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Entendendo melhor o mecanismo de um recall

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Recalls são muito comuns nos Estados Unidos e Canadá, onde nos últimos 12 meses ocorreram mais de 600 vezes. Aqui no Brasil, o tema parece “lenda”, mas alguns recalls mais recentes ficaram na memória do povo, como o do Toddynho e do Ades Maçã. Mas falando de EUA e Canadá, com uma frequência relativamente grande e assustadora, alimentos entram no mercado com potencial de causar sérios danos à saúde do consumidor. O recall consiste em remover produtos impróprios do mercado, dos distribuidores, gôndolas e da casa do consumidor, podendo ser necessário o chamamento público através da imprensa.

 

O envolvimento das agências regulatórias

O FDA e o FSIS, que são as duas agências regulatórias norte-americanas equivalentes à ANVISA e MAPA respectivamente, tomam conhecimento de um problema na cadeia de suprimento de alimentos de uma ou mais das seguintes maneiras:

– Um fabricante ou distribuidor identifica um problema em segurança de alimentos e contata a agência

– Inspeções e fiscalizações das agências nas instalações dos fabricantes ou importadores mostram um risco alto e potencial para a causa de um recall

– O produto de um determinado fabricante é reprovado nas análises realizadas pelo programa de amostragem e controle das agências regulatórias

– No caso de doença relacionada a um alimento específico, os departamentos de saúde estaduais devem contatar o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), que por sua vez comunicam o FDA ou FSIS

Normalmente, os recalls são voluntários e iniciados pelo próprio fabricante ou distribuidor. Se o FDA ou o FSIS definirem que um produto deve ser retirado do mercado, a responsabilidade de tomar as ações necessárias recai sobre o fabricante. Se a empresa não responder às ordens das agências regulatórias, medidas legais cabíveis são aplicadas. Através do FSMA (http://artywebdesigner.com.br/fique-por-dentro-do-fsma/), o FDA ganhou maiores poderes para a fiscalização e para eventualmente encerrar as operações de fábricas e empresas que representarem ameaça significativa à saúde pública.

Quando uma empresa inicia um recall, o FDA ou o FSIS são responsáveis por avaliar a severidade potencial do recall, para garantir que todos os esforços necessários e esperados para retirar o alimento do mercado ou corrigir o problema estão sendo seguidos. As agências também decidem se o alerta à imprensa em relação a um determinado recall é necessário. A comunicação através da mídia não ocorre em todos os casos, mas para todo e qualquer recall, há publicação do fato no site das agências regulatórias, para que o consumidor possa avaliar conforme a conveniência.

Por fim, o FDA ou FSIS definem quando finalizar o recall. O fabricante envolvido pode solicitar o fim do recall através de um pedido por carta escrita ou aguarda as agências determinarem o término do recall. Quando uma quantidade razoavelmente esperada do produto não conforme foi recuperada ou corrigida, o produto pode ser classificado como seguro. O FDA ou FSIS comunicam por escrito ao fabricante quando o final do recall foi definido.

 

As obrigações do fabricante implicado no recall

A indústria trabalha incansavelmente para prevenir os recalls (pelo menos nos EUA), através das Boas Práticas de Fabricação e do APPCC – Análise de perigos e pontos críticos de controle. No entanto, falhas podem ocorrer e de fato ocorrem. Quando a falha aparece, é responsabilidade do fabricante remover o produto rapidamente do mercado, antes que algum dano se concretize. Estes eventos são normalmente gerenciados pelos procedimentos de preparação e resposta a emergências, gestão de crises e estratégias de contingência, que permitem a rapidez do recall. O fabricante deve informar às agências regulatórias sobre a necessidade do recall, incluindo a profundidade (por exemplo, o recall afeta os atacadistas, varejistas e consumidores?), o tipo de comunicação a ser veiculada pela mídia e propor as ações de verificação da eficácia do recall. As estratégias do recall são sempre executadas imediatamente, mesmo enquanto estão em fase de avaliação. Se as agências encontrarem algum problema no recall que necessite de correção, o fabricante deve realizar as mudanças o mais rápido possível.

 

 

 

Principais motivos dos recalls de alimentos

Contaminações, adulterações ou erros de rotulagem / formulação são as principais razões pelas quais um fabricante inicia um recall. Exemplos:

– Contaminação com patógenos como Salmonella, E. coli e Listeria monocytogenes

– Presença de material estranho como fragmentos de vidro, metal ou plástico duro

– Desequilíbrio nutricional (comum nos recalls de alimentos para animais de estimação – pet food)

– Alergênicos não declarados, como leite, amendoim, soja, ovo, glúten, entre outros

Entre julho de 2012 e julho de 2013, 37,6% dos recalls realizados nos EUA eram devido a contaminações por Salmonella. Isso porque uma empresa, a Sunland, foi responsável por um recall gigante de manteiga de amendoim contaminada com Salmonella. A Sunland é a maior processadora de amendoim orgânico dos EUA, e o recall fez com que a fábrica ficasse lacrada entre setembro de 2012 e maio de 2013, quando reconquistou a permissão para reiniciar as operações. Os outros principais motivos foram alergênicos não declarados (21,6%) e contaminação com Listeria monocytogenes (20,2%). Estes dados são realmente alarmantes!

 

Classificação do recall

De acordo com o FDA e o FSIS, os recalls são classificados da seguinte maneira:

Classe 1: envolve uma situação de risco à saúde, em que o consumo do produto provavelmente causará doenças ou até a morte. Esta é a situação mais grave.

Classe 2: Envolve uma situação potencial de risco à saúde, em que existe uma probabilidade remota de causar efeito adverso à saúde ao consumir o produto.

Classe 3: Não envolve riscos à saúde quando consumido. Aqui se enquadram, por exemplo, recalls por motivo de qualidade que não colocam em jogo a saúde do consumidor.

 

Conclusões

Como os recalls de alimentos são extremamente caros, trazem uma mancha à marca e estigmatiza a empresa, os fabricantes são altamente motivados a resolver o problema o mais rápido possível. Está no interesse do fabricante fazer tudo o que está ao seu alcance para manter ou reconquistar a confiança do consumidor durante um recall. A melhor forma de conseguir isso é agindo rapidamente e com transparência junto às agências regulatórias, retirando o produto do mercado de maneira eficaz. A maioria das empresas coloca informações dos recalls nos seus próprios sites.

Aqui no Brasil, o mecanismo do recall ainda é nebuloso, embora a ANVISA tenha proposto regulamentação mais específica para recolhimento de alimentos (http://artywebdesigner.com.br/consulta-publica-sobre-recolhimento-de-alimentos-comentada/). Uma das principais falhas no Brasil ainda são a comunicação e a coleta de dados estatísticos confiáveis, além da impunidade. Quantas pessoas apresentam DTAs, e tais dados não são registrados ou comunicados à ANVISA? Além disso, existem empresas que negligenciam a segurança de alimentos por questão de custo, mas não percebem que um dia poderão pagar muito caro por colocar em risco a saúde dos consumidores.

 

Fonte:

http://www.foodsafetynews.com/2013/08/understanding-food-recalls-the-recall-process-explained/?goback=%2Egde_4318042_member_265132658#.UgzPUZJwqSp

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Indústria é receptiva ao nível aceitável de glúten determinado pelo FDA

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A legislação norte-americana em relação ao alerta da presença ou ausência de glúten em alimentos foi publicada em 2004. Ela surgiu porque a doença celíaca, condição de intolerância ao glúten presente em cereais como o trigo, aveia, centeio e cevada, é 4 vezes mais comum hoje do que há 50 anos. Desde então, o FDA vinha trabalhando em estabelecer um critério para diferenciar um alimento com glúten e um sem glúten, quantitativamente.
Como resultado, pela primeira vez o FDA publicou um regulamento que esclarece a quantidade de glúten permitido em um alimento considerado livre da proteína. A novidade foi bem aceita pela indústria. O nível máximo aceitável foi estabelecido em 20 ppm (partes por milhão) de glúten nos alimentos que estão rotulados como “livres de glúten”, e se estende aos alimentos rotulados com as declarações “sem glúten” ou “não contém glúten”.
Estima-se que o mercado atual norte-americano, de produtos com o apelo de serem livres de glúten, esteja em 4 bilhões de dólares.
É importante salientar que o regulamento prevê que alimentos rotulados como “sem glúten” deveriam ser livres de glúten de fato, embora haja um limite de tolerância para o glúten residual que possa sobrar em alimentos processados, por exemplo, aqueles que passaram por etapas de remoção de glúten dos grãos que originalmente continham glúten. O limite real de 20 ppm de glúten nos produtos rotulados provavelmente não vai significar muito para o consumidor comum, mas o principal benefício é trazer confiança a ele. Agora, os consumidores podem ficar mais tranquilos em relação a produtos “sem glúten”, como por exemplo, alimentos orgânicos, que realmente são aquilo que alegam ser.
Os portadores da doença celíaca sofrem de problemas digestivos ao consumir glúten (presente naturalmente em grãos como trigo e aveia), que desencadeia uma resposta imunológica, danificando a mucosa do intestino delgado. Há também consumidores que, apesar de não possuírem a doença, optaram por uma dieta livre de glúten, com o objetivo de emagrecer e aumentar a energia.

Fonte:
http://www.foodsafetytech.com/FoodSafetyTech/News/FDA-Clarifies-Gluten-Free–1515.aspx

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Check-list para avaliação de alergênicos para download

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Todos os anos, o FDA (Food and Drug Administration, Estados Unidos – equivalente à nossa ANVISA) recebe reclamações de consumidores que tiveram alguma reação adversa por exposição a substâncias alergênicas em alimentos. Frequentemente, estas reações ocorrem em função de que a presença de uma substância alergênica não está declarada no rótulo. Os alergênicos da lista do FDA são: amendoim, glúten, soja, nozes em geral (inclui castanhas, avelãs, amêndoas, etc.), leite, ovo, peixe e crustáceos. A legislação norte-americana requer que todos os ingredientes adicionados sejam declarados na rotulagem, no entanto vários problemas foram levantados em relação aos alergênicos não declarados, e o assunto não é claramente coberto na lei. Os principais pontos levantados foram:

– Produtos que contêm um ou mais ingredientes alergênicos, mas o rótulo não declara o ingrediente na lista;

– Contaminação cruzada por falhas nas medidas de controle dos fabricantes (ex. práticas inadequadas de gestão do retrabalho; arraste de alergênicos por compartilhamento de equipamentos, falha no sequenciamento de produção e limpeza ineficaz);

– Produtos contaminados com alergênicos em função da natureza do processo (ex. utilização de equipamento comum na fabricação de chocolate, onde limpezas úmidas intermediárias não são práticas e apenas limpeza seca ou “flushing” de produto – arraste – é usado).

– Uso de aromas, corantes, especiarias e outros agentes flavorizantes que contêm um alergênico como veículo, porém a lista de ingredientes só declara o aditivo (ex. aroma natural). Não há legislação norte-americana que obrigue a declaração dos componentes dos ingredientes de um produto.

Para auxiliar nas inspeções das empresas, o FDA elaborou um material de referência para seus fiscais, mas nós podemos também usar como base para avaliar nossos controles e nossa política de alergênicos. Confira o material que o nosso blog preparou para você.

Fonte:

http://www.fda.gov/ICECI/Inspections/InspectionGuides/ucm074944.htm

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Perguntas e respostas sobre “a doença da vaca louca”

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A encefalopatia espongiforme bovina (EEB), em inglês BSE (bovine spongiform encephalopathy), mais conhecida como “doença da vaca louca”, já apareceu várias vezes na mídia mundial. Em 2010, no Paraná, houve registro de uma vaca que morreu e nela foi encontrado o agente causador da EEB. Houve restrição ou ameaça de restrição à importação da carne brasileira por parte de alguns países. Apenas no final de 2012, o Ministério da Agricultura concluiu que testes realizados com esta vaca apontaram que o animal nunca desenvolveu a doença, e apenas tinha a forma de EEB considerada “atípica” por cientistas. O parecer técnico definitivo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em relação a este caso isolado de 2010 saiu em fevereiro deste ano, e que ele não colocou em risco à saúde pública e animal do Brasil e de seus parceiros comerciais. Hoje o Brasil é classificado como “risco insignificante” para EEB, o nível mais baixo que pode ser atribuído a um país. Apresentamos aqui perguntas e respostas para que você, caro leitor, possa entender melhor esta doença.

 1)    O que é a EEB?

A EEB é uma rara doença degenerativa crônica, que afeta o cérebro e o sistema nervoso central do gado bovino. Foi descoberta na Grã Bretanha nos anos 80, e vários outros casos já foram identificados e vêm sendo registrados em outros países desde então. É uma das diversas encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET) conhecidas, que incluem a “scrapie” (paraplexia enzoótica) que afeta os ovinos, a encefalopatia transmissível do visom (mamífero mustelídeo do gênero Mustela), a doença crônica desgastante de veados e alces e algumas encefalopatias muito raras que podem ocorrer em outras espécies, incluindo os humanos. A EEB se caracteriza pela degeneração progressiva do sistema nervoso. O animal afetado pela EEB perde a coordenação, apresenta mudanças de comportamento e desenvolve uma série de anomalias do sistema nervoso central. O período de incubação da doença nos bovinos varia de2 a8 anos. Uma vez que desenvolvem os sintomas clínicos, a morte aparece em várias semanas ou meses, a menos que se sacrifique o animal afetado.

 2)    Como a EEB é transmitida? Ela pode afetar humanos?

Os cientistas acreditam que a EEB é transmitida quando o gado bovino é come algum alimento contaminado com o agente da doença. A fonte de contaminação seria o uso de tecido neural infectado, como o cérebro, medula espinhal e parte do intestino de animais afetados pela EEB, como alimentação do gado bovino. Também existe a possibilidade da transmissão para os bovinos através do consumo de alimentos fabricados a partir da carne de ovelha afetada pela paraplexia enzoótica (scrapie). Aparentemente, a EEB não se transmite de boi para boi ou do boi para outras espécies pelo contato físico, embora pareça existir um risco maior de contração da EEB pelos bezerros gerados por uma vaca infectada com a doença. A EEB provavelmente é causada por um príon, um tipo de proteína anômala. As partículas de príon contêm a mesma sequência de aminoácidos que as proteínas normais, mas com uma formação diferente. Presume-se que o príon atua como um modelo, através do qual as moléculas normais de proteína do cérebro e sistema nervoso central se moldam de maneira anormal, iniciando o progresso da doença.

Os humanos não contraem a EEB, mas uma forma extremamente rara de encefalopatia espongiforme chamada de Doença de Creutzfeld-Jakob (DCJ) pode aparecer em humanos.A DCJ é fatal e progressiva, que afeta o cérebro humano. Aproximadamente 1 milhão de pessoas por ano contraem a DCJ, tendo sido identificada no mundo todo. A maioria dos casos é esporádica e não apresenta relação com fatores regionais, étnicos, econômicos e nem de outro tipo. Acredita-se que a DCJ surge espontaneamente e não foram identificados agentes ambientais que possam causá-la.

Diagnósticos recentes de uma nova variação da DCJ (vDCJ) na Grã Bretanha aumentou a preocupação de que exista uma possibilidade de transmissão da EEB dos bovinos aos humanos. A vDCJ parece afetar uma população mais jovem e se diferencia por uma duração maior da doença e uma patologia diferente daquela que se espera na DCJ. Alguns estudos foram conduzidos em laboratório com animais e oferecem evidência de uma relação entre a EEB e a vDCJ. Porém, ainda existem várias pesquisas em curso, que prometem oferecer maiores informações e mais evidências de que há relação entre o agente causador da EEB e da vDCJ.

 3)    É seguro comer carne de boi ou consumir lácteos provenientes de um animal doente? E outros derivados do boi, como por exemplo, gelatina?

Cabe lembrar que a EEB atinge os tecidos do sistema nervoso central e parte do intestino. Nas análises realizadas no leite e tecido muscular bovino (que é a parte que geralmente comemos) nos Estados Unidos, o agente de patogenicidade da EEB não foi encontrado. Vários testes foram feitos com o leite de vaca afetada pela EEB e o leite não continha o agente infeccioso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS / WHO), leite e derivados podem ser consumidos sem preocupação, de maneira segura, inclusive em países e regiões com grande incidência da EEB.

A gelatina, utilizada há várias gerações principalmente como sobremesa, provém de ossos e couro bovinos. São tecidos de baixo risco de transmissão de EEB, em parte pelo próprio processo de fabricação da gelatina.  A fabricação envolve a imersão, o tratamento químico, purificação, filtração, evaporação e secagem, produzindo um refinado muito puro, constituindo-se fonte segura de gelatina para consumo. Além do emprego como alimento, a gelatina é usada como veículo de produtos farmacêuticos, em cosméticos e outras aplicações industriais. A gelatina também pode ser proveniente de couro suíno.

O sebo bovino refinado, apesar de não estar relacionado com a gelatina, é proveniente de fontes similares, sendo também submetido a um processo de obtenção altamente refinado. Por isso, a OMS declara que todos os produtos farmacêuticos e cosméticos que contêm gelatina ou sebo derivados de bovinos são inócuos e podem ser usados com confiança.

Embora existam estudos que demonstram a eficácia do processo de fabricação da gelatina na eliminação ou inativação do agente da EEB. Por precaução, recomenda-se evitar o consumo de carne ou derivados como gelatina e sebo (excluem-se leite e derivados) provenientes de animal doente ou de países em que a EEB seja crítica.

 Fonte:

http://www.foodinsight.org/enespanol/Resources/Detail.aspx?topic=_Preguntas_y_respuestas_acerca_de_la_encefalopat_a_espongiforme_bovina_EEB_

http://www.scotconsultoria.com.br/noticias/artigos/27931/brazil-fears-mad-cow-case-will-force-cut-in-beef-prices.htm

http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/05/oie-afirma-que-brasil-tem-risco-insignificante-de-vaca-louca.html

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Lições aprendidas com o maior recall de carnes do Canadá

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O maior recall de carnes na história canadense começou em setembro de 2012, com o encerramento das atividades da unidade Lakeside, em Alberta, da empresa XL Foods Inc. Esta planta era a segunda maior do Canadá, representando um terço da capacidade da produção nacional de carnes processadas, e foi fechada por ordem da CFIA (Agência Canadense de Inspeção de Alimentos), quando foi encontrada carne contaminada por Escherichia coli O157:H7 proveniente desta unidade. As consequências das falhas operacionais desta planta, por fim, resultaram na venda da unidade à JBS Canadá.

Os primeiros relatórios após o encerramento da unidade sugeriram que a cultura corporativa disseminada na planta não priorizava a segurança de alimentos. Os resultados iniciais da inspeção da CFIA indicaram que embora existisse o estudo HACCP na fábrica, ele não estava totalmente implementado e não era regularmente atualizado. Mais especificamente, não existia a definição de ações a serem tomadas caso ocorresse alguma análise positiva para E. coli, havia avaliação inconsistente das tendências dos resultados positivos, não havia processo para incluir resultados de análises pelos clientes, a manutenção dos registros era insuficiente e foram detectadas deficiências nos procedimentos e técnicas de amostragem.

Os dirigentes do sindicato representante dos operadores da fábrica também sugeriram que a liberação e a expedição do produto mascaravam os parâmetros e resultados relacionados à segurança de alimentos. Isto não deveria desculpar os funcionários da linha de frente em relação às suas responsabilidades neste assunto, mas é responsabilidade dos líderes corporativos e dos gestores o estabelecimento da cultura da segurança de alimentos, as expectativas, a política da empresa e os treinamentos necessários para cada funcionário, para servirem de guia na tomada de decisão.

Keith Warriner, professor e diretor do Programa de Segurança de Alimentos e Garantia da Qualidade da Universidade de Guelph, disse após os balanços do recall: “A cultura de segurança de alimentos é onde são dados o poder e a responsabilidade aos funcionários, e os gestores também devem respeitar as normas e protocolos. Um ponto era evidente neste caso da XL Foods: eles tinham todos os procedimentos escritos, tinham HACCP, que leva anos a ser desenvolvido e num custo alto, mas nada estava realmente sendo colocado em prática. É fácil dizer ‘providenciem nova legislação, contratem mais fiscais’, mas isto não é a solução para a segurança de alimentos. A melhor segurança de alimentos é aquela onde você tem o controle e a autopropriedade da segurança de alimentos, então você faz coisas que são corretas”.

Na sequência do evento, o governo canadense encomendou um estudo independente para descobrir o que de fato levou à distribuição de produtos contaminados. Os resultados deste estudo foram publicados em maio de 2013, e foram extremamente críticos em relação tanto ao pessoal da planta, quanto aos fiscais da CFIA. E a conclusão disso?

Da Seção 9 do Relatório: O recall dos produtos da XL Foods Inc. foi exacerbado por um número de fatores-chave. A manutenção dos registros da empresa era fraca. A fábrica estava despreparada para mostrar prontamente informações relevantes sobre o produto e a distribuição às autoridades fiscais.

A coordenação da comunicação com o público deixou os consumidores confusos e preocupados. Num período de várias semanas, eles ouviram que mais e mais produtos não deveriam ser consumidos. Não é surpresa que as pesquisas de opinião mostram que a maior preocupação dos canadenses é a contaminação de E. coli O157:H7 nos alimentos, que acreditam que ela está em franca ascensão.

E tudo isso era possível de ser prevenido. A segurança de alimentos é composta de dois elementos essenciais: um sistema, e as pessoas que implementam este sistema. O sistema de segurança de alimentos do Canadá é complexo. Considerando as várias jurisdições que governam o país, este sistema necessariamente envolve muitas partes. Apesar de alguns desafios, ele funciona. É reconhecido mundialmente por ter uma boa abordagem em segurança de alimentos. Mas a melhoria contínua é vital para que o Canadá continue como uma referência.

O principal elemento (e o maior desafio) da segurança de alimentos são as pessoas. Os sistemas não servem de nada se não houver o conhecimento, o acompanhamento e o comprometimento por parte dos indivíduos. A segurança de alimentos deve ser uma cultura adotada e praticada em todos os níveis da organização, desde o presidente da empresa, até o auxiliar de produção do turno da noite, desde o veterinário responsável, até o inspetor da carne. Estes indivíduos têm um papel fundamental na saúde dos consumidores, e deveriam levar muito a sério esta responsabilidade.

 

Fonte:

http://www.foodsafetymagazine.com/fsm-edigest/lessons-from-canadae28099s-largest-ever-meat-recall/

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Adoçantes: conheça melhor a sucralose. É segura?

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Com o crescimento da obesidade, muita gente acredita que deve abrir mão dos doces para emagrecer; Mas existe uma boa notícia para quem adora doce: adoçantes de baixa caloria oferecem um meio de reduzir calorias em bebidas e alimentos doces, que podem ajudar a emagrecer ou manter o peso. Os adoçantes também são uma maneira de fazer com que os diabéticos diminuam a ingestão de carboidratos.

Já falamos sobre adoçantes antes. Relembre aqui os posts sobre aspartame e adoçantes artificiais.

Hoje vamos falar especificamente da sucralose. Trata-se de um adoçante que confere dulçor a bebidas e alimentos sem adicionar calorias ou carboidratos. O processo para obtenção da sucralose parte da própria sacarose (açúcar de mesa), alterando-se sua estrutura, através da substituição de três grupos OH (oxigênio – hidrogênio) na molécula de sacarose por três átomos de cloro, resultando num produto não calórico e intensamente doce. O nosso corpo não metaboliza a molécula de sucralose em caloria para nos fornecer energia como faz com a sacarose, mas a sucralose consegue ativar as mesmas papilas gustativas na língua para a nossa percepção do dulçor. Aliás, a sucralose tem um poder adoçante aproximadamente 600 vezes maior que a sacarose, e pode ser usada para cozinhar e assar, sem degradação, devido à sua alta estabilidade.

A sucralose é segura? É acumulativa? A maior parte da sucralose consumida não é absorvida e passa através do organismo. A pequena parte absorvida é excretada pela urina, sem acúmulo no corpo. A sucralose foi estudada extensivamente por cientistas e especialistas por todo o mundo (mais de 100 estudos de segurança em 20 anos de pesquisa), que concluíram que este adoçante é seguro para o consumo humano. Hoje, a sucralose está aprovada em pelo menos 80 países. Nos Estados Unidos, foi aprovada pelo FDA em 1999 para uso em todas as categorias de alimentos e bebidas.

Os estudos relacionados à segurança consideraram possíveis efeitos em diferentes condições de saúde, incluindo crescimento e desenvolvimento, risco de câncer, toxicologia, aparecimento de anormalidades (por exemplo, defeitos em fetos) e efeitos no sistema nervoso. Cientistas que participaram de uma vasta gama de pesquisas revisaram os dados e concluíram que não há efeitos danosos no consumo da sucralose, mesmo para os casos de pessoas que consomem as maiores quantidades. Isto significa que é possível consumir produtos com sucralose regularmente, sem preocupação. Em testes realizados com animais, inclusive com quantidades equivalentes ao dulçor de mais de18 kgde açúcar por dia, por toda a vida, não foram evidenciados sinais de que a sucralose possa ser cancerígena ou trazer malefícios ao longo do tempo.

Qualquer pessoa pode consumir sucralose, inclusive mulheres grávidas e lactantes. As pesquisas apontaram que a sucralose não tem qualquer efeito prejudicial às grávidas e aos bebês. Mesmo com a informação de que a sucralose possa ser consumida em dieta pré e pós-natal, uma mulher grávida ou lactante deve sempre consultar seu médico ou nutricionista em relação às necessidades nutricionais para apoiar sua saúde e a do bebê durante a gravidez e a infância.

Não há evidências de que a sucralose possa causar qualquer danos às crianças, ou que tenha efeitos secundários para qualquer indivíduo. A sucralose pode ser usada como parte da dieta das crianças para auxiliar na redução dos riscos de obesidade, sem privá-las do consumo de produtos doces.

No Brasil, a ANVISA autoriza o uso de sucralose em vários grupos de alimentos e bebidas, porém com limite máximo de uso, através da Resolução RDC nº 18 de 24/03/2008 (Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos).

Em que pese todas as informações sobre a segurança no consumo da sucralose (inclusive em grandes quantidades, conforme afirmam os estudos), é sempre aconselhável que seja adotada uma dieta balanceada e sem exageros.

Fonte:

http://www.foodinsight.org/Resources/Detail.aspx?topic=Everything_You_Need_to_Know_About_Sucralose

http://www.foodinsight.org/Content/5519/Sucralose%20cons%20piece_web.pdf


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Estudo aponta que alimentos geneticamente modificados podem prejudicar suínos

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O debate sobre alimentos geneticamente modificados envolvendo cientistas ganhou peso num dos últimos estudos que apontam que porcos alimentados com grãos geneticamente modificados sofreram de maior taxa de inflamação severa do estômago e as fêmeas desenvolveram úteros mais pesados.

Alguns especialistas afirmaram que o estudo traz evidência de um problema que justifica novas pesquisas, enquanto outros o rejeitaram como ciência alarmista e “porcaria”. O estudo também destaca as dificuldades que os pesquisadores enfrentam quando os proprietários das patentes negam acesso a sementes geneticamente modificadas (GM) para as pesquisas.

 O estudo, conduzido por estudiosos australianos e norte-americanos e publicados neste mês de junho no Journal of Organic Systems (Jornal de Sistemas Orgânicos), acompanhou 168 porcos desde o desmame até atingirem o peso para o abate, ao longo de aproximadamente 23 semanas. Metade dos porcos (84) recebeu uma dieta baseada em milho e soja GM, enquanto que a outra metade recebeu bastante similar, porém com milho e soja convencionais (não GM).

Os pesquisadores encontraram algumas diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos de porcos, após compararem esses grupos com base em aproximadamente 20 parâmetros diferentes, incluindo ganho de peso, úlcera estomacal e anormalidades nos rins. Os porcos alimentados com grãos GM, no entanto, apresentam taxas significativamente mais altas de inflamação severa do estômago, bem como uma média de úteros 25% mais pesados em relação ao peso corporal.

A inflamação do estômago foi classificada numa escala entre nula, suave, moderada e severa durante necropsias cegas, ou seja, os relatores não sabiam se eles estavam examinando o estômago de um porco alimentado com grãos GM ou não GM. Uma tabela com quatro fotos anexada ao artigo deste estudo mostrou um exemplo de cada uma das quatro escalas de inflamação, que variou de um acinzentado (nula) a uma combinação de rosado e amarelo-bile (severa). O dado que mais preocupou os autores foi: 23 porcos alimentados com grãos GM sofreram de inflamação severa do estômago, enquanto que no caso dos porcos não GM, foram apenas 9 que apresentaram o problema. Esta grande diferença é um alarme que merece novos estudos, de acordo com Michael Hansen, cientista Ph.D. sênior da Consumers Union.

Os críticos do estudo não têm esta certeza. Mark Lynas, autor de mudanças climáticas notáveis e um ex-crítico (que virou defensor) dos organismos GM, destacou que 60 porcos alimentados com grãos não GM tiveram inflamação estomacal suave ou moderada, contra 41 porcos alimentados com grãos GM, e apenas 4 porcos não-GM tiveram a inflamação classificada como nula, enquanto que no caso dos porcos GM, foram computados 8 com a mesma classificação.

“É claro, um número menor de porcos GM pode apresentar inflamação suave ou moderada no estômago se houver uma porcentagem maior já classificada como severa”, disse Michael Hansen.

Outro ponto de discórdia reside na variação potencial na composição nutricional entre grãos GM e não-GM fornecidos aos porcos nesta pesquisa. Devido às restrições dos titulares das patentes dos produtos GM, os pesquisadores foram obrigados a comprar cada tipo de grão dos distribuidores do varejo, ao invés de terem plantado os grãos num ambiente conhecido e numa condição controlada.

De acordo com os autores, a soja e o milho GM utilizados foram considerados pelas agências governamentais como equivalentes às variedades de grãos não GM, em termos de composição e características nutricionais. Mas a falta de ter tido conhecimento no ambiente da plantação e controle do crescimento dos grãos coloca potencialmente em xeque os resultados da pesquisa, de acordo com Kent Bradford, diretor Ph. D. do Centro de Biotecnologia de Grãos e Sementes da Universidade da Califórnia em Davis.

“Estes grãos são produtos diferentes. Por exemplo, os grãos de soja podem ter uma ampla gama de fitoestrogênios. A quantidade varia muito entre cada produção.”, afirmou Bradford.

E você, leitor? Acha que os alimentos GM podem trazer alguma consequência para nós também, além da tendência apresentada no estudo em relação aos porcos?

 

Mais informações:

http://www.foodsafetynews.com/2013/06/study-says-gmo-feed-may-harm-pigs/#.Uce6jzRwqSo

 

 

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Os requisitos adicionais da FSSC 22000 – atualizações de 2013

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Na lista dos requisitos adicionais mencionados na Parte 1 do esquema, no Apêndice 1A, a Foundation incluiu mais três itens. Na versão anterior eram dois requisitos, e agora são cinco, a saber:

 1. Especificação para serviços: a organização na cadeia de alimentos deve garantir que todos os serviços (incluindo utilidades, transporte e manutenção) que são fornecidos e que tenham impacto na segurança de alimentos:

  • Tenham requisitos especificados
  • Sejam descritos em documentos na extensão necessária para conduzir a análise de perigos
  • Sejam gerenciados em conformidade com os requisitos da especificação técnica dos programas de pré-requisitos do setor (hoje seria ISO/TS 22002-1 ou PAS 223)

 Leia mais dicas aqui: http://artywebdesigner.com.br/fssc-22000-os-requisitos-adicionais-servicos/

 2.Supervisão do pessoal na aplicação dos princípios de segurança de alimentos: a organização na cadeia de alimentos deve garantir uma supervisão eficaz do pessoal na correta aplicação dos princípios e práticas de segurança de alimentos, proporcional às suas atividades. Veja as dicas aqui: http://artywebdesigner.com.br/fssc-22000-os-requisitos-adicionais-supervisao-de-pessoal/

 3. Requisitos legais específicos: a empresa que está buscando a certificação deve garantir que as especificações para ingredientes e materiais leve em consideração qualquer requisito legal aplicável (ex. controle de substâncias proibidas). Em outras palavras, a legislação referente ao ingrediente e aos materiais (ex. embalagens) deve ser considerada e deve haver evidência de que o ingrediente ou o material cumpra tais requisitos.

 4.Auditorias anunciadas (mas não agendadas) das organizações certificadas: O organismo de certificação participará de um programa de auditorias documentais (office audits), baseado em riscos, e auditorias anunciadas mas não agendadas das empresas certificadas. Estas auditorias devem ser conduzidas em conformidade com os requisitos do GFSI. As empresas certificadas poderão passar por auditoria “surpresa” conduzida pelos organismos de certificação. Provavelmente o preocupação da Foundation é fazer com que as empresas certificadas mantenham todos os requisitos de segurança de alimentos adequadamente implementados em qualquer época do ano e em qualquer situação, e não somente durante as auditorias agendadas.

 5. Gestão dos materiais: a organização deve implementar um sistema para garantir que análises de materiais que sejam críticas para a confirmação da segurança do produto sejam realizadas. Tais análises devem ser conduzidas com base em padrões equivalentes àqueles descritos na ISO 17025. Qualquer característica de um ingrediente, matéria-prima, embalagem e outro material que seja relevante à segurança de alimentos deve ser analisada, e a metodologia de análise deve ser reconhecida e seguir os princípios da ISO 17025 (independente de quem realiza a análise, se é o próprio fornecedor, se é o usuário ou se é um laboratório externo).

 Isto tudo significa que os padrões esperados para as certificações FSSC estão cada vez mais rigorosos, e que as empresas devem realmente demonstrar comprometimento e seguir práticas do mais alto nível em segurança de alimentos se desejarem ser certificadas.

 Fonte:

http://www.fssc22000.com

2 min leituraNa lista dos requisitos adicionais mencionados na Parte 1 do esquema, no Apêndice 1A, a Foundation incluiu mais três itens. Na versão anterior eram dois requisitos, e agora são cinco, […]

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FDA desenvolve nova ferramenta para auxiliar no plano de Food Defense

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 O assunto de food defense (defesa dos alimentos), ainda pouco explorado no Brasil (mas começando a se popularizar em função de certificações como FSSC e BRC), é bastante relevante em países e regiões que são alvos tradicionais de terroristas e atos maliciosos. O FDA (Food and Drug Administration – equivalente à nossa ANVISA), nos Estados Unidos, demonstra grande preocupação com o tema. Afinal de contas, o país é o mais visado no mundo. Por este motivo, publicou algumas ferramentas para auxiliar as empresas na aplicação de práticas para garantir a defesa dos alimentos. Antes de comentarmos sobre estas ferramentas, vamos recordar que o conceito de food defense está relacionado à proteção e defesa dos alimentos e bebidas na cadeia de suprimentos, com o intuito de barrar toda e qualquer forma de ataque malicioso, sabotagem, contaminação proposital e bioterrorismo, incluindo atos que possam levar a uma falha no suprimento de alimentos. De acordo com o FDA, uma das ferramentas desenvolvidas – o Construtor de Plano de Defesa de Alimentos (Food Defense Plan Builder), é um software abrangente, fácil de usar, desenvolvido para ajudar os proprietários e operadores da cadeia de alimentos – desde a produção primária e fabricação até transporte e varejo – a elaborar planos personalizados para minimizar os riscos de contaminação intencional em suas instalações. O FDA não possui uma legislação que obrigue a elaboração de um “plano” de food defense, mas muitas empresas voluntariamente fazem os seus próprios planos e implementam em suas instalações. Michael Taylor, da Comissão de Alimentos e Medicina Veterinária do FDA, disse que o FDA está comprometido com o fornecimento das melhores práticas e recursos para apoiar as indústrias, no atingimento do objetivo comum de proteção da cadeia de alimentos. As empresas estão sendo estimuladas a utilizar a ferramenta do Food Defense Plan Builder e tirar todas as vantagens dela. Casos de contaminação intencional não são comuns, mas podem ocasionar sérias consequências à saúde pública. Por exemplo, em 2009 num restaurante do Kansas, mais de 40 pessoas ficaram doentes após funcionários descontentes contaminarem intencionalmente os molhos com um pesticida. Em 1996, 12 funcionários de um laboratório numa fábrica de produtos médicos do Texas ficaram doentes após consumir produtos de pastelaria que foram propositalmente contaminados com uma cepa virulenta da bactéria Shigella. O Food Defense Plan Builder é o mais recente esforço do FDA no auxílio às instalações produtoras de alimentos na tomada de ações apropriadas para defender a cadeia de alimentos. Nos anos posteriores ao ataque do 11 de setembro de 2001, o FDA publicou várias ferramentas de food defense e recursos para contribuir com a indústria norte-americana, parceiros federais, agências regulatórias estaduais e locais e a comunidade internacional, no que se refere à proteção da cadeia de alimentos contra ataques biológicos, químicos e radioativos. A ferramenta guia os usuários através de várias questões aprofundadas sobre suas instalações e o alimento produzido, processado, embalado ou armazenado nestas instalações, para o desenvolvimento de um plano de food defense abrangente, que inclua a avaliação da vulnerabilidade, estratégias de mitigação amplas e focadas, contatos de emergência, documentação de apoio e elaboração de planos de ação. O conteúdo desta ferramenta é baseado nos guias de food defense do FDA, e portanto, o Food Defense Plan Builder é consistente com o atual posicionamento do FDA em relação ao preparo das empresas em food defense. Além de fornecer nova funcionalidade ao planejamento e implementação das estratégias de food defense, o Food Defense Plan Builder aproveita os recursos e reúne ferramentas já existentes do FDA num único aplicativo. A ferramenta está disponível através do site do FDA:

 

Fonte: http://www.foodsafetynews.com/2013/05/fda-unveils-new-tool-to-help-industry-craft-food-defense-plans/

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FSSC 22000: publicação da versão 3 e segmentos aplicáveis

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 Caro leitor, é bem provável que a sua empresa tenha recebido a exigência de clientes em relação à certificação em esquemas reconhecidos pelo GFSI, como por exemplo, a FSSC 22000 (esquema mais popular atualmente), ou está implementando a norma por iniciativa própria. Conheça um pouco mais dos esquemas do GFSI neste post: http://artywebdesigner.com.br/certificacoes-gfsi-qual-escolher/#more-600 O esquema FSSC 22000 é formado pela ISO 22000 + programa de pré-requisitos (PPR) do setor específico (ISO/TS 22002-1 para fabricantes de alimentos e PAS 223 para fabricantes de embalagens) + requisitos adicionais da Foundation (dona do esquema FSSC). Tanto a ISO 22000 quanto a ISO/TS 22002-1 podem ser adquiridas em português através do site da ABNT: http://www.abntcatalogo.com.br/ E os tais requisitos adicionais? A Foundation publicou em abril de 2013 a 3ª versão de seus requisitos. O pacote de documentos do esquema de certificação FSSC está dividido em quatro partes, a saber: 1) Parte 1: Requisitos para as organizações que requerem a certificação 2) Parte 2: Requisitos e regulamentos para os organismos de certificação 3) Parte 3: Requisitos e regulamentos para a acreditação 4) Parte 4: Requisitos para as partes interessadas – Conselheiros (Board of Stakeholders) Apenas a parte 1 é aplicável às empresas que estão buscando a certificação em FSSC. A FSSC é aplicável somente aos seguintes setores (determinados na ISO/TS 22003 – requisitos para os organismos de certificação):

 

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GFSI reconhece o esquema “Global Aquaculture Alliance Seafood Processing Standard”

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No dia 16 de maio de 2013 foram anunciados pelo GFSI a finalização do processo de benchmarking e o reconhecimento do esquema The Global Aquaculture Alliance Seafood Processing Standard Issue 2 de agosto de 2012 (Aliança Global de Aquicultura – Norma de Processamento de Frutos do Mar, versão 2), para o escopo El: Processamento de produtos perecíveis de origem animal, de acordo com o Documento-Guia do GFSI 6ª Edição (GFSI Guidance Document Sixth Edition).

 A Aliança Global de Aquicultura (GAA), fundada em 1997, é uma associação comercial internacional sem fins lucrativos, dedicada ao avanço da responsabilidade social e ambiental na aquicultura e a uma cadeia segura de produção de frutos do mar. A GAA acredita que a aquicultura é o único meio sustentável para aumentar o fornecimento de frutos do mar e que está alinhado ao crescimento da população mundial e à demanda destes produtos. Através do desenvolvimento dos seus padrões de certificação em Boas Práticas de Aquicultura, a GAA tornou-se a organização líder para o estabelecimento de normas e padrões para a aquicultura de frutos do mar. Conheça a GAA visitando o site: www.gaalliance.org.

 

Para entender melhor a sistemática de reconhecimento das normas pelo GFSI, recomendamos a leitura deste post: http://artywebdesigner.com.br/gfsi-e-o-processo-de-benchmarking-para-reconhecimento-de-normas/

 Fonte:

http://www.myforumupload.com/ftpaccess/foodsafety/Press_Release_Recognition_of_Global_Aquaculture_Alliance.pdf

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Evitando DTA em nossas cozinhas

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“Verifique os seus passos”! Este é um material preparado pelo governo americano, de forma didática, para ajudar o consumidor a evitar doenças transmitidas por alimentos (DTA) em casa. São quatro dicas simples e básicas, que não fogem ao que já conhecemos e o que já foi relatado em muitos outros artigos do nosso blog. O que chamou a atenção foram os recursos visuais, com fotos e vídeos explicativos. Existe até mesmo um site governamental, nos Estados Unidos, dedicado ao assunto de segurança de alimentos: www.foodsafety.gov

 

De acordo com as estatísticas americanas, no último ano um em cada seis americanos contraíram alguma DTA. Isto significa que aproximadamente 20% das pessoas ficaram doentes ou ficarão doentes em decorrência do consumo de alimentos contaminados e de hábitos de higiene inadequados. O problema é mais sério do que parece. Surtos e DTAs não só levam mais de 100 mil pessoas a cada ano para tratamentos hospitalares, como também podem deixar sequelas para o resto da vida. Relembre nos posts:

http://artywebdesigner.com.br/doencas-transmitidas-por-alimentos-que-deixaram-sequelas-graves-casos-reais/

http://artywebdesigner.com.br/doencas-transmitidas-por-alimentos-podem-ter-consequencias-por-toda-a-vida/

 

Mas seguindo quatro passos bem simples, podemos deixar a nossa família livre de DTAs! Vamos a eles:

 

Passo 1: Higienizar. Bactérias que causam doenças podem sobreviver e persistir na nossa cozinha, incluindo utensílios, bancadas, pias, e também em nossas mãos. Se não higienizarmos de maneira adequada, podemos espalhar bactérias nocivas à nossa família.

– Antes de manipular o alimento, lave as mãos corretamente por pelo menos 20 segundos, com sabonete e água corrente. Não se esqueça de lavar entre os dedos e as unhas. Dica: cante “parabéns pra você” enquanto lava as mãos.

– Lave e seque bem superfícies e utensílios após o uso. Isto inclui pias, bancadas, louças e demais áreas de contato. Use panos limpos, preferencialmente lavados com água quente, ou toalhas de papel para secar.

– Higienize bem frutas, legumes e verduras, mesmo se for descascar e cortar.  Mas nunca lave carne, frango e ovos. O líquido que sai das carnes pode espalhar a contaminação pela sua cozinha.

 

Passo 2: Separar. Mesmo depois de ter lavado as suas mãos e superfícies de contato, carnes cruas, frango, peixes, frutos do mar e ovos podem ainda espalhar bactérias patogênicas aos alimentos prontos para consumo – a menos que você os mantenha separados.

– Use tábuas separadas: tenha uma tábua para carnes, peixes e frango, e outra para frutas, legumes e verduras. Dica: compre tábuas de cor diferente para facilitar a identificação e separação.

– Use talheres, pratos e utensílios diferentes e separados para alimentos crus e cozidos.

– Ao fazer compras no supermercado, separe carnes, ovos, peixes e frango crus dos demais alimentos no carrinho e nas sacolas.

– Na geladeira, coloque as carnes em sacos plásticos selados ou em potes com tampa, para prevenir que líquidos escorram e espalhem contaminação. Os ovos devem ser guardados na caixa original e no compartimento principal da geladeira (prateleiras), não na porta.

 

Passo 3: Cozinhar. Você sabia que bactérias que causam doenças multiplicam-se com maior rapidez na “zona de perigo” entre 5 e 60ºC? E enquanto as pessoas acham que o alimento está cozido simplesmente checando a cor e a textura, não existe forma de saber que o alimento está seguro, a menos que se sigam algumas dicas importantes e simples:

– Use termômetros. Alimentos cozidos são seguros apenas quando foram aquecidos em temperaturas altas o suficiente para matar as bactérias patogênicas. A cor e a textura sozinhas não trazem a informação de que o alimento realmente está cozido e pronto. Use termômetro para ter certeza. Coloque o alimento na parte mais espessa do alimento, tendo certeza de não ter contato com ossos, gordura ou cartilagem.

– Mantenha o alimento quente após cozimento. A possibilidade de proliferação de bactérias aumenta bastante enquanto o alimento esfria após o cozimento, pois essa queda na temperatura permite o desenvolvimento delas. Você pode manter seus alimentos acima da temperatura de segurança, 60ºC, pelo uso de fontes de calor como réchauds, bandejas aquecidas, banhos de água quente e cozedores lentos.

– Ao usar o aparelho de micro-ondas, tenha certeza que a temperatura atinja 74ºC. Mexa o alimento na metade do tempo de cozimento. Use o termômetro para verificar. Se o rótulo indicar que o alimento deve permanecer intocado por alguns minutos após o término do cozimento, obedeça. Termine o tempo de cozimento no micro-ondas, deixe o alimento lá dentro sem abrir a porta, aguarde os minutos indicados e depois consuma. Estes minutinhos extras ajudam o alimento a se cozinhar completamente, já que permitem que áreas que estejam mais frias no alimento absorvam o calor das áreas mais quentes.

– Veja mais dicas aqui: http://artywebdesigner.com.br/temperatura-de-seguranca-minima-para-o-cozimento-dos-alimentos/

 

Passo 4: Refrigerar. Você sabia que bactérias patogênicas podem se desenvolver em alimentos perecíveis num período de 2 horas, a menos que você os refrigere? Se for verão e a temperatura estiver em 30ºC ou mais, este tempo cai pela metade! Mas se você refrigerar o alimento prontamente e adequadamente, você pode ajudar a manter a segurança de sua família.

– Refrigere o alimento perecível em até 2 horas. Temperaturas baixas diminuem a velocidade de crescimento das bactérias. É importante refrigerar os alimentos rapidamente e adequadamente. Verifique o funcionamento da sua geladeira. Organize os alimentos nela, evite que ela fique muito cheia. O ar frio deve circular entre os produtos e prateleiras. Dica: Para refrigerar alimentos com maior rapidez, use um banho de gelo por fora da embalagem ou do pote. Evite colocar a comida em potes muito grandes. Divida a comida em vários potes menores, para que a refrigeração seja mais eficaz.

– Não descongele ou marine alimentos na pia ou bancada. Muitas pessoas se surpreendem com essa dica, mas como as bactérias se reproduzem muito mais rápido à temperatura ambiente, descongelar ou marinar alimentos sobre a pia é uma das atitudes mais arriscadas.  Descongele os alimentos na geladeira, lembrando-se de colocar dentro de potes ou pratos fundos para que líquidos não escoem pelas prateleiras e contaminem os demais alimentos. Pode-se descongelar o alimento no micro-ondas, mas não se esqueça de cozinhá-lo imediatamente após o descongelamento. Você pode cozinhar os alimentos congelados, mas isto leva mais tempo do que cozinhá-los descongelados. Para marinar o alimento, sempre faça na geladeira.

– Saiba quando descartar um alimento. Nem sempre o aspecto e o cheiro do alimento denunciam que bactérias nocivas estão se desenvolvendo. Aliás, bactérias patogênicas raramente alteram as características sensoriais dos alimentos. Descarte os alimentos antes que elas cresçam. Relembre as dicas de validades dos alimentos no post http://artywebdesigner.com.br/qual-e-a-validade-de-um-alimento-cuja-embalagem-foi-aberta/

 

Este material é interessante para treinamento dos manipuladores em restaurantes, ou até mesmo para educar a sua família. A segurança de alimentos deve ser ensinada desde criança! Até a próxima!

 

Fonte: http://www.foodsafety.gov/keep/basics/index.html

 

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Publicação da CVS nº 5/2013 e a revogação das CVS nº 6/1999 e nº 18/2008

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Foi veiculado hoje, dia 29 de abril de 2013, no site do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, um comunicado sobre a publicação da Portaria CVS nº 5 de 09/04/2013: Regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, anexo.

A publicação desta portaria foi oficializada no Diário Oficial do Estado – DOE de 19/04/2013 – nº 73 – Poder Executivo – Seção I – pág. 32 – 35. A nova Portaria CVS nº 5 deixa bem claro o seu escopo de aplicação, que seria:

  1. Estabelecimentos comerciais de alimentos: unidades do comércio varejista e atacadista, cuja atividade predominante é a exposição de alimentos industrializados, produtos hortifrutigranjeiros, carnes e pescados, podendo inclusive, expor alimentos preparados, embalados ou não, para venda direta ao consumidor, pessoa física ou jurídica. Exemplos: hipermercados, supermercados, mercearias, padarias, açougues, comércios atacadistas de produtos alimentícios de todos os tipos;
  2. Serviços de alimentação: empresas comerciais (exemplos: restaurantes de todo tipo inclusive industriais, lanchonetes, bufês, entre outros) ou serviços incluídos em instituições sociais (exemplos: cozinhas de creches, escolas, asilos, hospitais, entre outros), cuja atividade predominante é a preparação e a oferta de refeições prontas para consumo individual ou coletivo, servidas, principalmente, no mesmo local.

Esta Portaria apresenta como inovação em seu Roteiro de Inspeção, a citação dos artigos referentes a cada item de avaliação, quesitos de Boas Práticas, no qual a autoridade sanitária se fundamenta para fazer a avaliação do risco sanitário e concluir sobre a condição de funcionamento do estabelecimento inspecionado.

É importante salientar que esta portaria revoga as Portarias CVS nº 6/1999 e CVS nº 18/2008, que eram amplamente utilizadas como referência para a indústria de alimentos do estado de São Paulo e também de outros estados do Brasil, por conter mais informações que as legislações federais.

 Portanto, conclui-se que atualmente, no estado de São Paulo (exceto na capital, em que temos a portaria 2619/2011 – veja estes posts: Portaria 2619/11 Boas Práticas de Manipulação e Perguntas e respostas sobre a Portaria SMS 2619/2011), apenas as legislações federais – Portaria 326/1997 e RDC 275/2002 – são aplicáveis às BPF para a indústria de alimentos. Pelo menos, agora as coisas estão mais claras e os checklists de inspeção (RDC 275 x CVS 5) são mais adequados para cada realidade. Será que o CVS está trabalhando para publicar uma portaria estadual específica de BPF para a indústria? Vamos continuar acompanhando.

Obrigada pela leitura e até a próxima!

Acesse o conteúdo da portaria aqui:

Fonte: Centro de Vigilância Sanitária.

Leia também: Quais são as diferenças entre as diferenças entre a CVS 0599 e a CVS 0613.

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GFSI reconhece o esquema Global GAP

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Foi publicado no dia 24 de abril de 2013, no site do GFSI – Global Food Safety Initiative, o comunicado do reconhecimento da GLOBALG.A.P., para o esquema “Farm Assurance Integrated” sub-escopo Frutas e Vegetais – Versão 4 (Garantia Integrada da Produção Primária), e para Produce Safety Standard Versão 4 – extensão de escopo (Segurança dos Produtos Primários) de acordo com o Documento-Guia do GFSI 6ª Edição (GFSI Guidance Document Sixth Edition), nos dois casos englobando os seguintes escopos:

 BI Cultivo de Vegetais (Farming of Plants)

D Pré-processamento e manipulação de produtos vegetais (Pre Processing and Handling of Plant Products)

 G.A.P. significa, em inglês, Good Agricultural Practice (Boas Práticas Agrícolas) e a GLOBALG.A.P. é a norma reconhecida internacionalmente para garantir isso. GLOBALG.A.P. é uma organização afiliada de uma associação comercial sem fins lucrativos, com um objetivo crucial: produção agrícola segura e sustentável no mundo. Ela estabelece normas voluntárias para a certificação de produtos agrícolas, e cada vez mais os produtores, fornecedores e compradores estão harmonizando suas certificações. O principal esquema é o IFA – Integrated Farm Assurance (Garantia Integrada da Produção Primária), que cobre a produção agrícola (plantas), pecuária e aquicultura e enfatiza uma abordagem progressiva e holística para a certificação da fazenda. A norma PSS – Produce Safety Standard (Segurança dos Produtos Primários) apenas foca nos elementos de segurança de alimentos e rastreabilidade do esquema IFA. A PSS é um subconjunto da IFA e foi desenvolvida pelo mercado norte-americano, onde a demanda para cumprir os requisitos de segurança de alimentos da IFA tem prioridade sobre outros elementos não relacionados à segurança de alimentos. Para maiores informações, visite: www.globalgap.org

 

Para entender melhor a sistemática de reconhecimento das normas pelo GFSI, convidamos a todos a lerem este post: http://artywebdesigner.com.br/gfsi-e-o-processo-de-benchmarking-para-reconhecimento-de-normas/

 Fonte:

http://www.myforumupload.com/ftpaccess/foodsafety/News_Release_-_Recognition_of_GlobalG.A.P.pdf

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Estabelecendo metas SMARTER e o PDCA para o sistema de gestão

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O estabelecimento de objetivos relacionados à política é essencial para qualquer sistema de gestão. Isto já foi bem esclarecido no post do nosso colega Fernando Ubarana. 

 O conceito de objetivo da qualidade, de acordo com a ISO 9000:2005, é: “aquilo que é buscado ou almejado, no que diz respeito à qualidade”. Para a segurança de alimentos, a definição é a mesma, só devemos substituir a palavra “qualidade” por “segurança de alimentos”.

 

Uma vez que estabelecemos o que desejamos, o nosso propósito (exemplo: reduzir reclamações por motivo de segurança de alimentos), é importante que tenhamos um alvo, uma meta, um número a ser alcançado. Lembre-se de que os objetivos devem sempre ser mensuráveis, e normalmente o monitoramento ocorre através de indicadores. Algumas empresas usam o termo “KPI”, que vem do inglês “key performance indicators” (indicadores-chave do desempenho).

 

Nem sempre a definição de uma meta é simples. É claro que queremos reclamação zero, mas isso será possível e alcançável? Como manter os meus colaboradores motivados para atingir as metas que forem estabelecidas? Se as metas forem estabelecidas de modo adequado, certamente são ótimos estimuladores de indivíduos e organizações. Se forem mal planejadas, as metas podem ter o efeito oposto, ser negativas, deixando os colaboradores inseguros, des

Para atingirmos um efeito positivo na organização e entre os colaboradores, podemos estabelecer metas “SMARTER”. Isso mesmo, as metas devem ser “mais inteligentes”. O quadro abaixo explica o que significa uma meta “SMARTER”. A sigla SMART (“inteligente”, do inglês) é mais difundida, porém recentemente foram incluídas as letras E e R ao final, para que a definição ficasse ainda mais robusta.

As metas SMARTER lembram bastante o ciclo PDCA (Planejar, Executar, Verificar e Agir):

 

  • Plan (planejamento): estabelecer a meta ou identificar o problema (lembre-se que um problema impede o alcance dos resultados esperados); analisar o fenômeno (analisar os dados relacionados ao problema ou não conformidade); analisar o processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um plano de ação, sem esquecer-se de levantar as necessidades de recursos. Tudo o que é bem planejado tem grandes chances de ter bastante sucesso. A grande maioria dos erros e dos casos de fracassos nas empresas está ligada a um mau planejamento ou mesmo à ausência de planejamento.
  • Do (execução): realizar, executar as atividades conforme o plano de ação. Um bom plano de ação sempre contém pelo menos as seguintes informações: o que fazer, quem é o responsável e qual o prazo para conclusão.
  • Check (verificação): monitorar e avaliar periodicamente os processos e resultados, confrontando-os com o planejado, por meio de especificações e indicadores, consolidando as informações. Podem-se emitir relatórios ou gráficos. Quadros de gestão à vista são bastante úteis para compartilhar as informações com os colaboradores.
  • Act (ação): agir de acordo com os resultados avaliados e atingidos, eventualmente determinar e elaborar novos planos de ação, de forma a melhorar a segurança de alimentos, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas. Melhoria contínua é a chave de sucesso para um sistema de gestão robusto.

 Esperamos que com estas dicas, você consiga aprimorar ainda mais as metas da sua empresa (e até mesmo da sua vida pessoal) e disseminar a melhoria contínua sempre. Até a próxima!

 

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA (inclusive da figura do PDCA)

http://www.ucdmc.ucdavis.edu/facultydev/pdfs/SMARTerGoals.pdf

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Ar quente pode reduzir Campylobacter em caixas de transporte de aves

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A aplicação de ar quente forçado nas caixas de transporte de aves podem ser um meio eficaz na eliminação de Campylobacter neste ambiente, conforme revelado em nova pesquisa do governo norte americano.

As aves são conhecidas por serem portadoras de Campylobacter, uma bactéria que causa doença gastrointestinal. De acordo com o U.S. Center for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), a maioria dos casos de infecção por Campylobacter está associada ao consumo de carne de ave crua ou mal cozida, ou pelo consumo de outros alimentos que possam ter tido contato com aves contaminadas.

Como as aves abrigam Campylobacter em seus intestinos e a bactéria é liberada nas fezes, o piso das granjas e viveiros de aves é um rico substrato para a bactéria. Nas caixas e engradados de transporte, as bactérias presentes nas fezes evacuadas por uma ave contaminada podem contaminar muitas das outras aves ao redor.

A pesquisa demonstrou que a lavagem das caixas e a secagem por um ou dois dias pode reduzir bastante ou até mesmo eliminar Campylobacter, no entanto esse tempo de espera não é produtivo para os avicultores.

Mas os cientistas do Serviço de Pesquisas Agrícolas do USDA (equivalente ao nosso Ministério da Agricultura) e da Universidade da Georgia descobriram que a aplicação de ar quente forçado nas caixas que receberam um spray prévio de água pode reduzir Campylobacter a níveis não detectáveis. O ar quente estático, por outro lado, não foi eficaz na redução dos níveis da bactéria, de acordo com as conclusões do estudo.

A pesquisa ainda aponta que o tratamento com ar quente forçado constitui um método rápido e prático, que pode ser usado no futuro pelos avicultores para reduzir a contaminação cruzada por Campylobacter entre as aves, durante o transporte.

 Fonte: http://www.foodsafetynews.com/2013/02/hot-air-helps-reduce-campylobacter-in-poultry-crates-study-finds/#.URKxL6V9KSo

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Fraudes em alimentos como forma de redução de custos pelos fabricantes?

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Organização norte-americana está estudando o aumento no registro de casos de leite fraudado com água, azeite de oliva “diluído” e outros substitutos perigosos na cadeia de alimentos.

 Alguns vinhos finos são valorizados por um aroma gramíneo, de ervas, mas se este aroma estiver presente na sua xícara de chá, pode ser que ele seja devido a uma fraude que o fabricante faz no chá, usando grama cortada.

Esta prática é utilizada pelos fabricantes de alimentos como uma medida para cortar custos.  A Convenção Farmacopeica dos Estados Unidos (U.S.P.), uma organização científica independente e sem fins lucrativos, revelou no final de janeiro de 2013 que sua base de dados e registros de incidentes com fraudes em alimentos aumentou drasticamente em 2011 e 2012. Isto significa que os casos de fabricantes de alimentos que fraudam produtos, como por exemplo, pela adição de grama ou folhas de samambaia nos chás, são bem mais numerosos do que se pensava originalmente.

O criador do banco de dados da U.S.P. e analista líder, Dr. Jeffrey Moore, explicou que esse banco de dados foi criado e trabalhado no sentido de auxiliar os fabricantes de alimentos, os órgãos regulatórios e outras organizações a aumentar a segurança de alimentos na cadeia de suprimentos. “Embora a fraude em alimentos já seja conhecida por séculos, com uma grande quantidade de casos notórios e bem documentados, suspeitamos que o que sabemos sobre esse assunto seja apenas a ponta do iceberg”, disse Moore.

O banco de dados da U.S.P. tem cerca de 1300 relatórios acadêmicos e notícias sobre fraude em alimentos abrangendo um período de 30 anos, entre 1980 e 2010. Mas a atualização desse banco de dados registrou 800 novos casos de fraudes em alimentos publicados em 2011 e 2012.

As constatações da U.S.P. mostram que leite, azeite de oliva e especiarias continuam tendo uma grande vulnerabilidade à fraude, sendo a diluição a principal prática.

Autoridades da Índia descobriram num estudo de 2012 que a maioria das amostras de leite produzido no país era diluída ou continha agentes como peróxido de hidrogênio, detergente e ureia – um composto naturalmente encontrado na urina e que pode ser produzido sinteticamente. Alguns produtores de leite da América do Sul substituíram a gordura do leite por óleo vegetal, outro produto suscetível à fraude.

O azeite de oliva fraudado é normalmente diluído com versões de baixa qualidade do produto, mas há relatos que mostram casos de óleo destinado a resíduo sendo utilizado como óleo para cozinhar na China.

Os novos registros revelaram que frutos do mar, suco de limão e chá são também especialmente vulneráveis à fraude. Um estudo de 2009 demonstrou que restaurantes de sushi frequentemente serviam um tipo de peixe diferente daquilo que estava no cardápio e que estava sendo cobrado. A U.S.P. está particularmente preocupada com o peixe-prego (também conhecido como peixe-escolar, Lepidocybium flavobrunneum), que é banido em diversos países pela alta concentração de “gempylotoxin”, uma gordura que causa uma forma especial de intoxicação (diarreia oleosa, dores de estômago, náusea, dor de cabeça entre outros sintomas). É relativamente comum as peixarias venderem o peixe-prego passando-se por atum branco.

“Peixes e frutos do mar são exemplos de alimentos em que os controles de segurança e antifraude são espécie-específicos, e isso faz com que a substituição de um tipo de peixe por outro seja um caso especialmente perturbador”, afirmou Moore.

Alguns registros de fraudes continham documentos datados do século 19, mostrando como os comerciantes de alimentos diluíam o gin com água para aumentar o peso e adicionavam pimenta-Caiena, açúcar e canela para mascarar o sabor alterado do gin diluído. Tabelas de dados de órgãos regulatórios de outros países também estão no banco de dados da U.S.P., incluindo uma tabela desenvolvida pelo Ministério da Agricultura da Índia que lista os elementos de fraude mais comuns em alimentos, que apresentam potencial de causar problemas à saúde pública (veja aqui a tabela: http://www.agmarknet.nic.in/adulterants.htm). As folhas de chá podem ser contaminadas com serragem colorida artificialmente; areia, pedra e outras sujidades podem ser usadas para aumentar o peso de grãos.

Fraudes em alimentos causaram revoltas públicas significativas recentemente, com os casos de hambúrguer de carne de boi vendido em redes de supermercados britânicos contendo DNA de porco e cavalo. Uma amostra de hambúrguer vendido na rede Tesco continha 29% de carne de cavalo em seu conteúdo total de carne.

A China viveu um dos casos mais graves e trágicos em segurança de alimentos e fraude deste século, em 2008, quando seis crianças morreram e mais 300 mil bebês ficaram doentes pelo consumo de leite em pó contaminado. Foi encontrada melamina no produto, e acredita-se que foi deliberadamente adicionada para que o leite passasse nas análises nutricionais.

E você, caro leitor, o que acha destes relatos de fraude? Será que as autoridades no Brasil estão fiscalizando? E os fabricantes, realmente lançam mão deste “artifício” para obter maior vantagem financeira? Apesar de não haver grande divulgação, existem registros concretos e oficiais no nosso país, como o caso de 2007 de leite fraudado com uma mistura de soda cáustica, ácido cítrico, citrato de sódio, sal, açúcar e água, em uma cooperativa na região do triângulo mineiro. Pode ser que o problema seja  muito mais comum do que imaginamos…

 

Fonte: The Guardian

3 min leituraOrganização norte-americana está estudando o aumento no registro de casos de leite fraudado com água, azeite de oliva “diluído” e outros substitutos perigosos na cadeia de alimentos.  Alguns vinhos finos […]

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Case de rotulagem de azeitonas em Portugal

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Já que o assunto dos requisitos da FSSC (em especial da ISO/TS 22002-1) está em alta na atualidade, gostaria de dividir com vocês as minhas impressões sobre o que vi no rótulo de um produto que comprei em Portugal (azeitonas pretas sem caroço em conserva, em lata). Vejam a foto:

 

Além das semelhanças com a nossa rotulagem, alguns detalhes me chamaram a atenção:

–  Destaque para a informação de que pode conter vestígios de sorbato de potássio (E 202, INS 202). O sorbato de potássio é um sal de potássio do ácido sórbico, inibidor de crescimento de bolores e leveduras, amplamente utilizado como conservante. De acordo com o Regulamento (UE) Nº 1129/2011 da Comissão de 11/11/2011, o sorbato de potássio fica proibido de ser utilizado em qualquer fruto ou hortaliças em salmoura, exceto nas azeitonas, e há limitação de uso. Apesar de este aditivo ser considerado seguro, há estudiosos que digam que ele pode causar reações alérgicas se ingerido em grandes quantidades ou por um período prolongado.

No Brasil, para o limite do uso do conservador sorbato de potássio deve ser considerada a Res. N° 04/88 , ainda vigente em quanto a CP não for publicada. O limite em azeitonas é 0,10 g/100g (expresso em ácido sórbico), o que inclusive é igual a de uma proposta de atualização, a  CP N°4/11.*

– Informação ao consumidor: achei interessante darem também destaque ao fato de que as azeitonas foram descaroçadas automaticamente, e que pode haver falhas neste processo. O consumidor deve ficar atento! Lembrando que o caroço da azeitona normalmente é considerado um perigo físico, em especial neste produto que é sem caroço.

– Instruções de conservação: no rótulo diz que após aberto, devemos conservar na geladeira. Porém, colocando-me no lugar do consumidor comum, não ficou claro se o produto deve ser mantido na própria lata, ou se deve ser colocado em outro frasco, se deve ser tampado ou não. E depois de aberto, a validade seria a mesma que está indicada na lata (outubro 2015)? Na opinião de vocês, amigos leitores, a informação foi suficiente para o consumidor ou faltam maiores esclarecimentos? Se você fosse um auditor de FSSC, na avaliação do requisito 17 da ISO/TS 22002-1 (PPR), consideraria este fato uma não conformidade?

(*) Informação disponibilizada pela Food Staff

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GFSI reconhece o esquema FSSC 22000 para alimentos e embalagens

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Foi publicado no dia 22 de fevereiro de 2013, no site do GFSI – Global Food Safety Initiative (www.mygfsi.com), o comunicado do reconhecimento do esquema FSSC 22000 (versão Outubro 2011), de acordo com o Documento-Guia do GFSI 6ª Edição (GFSI Guidance Document Sixth Edition), englobando os seguintes escopos:

 C Conversão animal

Pré-processamento e manuseio de produtos de origem vegetal
EI Processamento de produtos perecíveis de origem animal
EII Processamento de produtos perecíveis de origem vegetal
EIII Processamento de produtos perecíveis de origem animal e vegetal (produtos mistos)
EIV Processamento de produtos estáveis à temperatura ambiente
L Produção de(Bio)Químicos
M Produção de embalagens para alimentos

 A FSSC 22000 (Food Safety System Certification 22000 – www.fssc22000.com) é uma norma de certificação robusta, baseada na ISO e amplamente aceita em escala internacional. É um esquema para avaliação e certificação de sistemas de gestão de segurança de alimentos em toda a cadeia de suprimentos. A FSSC 22000 reúne as normas ISO 22000, ISO 22003 e especificações técnicas (ISO/TS) setoriais para o programa de pré-requisitos (PPRs). A certificação é acreditada conforme requisitos da ISO 17021. A “Foundation for Food Safety Certification” (Fundação para Certificação em Segurança de Alimentos), sem fins lucrativos, é a proprietária do esquema FSSC, detém os direitos autorais e os acordos das licenças para os organismos de certificação.

 Este esquema, bastante popular no mundo e que tem crescido exponencialmente, inclusive no Brasil, já tinha sido reconhecido de acordo com a versão anterior do Documento-Guia do GFSI, a 5ª edição (GFSI Guidance Document Fifth Edition). Houve uma mudança significativa no processo de reconhecimento de normas entre a 5ª e a 6ª edição do Documento-Guia. Além de aprofundar os requisitos para o gerenciamento dos esquemas, a principal alteração na 6ª edição foi a expansão do documento, cobrindo desde a produção primária e processamento, até as atividades de suporte, de modo mais robusto e com uma abordagem específica para cada escopo, para então englobar todas as partes envolvidas na cadeia de suprimento de alimentos.

 Para entender melhor a sistemática de reconhecimento das normas pelo GFSI, convidamos a todos a lerem este post: http://artywebdesigner.com.br/gfsi-e-o-processo-de-benchmarking-para-reconhecimento-de-normas/

 Fonte:

http://www.myforumupload.com/ftpaccess/foodsafety/News_Release_-_Recognition_of_FSSC_22000.pdf

 

2 min leituraFoi publicado no dia 22 de fevereiro de 2013, no site do GFSI – Global Food Safety Initiative (www.mygfsi.com), o comunicado do reconhecimento do esquema FSSC 22000 (versão Outubro 2011), […]

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Dicas para se prevenir contra o norovírus

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Dicas preventivas contra o norovírus para manipuladores

O norovírus é um vírus altamente contagioso, que pode causar doença com sintomas como diarreia, vômitos e dor de estômago. O vírus contamina os alimentos muito facilmente devido ao seu pequeníssimo tamanho e também por ser bastante infeccioso e apresentar estabilidade no ambiente. Uma pequena quantidade de partículas virais (menos do que 100) já é capaz de causar doença.

Como o vírus pode contaminar os alimentos?

• Pessoal infectado que não tenha higienizado adequadamente as mãos e que possa ter tido qualquer contato com vômito e fezes tocar os alimentos;
• Bancadas ou superfícies que tenham tido contato com vômito ou fezes de alguém infectado;
• Pequeníssimas gotículas de vômito de uma pessoa infectada que podem se espalhar pelo ar e ter contato com alimentos ou superfícies de contato com alimentos;
• Frutos do mar (mariscos, ostras) extraídos de água contaminada;
• Frutas e vegetais contaminados no campo.

O CDC, Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, preocupado com a quantidade de casos envolvendo este vírus (de acordo com o CDC, cerca de 50% dos surtos de doenças transmitidas por alimentos relatados são causados por norovírus), elaborou uma cartilha orientativa para manipuladores de alimentos. Todo mundo que trabalha com alimentos deve conhecer este vírus e como preveni-lo. Veja as dicas abaixo:

1) Pratique uma higiene adequada das mãos!
SEMPRE lave muito bem suas mãos com água e sabão, principalmente após utilizar o banheiro ou trocar fraldas, e antes de preparar, manipular alimentos ou comer.
Sanitizantes à base de álcool podem ser usados em adição à lavagem das mãos, porém nunca devem substituir a lavagem com água e sabão.

2) Lave bem as frutas e verduras e cozinhe bem os frutos do mar!
Lave com cuidado frutas e vegetais antes de prepará-los e consumi-los. Cozinhe bem mariscos, ostras e outros frutos do mar antes de consumi-los. Fique atento que o norovírus é relativamente resistente, podendo sobreviver a temperaturas de 60ºC e o cozimento rápido a vapor de frutos do mar é bastante comum. Se você suspeitar que qualquer alimento possa estar contaminado, descarte-o.

3) Se você estiver doente, distancie-se do preparo de alimentos!
Não prepare alimentos, principalmente para outras pessoas, enquanto você está doente e por até 3 dias após a sua recuperação. Este é o período em que você está com o máximo potencial de infectar outras pessoas. Isso se aplica também a qualquer funcionário doente que esteja trabalhando em creches, escolas, asilos, clínicas médicas e outros locais onde as pessoas possam estar expostas e vulneráveis ao norovírus. Avise o seu supervisor caso você apresente qualquer sintoma de norovirose ou se você esteve doente recentemente. Mantenha bebês e crianças afastados dos locais de preparo e manipulação de alimentos.

4) Limpe e desinfete superfícies contaminadas!
Após vomitar ou apresentar diarreia, imediatamente limpe e desinfete as superfícies contaminadas. Use uma solução de cloro (água sanitária) com uma concentração entre 1000 e 5000 ppm (5 a 25 colheres de água sanitária doméstica – 5,25% – para aproximadamente 4 litros de água).

5) Lave muito bem as roupas contaminadas!
Remova e lave imediatamente roupas, panos ou lençóis que possam ter sido contaminados com vômito ou fezes. Cuidado ao manusear estes itens, evitando a agitação e a propagação do vírus. Utilize luvas de borracha ou luvas descartáveis para manusear os itens contaminados e depois lave as suas mãos. Lave os itens na máquina, com sabão, no ciclo de maior duração disponível, e posteriormente deixe secar bem, de preferência, secar em máquina.

Fonte: Site do CDC

 

 

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