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Os Sete Pontos de Impacto da Lei FSMA no Mercado Brasileiro

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Exportar para os EUA requer adequação às novas regras

 

Para garantir sua posição entre os cinco maiores exportadores de alimentos para os EUA, o Brasil deverá se adequar às recentes orientações que estão em processo de finalização, indicando as regras que compõem o Food Safety Modernization Act (FSMA). Esse instrumento regulatório, criado para diminuir e controlar as recentes estatísticas de doenças transmitidas por alimentos e bebidas, visa garantir que produtos importados, em solo americano, se igualem nos quesitos de qualidade e segurança, aos que os produtores americanos oferecem.

 

O Brasil figura como um importante exportador de alimentos e bebidas para o mercado americano e será impactado pelas ações regulatórias que essa nova lei propõe. É evidente que quando a Lei FSMA estiver com todas as suas seções regulatórias definidas e plenamente aplicáveis, os produtores estrangeiros que são exportadores para os Estados Unidos terão um tempo para entender e adequar-se àquilo que lhes será exigido. No entanto, aqueles que tiverem suas operações melhor preparadas estarão estrategicamente melhor posicionados e sofrerão menores impactos financeiros, processuais, estruturais e até culturais, face àqueles que terão que começar essa jornada de adequação dentro da mesma janela de tempo.

 

Essa visão norteou a decisão da Ecolab Química em trazer para o Brasil em outubro deste ano, o Seminário Food Safety Insights. O evento, que era direcionado a profissionais da indústria de alimentos e bebidas, contou com 29 participantes de diversas empresas.

 

O tema Lei FSMA foi apresentando por Jose Quijada, gerente de marketing senior da Food & Beverage para América Latina e Ásia. Ele detalhou em primeira mão, ao Brasil, aspectos da nova lei americana, cuja regulação irá impactar diretamente as empresas brasileiras que exportam alimentos e bebidas para os Estados Unidos. A exigência é que os exportadores ofereçam garantias de segurança nos processos de produção dos alimentos nos mesmos padrões que são exigidos aos produtores de alimentos em solo americano.

 

A gerente de educação e treinamento alimentar para bebidas e alimentos da Ecolab, Drª Tatiana Lorca, que é mestre em ciência e tecnologia dos Alimentos,  promoveu um treinamento certificado de HACCAP . Esse treinamento, além de capacitar os profissionais participantes para esse modelo de controle de riscos na produção de alimentos, também teve como propósito prepará-los para identificar e promover as adequações necessárias para a nova Lei FSMA.

Algumas das seções regulatórias dessa nova lei preveem que as empresas exportadoras de alimentos e bebidas para os Estados Unidos devem ter definidos e documentados os processos, as análises de risco e os mecanismos que garantam a segurança do que o cidadão americano consome.

 

“Para implementar um programa eficiente de análise  e controle de pontos críticos em uma planta produtiva, com os requisitos exigidos pela regulação, leva tempo. Talvez meses, quando o ambiente (instalações e equipamentos) e o time operacional oferecem condições mais favoráveis. Talvez anos, quando o programa e as adequações precisam sair do zero”, comenta a Drª Tatiana Lorca.

 

“Garantir a segurança dos alimentos que as pessoas consomem é uma batalha diária e sem fim. Para a Segurança dos Alimentos não há local mais perigoso do que a zona de conforto. Essa é exatamente a condição mais propícia para que falhas nos processos e as contaminações ocorram, causando danos às pessoas, às economias e às marcas”, comenta Quijada.  “As pautas em torno desse assunto transcendem as fronteiras geográficas e tendem, cada vez mais, a caminhar para um cenário de unicidade de protocolos”, concluiu.

Segundo Quijada, há sete aspectos dessa nova regulação que irão impactar diretamente o contexto produtivo de exportadores de alimentos para os Estados Unidos. São eles:

 

 

  1. Risco Baseado em Controles Preventivos

 

  • Requer  planos claramente definidos e escritos que garantam a segurança dos alimentos, devendo ser desenvolvidos por um “profissional qualificado”
  • Esse plano deve incluir uma profunda análise de perigos, endereçando perigos microbiológicos, físicos, químicos e radiológicos que são razoavelmente prováveis de acontecer e precisam conter a identificação de controles preventivos cientificamente válidos para cada um desses perigos.
  • Esses Controles Preventivos requerem limites de controle definidos, procedimentos escritos de monitoramento, ações corretivas documentadas, ações de verificação e manutenção de registros.
  • Todas as indústrias estrangeiras exportadoras de alimentos para os Estados Unidos estarão sujeitas aos mesmos requerimentos que as indústrias localizadas no território americano
  • Regulamentos de Boas Práticas de Fabricação também serão revisados.

 

  1. Cultivo, Colheita, Embalagem e Armazenamento de Vegetais

 

  • Primeiro regulamento obrigatório para segurança de vegetais
  • Aplicado a vegetais tipicamente consumidos cru.
  • Os padrões de segurança adotados devem levar em conta:
    • Treinamento dos operadores em saúde e higiene
    • Qualidade da água usada para agricultura
    • Tipos de suplementos orgânicos para o solo
    • A presença e o tratamento de animais domésticos e selvagens
    • Higiene e manutenção dos equipamentos, ferramentas e edificações
    • Origem dos brotos

 

  1. Programa de Verificação de Fornecedores Estrangeiros (FSVP)

 

  • Importadores deverão executar determinadas atividades baseadas na gestão de risco para verificar se os alimentos importados são seguros e seguem as regras do FSMA
  • O desenvolvimento do FSVP (Foreign Supplier Verification Program) deve contemplar:
    • A revisão do status de adequação dos alimentos importados
    • A realização de análise periódica de perigos, verificação e ações corretivas com auditorias in loco e amostragens
    •  A criação e manutenção de registros dos produtos importados e suas adequações
    • Exigir de seus fornecedores termos de garantia por escrito

 

  1. Acreditação de Auditores Terceiros pelo FDA

 

  • Estabelece um programa para certificação para auditores terceiros, com a competência de conduzir auditorias e emitir certificações para indústrias estrangeiras, com autonomia para determinar se importações serão ou não admitidas nos Estados Unidos, principalmente as caracterizadas como alto risco.

 

  1. Controles Preventivos para Alimentação Animal

 

  • Vai ser aplicada às fábricas que produzem, embalam ou armazenam alimentos para animais.
    • Incluem transformadores de subprodutos animais, fabricantes de pet food, produtores de combustíveis renováveis que produzem ingredientes alimentícios como grãos de destilação, fábricas de alimentos que direcionam rejeitos para alimentação animal
  • A identificação de perigos comprovados cientificamente e implementação de controles preventivos válidos será mandatória
    • Não inclui controle de alergênicos
    • Requer limites críticos definidos, procedimentos de monitoramento escritos, ações corretivas documentadas e manutenção de registros
  • As BPFs para alimentação animal deverão ser modeladas a partir das BPFs de produção de alimentos para pessoas, aplicando-se a:
    • Práticas relacionadas aos funcionários
    • Operações da indústria, incluindo programa de Higienização de equipamentos e utensílios
    • Controle de processos
    • Armazenamento e Distribuição

 

  1. Proteção dos Alimentos contra Adulteração Intencional

 

  • Requer  que indústrias locais e estrangeiras avaliem seus processos mais vulneráveis para prevenir ações de adulteração na cadeia produtiva de alimentos que possam causar danos ao consumidor final.
  • Um plano formal de defesa contra adulteração deve conter:
    • Processo com todas as etapas executáveis
    • Estratégias de mitigação de adulteração
    • Monitoramento
    • Ações corretivas
    • Processos claramente definidos de verificação e documentação dessas verificações
    • Treinamento dos operadores e supervisores
    • Manutenção de registros
  •  Definem-se como atividades mais vulneráveis para adulteração:
    • Recebimento e armazenamento de cargas líquidas em caminhões tanque
    • Armazenamento e manuseio de ingredientes líquidos
    • Manuseio de ingredientes secundários

 

 

  1. Transporte Sanitário de Alimentos de Consumo Humano e Animal

 

  • Esse aspecto contempla a análise das condições de transporte de alimentos para consumo humano e animal, e ações que garantam a higienização, controle de temperatura, proteção física da carga transportada para todo alimento ou ingrediente controlado pelo FDA.

 

 

O Brasil pode tratar como vantagem competitiva essa capacidade de antecipação às mudanças que são inevitáveis, principalmente as de curto prazo (no caso da Lei FSMA, aproximadamente dois anos). “Esse é o ponto central da iniciativa da Ecolab em trazer essas informações com antecedência para o Brasil. Sabemos o tema FSMA ainda não está na pauta das agências reguladoras, por enquanto. Assim, quem estiver informado está à frente nos processos e na corrida para se manter neste importante mercado”, finaliza Quijada.

 

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Por que a Salmonella se torna uma superbactéria quando a Aw é baixa?

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Há coisa de poucos anos, o paradigma era que produtos secos eram completamente seguros por não permitirem a sobrevivência de patógenos. Eis que de 2004  a 2011, 55 recalls relacionados a produtos de baixa atividade de água foram realizados nos EUA, sendo 24 de nozes e derivados, 9 temperos/especiarias e 8 em misturas secas devido à presença de Salmonella. Naquele país, surtos envolvendo manteiga de amendoim, pimenta, nozes, cereais e principalmente chocolate, despontaram. Aqui no Brasil tivemos dois surtos com 29 casos.

Para piorar, o patógeno tem mostrado muita estabilidade, permanecendo viável nos alimentos secos por um  período de tempo surpreendente, como pode ser visto neste quadro:

Se não fosse este um problema já grande, a outra má notícia é que pesquisas confirmam que a Salmonella desenvolve resistência térmica em ambientes hostis, conforme estes exemplos de tratamentos típicos para processamento de chocolate: torração e conchagem.

Então a professora da Faculdade de engenharia de alimentos da Unicamp, Maristela Nascimento, nos esclarece: Por que a Salmonella se torna uma superbactéria em alimentos de baixa atividade de água?

“Ainda não se tem esclarecimento se este mecanismo é novo ou simplesmente não havia sido descoberto, mas já se reconhece que num ambiente inóspito, é desencadeado um mecanismo de defesa que leva à resistência à dessecação e à altas temperaturas, o que praticamente não acontece na fase exponencial de crescimento, de melhor desenvolvimento da bactéria, porém de maior vulnerabilidade”.

Nestes ambientes inadequados à multiplicação, a Salmonella produz proteínas de estresse, fenômeno muito estudado na área clinica. Esse mecanismo de proteção expressa novas proteínas. Elas alteram a fisiologia e morfologia do microrganismo. Em relação à morfologia: modificam a composição de membrana e uma bactéria não esporogênica se torna resistente, menos vulnerável, semelhante a um biofilme. Em relação à fisiologia, acontece síntese de substancias  como a trealose, carboidrato que retem a água, formando no emaranhado de bactérias um gel que protege as células do choque osmótico. Assim como a Teoria dos Obstáculos fala da redução ou eliminação dos patógenos por aplicação de condições desfavoráveis, pela Teoria dos múltiplos estresses  interpreta que as múltiplas condições estressantes ativam a expressão gênica proporcionando  resistências simultâneas por exemplo ao calor, Aw, acidez, concentração de solutos.

 

Fonte: palestra “Salmonella em baixa atividade de água” ministrada no “Workshop Panificação e Biscoitos” promovido pela Eurofins no dia 31 de setembro de 2014, Indaiatuba, SP.

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Especialização em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos no Maranhão

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Em 2015 vai ser possível realizar um curso de pós graduação de 360 horas em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos na Universidade Federal do Maranhão. Para isso, os interessados deverão seguir os passos indicados no edital da UFMA.

As aulas serão realizadas na sexta-feira, das 18h às 22h, sábado das 08h às 18h, com intervalo de duas horas para almoço, e no domingo das 08 h às 12h. Quando o módulo for de 20h, haverá aula também no domingo de 14h às 18h.

Clique aqui para fazer a inscrição.

Mais informações com tatiana.lemos@ufma.br

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Requisitos de Gestão de materiais

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Muito se comenta sobre a comunicação interativa em sistemas de gestão da segurança de alimentos. Neste post apresentaremos as diferenças e similaridades entre os requisitos de gestão de materiais para atendimento da ISO22000 e da FSSC22000, ou seja, entre os requisitos legais existentes cujo atendimento é mandatório para a ISO22000 e os requisitos da ISOTS22002-1, especificação técnica que compõe o esquema FSSC22000.

Para este exercício, vamos considerar como exemplo uma indústria de alimentos regulamentada pela ANVISA situada no interior do Estado de São Paulo (dependendo da localização e tipo de segmento, outros requisitos legais devem ser considerados).

Para facilitar o entendimento a apresentação dos dados será na forma de tabela.  Boa leitura!

Tabela 1: Comparação dos requisitos da Portaria 326/97, Resolução RDC 275/02 e ISOTS22002-1 para temas relacionados ao Gestão de materiais

Baixe aqui.

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White papers sobre fornecedores, cultura de segurança de alimentos e sistema de gestão

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A LRQA está disponibilizando em português três white papers sobre assunto muito úteis do cotidiano de quem tem que gerenciar a segurança dos alimentos. Confira:

Cadeias de Fornecedores de Alimentos mais seguras. http://bit.ly/1r1VYFM Por Vel Pillay, especialista em Segurança dos Alimentos do LRQA Américas e Cor Groenveld, Gerente Global de Produto de Alimentos do LRQA e chairman da Foundation for Food Safety Certification.

Comprometendo-se a uma cultura de segurança dos alimentos. Capacitando colaboradores e transformando o indivíduo.     http://bit.ly/1uWnBQ1 Roger Bont, Diretor Global de Garantia de Qualidade Cargill

As 10 Maiores considerações para construir um sistema de segurança de alimentos robusto  http://bit.ly/XnHxQg  Vel Pillay, Gerente do Programa de Segurança dos Alimentos do LRQA, Região Américas

 

 

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1o Reencontro sobre Gestão & Cultura da Segurança de Alimentos

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Programe-se: acontecerá em Holambra, nos dias 30 e 31 de outubro o 1o Reencontro sobre Gestão & Cultura da Segurança de Alimentos, organizada pela Liner Consultoria.

PROGRAMA

QUINTA-FEIRA 30/10/2014

ABERTURA – 14h00 – Um ano depois… resultados do 1° Encontro Liner sobre Gestão da Segurança dos Alimentos. Telma Galle – Consultora de Gestão da Segurança dos Alimentos e Diretora da Liner

PAINEL 1 – 14h40 às 16h00 – BRASIL: UMA VISÃO GERAL DA CULTURA DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

Diálogo 1: Podemos falar sobre uma cultura de segurança dos alimentos no Brasil? Prof. Dr. José Cezar Panetta – Editor da Revista Higiene Alimentar

Diálogo 2: O papel das instituições de ensino e pesquisa na formação da cultura de segurança dos alimentos. Hector Abel Palacios Cabrera – Pesquisador científico do ITAL e especialista em rastreabilidade para a indústria de alimentos.

 PAINEL 2 – 16h30 às 18h00 – GERENCIANDO JUNTO COM OS FORNECEDORES E OS PARCEIROS

Diálogo 1: Case DANONE – Amarrando as pontas da cadeia de alimentos dos fornecedores aos pontos de venda. Ariane Mirandola e Gabriela Correia – DANONE DO BRASIL

 

SEXTA-FEIRA 31/10/2014

PAINEL 3 – 08h40 às 10h50 – AS CERTIFICAÇÕES NA ÁREA DE SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

Diálogo 1: Quadro das certificações em segurança dos alimentos no Brasil e no mundo. Juliani Arimura Kitakawa – Food&Beverage Manager – DNV GL Business Assurance – América do Sul

Diálogo 2: Embalagem e a Segurança de Alimentos – aspectos legais na aprovação de materiais para contato com alimentos. Beatriz Maria Curtio Soares – Pesquisadora Científico CETEA/ITAL.

 

PAINEL 4 – 10h50 às 12h00 – CULTURA FOOD SAFETY – CAMINHOS E DESAFIOS DA LIDERANÇA

Diálogo 1: Ampliações do Modelo FRANK YANNAS de cultura da segurança dos alimentos. Marcus Vinicius P. Oliveira – Diretor da LINER CONSULTORIA.

PAINEL 5 – 13h30 às 15h10 – A DIFÍCIL ARTE DE MANTER A CERTIFICAÇÃO DE SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

Diálogo 1: Case SAKURA: Como manter a certificação em meio a ampliações de fábrica? Paulo Takahashi – Diretor industrial da SAKURA-NAKAYA

Diálogo 2: Auditorias internas eficientes, ações corretivas eficazes! Lorena Ranucci Lemos. Supervisora de Garantia da Qualidade da ZILOR ENERGIA E ALIMENTOS.

 

PAINEL 6 – 15h40 às 17h30 – GERENCIANDO E VIVENDO O CAMINHO PARA A CERTIFICAÇÃO FSSC 22000

Diálogo 1: Case EMBARÉ: Estratégias para a certificação de sites distintos e com multiplicidade de produtos. Gilberto Alves Barbosa – Gerente da Qualidade da EMBARÉ

Diálogo 2: Case CASSINI ALIMENTOS – O compromisso com o sonho da Certificação FSSC 22000 e a gestão de recursos. João Leite – CEO da CASSINI ALIMENTOS

 

DATA E LOCAL

Dias 30 e 31 de outubro de 2014
Quinta-feira de 14h00 às 18h00 e sexta-feira de 08h30 às 18h00
Local: ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA
Av. Rota dos Imigrantes, 560            Holambra – SP

 

INSCRIÇÕES

Falar com Alciene através do e-mail cursos@linerconsultoria.com.br ou pelo telefone (19) 3902-4117

Saiba mais aqui.

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Adoçantes sintéticos podem contribuir para a diabetes, diz um novo e controverso estudo

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Tanto o açúcar como os adoçantes sintéticos enfrentam o fogo pesado das pesquisas científicas. Por um lado, o açúcar é associado à cárie dentária, diabetes, obesidade e até mesmo à violência infantil. A Organização Mundial de Saúde lançou, no início deste ano, um projeto de orientações que reduziu pela metade o consumo máximo de açúcar recomendado. Os adoçantes também estão na cadeira dos réus: já falamos aqui de uma pesquisa na qual os ratos alimentados com adoçantes engordavam mais que os alimentados com açúcar.

Agora, uma nova pesquisa publicada na revista Nature sugeriu que os adoçantes sacarina, aspartame e sucralose podem ter um efeito negativo sobre a flora intestinal e, assim, levar a um maior risco de diabetes.
No estudo, cientistas do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot, Israel, alimentaram ratos com água adoçada por açúcar ou por um dos seguintes adoçantes: aspartame, sucralose e sacarina.  Após 11 semanas, os ratos alimentados com adoçantes artificiais tiveram um pico anormalmente elevado nos níveis de glicose no sangue quando receberam refeição contendo glicose, uma condição chamada de intolerância à glicose, que é vista como um estágio inicial do desenvolvimento de diabetes. Porém, quando os ratinhos foram tratados com antibióticos durante quatro semanas, a intolerância à glicose não ocorreu, o que indica que os microrganismos da flora intestinal podem desempenhar um papel significativo neste processo.

Na verdade, os cientistas estão apenas começando a entender o papel das bilhões de células microbianas que colonizam o intestino humano. Alguns microrganismos são conhecidos por serem cruciais na quebra de nutrientes em nossa dieta. Estudos também têm demonstrado que as pessoas com excesso de peso tendem a ter, em seus intestinos, bactérias diferentes das presentes nas pessoas magras, mas não está claro se estas bactérias, de alguma forma, podem causar obesidade ou diabetes.

No estudo israelense, os pesquisadores também descobriram que certos tipos de microrganismos intestinais foram mais comuns em ratos alimentados com sacarina. Ao transferir as bactérias intestinais destes ratos para ratos saudáveis que não as continham, eles verificaram que também transferiram sua intolerância à glicose. Uma explicação seria que moléculas produzidas por algumas destas bactérias podem aumentar a produção de glicose no corpo e empurrar para cima os níveis de glicose no sangue.

Para testar se as suas conclusões são relevantes para os seres humanos, os pesquisadores acompanharam sete indivíduos que receberam uma dose alta de sacarina (5 miligramas por quilograma de peso corporal, índice máximo aceitável de ingestão segundo a FDA) por 6 dias consecutivos. Quatro desses indivíduos também começaram a mostrar sinais de intolerância à glicose, assim como ocorreu com os ratos. Para os pesquisadores, os adoçantes estudados “podem estar contribuindo diretamente para aumentar a epidemia de diabetes contra a qual eles próprios deveriam lutar”.

Na comunidade científica, o trabalho dos israelenses recebeu comentários elogiosos e também críticas. Segundo Peter Turnbaugh, um microbiologista da Universidade de Harvard, “o estudo é fascinante. Houve algumas sugestões na literatura de que os adoçantes sintéticos poderiam alterar a microbiota intestinal, mas esta é, de longe, a análise em maior profundidade que vi até agora.”

Michael Blaut, um microbiologista do Instituto Alemão de Nutrição Humana, disse que os dados apresentados “são críveis e notáveis”, mas tem dificuldade em imaginar um mecanismo que seria responsável por fazer três compostos tão diferentes quimicamente, como aspartame, sacarina e sucralose conduzirem às mesmas alterações na flora intestinal.

Outros cientistas, porém, não receberam bem os resultados da pesquisa. Eles questionam os dados sobre os seres humanos, de apenas sete pessoas, das quais quatro apresentaram o efeito. Alguns lembraram ainda que pesquisas anteriores parecem apontar para uma direção diferente: um grande estudo epidemiológico envolvendo milhares de pessoas publicado no ano passado descobriu uma ligação entre o consumo de bebidas adoçadas com açúcar e diabetes, mas não entre os refrigerantes adoçados artificialmente e diabetes.
Eran Segal, um dos autores do estudo, rebateu as críticas: “nós somos os primeiros a admitir que o estudo tem apenas resultados preliminares sobre um pequeno grupo de indivíduos, mas alguns estudos no passado também descobriram uma associação entre adoçantes sintéticos e o risco de diabetes. A falta de dados conclusivos e de um mecanismo em um assunto tão importante foi a base de nosso olhar para este assunto.”

Uma possível explicação para a discrepância com os estudos epidemiológicos de grande escala é que o novo estudo centraliza-se na ação da sacarina, adoçante não utilizado nos principais refrigerantes do mercado americano. Em estudos anteriores, os pesquisadores também testaram aspartame, que é muito utilizado como adoçante para refrigerante nos EUA, mas o efeito observado foi menor.  “Os autores estão confundindo suas conclusões, abordando todos esses adoçantes artificiais não calóricos juntos”, diz Brian Ratcliffe, um pesquisador de nutrição na Universidade Robert Gordon, no Reino Unido. “Ainda assim”, diz ele, “os dados certamente sugerem que há algo mais que precisa ser explorado sobre a sacarina.”

Fonte: Science Magazine

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Qual a diferença entre endereço do fabricante e local de origem?

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Em viagem à China, para conhecer alguns dos possíveis fornecedores de um novo projeto da minha empresa, deparei-me com uma situação no mínimo curiosa. Duas das empresas que visitei, fabricantes do mesmo aditivo, diziam-se fornecedores de outras empresas que, no nosso mercado, são reconhecidas como produtoras do mesmo.

Enquanto uma das produtoras possuía um processo adequado, equipe treinada, bons laboratórios, e sim, presença de algumas falhas de manutenção, que não impactavam a segurança de forma agressiva, o cenário na outra empresa era, no mínimo, assustador: detector de metais nunca usado, coleta do aditivo em baldes abertos no chão, funcionários usando todos os adereços conhecidos pelo homem e mais alguns.

Segundo esta última empresa, os tais “fabricantes” comprariam seu ingrediente em forma concentrada e apenas fariam a padronização com sal em outro continente. Bem longe da China.

Abre-se a questão: qual é o local de origem de um alimento ou ingrediente? Qual a diferença entre endereço do fabricante e local de origem?

O Codex Alimentarius (Codex Stan 107-1981) diz, sobre rotulagem de aditivos vendidos fora do varejo, que

5.5.  País de Origem

a) O país de origem de um aditivo alimentar deve ser declarado se a sua omissão provavelmente iludiria ou enganaria o usuário

b) Quando um alimento é submetido a processamento que muda a sua natureza física ou química em um segundo país, o país no qual o processamento é realizado deve ser considerado como o país de origem para os propósitos de rotulagem.

Diluição poderia ser considerada mudança de natureza física de um aditivo? O USDA acha que não (apesar de que apenas algumas categorias de alimentos tem rotulagem obrigatória nos EUA). Esta definição do Codex é um tanto dúbia, e pode causar justamente o conflito de interpretação acima. O Canadá segue uma linha próxima ao Codex, porém permite o uso da expressão “uma mistura de” quando há mais de uma origem.

Eu gosto muito da definição da alegação “produzido em/made in” usada pela Comissão de Concorrência e Consumidor Australiana (ACCC):

“Produzido em” significa que o produto foi feito (não apenas embalado) no país alegado e pelo menos 50% do custo de produção ocorreu naquele país.

Ainda na Austrália, o Código de Padrões Alimentares, seção 1.2.11 pede que:

 (2) O alimento precisa ser rotulado com

a)      Uma declaração na embalagem que identifica o país onde o alimento foi feito, produzido ou cultivado; ou

b)      Uma declaração na embalagem –

                           i.          que identifique o país onde o alimento foi manufaturado ou embalado; e

                          ii.          com o propósito de que o alimento é constituído a partir de ingredientes importados para aquele país ou a partir de ingredientes locais e importados.

Na Nova Zelândia, a informação do país de origem é voluntária, e o link leva para um site de perguntas e respostas do Ministério Neozelandês de Indústrias Primárias que explica o racional por trás desta decisão.

Aqui no Brasil, a RDC 259/2002 da Anvisa fala, sobre identificação de origem:

6.4.1. Deve ser indicado:

o nome (razão social) do fabricante ou produtor ou fracionador ou titular (proprietário) da marca;

endereço completo;

país de origem e município;

número de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão competente.

6.4.2. Para identificar a origem deve ser utilizada uma das seguintes expressões: “fabricado em… “, “produto …” ou “indústria …”.

 

O assunto também já foi coberto pela Food Safety Magazine. Os Ministérios da Agricultura e da Indústria Australiano estão, neste momento, discutindo esta questão, incluindo se “as leis de País de Origem Australianas estão sendo contornadas através da importação por países terceiros”.

Retornando ao Brasil, comecei a homologar uma das empresas ditas “produtoras”, mas o processo parou quando começamos a perguntar sobre o local de origem – o que é parte integrante do nosso processo de homologação tradicional. Só me resta pensar que a empresa sabe das minhas andanças – sabe-se lá por quais canais.

 

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Resumo da Palestra: “Rastreabilidade de alimentos desde a origem: visão do mercado varejista”

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O blog Food Safety Brazil esteve no V Seminário de Monitoramento e Rastreabilidade na Indústria de Alimentos, organizado pelo ITAL no dia 03 de setembro de 2014, onde tivemos a oportunidade de participar da palestra do Sra. Crys Ribeiro (Grupo Pão de Açúcar) sobre rastreabilidade de alimentos desde a origem: visão do mercado varejista.

Atualmente a área de agronegócios no Brasil é responsável por 23% do PIB, 35% dos empregos e 40% dos produtos de exportação. Considerando a disponibilidade atual de terras no território nacional, apenas 40% é arável, e deste montante a distribuição se divide em:

Ao longo dos anos, a utilização das terras apresenta um aumento de utilização significativo para poder atender a demanda relacionada ao crescimento da população brasileira.

Este aumento se deve as grandes mudanças estruturais que ocorreram ao longo das últimas décadas, como a urbanização, o envelhecimento da população, novos formatos de família, a mudança das características de consumo de recursos naturais, fácil acesso à informação, o aumento do poder de compra e a agitação no dia a dia da população.

A agricultura sustentável possui muitos desafios para as próximas décadas, dentre eles podemos considerar a necessidade de produzir volumes maiores com recursos naturais mais limitados, utilização de produtos ambientalmente limpos, o atendimento as normas trabalhistas e a proteção da qualidade da água, fertilidade do solo e biodiversidade.

Todas estas alterações no cenário de consumo de produtos também traduz as macro tendências das exigências de consumidores que se tornaram mais participativos, que se preocupam com a saúde, sustentabilidade, simplificação e conveniência, preferência de consumo de produtos de marcas mais humanas, experiências pessoais, bem estar, conhecimento e origem dos produtos consumidos.

Considerando esta nova realidade, algumas empresas do ramo varejista estão implementando programas de qualidade visando a qualificação da cadeia produtiva, reconhecimento da ANVISA e produtores com referência de mercado.

Uma das práticas dos programas de qualidade são as auditorias de campo. Os programas podem ter diferentes formatos e ter como objetivos não somente a avaliação da situação dos fornecedores atuais, mas também a qualificação e prospecção de novos fornecedores, desenvolvimento de produtos com marca exclusiva ou produtos orgânicos.

Um programa de qualidade pode considerar também critérios relacionados a segurança de alimentos. Em geral eles contemplam coleta de materiais nas lojas e centros de distribuição (quando aplicável), análises de resíduos de agrotóxicos e podem definir de forma escalonada a frequência das auditorias de campo.

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Não se esqueça dos perigos químicos no HACCP!

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Navegando pela internet encontrei um artigo de Julie Hill e Graça Bandong publicado no site www.foodsafetymagazine.com que considerei bastante pertinente. Por este motivo, resolvi traduzir, resumir as principais ideias e compartilhar com vocês. Boa leitura!

Não se esqueça dos perigos químicos!

A Lei de Modernização da Segurança dos Alimentos (FSMA) foi assinada em 4 de janeiro de 2011. Em termos simples, ela permite que o FDA, para melhor proteger a saúde pública, se concentre na prevenção de problemas de segurança dos alimentos, em vez de reagir aos problemas depois que eles ocorram.

Em janeiro de 2013, o FDA publicou a regra proposta em controles preventivos para alimentação humana: Boas Práticas de Fabricação e Análise de Perigos e requisitos de controle preventivo, baseados no risco para a alimentação humana. Esta regra exige que as empresas de alimentos desenvolva um plano de segurança dos alimentos que inclua uma análise de risco e medidas de prevenção com base no risco para os perigos conhecidos ou razoavelmente esperados que poderiam afetar os alimentos industrializados, processados, embalados ou fabricados em uma instalação. Este plano deve incluir vários elementos, entre estes:

• Análise de Perigos
• Medidas de controle
• Monitoramento
• Ação corretiva
• Validação e verificação de eficácia de todo o sistema de segurança dos alimentos, não apenas os limites críticos que suportam os pontos críticos de controle
• Manutenção de registros das atividades acima

Tem sido a experiência das autoras que muitos programas de HACCP focam em perigos biológicos e, em menor grau, nos perigos físicos. Perigos químicos se restringem a identificação de agentes saneantes, graxa, lubrificantes e produtos químicos de controle de pragas.

No entanto, FSMA especificamente identifica e faz referência a agrotóxicos, resíduos de medicamentos, alimentos não aprovados e corantes como perigos que devem ser considerados. Assim, estes contaminantes químicos, muitas vezes esquecidos, não podem continuar sendo ignorados.

Os contaminantes químicos podem causar sérios danos à saúde de seus clientes e ter um efeito importante sobre o seu negócio. Em 2008, uma fórmula infantil contaminada com melamina adoeceu centenas de crianças e causou várias mortes na China. Embora este tipo de contaminação economicamente motivada seja raro, a contaminação de produtos alimentares com, por exemplo, um pesticida não registrado é mais comum e pode desencadear um recall de Classe II.

A melhor abordagem para proteger o produto da contaminação química é identificar os perigos nos ingredientes antes que possam afetar o produto final. Como não é realista testar cada lote de ingrediente para cada contaminante químico, a recomendação é desenvolver um programa de testes para ingredientes mais arriscados. O desafio inicial com essa abordagem é identificar os ingredientes de alto risco! Deve-se usar uma análise de risco baseada Codex Alimentarius para identificar e medir risco para todos os ingredientes recebidos. A análise de riscos, segue uma abordagem estruturada que compreende três componentes distintos: avaliação, gestão e comunicação dos riscos.

Avaliação de risco

A avaliação de risco relaciona-se com a compreensão e tentativa de quantificar o quão grande o risco é e os principais fatores que influenciam o risco. A avaliação dos perigos químicos abrangente de ingredientes inclui avaliar vários fatores, como o risco inerente, incidência e fornecedor, mercados-alvo, formulação, etc.  As avaliações de risco mais completas incluem também uma aprofundada avaliação no local de instalações de processamento.

Gestão de Riscos

Uma vez que os riscos são identificados de forma satisfatória, a gestão de risco pode ser empregada. Este elemento identifica e prioriza as opções ou cenários que uma empresa deve considerar para mitigar e gerenciar os riscos. Contratos com fornecedores, certificados de análises; testes analíticos e auditorias de fornecedores são componentes-chave para a gestão do perigo químico de ingredientes.

Comunicação de Risco

A comunicação de risco é utilizada em todo o processo de análise de risco para promover o conhecimento e a compreensão das questões específicas em consideração durante a análise. Embora muitas vezes tida como certa, a comunicação é fundamental para a coerência e transparência na formulação de opções de gerenciamento de risco, recomendações e orientações que uma empresa tem em relação aos riscos e como esses riscos podem afetar essas opções e escolhas. Por exemplo, a comunicação entre as equipes de garantia de qualidade cliente / fornecedor é fundamental para um programa bem sucedido. As duas equipes podem facilmente ter objetivos conflitantes que precisam ser consensados.

A abordagem por etapas

Empresas podem implementar iniciativas de análise de risco de várias maneiras. As autoras recomendam empregar uma abordagem gradual para a análise de risco.

Fase 1: Análise de documento

O exame dos documentos realizado pela equipe de segurança dos alimentos deve ser abrangente o suficiente para descobrir todos os perigos químicos para o ingrediente. Neste ponto, a mitigação dos riscos não é abordada. Em vez disso, a avaliação é feita simplesmente para identificar o perigo, determinar sua probabilidade de ocorrência e a gravidade ocasionada se o perigo ocorrer. Documentos que podem ser analisados:

• especificação do ingrediente
• informações do fornecedor
• relatório de auditoria no fornecedor
• dados sobre formula
• informações de marketing
• comentários sobre boas práticas agrícolas
• informações de aquisição

Fase 2: Classificação do perigo

Informações obtidas na avaliação acima constitui o ponto de partida. Um sistema de classificação é usado para construir o modelo e segmento de ingredientes que são mais ou menos propenso a riscos potenciais, proporcionando assim uma gestão com indicações de onde concentrar ações.

Fase 3: Controles de Mitigação

Uma vez que tenha sido identificado o risco, este deve ser atenuado. Isto pode ser conseguido através do estabelecimento de medidas de prevenção. Controles preventivos típicos que podem ser utilizados para mitigar os perigos químicos são:

• contratos com fornecedores

• requisitos de certificados de análises

• programas de verificação / testes / análises

• auditorias

Programas de testes

Se um programa de testes / análises for implementado como um controle preventivo, ele precisa ser avaliado rotineiramente para permanecer abrangente e atualizado. Ao longo dos últimos anos, tem havido muitas mudanças e avanços neste assunto.

Conclusão

Como requisitos FSMA continuam a evoluir, as empresas de alimentos terá de considerar ou reavaliar as suas abordagens para a avaliação dos riscos para garantir que os sistemas completos e compatíveis existem para perigos biológicos, físicos e químicos. A abordagem descrita neste artigo oferece um processo sistemático para identificar, priorizar e testar os perigos químicos, muitas vezes negligenciados. Ferramentas de análise de risco são suficientes para identificar e classificar os perigos químicos de forma robusta e flexível o suficiente para adicionar aos controles estes fatores de risco identificados.

Sobre as autoras:

Julie Hill é vice-presidente da divisão de química no Laboratório Nacional de Alimentos (NFL), Livermore, Califórnia

Graça Bandong é o gerente da divisão de contaminantes alimentares para a NFL.

4 min leituraNavegando pela internet encontrei um artigo de Julie Hill e Graça Bandong publicado no site www.foodsafetymagazine.com que considerei bastante pertinente. Por este motivo, resolvi traduzir, resumir as principais ideias e […]

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