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Requisitos estatutários e regulamentares: um guia para aplicação

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Está na Norma. A ISO 22.000:2005 (NBR ISO 22.000:2006) exige que muitas das decisões tomadas pela Organização na estruturação de seu SGSA, estejam baseadas em requisitos estatutários e regulamentares. A grosso modo, equivale a dizer que as organizações devem pautar suas decisões com base em suas próprias crenças (requisitos internos – estatutários) obedecendo a regulamentos legais (legislação). O atendimento a estas condições deve ser demonstrado e adequadamente documentado, normalmente através de registros de processo, certificados de análise, documentos com valor legal expedidos pelos órgão competentes, entre outras formas.

Menções aos requisitos estatutários e regulamentares como base das decisões das organizações surgem em diversos trechos da Norma. Uma lista com suas ocorrências, por requisito normativo, foi preparada e pode ser conferida abaixo. Uma breve interpretação é apresentada como ponto de partida.

1. Objetivo – esclarece que um dos objetivos da Norma é apresentar requisitos que permitam à Organização demonstrar conformidade com os requisitos estatutários e regulamentares de segurança de alimentos aplicáveis.

5.1. Comprometimento da direção – solicita que a alta direção esteja comprometida com o SGSA, e uma das formas de evidenciar este comprometimento é comunicando à Organização a importância em atender requisitos estatutários, regulamentares, entre outros.

5.2. Política de segurança de alimentos – cita que a Política definida pela alta direção deva estar em conformidade com os requisitos estatutários e regulamentares, entre outros.

5.6.1. Comunicação externa – solicita que sejam mantidos disponíveis os requisitos estatutários e regulamentares (e como se a Organização mantém contato com as autoridades).

5.6.2. Comunicação interna – solicita que a Organização possua método para promover a comunicação interna, incluindo a ESA, em assuntos ligados a requisitos estatutários e regulamentares.

7.2.2. Programa de pré-requisitos – solicita que a Organização identifique os requisitos estatutários e regulamentares relacionados aos PPR.

7.3.3.1. MP, ingredientes e materiais que entram em contato com os produtos – solicita que a Organização identifique os requisitos estatutários e regulamentares relacionados.

7.3.3.2. Características do produtos finais – solicita que a Organização identifique os requisitos estatutários e regulamentares relacionados.

7.3.5.2. Descrição das etapas de processo e medidas de controle – solicita que estejam descritas e que sejam citados os requisitos estatutários e regulamentares relacionados que podem causar impacto nas suas escolhas.

7.4.2.3. Identificação de perigos e determinação de níveis aceitáveis – informa que o nível aceitável dos perigos identificados seja tomado com base nos requisitos estatutários e regulamentares.

7.9. Sistema de rastreabilidade – solicita que os registros da rastreabilidade obedeçam aos requisitos estatutários e regulamentares.

 

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Saiba mais sobre o EHEDG

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O Grupo Europeu de Projeto Sanitário de Equipamentos, ou no original, European Hygienic Engineering &  Design Group (EHEDG) tem contribuído com a segurança dos alimentos no mundo novo, através de conhecimento sobre o assunto e o desenvolvimento de manuais técnicos.

Agora com atuação no Brasil, a aproximação com os interessados é cada vez maior. Conheça um pouco mais sobre o trabalho desta organização sem fins lucrativos, no vídeo abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=MJwhfKmDGxw

EHEDG também está oferecendo cursos e seminários no Brasil, através do  ITAL, que é sua entidade parceira localmente.

Aqui no blog há uma seção específica para projeto sanitário com links para os manuais que são traduzidos para o português.

Outro aspecto de interesse é que EHEDG realiza a certificação de equipamentos em relação à sua sanitariedade.

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Cartilha da Proteste para consumidores

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Objetivo é ajudar o consumidor a se prevenir dos problemas de saúde relacionados aos alimentos.

 As intoxicações alimentares decorrentes de alimentos contaminados são frequentes e o consumidor precisa saber o que está consumindo, e como pode se prevenir dos problemas de saúde relacionados aos alimentos. Por isso, a PROTESTE decidiu lançar um vídeo e a Cartilha de Alimentos.

Quanto mais exigente é o consumidor, mais pressionada fica a cadeia produtiva a elevar seu padrão de qualidade e segurança de alimentos.

A mesma pode ser baixada aqui no blog. Veja o conteúdo:

Segurança alimentar
Conheça a Legislação
Acidentes de consumo/ Contaminação
Fraudes
Impróprios
Boas compras
Feitos em casa
Bem conservados
Fora de casa
Antes de comer
Embalagens / Peso ou volume
Irregulares/Congelados/ Recall
Alimentação sustentáveis
Proteste: a serviço do consumidor 

Clique aqui para baixar a cartilha.

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A força do consumidor na cadeia produtiva de alimentos

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Em novembro de 1996, um teste feito com 12 marcas de sal de cozinha vendidas no Brasil constatou que a metade delas estava com dosagem errada de iodo. A adição de iodo no sal é exigida por lei desde 1953 para a prevenção do bócio endêmico e do cretinismo.

A razão da falta era que o Ministério da Saúde não vinha fornecendo regularmente o iodo para as empresas. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) cobrou do governo providências para a regularização do fornecimento de iodo e uma melhor fiscalização do produto. Em agosto de 1999, a repetição do teste com 20 marcas detectou que ainda havia duas marcas de sal com iodo insuficiente. Desta vez, o Ministério da Saúde interditou as marcas com problemas e reforçou a fiscalização sobre o setor. No final de 2000, 11 marcas de sal haviam sido interditadas pela Anvisa, inclusive as duas identificadas pelo Idec. Relatos como este foram feitos na apresentação de Ana Paula Bortoletto Martins, do Idec, durante o IV Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade (ITAL, 04 e 05 de setembro de 2013).

O Idec é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que não aceita recursos de empresas e de partidos políticos, sendo mantido principalmente pela contribuição de seus associados, o que garante sua independência. Um dos temas prioritários da entidade são os alimentos, avaliados quanto à rotulagem, composição, informações do SAC, publicidade, etc. Testes e pesquisas recentes do Idec tiveram boa repercussão na mídia. Ana Paula destacou alguns exemplos:

1)     Rótulo x composição de fruta – foram analisadas as embalagens de 18 produtos de 15 marcas, incluindo iogurtes, refrescos em pó, néctares, gelatinas, sorvetes e isotônicos.  O estudo constatou que 8 produtos que usavam nome e imagem de fruta nos rótulos não continham fruta em sua composição. Entre os que continham fruta, apenas os refrescos em pó declaravam a quantidade de fruta presente (porque são obrigados por norma), porém a proporção é de apenas 1%. O Idec também alertou para o excesso de açúcar e a presença de aditivos em alguns sucos de frutas prontos para beber.

2)     Acordo governo e indústrias para redução de sódio – Em outro estudo recente, o Idec verificou os teores de sódio de 530 alimentos de oito categorias que fazem parte dos acordos firmados entre o Ministério da Saúde e as Associações das Indústrias para redução dos níveis deste ingrediente (veja detalhes aqui). A análise constatou que a maioria dos fabricantes não vai precisar reduzir a quantidade desse ingrediente em seus produtos, pois boa parte deles já tem, atualmente, teor de sódio dentro das metas estabelecidas para os próximos anos. Portanto, os tais acordos têm pouco efeito prático e não melhoram significativamente a qualidade da alimentação da população brasileira.

3)     Teor de cacau no chocolate – Considerando que uma norma da Anvisa estabelece um mínimo de 25% de cacau na composição dos chocolates vendidos no país, o Idec comparou chocolates ao leite, meio amargo e amargo das 11 marcas mais comercializadas no Brasil. O teor de cacau não aparece nas embalagens de chocolates ao leite e de muitos chocolates meio amargo e amargo. Dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a informação. Tentativas de obter a informação com o SAC das empresas resultaram em apenas dois sucessos. Uma empresa afirmou, por exemplo, que esse dado é “segredo de fábrica”.

4)     Teste do Queijo Minas – Pesquisa analisou 25 amostras de queijo minas frescal, verificando a quantidade dos principais nutrientes presentes no produto: proteínas, gorduras (saturadas e insaturadas) e sódio. Os valores detectados foram comparados com os declarados nas tabelas nutricionais presentes nas embalagens dos produtos. Todas as amostras informavam erradamente a quantidade de, pelo menos, um nutriente. As maiores variações entre o valor do rótulo e o real foram identificadas nos queijos light. O pior caso foi uma diferença de 932% a mais de gorduras totais em relação ao que é declarado. Nos testes microbiológicos, das 25 amostras analisadas, cinco estavam contaminadas com coliformes fecais. 

5)     Rotulagem de Transgênicos – Decreto federal de 2003 estabelece que alimentos que contenham mais de 1% de produto transgênico são obrigados a incluir na embalagem o símbolo do triângulo amarelo com a letra T no interior. O Idec analisou 5 categorias de alimentos que continham milho, confrontando a presença/ausência do símbolo na embalagem com a informação do SAC das empresas em relação à presença/ausência de transgênicos. Uma marca tradicional do mercado informou pelo SAC que todos os seus produtos derivados de milho contem transgênicos, porém não existe o símbolo indicativo nas suas embalagens. Outra marca que contém transgênico faz a indicação no rótulo de forma incompleta, inserindo o símbolo, porém não informando nos ingredientes a espécie doadora dos genes, o que também é mandatório no decreto. Ana Paula lembrou que tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende eliminar esta declaração obrigatória (PL 4148/08). Diante dessa ofensiva, o Idec, em parceria com diversas entidades lançou a Campanha Fim da rotulagem dos alimentos transgênicos: diga não! Clicando aqui é possível obter mais detalhes e unir-se à campanha.

A campanha dos transgênicos é um exemplo de como o Idec pode contribuir para a implantação e o aprimoramento da legislação de defesa do consumidor,  que é um dos seus objetivos declarados. Neste sentido, o Instituto considera que “ser um consumidor cidadão é parte da solução”. 

Você pode acessar a apresentação completa de Ana Paula Bortoletto Martins e as outras palestras do IV Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade na página da Sbcta, clicando aqui.

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Estamos próximos de 1 bilhão de análises microbiológicas no mundo

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Estima-se que a indústria de alimentos global, até o final de 2013, conduzirá quase 1 bilhão de análises microbiológicas para garantir a segurança dos produtos e detectar patógenos perigosos nos alimentos.

 Uma pesquisa de mercado da empresa Strategic Consulting Inc. rastreia o volume, o valor de mercado e os vários métodos das análises de alimentos realizadas pelos produtores e fabricantes em todo o mundo. O relatório, intitulado “Microbiologia de alimentos, oitava edição: Análises microbiológicas na indústria alimentícia global”, comparou as quantidades, os valores e os métodos de análise utilizados na América do Norte, Europa e Ásia, e faz uma previsão do número de análises futuras e o valor de mercado até 2018.

De acordo com o relatório, a indústria alimentícia mundial conduzirá 966 milhões e 500 mil análises microbiológicas em alimentos, no ano de 2013. O documento detalha e separa os dados por tipo de microrganismo, segmento industrial (carnes, laticínios, frutas / vegetais e outros alimentos processados) e regiões geográficas, além de resumir as tendências-chave e preocupações em relação às análises microbiológicas nos fabricantes de alimentos ao redor do mundo. Os dados foram baseados em pesquisas e entrevistas com mais de 450 produtores e fabricantes em 19 países, incluindo Estados Unidos, China e Índia.

O perfil das empresas, e principalmente, as práticas e as especificações em relação às análises microbiológicas variam muito, inclusive de região para região. Por isso, é importante que os gestores das indústrias que usam matérias-primas provenientes de todas as partes do mundo entendam que existe esta variação, e que é necessário estabelecer as expectativas e as práticas necessárias junto aos seus fornecedores e nas próprias instalações, de forma a garantir a segurança de seus produtos. Veja alguns dados interessantes coletados no estudo:

  • Nos Estados Unidos, 15 a 20% de todos os alimentos consumidos são importados. O total de importação tem aumentado numa média de 7% ao ano desde 1999.
  • Houve um aumento contínuo no volume de análises microbiológicas no mundo nos últimos 15 anos. O total de análises cresceu 128%, e as análises específicas para detecção de patógenos como Salmonella e Escherichia coli aumentou numa taxa ainda maior.
  • Em 1998 (primeiro ano em que o estudo iniciou), análises de patógenos representavam apenas 13,7% do total de análises microbiológicas conduzidas, enquanto que hoje, este número está em 23,2%.

O Brasil infelizmente não está incluído no estudo. Para maiores informações, visite o site: www.Strategic-Consult.com.

Fonte: http://www.foodsafetytech.com/FoodSafetyTech/News/1499.aspx

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Aprenda a diferença entre APPCC e sistema de gestão da segurança de alimentos

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Qual é a diferença em só ter o HACCP implementado de ter um sistema de gestão em operação?

Essa dúvida pode ser tirada no próximo módulo do curso de auditor de segurança de alimentos, oferecido pela ABEA.

Parte de um todo, o módulo pode ser cursado de forma avulsa para os que desejam entender o que muda em relação a ter apenas as boas práticas de fabricação e HACCP funcionando. Confira abaixo a ementa:

A coordenação técnica é da Flavor Food, acontecerá em São Paulo, no dia 20 de outubro, no Centro da Cultura Britânica.

As inscrições são feitas diretamente no site da ABEA, na aba “Cursos ABEA”, no menu da esquerda.

 

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Top 5: Sorotipos de Salmonella relacionados a surtos alimentares

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A Salmonella foi identificada como patógeno humano no final do século 19 e até hoje estas bactérias continuam seriamente envolvidas em surtos de doenças transmitidas por alimentos.

Estima-se que ocorrem, a cada ano, cerca de 400 mortes por doenças relacionadas à Salmonella nos Estados Unidos. Embora seja uma bactéria frequentemente associada com produtos de aves, os surtos estão relacionados a uma ampla variedade de fontes, incluindo carne moída, frutas e legumes, alimentos para cães e até tartarugas e ouriços.

As bactérias do gênero Salmonella podem ser classificadas com base no conjunto de antígenos específicos de cada grupo. Estes grupos baseados nos antígenos são numerosos – existem mais de 2000 – e são chamados sorotipos. Abaixo segue uma lista com os cinco sorotipos de Salmonella mais comuns por ordem de prevalência em relação a doenças veiculadas por alimentos nos Estados Unidos.

1°) Salmonella Enteritidis

Entre os sorotipos de Salmonella, Enteritidis é mais comum e também o mais frequentemente associado com aves. O aumento da sua prevalência em produtos avícolas fez da S. Enteritidis uma séria questão de segurança de alimentos na década de 70. Antes disso, os sorotipos de Salmonella Pullorum e Gallinarum foram endêmicos em criações de aves, mas foram minimizados por meio de programas de erradicação agressivos.

Salmonella Enteritidis infecta o trato gastrointestinal das aves. É transmitida de ave para ave de várias maneiras, sendo a mais comum através de matéria fecal, quando as aves ciscam em fezes contaminadas.   

Quando aves contaminadas são abatidas, a Salmonella é transmitida do trato intestinal para a carne. Os ovos podem ser contaminados pela casca, por matéria fecal eliminada durante a postura ou também internamente, pois a S. Enteritidis contamina os ovários das galinhas (transmissão transovariana). Existem vários programas experimentais em andamento para detectar e reduzir a ameaça deste sorotipo na carne de frango e nos ovos. 

Nos últimos 3 anos, surtos de Enteritidis ocorridos nos Estados Unidos foram vinculados a ovos, brotos de alfafa, pinhões e carne moída.

2°) Salmonella Typhimurium

Typhimurium é o segundo sorotipo de Salmonella mais associado com doenças transmitidas por alimentos e o terceiro mais frequentemente identificado com frangos.

Pesquisadores dizem que Salmonella Typhimurium em carne moída pode ser o maior problema de segurança alimentar enfrentado pela indústria da carne atualmente. Para enfrentá-lo, estão propondo intervenções antes do abate, tais como vacinas e probióticos para reduzir Typhimurium em bovinos.

Este sorotipo está muito resistente aos antibióticos, o que torna sua eliminação dos alimentos muito difícil. Ao contrário de outros sorotipos que povoam apenas o trato intestinal de animais, S. Typhimurium pode estar no sistema linfático de gado bovino. A investigação está em curso.

Nos EUA, surtos associados a Typhimurium envolveram desde alimentos comuns  como carne bovina, carne de porco, melões, pasta de amendoim, tomates, água até itens exóticos como rãs africanas.

3°) Salmonella Newport

Newport é atualmente o terceiro sorotipo de Salmonella mais associado com doenças transmitidas por alimentos.

Este grupo é o mais frequentemente associado com produtos de peru. Assim como a Typhimurium, a Salmonella Newport é considerada muito resistente aos antibióticos.

Em 2012, nos EUA, um surto de Salmonella Typhimurium e Newport em melões causou 3 mortes e mais de 250 doentes em 24 estados. Além do melão, aves e brotos de alfafa têm sido associados a surtos de Newport desde 2010.

4°) Salmonella Javiana

Javiana é o quarto sorotipo de Salmonella mais comum associado com doenças transmitidas por alimentos.

Este sorotipo foi associado à exposição aos anfíbios no sudeste dos EUA e também ao queijo mussarela, melancia, aves, alface e tomate.

5°) Salmonella Heidelberg

Heidelberg é o quinto sorotipo de Salmonella mais associado com doenças transmitidas por alimentos e o segundo mais associado com aves de criação e questões de saúde humana, de acordo com um relatório recente do FSIS (Food Safety and Inspection Service).

Salmonella Heidelberg foi a causa de um surto ocorrido em março deste ano, nos EUA, ligado à carne de frango. O surto afetou 128 pessoas em 13 estados. Embora não seja necessariamente uma novidade, a ocorrência de S. Heidelberg em cascas de ovos tem sido vista por pesquisadores americanos como uma nova ameaça a ser enfrentada pelos órgãos de saúde pública do país.   

Este post tomou por base o artigo escrito por Sam Rudolph, publicado em 19 de agosto de 2013, disponível aqui.

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Salmonella em especiarias e condimentos, nosso desafio

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A nossa amiga Salmonella continua em voga em produtos secos.

Em junho deste ano, o FDA publicou um estudo na Food Microbiology em que caracterizou a prevalência de Salmonella em especiarias e condimentos importadas para os EUA, durante o período de 2007 a 2009. O que agência encontrou?

  1. As importações de especiarias tem o dobro de chance de estarem contaminadas por Salmonella do que qualquer outro alimento importado regulado pelo FDA;
  2. Cerca de 7% de todos os carregamentos que entraram nos EUA no período estavam contaminados por Samonella;
  3. A maior prevalência ocorria em importações do México (14%) e em seguida da Índia (9%);
  4. Até cargas alegadamente submetidas a processos para redução de patógenos estavam contaminadas com a nossa amiga.

Não é de hoje que este inimigo silencioso é conhecido pelo mundo aromático. A Salmonella está envolvida em pelo menos 3 grandes surtos entre 2007 e 2010 nos EUA. Entre 1973 e 2010, 71% dos surtos associados a especiarias tinham o agente causador Salmonella. No Brasil, alguns estudos avaliaram a prevalência de Salmonella em especiarias: aqui, aqui e aqui.

E onde isso nos deixa?

No Brasil, há bem pouca consciência a respeito dos cuidados necessários na cadeia de alimentos com baixa atividade de água. A nossa legislação, por exemplo, nem menciona como tratá-los. Restam então os bons exemplos internacionais:

 

E resta a provocação: não seria FINALMENTE a hora do público consumidor estar mais bem informado a respeito da segurança da irradiação de alimentos, e passar a exigi-la, ao invés de evita-la?

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Palestra sobre alimentação e câncer

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Para abordar o tema o Alimentação e Câncer, Danielle Fontes de Almeida, nutricionista e mestre em ciências pela Faculdade de Medicina da USP, apresentou inicialmente o conceito de carcinogênese.

Carcinogênese é o nome dado ao processo composto pelas etapas Iniciação (transformação),  Promoção (propagação) e Progressão. Este processo é iniciado após o organismo receber uma agressão que leva a uma mutação e/ou alteração epigenética.

Durante a carcinogênese,  ocorre um desiquilíbrio entre os oncogenes, genes que promovem a proliferação das células defeituosas e os genes supressores de tumor e de reparo de danos no DNA.

Entre as principais causas do câncer, pode-se citar o tabagismo (representando 30% dos casos) e a dieta que se estima que representa 35% das ocorrências. Outras causas diversas completa o cenário.  Desta forma, a palestrante concluiu que 1/3 das mortes por câncer poderiam ser evitadas com uma nutrição e alimentação adequada., alinhada com uma atividade física regular e a manutenção de um peso saudável.

Estes cuidados podem ser apresentados nas seguintes dicas para se prevenir o câncer:

1-    Mantenha o peso  ideal e evite o sobrepeso

2-    Pratique atividade física por, no mínimo, 30 min./dia

3-    Evite bebidas açucaradas. Limite o consumo de alimentos muito calóricos

4-    Coma mais de uma variedade de vegetais e frutas (5 porções = 400g/d), cereais e grãos

5-    Limite o consumo de carnes vermelhas (<500g/sem.) e evite carnes processadas

6-    Limite o consumo diário de álcool

7-    Limite o consumo de alimentos salgados e alimentos

processados com sal (<6g/d)

8-    Não use suplementos para proteção contra o câncer

9-    Não fume

 

Como uma opção para uma dieta saudável, Danielle apresentou a dieta do mediterrâneo,  cuja pirâmide é baseada na alimentação da população da ilha de Creta. Rica em frutas, hortaliças, grãos, azeite de oliva, feijão, nozes, legumes e sementes, ervas e temperos, além de peixes e frutos do mar, esta dieta tem como base o convívio social e a prática de esportes.

A palestrante também apresentou a nova pirâmide alimentar proposta no Brasil para uma alimentação equilibrada. Esta tem como base as atividades físicas e o consumo de água potável, é rica em frutas, vegetais, leguminosas, legumes e oleaginosas e recomenda o pequeno consumo de carnes vermelhas, doces e de batata. 

Considerando o efeito da dieta na prevenção do câncer e a pirâmide alimentar acima, como anda a sua alimentação?

Fonte: palestra ministrada no IV Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade, organizado pela Flavor Food e sbCTA no dia 05 de setembro.

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Rotulagem de datas em alimentos: segurança x qualidade x desperdício

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Aproximadamente 40% dos alimentos fabricados nos Estados Unidos não são e nunca serão consumidos. O número aqui no Brasil, se não for maior, é algo parecido. Isto significa que quase metade dos produtos é desperdiçada, não só nos pratos, mas nas geladeiras, despensas, gôndolas dos supermercados, fábricas e na produção primária. A maior parte destes alimentos é perfeitamente segura e comestível, mas é jogada no lixo ao invés de matar a fome de alguém. E quanto custa? 165 bilhões de dólares anuais.

Numa avaliação de uma cientista sobre o porquê do desperdício de alimentos nos Estados Unidos, um dos principais e mais surpreendentes motivos encontrados foi a maneira incoerente e inconsistente com que os alimentos são rotulados em relação à validade. Frases como “válido até”, “vender até” e “consumir preferencialmente até”, na realidade, nada têm a ver com segurança de alimentos. As datas são estabelecidas pelos fabricantes sem fiscalização, e na maioria das vezes, está ligada com o que o fabricante entende como sendo o “auge” da qualidade do produto. A data de validade não informa se o alimento é ou não seguro para o consumo.

Esta confusão com as datas, de acordo com uma pesquisa do Food Marketing Institute, leva 9 a cada 10 americanos a jogar alimentos no lixo, sem necessidade. Para uma família padrão de 4 pessoas, isto poderia significar várias centenas de dólares em alimentos descartados anualmente, e consequentemente, mais dinheiro gasto para comprar os mesmos alimentos novamente, pelo simples fato da existência deste engano nas datas dos produtos.

O FDA, órgão semelhante à ANVISA e responsável pela fiscalização da segurança dos alimentos nos EUA, deixa a definição da data de validade dos alimentos (exceto para as fórmulas infantis) a critério dos fabricantes. O USDA, equivalente ao nosso MAPA e que fiscaliza produtos de origem animal (carnes, aves e ovos), tem o posicionamento de que a definição da validade dos produtos é voluntária. Caso o fabricante queira utilizar algum termo referente à validade, existe lei para quais podem ser usados, como por exemplo, “embalado em”, “comercializar até” ou “utilizar até”. No entanto, o USDA não define o que cada termo significa, ou como eles devem ser determinados. Assim, de acordo com o governo federal americano, a data pode ou não estar informada. E, caso seja informada, a data pode ser escolhida pelo fabricante, que decide o que ela representa, mas sem maiores esclarecimentos ao consumidor. E ainda existem agências regulatórias estaduais que obrigam a colocação de data em certos produtos, tais como os laticínios; em alguns estados, como Nova York, nem sequer existem requisitos legais específicos relacionados às datas nos alimentos.

Como resultado desta “salada de fruta” de regras e de falta de definição, a data na embalagem do leite pode aparecer como “utilizar até”, ou “vender até”, ou simplesmente ser uma data sem qualquer termo relacionado ou explicação. Na Florida, o leite deve conter a data de validade com a frase “vender até”, que para o consumidor, não significa absolutamente nada. Esta informação normalmente é um alerta ao varejista de que o produto ainda está dentro da vida de prateleira pretendida para ele, o que auxilia nos controles da rotação de estoque das lojas. Mas uma vez que este leite chega à casa do consumidor, a data não garante que o leite ainda está bom, mas também não quer dizer que já não possa ser consumido ou que esteja impróprio. O leite poderia durar uma semana, ou poderia ter deteriorado ontem porque alguém deixou o produto fora da refrigeração. A data de validade impressa na embalagem, neste caso, não diz rigorosamente nada.

O sistema norte-americano ineficaz e duvidoso da rotulagem em relação à validade está contribuindo para agravar o problema de alimentos descartados no país. Este desperdício de produtos drena os recursos econômicos e naturais. 80% da água e metade das terras dos EUA são usadas para a agricultura, sem contar com o uso de elementos de apoio como combustíveis, transportes e embalagens envolvidos na produção. E ainda assim, quase metade da comida que é produzida com estes recursos preciosos é jogada fora.

A revisão e modernização do sistema de rotulagem das datas dos alimentos representa uma solução concreta e direta na redução do desperdício de alimentos. Um sistema confiável, coerente e uniforme para informar as datas nos alimentos, e que traga uma orientação útil ao consumidor, é extremamente necessário. As datas de validade deveriam diferenciar claramente as questões de qualidade e de segurança de alimentos.

E aqui no Brasil, caro leitor, você acha que a validade está relacionada à segurança de alimentos ou apenas à qualidade “percebida”? Será que as datas são definidas de modo racional, com base em estudos de estabilidade e outros dados relevantes, ou são “aleatórias”?

Fonte:

http://www.foodsafetynews.com/2013/09/date-labels-on-food-are-unrelated-to-food-safety-and-lead-to-massive-waste/#.UkIMYoZwqSq

Imagem: http://proconmpmg.wordpress.com/tag/data-de-validade/

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