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Surtos alimentares tendo como causa a água

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Surto alimentar tendo a água como origem: como prevenir?

Há vários tipos de doenças que podem ser causadas pela água. São assim denominadas
quando causadas por organismos ou outros contaminantes
São inúmeros os contaminante que  podem ser  disseminados diretamente por
meio da água: bactérias, vírus e parasitas, toxinas naturais, produtos químicos, agrotóxicos, metais pesados, são apenas exemplos.
  É muito importante conhecer um pouco mais destas doenças e a forma como elas afetam a saúde da população, onde são adquiridas, e quais ações e cuidados ajudam a preveni?las ou reduzir suas ocorrências.
 Pensando nisso o centro de vigilância epidemiológica de São Paulo elaborou um guia com perguntas e respostas bastante interessante. Não deixe de ler!

 


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Falhas nos controles de food safety e suas consequências financeiras

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Uma das palestras do evento  VII Seminário de Aplicação das ferramentas APPCC, PPHO e BPF realizado no Ital em 24 de abril de 2013 abordou o tema falhas nos controles de food safety e suas consequências financeiras.  Esta palestra foi muito bem conduzida pela Rosinely Martins, da SGS.

Rosinely destacou que a segurança dos alimentos  está relacionada a um valor intrínseco e portanto dificilmente mensurável que é o valor da marca.  Trata-se de uma questão cultural e de formação profissional que evita problemas de saúde pública e que pode envolver ações criminais. Destacou ainda que com o uso das diferentes redes sociais ( Facebook, Twitter, Orkut, Myspace, etc) um problema de um consumidor passa a refletir em seus seguidores, sendo facilmente disseminado rapidamente. Assim, uma vez que a imagem de uma empresa foi afetada dificilmente será recuperada. Nesta ocasião, a palestrante citou os casos e as consequências dos cases Jack in the box e Blue Tree Cabo de Santo Agostinho.

 Em seguida apresentou alguns dados da Organização mundial da Saúde (WHO) relacionados a doenças transmitidas por alimentos:

  • Estima-se que apenas 1% dos casos relacionados com doenças alimentares está registado
  • As estatísticas servem apenas para identificar tendências e as áreas de maior preocupação
  • ESTIMATIVA: Em 1989, o governo dos USA teve um gasto de quase U$7bilhões com toxinfecções alimentares

 Em relação a composição de custos relacionados a problemas de segurança de alimentos, Rosinely pontuou que há:

– Custos diretos (recall, recolhimento, troca de produtos)

– Custos indiretos para consumidores (ações judiciais e assistência social)

– Custos indiretos de processo (mudança de processos, treinamentos)

– Custos sociais de ajuste do mercado (Marketing e Marca)

–  Custos relacionados ao encerramento da empresa ou relocalização: interrupções na produção e desemprego.

 Outro dado interessante apresentado foi o resultado de um estudo realizado pelo USDA que estima que em um período de 20 anos o valor ganho com os benefícios do HACCP podem chegar a mais de U$100 bilhões, considerando-se um HACCP de alta eficiência. Se o HACCP tivesse eficiência de 50%, o ganho com os benefícios poderiam chegar a U$13 bilhões.

 Essa estimativa é conservadora pois considera somente as economias realizadas ao se evitar surtos de Salmonella, E. coli O157:H7,Campylobacter jejuni, Campylobacter colie Listeria monocytogenes. Como contrapartida, estima-se que os custos de implantação do HACCP cheguem a U$1bilhão nestes mesmos 20 anos, considerando nos custos:

– Plano HACCP documentado

– Adoção dos PPHO´s / POP´s

– Avaliação de contaminação por Salmonella e E.coli nas plantas e nos produtos.

 Além do ganho financeiro, a implementação de um adequado programa de segurança dos alimentos fornece os seguintes benefícios: melhoria no nível dos controles (redução deperdas), reconhecimento pelo consumidor (aumento de vendas), evita recolhimento e recall (protege a marca) e melhora a capacitação da equipe (instrução e redução do turn over).

 

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Legislação de Boas Práticas para produtores de embalagens

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Desde 2008 está regulamentada a portaria Nº 321/2008, válida para todo o Estado do Rio Grande do Sul. Este regulamento visa estabelecer procedimentos de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos que
produzem embalagens que entrem em contato com alimentos. É aplicada aos estabelecimentos que realizam produção, fracionamento, armazenamento ou transporte de embalagens para contato com alimentos.
Na ausência de legislações específicas nos demais estados, esta portaria é uma ótima referencia para as empresas de embalagens de todo país.
Além de apresentar um roteiro para inspeção e verificação de BPF, este regulamento apresenta requisitos associados à localização, edificação, instalação sanitária, equipamentos, manejo de resíduos, higienização de Instalações e Equipamentos, controle Integrado de Pragas, Matérias-primas, fabricação, produto acabado, saúde, higiene pessoal e registros. Estabelece ainda que o Manual de Boas Práticas de Fabricação deve contemplar, nele ou em documento separado, no mínimo, os seguintes Procedimentos Operacionais Padronizados(POPs):
a) Gerenciamento dos resíduos.
b) Controle integrado de vetores e pragas urbanas.
c) Controle da qualidade das matérias-primas, aditivos e
adjuvantes de tecnologia.
d) Controle da qualidade do produto final.
e) Rastreabilidade do produto final.
f) Qualidade da água.
g) Higiene e Saúde de colaboradores.
h) Higienização de equipamentos.

Para ler a Portaria na Integra acesse o link: Secretaria a de Saúde do Estado do Rio Grande 

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Teste mostra que a maioria do mel comercializado nos EUA não pode ser classificado como mel

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 Fraude alimentar: Teste mostra que a maioria do mel comercializado nos EUA não pode ser classificado como mel

Mais de três quartos do mel vendido em supermercados norte-americanos não são exatamente o que as abelhas produzem, de acordo com o teste realizado para o site www.foodsafetynews.com em 2011.

 O site Food Safety News decidiu testar o mel comercializado nos EUA após encontrar no mercado americano mel indiano anteriormente proibido de ser comercializado na Europa por ter sido considerado inseguro devido a presença de antibióticos, metais pesados e pela ausência de pólen que impediu rastreamento de sua origem.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, sem a presença do pólen não há maneira de determinar se o mel veio de fonte legítima e segura.

 Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA) estabelece que qualquer produto que tem sido ultrafiltrado e não contém pólen não pode ser considerado mel.  Já a diretiva da União Europeia sobre mel estabelece que a remoção de pólen vai tornar impossível a determinação da origem botânica e geográfica do mel, impossibilitando a capacidade de rastrear e identificar a origem real do mel.

  Os testes realizados no estudo citado mostram que o pólen tem sido frequentemente filtrado de produtos rotulados como “mel”. A ultrafiltração é um procedimento de alta tecnologia, onde o mel é aquecido, por vezes diluído e, em seguida, filtrado a alta pressão. Esta técnica foi refinada pelos chineses, que têm despejado ilegalmente toneladas de mel no mercado dos EUA durante anos.

O mel chinês tem uma má reputação nos EUA e em 2001 a Comissão Federal de Comércio impôs tarifas de importação ou impostos para impedir a entrada maciça no mercado americano de um mel baratíssimo e de qualidade questionável.

Para evitar as tarifas de dumping, os chineses começaram a utilizar países intermediários para comercializar o mel.

 Análises de amostras de mel importado pelos EUA, sem origem real conhecida,  indicaram a presença de diluição do mel com xarope de milho, adoçantes e presença de antibióticos não aprovados, podendo representar além de uma fraude alimentar, um risco à saúde dos consumidores.

No estudo, foram analisados 60 amostras de 10 estados americanos, além do Distrito de Columbia encontrando os seguintes resultados:

• 76 por cento das amostras compradas em supermercados tinham todo o pólen retirado.
• 100 por cento das amostras do mel compradas em farmácias não continham pólen.
• 77 por cento das amostras compradas em grandes lojas de varejo tiveram o pólen filtrado.
• 100 por cento das amostras embaladas em porções individuais (blisters) não continham pólen.

 Fabricantes de mel quando questionados relataram que a filtração ocorre devido a fatores como:

  • Maior aceitação do produto pelos consumidores
  • Maior vida de prateleira do produto processado.

 Apicultores, no entanto, afirmam que o processo de filtração tradicional é suficiente para reter partes de abelha, cera, detritos das colméias e outros contaminantes visíveis, sem retirar o pólen.

 O padrão da comissão do Codex alimentarius para Mel recomenda que o tamanho de malha do elemento filtrante não seja menor do que 0,2 milímetro ou 200 micra, tamanho considerado suficiente para filtrar detritos indesejados, mas que mantêm  cerca de 95 % do total do pólen.

 Os produtores de mel afirmam ainda que o único objetivo da ultrafiltração ocorrer é a remoção do pólen e com isso impedir a identificação da sua origem.

No Brasil, a IN 11/2000 e o regulamento MERCOSUL/GMC/RES. Nº 56/99, não há definição de mel ultrafiltrado, somente escorrido, prensado e filtrado.

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Como auditar Requisitos estatutários e regulamentares

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Tira dúvidas: Requisitos estatutários e regulamentares

Para atendimento a ISO22000, a organização deve demonstrar que os requisitos estatutários e regulamentares que se aplicam a segurança de seus produtos foram devidamente identificados, estão disponíveis, são facilmente recuperáveis e que são cumpridos.

Como auditar Requisitos estatutários e regulamentares:

Os auditores precisam conhecer os requisitos estatutários e regulamentares gerais e os que se aplicam aos produtos específicos incluídos no âmbito do Sistema de Gestão. Durante a fase de preparação da auditoria, os auditores devem obter informações relevantes de fontes internas e externas em relação a estes requisitos estatutários e regulamentares. Isto irá permitir avaliar a adequação do Sistema de Gestão para atender a esses requisitos.

Os auditores devem verificar que a organização:

– tem uma metodologia para identificar, manter e atualizar todos os requisitos legais e regulamentares;
– usa os requisitos estatutários e regulamentares como entradas do processo enquanto monitora as saídas do processo para determinar a conformidade com os requisitos;
– demonstra cumprimento dos requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis;

Fonte: Directrices sobre: “Auditoría de los requisitos estatutarios y reglamentarios” publicado pelo Grupo de Prácticas de Auditoría ISO 9001 em  5 de junho de 2009. Disponível em:  http://www.icontec.org.co/index.php?section=578

 

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Boas Práticas até para o esterco da nossa horta

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Recentemente estava conversando com um grupo de amigos quando surgiu o assunto: O que será mais seguro – Um alimento contaminando com doses de pesticidas ou um produto orgânico produzido sem os adequados cuidados com a compostagem?
É claro que há muitas considerações técnicas a serem feitas para que se possa concluir adequadamente sobre o assunto. Ex: Qual é o principio ativo do pesticida? Que dose de pesticida estamos falando? Qual é o grau de exposição a este produto? Que falhas estão ocorrendo durante a produção de orgânicos? Que microrganismos podem ser associados a estas falhas?, entre outras questões pertinentes.
Navegando na internet, encontrei uma matéria que aborda justamente os cuidados que devem ser tomados com a produção orgânica. Esta matéria apresenta um estudo que destaca a necessidade de se estar ciente dos riscos associados com o uso de esterco animal sem tratamento para fertilizar hortas domésticas.
Relata um caso de contaminação por Salmonella do solo de uma propriedade, onde a fonte mais provável de contaminação foi o estrume de cavalo aplicado como fertilizante. Nesta ocasião, dos 8 cavalos testados para Salmonella, 6 apresentaram resultados positivos. Amostras do solo apresentam resultados positivos para a contaminação por um longo periodo (agosto de 2010 a março de 2011), demonstrando que a cepa de Salmonella pode persisitir por meses no clima úmido da região.
Felizmente, no estudo de caso analisado os proprietários não ficaram doentes, mas a investigação mostrou o potencial para ampla disseminação de Salmonella em um ambiente de fazenda após infecção de cavalos.

Diante do resultado encontrado e visando promover práticas seguras, o médico veterinário e microbiologista Jay-Russell, co-autor do estudo citado, fez uma parceria com uma cooperativa de especialista em segurança dos alimentos para falar a grupos de pequenos agricultores sobre as melhores práticas. Eles também elaboraram um folheto em inglês e espanhol, com o titulo: “Dicas de Segurança dos Alimentos para sua horta de casa”, que inclui informações sobre a utilização segura de estrume animal e as formas de minimizar a contaminação.
Após ler a matéria, lembrei do ditado popular “ se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” e não pude deixar de encaminha-la para uma amiga, produtora de seus próprios alimentos orgânicos.
Mas então: O que é mais seguro – alimentos produzidos com a aplicação de substâncias químicas ou orgânicos? Tudo depende das práticas adotadas. A única coisa que podemos concluir é que caso as melhores práticas não sejam implementadas, há uma probabilidade de o consumidor receber um produto inseguro. Podendo este produto ser orgânico ou não.

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Como avaliar a conformidade de uma embalagem para alimentos

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Embalagem para alimentos é definida na Resolução RDC 91/2001 da Anvisa como sendo o artigo que está em contato direto com alimentos, destinado a

contê-los, desde a sua fabricação até a sua entrega ao consumidor, com a finalidade de protege-los de agente externos, de alterações e de contaminações, assim como de adulterações.

 Esta resolução estabelece os critérios gerais para embalagens sendo que determina claramente que estes insumos devem ser fabricados em conformidade com as boas práticas de fabricação para que, nas condições normais ou previsíveis de emprego, não produzam migração para os alimentos de componentes indesejáveis, tóxicos ou contaminantes em quantidades tais que superem os limites máximos estabelecidos de migração total ou específica, tais que possam representar um risco para a saúde humana ou ocasionem uma modificação inaceitável na composição dos alimentos ou nas características sensoriais dos mesmos.

 Desta forma, podemos determinar 4 parâmetros para avaliar a conformidade de uma embalagem para alimentos:

 Regras de BPF:

Importante destacar que mesmo não existindo um regulamento técnico especifico para pormenorizar as regras de BPF que devem ser seguidas por uma indústria de embalagens, este elo da cadeia produtiva de alimentos também deve ser coberto.

 Cada fabricante de embalagens deverá, portanto determinar se seguirá os padrões estabelecidos pela legislação para alimentos, se seguirá algum protocolo de cliente , se adotará uma norma / guia especifica para embalagens (como por exemplo a CP79/2009, PAS223 ou BRC packing) ou ainda se irá estabelecer critérios internos conforme uma avaliação de risco implementada na unidade.

 Exigir o cumprimento de regras de BPF durante a fabricação de embalagens para alimentos é, além de um direito, um dever da indústria de alimentos como usuária de tal insumo.

 Uso de substâncias aprovadas:

Ainda seguindo o estabelecido na Resolução RDC 91/01, somente pode ser utilizado na fabricação de embalagens para alimentos substâncias presentes nas listas positivas presentes em regulamentos específicos.

 A presença de um componente nestas listas positivas indica que se respeitados as condições e restrições de uso, assim como o critério de pureza, descritos nestes documentos, estes componentes serão seguros.

 Para uma substância ser adicionada em uma lista positiva sua segurança tem que ter sido demonstrada por meio de estudos toxicológicos e as restrições de uso são estabelecidas com base no potencial de migração e na estimativa do risco de exposição do consumidor a ingestão da substância.

 A ausência de uma substância na lista positiva indica uma das seguintes possibilidades:

-Não é segura

-Nunca foi estudada

-Não há informação suficiente para concluir sobre sua segurança

– Nunca foi solicitada a sua inclusão

 Caso o fornecedor de embalagens não apresente a composição completa do material é importante que forneça uma declaração formal de que somente substâncias contidas nas listas positivas são usadas. É preciso ainda informar qualquer restrição de uso que possa existir.

 Exemplos de restrições existentes na lista positiva são:

– Concentração máxima permitida no insumo ou no produto final

-Limite de residual de um monômero no polímero

-Limite de massa de monômero na formação de um polímero

-Teor de pureza

– Limite de migração específica (LME)

– Restrição de uso por tipo de material (ex: apenas permitido o  uso em materiais de uso repetido)

-Restrição de uso por tipo de alimento (ex: apenas permitido o uso em embalagens de produtos alimentícios secos e não gordurosos)

-Restrição de uso por função (ex: apenas permitido o uso como estabilizante)

-Restrição de uso por condição de processo (ex: apenas permitido o uso em condições de T<240ºC)

 Ensaios de migração:

As embalagens para alimentos devem cumprir com o limite de migração total estabelecido (< 50mg/kg) e com os limites de migração específica estabelecidos para certos componentes.

 Substâncias migrantes são de baixo peso molecular com mobilidade suficiente na estrutura do material. Ex: monômeros, oligômeros, solventes, coadjuvantes, aditivos, compostos de degradação.

 O potencial de migração depende da composição química e estrutural do material, processo de fabricação, concentração do componente migrante, entre outros fatores. Por este motivo, as condições dos ensaios de migração devem ser bem planejadas, de modo a serem o mais representativo da interação embalagem –produto quanto for possível.

 A Resolução RDC 51/10 apresenta as condições do processo x condições para realização de um ensaio de migração. 

Proteção:

As embalagens devem dispor de lacres ou sistemas de fechamento que evitem a abertura involuntária da embalagem em condições razoáveis. Não são exigidos sistemas ou mecanismos que as tornem invioláveis ou que mostrem evidências de abertura intencional, salvo os casos especialmente previstos. 

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Surto por Salmonella pelo consumo de ovos crus ou mal cozidos

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Salmonella é um grupo bacteriano que pode causar gastrenterites, encontrada, em geral, em alimentos de origem animal, como carnes, aves, ovos, leite e outros. Os sintomas associados são febre, cólicas abdominais e diarréia, podendo ocorrer de 12 a 72 horas após o consumo do alimento contaminado. Podem durar de 4 a 7 dias, podendo ou não exigir hospitalização e uso de antibióticos, além de hidratação venosa e outros cuidados. Crianças, gestantes, idosos e imunocomprometidos podem apresentar formas graves da doença, podendo causar óbito se não tratada prontamente com antibióticos adequados.

Salmonella Enteritidis, que surgiu a partir dos anos 80,  é o principal sorotipo encontrado em surtos associados ao consumo de alimentos preparados à base de ovos crus ou mal cozidos: maioneses caseiras e ovos crus foram causa de 35% dos surtos; no total, 64% dos surtos por Salmonella foram causados por alimento contendo o ingrediente ovo cru ou mal cozido (sanduíches, bolos, doces, etc.). 34% dos surtos têm origem em restaurantes e outros estabelecimentos comerciais e 22% em residências.

Estudos mostraram que a S. Enteritidis infecta o ovo não somente através da casca quebrada, mas também infecta os ovários da galinha tornando seus ovos infectados antes mesmo de se formar a casca. Estudos realizados nos Estados Unidos e Europa mostram que um em cada 20 mil ovos pode estar contaminado, e em algumas de suas regiões, um em cada 10 mil ovos, o que aumenta o risco de se adquirir a doença. Análises de ovos feitas em laboratórios de saúde pública no Brasil mostram que 1,6 ovos em cada 100 podem conter a bactéria, um risco 320 vezes maior.

Para reduzir o risco, o centro de vigilância epidemiológica de São Paulo apresenta as seguintes dicas:

  • · Os ovos são mais seguros quando armazenados em geladeira, pois se evita a multiplicação das bactérias.
  • · A embalagem com os ovos ou o próprio suporte para ovos da geladeira podem ser armazenados em uma vasilha de plástico de modo a separar os ovos de outros alimentos guardados na geladeira.
  • · Os ovos devem ser consumidos sempre bem cozidos ou fritos e prontamente. O cozimento total dos ovos destrói as bactérias. Ovos com gema mole, mal cozidos ou mal fritos são de alto risco para se adquirir a doença. Não utilizar clara crua em coberturas de bolos, doces ou outros pratos que serão servidos sem cozimento prévio. Não utilizar gemas cruas no preparo de maioneses e outros alimentos que serão servidos sem cozimento prévio. Há várias alternativas de preparo dos alimentos com ovos para que sejam seguros.
  • · Restaurantes e outros estabelecimentos comerciais devem utilizar ovos em pó ou líquido, pasteurizados em preparações sem cocção. A Portaria CVS/SES-SP No. 6/99, de 10 de março de 1999 proíbe a utilização de ovos crus em estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo.

Maiores informações sobre o tema: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/salmonella_pergresp.htm

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Qual a diferença entre PCC, PPRO e PPR?

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A segurança de alimentos está relacionada à presença de perigos veiculados pelos alimentos no momento do consumo. Para controlar estes perigos e garantir a saúde dos consumidores, uma organização deve determinar a estratégia a ser usada combinando os programas de pré-requisitos (PPR),  programa de pré-requisitos operacionais (PPRO) e o plano APPCC (PCC).

A norma ISO 22000 define da seguinte forma:

Programa de Pré-requisitos (PPR): Condições básicas e atividades necessárias para manter um ambiente higiênico ao longo da cadeia produtiva de alimentos adequadas para a produção, manipulação e suprimento de produtos finais seguros e de alimento seguro para o consumo humano.

Programa de Pré-requisito Operacional (PPRO): PPR identificado pelas análises de perigos como essencial para controlar a probabilidade de introduzir perigos à segurança de alimentos no ambiente de processo e/ ou a contaminação ou a proliferação dos perigos relacionados à segurança de alimentos, nos produtos ou no ambiente de processo.

Ponto crítico de controle (PCC): Etapa na qual o controle pode ser aplicado e é essencial para prevenir ou eliminar um perigo relacionado à segurança de alimentos ou reduzi-lo a um nível aceitável.

A partir destas definições podemos concluir que:

– Os PPR são medidas de controle genéricas, não visam o controle de um perigo específico e sim atender a condições básicas e a um ambiente higiênico e favorável na produção, distribuição, armazenagem e venda de alimentos seguros. Dependendo do segmento da organização, pode receber nomenclatura específica como: Boas Práticas de Fabricação, Boas práticas de transporte ou Boas Práticas de Armazenagem.

 – Programas de pré-requisitos controlam perigos não significativos de risco (obtido a partir da análise de probabilidade x severidade) considerado aceitável.

– Programas de higienização do ambiente, controle integrado de pragas e potabilidade de água são exemplos de programas de pré-requisitos.

-PPRO é um tipo especial de PPR que controla um perigo especifico e significativo, de modo a minimizar a probabilidade de introdução de perigos no ambiente e a contaminação / proliferação de perigos no ambiente ou no produto.

– Higienização de uma linha produtiva visando o controle de um alergênico, cujo risco é significativo na empresa, pode ser um exemplo de PPRO, assim como o controle de lasioderma em um armazém de farinha de trigo ou ainda o controle de cloro residual para uma indústria que usa a água potável como ingrediente.

– Pontos críticos de controle controlam perigos específicos e significativos, cuja avaliação de risco indicou um risco inaceitável. Uma falha em seu controle significa que a segurança do produto pode estar comprometida.

– O controle de PCC ocorre em uma etapa do processo produtivo.

Ainda segundo a ISO 22000, a seleção e classificação das medidas de controle devem incluir avaliações sobre:

a)  o efeito da medida de controle nos perigos;

b)  a viabilidade de monitoramento da medida de controle;

c)  a posição dentro do sistema relativo a outras medidas de controle existentes;

d) a probabilidade de falhas no funcionamento das medidas de controle ou  variações significantes no processo;

e) a severidade das consequências em caso de falhas  no funcionamento da medida de controle;

f)  se a medida de controle foi especificamente estabelecida e aplicada para eliminar ou reduzir significantemente o nível de perigo(s);

g)  efeitos sinérgicos entre duas ou mais medidas de controle.

Medidas de controle gerenciadas por PPRO devem ser monitoradas. Casos de desvios devem ser analisados, devendo a organização aplicar correções e ações corretivas. Ações sobre o produto potencialmente afetado podem ser necessárias.

As medidas de controle gerenciadas pelo plano APPCC devem ser monitoradas e o resultado obtido deve ser comparado com o limite critico previamente estabelecido. Em casos de desvios, correções e ações corretivas devem ser tomadas, incluindo obrigatoriamente uma ação sobre o produto potencialmente inseguro.

Em relação à necessidade de validação, medidas de controle gerenciadas por PPR não demandam de validação, já as controladas por PPRO ou pelo plano APPCC sim. 

A tabela a seguir mostra quais atividades (monitoramento, verificação e validação) devemos ter obrigatoriamente para cada medida de controle classificada como PPR, PPRO e PCC:

Tabela-PCC-PPRO1-300x249

Note que atividades de verificação devem ser implementadas para todas as medidas de controle, independentemente de seu grau de complexidade ou de sua classificação como PPR, PPRO ou PCC.

Para maior aprofundamento sobre o tema, leia aqui um artigo do blog Food Safety Brazil. 

Coautora: Camila Miret

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Surto Alimentar em Minas Gerais causou faringite e síndrome nefrítica

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Em dezembro de 2012 e janeiro de 2013, foram registrados casos de faringite seguida de síndrome nefrítica, em Minas Gerais na cidade de Monte Santo de Minas, associados provavelmente ao consumo de leite e derivados não pasteurizados de produção caseira ou artesanal e à carne crua ou mal cozida, configurando-se um surto inicialmente restrito àquela cidade.

 No entanto, em 01 de fevereiro de 2013, o CVE recebeu a notificação da existência de casos em residentes em  cidades paulistas vizinhas a Monte Santo e ou que tinham visitado o município e consumido alimentos suspeitos produzidos em sua área rural.

Foram analisadas amostras de alimentos que mostraram a presença de vários tipos de Streptococcus e outros patógenos indicando práticas inadequadas de preparação dos mesmos. Entre os alimentos analisados estão: leite in natura, sorvete, queijo e milkshake.

 Cabe destacar que streptococcus são transmitidos por via respiratória por secreções em contato de pessoa para pessoa ou por alimentos contaminados com saliva e espirros, isto é, contaminados com secreções humanas ou por bactéria de origem animal ou mesmo por meio de feridas na pele.

Para  prevenção da doença em cidades paulistas vizinhas e para turistas que se dirigem a Monte Santo de Minas, o Centro de Vigilância Epidemiológica/CCD/SES-SP publicou as seguintes recomendações:

– Não consumir produtos de origem animal crus, como carnes cruas ou mal cozidas, leite e derivados não pasteurizados, e especial cuidado com os alimentos não industrializados procedentes de Monte Santo de Minas tendo em vista a ocorrência de surto e investigação ainda em andamento;

– Atenção aos primeiros sintomas respiratórios frente ao consumo de alimento produzido em Monte Santo de Minas ou contato com pessoas com estes sintomas que lá estiveram; ao aparecimento dos primeiros sintomas respiratórios como dor de garganta, aumento dos gânglios cervicais e ou outros sintomas, procurar um serviço de saúde.

– Hospitais e unidades de saúde devem notificar os casos suspeitos à vigilância epidemiológica local e esta aos demais níveis de vigilância.

– À vigilância sanitária local, recomendam-se inspeções sanitárias e verificação de possível existência de comercialização de alimentos caseiros ou artesanais procedentes de Monte Santo de Minas, com orientações e medidas cabíveis.

 Maiores informações: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/NT2013_Surto_Monte_Santo.pdf

 

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