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Treinamento de manipuladores de alimentos: contaminação cruzada

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Como sabemos, contaminação é a presença indesejada de matéria estranha incorporada aos alimentos, tanto visível quanto invisível.

A contaminação “invisível’’ (microbiológica) pode ocorrer quando os produtos contaminados entram em contato direto ou indireto com alimentos prontos para o consumo, sendo uma das vias as mãos contaminadas em contato com equipamentos, utensílios, embalagem, ingrediente.

Que tal acrescentar nos seus treinamentos para os manipuladores uma dinâmica lúdica e didática sobre como acontece essa contaminação cruzada?

Você vai precisar de passar nas mãos ou utensílios a tinta invisível para luz negra (você consegue comprar em lojas on line ou que vendem materiais para carimbo) + 1 Lâmpada de Luz Negra (ou Lâmpada UV). E depois é só soltar a imaginação….

Costumo passar a tinta sem que ninguém veja, quando os participantes estão entrando na sala de treinamento.

Cumprimento com as mãos “contaminadas’’ cada uma das pessoas ou apoio a mão sobre o ombro dos participantes durante a palestra. E depois de algumas cenas teatrais, passamos a luz negra para mostrar para as pessoas que elas nem imaginavam que ‘’’estavam sendo contaminadas”.

Se no ambiente da palestra ou treinamento não for possível controlar a iluminação, você pode criar uma capela simples para as pessoas verificarem se as mãos estão contaminadas.

Esta dinâmica também pode ser usada nas campanhas de lavagens das mãos.

Imagem:  Iscal

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Dados para convencer a liderança de que segurança dos alimentos é coisa séria

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Em teoria, a segurança dos alimentos é um assunto que deve vir “top-down”, um desejo da alta direção que é disseminado por toda a organização. Mas sabemos que muitas vezes não é bem assim, e que é preciso convencer a liderança, seja o patrão, o chefe e até a direção geral que o assunto é sério.

Nessas horas mostrar problemas e suas consequências pode ser mais eficaz do que falar dos benefícios da segurança dos alimentos para consumidores e clientes.

O e-book da Diversey, BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE CONTRIBUEM PARA A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS traz informações como:

  • Respostas dos consumidores sobre o comportamento após recall de um produto*Como você decide se um alimento é seguro para o consumo após um recall?
  • O que faz um alimento ser seguro para o consumo?
  • Quais alimentos lhe causam maior preocupação de contaminação?
  • Quais são os principais desafios da segurança dos alimentos?
  • Taxa de Lavagem de Mãos por Atividade

Utilize e surpreenda!

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Baixe aqui o e-book.

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Como avaliar a qualidade do ar ambiente em indústrias de alimentos

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Cuidar da qualidade do ar industrial também é tarefa importante e indispensável para garantia da segurança dos alimentos. Sua contaminação pode acarretar impactos negativos na qualidade do produto final, principalmente dos perecíveis e embalagens, na segurança do consumidor e, também, na saúde daqueles que ali exercem suas funções.

No Brasil não temos uma legislação específica que determine os parâmetros de qualidade de ar de indústrias de alimentos, no entanto há uma legislação em vigor, a RDC n° 9 de 16 de janeiro de 2003 da ANVISA, que determina os Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo, servindo como diretiva para avaliação do ar nas indústrias. Nesta Resolução encontramos valores de referência para avaliação da qualidade microbiológica do ar ambiente apresentando o Valor Máximo Recomendável (VMR). Os resultados também podem ser comparados às especificações ou às recomendações propostas por órgãos oficiais ou por entidades científicas conceituadas. A empresa americana American Public Health Association (APHA) recomenda máximo 3×10/cm² de microrganismos. Já a Organização Pan–Americana de Saúde recomenda máximo 1×10²/cm²  de microrganismos. 

Um dos métodos utilizados para verificar a qualidade higiênico-sanitária do ar ambiente industrial é a técnica de sedimentação do ar em placas de Petri contendo meio de cultura específico para o tipo de microrganismo que se deseja verificar, e em pontos determinados. Geralmente os microrganismos avaliados são os mesófilos aeróbios e/ou bolores e leveduras. Existem, também, equipamentos que fazem a sucção do ar para uma placa de Petri com o meio de cultura, sendo o resultado apresentado em UFC/ft³.

Importante mencionar que estes dois métodos são eficientes para avaliação da qualidade do ar e ações corretivas ou de melhoria nas práticas de higiene no ambiente industrial, caso os resultados não sejam satisfatórios.

Pesquisei alguns trabalhos científicos relacionados a este tema e encontrei dois estudos interessantes sobre a qualidade do ar industrial em diferentes tipos de segmentos produtivos, os quais podem auxiliar no planejamento de monitoramento. Um deles foi realizado pela Universidade do Estado da Paraíba e pode ser visto aqui. O outro, realizado pelo Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa, pode ser consultado aqui

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Música de BPF com nova formatação

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Olá queridos leitores,

Vários de vocês já conhecem a música de BPF ou GMP que foi publicada em 2015 aqui no Food Safety Brazil.

Ela foi escrita por mim com o toque musical e a voz do músico Fernando Cavallieri e fico muito feliz por saber que ela vem sendo utilizada do Oiapoque ao Chuí em treinamentos, palestras e eventos de segurança de alimentos.

Fiz uma renovação no arquivo da música para facilitar o seu uso. Agora, os slides já vem com a letra da música sincronizada e todos podem cantar juntos com mais facilidade. 

Acessem aqui o novo arquivo da música para vocês continuarem utilizando. Afinal, a música tem o poder de contagiar as pessoas e tem sido uma excelente ferramenta para descontrair os participantes de treinamentos e eventos onde ela é utilizada.

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Livro sobre aflatoxinas em alimentos: avanços recentes

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Para cada análise de perigos que faço, busco informações atualizadas em diversas fontes.  Realizando pesquisas na internet, descobri este interessante livro sobre aflatoxinas em alimentos. Sabemos que as micotoxinas são importantes muito além do “mundo do amendoim”, mas nem sempre encontramos muitos dados, não é mesmo?  Tendo isso em mente, recomendo a leitura deste livro para quem busca informações sobre aflatoxinas:

Aflatoxins – Recent Advances and Future Prospects

O acesso é gratuito ao texto integral. Destaco aqui alguns capítulos:

  • Occurrence of Aflatoxins in Food

Sabe aquela revisão geral, com as estatísticas “de tudo um pouco”? Lá estão dados sobre oleaginosas, cereais, especiarias, produtos lácteos, produtos de origem animal.

  • Recent Trends in Microbiological Decontamination of Aflatoxins in Foodstuffs

Cientistas brasileiros estudaram a influência do ácido láctico produzido por bactérias  na descontaminação de fermentados e tiveram resultados animadores.

  • Aflatoxin in Fish Flour from the Amazon Region

É outro capítulo brasileiríssimo e alerta para a necessidade de cuidados no aproveitamento das farinhas secas de pescados.

No total, o livro contém cinco seções e 17 capítulos, destacando os recentes avanços na pesquisa de aflatoxinas, da epidemiologia à genética molecular. São apresentadas medidas de controle, abordagens de biocontrole, técnicas analíticas modernas, preocupações econômicas e os mecanismos subjacentes aos processos de contaminação.

Vale a leitura! Até a próxima.

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Aberta consulta pública para um novo escopo de trabalho da GFSI

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A GFSI criou um novo escopo: “G – Food Service e Catering” que tratará da produção de alimentos de qualquer fonte para consumo fora do domicílio com o intuito de descrever os métodos para preparação de componentes, cocção, mistura e homogeneização.

Para isto, foi aberta uma consulta pública que visa reunir comentários de partes interessadas sobre diferentes aspectos, incluindo definições a serem utilizadas, gerenciamento de segurança de alimentos, riscos e perigos, competências de auditores, entre outros, com o objetivo de aprimorar a sua abordagem inclusiva dentro da cadeia de valor (do campo à mesa do consumidor).

Para participar é necessário fazer o download do documento no site da GFSI, inserir seus comentários enviar por e-mail até 15 de dezembro de 2016.

Para quem não conhece a GFSI, Global Food Safety Iniciative, é uma iniciativa global de inocuidade dos alimentos, impulsionada pela indústria que fornece liderança e orientação sobre os sistemas de gestão de segurança alimentar necessários para a segurança ao longo da cadeia de abastecimento.

Um post recente ressaltou a importância de participar de consultas públicas, então não perca tempo e dê a sua contribuição para este tema tão relevante para a garantia da segurança de alimentos!

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Diretrizes para controle de acesso

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O tema Food Defense vem cada vez mais sendo discutido nas organizações e percebo que aqui no Brasil precisamos evoluir muito no tema. Lembrei-me de diretrizes básicas que usava na indústria há alguns anos, e ao ler me pareceu tão atual, pois vejo que várias organizações que falam em Food Defense, não fazem ainda o básico, ou seja, o devido controle de acesso.

Este mês resolvi disponibilizar algumas diretrizes para que você auto-avalie o controle de acesso da sua organização. Sua organização está cumprindo com estas diretrizes? Onde está a maior dificuldade em implementar o controle de acesso?

Reflita e utilize este modelo como ferramenta para iniciar algumas mudanças e práticas que tenho certeza, contribuirão muito para sua caminhada rumo ao Food Defense.

Aproveite e compartilhe este conteúdo!

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Concurso Cultural II Workshop Food Safety Brazil | Londrina – PR

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O Blog Food Safety Brazil contemplará duas cortesias (inscrições gratuitas) para você participar do II Workshop Food Safety na Prática.

Como posso participar desse concurso cultural? Leia o regulamento abaixo:

Escreva um texto a respeito da temática Segurança de Alimentos. Vale escrever para qualquer uma das categorias do blog: Pesquisas, Legislação, Dicas Vencedoras, HACCP, etc.

  1. O texto deve ter entre 700 a 2000 palavras, escrito em Word, ser inédito, relevante sobre o assunto, e tratar de um tema ainda não abordado no Food Safety Brazil (use a caixa de PESQUISA para verificar a originalidade do seu tema antes de começar a escrever). Textos com palavras de baixo calão e ataques a pessoas ou empresas serão desconsiderados.
  1. Envie o seu texto para o email eventos@foodsafetybrazil.org deixando como título CONCURSO CULTURAL. Inclua as suas informações de contato, um mini-currículo de até 300 caracteres e uma autorização para publicação do texto no Food Safety Brazil (no final do texto).
  1. Os textos recebidos serão avaliados conforme os critérios de publicação do blog. Os autores cujos textos foram aceitos para publicação serão informados por e-mail.
  1. Serão aceitos textos enviados até 14 de Outubro de 2016. No dia 17 de Outubro de 2016 serão divulgados os resultados no blog e na página do blog no Facebook.
  1. O prêmio refere-se à isenção de pagamento para uma vaga no “II Workshop Food Safety – Entender para Realizar” em Londrina-PR. Despesas relacionadas a transporte, alimentação e hospedagem são responsabilidade do participante.

Aguardamos seu post. Participe! 

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? – Parte 4

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Chegamos hoje ao quarto e último artigo da série “Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço?”. Você ainda pode rever a primeira, a segunda e a terceira parte, onde abordamos o assunto da escolaridade e conhecimentos específicos, habilidades técnicas e práticas de auditoria. Desta vez, o tema é o perfil pessoal do auditor, e um pouco da minha experiência neste trabalho.

Além das habilidades e do comportamento profissional, que inclui “ser observador, mente aberta, diplomático, etc”, um bom auditor é e deve ser estudioso. Antes de cada auditoria a ser realizada, é bastante importante que o auditor prepare-se e procure conhecer informações sobre a empresa (por exemplo, através do site dela); verificar se já houve recall ou outra situação indesejável envolvendo o setor ou a empresa; rever a legislação aplicável; estudar os perigos razoavelmente esperados em materiais, processos e produtos cobertos pelo escopo e relembrar detalhes da tecnologia aplicável ao setor. Se a empresa já passou por auditorias anteriores, o auditor deve, como parte da preparação prévia, avaliar pelo menos o relatório da última auditoria, dando foco especial às não conformidades abertas, para depois poder verificar a implementação e a eficácia das ações propostas. Falando em relatório, uma escrita bem desenvolvida, clara e objetiva são imprescindíveis para um trabalho de qualidade, principalmente na descrição das não conformidades.

Outro atributo que considero bem relevante para um auditor é a capacidade de adaptação às situações adversas e às diferentes culturas. Digo isto não só para sair de algumas “saias justas” que passamos durante a auditoria, como, por exemplo, ter que lidar com auditados muito nervosos e pressionados pela Direção da empresa, mas para gerenciar os imprevistos que podem acontecer nos percursos e as diferenças regionais e culturais que temos no nosso imenso Brasil. Existem indústrias alimentícias nos lugares mais remotos. Pode haver atraso, dificuldade de acesso, pode ser necessário viagens longas, as vezes muito exaustivas e em dias e horários não muito simpáticos, incluindo viagens de ônibus, barco, avião, etc; a hospedagem pode ser em locais muito simples, e a refeição nem sempre é aquela que você gosta. Além disso, muitas vezes é preciso auditar processos no turno da noite. Por este motivo, o auditor deve ser flexível e estar totalmente disposto a viajar e a “encarar algumas aventuras”. Isto eventualmente pode ter um impacto nos relacionamentos pessoais, em função de que acabamos passando muitos dias fora de casa. Com o tempo, conseguimos gerenciar melhor as viagens, as malas e materiais a serem levados (acredite: menos é mais!) e conciliar tudo isso com outros trabalhos (é comum que os auditores também prestem serviços de consultoria e treinamento), e com a vida pessoal e familiar.

Ser auditor pode parecer bem cansativo em alguns momentos, mas vejo um grande benefício: é o aprendizado que ganhamos e ensinamentos que podemos agregar aos auditados. Visitei empresas que nunca imaginei que poderia visitar, vi processos muito interessantes e práticas fantásticas, conheci pessoas que me ensinaram até mesmo lições para a vida, passei por cidades, aeroportos, hotéis e lugares incríveis por este país. Ganhei um sorriso, um aperto de mão e um “muito obrigado” de muita gente, que enxergou na auditoria uma ferramenta de melhoria contínua, e eu pude efetivamente contribuir para agregar este valor à empresa. E isto tudo não tem preço! Não tem como aprender e viver em outro tipo de trabalho!

Como dica final, se você quer realmente ser auditor, comece realizando auditorias internas na sua empresa ou observe auditores mais experientes em ação; se sua empresa tem um programa de auditorias em fornecedores, procure conhecer mais sobre isso e candidate-se para fazer estas auditorias; estude, leia, mantenha-se atualizado, participe de treinamentos; por fim, se você está preparado para os desafios de ser auditor de certificação, tente uma colocação em um dos organismos de certificação existentes no Brasil. Mas lembre-se: você não é uma “máquina de fazer auditoria”, e deve sempre reservar tempo para descanso e lazer.

Boa sorte na sua trajetória!

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? – Parte 3

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Trazemos hoje a terceira parte do artigo “Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço?”. Você pode rever a primeira parte aqui e a segunda aqui, onde abordamos o assunto de escolaridade e conhecimentos específicos. Vamos falar das habilidades técnicas e práticas de auditoria.

Uma excelente fonte de consulta para entender melhor os tipos, princípios e técnicas de auditoria é a norma NBR ISO 19011 (Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão). A ISO 17021, que foi citada na 1ª parte da série, também é recomendável para estudo, em especial se você gostaria de ser auditor de certificação.

Primeiramente, é importante relembrar o conceito de auditoria, que está na ISO 19011: “processo sistemático, documentado e independente para obter evidência de auditoria (relatos, registros, dados e fatos verificáveis) e avaliá-la, objetivamente, para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria (conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos usados como uma referência na qual a evidência de auditoria é comparada) são atendidos”. Portanto, toda auditoria tem um começo, meio e fim; os dados, resultados e conclusões são registrados (por exemplo, em relatório), e a auditoria não é conduzida pelo responsável da atividade ou processo auditado.

As técnicas para realização de uma auditoria incluem os métodos usados para a obtenção das evidências de auditoria, que podem englobar: entrevistas, observação de atividades, leitura de documentos, análise crítica de registros, entre outros. O auditor precisa, para tal, ter a capacidade de realizar uma amostragem abrangente, ou seja, coletar evidências suficientes para uma avaliação adequada, que permitam chegar a conclusões confiáveis e robustas. Em entrevistas, as perguntas abertas são preferíveis, por possibilitar a obtenção de maior quantidade de informação (requer que o entrevistado explique ou dê respostas completas). Exemplos de perguntas abertas: “Quem é o responsável por este processo? O que é feito com o produto fabricado em condições em que o limite crítico do PCC for excedido? Onde é registrada a análise crítica pela direção? Com que frequência é realizada a auditoria interna?”.

Uma boa auditoria de sistemas de gestão baseia-se em alguns princípios fundamentais, para que se torne uma ferramenta eficaz na avaliação e na melhoria do desempenho de uma organização. São eles:

  1. Integridade (ética, competência e honestidade na realização dos trabalhos);
  2. Apresentação justa (constatações, conclusões e relatórios verdadeiros, exatos, objetivos e claros);
  3. Devido cuidado profissional (julgamentos ponderados em todas as situações de auditoria);
  4. Confidencialidade (discrição no uso e proteção das informações obtidas em auditoria);
  5. Independência (auditores imparciais – que não auditam o seu próprio trabalho – objetivos, livres de tendenciosidade e conflitos de interesse);
  6. Abordagem baseada em evidência (conclusões de auditoria baseadas em evidências verificáveis, com amostragem adequada para que se possa ter confiança no processo de auditoria).

Se o papel do auditor inclui a concordância com estes princípios, então convém que ele demonstre certas habilidades e um bom comportamento profissional. Podemos citar como exemplo:

  • Diplomático (tato para lidar com as pessoas);
  • Mente aberta (capacidade de considerar ideias alternativas);
  • Observador (capacidade de estar atento aos arredores e situações de auditoria);
  • Capacidade de comunicação (saber perguntar, ouvir com atenção e relatar adequadamente os achados de auditoria);
  • Versatilidade (capacidade de adaptação a diferentes situações e culturas empresariais);
  • Decisivo (estar seguro para tomada de decisões rápidas e baseadas em fatos verídicos e razões lógicas);
  • Capacidade de organizar o tempo e ser persistente e focado em atingir os objetivos da auditoria.

E onde aprendemos tudo isso? Os cursos de formação de auditor líder ou auditor interno em sistemas de gestão da segurança de alimentos costumam abordar com detalhes estes princípios e técnicas de auditoria, e muitas vezes realizam simulações. Mas a experiência prática “na vida real das empresas” é insubstituível e sem dúvida é a melhor forma de aprendizado. Sempre que possível, faça auditorias internas em sua empresa; busque acompanhar auditorias de clientes ou auditorias de certificação; peça para que auditores mais experientes observem o seu trabalho como auditor e, se pertinente, sugiram melhorias nas habilidades técnicas ou comportamentais. É assim que começamos a trilhar nosso caminho como auditor. Nas certificadoras, o processo de qualificação de um auditor é relativamente longo, sendo necessário observar várias auditorias, depois realizar auditorias sob supervisão de um auditor mais experiente, para depois conseguir auditar por si só.

No próximo artigo, comentarei sobre o perfil pessoal do auditor em algumas experiências que tive (e continuo tendo) nos meus trabalhos como auditora. Aguarde!

Créditos de imagem: IFSQN.

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