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Peixe fresco, mas mal conservado…

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O peixe vendido aos consumidores é fresco, mas mal conservado no frio, conclui um estudo da DECO Proteste, que analisou 69 amostras de pescado fresco de 31 peixarias da Grande Lisboa, do Grande Porto e de Setúbal, em Portugal. O estudo da associação de defesa do consumidor é publicado na edição de Fevereiro da revista Proteste portuguesa e conclui que espécies de peixe mais baratas são uma alternativa em tempo de crise, mas os resultados do teste foram desencorajadores.

Amostras de cinco espécies de peixe fresco barato – sardinha, cavala, truta, faneca e carapau – foram compradas pela Deco entre Agosto e Setembro de 2012 e avaliadas segundo cinco parâmetros: informação ao consumidor, temperatura de venda, parasitas, frescura e conservação/higiene.

Todos os pontos de venda apresentavam peixe fresco, mas a maioria das amostras de pescado (41 em 69) chumbou na temperatura, com valores muito acima do recomendável, entre os 7,1 e os 11,9ºC, sendo que a temperatura de venda aconselhável do pescado fresco é próximo dos 0ºC. Se o peixe não estiver envolto em gelo de forma uniforme, a escalada até à deterioração é rápida. As temperaturas elevadas no ponto de venda favorecem o desenvolvimento de microrganismos, responsáveis em parte pelos resultados críticos do estudo a nível da qualidade microbiológica. Ingerir peixe em mau estado de salubridade, ainda que as alterações estejam numa fase inicial, pode implicar riscos para a saúde.

O estudo concluiu também que em 21 das 69 amostras o peixe, sobretudo carapau e faneca, tinha más ou medíocres condições de conservação e higiene.

Através de uma observação macroscópica e microscópica, foram identificados e quantificados parasitas vivo nos peixes. Catorze em 15 amostras de carapau continham anisaquídeos. Nalgumas, a concentração era bastante elevada. Na cavala, 9 amostras, num total de 15, também não conseguiram escapar aos mesmos vermes. Em idêntica proporção, a sardinha albergava Kudoa spp. Um terço das fanecas também hospedava anisaquídeos.

Considerando a qualidade global, o estudo desaconselha a compra de peixe em seis peixarias que tiveram nota negativa, entre os 23 e os 40 por cento. Globalmente, 19 postos de venda tiveram nota positiva, entre os 65 e os 95%, porque apresentavam peixe de boa qualidade.

O estudo concluiu que o preço de venda do peixe não tem ligação directa com a sua qualidade.
mais informações em:

http://www.deco.proteste.pt/alimentacao/seguranca-alimentar/noticia/peixe-fresco-barato-mas-mal-conservado>

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O que são estas larvas no meu chocolate?

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Ao longo de 2012 a mídia divulgou algumas decisões judiciais nas quais coube indenização por danos morais a consumidores por encontrarem larvas em chocolate.

Mas afinal, o que são estas larvas que causam choque nos consumidores que as encontram inteiras ou em metades no seu lanche? Elas causam danos a saúde ou são um tipo de praga tão “familiar”  quanto os carunchos que encontramos na farinha ou no macarrão de nossa dispensa?

Buscando  o esclarecimento científico, conversamos com  Gustavo Lucínio, especialista em entomologia (ciência que estuda os insetos) que nos explica que a larva nada mais é do que um “bebê”  de uma traça do gênero Ephestia, que adora cereais e chocolate. Assim como as borboletas, este inseto procura um meio para se reproduzir, e no caso escolhe alimentos onde deposita seus ovos, onde as larvas se alimentam. Assim, podemos encontrar as mesmas vivas, ou somente os orifícios e teias deixados por elas, caso o ciclo tenha se completado e as invasoras tenham literalmente batido asas. 

Entenda o ciclo de vida delas:

ciclo_ephestia
De acordo com o especialista, não há relato médico de dano à saúde causada pela ingestão deste tipo de inseto. Diferentemente das pragas urbanas como baratas e formigas, as traças e os besouros encontrados nos cereais não são vetores, e portanto tem baixa associação como carreadores de bactérias patogênicas ou outros parasitas. Assim, apesar do aspecto repugnante, o eventual consumo dos mesmos não está associado a doenças.

E quando ela entrou na embalagem?

O ciclo biológico das traças do gênero Ephestia spp varia sempre de acordo com a disponibilidade de alimento, umidade e principalmente temperatura média. Em condições ideais o ciclo pode se completar entre 35 a 50 dias, dependendo da espécie.

Esses insetos são capazes de perfurar as embalagens de forma tão discreta que os furos não podem ser facilmente percebidos a olho nu, o que faz o consumidor pensar que elas já estavam dentro do produto quando foram fabricadas.

É fato que as pragas de cereais (carunchos e traças) podem penetrar embalagens de produtos alimentícios, no entanto é muito mais comum essa situação ocorrer em pontos de vendas e principalmente na própria residência do consumidor do que na fábrica. 

Segundo Gustavo, em uma reflexão rápida pode-se concluir que em um produto com 3 meses de fabricado e com larvas vivas, a infestação provavelmente não se deu dentro das instalações do fabricante, e sim em fases posteriores onde foi transportado/estocado/vendido.

 

larva_chocolate

 

 

 

 

 

 

E esta infestação pode ser evitada?

A professora Priscilla Efraim, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, ressalta que em empresas de grande porte geralmente há controles periódicos da ocorrência de pragas, com expurgos para eliminar eventuais intrusos. No entanto, confeitos tem vida útil longa e podem ficar armazenados no próprio fabricante previamente à saída para os pontos de venda, e pequenos descuidos com o ambiente de armazenamento podem sim levar a infestação.

Quando perguntamos a ela se há embalagens “à prova de insetos” a resposta é que sim, há alternativas como por exemplo, as embalagens metalizadas. Porém a adoção destas versões mais resistentes vão obrigar os fabricantes e consumidores a pagarem por falhas muitas vezes do local de armazenamento.

Assista também este vídeo do Globo Ciência sobre insetos em alimentos. 

 

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Churrasco rodízio: binômio tempo e temperatura como controle da qualidade das carnes

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Um dos pratos mais apreciados pelos brasileiros é o churrasco, que teve sua origem nas fazendas gaúchas. As carnes, devido à sua riqueza de nutrientes, constituem-se em um dos alimentos mais suscetíveis à deterioração microbiana e são responsáveis por surtos de toxinfecção alimentar em todo o mundo, principalmente em locais de preparo de alimentos para a coletividade. Este estudo teve como objetivo analisar o tempo x temperatura durante o processo produtivo, como parâmetro no controle de qualidade das carnes utilizadas na preparação do churrasco rodízio. Foram analisados o tempo e a temperatura de 10 tipos de carnes, correspondendo a 36% das carnes servidas pela churrascaria, cujos resultados corresponderam aos padrões recomendados pela legislação, desta forma evitando o crescimento e a multiplicação microbiana e diminuindo a incidência de DVAs, o que se pode confirmar com os resultados favoráveis das análises microbiológicas, garantindo o fornecimento de um alimento seguro do ponto de vista higiênico-sanitário aos consumidores.

 

Alice de Fátima Silva Santos, Maria Gorete da Silva Pavan

Palavras chave: Carnes. Qualidade microbiológica. Alimento seguro.

Rev. Hig. Aliment, v. 25, Edição Temática n. 02, p. 163-168, Setembro/2011

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Precisamos de um sistema de gestão das medições?

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A comprovação metrológica é fundamental para sistemas de gestão da qualidade e segurança dos alimentos. O que não é medido não é gerenciado, e isto é especialmente verdadeiro quando se trata de requisitos do cliente e medidas de controle de perigos em alimentos. Mesmo que o monitoramento de um dado ponto crítico se dê por observações subjetivas, um tratamento adequado dos resultados deve permitir uma avaliação quantitativa. Em todo caso, as decisões devem se basear em fatos e dados. Mas, e se os dados obtidos não forem confiáveis? A NBR ISO 9001:2008 preconiza que “a organização deve estabelecer processos para assegurar que o monitoramento e a medição possam ser realizados e sejam executados de uma maneira consistente com os requisitos de monitoramento e medição”.

Portanto, um sistema de gestão das medições deve apoiar os sistemas de gestão da qualidade e segurança dos alimentos. O objetivo é assegurar que os equipamentos de medição são adequados e os processos de medição capazes de alcançar os objetivos especificados para a qualidade e segurança do produto, bem como gerenciar os riscos da medição incorreta. Isso passa pela adoção de métodos adequados, que vão da verificação básica de equipamentos de medição ao uso de técnicas estatísticas, conforme a natureza dos produtos fornecidos.

O processo de comprovação metrológica inclui atividades de calibração, verificação metrológica e ações decorrentes. Tem duas entradas, os requisitos metrológicos dos clientes e as características metrológicas dos equipamentos e uma saída, a situação metrológica do equipamento de medição. Numa visão geral e simplificada, os passos a serem seguidos são:

1. Identificar os requisitos metrológicos do cliente (RMC) das medições;
2. Definir as características metrológicas do equipamento de medição (CMEM);
3. Realizar a verificação metrológica do equipamento de medição;
4. Tomar decisões e adotar ações apropriadas aos resultados da verificação metrológica;
5. Indicar a situação metrológica do equipamento de medição.

No próximo post traremos algumas dicas práticas de como realizar essas atividades. Mas desde agora suas críticas, dúvidas e sugestões serão bem vindas e ajudarão construir um conteúdo que venha de encontro às necessidades dos leitores.

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Dica de leitura: Food Safety Magazine

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Temas atuais como: gestão de incidentes, Food Safety Modernization Act, antecipação de riscos de segurança de alimentos, além de informações e artigos técnicos muito bem embasados. Você encontra tudo isso na Food Safety Magazine, uma publicação inteiramente dedicada à segurança de alimentos. No link “digital edition” no canto superior esquerdo da pagina principal do site é possível fazer o download da edição atual e das antigas em pdf.  

Confira aqui e boa leitura!

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Competência dos colaboradores que afetam a qualidade / segurança dos alimentos

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As principais normas de Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos estabelece que deve-se identificar as competências necessárias   do pessoal envolvido em atividades que tenham impacto para qualidade / segurança de alimentos. 

Por competência entende-se um conjunto de requisitos que confere ao colaborador sua aptidão para exercer a função. Ela é formada pelo somatório dos atributos: educação, treinamento, habilidade e experiência.

  • Educação – Grau mínimo de escolaridade requerida. Ex: Ensino fundamental completo, Ensino superior em engenharia.
  • Treinamento – Que sejam necessários para o colaborador exercer suas atividades. Ex:  treinamento em procedimentos documentados da empresa, treinamento em BPF.
  • Habilidade – São as qualificações necessárias para executar uma atividade Ex: acuidade visual para monitor de PCC que observa a integridade de uma peneira, boa oratória para multiplicadores de treinamentos.
  • Experiência – Tempo de experiência necessária para poder exercer a função. Ex: 1 ano como Supervisor de produção, 6 meses de empresa.

 

Os requisitos de competência devem ser definidos para todos os cargos da empresa que impactam a qualidade / segurança dos alimentos e também para funções chaves no Sistema de Gestão, como auditores internos, membros de equipes multidisciplinares (Ex: ESA), monitores de PCC/ PPRO, entre outras funções que podem existir em uma organização. Isto é importante porque além da competência necessária para exercer seus cargos na empresa, os representantes destes grupos chaves exercem atividades especificas.

Uma dúvida comum nas empresas em que fui consultora é onde descrever os requisitos de competência definidos pela organização. Esta resposta não vem pronta nas normas de Sistema de Gestão, devendo a empresa determinar sua própria metodologia.  Normalmente, o que vemos na prática é o uso de formulário de descrição de cargo, definição em procedimento documentado especifico ou ainda a elaboração de uma matriz de competência (cargos / funções x requisitos de competência).

Depois de identificados os requisitos de competência, a organização deve avaliar cada individuo frente aos requisitos especificados. Para isso, registros que demostrem a competência de cada colaborador devem estar disponível. Esta avaliação deve ser documentada e realizada por profissional competente, geralmente representante do RH ou chefia do colaborador avaliado.

Caso a organização avalie que o profissional não possui a competência necessária para realizar uma atividade, deve providenciar tal competência requerida. Tomada a ação, deve-se realizar nova avaliação para se certificar de que o colaborador agora possui a competência requerida. 

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Fio de cabelo é um perigo físico?

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Vamos avaliar através de duas óticas:

1-     Qual a probabilidade de um fio de cabelo causar algum dano físico (machucar) um consumidor?

Muito pequena. O fio de cabelo não tem características cortantes ou perfurantes como vidro, metais, madeira ou plástico. Também não ocasionam situações de asfixia, como plásticos flexíveis, por exemplo.

 2-     A presença de um fio de cabelo poderia ocasionar em uma contaminação microbiológica no produto? (seria este um perigo biológico?)

É pouco provável, mas não impossível. Esta avaliação depende muito das características do produto (pH, aW) e também das condições do fio de cabelo em questão!

 

Mas então, porque é tão comum que a presença de pêlos e fios de cabelo seja considerada como perigos físicos no APPCC?

Fios de cabelo e pêlos são considerados riscos percebidos pelo consumidor, ou seja: pode até não fazer mal fisicamente, mas qual é o consumidor que gosta da sensação de encontrar um fio de cabelo na colherada que acabou de mastigar?

Estes corpos estranhos são relevantes pela inconveniência e mal estar que ocasionam quando são encontrados. Em outras palavras: pelo “nojo” que o consumidor sente ao encontrar um fio de cabelo no alimento que consome. 

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Usar ou não máscaras na manipulação de alimentos

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Muitos consumidores ao verem manipuladores de alimentos usando máscaras cirúrgicas descartáveis durante a manipulação de alimentos logo pensam sobre a boa higiene e controles adequados para uma manipulação segura que o estabelecimento possui implementados. Porém, para alguns profissionais da área logo vem à cabeça: “por que esse manipulador está usando máscara? Será que está doente? Será que está trabalhando com alimentos em pó? Quais controles eles possuem quanto ao uso das máscaras?”. 
Nesses quase 5 anos em que trabalho como consultora e auditora em restaurantes e indústrias de alimentos, pouquíssimas vezes – ao dizer o bem da verdade exatas 3 vezes – presenciei o uso de máscaras nas áreas de manipulação; presenciei o uso de máscaras uma vez em uma pizzaria, uma vez em uma padaria e uma vez em uma indústria de alimentos onde um dos ingredientes era um produto em pó. No caso da indústria de alimentos, onde uma das matérias primas tratava-se de um produto em pó, entendo e aprovo o uso, pois o pó naquela situação irritava o trato respiratório dos funcionários, assim, as máscaras eram usadas para a segurança e proteção dos funcionários. Porém, nesses casos deve-se tomar alguns cuidados: de nada adianta, dependendo do tipo de pó ou da presença de outro composto no processamento (gases, por exemplo), o uso de máscaras do tipo cirúrgicas descartáveis. É preciso avaliar criticamente as matérias primas em questão e os processos envolvidos de modo a buscar as máscaras mais adequadas para cada tipo de situação, o que pode variar de uma simples máscara cirúrgica descartável á máscaras com filtração e fluxo de ar controlado. Já nos casos da pizzaria e da padaria, honestamente naquele momento e nas observações que fiz como cliente, não encontrei nenhuma razão plausível para o uso.
É importante ressaltar que as legislações vigentes em boas práticas de fabricação, RDC 216/2004 (Federal), CVS 06/1999 (Estado de São Paulo) e Portaria SMS 2619/2011 (Município de São Paulo), não obrigam o uso das máscaras cirúrgicas descartáveis durante a manipulação de alimentos. O “Codex Alimentarius” e o ICMSF (Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos) não reconhecem que o uso de máscaras seja um procedimento adequado para a proteção dos alimentos.

Segundo o Biomédico, Microbiologista, Mestre e PhD em Controle Higiênico Sanitário de Alimentos Dr. Eneo Alves da Silva Júnior, na realidade o uso das máscaras cirúrgicas descartáveis pode produzir o efeito inverso à proteção dos alimentos pelos seguintes fatos:
1. A utilização de máscaras de pano ou as de fibras descartáveis, provocam maior contaminação, porque após 15 a 30 minutos de uso, a umidificação gruda as fibras e abre espaços virtuais facilitando a passagem de gotículas de saliva com maior quantidade de microrganismos.
2. Pode ocorrer outro fato mais grave: o abafamento provocado pela máscara nas narinas acumula CO2 (gás carbônico) que é irritante das mucosas, provocando acesso de tosse e conseqüentemente maior contaminação.
3. Ocorre também coceira (prurido) no nariz fazendo com que haja maior incidência de colocar o dedo por baixo da máscara tocando as narinas, aumentando com isso a contaminação dos dedos pela bactéria Staphylococcus aureus.
4. O abafamento decorrente do uso da máscara provoca retenção de microrganismos no trato respiratório, aumentando a possibilidade de ocorrer infecções pulmonares.
Por todas essas constatações eu, como auditora e consultora em segurança de alimentos não indico o uso das máscaras cirúrgicas descartáveis. Sou muito mais a favor do treinamento constante dos funcionários quanto a evitar cantorias, conversas polêmicas e fofocas desnecessárias durante a manipulação dos alimentos, quanto ao modo adequado de tossir e espirrar dentro de uma cozinha ou qualquer outra área de manipulação de alimentos.
Vocês podem estar se questionando quanto à pergunta no inicio do texto: “E nas situações em que o funcionário está doente, o uso da máscara é eficiente?”. Nessa situação novamente sou contra o uso das máscaras, pois não acredito que o funcionário irá usá-la de modo adequado (a constante colocação das mãos para coçar a boca e o nariz fará com que o uso da máscara perca sua função). Sou a favor de mudar esse funcionário que esteja doente de posto de trabalho naquele dia, colocando-o para realizar tarefas que não envolvam o contato direto com os alimentos – tarefas não irão faltar: arrumação de estoques de produtos embalados, limpeza, contagem de estoque, solicitação de pedidos e etc. Vale lembrar que dependendo do quadro e da doença o afastamento médico é necessário!
Para os estabelecimentos que ainda assim defendam o uso das máscaras cirúrgicas descartáveis e optem pelo seu uso recomendo que haja o constante treinamento dos funcionários quanto ao uso das máscaras de modo a evitar que as mãos sejam levadas até a máscara, nariz e boca e ainda, que as máscaras sejam constantemente trocadas durante o dia e devidamente descartadas imediatamente após serem retiradas, ou seja, nada de reaproveitar máscaras!!

Referência: http://www.proalimento.com.br/docs/01354122912.pdf 

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Listeria e E.coli não atormentam os brasileiros?

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Nada menos do que 42% dos canadenses maneiraram o consumo de carne por estarem preocupados com os surtos de E.coli O157, bactéria produtora de toxina shiga. Esta toxina pode levar à síndrome hemolítica urêmica, uma doença que pode vir a causar falhas renais e tornar as pessoas dependente de hemodiálise para sobreviver, além de poder causar morte em certos casos. Mas não só esta bactéria é motivo de apreensão: nos EUA, o surto com maior número de mortes dos últimos 90 anos foi causado por Listeria monocytogenes que em 2011, ceifou 29 vidas e causou um aborto.

Como os dados epidemiológicos de doenças causadas por alimentos no Brazil  não apontam correlação com estes patógenos e o consumo de algum alimento, convidamos a professora e pesquisadora Maria Teresa Destro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, para nos conceder esta entrevista e esclarecer se devemos ou não nos preocupar com esses micro-organismos tão importantes em outros países.

 

Afinal, nós temos presença de L. monocytogenes no Brasil? Nossos alimentos são contaminados com eles?

Listeria monocytogenes é um patógeno muito comum, tanto no Brasil como nos demais países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Por ser um microrganismos de origem animal (zoonose), mas que resiste muito bem às condições ambientais, é muito fácil encontrarmos Listeria nos mais diversos  tipos de amostras: solo, plantas forrageiras, esterco, água não tratada, resíduos de indústrias alimentícias, animais silvestres, ambiente de indústria de alimentos. Por essa razão é muito fácil encontrar esse microrganismo em alimentos, mas deve-se levar em consideração que a simples presença de Listeria monocytogenes em um alimento não significa risco ao consumidor! Isso porque nos alimentos in natura que ainda passarão por algum processamento térmico (p. ex. pasteurização, cocção) o microrganismo será destruído e não virá a ocasionar problemas à saúde. Já em alimentos prontos para o consumo, que têm vida útil longa e permitem a multiplicação desse patógeno o risco, para a população suscetível, existe.

Quem é a população suscetível à listeriose?

São os indivíduos idosos, os imunocomprometidos, as crianças menores de 5 anos e as mulheres grávidas.

 Existem casos de listeriose no Brasil?

Infelizmente no nosso país são escassos os dados sobre ocorrência de listeriose e, nos poucos que existem, não foi avaliada a relação com o consumo de alimentos. Creio que a doença deva ocorrer em nosso país, mas que não seja identificada, já que uma grande variedade de alimentos, prontos para o consumo, daqui apresentam esse microrganismo.

 Os pesquisadores  brasileiros encontraram Listeria monocytogenes em quais alimentos prontos?

Estudos feitos em nossos laboratórios, e também em outros do país, indicaram a presença de L. monocytogenes em diversos produtos prontos para o consumo: embutidos cárneos cozidos, como presunto, salsichas comercializadas a granel, apresuntado, mortadela, etc; em queijos como o minas frescal, coalho, colonial; produtos a base de pescados; vegetais minimamente processados, dentre outros. Mas é importante ressaltar que a listeriose acomete somente uma pequena parcela da população e que, como ainda não se conhece a dose infecciosa (ou seja, quanto da bactéria tem que ser ingerida para causar a doença) não se pode simplesmente condenar um alimento devido a sua presença. Há necessidade de avaliações mais criteriosas para se definir se aquele alimento representa risco para a disseminação da doença.

É importante também dizer que, muitas vezes, a contaminação dos produtos se dá na etapa de comercialização, com p. ex. fatiadores de frios; bandejas de acondicionamento de produtos.

Falando sobre outro patógenos de muita repercussão lá fora, os produtores de toxina-shiga, como algumas cepas de E.coli. Estes patógenos fazem parte da microbiota brasileira?

Sim, temos E. coli produtoras de toxina de shiga em nosso meio, mas os estudos que têm sido feitos em nosso país indicam que as que são mais frequentes por aqui raramente (pois nunca em microbiologia não existe!) foram associadas a doenças transmitidas por alimentos. Trabalhos realizados em nossos laboratórios mostram que em carnes bovinas brasileiras (carcaças ou carne moída adquirida nas diversas regiões da cidade de SP) a frequencia de E. coli produtora de toxina de shiga pertencente ao grupo das “Big 6”, que atormenta os americanos, é baixa. Por exemplo: no estudo com carne moída, de +280 amostras avaliadas somente em 1 (0,4%) se detectou uma das Big 6.

Devemos tomar algum cuidado?

O problema de contaminação das carnes, por qualquer patógeno, está ligado principalmente com as carnes moídas. Nos cortes de carne, obtidos de animais sadios, a contaminação está restrita às superfícies; com a moagem essa eventual contaminação superficial é disseminada por toda a massa gerada havendo uma homogeneização da contaminação. Some-se a isso os problemas que possam existir com a higienização dos moedores (ou falta dela!), onde pode ocorrer acúmulo de produto e, portanto, multiplicação de microrganismos. Isso sem contar com as possíveis falhas na cadeia de frio.

Por essa razão, produtos preparados com carnes moídas (p. ex. hamburguer) devem sempre ser consumidos bem-passados. Já aquela picanha, ou outro corte que tradicionalmente é servido em pedaços inteiros, não apresenta o mesmo grau de risco (risco zero não existe!).

  

 

 

 

Para terminar, gostaria de lembrar que higiene nunca saiu de moda e deve estar sempre presente quando o assunto é manipulação de alimentos, seja nas indústrias, no comércio, em restaurantes industriais ou em casa. Afinal, todos nós somos sempre consumidores de alimentos.

Referências da introdução:

Canadian Food Safety Alliance

CDC: Deadly Listeria Outbreak Halted in Record Time

 

 

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O que afinal significa o diagnóstico “virose”?

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Quão comum é alguém com intoxicação alimentar receber um diagnóstico: “É virose!”?

Virose de que? O que é isso? O diagnóstico “É virose!” tende a deixar o paciente com o sentimento de que na verdade a causa é desconhecida, mas “ já já passa”…

OK, vamos falar um pouco sobre estas “viroses”.

Os vírus tipo Norwalk (norovírus ou calcivírus) e os rotavírus são os principais causadores das gastroenterites virais (a famosa “virose”).

E qual a diferença?

Os Norovírus/ calcivírus foram responsáveis pelos casos de intoxicações alimentares epidêmicas, especialmente em ambientes confinados, como em viagens de navio.  Seu período de incubação é de 24 a 48 horas e os principais sintomas são náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia aquosa, sem a presença de sangue.

A transmissão ocorre através da água e alimentos contaminados com fezes. A doença tem resolução em 24 horas. O diagnóstico específico é difícil e realizado através de microscopia eletrônica e de técnicas de reação de polimerase em cadeia.

O tratamento aplicável é prevenindo e tratando a desidratação.

Os Rotavírus do grupo A (há outros 5 sorogrupos mapeados)representam o principal grupo de agentes causadores de diarreia aguda nas crianças no mundo, causando infecção em mais de 90% das crianças até os três anos de idade.

A principal rota de transmissão é a fecal-oral, sendo que normalmente  manipuladores infectados que contaminam o alimento. O período de incubação varia de 1 a 3 dias e as principais manifestações são de vômitos, diarréia aquosa e febre baixa.

O diagnóstico é feito através da pesquisa do agente nas fezes, através de técnicas de microscopia eletrônica, PCR, eletroforese ou Elisa.

O tratamento também consiste na prevenção da desidratação.

Estes são os únicos vírus que podem ocasionar intoxicações alimentares? Não, há ainda o vírus da Hepatite A, mas uma vez que este tem período de incubação de aproximadamente 30 dias (variando de 15 a 50 dias), a correlação de uma intoxicação alimentar com o mesmo é ainda mais difícil. Para que haja identificação é necessário avaliação através de métodos analíticos. Durante o período de incubação não apresenta sintomas, e somente após os 30 dias há presença de sinais de hepatite aguda, dor abdominal e febre.

Ou seja, leitor: É realmente muito difícil identificar qual é o vírus em questão através de um diagnóstico somente presencial.

Fica a dica de sempre: uma boa lavagem de mãos, e correta manipulação/ higienização dos alimentos pode poupar de muita dor de cabeça….

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Zero Salmonella em criação de frangos paranaense

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A revista científica SEMINA, publicação especializada em ciências agrárias da Universidade Estadual de Londrina (PR), apresenta em sua edição de novembro/dezembro de 2012, um estudo sobre a pesquisa de Salmonella em frangos de corte criados na região oeste do Paraná.

A Salmonella spp é uma bactéria que habita o trato intestinal do homem e dos animais, sendo as aves importantes reservatórios desta bactéria, podendo disseminá-la para o meio ambiente e para os alimentos. Para o estudo, realizado de abril a outubro de 2011, foram coletados swabs de cloaca, swabs de arrasto e também se fez pesquisa de Salmonella em fragmentos de órgãos das aves.

A boa notícia é que, das mais de 1000 aves amostradas, nenhuma apresentou positividade para Salmonella por nenhum dos métodos utilizados. Ainda que a amostragem seja limitada, por se tratar de um único criador, o aspecto a ser destacado é que a empresa fornecedora das aves realiza monitoramento de seu plantel segundo o Plano Nacional de Sanidade Avicola (PNSA) e também utiliza sistemas de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) em todo seu complexo avícola, o que evidencia a eficácia de tais programas quando bem aplicados. O Paraná é o estado com maior produção de carne de frango do país. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e ocupa a sétima posição no ranking mundial da produção de ovos.

Sobre o trabalho, a pesquisadora Tereza Cristina de Oliveira, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina, esclarece que não foi encontrada Salmonella em material avícola de uma única empresa. “Não se pode confundir material avícola não contaminado com Salmonella e carne de frango isenta de Salmonella, ou seja, não se pode extrapolar a informação e achar que a carne de frango produzida no Paraná não está contaminada com Salmonella.” Ainda segundo ela, “a contaminação da carne de frango ocorre com muita frequência no abate (contaminação cruzada) mesmo que o APPCC tenha sido implantado no frigorífico. É certo que para se evitar a contaminação da carne é preciso trabalhar com afinco na eliminação da Salmonella das aves vivas e os resultados deste trabalho são uma boa notícia”.  
Dra Tereza Cristina informa também que a percentagem de contaminação de carne de frango com Salmonella diminuiu muito a partir de 2009, porém ainda está longe de ser zero.

O artigo em referência pode ser acessado na íntegra aqui.

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Desenho sanitário de equipamentos

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As legislações de segurança de alimentos estabelecem que a manipulação de alimentos deve ser realizada de forma higiênica, com máquinas e instalações projetadas de maneira a facilitar a higienização, a manutenção e o controle de pragas.

 O design de um equipamento é considerado higiênico quando incorpora, com caráter preventivo, características que reduzam ou eliminem o risco de constituir uma fonte de contaminação para os alimentos processados, de forma direta ou indireta. O design higiênico visa então eliminar ou a minimizar os riscos de contaminação, infecção, doenças ou danos à saúde e/ou integridade do consumidor. Os equipamentos quando projetados e construídos de forma higiênica mantêm o produto no fluxo principal e evitam que ele seja retido em espaços mortos.

 As principais normas de segurança de alimentos preveem um cuidado especial com os equipamentos e materiais de contato com matéria-prima; produtos em processo e produto final, visto que estes podem ser  fontes de perigos físicos, químicos e biológicos. A norma ISO22000, por exemplo, estabelece a necessidade de descrever estes materiais na extensão necessária à condução da análise de perigos.

Neste link está disponível um interessante dossiê técnico elaborado pelo Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas SENAI – CETA que discute a necessidade e os benefícios do cumprimento das normas do design higiênico de instalações, equipamentos e de materiais de contato em geral, além de indicar as principais considerações na escolha de materiais e de projeto para a indústria de alimentos e bebidas.

Boa leitura!

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Segurança de alimentos negligenciada nos programas de gastronomia?

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Hoje em dia, os programas de gastronomia e chefs badalados estão bastante na moda. Aqui no Brasil temos Homens Gourmet (que eu particularmente gosto muito), Brasil no Prato com Carla Pernambuco, Programa da Palmirinha e Cozinha Caseira, exibidos no canal Bem Simples. Na Globo temos a Ana Maria Braga, Hoje em Dia na Record, Manhã Maior na Rede TV!, Delícias do Chef na Gazeta, entre outros. Existe o programa Diário de Olivier e o Que Marravilha! no GNT. Programas internacionais exibidos pela TV por assinatura há muitos, e podemos citar como exemplo: Jamie Oliver, Claire Thomas, Nigella, e as competições e “reality shows” como Top Chef e MasterChef.

Todos eles apresentam receitas deliciosas, muitas delas são práticas e rápidas, todos os pratos são lindos e dão água na boca. Mas será que além do visual e do sabor, a segurança de alimentos também é considerada? Jamie Oliver talvez seja um dos chefs mais conhecidos mundialmente, no entanto ele já foi visto algumas vezes com as unhas sujas, e aparentemente ele se esquece de lavar os vegetais antes do preparo. Até vi uma crítica de uma telespectadora espanhola em relação à higiene das mãos e dos alimentos no próprio blog dele. Claire Thomas ensina receitas fáceis e saudáveis e tem um cabelo lindo e maravilhoso, mas sempre livre, leve e solto na cozinha, sobre os alimentos. Outro dia vi MasterChef na edição australiana, e foi um festival de piercings faciais, chapéus, anéis, esmalte nas unhas entre outras “não conformidades”. Ainda acho os programas brasileiros de culinária um pouco mais cuidadosos em relação à segurança de alimentos. E você, leitor, também tem esta opinião?

Os cursos de gastronomia e os programas de culin

ária e competição de chefs deveriam ressaltar mais a segurança de alimentos e não esquecer que as regras e a legislação também se aplicam a eles.

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: crumbsfeedyourfamily

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Como andam as discussões sobre alergênicos no Mercosul?

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Recebemos a seguinte pergunta de um leitor:

Vocês têm acompanhado as discussões junto ao Mercosul para rotulagem de alergenos? Fiz contado com uma profissional muito bacana da Argentina, que tem me ajudado muito com a identificação de normas internacionais, e ela me comentou que houve muitas críticas pela inclusão de corantes na lista de alergênicos por não serem alimentares. Mas sulfito tb não é alimento.

Quem nos responde é Anderson Giovanni, da Food Staff:

“Estamos acompanhando as discussões do Mercosul, inclusive participando das reuniões. A discussão no Mercosul sobre alergênicos ainda não foi finalizada (ref. revisão da GMC 26/02 que corresponde a Rotulagem Geral para alimentos embalados correspondendo a RDC 259/02 de Rotulagem Geral no Brasil). A delegação do Brasil, representada neste assunto pela ANVISA, apresentou uma proposta de alergênicos, considerando alguns corantes e alguns sulfitos. A proposta apresenta uma lista de ingredientes e aditivos alimentares que serão considerados alergênicos e deverão ser declarados de forma diferenciada na lista de ingredientes. Não houve restrição pela inclusão dos corantes e sulfitos serem aditivos e sim sobre os critérios que serão adotados e a escolha dos ingredientes para a rotulagem dos alergênicos. Apenas esclarecendo, os corantes e os sulfitos são aditivos alimentares, que tiveram a sua segurança e ingestão diária aceitável estabelecida pelo CODEX Alimentarius, cuja avaliação científica é feita pelo JECFA, um comitê de peritos da OMS”.
Internacionalmente, os EUA e a Europa já têm uma regulamentação sobre alergênicos, Sendo assim, algumas empresas multinacionais americanas e europeias acabam adotando de forma voluntária a declaração de potencias alergênicos utilizando as expressões “contém” ou “pode conter” traços, mas por ser uma política interna da matriz.”

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O uso da sub-tipagem molecular para resolver os enigmas de segurança de alimentos

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Fazer investigação de surtos não é uma tarefa fácil. Vide o caso da injusta incriminação dos pepinos espanhóis em 2011, acusados de serem os causadores do surto de infecção por E.coli O104:H4, que fez vítimas fatais e deixou seqüelas em outras tantas. Literalmente se fez uma salada deste alimento com o broto de feno grego, o real causador do problema, consumido inicialmente na Alemanha acionador um choque diplomático na época.

 Dispor de tecnologia forense para determinar as “impressões digitais” genéticas dos patógenos investigados é fundamental para rastrear origem, tomar medidas preventivas de saúde pública e principalmente conter o consumo de alimentos comprovadamente comprometidos. Sim, se usa o termo “forense” para alimentos, da mesma forma como os médicos legistas se referem à investigação de crimes.

 Hoje o método mais adotado nos EUA e em outros países desenvolvidos é o PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis), uma técnica usada para separar pedaços do DNA pelo emprego de um campo elétrico em uma matriz de gel.

 Graças a esta tecnologia, por exemplo, foi possível saber que o surto ocorrido em 2005 e causado por tomates contaminados com Salmonella Newport teve o mesmo padrão genético do surto ocorrido em 2002 e foi originado em produtores da costa leste e afetou 10 estados.

Fiquei pensando quando teremos esta tecnologia em uso em massa em nossos laboratórios de saúde pública. Segundo a opinião da pesquisadora da USP, Maria Teresa Destro, infelizmente estes métodos são ainda considerados sofisticados e salvo se houver pressão do mercado, ela não enxerga adoção rotineira dos mesmos dentro de 1 a 2 anos.

 Além do equipamento, um dos gargalos é ter uma base robusta de dados para cruzar as informações sobre os agentes que já estiveram envolvidos em  surtos prévios.

 

Fonte: 

Fontes: palestras de Atin Datta, Ph.D. e de Don L. Zink, Ph.D do CFSAN, USFDA.
XX Simpósio da Abrapa, que cordialmente cedeu uma vaga para o blog Food Safety Brazil.

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Os perigos da soja

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O que você conhece sobre a soja? Já te disseram ser ela imprescindível para a mulher madura, para a redução do colesterol, para substituir uma fonte nitrogenada como a carne vermelha ou mesmo para servir como bebida protéica para seu filho? Cuidado! Existe um horizonte revelador sobre esse grão onde a aplicação para a soja é bastante limitada. Como pode um grão tão poderoso não ter sido descoberto há mais tempo por diferentes culturas que não fossem as asiáticas? Como pode, em um estabelecimento de estocagem múltipla de grãos, a soja ter sido observada como a última opção de alimento para ratos e outras pragas?

Um pouquinho de história

O primeiro “profeta ocidental” da soja foi John Harvey Kellog, o rei do cereal matinal, na segunda metade do século dezenove. Seguindo a linha, Henry Ford  criou, em 1929, um laboratório para pesquisas com a soja e chegou a investir 1.2 milhões de dólares no grão sendo taxado como o homem que tinha mais interesse na soja do que em seu próprio V-8! Ele acreditava que os plásticos desenvolvidos com polímeros da soja seriam os materiais do futuro para rodas, direções e coberturas de câmbios. Na Europa, Adolf Hitler foi um fervoroso promotor da soja, já que ele era adepto, segundo alguns autores, da dieta vegetariana e nem sequer tocava em carnes, peixes e ovos. O italiano Mussolini chegou a ordenar a formação de um comitê para estudos da soja onde a mesma foi experimentada como ingrediente da tradicional polenta italiana.

Data de 1866 a primeira referência histórica de leite de soja na China.Foi após a segunda guerra mundial que a soja tornou-se consumida pelos americanos, como fonte barata de proteína. Sua aplicação tecnológica barateou centenas de receitas e fez muitas indústrias lucrarem com essa substituição: proteína vegetal texturizada.

Atualizando dados:

Hoje, já consumida globalmente, está reconhecida como a principal oleaginosa cultivada no mundo. Sua produção está concentrada, principalmente, em três países: Estados Unidos, Brasil e Argentina (responsáveis por 86,70% das exportações mundiais). O Brasil e a Argentina são responsáveis, segundo a EMBRAPA, por 46,2% dessa produção global. Será então, que a soja já atingiu seu apogeu? Caso os trabalhos compilados sobre seus efeitos degenerativos (deletérios ao organismo em várias rotas metabólicas e órgãos) continuem espalhando-se pela América e Europa, ganhando credibilidade científica e social, é possível sim uma guinada em seu consumo. Quem encabeça essa onda científica em desvendar as dezenas de “contras” da soja, mudando o lado da balança de benefícios para malefícios é a nutricionista americana Dr.a Kaayla T. Daniel, autora do livro supercitado, capítulo por capítulo, The Whole Soy Story, publicado pela New Trends Publishing Inc. de Washington, DC em 2007.

O que revela o livro de 457 páginas

Ao consumir soja você também envia ao organismo:

Alérgeno: a soja está entre os 8 alimentos mais alergênicos no mundo. Somente produtos feitos da soja com processo longo de fermentação como o tofu e o missô deixam de ser ameaça devido à hidrólise das cadeias protéicas.

Goitrogênios: substâncias que ao serem ingeridas causam danos à glândula tireóide, desequilibrando seu funcionamento e afetando o metabolismo.

Lectinas: provoca a aglutinação das células vermelhas do sangue, provocando reações no sistema imune.

Oligossacarídeos: contra indicado para problemas de flatulência (bebês recém nascidos/idosos com reações fortes de cólica) por aumentar a fermentação no cólon elevando o volume de gás.

Oxalatos: impede a absorção apropriada de Cálcio e tem sido muito citado como causa preponderante ao aparecimento de pedras nos rins.

Fitatos: interfere e diminui a absorção de minerais como o Zinco, Ferro e o Cálcio.

Isoflavonas: quimicamente muito parecido com o hormônio estrógeno, funciona como tal afetando a reprodução, o desenvolvimento de meninos e até mesmo o sistema nervoso. Segundo a autora, em seu blog (http://blog.wholesoystory.com/tag/kaayla-daniel/), os rapazes estrogenizados pela fórmula de soja quase sempre têm níveis tóxicos de cobre. Aqueles que tiveram a fórmula de soja dada nos primeiros seis meses de vida também são propensos a níveis tóxicos de manganês, contribuindo para a ADD / ADHD , distúrbios de aprendizagem e comportamento. Todos estes interferem com a produção de hormônios e causa estragos no sistema reprodutivo.

Inibidores de protease: sobretudo os inibidores de tripsina, interferem na atividade das enzimas protéicas, levando ao desconforto gástrico e baixa digestibilidade protéica com sobrecarga pancreática e possível retração do órgão.

Saponinas: complexa-se com a bile, abaixando o colesterol, mas na contramão do benefício, acarreta danos no revestimento intestinal.

Tendo em vista todos esses dados cientificamente comprovados, o momento é de assistir o comportamento da demanda ditando a produção de alimentos contendo soja.

 
   

 

Milla Rúbia Carvalho é Eng.ª de Alimentos formada pela PUC-GOIÁS

www.alimentosclinicos.com.br

O conteúdo dos textos publicados é de responsabilidade de seus autores

 

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Plano HACCP para água mineral

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 Proposta de plano para Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) para o processo de industrialização da água mineral

Tatiane Vidal Dias Gomes, Marina Rennó Silva,  Caetano da Conceição, Denise Rosane Perdomo Azeredo

O mercado mundial de água mineral é o terceiro que mais cresce entre as bebidas não-alcoólicas e, em 2007, alcançou um volume de negócios de US$ 100 bilhões, com a produção de 206 bilhões de litros. No entanto,
existe grande preocupação quanto à qualidade microbiológica, química e física da água mineral fornecida aos consumidores. Neste trabalho, realizou-se um levantamento bibliográfico dos principais perigos e propôs-se um
plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), com o objetivo de assegurar que a água mineral seja inócua à saúde do consumidor. Para a definição dos pontos críticos e elaboração da proposta do
plano APPCC foi validado um fluxograma das etapas de industrialização da água mineral em uma indústria do Estado do Rio de Janeiro e utilizou-se um diagrama decisório adaptado do Codex Alimentarius. Os principais
perigos constatados foram: microrganismos patogênicos (E. coli enteropatogênica, Pseudomonas aeruginosa, Clostridium perfringes, cistos de Criptosporidium parvum), agentes químicos (agrotóxicos e metais tóxicos), e físicos (corpos estranhos e fragmentos de insetos). A implementação do plano APPCC deve ser precedida pela implantação de um programa de pré-requisitos que consiste da proteção e sanificação dos poços e adoção de
boas práticas de higiene na captação, transporte, industrialização e comercialização da água mineral. As etapas consideradas críticas foram: o reservatório de água, a filtração e o envase.

Veja o trabalho na íntegra:

http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/volume_13_6_2011/4-Gomes-et-al-agua-mineral_13-06-2011.pdf

 

 

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Validação de medidas de controle

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A norma ISO 22000 estabelece: A equipe de segurança de alimentos deve planejar e implementar os processos necessários para validar medidas de controle e/ou combinações dessas medidas de controle.

Por validação, entende-se: Obtenção de evidências de que as medidas de controle  gerenciadas pelo plano APPCC e pelo PPR operacional são capazes de ser eficazes. Ou seja, a norma estabelece obrigatoriedade de se demonstrar a eficácia das medidas de controle gerenciadas por PPRO e por PCC.

 Apesar da norma não exigir, a melhor maneira de se evidenciar a avaliação de eficácia das medidas de controle é através da elaboração de um relatório de validação, o qual serve para apresentar a metodologia determinada pela organização, além de apresentar os resultados da pesquisa, dos testes e ensaios realizados.

 Como consultora, sempre recomendo que o relatório de validação contenha os seguintes campos: Objetivo do documento; Referências bibliográficas; Termos e definições (caso necessário); Introdução; Metodologia de validação; Resultados; Conclusão e Anexos.

 A metodologia de validação deve comprovar que as medidas de controle selecionadas são capazes de alcançar o controle necessário para o perigo, para o qual elas foram designadas (validação teórica) e comprovar que as medidas de controle são efetivas e capazes de, em combinação, assegurar o controle do(s) perigo(s) identificado para obter produtos finais que satisfaçam os níveis aceitáveis definidos (validação prática).

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A prevenção de alergênicos na indústria de alimentos

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Alimentos Alergênicos

Alergias são reações hipersensíveis imuno-moduladas que podem afetar vários órgãos, mais comumente a pele, vias aéreas e digestivas. O corpo trata uma proteína alimentar como um agente infeccioso, através de mecanismos do sistema imune.

IgE -> histamina -> inchaço/urticária/etc.

Intolerância é uma resposta não-imune a uma substância, resposta “natural” a uma substância. Ex. Intolerância à Lactose. A lactose não é metabolizada (por ausência da enzima Lactase) – se torna nutriente para bactérias, que produzem gases -> cólicas etc…

            Estudos realizados nos EUA estimam que 4% (NCHS Data Brief, No. 10, October , 2008) das crianças sejam alérgicas a alguma alimento, no Canadá 7% (L. Soller et al, 2012); o aumento de casos é alarmante.

Principais sintomas das alergias alimentares:

  • Vermelhidão da pele, Câimbras abdominais, Dificuldade respiratória, Inchaço generalizado, Perda da consciência, Coceiras, Tosse, Fotossensibilidade

Sintomas graves:

  • Constrição das vias aéreas, Diminuição severa da pressão sanguínea e choque (choque anafilático), Sufocamento por inchaço da garganta, Morte.

Este é um tema bastante dinâmico, discutido com frequência em congressos internacionais e ainda não consolidado.

            Mundialmente há uma tendência em considerar os 8 principais causadores de alergias alimentares (“BIG 8”) como: Leite, ovos, peixes, crustáceos (camarão, lagosta, caranguejos), amêndoas oriundas de árvores (nozes, castanhas, amêndoas), trigo, amendoim e soja. Porém não há um consenso, exemplo: o Canadá considera sulfitos e sementes de gergelim como parte dos “BIG 9”. A mostarda e o trigo preto também são considerados alergênicos em outros países.

 

 Alimentos contendo proteínas originadas destes ingredientes precisam ser declarados. Para o FDA (U.S. Food and Drug Administration – EUA), óleos altamente refinados ou derivados destes alimentos não são considerados alergênicos. 

            Para ajudar os consumidores a identificar os ingredientes dos alimentos que podem causar uma reação alérgica, em 2004, os EUA criaram o Food Allergen Labeling and Consumer Protection Act (FALCPA) que define os principais alergênicos em alimentos e regula a forma de identificação destes nas embalagens. O nome comum do alimento alergênico deve ser declarado proporcionalmente à quantidade na composição.

           Em 13/12/2012 o FDA abriu um chamado para colaboração de toda a comunidade científica sobre os limites que devem ser aplicados à legislação e cobrados em auditorias, pois este tema ainda está em debate. Para colaborar com sua experiência, você deve acessar: http://www.regulations.gov e buscar Docket No. FDA-2012-N-0711.

A maioria dos recalls por alergênicos são causados por falhas nas descrições da composição dos produtos, principalmente por falta de controle dos sistemas de informática, falta de revisão dos conteúdos, mudança na composição das matérias-primas, sem aviso dos fornecedores e uso de embalagens defasadas.

Em linhas compartilhadas dentro de uma fábrica, deve-se sempre produzir o alimento que não contém alergênico primeiro, e sempre estar atento aos produtos importados, que algumas vezes tem traduções erradas dos ingredientes.

Traços de alergênicos podem causar sérias reações adversas e até a morte do consumidor, por isto é muito importante a limpeza de máquinas compartilhadas numa mesma fábrica. O monitoramento ambiental, através de swabs para detecção de proteínas alergênicas pode ajudar a conduzir a análise de risco. A sensibilidade de até 3µg pode garantir a segurança do seu alimento e a sua credibilidade no mercado!

 

Saiba mais em:

 

http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/Microbiology/FoodSafety/product-information/product-catalog-br/?PC_7_RJH9U5230GD8A0I8TS8AOO2C43000000_nid=3GJML0VQD0be7HSGQ0LWFNgl

 

http://www.fda.gov/Food/NewsEvents/ConstituentUpdates/ucm331942.htm

http://www.hc-sc.gc.ca/fn-an/label-etiquet/allergen/index-eng.php

http://www.hc-sc.gc.ca/fn-an/securit/allerg/index-eng.php#fnb1

http://www.fda.gov/Food/LabelingNutrition/FoodAllergensLabeling/GuidanceComplianceRegulatoryInformation/ucm106187.htm

 

Cristina de Abreu Constantino | Especialista de Serviço Técnico de Food Safety 

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Queijo coalho e surtos no amazonas

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 A falta de inocuidade dos alimentos pode gerar doença alimentar. O queijo é considerado um veículo frequente de patógenos de origem alimentar, em especial, os queijos frescos artesanais. Pretende-se com este estudo verificar a incidência de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) notificados pela vigilância epidemiológica e identificar o risco de consumo de queijo coalho. Os dados foram coletados de boletins epidemiológicos mensais do período de 2005 a 2009 na cidade de Manaus (AM). Os resultados apontam que o maior registro geral de DTA ocorreu em 2009 (25,5%), superando a marca anterior de 2005 (23,6%), porém quando relacionada a especificidade por queijo coalho, a de 2005 permanece maior (31,3%). O Risco Relativo em 2007 de ocorrer um surto de DTA originado pelo consumo de queijo coalho foi 4,83 vezes maior do que pela ingestão de outros alimentos. A frequência de surtos notificados, originados pelo consumo de queijo coalho, ao longo dos anos analisados, indica constante contaminação na linha de produção do alimento mencionado, causado por possível falha na aplicação de Boas Práticas de Fabricação desde a obtenção do leite até o produto final. As políticas públicas existentes devem ser colocadas em prática, onde cada ator envolvido deveria fazer esforços no sentido de aplicar as normas existentes.

Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos em Manaus, Amazonas:  (2005-2009): o problema do queijo coalho

Cristiane Marisa Ruwer, Josimara Fernandes de Moura, Maria Jacirema Ferreira Gonçalves

Ver o trabalho completo: 

http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/volume_18_2_2011/nepa_cap5.pdf 

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