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Programa de codificação por cores para controle de contaminação cruzada

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O programa de codificação por cores pode ajudar a manter padrões de higiene, e mitigar a contaminação cruzada durante toda uma instalação de processamento de alimentos, criando uma distinção clara entre ferramentas que devem ser armazenadas e utilizadas em áreas designadas. Um sistema de codificação de cores eficaz pode apoiar as Boas Práticas de Fabricação de um processador de alimentos (cGMPs), porque através da atribuição de cores, pode-se facilmente designar áreas apropriadas de segurança para obter contato com os alimentos a serem armazenados, limpos e higienizados.

O conceito de codificação por cores traz tanto o racional de avaliação de risco de contaminação cruzada, quanto alguns os princípios do Lean Sistema 5S do Manufacturing, como uma maneira de organizar seus locais de trabalho e manter padrões de equipamentos.

O objetivo central do código de cores, dentro de uma instalação de processamento de alimentos, é estabelecer claramente as áreas onde ferramenta e equipamentos de controle são fundamentais para manter as condições sanitárias, e de se comunicar com clareza e eficácia as áreas de uso de ferramentas e equipamentos para controlar os riscos de segurança alimentar em toda a instalação.

codificação_por_cores1

Seguem exemplos de codificação por cores comumente implementados:

Segregação por zoneamento

A codificação por cores é muitas vezes aplicada a uma operação de processamento de alimentos baseada em zonas de saneamento. Temos um post que explica como iniciar zoneamento ambiental aqui no Food Safety Brazil (acesse aqui). É importante que o zoneamento considere o fluxo de ingredientes, pessoas e materiais.

Por exemplo, em uma instalação onde o peixe cru é processado e a contaminação cruzada é uma preocupação, não é desejado que utensílios que tocam a carne crua também sejam utilizados no produto final pronto para comer.

Na primeira área: As principais preocupações estariam relacionadas ao controle de risco dos agentes patógenos (por exemplo, Salmonella, E. coli, Listeria, etc);

Na segunda área: As principais preocupações podem estar correlacionadas com contaminação cruzada de alergênicos (por exemplo: ovos, leite, soja , etc) dentro de sua instalação de processamento.

codificação_por_cores

Segregação por tipo de sujidade

Este mapeamento é parecido com o anterior, sendo na realidade uma derivação dele. Não considera somente segregação de zonas, mas, sim, tipos de superfície que carregam sujidades diferentes. Por exemplo: Mesmo estando na mesma área de manufatura, piso e tanque de pasteurização possuem riscos de contaminação diferentes. Neste modelo, utiliza-se utensílios de uma cor para o piso e de outra, para o tanque.

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Segregação para itens alergênicos

Uso de cor específica para equipamentos, utensílios, áreas onde são utilizados alergênicos. Há empresas que escolhem usar uma única cor para representar alergênicos e outras que conseguem aplicar uma cor por família de alergênicos. Por exemplo, os ingredientes que contenham leite podem ser tratados com utensílios brancos e aqueles com soja, amarelo.

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Todas as análises devem estar diretamente correlacionadas com os riscos mapeados no HACCP.

É importante comunicar adequadamente os detalhes de seu sistema de codificação de cores com seus funcionários. Eles devem ser instruídos sobre porque o programa é importante e como ele deve funcionar.

Importante lembrar também que os utensílios em contato com alimentos devem ser adequados para este fim. O fornecedor do utensílio deve ser capaz de fornecer esta documentação.

Você pode encontrar mais informações sobre este tema em:

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V Encontro profissionais da Garantia da Qualidade – Simplificar para praticar

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Não pode ir ao V Encontro profissionais da Garantia da Qualidade – Simplificar para praticar –  que ocorreu nos dias 27 e 28 de abril em Campinas? Não tem problema, o Food Safety Brazil estava lá e vai trazer resumos com os principais temas abordados nestes dois dias de muito aprendizado.

O encontro foi aberto pela nossa presidente, Juliane Dias, com a palestra “Por que simplificar?” Que trouxe uma reflexão de que tempos de crises, como o que estamos vivendo no Brasil, podem ser uma grande oportunidade para melhorias no sistema de gestão da qualidade e segurança de alimentos.

E para mostrar que a crise não é brincadeira, o gráfico abaixo deu um choque de realidade, fazendo todos pensarem no assunto e buscar soluções.

graf

A hora é de contenção total de gastos, logo, desperdícios são inaceitáveis. Você já parou para pensar se seu sistema de gestão é entendível? Todos os documentos são uteis? É fácil e barato de se manter?

E aí mais uma pergunta foi feita para reflexão: já pensou quais os riscos que as pessoas podem trazer ao negócio? A resposta é: MUITOS! Por isso capacitar pessoas não deve ser visto como um gasto e sim como investimento.

Na sequência veio a palestra “Gestão de riscos e seus benefícios”, ministrada pela Rubiana Vitor, que apresentou os fundamentos da gestão de riscos baseado no ISO Guia 73 e na ISO 31.000. Esta palestra deu uma visão geral da gestão de riscos, que foi assunto citado em diversas palestras.

A definição de risco é o efeito da incerteza nos objetivos. Levando em consideração que um efeito pode ser positivo, negativo ou um desvio esperado. Além disso, o risco é muitas vezes descrito por um evento, uma mudança de circunstâncias ou uma consequência (ISO Guia 73 e na ISO 31.000).

Os benefícios da gestão de risco são vários, entre eles:

  • Aumento da probabilidade de atingir os objetivos;
  • Encoraja gestão pró ativa;
  • Melhora identificação de oportunidades e ameaças;
  • Atende normas e requisitos legais;
  • Melhora: governança, confiança das partes interessadas, controles.

Os principais tipos de risco são:

  • Pessoal: Falta de habilidade ou capacidade; ausência inesperada de pessoa chave; problemas de saúde, acidentes, lesões;
  • Instalações: Inadequadas ou insuficientes; controle de acesso; localização; fluxo processo ou zoneamento;
  • Equipamentos: Quebra; projeto não sanitário; facilidade de limpeza;
  • Tecnologia da informação: Falha no sistema de hardware (TI); pirataria; vírus;
  • Comunicação: Gestão inadequada das informações; falha na comunicação interna ou extern;
  • Processos: Instáveis; sem recursos; sem planejamento.

O enfoque dado na palestra foi mais abrangente, mostrando o negócio como um todo e não só com foco na segurança de alimentos, porém associando a gestão de riscos com a segurança de alimentos, nada mais é que o nosso conhecido HACCP. Veja que os riscos citados acima estão relacionados com os programas de pré requisitos, como: higiene e saúde dos colaboradores; instalações, layout e equipamentos; food defense; limpeza e higienização; contaminação cruzada.

O esquema a seguir mostra como avaliar e gerenciar os riscos, de modo a garantir que o negócio não afete a aplicação na segurança de alimentos.

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A gestão de riscos foi “o assunto” mais comentado nos dois dias de treinamento, sua importância e necessidade de estar alinhada com a estratégia da empresa, além de estar totalmente alinhada com a ISO 9001:2015, que também foi o tema da palestra, ministrada por Delder Lopes, esta nova versão traz como principal alteração o conceito de gestão de risco mais evidente. Todas as normas ISO, passaram ou estão passando por revisão, que é o caso da ISO 22.000, cuja expectativa de nova versão é para início de 2017. O objetivo da atualização da normas e integra-las mais facilmente, por isso foi estabelecido uma estrutura genérica de gestão e os requisitos adicionais serão acrescentados de acordo com cada setor.

Em breve veja mais notícias deste evento!

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Carne pode ter formol?

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A internet ficou polvorosa quando a mídia relançou uma matéria de dezembro alegando que uma empresa famosa do ramo de alimentos foi multada em aproximadamente R$ 7 milhões pelo PROCON do Paraná, devido um laudo laboratorial que indicava a presença de formol em uma peça bovina.  Foram analisados diferentes cortes cárneos deste frigorífico, porém apenas uma das peças – uma capa de filé resfriada embalada a vácuo – apresentou presença do formaldeído com “odor não característico”. Amostras de outras empresas também foram analisadas e nenhuma não conformidade foi detectada (saiba mais aqui).

O diretor do Procon envolvido no processo informou que os exames ocorreram devido à queixa de um consumidor que comprou duas peças de capa de filé da empresa em questão, e as mesmas estavam impróprias para o consumo. Em detrimento à queixa, várias amostras foram recolhidas pelo Procon e pela Vigilância Sanitária, sendo encaminhadas para exames no laboratório da Universidade local.

Existem vários questionamentos que eu faria como leitor e profissional do ramo:

  • Embora o formol tenha função de preservação, estagnando o crescimento microbiológico, por que uma empresa multinacional aplicaria propositalmente um produto proibido? Tantos milhões gastos em marketing e se submeter a este procedimento fraudulento seria muita estupidez;
  • Supondo que não tenha sido por ordem da alta direção, como um funcionário de “chão de fábrica” aplicaria esse produto por sabotagem? A RDC 36/09 proibiu a venda do formol 37% em farmácias, supermercado, loja de conveniência, entre outros. Isto é, a aquisição deste produto não é tão fácil;
  • Apenas em UMA AMOSTRA em questão detectou presença do formaldeído. Essa representatividade é muito baixa e pode ser considerado um viés;
  • O mesmo laudo que constatou a presença do Formol, apresentou a descrição de “odor não característico” de formol. O formaldeído é um aldeído, logo extremamente volátil. Sendo a embalagem a vácuo, não deveria apresentar algum odor estranho no momento da abertura?
  • Foi realizada contra-prova? Diante da baixa representatividade eu questionaria se não houve falha na análise laboratorial, ou seja, um resultado falso positivo.

Reflexão é importante ao nos depararmos com este tipo de informação, pois propagá-la (principalmente via internet) é como um vírus letal em um ambiente fechado. Por isso o objetivo deste post é trazer algumas informações científicas, para que possamos refletir neste caso e possivelmente para outros que virão.

Se a palavra “formol ou formaldeído” te lembra um corpo embalsamado numa mesa de aço fria, você não é exceção, porém o que é o formaldeído?

O formaldeído pertence à classe dos aldeídos, sendo um composto químico simples, feito de hidrogênio, oxigênio e carbono, cuja fórmula é CH2O (Figura 1), porém todas as formas de vida orgânicas – bactérias, plantas, peixes, animais e seres humanos – produzem naturalmente formaldeído como uma consequência dos processos em metabolismo celular (Leia aqui).

Figura 1 – Composição Química formaldeído (Formol)

molecula

Em todas as espécies animais, o formaldeído é um intermediário metabólico essencial das células, na qual pode ser formado a partir de grupos hidroximetil durante os processos de metilação e de desmetilação enzimática. Também é um composto essencial na biossíntese de purinas, timidina e certos aminoácidos (Saiba mais aqui).

As concentrações NORMAIS de formaldeído nos alimentos são resumidos pela OMS (1989): frutas e vegetais conter entre 3 e 60 mg/kg; de leite de aproximadamente 1 mg/kg; de carne e peixe 6-20 mg/kg e moluscos de 1-100 mg/kg. Água de beber geralmente contém <0,1 mg/L.

Para detecção do formol em carnes é utilizada a PROVA PARA FORMALDEÍDO, onde basicamente o reagente floroglucina reage com o formaldeído em meio alcalino, produzindo o derivado hidroximetilado, de coloração salmão fugaz (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985).

Em nota, a empresa questionou o PROCON: “solicitamos informações sobre os procedimentos e critérios usados na realização dos testes. Até agora, os laudos apresentados por eles são inconclusivos e sequer indicam a suposta quantidade de formol identificada na amostra de carne testada”. (leia aqui).

A pergunta que não quer calar é: Por que não foi revelada a quantidade (mg/kg) do formaldeído detectado na análise? Não poderia estar dentro dos limites normais? O Codex Alimentarius permite níveis seguros de inúmeros resíduos em alimentos. Constatar PRESENÇA de um resíduo não significa que a saúde do consumidor será lesada, desde que não ultrapasse os valores estipulados.

Não exerço papel de advogado, tampouco posso denegrir o status de qualidade da empresa. Meu dever é passar todas as informações pelo crivo científico e convido você a fazer o mesmo, não só desta vez, mas também para as próximas.

Segurança para o consumidor:

O Departamento de Toxicologia e Medicina do Meio Ambiente do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), em estudo, relatou quais são os efeitos da ingestão do formaldeído em animais de acordo com a tabela abaixo (Mais informações consulte CSF e ATSDR):

Dose (mg/kg/dia) Efeitos nos animais
251 a 300 Diminuição da ingestão de água e alimento; queda de peso; efeitos gastrointestinais como erosão e úlcera; alteração bioquímica e histopatológica do fígado; alteração renal como sangue oculto, mudança da densidade e volume urinário; diminuição de expectativa de vida.
201 a 250 Sem estudos.
151 a 200 Efeitos testiculares como alteração da morfologia do espermatozoide.
101 a 150 Diminuição da ingestão de água e alimento; queda de peso; efeitos gastrointestinais como erosão e úlcera; alteração bioquímica e histopatológica do fígado; alteração renal como sangue oculto, mudança da densidade e volume urinário.
50 a 100 Diminuição da ingestão de alimento; queda de peso; efeitos gastrointestinais como erosão e úlcera; alteração bioquímica e histopatológica do fígado; alteração renal como sangue oculto, mudança da densidade e volume urinário.
0 a 50 Sem efeitos.

Referências:

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v.1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 3. ed. São Paulo: IMESP, 1985. p. 271- 272.

World Health Organization (WHO), 1989, online. Environmental Health Criteria 89, Formaldehyde. Disponível online.

Créditos de imagem: Revista Globo Rural.

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Notícias sobre o RASFF

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Quem trabalha em indústria de alimentos, e tem entre seus clientes o Mercado Europeu, já sabe o que é o RASFF.

RASFF é a sigla para Rapid Alert System for Food and Feed.

Ele já foi tema de algumas postagens por aqui, é a ferramenta de controle e comunicação que a União Europeia usa para garantir a segurança dos alimentos que são importados para consumo da população dos países membros.

No portal, existem, disponíveis, várias informações sobre legislação e histórico da ferramenta.

Mas o foco do post neste mês é o draft do relatório anual que está disponível para consulta. Nele constam informações relativas aos dados coletados nos últimos anos e distribuídos por tipos de perigo, países de origem e categorias de produtos.

Nos anexos que suportam a análise crítica do relatório, o Brasil ocupa o décimo lugar entre os 143 países monitorados.

Embora isso possa, à primeira vista, parecer preocupante, uma análise mais crítica mostra que existem exportadores de alimentos cujos controles apresentam muito mais falhas do que as nossas.

É importante salientar que os números são absolutos e não estão correlacionados com volumes exportados.

O Brasil teve 91 notificações enquanto que os três primeiros colocados no ranking (China, Turquia e Índia) tiveram respectivamente 388, 282 e 276 notificações.

Na nossa frente estão países de primeiro escalão como Espanha (159), França (120), seguidos de Alemanha e Itália (117 cada).

Na verdade o número que merece ser considerado é o que relaciona as rejeições ocorridas entre 2013 e 2015. Olhando para o período é possível verificar que baixamos de 187 para 109 e agora para 91, uma redução de 51% absolutos. Se considerarmos o aumento dos volumes exportados ocorrido neste mesmo período, veremos que a redução é ainda maior.

Isto significa que nossos controles internos estão cada vez melhores, mas que temos um longo caminho para percorrer se considerarmos que a Argentina, por exemplo, teve apenas 22 rejeições em 2015.

Como se trata de uma versão preliminar, algumas alterações ainda podem ocorrer.

Para consultar o relatório é só acessar clicar aqui.

Em um próximo texto vamos dissecar um pouco mais o tema, tratando dos tipos de perigos que causaram as rejeições, além dos produtos que foram mais afetados e que necessitam de um olhar mais atento dos fabricantes e exportadores.

Até lá!

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Workshop: Novos Desafios em Food Safety | UNICAMP

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No dia 01 de junho a Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp irá promover o Workshop Novos Desafios em Food Safety, onde contará com diversos especialistas da área de Segurança de Alimentos e Legislações. Se você é um profissional ou estudante que nunca está satisfeito com o que sabe, procura sempre novos conhecimentos, formas de superar desafios nesta tão delicada área de Segurança Alimentar, não perca tempo e garanta sua inscrição.

O evento ocorre no dia 1/6, e as inscrições estão abertas até 28/5, sendo que até 18/5 há um preço promocional para os participantes.

Clique aqui para preencher a sua.

Confira a Programação:

8:00 – 8:30 Entrega de material

8:30 Cenário atual das discussões do Codex Alimentarius sobre contaminantes químicos e microbiológicos e impactos na legislação nacional – Ligia Lindner Schreiner (ANVISA)

10:00 Coffee Break

10:20 Bioacessibilidade e biodisponibilidade de metais em alimentos – Profa. Dra. Solange Cadore (IQ/UNICAMP)

11:20 Salmonella em alimentos com baixa atividade de água – Profa. Dra. Maristela da Silva do Nascimento (FEA-UNICAMP)

ALMOÇO

14:00 Compostos tóxicos formados no processamento de óleos: ésteres de MCPDs e glicidol – Profa. Dra. Adriana Pavesi Arisseto Bragotto (FEA-UNICAMP)

15:00 Desafios no controle de alergênicos na indústria de alimentos – Rosinely Casadó (SGS do Brasil)

16:15 Coffee Break

16:30 MRSA e outros patógenos emergentes – Profa. Dra. Nathália C. Cirone Silva (FEA-UNICAMP)

Local:

Salão Nobre da Faculdade de Engenharia de Alimentos – UNICAMP

Rua Monteiro Lobato, 80 | Campinas – SP | 13083-862

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Kit detecta potencial risco de alergia ao látex

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Não, no Brasil não há kit que detecta látex, mas lá na Estônia, sim! Tem o teste ELISA para a medição de látex de borracha natural alérgeno (NRL) de uma variedade de produtos de borracha, como luvas para manipulação, materiais utilizados na selagem de latas, adesivos para selagem a frio, redes utilizadas como embalagens e alguns equipamentos que processam alimentos. Este teste é utilizado para a medição de alérgenos NRL clinicamente relevantes, e permite a quantificação de alérgenos individuais purificados, caracterizados, e anticorpos monoclonais específicos, contra quatro principais alérgenos de látex (Hev b 1, Hev b 3, Hev b 5 e Hev b 6.02) que estão presentes nos produtos NRL. A tecnologia está em conformidade com a norma ASTM International D7427-14, com quatro kits de reagentes de teste para utilização imediata para medir cada um dos principais alérgenos separadamente, e no tempo de ensaio curto (<2 horas).

Então, vamos monitorar por aqui também? Afinal, é lei (RDC26/15)! Assim, quando o látex natural for usado nos equipamentos e utensílios que entram em contato direto com alimentos, medidas de controle devem ser adotadas a fim de evitar a contaminação cruzada com esse alérgeno no produto final, realizando tal monitoramento, como no uso desse kit, até com a possibilidade da substituição desse material por outro que não tenha característica alergênica.

Para saber mais, clique aqui.

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Derivado de alergênico, alergênico é!

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A Resolução RDC nº 26, de 2 de julho de 2015 (RDC 26/2015) “estabelece   os   requisitos   para   rotulagem   obrigatória   dos   principais alimentos que causam alergias alimentares”, nos termos do seu artigo 1º.

A ANVISA regulamentou este tema após constatar a “importância da rotulagem dos alimentos embalados para a proteção da saúde e melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com alergias alimentares, e pela constatação de diversos problemas na transmissão de informações nos rótulos”, conforme se verifica no item 9 das Perguntas e Respostas sobre Rotulagem de Alimentos Alergênicos.

A Agência aponta como obstáculos à compreensão do consumidor:

  1. O emprego de terminologia técnica ou científicas;
  2. O uso de termos genéricos, sem especificar a sua origem;
  3. A ausência de abertura do conteúdo de ingredientes compostos e dos coadjuvantes de tecnologia;  
  4. Questões que afetam à legibilidade da lista de ingredientes.

Pelo que se depreende de todo o debate que antecedeu a elaboração da norma em questão e da leitura do documento Perguntas e Respostas sobre Rotulagem de Alimentos Alergênicos, o objetivo da Agência foi o de garantir aos consumidores i acesso  a  informações corretas,  compreensíveis  e  visíveis sobre  a  presença  dos  principais alimentos que causam alergias alimentares.

A RDC 26/2015 é fruto deste contexto e visa salvaguardar a saúde – e a vida – de quem tem alergia alimentar e que, em virtude de tal fato, deve abster-se de entrar em contato com o alimento que lhe causa reações, esteja ele em sua forma íntegra, seja um derivado – lembrando que, muitas vezes, é indiferente a quantidade para fins de desencadeamento de reações (o que resultou na regulamentação da rotulagem obrigatória no caso de risco inevitável de contaminação cruzada). Levando este dado em consideração, a definição de alérgeno alimentar prevista no artigo 3º da RDC 26/2015 engloba tanto a proteína íntegra, quanto suas modificações e frações.

Todavia, embora o desencadeamento de reação, como regra, independa do modo pelo qual o ingrediente se apresente (se leite ou derivado de leite, por exemplo), houve a preocupação de que o alerta para alérgicos não trouxesse dúvida quanto à composição do produto para outros consumidores, que não os destinatários diretos da informação sobre alergênicos veiculada após o termo “ALÉRGICOS”.

Assim, o artigo 6º da RDC 26/2015 diferencia o modo pelo qual devem ser destacados os alergênicos conforme o modo de apresentação do produto, distinguindo aqueles que contêm um dado alergênico (ALÉRGICOS: CONTÉM…), daqueles que contêm um produto obtido a partir dos principais alimentos alergênicos (ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADO DE…).

Neste cenário normativo, para fins de rotulagem, caberá à indústria identificar, a partir de seu conhecimento técnico, se um dado ingrediente é um dos principais alergênicos ou se é obtido a partir dele, mas, para o consumidor alérgico, esta distinção não terá aplicação prática, uma vez que, como regra, terá que evitar o produto nas duas situações.

Créditos de imagem: Blog Nutrifilhos | Alimentação Infantil.

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Sustainable Foods Summit | Novos Horizontes para a Sustentabilidade e Rótulos Verdes

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O Sustainable Foods Summit é um evento internacional que foca nas questões principais que as indústrias de alimentos e bebidas enfrentam com relação à sustentabilidade e rótulos verdes, como orgânicos, Comércio Justo (Fair Trade), certificações, etc.

A segunda edição latino-americana do Sustainable Foods Summit acontecerá em São Paulo nos dias 29 e 30 de junho de 2016.

O summit terá como temas centrais ingredientes sustentáveis, rastreabilidade de alimentos e desperdício de alimentos, além de contar com a participação de líderes de empresas e organizações envolvidas com sustentabilidade e rótulos verdes.

Como a indústria de alimentos está sofrendo grande pressão para se tornar mais sustentável, quais devem ser os primeiros passos a serem tomados? Quais novos ingredientes sustentáveis estão sendo usados na produção de alimentos e bebidas? Quais avanços nas estruturas sustentáveis das empresas podem impulsar a rastreabilidade dos alimentos? O que pode ser feito para reduzir a perda e desperdício de alimentos? Essas e outras questões serão discutidas nesta nova edição do summit.

Abaixo uma síntese das quatro sessões que você irá acompanhar durante os dois dias:

Sustainability & Marketing Update – soluções para a agricultura sustentável,  implicações do COP21, mercado global para produtos orgânicos, impactos das embalagens, perspectivas dos retailers, estratégias para atingir o consumidor ético,  etc;

Food Traceability – certificação sustentável & sistemas de transparência, rótulos de produtos geneticamente modificados, segurança dos alimentos,  ferramentas analíticas para autenticidade dos alimentos, fornecedores de alimentos para as Olimpíadas 2016, estudos de caso sobre rastreabilidade, etc;

Sustainable Ingredients –  novos ingredientes sustentáveis, métodos sustentáveis de processamento, adoçantes naturais, proteínas vegetais, ingredientes baseados em algas, casos de inovação, etc;

Tackling Food Waste – perda global de alimentos & redução do desperdício, impacto do desperdício, novas embalagens, mudanças na postura do consumidor, inovações a partir do resto de alimentos, melhores práticas, etc.

As palestras e painéis do evento contam com profissionais que são autoridades em seus seguimentos. Para conhecer a programação completa, com horários e palestrantes, e outras informações, entre em contato com Marc Garcia:

E-mail: mgarcia@organicmonitor.com

Telefone: (44) 20 8567 0788

Site: Sustainable Food Summit.

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Interação da embalagem metálica com o alimento – Sulfuração

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Já aconteceu de ao abrir uma lata de alimento, notar algumas manchas escurecidas no interior de embalagem metálica? Como essas da foto?

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Essas manchas escurecidas em embalagem metálica com alimento são atribuídas à reação de SULFURAÇÃO. As proteínas presentes nos alimentos, e que têm em sua composição enxofre, podem se decompor durante o processo de esterilização, liberando produtos sulfurados, em particular hidrogênio sulfurado (H2S).

Estes produtos reagem facilmente com o estanho e com o ferro da embalagem metálica, originando compostos acastanhados, violáceos ou negros. Mais comuns em carnes, peixes, ervilhas e milho.

Mas a nossa principal dúvida é: a sulfuração apresenta risco à saúde?

Não. Não representa um perigo do ponto de vista de saúde pública, não altera o sabor, odor ou o valor nutritivo dos alimentos, e também não resulta em falha de embalagem. No entanto, constitue um defeito visual bastante importante, pois pode causar uma reação negativa e a desconfiança do consumidor, razão pela qual deve ser evitada.

Para evitar esta interação do metal com o alimento, a indústria de embalagens reveste internamente a lata com verniz apropriado conforme a legislação aplicável. Desta maneira cria-se uma barreira entre o metal e o alimento, o que impede que ocorra sulfuração.

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Informe Técnico n° 71: Uso do PET reciclado em embalagens para alimentos

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A ANVISA publicou o Informe Técnico n° 71, que traz esclarecimentos sobre o uso de PET reciclado em embalagens e outros materiais destinados ao contato com alimentos, como esse é um tema de competência do órgão, conforme Art. 8º, § 1º, inciso II da Lei nº 9.782/1999, a publicação do informe tem por objetivo orientar os órgãos de SNVS, e setor produtivo, quanto à legislação em vigor tocante ao uso de PET-PCR.

Vale salientar que as orientações e esclarecimentos do documento são referentes apenas à interpretação das legislações sobre o tema, portanto, não se configura uma “nova norma”.

No Informe Técnico a ANVISA fez um resgate de algumas definições importantes para o entendimento do assunto:

  • Materiais destinados ao contato com alimentos – 2.1 e 2.2 da RDC nº 91/2001;
  • Artigos precursores de embalagens – item 2.8 da RDC nº 20/2008;
  • PET descarte industrial e “Scrap” (aparas de processo) – item 2.1 e 2.2 da RDC nº 20/2008;
  • PET-PCR grau alimentício.

Após os esclarecimentos o informe traz alguns subtemas de grande importância para o entendimento do assunto:

  • Legislação sobre o uso de PET-PCR em embalagens e outros artigos destinados ao contato com alimentos;
  • Regularização de artigos destinados ao contato com alimentos que utilizem resina PET reciclado;
  • Embalagens de PET-PCR grau alimentício para contato direto com alimentos (RDC nº 20/2008);
  • Embalagens com PET reciclado que não passaram por processo de descontaminação validado.

Além desses esclarecimentos, o documento faz um levantado de todas as legislações relativas ao tema, fazendo uma revisão valiosíssima para você que está com várias dúvidas!

Ao final, a ANVISA conclui que…

Ah, te peguei!

Quer saber a conclusão sobre a permissão do PET reciclado em embalagens destinadas ao contato com alimentos?

Então baixe aqui.

Referência: ANVISA.

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