000 (v.6) com as categorias. Espero que seja útil.

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Tradução: Revisão sistemática de literatura sobre Cultura de Segurança de Alimentos (FDA)

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O tema Cultura de Segurança de Alimentos está com tudo!

O FDA lançou uma revisão bibliográfica bem completa sobre o assunto, como parte do programa FDA New Era of Smarter Food Safety (www.fda.gov/food/new-era-smarter-food-safety). O documento original você encontra aqui.

O Food Safety Brazil traz este documento inteiro traduzido. Para acessar, é só clicar aqui.

Recentemente o blog publicou alguns posts a respeito. Você os leu?

– Cultura na FSSC 22000: Alerta de risco e a esperança por um fio [link]
– Confiança é a base pra uma Cultura de Segurança de Alimentos [link]
– Cultura de Segurança de Alimentos: Por que os treinamentos não funcionam? [link]
– Cultura de Segurança de Alimentos: Plano de ataque [link]
– Como avaliar a Cultura de Segurança de Alimentos em sua organização [link]

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SAVE THE DATE! 1º Workshop de Embalagens (Food Safety Brazil & SENAI)

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Preparem-se!

Está programado para os dias 3 e 4 de julho, em Campinas/SP, o 1º Workshop de Embalagens do Food Safety Brazil / SENAI.

Será o primeiro evento organizado pelo Food Safety Brazil focado totalmente no mercado de materiais de embalagem para alimentos.

A programação ainda está sendo fechada. Em breve publicaremos neste espaço. Fique de olho.

Quem quiser se inscrever ou saber mais sobre esse evento imperdível, clique aqui.

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Dúvida de leitor: unidade de medida em laudos de análises microbiológicas

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Recentemente recebemos uma pergunta interessante de um leitor:

“Preciso de uma ajuda dessa equipe tão comprometida. Uma empresa recebeu uma auditoria do MAPA e o auditor questionou a unidade de medida em laudos de análises microbiológicas de E. coli. Segundo o auditor, a IN nº 161 [de 1º de julho de 2022 / Anvisa] pede que o resultado seja em UFC e o laudo apresentado pelo laboratório (credenciado) apresenta o resultado em NMP/g. Não encontrei qualquer menção sobre unidade de medida na IN nº 161. Poderiam me esclarecer essa informação?”

Para responder a esta questão, convocamos a brilhante Maria Teresa Destro, professora associada aposentada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, pesquisadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Alimentos e Nutrição (NAPAN), doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP) e com pós-doutoramento realizado na Universidade de Nothingham. Seguem suas palavras:

“Tanto a IN 161 como a RDC 331 (2019) não estabelecem qual unidade de medida deve ser usada. Isso porque o método a ser empregado deve ficar a critério do laboratório que fará as análises (desde que o cliente concorde com isso).
Isso pode ser confirmado ao ler a RDC nº 331 que apresenta as definições tanto de NMP como de UFC (artigo 4º, itens XI e XVIII respectivamente).
A seção IV, artigos 11 e 12 da referida RDC, apresenta como os resultados devem ser expressos caso seja empregada contagem em placa (UFC) ou NMP.
Ou seja, não se estabelece a unidade a ser utilizada porque não se estabelece uma metodologia que deva obrigatoriamente ser seguida.”

Espero que tenha ficado claro!

Quem tem perguntas sobre este e outros temas relacionados à Segurança de Alimentos, pode enviar para redação@foodsafetybrazil.com.

Gosta deste assunto? Leia o post abaixo:
Laudos de análises microbiológicas: você sabe interpretar os resultados?

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Tradução: Requisitos Adicionais da FSSC 22000 versão 6.0

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A comunidade Food Safety foi pega de surpresa na última sexta-feira com a publicação da FSSC 22000 (versão 6.0), disponível até o momento apenas em inglês (clique aqui).

O Food Safety Brazil não poderia ficar para trás e disponibiliza aqui a tradução do capítulo 2.5. Para baixar, clique aqui. Há uma versão com o destaque dos pontos alterados e outra sem.

Acompanhe o blog nos próximos dias, pois diversos posts serão publicados sobre esta nova versão, que vem cheia de novidades. Não perca!

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Chegamos a 50.000 seguidores no LinkedIn!

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Recentemente o Food Safety Brazil conseguiu uma marca muito importante: atingimos 50.000 seguidores (e contando) no LinkedIn.

Hoje o LinkedIn é a rede social mais representativa para o Food Safety Brazil, seguida do Instagram, com 23.000 seguidores. Trata-se de um canal importantíssimo na nossa missão de conectar as pessoas com a informação, auxiliando a capacitação e fortalecimento dos profissionais de segurança de alimentos do Brasil.

Alguns números sobre nossa página:

  • mais de 300 visitas por dia
  • cerca de 500 novos seguidores por mês
  • em média cerca de 100.000 impressões por publicação

Ainda não nos segue lá? Siga-nos em www.linkedin.com/company/food-safety-brazil/about/!

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As novas mudanças do GMP+ FSA em 01/01/2023

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Quem conhece o GMP+ FSA sabe que mudanças não são algo tão raro assim (contém ironia). Aliás, as últimas mudanças do GMP+ FSA já foram tratadas em um post aqui.

Quem acompanha o GMP+ FSA sabe que no dia 01/03/2021 houve uma grande mudança, que trouxemos com detalhes aqui. Nesta data o GMP+ passou a ter duas versões: a versão 2010 (esquema documental anterior a esta data) e versão 2020 (esquema documental novo). As empresas terão um período de 3 anos para passar a adotar a versão 2020. Mas neste ínterim, as duas versões estarão valendo.

Resumindo, esta nova versão do GMP+ altera não só o conteúdo da norma de forma significativa, como também altera a estrutura da documentação. Por exemplo: não existe mais um documento de referência para cada escopo, como o B2 para Production of Feed Materials ou B3 para Trade e Storage & Transshipment.

Segue abaixo a comparação dos esquemas de certificação GMP+ 2010 (como passou a ser chamado o grupo de todos os documentos anteriores) e o GMP+ 2020 (os novos documentos lançados em 01/03/2021).

Como comentei aqui, a transição para este novo esquema documental será gradual, sendo definido como prazo final 01/09/2024. Leia naquele post os detalhes sobre o período de implementação da nova norma. Até esta data, ambas as versões dos documentos estarão válidas e, mais do que isso, poderão ser atualizadas. Ou seja, quem ainda será auditado na versão 2010 deve continuar alerta às constantes mudanças que o GMP+ International realiza em suas normas.

E foi justamente o que ocorreu em 01/01/2023. O GMP+ realizou alterações em ambas as versões da norma. Houve mudanças pontuais em alguns documentos e mudanças significativas em outros. E é sobre isso que este post irá tratar.

Segue resumo abaixo:

GMP+ 2010
Não sofreram alterações: B4, BA1, BA2, BA3, BA5, BA6 e BA7
Sofreram alterações pontuais: B1, B2, B3 e BA10
Sofreram alterações significativas: BA4 e BA13

GMP+ 2020
Não sofreram alterações: TS 1.3, TS 1.4, TS 1.5, TS 1.8 e TS 1.11
Sofreram alterações pontuais: R 1.0, TS 1.1, TS 1.2 e TS 1.9
Sofreram alterações significativas: TS 1.6 e TS 1.7

 

Nota:

Neste post não falarei sobre as alterações nos documentos da versão 2010, por 2 motivos:

         I.    O post ficaria muito extenso

        II.    O post ficaria muito repetitivo. As alterações foram as mesmas, seguindo a lógica deste novo modelo de documentos do GMP+ (ex.: se o TS 1.5 sofreu uma alteração pontual em um tópico, o BA 1 (documento equivalente na versão 2010) sofreu a mesma alteração).

Mais uma vez, peço para trazerem no comentário o ponto de vista de vocês, para que eu possa eventualmente criar um novo conteúdo para os leitores que se interessam em GMP+ FSA.

 

A) DOCUMENTOS COM ALTERAÇÕES PONTUAIS

–  R 1.0

Capítulo 7.4.2 – External Communication
O principal documento da GMP+ FSA versão 2020 teve apenas uma mudança editorial. Na verdade, um ajuste que devia ter sido realizado na última alteração: a menção ao capítulo  ‘8.4 – Emergency preparedness and response’ foi alterada pelo capítulo ‘8.7.2 – Handling of potentially unsafe products’. E foi isso.

–  TS 1.1

O documento que trata dos programas de pré-requisitos teve duas alterações mínimas:

Capítulo 3 – Personal hygiene
Remoção do sub-item ‘3.1 – Personnel and visitors’. O texto hoje está vinculado ao capítulo 3.

Capítulo 9.1 – Verification of Products and/or Services
Não é nenhuma novidade que transportadores (para feed assegurado GMP+ a granel) devem ser assegurados GMP+, o que significa que devem atender a um dos 3 critérios: certificação GMP+ FSA, certificação em norma equivalente (TS 1.2) e assegurado em condições de gatekeeper. Porém na versão anterior o TS 1.1 não trazia esta última opção, por simples esquecimento do GMP+ International.

 

–  TS 1.2

Capítulo 3.8 – Purchase of laboratory services
Remoção da possibilidade de laboratórios serem certificados ISO 9001 ou outros sistemas de gestão da Qualidade para análises (em produto acabado) de microrganismos e outros contaminantes que não aqueles considerados críticos pelo GMP+ TS 1.2.

Capítulo 4.1 – General gatekeeper requirements
O item ‘C’, que prevê o envio dos resultados de análise referentes à aquisição de feeds em regime gatekeeper ao Monitoring Database saiu do capítulo 4.1 e entrou em um novo capítulo: o ‘4.1.1 – Compartilhamento de resultados de análise’.

Capítulos 4.3.1 a 4.3.9
Nos protocolos Gatekeeper para aquisição de feeds o seguinte texto é incluído no tópico de amostragem: “Cada lote deve ser amostrado de acordo com os requisitos do TS 1.6”. Isso já era requisito, porém agora isso é mais claro.

Capítulo 4.4.1 – Purchase of road transport
Traz requisitos exclusivos para empresas instaladas na Espanha. Sem impacto para o Brasil.

–  TS 1.9

Capítulo 1.2 – Guide for reader
Remoção do tópico “Inspeção de Compartimentos de Carga” como tópico abordado no capítulo 3. Este tópico já é abordado em “Aprovação do compartimento de carga”.

 

B) DOCUMENTOS COM ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS

– TS 1.6

Aqui é complicado citar capítulos. Este documento foi totalmente alterado, e para melhor! Hoje os requisitos estão bem mais simples e fáceis de implementar.

Um primeiro ponto que chama bastante atenção é que não existem mais os 7 protocolos de amostragem específicos:

  • Entrega de feed materials secos e úmidos por embarcação / costeira
  • Feed materials, compound feeds, premixtures e feed additives em recipientes
  • Feed materials líquidos e feeds úmidos a granel em transporte por eixo
  • Produtos para silagem / forração
  • Produtos em armazenamento em tanques e silos ou galpões em caso de emergência ou acidentes.
  • Amostras para análise microbiológica

O documento agora é menos prescritivo. Dá a liberdade para a empresa determinar como será feita a amostragem, qual o tamanho das amostras e por quanto tempo as amostras precisam ser mantidas.

Quanto aos requisitos para amostradores, não há mais a necessidade de comprovar a independência e livre acesso destes (na versão anterior havia até uma menção a documentar isso em descrição de cargo). A avaliação anual dos amostradores também não é mais requisito.

Para finalizar, há também alterações sobre identificação das amostras mantidas. Não há mais a a necessidade de identificar o amostrador. Porém agora, é necessário identificar o ponto de coleta da amostra.

 

–  TS 1.7

A grande novidade no documento que traz requisitos para análises (mas se chama Monitoramento [pois é… coisas do GMP+ International]) é o protocolo para análises de Salmonella.

De antemão, todos os produtos para alimentação animal estão incluídos, a não ser que haja fatores intrínsecos ou extrínsecos que não permitam a proliferação de Salmonella neles (um exemplo aqui são os feeds de origem mineral ou aditivos inorgânicos).

Um ponto de destaque neste protocolo é a determinação de frequência de análises de Salmonella em feeds. Para feed materials, por exemplo, o padrão é o seguinte:

Produção anual

Quantidade mínima de amostras a ser analisadas

< 50.000 T

8 por ano

> 50.000 T

20 por ano

A norma traz uma possibilidade de redução de 75% desta quantidade de análises caso a empresa tenha medidas de controle validadas para controle de Salmonella.

Os resultados de análises devem ser encaminhados ao Monitoring Database em até 1 mês após a realização da mesma. E caso haja resultado positivo (presença de Salmonella), obrigatoriamente uma análise sorológica deve ser realizada para identificação do sorotipo.

Falando em análise sorológica, o apêndice 1 (que tratava deste tema) não existe mais.

 

Bônus:
Não entrarei em detalhes sobre os documentos das outras 3 categorias, mas um requisito chama atenção. O CR 2.0 agora possui um anexo com regras para auditorias remotas e híbridas. Funciona da seguinte forma: as empresas certificadas em todos os escopos podem, uma vez por ciclo (sempre em auditorias periódicas, nunca em inicial ou de  recertificação), realizar uma auditoria de forma híbrida, ou seja, a parte documental pode ser vista remotamente, mas a parte de infraestrutura pode ser feita de forma remota. Muito provavelmente essa resolução permitirá que auditorias de escopos que não envolvem infraestrutura (trade e afretamento) sejam feitas de forma completamente remota em uma das auditorias periódicas.

 

Gostaria de ter mais posts sobre GMP+ FSA no Food Safety Brazil? Comente abaixo.

 

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Food Safety Brazil no primeiro Congresso de Segurança e Qualidade de Alimentos (Unicamp)

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Nos dias 5 e 6 de dezembro ocorreu a primeira edição do Congresso de Segurança e Qualidade de Alimentos, realizado de forma online pela Unicamp (Faculdade de Engenharia de Alimentos – FEA).

Quem participou pôde acompanhar diversas apresentações intrigantes sobre temas distintos e muito pertinentes à qualidade e segurança de alimentos, ministradas por palestrantes bastante qualificados.

 Dê uma olhada na programação:

 

Abertura

Impact of globalisation and Big Data on food safety

Prof. Dr. József Baranyi (Univ. of Debrecen – Hungria)

Sessão 1

Aditivos alimentares: o papel da avaliação do risco no contexto regulatório

Profa. Dr. Adriana Pavesi (Unicamp – Brasil)

Sessão 2

Controle de biofilme em superfícies industriais

Prof. Dr. Manoel Simões – (Univ. do Porto – Portugal)

Sessão 3

Pathogens in the food chain and the one health perspective

Dra. Carmen Torres (Univ. de La Rioja – Espanha)

Sessão 4

Determinação de resíduos de agrotóxicos e medicamentos veterinários em alimentos

Dra. Sônia Claudia do Nascimento Queiroz (Embrapa)

Sessão 5

Microbial interactions within food ecossystems

Prof. Dr. Uelinton Manoel Pinto (FCF – USP)

Sessão 6

Bactérias Láticas: uma ferramenta para reduzir o potencial alergênico de proteínas alimentares

 Dra. Marcela  Albuquerque Cavalcante de Albuquerque – NEPP – Núcleo de estudos em Probióticos e Prebióticos

Sessão 7

Toxigenic fungi and mycotoxins in food: strategies  based on biocontrol to reduce their impact

Dra. Sofia Chulze (Univ. Nacional de Rio Cuarto – Argentina)

Sessão 8

Different tools for food authenticity control

Dra. Ilka Haase – Max Rubner Institut, Alemanha

Sessão 9

Plasma frio no controle de fungos e micotoxinas em alimentos

Profa. Dra. Liliana Rocha (Unicamp)

Sessão 10

Métodos analíticos e detecção de adulterações em alimentos brasileiros

Profa. Dra. Juliana Pallone (Unicamp)

Sessão 11

Pesquisa de matérias estranhas em alimento: um olhar para novas técnicas analíticas

Dra. Maria Isabel Andrekowski Fioravanti / Dra. Elaine Cristina De Mattos – Instituto Adolfo Lutz)

Sessão 12

Da avaliação do risco de contaminantes químicos dos alimentos à avaliação do risco-benefício – a tomada de decisão em segurança de alimentos

Prof. Dr. Ricardo Assunção (Instituto Universitário Egaz Moniz – Portugal)

Lógico que o Food Safety Brazil não iria perder a oportunidade de participar, e traz aqui alguns tópicos abordados

  

Impact of Globalisation and Big Data on Food Safety

József Baranyi (University of Debrecen & Hungarian University of Agriculture and Life Sciences)

 

Um assunto bastante atual foi tratado, aplicado à realidade das indústrias e à gestão de qualidade e segurança de alimentos.

O palestrante falou sobre tratamento de dados gerados em processo, e métodos de predição, análise e tomada de decisão. Estas metodologias, no âmbito de segurança de alimentos, podem ser utilizadas para diferentes finalidades, como avaliação da vida de prateleira e análise de tendência quanto a resultados de análises laboratoriais.

Ainda foi discutida como a globalização impacta a cadeia de produção de alimentos e a Segurança de Alimentos. Diversos desafios decorrem do conceito de cadeia de suprimentos global.

 

Aditivos alimentares: o papel da avaliação do risco no contexto regulatório

Profa. Dra. Adriana Pavesi (Unicamp – Brasil)

 

A palestrante explicou o processo de avaliação de risco para aprovação de novos aditivos. Temas como avaliação toxicológica e avaliação de exposição foram explicados, incluindo a atuação do JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives).

Também foi tratada a crescente preocupação da população mundial sobre o uso de aditivos em alimentos. Para se ter uma ideia, um estudo publicado pela OMS aponta o uso de aditivos alimentares em terceiro lugar entre as maiores preocupações em relação à Segurança de Alimentos na comunidade europeia, à frente de contaminação biológica.

Ao final, a palestrante apresentou rapidamente alguns artigos desenvolvidos pela Unicamp para avaliação de novos aditivos.

 

Determinação de resíduos de agrotóxicos e medicamentos veterinários em alimentos

Dra. Sônia Claudia do Nascimento Queiroz (Embrapa)

Foram discutidos os principais métodos para análise de agrotóxicos e medicamentos veterinários em alimentos, como HPLC, Cromatografia em fase gasosa e líquida e espectrometria de massa. Pontos positivos e negativos foram levantados pela palestrante. Além disso, alguns trabalhos realizados pelo Embrapa foram expostos e discutidos.

 

Da avaliação do risco de contaminantes químicos dos alimentos à avaliação do risco-benefício – a tomada de decisão em segurança de alimentos

Prof. Dr. Ricardo Assunção (Instituto Universitário Egaz Moniz – Portugal)

 

O palestrante apresenta uma forma alternativa de avaliar riscos em Segurança de Alimentos, o chamado Risk Benefit for EU. Esta metodologia, diferente de outras adotadas (como o APPCC), inclui o benefício nutricional do produto como contraparte, assim como fatores ambientais e sociais.

Foi apresentado um estudo prático sobre a adoção desta metodologia para frutas secas em Portugal.

 

Toxigenic fungi and mycotixin in food: Strategies based on biocontrol to reduce their impact

Dra. Sofia Chulze (Universidad Nacional de Rio Cuatro – Argentina)

 

Um estudo trazendo estratégias para redução de fungos toxigênicos em alimentos por meio de controle biológico por microrganismos antagonistas foi apresentado pela autora. A relação antagônica entre Aspergillus flavus toxigênicos AF(+) e não toxigênicos AF(-) gerou resultados promissores.

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Carne com ouro. Será que faz mal?

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Recentemente veio à tona na imprensa em tons polêmicos o consumo de carne com ouro por jogadores da seleção brasileira na Copa.

Bem… nós aqui do Food Safety Brazil damos um drible nessa polêmica e nos perguntamos: será que a ingestão dessa carne com ouro pode trazer algum dano à saúde?

O uso de ouro na culinária não é exatamente uma novidade. O ouro comestível é um ingrediente que se originou há pelo menos 5.000 anos na história da culinária, sendo consumido em regiões da Europa, Ásia e África (veja mais aqui). Acreditava-se então que, ao ingerir ouro, a pessoa alcançava purificação espiritual e rejuvenescimento.

Hoje, folhas, flocos e pó de ouro são utilizadas principalmente em sobremesas e doces, para fins decorativos. Ele tem um leve sabor metálico quando provado sozinho. No entanto, quando é usado como ingrediente decorativo, os outros sabores superam facilmente qualquer sabor que o ouro comestível possa ter, resultando em uma decoração sem sabor.

A folha de ouro comestível é feita derretendo ouro puro a mais de 2.000 graus Fahrenheit e despejando-o em uma formação de barra. A barra é então esticada muito fina através de rolos até um certo ponto, sendo então martelada até atingir a espessura de 0,0001 mm. O ouro é um dos metais mais maleáveis e cada folha leva cerca de duas semanas para ser feita.

Fonte: The Spruce Eats – What is Edible Golden Leaf? (link)

O ouro comestível é aprovado como aditivo para alimentação humana (veja mais aqui). Ele é considerado um material inerte, o que significa que passa pelo trato digestivo sem ser absorvido (ou seja, não faz bem nem mal). Porém, ao adquirir este ingrediente, é importante se certificar de que ele seja de qualidade comestível e que seja o mais puro possível. O ouro comestível é considerado seguro para consumo quando é de 24 quilates (pureza maior do que a maioria das joias). Ouro com um valor de quilates menor tem mais impurezas químicas (como metais pesados e outros) e é menos seguro para comer (veja mais aqui).

Entretanto, há um sinal de alerta! Um artigo do professor Koichi Imai, Ph.D do Departamento de Biomateriais da Osaka Dental University, revelou que pequenos pontos metálicos do ouro ingerido podem permanecer por muito tempo nas paredes do trato digestivo de quem os consumiu, o que poderia potencialmente introduzir uma carcinogênese (fenômeno celular que forma o câncer).

Espero que tenham gostado! Até a próxima

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Futebol e Segurança de Alimentos

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O Food Safety Brazil hoje está em clima de Copa do Mundo!

Mas qual a ligação que o futebol tem com Segurança de Alimentos?

Arrisquei-me aqui a traçar alguns paralelos envolvendo o mundo de Sistemas de Gestão. Vamos lá!

 

Marcação na saída de bola

Para garantir um produto seguro ou uma vitória nos 90 minutos algo essencial é: atuar de forma preventiva. Se no futebol, ter uma boa marcação na saída de bola do adversário e um goleiro seguro é fundamental para um bom desempenho, para garantir um produto seguro é preciso ter controles de processos rígidos e um bom programa de Boas Práticas.

E importante! Da mesma forma que uma equipe vitoriosa não pode abdicar de marcar a bola por confiar 100% no camisa 1, não dá para deixar de cuidar do básico lá atrás e deixar toda a garantia da Segurança de Alimentos para o PCC (ou PPRO).

 

Um bom treinador

Sem liderança é bem improvável que bons resultados venham. No futebol, toda equipe precisa ter um bom treinador, e para que um sistema de gestão de segurança de alimentos funcione, é fundamental que haja envolvimento da alta gestão e das lideranças.

Um bom líder vai dar o direcionamento e prover motivação para a equipe. Isso é muito importante no desempenho de uma equipe ou de uma companhia do segmento de alimentos.

Sobre o tema, vale a pena ler este post.

 

Conquistas

Toda equipe tem que saber onde (pode e) quer chegar. Se o Brasil esse ano busca o hexa, as boas empresas também atuam com objetivos e metas.

É requisito de toda norma de sistema de gestão de segurança de alimentos ter objetivos mensuráveis. E mais do que estabelecer, o mais importante é que as pessoas estejam engajadas para alcançá-los (e isso não vale apenas para operadores).

Sobre o tema, vale a pena ler este post.

 

Quer se manter informado sobre Segurança de Alimentos? A regra é clara! Acesse o Food Safety Brazil.

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Tradução: Guia de Monitoramento Ambiental FSSC 22000

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No início de outubro deste ano, o FSSC 22000 lançou um documento-guia para implementação de programa de monitoramento ambiental (link aqui).

Trata-se de um material orientativo de grande utilidade para indústrias de alimentos, serviços de alimentação e outras atividades ligadas à produção de alimentos. O guia traz um passo a passo de como estabelecer um programa de monitoramento ambiental na empresa, desde o levantamento de contaminantes de interesse, passando por metodologias de zoneamento ambiental, até métodos de coleta de amostras.

Clique aqui para ter acesso à tradução exclusiva deste material feita pelo blog Food Safety Brazil.

 

BÔNUS

Vale comentar que recentemente (27/09/2022), a lista de Decisão do Board of Stakeholder removeu a obrigatoriedade de incluir alergênicos no programa de monitoramento ambiental (Requisito Adicional do FSSC 22000 – 2.5.7). Para saber mais, clique aqui.

O Food Safety Brazil possui diversos outros posts sobre este tema:

       Monitoramento ambiental de patógenos (PEM) para alimentos de baixa atividade de água – link

       Elaborando um plano de monitoramento ambiental – link

       Quais microrganismos devo considerar no Plano de Monitoramento Ambiental? – link

       Monitoramento de higienização na produção de alimentos – link

       Zoneamento ambiental: sua empresa já atende esse requisito adicional da FSSC 22000 v.4.1? – link

       Referência microbiológica de swab para monitoramento de mãos e superfícies – link

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Dica: Food Allergens – International Regulatory Chart

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Sua empresa vende alimentos para países do exterior?
Você sabe quais ingredientes são considerados alergênicos, por exemplo, na Austrália ou na China?

Uma dica muito boa é acessar o Food Allergy Research and Resource Program , iniciativa da University of Nebraska – Lincoln (EUA). Acesse este link: https://farrp.unl.edu/IRChart

 

Trata-se de uma compilação das legislações de alergênicos de 36 países ou blocos de todos os continentes.
Ele apresenta uma interface bastante interativa. Um exemplo de pesquisa que você pode fazer é pesquisar quais países consideram soja como alergênico. Veja a resposta abaixo:

 

Você também pode acessar uma tabela com todos os países ou blocos incluídos no banco de dados e saber quais são os alergênicos citados na legislação de cada um deles.

O site é frequentemente atualizado, levando em conta as constantes mudanças de legislações.

Quer saber mais sobre alergênicos? O Food Safety Brazil tem vários posts a esse respeito. Dê uma olhada nessa coletânea de publicações.

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Cinco fontes de informação essenciais sobre Feed Safety

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Trazemos hoje no blog algumas dicas imperdíveis para quem atua em indústrias de produtos para alimentação de animais de criação (feed) e quer se aprofundar mais em Feed Safety.

São cinco materiais, todos em inglês, com informações riquíssimas para elaboração e atualização de estudos APPCC e que contêm muito conhecimento técnico especializado sobre o assunto. E o melhor de tudo… Todos os materiais estão disponíveis para download.

Aliás, vale a pena ler este post se você não tiver tanta intimidade com esse assunto.

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Hazard Associated with Animal Feed
(trad.: Perigos Associados a Produtos Para Alimentação Animal)
Autoria: FAO / OMS
Lançamento: 05/2015

Provavelmente o material de referência mais completo sobre o assunto. São ao todo 286 páginas de conteúdo completo e muito bem embasado! Um grupo de peritos da Fundação das Nações Unidas (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS / WHO) analisa e discute uma grande gama de perigos de origem química, biológica e física relacionados a produtos para alimentação animal. São descritos os perigos, bem como a sua ocorrência nos alimentos para animais, e a transferência dos animais para os alimentos, relevância para a segurança de animais (Feed Safety) e seres humanos (Food Safety), além de questões e tendências emergentes.

É um material absolutamente obrigatório para quem trabalha na área.

 

Link: www.fao.org/documents/card/en/c/ca6825en

 

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Good Practices for the Feed Sector
(trad.: Boas Práticas para o Setor de Produtos para Alimentação Animal)
Autoria: FAO / IFIF
Lançamento: 2020

Outro excelente material. Dessa vez uma parceria de experts da FAO com a IFF (International Feed Industry Federation). É o mais completo material sobre Boas Práticas para Fabricação aplicadas a produtos para alimentação animal, incluindo como referência documentos da FAO, legislações internacionais, códigos de prática e outras referências do setor. Dica boa para empresas que desejam ter um programa de BPF robusto e referenciado pelas melhores fontes do setor.

Link: https://ifif.org/wp-content/uploads/2020/11/IFIF-FAO-Feed-Manual-2020_CB1761EN_FINAL.pdf

 

3
General Standard for Contaminants and Toxins in Food and Feed (CXS – 193/1995)
(trad.: Padrões Gerais para Contaminantes e Toxinas em Produtos para Alimentação Humana e Animal)
Autoria: Codex Alimentarius (FAO / OMS)
Lançamento: 2019 (última revisão)

Falando em referência, não poderia faltar aqui uma contribuição do Codex Alimentarius (se quer saber mais sobre a história do Codex, clique aqui). O CXS 193-1995 é um documento que traz uma coletânea de vários padrões relacionados a perigos químicos e biológicos em produtos para alimentação animal, assim como metodologias e protocolos reconhecidos para amostragem de feeds.

 

Link: www.fao.org/fao-who-codexalimentarius/sh-proxy/en/lnk=1&url=https%253A%252F%252Fworkspace.fao.org%252Fsites%252 Fcodex%252FStandards%252FCXS%2B193-1995%252FCXS_193e.pdf

 

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Guidelines on the Application of Risk Assessment for Feed (CAC/GL                  80-13)
(trad.: Guia para Aplicação de Avaliações de Risco aplicadas a Produtos para Alimentação Animal)
Autoria: FAO 
Lançamento: 2013

O CAC/GL 80-13 é um guia para implementação de APPCC voltado ao segmento de produtos para alimentação animal. Traz algumas peculiaridades importantes e que muitas vezes são ignoradas em análises de riscos para feeds.
Pode ser utilizada em complemento ao CXC 1-1969 (FAO / OMS).

 

Link: www.fao.org/input/download/standards/13322/CXG_080e.pdf

 

 

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Microbiological Risk Assessment in Feedstuffs for Food-Producing                Animals
(trad.: Avaliação de Risco Microbiológico em Produtos para Alimentação de Animais               de Criação)
Autoria: EFSA
Lançamento: 2008

Material de apoio que conta com a colaboração de diversos microbiologistas ligados à EFSA (European Food Safety Authority).
As informações são bastante completas e embasadas, trazendo peculiaridades relacionadas a diferentes espécies de animais. São destacadas as informações sobre Salmonella spp., principal perigo relacionado a feeds.
É uma referência bastante rica sobre perigos microbiológicos.

 

Link: https://efsa.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.2903/j.efsa.2008.720

              

Gostaram das dicas? Querem mais conteúdo sobre Feed Safety? Comentem abaixo

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Entrevista com Johan Den Hartog – GMP+ International: Ontem, hoje e amanhã

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O GMP+ FSA completa 30 anos em 2022 (sobre a norma, leia este post), e o Blog Food Safety Brazil traz com exclusividade uma entrevista concedida por Johan Den Hartog, um dos idealizadores do GMP+ International, tendo atuado desde a criação do GMP Code em 1992 até hoje.

Johan trabalha no setor feed há mais de 40 anos, na Holanda, seu país natal, e em diversos países do mundo. No GMP+ International foi Managing Director entre 2010 (data da criação do GMP+ International) e 2021, quando se licenciou do cargo para assumir o posto de Business Development Director, atuando no desenvolvimento de novos mercados para a norma.

Nesta conversa, ele nos dá diversas informações e conta curiosidades sobre o início da norma, sobre o importante papel do Brasil no mercado feed e sobre o que esperar do GMP+ para os próximos anos.

Leonardo: A norma GMP+ começou em 1992 como um código de prática, sob o nome de GMP Code. Como foi o início das atividades?

Johan: A razão para início de tudo foram alguns incidentes relacionados à Segurança de Produtos para Alimentação Animal [Feed Safety] com ampla divulgação na mídia ocorridos na Holanda no final dos anos 1980. Houve o escândalo da Salmonela no setor avícola no Reino Unido em 1988, que resultou na exigência de exportadores holandeses de carne de aves para que houvesse um controle de Salmonela na alimentação animal [feed]. Em 1988/89, o nível de Aflatoxina B1 em ração à base de glúten de milho dos EUA foi altíssimo e resultou em um aumento do nível de Aflatoxina M1 no leite holandês, que também causou problemas para a exportação de produtos lácteos. Em 1989, tivemos um incidente na Holanda com inúmeros bovinos mortos devido a um lote de feed contaminado com alto nível de chumbo devido à mistura com minério no transporte marítimo. Isso resultou em atenção da mídia e pressão do Ministério da Agricultura holandês para tomar medidas.

Devido à redução dos níveis de detecção dos métodos de teste de laboratório, em ovos exportados para a Alemanha foram encontrados traços de anticoccidiostáticos. Foi resultado de contaminação na fábrica de ração.

Esses incidentes causaram problemas para a exportação de ovos, carnes e laticínios. Você precisa perceber que cerca de 60% dos produtos de origem animal holandeses são exportados, o que resultou em problemas de exportação e pressão de preços. Portanto, o Ministério da Agricultura holandês e a indústria de laticínios, carnes e ovos pressionaram fortemente a indústria de ração para tomar as medidas adequadas para evitar estes incidentes de feed safety. Além disso, a atenção negativa da mídia resultou em uma má imagem da indústria de rações. Tudo isso foi um forte gatilho para desenvolver e introduzir um código de Boas Práticas de Fabricação para a indústria de ração holandesa em 1992, o GMP Code. Ao mesmo tempo, estabelecemos um serviço privado de inspeção de ração para avaliação de conformidade. Tudo foi administrado por uma organização “semi-governamental” para a cadeia feed holandesa, chamada Product Board Animal Feed (PDV). Na época, eu era secretário geral do PDV, bastante envolvido em todas as questões.

 Leonardo: Em 1999, o GMP Code tornou-se GMP+. Como ocorreu essa migração do código de práticas para a certificação?

Johan: O GMP Code de 1992 estava focado apenas na produção de premixtures e compound feed. Ele era mais ou menos o que chamamos hoje de programa de pré-requisitos (PRPs). Em 1994 integramos os requisitos de gestão da qualidade baseados na ISO 9001. Em 1996, integramos um código para laboratórios. Mas não foi suficiente para facilitar às empresas o controle total dos riscos de feed safety de forma adequada. Tivemos sérios incidentes de feed safety com questões como BSE relacionadas à farinha de carne e ossos (1980), casos incidentais como cádmio em fosfatos minerais (1986), dioxina na polpa cítrica brasileira (1988) e dioxina em gordura reciclada da indústria alimentícia (1999). Todos esses incidentes e lições aprendidas foram a entrada para uma profunda melhoria do GMP Code e, portanto, mudamos o nome GMP para GMP+ em 1999. Integramos o seguinte ao esquema GMP+:

1.      Abordagem em cadeia: As emergências deixaram claro que a origem de muitos riscos de Feed Safety está na cadeia de abastecimento de produtos para alimentação animal (feed). Portanto, a extensão do esquema de certificação para toda a cadeia de abastecimento em 2000 teve como objetivo realizar o controle dos riscos o mais rapidamenteo possível na cadeia de abastecimento de alimentos onde ocorrem perigos/riscos. Também introduzimos o slogan ‘Feed for Food’ para conscientizar que os subprodutos da indústria de alimentos [food] não são resíduos, mas usados como ração para animais produtores de alimentos.

2.      APPCC: O código GMP era reativo. Para nos tornarmos mais pró-ativos, também integramos o APPCC ao esquema. Isso foi apenas alguns anos antes de ser introduzido na indústria de alimentos [food].

3.      Rastreabilidade, comunicação de crise e EWS: Todas as ferramentas anteriores são úteis para evitar a contaminação, mas também aprendemos que a cadeia de suprimentos é complicada e nem todos os perigos / riscos podem ser identificados com antecedência. Por isso, introduzimos algumas ferramentas para permitir que as empresas atuem de forma correta e rápida em caso de uma contaminação inesperada. Introduzimos requisitos para gerenciamento e comunicação de crises às empresas e rastreabilidade. Para fortalecer o controle de danos ao nível do setor, também introduzimos o Early Warning System [Sistema de Alerta Prévio].

Veja a figura abaixo. Estes são os principais blocos de construção do sistema GMP+ desde 2000. Demorou cerca de 5 anos (2000 – 2005) para implementá-lo em toda a cadeia de abastecimento. Foi eficaz para evitar emergências de Feed Safety e, caso ocorra, ter ferramentas adequadas de controle de danos. Além disso, introduzimos a certificação completa de terceiros em 2003.

Leonardo: O GMP+ deixou de ser administrado pelo PDV em 2010, com a fundação do GMP+ Internacional. Como foi essa transição? Como isso influenciou em relação ao esquema GMP+ que conhecemos hoje?

Johan: O PDV era uma típica organização semi-governamental holandesa. Devido à extensão a toda a cadeia de abastecimento, conseguimos a participação de empresas certificadas em todo o mundo, mais fora da Holanda do que dentro. Em 2008 já mais de 10.000 em todo o mundo. Por isso, decidimos criar uma organização independente, GMP+ International, apta para operação internacional e envolvimento de stakeholders de todo o mundo. Essa mudança da organização gestora não impactou o esquema de certificação GMP+. Atualizamos apenas o logotipo GMP+ FSA que é usado até hoje.

Leonardo: O GMP+ FSA é um esquema de certificação que inclui vários documentos (além dos documentos principais, especificações técnicas). O que o motivou a adotar esse modelo?

Johan: O esquema abrange todas as etapas da cadeia de fornecimento de ração, portanto, vários e diferentes processos e tipos de empresa. Por um lado, temos documentos com requisitos que as empresas devem cumprir para se tornarem certificadas. Por outro lado, temos documentos com requisitos que os organismos de certificação têm de cumprir. Tentamos torná-lo o mais claro e acessível possível.

Leonardo: Qual foi o maior desafio que você enfrentou como uma das lideranças desta iniciativa desde 1992?

Johan: O maior desafio no início foi convencer as pessoas da indústria a estabelecer os requisitos por conta própria. Uma mudança fundamental do mindset era necessária. O autocontrole via certificação privada foi considerado como aumento de custo sem valor agregado e limitação de graus de liberdade. Em segundo lugar, um desafio foi estender o escopo da certificação a toda a cadeia de suprimentos antes de 1999. Para ser honesto, os escândalos com grande atenção da mídia ajudaram a mudar, porque pressionaram a imagem da indústria e tiveram enormes consequências financeiras (prejuízos, problemas de exportação, pressão de preços e aumento dramático do prêmio do seguro de responsabilidade do produto). A experiência de que os instrumentos GMP+ (desde 2000) foram eficazes e agregaram valor, que as empresas apreciaram, foi a melhor recompensa pela luta que tivemos durante os primeiros dez anos. Hoje em dia, a parte desafiadora é como garantir que esse sistema esteja vivo por muitos anos. Por isso, temos a atenção para fomentar a Cultura de Feed Safety em todo o mundo.

 Leonardo: Qual você acredita ser a maior diferença entre o esquema GMP+ e outras normas Feed?

Johan: A grande diferença do GMP+ em comparação a outros padrões voltados ao segmento feed é que ele cobre toda a cadeia de fornecimento e é aplicada em todo o mundo. Isso significa que é aplicável em todas as diferentes regiões e situações. O esquema é focado no mercado, estabelecemos os padrões de acordo com o que é necessário e aplicável à indústria e continuamos a ouvir. Além disso, oferecemos às empresas serviços adicionais como nossos Feed Support Products, Transport Database [IDTF] e GMP+ Academy.

 Leonardo: Como você vê os paralelos entre padrões food (como FSSC 22000) e feed (como o GMP+ FSA)?

Johan: Assim como o GMP+ FSA, o FSSC 22000 também é baseado no ISO 22000. Seu núcleo é o setor de alimentos [food], mas também possui uma norma feed para indústrias produtoras de alimentos e geram coprodutos utilizados na alimentação animal. A GMP+ International possui um protocolo de auditoria combinado para empresas de processamento de alimentos que desejam um certificado FSSC22000 para o mercado food e um certificado GMP+ FSA para o mercado feed. O valor agregado do GMP+ FSA é que é mais feito sob medida para o setor feed por meio de suas especificações técnicas e nossos suportes (Feed Support Product, GMP+ Academy, etc.).

 Leonardo: Como você vê o Brasil dentro do esquema GMP+? Como você vê o potencial para o futuro da norma no país?

Johan: A partir de 2000, quando introduzimos a abordagem em cadeia, as unidades brasileiras de esmagamento de oleaginosas, processadores de frutas cítricas, empresas de trade e terminais de armazenamento são certificados GMP+ FSA. O principal motivo é a exportação de farelo de oleaginosas e polpa cítrica para a Europa. Na última década, observamos um crescimento constante do número de produtores certificados de matérias-primas para alimentação animal [feed materials], bem como comerciantes de feed materials processados, soja e milho, devido à crescente exportação. Uma oportunidade adicional para as empresas brasileiras é que a demanda pela certificação GMP+ FSA está crescendo tanto na Europa quanto na Ásia e no Oriente Médio. O GMP+ é o certificado internacional de garantia de Feed Safety mais conhecido no mundo, com mais de 19.000 empresas certificadas em 88 países em todo o mundo. Espero também mais oportunidades para outras categorias de feeds, como farinha de carne e osso da indústria brasileira exportada para o mercado asiático. Um certificado GMP+ FSA dará preferência no mercado. Um certificado GMP+ FSA é um passaporte para o mercado internacional.

Para o mercado doméstico, um certificado GMP+ FSA agregará valor às empresas brasileiras devido às novas regulamentações do governo brasileiro para garantia de Feed Safety. Esquemas de certificação privada como GMP + FSA são aceitos e fornecem conformidade com os regulamentos feed nacionais.

Além das oportunidades de vendas, um certificado GMP+ FSA oferece mais benefícios: (i) processo de produção mais suave e eficiente, (ii) menor custo de falhas e riscos de mercado, (iii) funcionários mais motivados e envolvidos.

 Leonardo: O cenário Covid-19 deixará marcas nos padrões GMP+?

Johan: A Covid-19 não é um tópico de Feed Safety, embora tenha impacto na indústria feed por outros motivos. A única marca é uma implementação acelerada de auditoria remota. Já estávamos buscando possibilidades antes da pandemia, mas as restrições devido à pandemia para viagens estimularam a implementação da auditoria remota e a obtenção de experiências com ela.

 Leonardo: O que podemos esperar sobre o futuro do esquema GMP+?

Johan: As lições que aprendemos nos últimos 30 anos permitirão que o GMP+ International continue de forma sustentável, com forte comprometimento de muitas empresas e grupos de partes interessadas. Em agosto de 2021, recuei como diretor administrativo; e estou feliz por poder continuar apoiando a organização até minha aposentadoria completa no próximo ano. Tenho toda a confiança de que a nova gestão GMP+ e a equipe continuarão buscando valor agregado do esquema de certificação GMP+ e serviços (como FSP e GMP+ Academy) para feed. A unidade é e será: Feed Safety Worldwide. O comércio e a indústria brasileira de feed poderão continuar a colher os benefícios disso. A melhor garantia é a continuidade do envolvimento das partes interessadas brasileiras por meio da GMP+ Task Force Brasil. Este envolvimento será reforçado se os grupos de partes interessadas se tornarem parceiros da GMP+ International: ANEC já é um parceiro GMP+ feed, Sindirações um GMP+ Registered Training Institute e temos um GMP+ Registered Consultant / GMP+ Registered Trainer ativo, a Markovic Food Management. Torcemos para que novas parcerias surjam em um futuro breve.

Se quiser ler a entrevista em inglês, clique aqui.

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