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Food Safety Brazil sob nova direção a partir de outubro

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Nove anos e meio. Esta será a idade do blog Food Safety Brazil quando se encerrará o atual mandato dos eleitos à vice-presidência, secretaria e conselho fiscal. Além disso, será aberto pela primeira vez o cargo de diretoria de Captação de Recursos. Será uma alteração bastante significativa no “board”, como costumo chamar a equipe gestora. Acesse a página de governança para conhecer a diretoria atual.

O cargo mais demandante e necessário para esta engrenagem girar, a Presidência, estará em aberto, dado que eu, Juliane Dias, fundadora e desde então presidente, disponibilizarei a cadeira que me permitiu percorrer um dos trilhos mais importantes e ricos da minha carreira, e por que não dizer, da minha vida. Sucessores vêm sendo preparados para superar as realizações até o momento.

A Associação Food Safety Brazil tem um intenso bastidor de atividades para manter o blog no ar, oferecendo posts em segurança dos alimentos de segunda a sexta-feira e mantendo a atividade em redes sociais. Oferecemos também conteúdo na forma de lives e mais recentemente, vídeos no Youtube, e ainda um primeiro livro.

Atualmente, ao redor de 25 colunistas voluntários se doam para pesquisar e elaborar os melhores conteúdos para o blog. E já passaram mais de 45, que atualmente não estão ativos.  Além disso, um comitê de tradutores atua em outro braço, ligado à tradução de mais de 15 documentos técnicos. Esta gestão demanda uma sequência de operações: desde a recepção e integração do candidato à correção dos textos e acompanhamento da repercussão das publicações. Além deste trabalho executado de forma voluntária, a Associação conta com os serviços de um profissional para a revisão gramatical, graduado em engenharia de alimentos e letras.

A interação é viva, e leitores tiram dúvidas e sugerem temas no canal de contato, onde, à medida do possível, as pautas são atendidas. Comentários do público, em sua grande maioria simpáticos e incentivadores, são respondidos, sendo também feita uma gestão de posicionamentos controversos e mais hostis.

Graças ao prestígio e retorno ao investimento que anúncios e patrocínios geram, felizmente contamos com um suporte financeiro de empresas que investem em segurança dos alimentos, o que possibilita a manutenção do site. Para estes patrocínios se concretizarem, há um fluxo de emissão de propostas, calls para apresentação da Associação, contratos, pagamentos e monitoramento de resultados. Também contamos com uma pessoa comissionada para gerir estas atividades, que são supervisionadas.  Os conteúdos patrocinados passam por avaliação prévia, pois não importa que sejam pagos – todos devem respeitar nossas políticas editoriais.

Mantemos contrato com duas empresas de prestação de serviços: uma de hosting e outra para design e atualizações na página, sendo que recentemente foi realizada uma migração completa de leiaute e funcionalidades para a melhor experiência de navegação e adoção de tecnologia mais atualizada. Os valores são consideráveis, dado que os recursos computacionais consumidos são elevados, por causa da quantidade de dados. Em breve chegaremos aos 3 mil posts e 8 mil comentários. O portal conta com estrutura para se blindar de instabilidades que eventualmente acontecem – e que rapidamente podem afligir os leitores que esperam encontrar prontamente a informação desejada.

Visando alcançar diferentes públicos, mantemos atividade nas redes sociais Facebook, LinkedIn e Instagram. Para que diariamente sejam resenhados e disponibilizados os links para o post do dia, contamos com um jornalista contratado para elaborar resenhas. É ele também quem elabora quinzenalmente a Newsletter, que compila os textos que geraram maior engajamento. Tudo supervisionado por voluntários da redação.

O monitoramento e fortalecimento dos princípios da conduta ética de colunistas, patrocinadores e da comunidade é constante. Temos um grupo ativo de WhatsApp para compartilhar insights sobre os assuntos que amamos, e este ano realizamos o primeiro Workshop de capacitação interna.

Os eventos presenciais levaram muita motivação e conhecimento a vários cantos do Brasil (Fortaleza, Londrina, Caxias do Sul, Recife, Sumaré). Cada um preparado com paixão e muitos meses de antecedência. Também contou com profissionais contratados, mas principalmente muito voluntariado para se materializar. Ah, e sempre em sinergia com as empresas patrocinadoras que confiam no projeto!

Universitdades de diversas partes do país já tiveram a presença de um palestrante do blog em eventos para desenvolvimento acadêmico, confira em Blog Food Safety Brazil nas Universidades.

Um pouco mais objetivos, mas tratados com muito cuidado, foram os cinco Meetings online e um grande Workshop virtual, respondendo com velocidade à demanda urgente pelo tema Covid-19 e nos adaptando ao “novo normal”.

 

O legado

Ao longo deste período, o Food Safety Brazil deixa um legado impressionante. Não temos ferramentas para contabilizar quantos posts foram citados em trabalhos escolares ou acadêmicos, porém recebemos com muito carinho os alunos que nos procuram para agradecer.

Também não temos como estimar o número de posts que foram utilizados em outros blogs (por vezes sem citar a fonte) e páginas na web.

Duas editoras entraram em contato para pedir autorização formal de publicação de conteúdo em livros didáticos. A CAPES passou a reconhecer os conteúdos como válidos para pontuar como publicação técnica.

Conteúdos do blog já foram utilizados em palestras envolvendo autoridades fiscalizadoras e regulatórias. Um deles, inclusive, foi base para a elaboração da CVGB 06/20, relacionado ao acidente envolvendo trocador de calor em cervejaria.

Nossos consumidores também saíram ganhando. Não pudemos quantificar quantos erros deixaram de ser cometidos por práticas incorretas evitadas, graças a todas as orientações publicadas.

O reconhecimento do público é enorme, o que percebemos nos eventos presenciais, nos e-mails e comentários que recebemos. “Não encontrei em nenhum lugar os conhecimentos que aprendi no blog” ou “Vocês fazem parecer simples”. Dúvidas de portugueses e moçambicanos foram respondidas. Não sabemos quantas pessoas usaram o Google Translator no mundo para acessar o conteúdo.

Temos atualmente um colunista uruguaio, o que nos abre o horizonte sobre o quão plurais podemos vir a ser.

Com muito com orgulho entendo que cumpri um ciclo e sou muito grata às pessoas incríveis que apoiaram e apoiam este sonho, e o fazem acontecer. Também pelos aprendizados e conexões construídas ao longo destes anos, que é o que fica para a vida. Para mim, é hora de abraçar outros projetos pessoais e profissionais! Meu sonho é que o Food Safety Brazil não acabe, e que seja sucedido por pessoas cada vez mais inovadoras e empreendedoras. Para isso, precisamos de candidatos à sucessão que abracem desafios e estejam preparados para colher e distribuir frutos que a mim foram tão valiosos e mudaram a minha história pessoal e profissional.

 

Com muito carinho,

Juliane Dias

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Publicações no blog Food Safety Brazil são reconhecidas pela CAPES

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Todos que querem seguir carreira em uma universidade ou instituição de ensino e pesquisa sabem do valor de conquistar um espaço para publicação. Além de dar voz ao conteúdo fruto de um levantamento bibliográfico ou pesquisa, o fato de se ter realizado uma publicação pode ser um diferencial competitivo num processo seletivo, ou mesmo o atendimento de um pré-requisito para dar sequência na defesa de uma tese. Você sabia que os posts do blog Food Safety Brazil são reconhecidos pela CAPES e valem como publicação técnica?

Desde 2017 a CAPES reconhece o Food Safety Brazil como meio de publicação válido na ficha de avaliação dos programas de pós-graduação (vamos deixar claro: mestrado e doutorado tem mais peso!) da área de Ciência de Alimentos. Veja no final do post  a declaração a respeito.

Para quem não conhece, CAPES é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação do Ministério da Educação (MEC) que desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação.

Por exemplo, quem se candidata a mestrado profissional nos Institutos Federais, que oferecem educação gratuita, poderá demonstrar que produz conteúdo relevante e isso contará pontos em seu processo seletivo.

O Food Safety Brazil, desde 2012, conta com um espaço (tag  “Pesquisas”) para publicação técnica de dissertações, TCC, teses de mestrado, doutorado, seja de forma integral ou parcial. Inclusive divulgamos trabalhos que já tiveram projeção em revistas científicas internacionais.

Para seu post ser aceito, ele deve, necessariamente:

– Ser original

– Tratar somente de temas relacionados à segurança dos alimentos

– Ser aprovado na apreciação editorial (pode ser necessário revisar)

– Ser ilustrado com imagens que não firam direito de propriedade intelectual

– Respeitar as regras da Associação Food Safety Brazil como um todo.

O Food Safety Brazil possui um revisor técnico e gramatical, além de acionar comitê de ética e conteúdo editorial sempre que necessário. Desde o segundo semestre de 2020, passou a contar com uma diretoria específica para esta  finalidade, a “Diretoria de conteúdo”.

Abaixo, uma relação com alguns trabalhos que já foram publicados aqui, submetidos pelos autores:

https://foodsafetybrazil.org/quais-os-possiveis-riscos-no-consumo-de-leite-de-cabra-cru/

https://foodsafetybrazil.org/hidrocarbonetos-policiclicos-aromaticos-no-processamento-de-produtos-lacteos-hpa/

https://foodsafetybrazil.org/agricultura-organica-e-convencional-quantificacao-de-metais-traco-toxicos-hortalicas/

https://foodsafetybrazil.org/desafios-da-gestao-de-alergenicos-em-servicos-de-alimentacao/

https://foodsafetybrazil.org/cultura-de-seguranca-dos-alimentos-um-fenomeno-que-pode-ser-transformado/

Na forma de entrevista:

https://foodsafetybrazil.org/pesquisa-realizada-na-unicamp-traz-resultados-animadores-sobre-inibicao-de-listeria-monocytogenes-em-queijos-artesanais/

https://foodsafetybrazil.org/insetos-como-alimento-entrevista-com-thelma-lucchese-cheung/

Participe! Envie seu conteúdo para redacao@foodsafetybrazil.org

 

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Tradução: Químicos Aplicados na Higienização dos Processos de Alimentos V. 2

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Mais uma vez o Food Safety Brazil está trazendo informação facilitada para você que precisa contar com preciosas referências internacionais.

Já havíamos traduzido o Volume 1 – O uso ideal de agentes de limpeza, sanitizantes e desinfetantes para minimizar o risco de traços nos alimentos.

A autoria é do Grupo Técnico de Trabalho do GFSI.  Este grupo foi estabelecido para definir as melhores práticas em relação aos biocidas (definidos como resíduos de agentes de limpeza e sanitizantes) na cadeia de suprimento de alimentos. O objetivo do trabalho do grupo era garantir a proteção do consumidor através da aplicação apropriada de agentes de limpeza e sanitizantes, do campo à mesa, equilibrando os riscos e benefícios associados ao seu uso, enquanto facilita o comércio global de alimentos.

O volume 2 fornece uma compreensão mais aprofundada dos processos de avaliação dos riscos. Ele inclui uma visão geral dos métodos existentes para detecção de traços em pontos relevantes no processo de produção. Além disso, critérios e abordagens para uma avaliação de riscos em relação à aquisição, aplicação e uso de produtos químicos de higienização para empresas de alimentos e produtores primários são fornecidos para utilização como um guia, juntamente com várias ferramentas para apoiar o processo de avaliação de riscos.

Baixe aqui o:

VOLUME 2 – Agentes de limpeza, sanitizantes e desinfetantes em indústrias de alimentos: detecção de traços e processos de avaliação de risco à saúde humana

Produtos químicos para higiene dos alimentos (GFSI) – Volume 1 em português

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ENFIT disponibiliza guia completo sobre segurança de alimentos no transporte

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Depois do sucesso do guia traduzido para limpeza de caminhões-tanque  da FSSC 22000 que disponibilizamos aqui no Food Safety Brazil, você vai adorar esta novidade.

Food Safety in Supply Chain

Transport of Unpacked raw materials and foodStuffs in food transport containers

São 198 páginas de um denso conteúdo, cujo índice se encontra aqui.

Para você ter uma ideia, a Associação Federal Alemã de Inspetores de Alimentos já encomendou um treinamento de toda a equipe de fiscais neste manual!

Quem escreveu este manual?

A ENFIT é uma associação sem fins lucrativos que desenvolve normas de segurança dos alimentos, critérios para certificação de limpeza de caminhões/containers a granel.

O foco é o transporte de alimentos e insumos para alimentação animal não embalados, que são transportados em caminhões-tanque, contêineres-tanque, veículos-silos, IBCs e vagões-tanques. Eles também desenvolveram um sistema de digitalização protegido por block-chain.  Um novo grupo de trabalho irá escrever em breve uma norma sobre higienização de diversos tipos de veículos.

Como conseguir o guia completo?

Para obter o guia, escrever para um e-mail para:

info@enfit.eu

Assunto: Guideline FSBrazil

Não é permitido o compartilhamento por grupos de celular ou e-mail. A obtenção deve ser feita individualmente diretamente com eles, embora não tenha custos.

Consultorias podem usar o guia?

Para consultores de segurança de alimentos, institutos de treinamentos ou outros, é possível usar o guia em consultoria e treinamento de pessoal com um contrato de licença ENFIT.

A empresa será deve ser previamente treinada para que a multiplicação ocorra conforme os padrões ENFIT.

Auditores treinados e autorizados recebem o certificado “ ENFIT-Certified Supply Chain Auditor“.  Os interessados devem escrever para o e-mail acima.

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Food Safety Brazil reconhece empresas que investem em segurança dos alimentos

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Nós sabemos dos desafios que temos no Brasil em relação à segurança dos alimentos.

Mesmo considerando apenas os casos registrados e cientes do cenário de subnotificações, os dados da Anvisa mostram que todos os anos quase 10 mil pessoas são vítimas de doenças transmitidas por alimentos nos mais de 500 surtos que ocorrem aqui.

Somos um dos países  mais relevantes para alimentar o mundo, e mesmo assim, se compararmos o contingente de empresas certificadas em segurança dos alimentos, a ordem de grandeza é de pífios 0,02%  das  37 mil pessoas jurídicas registradas como produtoras de alimentos.

Neste cenário, estamos cumprindo nossa missão de trazer conhecimento elaborado a empresas e consumidores que precisam tanto se aprofundar em segurança dos alimentos, seja aqui no portal, seja em eventos presenciais e online.

Tais ações não seriam possíveis sem a atuação de voluntários e de patrocinadores, cujos recursos investidos são aplicados na manutenção da página, remuneração de pessoal contratado, além de custear diversas iniciativas.

Por esta razão, estamos iniciando uma campanha para manifestar a nossa gratidão a estas empresas que não pouparam recursos a esta causa, renovando ações de patrocínio continuamente.

Apresentamos com destaque nossos investidores mais presentes, e todas aquelas empresas que pelo menos uma vez, renovaram a parceria. Praticamente todas já estiveram aqui nesta página interagindo com os leitores.

3M do Brasil Ltda.

A 3M esteve presente como palestrante em quase todos os eventos presenciais e online, além de apresentar sua marca no portal, direcionando para eventos ou página específica.  Dividiu conteúdos muito importantes na área de microbiologia e análises, como por exemplo:

Biologia molecular e a detecção de patógenos

O seu método de monitoramento de higiene garante a confiança que você precisa?

A importância das mãos na prevenção da veiculação de DTA

Fortress Technology

A Fortress  compartilhou muitas informações sobre detectores de metais e teve sua logomarca exibida na página principal.

Você sabia que é possível automatizar o sistema de detecção de metais da sua empresa?

Quando não é tecnicamente possível detectar menos de 2 mm

Corpos de Prova para detectores de metais – Calibração e Cuidados

Fuchs Lubrificantes do Brasil Ltda.

A Fuchs também compartilhou posts exclusivos e tem sua marca vista atualmente em nossos banners da home page.

Lubrificantes food grade – por que eles merecem este nome?

Lubrificantes de grau alimentício não são alimentos. Conheça o limite

Registro NSF é suficiente evidência que um lubrificante foi produzido seguindo as boas práticas?

Além destas empresas, muitos outros parceiros merecem ser reconhecidos, pois investiram em mais de uma ocasião em nossas iniciativas:

 

A Associação Food Safety Brazil é formalmente constituída desde 2015 sob o CNPJ 22.335.091/0001-59 e é o espaço mais prestigiado para sua comunicação em segurança dos alimentos.

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Diretoria do Food Safety Brazil 2020-2021

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Esta é a diretoria eleita da Associação Food Safety Brazil.

A duração de cada mandato é de 2 anos, sendo a substituição parcial a cada ano.

 

Para conhecer mais sobre a biografia de cada um, clique em suas respectivas páginas:

 

https://foodsafetybrazil.org/membros/juliane-dias/articles/

https://foodsafetybrazil.org/membros/fernanda-spinassi/articles/

https://foodsafetybrazil.org/membros/nealina-vieitez/articles/

https://foodsafetybrazil.org/membros/humberto-da-cunha/articles/

https://foodsafetybrazil.org/membros/joao-paulo/articles/

https://foodsafetybrazil.org/membros/jacqueline-navarro/articles/

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Call para consenso: segurança de alimentos na aplicação de bacteriófagos

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Bacteriófagos são vírus que têm como alvo específico as células bacterianas que comprovadamente inofensivos para os humanos, além de ecologicamente corretos. Foram identificados pela primeira vez em 1917 e utilizados não só na medicina, mas também no setor agro alimentício. Desde então, os fagos encontraram suas aplicações em toda a cadeia de alimentos: do controle bacteriano pré-colheita, ao gerenciamento da deterioração de alimentos e desinfecção de superfícies. Os bacteriófagos voltaram a ser considerados uma possível solução para reduzir o uso de antibióticos e, assim, diminuir o surgimento de cepas resistentes aos antibióticos.

Estão disponíveis produtos comerciais, mas o cenário regulatório relativo à utilização de bacteriófagos na segurança de alimentos não está harmonizado.

Este é um projeto conjunto do Grupo de Trabalho de Microbiologia e do Grupo de Trabalho sobre Legislação e Regulamentação de Alimentos do Global Harmonization Initiative. O objetivo é formular uma declaração que possa ser usada na promoção de legislação harmonizada o uso de bacteriófagos em alimentos. Para atingir a meta, um esboço do documento de consenso precisa ser preparado e distribuído entre todos os membros da GHI. O documento consistirá em duas partes principais:

  1. Um estudo da literatura científica disponível sobre a segurança e eficiência dos bacteriófagos nos alimentos.
  2. Uma análise do status regulatório atual do uso de bacteriófagos em alimentos em todas as jurisdições (disponíveis).

Portanto, você está convidado a participar deste projeto e fazer parte da equipe que irá trabalhar na elaboração do documento de consenso científico sobre a aplicação de bacteriófagos em alimentos.

Como se em todas as atividades da GHI, é importante ressaltar que os participantes deste projeto não representarão seu empregador (empresas) e sua contribuição deve ser baseada em sua própria consciência científica.

 

Para manifestar interesse, entrar em contato com as coordenadores do projeto, em inglês:

 

Adina Baicu

co-chair Food Law and Regulations Working Group

adinaalexandrabaicu@gmail.com

+40733644055

 

Rozita Vaskoska

co-chair Food Microbiology Working Group

rozitavaskoska@gmail.com

+61452281060

 

 

Fonte da imagem: https://www.foodsafetynews.com/2016/01/bacteriophages-an-old-antibiotic-alternative-becomes-new-again/

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Salmonelose pode ser gatilho para Alzheimer e Parkinson

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Aqui no blog já falamos de sequelas e desdobramentos de doenças de origem alimentar, que vão muito além dos “banais” sintomas gastrointestinais, que não chegam ao extremo da morte, mas podem deixar sequelas por toda a vida. Novos estudos publicados no PLoS Pathogens apontam que patógenos podem estar envolvidos no gatilho Alzheimer e Parkinson em infectados.

Qual é a conexão com a salmonelose, já que essas doenças neurodegenerativas são autoimunes e influenciadas por fatores genéticos? A ciência ainda está buscando essa resposta, mas parece haver um gatilho dentro do intestino.

Bem, primeiro devemos saber que existem proteínas amilóides que são inimigas dos tecidos nervosos, pois elas vão se acumulando em placas e formando agrupamentos que podem bloquear a sinalização entre as células nas sinapses. Elas também podem ativar as células do sistema imunológico que causam inflamações e limpam células deficientes e estão presentes em pacientes de Alzheimer e Parkinson.

Outra coisa que já parece ter sido explicada é o papel da flora intestinal na produção de proteínas amilóides. Foi demonstrado que as bactérias que povoam a microbiota intestinal podem liberar quantidades significativas de amilóides e lipopolissacarídeos, que podem desempenhar um papel na modulação das vias de sinalização e na produção de citocinas pró-inflamatórias relacionadas à patogênese da doença de Alzheimer.

Agora, sobre o estudo mais específico envolvendo Salmonella Typhimurium, isolada de alimentos: nos intestinos dos ratos, a Salmonella Typhimurium produz amilóides do tipo curli no ceco e no cólon. Isso aumentou a inflamação das articulações e as interações de propagação cruzada entre amilóides bacterianas e amilóides humanas, que podem desencadear reações autoimunes semelhantes, como a doença de Alzheimer.

Como já publicamos aqui, no post: Está com artrite reativa? Pode ter sido algo que você comeu, cerca de 5% dos pacientes que contraem salmonelose desenvolvem uma condição autoimune chamada artrite relativa. Alguns pacientes permanecem sintomáticos por 5 anos ou mais. A adaptadíssima Salmonella Typhimurium forma biofilmes de compostos de curli, que são “fibras amilóides finas e altamente agregadas” de celulose, BapA e DNA extracelular que protege o patógeno do estresse ambiental.

Este estudo foi o primeiro a mostrar que patógenos de origem alimentar podem produzir essas proteínas amilóides no intestino. Os ratos estudados desenvolveram artrite reativa dentro de seis semanas após a infecção.

Os pesquisadores esperam em seguida confirmar que esse desenvolvimento também ocorre nas pessoas. Eles afirmam que: “Como os amilóides também são produzidos pelas bactérias comensais, é possível que a liberação não intencional de amilóides produzidos pela microbiota possa desencadear reações autoimunes semelhantes”.

Tem interesse em saber sobre mais desdobramentos complexos de doenças de origem alimentar?

Leia estes posts:

http://foodsafetybrazil.org/doencas-transmitidas-por-alimentos-podem-ter-consequencias-por-toda-a-vida/

https://foodsafetybrazil.org/doencas-transmitidas-por-alimentos-que-deixaram-sequelas-graves-casos-reais/

https://foodsafetybrazil.org/campylobacter-as-sequelas-de-uma-vitima-com-guillain-barre/

https://foodsafetybrazil.org/depoimentos-de-brasileiros-vitimas-da-sindrome-de-guillian-barre/

Contribuiu com esclarecimentos técnicos a Dra Alice Moreira Capretz.

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Guia para a indústria de alimentos: Melhores práticas de curto prazo no enfrentamento do coronavírus

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Os desafios para o enfrentamento do coronavírus são muito dinâmicos, bem como a publicação de materiais fruto destas experiências. Mais uma vez, a organização “The Food Industry Association”, ou FMI, compartilhou orientações úteis para a indústria de alimentos. Agora é a vez do “Melhores práticas de curto prazo no enfrentamento ao coronavírus”.

Nosso grupo de tradutores voluntários colocou à disposição mais este documento, do original:

Guidance for the Food Industry: Coronavirus Outbreak II. Short-Term Best Practices

Conteúdo:

  • Administrando e ajudando seus colaboradores
  • Ajudando seus clientes
  • Abordando a  cadeia de suprimentos
  • Recursos adicionais

Sabemos que a realidade americana é distinta da brasileira, sendo nossos problemas e soluções diferentes. Por exemplo: lá, um empregado doente afastado nem sempre tem direito a salário, o que pode incentivar um colaborador a insistir a ir para o trabalho, mesmo não se sentindo bem.

Por outro lado, o poder de articulação da indústria e da cadeia de suprimentos parece ser bastante ágil. Por exemplo: já aconteceram acordos entre empresas com capacidade delivery excedente, suprindo a de outras com esta deficiência. As soluções digitais também já se encontravam implementadas, ou a viabilidade de implementá-las é maior.

Inspire-se nestas sugestões!

Já publicamos também:

Preparação para enfrentar Pandemia de Coronavírus na Indústria de Alimentos (tradução)

Clique AQUI e baixe o guia.

 

Sobre a FMI:

Como associação da indústria de alimentos, a FMI trabalha com e em nome de toda a indústria para promover uma cadeia de suprimento de alimentos para consumidores mais segura, saudável e eficiente. A FMI reúne uma ampla gama de membros em toda a cadeia de valor – de varejistas que vendem a consumidores, produtores que fornecem alimentos e outros produtos, bem como a grande variedade de empresas que prestam serviços críticos – para ampliar o trabalho coletivo da indústria. www.FMI.org

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Livro Implementação de Sistemas da Qualidade e Segurança dos Alimentos – Volume 02 disponível para download em pdf

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Este momento, mais do que nunca, pode ser estratégico para o desenvolvimento profissional. Pensando nisso, os autores do livro “Implementação de Sistemas da Qualidade e Segurança dos Alimentos – Volume 02”  disponibilizaram para download gratuito a obra publicada em 2012.

O conteúdo aborda de maneira prática como aplicar requisitos normativos e legais para a indústria de alimentos em processo de implementação e melhoria de seus sistemas de gestão.

Conteúdo:

Os capítulos que poderá ler, agora na quarentena, ou sempre, são:

  • Perigos químicos
    Perigos físicos
    Rastreabilidade
    Food defense
    Manutenção na cadeia produtiva de alimentos
    Controles no recebimento, armazenamento e distribuição
    Gerenciando auditorias internas
    Gestão de Alérgenos
    Anexos com formulários, check-lists e materiais de aplicação prática

Participaram da iniciativa:

Juliane Dias
Luciana Heredia
Fernando Ubarana
Ellen Lopes
Ana Claudia Frota

Para acessar o livro, CLIQUE AQUI.

(Obs. algumas empresas podem bloquear o acesso ao Google Drive).

Baixe também o volume 01:

 

Livro Implementação de Sistemas da Qualidade e Segurança dos Alimentos – Volume 01 disponível para download em pdf

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