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maio 2012
No caso de uso de materiais de embalagens que contêm corantes em sua fórmula ou que sejam impressos (salvo quando exista uma barreira que impeça o contato da tinta com a face interna do material), além dos cuidados já descritos no post anterior, é necessário comprovar aderência a Resolução RDC 52/10, de modo a se garantir a segurança dos alimentos embalados com este material.
A Resolução RDC 52/10 estabelece o regulamento técnico sobre pigmentos em embalagens e equipamentos plásticos destinados a estar em contato com alimentos e incorpora ao ordenamento jurídico nacional a Resolução GMC MERCOSUL n. 15/10. Esta resolução revoga os anexos IV e X da Resolução n.105/99.
Controles adicionais necessários são:
- O conteúdo de aminas aromáticas primárias não sulfonadas solúveis em solução de ácido clorídrico 1 M, expresso como anilina, não deve exceder 500 ppm (mg/kg) em massa do corante (0.05% m/m).
- O conteúdo de bencidina, ?-naftilamina e 4-aminobifenilo, individualmente ou combinados, não deve exceder 10 ppm (mg/kg).
- O conteúdo total de aminas aromáticas sulfonadas expresso como ácido anilinosulfônico não deve exceder 500 ppm (mg/kg) em massa do corante (0.05% m/m).
- os corantes não conterão metais e metalóides em quantidades superiores às seguintes porcentagens:
- Antimônio (Sb) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.05 % m/m
- Arsênio (As) (soluble en HCl 0,1N)————— — 0.005 % m/m
- Bário (Ba) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
- Cádmio (Cd) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
- Chumbo (Pb) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
- Cromo (Cr) (soluble en HCl 0,1 N)—————— 0.10 % m/m
- Mercúrio (Hg) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.005 % m/m
- Selênio (Se) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.01 % m/m
- Zinco (Zn) (soluble en HCl 0,1N)—————— 0.20 % m/m
- Quando utilizado o pigmento negro de fumo deve cumprir as seguintes especificações:Migração de substâncias que conferem cor: Os extratos obtidos no ensaio de migração total devem ser comparados visualmente contra um fundo branco com os respectivos brancos. Nestas condições não devem existir diferenças, apreciáveis visualmente, entre a coloração do extrato e seu branco.
- Extraíveis em tolueno: máximo 0,1% m/m;
- Extraíveis em ciclohexano: à 386 nm < 0,02 UA para uma cubeta de 1 cm ou < 0,1 UA para cubeta de 5 cm; Determinar a absorção no ultravioleta (comprimento de onda de 386 nm) do extrato límpido obtido, após o contato por 24 horas em ausência de luz, de 1 g de amostra com 100 ml de ciclohexano e filtração;
- Conteúdo de benzo (a) pireno: máximo 0,25 mg/kg (ppm) m/m;
- Nível máximo de negro de fumo em polímero: 2,5% m/m.
- Migração específica de metais e outros elementos: Quando aplicável, a determinação da migração específica de metais e outros elementos se realizará somente em simulante aquoso ácido (solução de ácido acético a 3% m/v em água destilada), mesmo que o alimento envasado, não seja aquoso ácido. Os limites de migração específica (LME) dos elementos a determinar são apresentados na tabela a seguir:
Apenas com todos estes controles em dia é que se pode garantir que o material de embalagem empregado não está contaminando os alimentos embalados. A legislação não estabelece frequência para que estes controles sejam reavaliados, cabendo a cada empresa determinar o rigor a ser empregado baseado sempre na avaliação de riscos. No entanto, em casos de mudanças relacionadas a composição, método de fabricação do material de embalagem ou no alimento a ser embalado são necessárias novos testes e controles imediatos.
Ana Cláudia Frota – Gerente Técnica da Flavor Food Consulting
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Quando uma equipe de segurança de alimentos inicia seu trabalho de mapeamento dos Programas de Pré Requisitos para implantação de uma norma de gestão de segurança de alimentos, seja preparando o caminho da BRC ou da ISO22000, é comum identificar os perigos físicos que são inerentes à área ou ao processo.
Dessa forma, é comum encontrar em empresas com sistemas de gestão de segurança de alimentos, uma política de vidros e uma política de controle de corpos estranhos, como grampos e clipes, que são frequentemente proibidos em áreas produtivas.
No entanto, essa decisão comumente acarreta um desconforto por conta de operadores, líderes e supervisores. Como garantir o atendimento ao requisito que diz respeito à disponibilização de procedimentos e instruções de trabalho nas áreas, se os mesmos não poderão ser distribuídos grampeados ou presos por clipes?
E ainda o armazenamento desses documentos sem o auxílio destas pequenas peças, facilita a perda e a desorganização.
E como contornar essa situação?
Existe uma novidade no mercado que tem feito a alegria de equipes de segurança de alimentos e também de equipes de implementação de sistema de gestão ambiental (ISO14001): o grampeador ecológico.
O grampeador ecológico dispensa o uso de grampos, pois seu funcionamento consiste em fazer um pequeno corte no papel, inserindo uma ponta do próprio papel neste furo. Sem perigos físicos e ainda ecologicamente correto, como é possível verificar na figura abaixo:

No entanto, o pioneirismo tem seu preço. Para conseguir um exemplar deste grande achado, temos duas opções:
– Uma busca simples no Google nos remete a fabricantes de brindes, que fazem estes grampeadores nos mais variados formatos, mas possuem um pedido mínimo, raramente compatível com o desejo da empresa; ou
– Compra através de sites como Mercado Livre ou o próprio Ebay, que permite a obtenção de unidades isoladas destes grampeadores mas que, na contramão, não permite a obtenção de nota fiscal.
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Sim. Dá um trabalhão. Montar (e participar!) de uma equipe de trabalho que objetiva implementar um Sistema de Gestão não é nada fácil. Esta tarefa pode caber à Alta Direção mas, antes mesmo, os nomes já foram escolhidos entre aqueles que desempenham função de destaque na Organização. Com um ou outro ajuste, o time já estava sendo preparado há tempos. Exemplo do famoso: “É o que temos para jantar!”. Um espelho de quem sempre fomos, agora refletindo para o mundo nossa imagem.
Uma grande habilidade do líder desta turma é saber escolher (ajustar) os participantes para que a equipe possua mesclas de juventude e experiência, ímpeto e planejamento, técnicos e generalistas, e por aí vamos…
Em particular, uma Equipe de Segurança de Alimentos, a ESA, que conduz boa parte dos trabalhos de implementação do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos, está definida na Norma ISO 22000 como “multidisciplinar”. Seria bom que isto fosse bem além do que simplesmente contar com colaboradores de diferentes áreas. De fato, a melhor receita está em equilibrar a multidisciplinaridade fiel ao termo com os aspectos psicológicos de cada um dos eleitos.
Uma boa ESA, bastante multidisciplinar, pode ser composta por: um membro da Diretoria (demonstra o comprometimento da Organização), uma Alta Gerência (sua presença mantém acelerado o ritmo dos trabalhos), gestores e pessoal da qualidade (normalmente técnicos e principais interessados), supervisores e pessoal de produção (conhecem o processo e suas armadilhas), entre outros que podem oferecer valiosas informações ou palpites preciosos, como colaboradores dos setores de Compras, Manutenção, Almoxarifado, Expedição ou Transporte, SAC, Limpeza e Higienização, RH, Administrativo e Marketing.
Os perfis psicológicos devem, somados, dar força ao conjunto. Este é o “pulo do gato” que prometemos no encontro anterior. Em qualquer grupo que funciona bem (de amigos, inclusive) sempre vamos ter:
O Brigador: Expõe e defende de modo feroz as necessidades do grupo. Bate-boca, fala alto, incomoda. Se não possuir cargo de liderança, deve ser fortemente apoiado por sua chefia;
O Articulador: Negocia concessões e obrigatoriedades entre a ESA e outros grupos. Inteligente e bom orador, costura a teia de relacionamentos da Equipe com os demais colaboradores. Atua normalmente na base da troca. As pessoas confiam nele. É um líder natural;
O Pacificador: Deve acalmar os ânimos de toda a Organização, transmitir tranqüilidade, ser bom ouvinte e acolhedor. É um “cuca-fresca”. È visto como a “Ouvidoria” da ESA;
O Executor: Trabalha pela implementação sem cessar. Implementa melhorias, ajusta documentos, pesquisa na internet, convoca reuniões, divulga atualizações etc. É o “faz-tudo” do grupo. Normalmente é alguém da área de Qualidade;
O Propagandista: Divulga a imagem da ESA e do Sistema para toda a Organização, sempre de forma positiva. É o “Relações Públicas” do grupo;
O Organizado: Mantém tudo funcionando corretamente dentro da Equipe. É o “secretário” do time;
O Decisor: Encerra as discussões do grupo. Com base nas informações que chegam, decide pela ação mais adequada. É interessante que possua poder de decidir sobre investimentos e foi a figura principal de nossa última coluna.
Até a próxima!
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