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Anvisa publica consulta pública de alergênicos

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Está no ar a Consulta Pública 29 de 05 de junho de 2014.

Ela traz as regras para rotulagem de alergênicos, como já vínhamos tratando no blog.

Clique aqui para ver a consulta pública e aqui para ler o post com as dicas de como aplicá-la.

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Destaques da palestra de Sylnei Santos sobre análises de alergênicos

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O terceiro palestrante trouxe a visão da saúde, além de alto conhecimento de métodos de identificações de substâncias alergênicas.  Conceituou alergia como sendo reações hipersensíveis imunomoduladas que podem afetar vários órgãos, mais comumente a pele, vias aéreas e digestivas. Trata- se portanto de uma resposta imune à uma substância, onde o corpo trata uma substância como um agente infeccioso. Já a intolerância foi apresentada como sendo uma resposta não-imune a uma substância . Ex. Intolerância à Lactose, onde a lactose não é metabolizada (por ausência da enzima Lactase) , se tornando alimento para bactérias que por sua vez irá produzir gases causando cólicas, entre outros sintomas.  

 Dentre os principais sintomas de Alergias Alimentares , Sylnei citou:

-Vermelhidão da pele
-Câimbras abdominais
-Dificuldade respiratória
-Inchaço generalizado
-Perda da consciência
-Coceiras
-Tosse
-Fotossensibilidade
-Constrição das vias aéreas
-Diminuição severa da pressão sanguínea e choque (choque anafilático)
-Sufocamento por inchaço da garganta
-Morte

 Antes de apresentar quais são os métodos mais adequados para identificar substâncias alergênicas em alimentos e no ambiente, Silney destacou que todos os elementos que podem causar alergia são proteínas. Veja:

  • Amendoim – Ara H 2
  • Leite – Caseína
  • Ovo – Ovalbumina
  • Trigo – Glúten
  • Ostras – Tropomiosina
  • Peixe – Parvalbumina
  • Amêndoas – vicilinas, leguminas, 2S albuminas
  • Soja – proteínas da Soja

 Sendo assim, a estratégia recomendada para buscar um alergênico é buscar a proteína.  Foram recomendados os seguintes métodos:

  • Visual
  • Teste para alergênico específico  – ELISA/Lateral Flow
  • Espectometria de Massa – EM
  • Reação de Cadeia Polimerase – PCR
  • Teste Indicador de Alergênicos (Swabs)  ? Proteína

 Uma dúvida muito comum é qual método de pesquisa é mais indicado em cada caso. Pensando nisso, Silney apresentou um resumo de cada opção.

 ELISA (Enzyme Linked Immuno-Sorbant Assay)

Método baseado em anticorpos que detecta presença de proteínas através de sanduíche de anticorpos, detectando um marcador (enzima vermelha) ligado a um dos anticorpos (anticorpo conjugado amarelo)

 Vantagens

– Permite detectar o alergênico de forma específica.

– Considerado o método mais rápido para produto final.

– Protocolo de análise simples.

– Apresenta alto rendimento

– São empregados quando há necessidade de reultados Quantitativos.

Desvantagens

– Possuem poucas Validações AOAC.

– um Kit por alergênico.

– Especificidades e Sensibilidades diferentes (depende do fabricante)

 Espectometria de Massa

É a técnica consiste em um bombardeamento das moléculas por um feixe de eletrons de alta energia. Por sua vez promove uma aceleração dos íons em um Campo Elétrico ou Magnético e a separação dos íons pela razão Massa/Carga. Com isso, ocorre a detecção dos íons com a determinada separação dos íons da razão Massa/Carga. EM pode detectar moléculas orgânicas como proteínas/peptídeos em níveis bem baixos semelhantes aos determinados por ELISA e PCR.

Vantagens – Permite detectar múltiplos alergênicos em um único ensaio (considerado uma triagen- screening). – Permite detectar proteínas que tiveram suas estruturas alteradas pelo processamento industrial.

Desvantagens – Necessidade de mão de obra especializada. – Necessidade de Validação para cada tipo de matriz – Elevado custo do equipamento.

 

Detecção de Alergênico por PCR

É uma técnica de Biologia Molecular, que permite amplificar um fragmento específico do DNA (Ácido Desoxirribonucléico) alvo. Quantidades mínimas do DNA são replicados em bilhões de cópias através de um termociclador e posteriormente detectados por marcadores de fluorescência

Vantagens – Técnica de biologia molecular (BM) com alta sensibilidade. – Uma ótima substituição para análises de alguns alergênicos que não são analisados por Elisa, EX.: Aipo e Salsão. – Por se tratar de uma técnica de BM pode-se desenhar primers específicos. – Técnica muitas vezes automatizadas e fácil manipulação.

Desvantagens – A detecção de alergênico alimentares é controversa, pois não detecta a substância em si, e sim o DNA marcador. Isso não caracteriza a presença do alergênico no alimento. Não sendo confiável para algumas matrizes como Ovos e Leite em Pó. – Instabilidade do DNA em meios ácidos. Ex.: Molho de Tomate – Necessidade de uma área isolada no laboratório para análises de BM.

 

Swabs para Detecção de Proteínas no Ambiente:

Semi-quantitativo . Trata-se de um teste para proteína total – Não específico

Válido somente para amostras ambientais – não consegue identificar alergênicos com o ruído da composição do alimento.  O teste é baseado na redução do Cobre Cu+2 para Cu+1 por pontes entre aminoácidos na cadeia protéica.  Será portanto positivo com qualquer substância que reduzir o Cobre.

 Já escolheu o melhor método para pesquisar alergênicos na sua empresa? 

 

Leia também:

http://artywebdesigner.com.br/metodos-de-analises-de-alergenicos-em-alimentos-pros-e-contras/

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Gerenciamento e validação de alergênicos: principais pontos da palestra de Cristina Leonhardt

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Principais pontos da palestra da Cristina Leonhardt – Tema:  Gerenciamento e validação de alergênicos.

Cristina trouxe para o evento a visão da indústria sobre o gerenciamento e validação de alergênicos. Logo no inicio de sua apresentação, foi informado que um adequado plano de gerenciamento de alergênicos  pode ser composto por 3 fases: Mapeamento, prevenção da contaminação e comunicação. Estas fases são detalhadas a seguir:

1-     Mapeamento:

Nesta fase devem ser avaliadas as fontes intencionais e não intencionais;  a presença de traços de ingredientes/contaminação inevitável, dados de mercado e declarações de parceiros da cadeia produtiva.

2-     Prevenção da contaminação:
A prevenção da contaminação de um produto por um alergênico pode ser baseada em um conjunto de controles, sendo os principais:
a)         Gerenciamento de insumos

  • Condições de transporte

• Isolamento
• Locais de estoque específicos
•Operação de esvaziamento de embalagens
•Controle durante o armazenamento

 b)       Controle de fornecedores

  • Coleta de informação de alergênicos
  • Gerenciamento de mudança
  • Rotulagem adequada: deve se evitar termos genéricos
  • Plano de Consequências

 c)        Controle de produção

  • Sequenciamento de produção  – Não alergênicos antes de alergênicos
  • Cuidado no manuseio de alergênicos
  • Validação de limpeza
  • Controle de utensílios
  • Controle de meios de processo ( ex: água/óleo)
  • Desenho sanitário dos equipamentos

 d)        Controle do reprocesso

  • Isolamento e identificação de materiais alergênicos
  • Grupo de alergênicos – matriz de retrabalho que considere os alergênicos

 e)        Controle no refeitório

  • Cuidados devem ser tomados com alimentos granulados, alimentos em pó e com alimentos que podem ser transportados. Ex: Pão

 f)         Controle da higienização

  • Validação contínua: deve ocorrer sempre no pior caso
  • Eficácia da limpeza úmida x limpeza seca – Flushing
  • Uso de utensílios dedicados e higienizados
  • Manutenção de registros

 g)        Controle de novos produtos e alterações
• Consideração sobre alergênicos em novos ingredientes e processos
• Manutenção de documentação relacionada
• Circulação da informação: plano de consequências + degustações + marketing
• Cuidados durante testes em fábrica: medidas contra contaminação cruzada
 h)        Controles de pessoal
• Realização de treinamento de acordo com a função
• Definição de regras higiene pessoal
• Existência de guia para visitantes
• Roupas dedicadas para alergênicos
• Controle do consumo de alimentos
 Em seguida, Cristina apresentou uma ferramenta desenvolvida pelo grupo VITAL para auxiliar a identificação da necessidade ou não de declaração no rótulo e ainda os limites que estão sendo recomendados por este grupo. Veja:

Neste momento, a palestrante ressaltou que alguns casos de alergia são severos e que estas pessoas podem sofrer problemas de saúde devido a ingesta de alimentos, mesmo que os teores das substâncias estejam abaixo do preconizado acima.  Ou seja, os valores acima visam minimizar ou restringir o risco, mas não eliminam.

1-     Comunicação

A terceira fase apontada foi a comunicação, a qual pode ocorrer:

  • Na esfera produto através dos rótulos;
  • Na esfera corporativa através de especificações técnicas, laudos, documentos de declaração, cardápio, website e SAC;
  • Na esfera particular, em eventos pessoais e educação infantil;
  • Na esfera governamental através de análises de riscos; elaboração de guias para população e objetivos nacionais de segurança alimentar.

Por fim, a palestrante também ressaltou as grandes oportunidades que o mercado apresenta para as empresas que investem em públicos diferenciados.  Citando os casos das empresas Dalya; Enjoy life e Ian´s

O blog quer saber: como é tratado o assunto Gerenciamento de alergênicos na sua empresa? A indústria brasileira está no caminho certo?

Veja também o post sobre a palestra de Cecília Cury, que também participou desta mesa redonda.

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A Segurança de Alimentos na Copa do Mundo – Resultado final dos estabelecimentos

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Na última quinta-feira a Anvisa divulgou as notas individuais de 2.075 estabelecimentos participantes da Categorização dos Serviços de Alimentação.  Os selos devem permanecer na entrada dos estabelecimentos até agosto.

Os resultados da primeira etapa foram comentados aqui no blog veja A Segurança de Alimentos na Copa do Mundo – Os resultados.

Resultados finais

Dos 1876 estabelecimentos avaliados nos dois ciclos, 49% melhoraram, 40% mantiveram seus resultados e 11% pioraram entre a primeira e a segunda avaliação.

Destaques:

Cidades sem nenhum estabelecimento com pendências: Jabotão dos Guararapes, Caruaru, Gravatá ,Cabo de Santo Agostinho e Recife (PE); Brasília – DF; Gramado e Pelotas (RS); Barueri  e São Paulo (SP); João Pessoa (PB).

Gramado (RS) e Cabo de Santo Agostinho (PE) só tiveram estabelecimentos classificados com A e B.

Porto Alegre na classificação final não obteve nenhum estabelecimento com nota A, 44% foram classificados com nota C e 32% apresentaram pendências.

São Miguel do Gostoso (RN) manteve-se sem nenhum estabelecimento com nota A.

Melhores aeroportos: Curitiba (PR) com 100% dos estabelecimentos classificados com nota A., seguido de Guarulhos (SP) com 97% de nota A.

Na semana passada mostramos no post Restaurantes participantes da Categorização da Copa autuados-no-rio-de-janeiro. Veja a nota final dos 4 estabelecimentos que participaram da categorização:

– Confeitaria Colombo (Forte de Copacabana) – A

– Restaurante da Quinta da Boa Vista – B

– DRI (Parque Lage) – B

– La Biciclette (Jardim Botânico) – C

Programas como este deixam em evidência que a falta de fiscalização é mais um dos problemas crônicos em nosso país.

Para refletir:

Como um estabelecimento com nota A, pode apresentar alimentos vencidos, seria isso cumprir rigorosamente a legislação ou uma falha de pouca importância?

Programas como este já são um primeiro passo, mas o que nós como profissionais da área podemos fazer para melhorar estes resultados?

 As notas dos estabelecimentos estão disponíveis no site da Anvisa.

 Fonte:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2013+noticias/38+dos+servicos+de+alimentacao+sao+certificados+com+nota+maxima

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Case – Análise de metais pesados em embalagens para alimentos

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As embalagens que estejam em contato direto com alimentos devem ser fabricadas em conformidade com as boas práticas de fabricação para que, nas condições normais, não produzam migração para os alimentos de componentes indesejáveis, tóxicos ou contaminantes em quantidades tais que superem os limites máximos estabelecidos pela legislação.

Foi realizado um estudo sobre a migração de metais pesados em embalagens utilizadas em alimentos (hot dog, churros, hambúrguer, batata frita, pizza, misto quente, pipoca e bebidas) em um complexo turístico na cidade de Aquiraz.

As embalagens de churros, hot dog, batata frita, pizza e misto quente são todas confeccionadas em papel tipo cartão Cat 30, 350g/m². Já o que envolve o hambúrguer é folha tipo glasspel natural. Os copos são plásticos impressos em polipropileno pigmentado.

O processo de avaliação foi realizado da seguinte forma: Foram enviadas para o laboratório amostras das embalagens utilizadas no complexo, a fim de determinar o possível nível de toxicidade de metais pesados nos pigmentos utilizados na impressão. Para a análise dos dados foi utilizada como base a Resolução nº105, de 19 de maio de 1999 e a Resolução nº51, de 26 de novembro de 2010.

A tabela abaixo apresenta os limites estabelecidos pela legislação:

Do ponto de vista toxicológico e de segurança dos alimentos, o que causa um perigo em potencial é a ingestão regular de compostos químicos que compõe a embalagem.

Em vista dos resultados obtidos para o papel cartão tipo Cat 30, 350 g/m² e o material plástico impresso em polipropileno utilizado para os copos, conclui-se que sob o aspecto de migração total a amostra analisada não apresentou restrição de uso para contato com alimentos, para acondicionamento e uso prolongado a temperatura de até 40°C. Sob o aspecto de migração específica dos elementos Arsênio (As), Cromo (Cr), Cádmio (Cd), Mercúrio (Hg) e Chumbo (Pb), a amostra também não apresenta restrições de uso para contato com alimentos.

Já o papel tipo glasspel natural utilizado para os hambúrgueres apresentou os seguintes resultados:

Conforme apresentado na tabela acima o material utilizado para a confecção da embalagem de hambúrguer satisfaz as exigências da legislação, nos itens de migração total, presença de odores específicos e migração específica de metais, para os alimentos enquadrados nos tipos abaixo:

Tipo IV – Alimentos oleosos ou gordurosos;

Tipo VI – Alimentos sólidos secos ou de ação extrativa pouco significante.

Portanto, conclui-se que os materiais utilizados na fabricação das embalagens do complexo turístico satisfazem as exigências da legislação.

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Contaminação cruzada? Florença dá a dica #sqn

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Eu sempre desconfiei de certas regras de BPF, por não entender bem de onde vêm – e também por questionar se elas realmente tinham uma análise de risco por trás. Um exemplo clássico é exigir o uso de toucas por carecas ou que se cobra barba, mas não o braço peludo.

Uma das regras que estão sendo sempre desafiadas é a tal contaminação cruzada. Faz sentido mesmo ter cinco tábuas para preparar alimentos, se depois todos serão jogados juntos na mesma panela e cozidos? Os florentinos parecem desafiar abertamente a regra – por onde você passa, os restaurantes exibem pedaços de carne bovina com orgulho ao lado de peixes, camarões, mexilhões, pizzas. Tudo muito apetitoso para atrair os fregueses!

Olha aí abaixo:

E você? Comeria no restaurante acima?

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Auditoria? Ai que medo….

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Durante os últimos anos tive diversas oportunidades de acompanhar auditorias. Certamente as primeiras me marcaram muito, mas também consigo perceber que com o passar do tempo receber uma auditoria (interna ou externa) deixou de ser um sofrimento e passou a ser um aprendizado.

Costumo dizer que auditoria se mede em horas, assim como os pilotos de avião tem em seu curriculum as horas de vôo, quem trabalha no sistema de gestão de uma organização também tem em seu histórico “X” horas de auditoria.

Nas primeiras auditorias que tive a experiência de conduzir como representante da organização, consigo me lembrar do coração acelerado, das mãos suadas, e em algumas situações o sistema operante mandava a seguinte mensagem “not responding”…. Claro que esta é uma sensação muito particular, e que cada um reage de forma diferente. Algumas pessoas nunca vão deixar de ter medo de voar, já outras, até irão se aventurar em visitar a cabine do piloto.

Não há uma regra ou uma receita mágica para sentir-se mais tranquilo durante uma auditoria, mas o que funcionou pra mim foi: conhecer bem os requisitos da(s) norma(s) acreditada(s) em questão, ter a mente aberta para a aplicação destas exigências, dominar os procedimentos internos da organização e acima de tudo, ser transparente com os auditores. Isso com certeza trará mais confiança para os momentos de argumentação e para exercitar verificações de conformidade (ou não conformidade) durante o processo de auditoria.

Por favor, não me entendam mal, não quero dizer para MOSTRAR todas as falhas da organização para o auditor. Identificar as conformidades e eventuais falhas é o trabalho dele. Mas se durante uma trilha de auditoria ele concluir que há uma não conformidade, esta é a hora de manter a calma e buscar evidências / soluções para a correção e ação corretiva. Imaginem se em uma situação onde acende o botão de emergência do painel de comando do avião o piloto entrar em pânico? Todos podem ser prejudicados.

Utilizar as horas de auditoria a nosso favor é um aprendizado constante. Afinal de contas, a melhoria contínua deve acontecer para o sistema de gestão da organização e também para o nosso conhecimento e experiência.

Ótimas horas de vôo pra vocês!!

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Entenda como funciona o processo de certificação de segurança de alimentos

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Atualmente existem diversas iniciativas e protocolos de certificação elaborados com o objetivo de fornecer maior segurança dos produtos aos consumidores finais e demais stakeholders. Habitualmente, importadores e clientes solicitam a seus fornecedores a comprovação do atendimento a determinados requisitos através de um programa de certificação. Esta iniciativa tem por objetivo proporcionar maior transparência e segurança quanto à solidez dos controles e sistema de gestão dos fabricantes de alimentos, bebidas e embalagens, visando proteger os negócios e marcas, além de minimizar impactos à saúde dos consumidores.

Entre as normas existentes, podemos citar aquelas que contam com o reconhecimento de equivalência do GFSI (Global Food Safety Initiative – http://www.mygfsi.com) e possuem maior adesão no Brasil: FSSC 22000, IFS e BRC. Tais normas podem ser aplicadas tanto para a produção de alimentos e bebidas, quanto para embalagens.

Cada norma possui prazos e ciclos distintos, portanto vale a pena investir algum tempo para conhecer cada uma delas mais a fundo e identificar aquela que mais se adequa à sua empresa. Abordaremos de forma mais detalhada sobre cada norma nos próximos artigos. Aguardem!

Entenda mais sobre alguns pontos relacionados ao processo de certificação, como:

  • Ciclo de certificação:

Algumas normas possuem um ciclo de certificação de 03 anos (FSSC22000 e normas ISO), enquanto que outras possuem ciclo anual (IFS e BRC). Isto significa que, o certificado expira em ciclos de 03 anos e a empresa deve realizar 01 auditoria de certificação e 02 auditorias anuais de manutenção do certificado ou 04 auditorias semestrais de manutenção. A periodicidade das auditorias de manutenção é definida junto ao organismo certificador.

Já para normas como o BRC e IFS, o ciclo de certificação dura 01 ano. Isto significa que anualmente a empresa passará por auditorias de recertificação. Desta forma, todos os requisitos são auditados anualmente e o tempo de auditoria habitualmente é o mesmo caso não ocorram alterações no escopo e informações da empresa.

 

  • Pré-auditoria, Auditoria de Certificação, Acompanhamento/Manutenção e Recertificação:

Pré-auditoria: utilizada como última avaliação da empresa antes da certificação. Tem por objetivo realizar uma verificação final, nos mesmos moldes de uma auditoria de certificação, para realizar eventuais adequações e demonstrar se a empresa possui seu sistema adequadamente implantado para passar pela certificação. Habitualmente algumas empresas utilizam esta visita como um diagnóstico, porém é importante que o estágio de implantação da norma já esteja avançado para que existam evidências suficientemente disponíveis para análise do auditor e maior benefício para a empresa.

Certificação: é a primeira auditoria oficial da empresa na norma escolhida. O número de dias é calculado pelo organismo de certificação com base no perfil da empresa, como quantidade de produtos, número de funcionários e criticidade do processo. Ao término da auditoria, o auditor pode ou não recomendar a empresa para a certificação, sendo a decisão final tomada por um comitê imparcial do organismo certificador. Todos os requisitos da norma são integralmente auditados nesta auditoria.

Auditorias de Manutenção ou Acompanhamento: aplicável apenas para as normas com ciclo de 03 anos (como explicado anteriormente), sendo realizadas a cada 06 ou 12 meses. Estas auditorias possuem habitualmente uma avaliação amostral dos requisitos da norma, porém até o final do ciclo todos os requisitos são novamente auditados. Com isso, existe uma quantidade diferenciada de tempo/dias para esta auditoria com base em sua abrangência, sendo que as visitas de manutenção sempre são realizadas em um número de dias inferior ao número de dias da certificação.

Recertificação: auditoria integral (todos os requisitos) realizada antes do vencimento do certificado vigente para renovação do mesmo. Dependendo da norma, o tempo de auditoria nesta visita é o mesmo da certificação inicial ou um pouco reduzido, porém sempre superior ao tempo das auditorias de manutenção. Eventuais desvios críticos podem levar a uma suspensão do certificado, o que pode ocorrer a qualquer momento durante sua vigência. Como a empresa já está coberta pela certificação, espera-se observar no mínimo uma melhoria contínua e os organismos detentores dos direitos legais sobre cada norma podem aplicar sanções caso existam falhas graves ou indícios de fornecimento de produtos inseguros ao mercado. Tais regras estão estabelecidas em cada norma e vale a pena realizar uma leitura destes critérios na etapa de escolha da norma para certificação.

 Possui dúvidas sobre este tema? Envie sua pergunta para nós: erica.vianna@lr.org

 

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Referência microbiológica de swab para monitoramento de mãos e superfícies

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No Workshop de Food Safety – Lições e Aprendizados, Dr. Eduardo Cesar Tondo, um dos palestrantes mais requisitados pelo público presente, falou sobre o monitoramento ambiental dentro da indústria de alimentos, com foco em controlar e eliminar possíveis fontes de contaminação.

A palestra trouxe referências importantes e difíceis de serem encontradas como padrões microbiológicos para superfícies e para as mãos, além de dicas do quê e como monitorar. Veja as referências clicando na imagem abaixo:

referencia_swab

Segue um breve resumo dos principais pontos abordados, para quem perdeu esta excelente palestra.

 Principais fatores a serem controlados para evitar surtos:

  • Água e matéria prima;
  • Tempo e temperatura;
  • Prevenção de contaminação cruzada (contato direto através de equipamento ou manipulador);
  • Ambiente de produção (contaminação indireta).

 O que podemos controlar e monitorar no ambiente de produção?

 Com esta pergunta, Tondo deu uma série de exemplos como:

  • Não deixar mangueira no chão, porque o bocal pode ser contaminado e ao abrir o jato pode dispersar microrganismos pelo ambiente e equipamentos;
  • Instalações adequadas, que garantam uma higienização segura;
  • Atenção ao tipo de material das superfícies que entram em contato com o alimento;
  • Em um restaurante, placas de corte devem ter cores diferentes e serem armazenadas separadamente;
  • Cuidado com os equipamentos de difícil higienização como cortador de legumes e fatiador de frios.

  Métodos de avaliação de superfície

– Avaliação quantitativa por swab

Dica: Não se esquecer de adicionar neutralizante na solução umidificante ou diluente para inibir a ação do sanitizante. Veja no slide 22 tabela com neutralizante indicado para cada sanitizante e a concentração a ser utilizada.

– Avaliação de Listeria em superfície – Placa Petrifilm para Listeria

–  Bioluminescência por ATP – Luminômetro 3M

Mede a quantidade de matéria orgânica presente, que pode ser microrganismo ou resíduo de alimento. Lembrando que a unidade é expressa em URL, que não indica o número de UFC.

Um dos grandes destaques foram as recomendações de padrões para superfícies, uma vez que no Brasil não há padrão oficial.

Swab de mãos

Não comparar os resultados dos swabs de mão dos colaboradores, pois cada pessoa tem uma flora acompanhante. O que deve ser comparado são resultados da mesma pessoa, antes e depois da lavagem ou após tempos definidos.

A análise de S. aureus não é recomendada, uma vez que este microrganismo pode estar naturalmente presente no corpo da pessoa.

Como também não há padrão oficial para mãos, segue recomendação  indicada pelo palestrante:

Ausência de coliformes fecais ou E. coli nas mãos (Tondo e Bartz, 2013)

Para encerrar a palestra Tondo apresentou alguns estudos relacionados à avaliação de superfície e monitoramento ambiental. A palestra na íntegra e os resultados dos estudos estão disponíveis no site. Baixe a apresentação completa clicando aqui.

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Rotulagem de alérgenos – destaques da palestra de Maria Cecília Cury Chaddad

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Um dos momentos mais aguardados do Workshop Food Safety Lições e Aprendizados foi a mesa redonda sobre alergênicos. Este tema foi apresentado por Maria Cecília Cury Chaddad, advogada e defensora da rotulagem de produtos com alergênicos; Cristina Leonardt, gerente de P& D da JBS Colágenos que apresentou a visão da indústria e  Silney Santos, enfermeiro e especialista técnico da 3M.    Devido ao detalhamento abordado no evento, o conteúdo discutido será apresentado aqui em uma série de 3 posts.

?  Dados sobre a alergia alimentar:

A palestrante trouxe dados da ASBAI sobre a alergia alimentar  no Brasil.  Informou que atinge 6-8% das crianças com menos de 3 anos e 2-3% dos adultos. Isto equivale a cerca de 4 milhões de envolvidos!  Estes dados são semelhantes aos encontrados nos EUA, Europa e Canadá.  Maria Cecília ressaltou que esta incidência é maior do que quando relacionados com outros ingredientes que já apresentam regras de rotulagem definidas no Brasil como Glúten, Tartrazina e Fenilalanina.

Estudos demonstram que a incidência e a severidade dos casos de alergia alimentar estão aumentando. Enquanto que nos EUA foi detectado um aumento de 18% nos casos de alergia alimentar entre os anos de 1997 e 2007 (0 a 18 anos), na Europa o número de internações de crianças por reações alérgicas severas aumentaram 7 vezes nos últimos 10 anos (dado de 2012).

?  Leitura de rótulos:

A palestrante trouxe a dificuldade de se encontrar informações claras e precisas relacionadas com a presença de ingredientes ou traços de alergênicos nos rótulos dos alimentos. Também abordou a dificuldade de entendimento e compreensão da informação disponibilizada.  Segundo Maria Cecilia, a falta de padrão e regras claras para a rotulagem pode ser um fator que agrava esta situação.

?  Contato com SAC:

Em relação aos contatos com o SAC para se obter informações precisas sobre a presença de alérgenos nos alimentos, Maria Cecília informou que ainda há muita desinformação  nos serviços de atendimento ao cliente sobre o tema, já que o déficit de informações é grande. Existe, sendo a palestrante, uma necessidade urgente de capacitação no tema dos colaboradores envolvidos.  O fato de muitos serviços serem terceirizados pode ainda ser um elemento complicador.

?  Consequências da não regulamentação

Segundo Maria Cecilia, os prejuízos pela ausência de uma regulamentação de rotulagem de alergênicos são muitos. Para os consumidores, gera-se o receio de adquirir produtos, um efetivo risco de acidentes e custos relacionados a pesquisas e busca de informações precisas.  Já a indústria, corre o risco de ser difamada em redes sociais e perda de mercado. A falta de parâmetros normativos pode expor as empresas ainda ao risco de condenações por vício de informação.

?  Normas de defesa do consumidor

Outros países já apresentam regulamentos para a rotulagem de alergênicos, tendo sido citados os casos da União Europeia, EUA, Austrália/Nova Zelândia, Canadá e Chile. Em comum, os regulamentos destes países trazem a preocupação com as seguintes substâncias:  Leite, soja, trigo/ glúten, amendoim, oleaginosas, peixe e crustáceos.

Maria Cecília defende que a comunicação quanto a presença de alérgenos é obrigatória mesmo não existindo regulamento específico no Brasil.  Isso porque o direito de informar decorre do sistema: Direito à saúde; Direito à alimentação adequada e Direito à informação. O Código de defesa do Consumidor (CDC)  determina que o consumidor deve receber informações claras e ostensivas, incluindo informação advertência sobre os produtos que estão sendo consumidos.

?  Mercado em ascensão

Maria Cecilia comentou sobre as oportunidades de negócio visando atender o público especifico que apresenta algum tipo de restrição alimentar. Citou os exemplos das empresas Enjoy Life e Daiya Foods, ambas bem sucedidas.

?  Campanha Põe no Rótulo

Para finalizar a sua apresentação, Maria Cecilia apresentou a campanha “Põe no rótulo” que visa a conscientização sobre a necessidade de rotulagem de alérgenos.  Esta campanha é organizada por um grupo de mães de crianças com alergia alimentar. Em poucos dias conseguiu mais de 32 mil curtidas na rede social, além de participar de programas de TV, ser assunto de reportagens, sensibilizar artistas e principalmente conseguir espaço na agenda regulatória para discutir o assunto na ANVISA em Brasília.

Estamos na torcida! Que venha uma informação clara e segura!  E você? O que pensa sobre a rotulagem de alergênicos?

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Como outros setores podem contribuir para a Segurança dos Alimentos?

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Nas unidades de alimentação é muito importante que os procedimentos relacionados a segurança alimentar sejam cumpridos. Via de regra, o setor que coordena esse processo é o da qualidade, ou quando há porte na empresa para isso, o de segurança de alimentos. No entanto, para atingir os objetivos é necessário que todos os setores da empresa estejam envolvidos, tais como Recursos Humanos, Segurança do Trabalho, Manutenção e etc.

Os setores de manutenção possuem papel vital na manutenção preventiva. Portanto cabe a ele garantir que todos os equipamentos funcionem dentro do esperado. Além disso, ele contribui para o cumprimento dos POP´s de Controle de Potabilidade da água, onde deve realizar as higienizações dos reservatórios como também garantir o controle da dosagem do cloro.

Para empresas que buscam a certificação da qualidade ISO 22000 é importante que além dos cuidados citados acima sejam realizados pelo menos anualmente a calibração dos equipamentos. Tais como câmaras, refrigeradores, freezeres, pass trough, estufas e inclusive termômetros.

Todos esses procedimentos de calibração devem ser realizados por empresas acreditadas na Rede Brasileira de Calibração, que apresenta os parâmetros determinados pelo Inmetro. Veja aqui a lista das empresas acreditadas por cada estado.

Já o setor de Recurso Humanos, deve estar envolvido nos processos de recrutamento e seleção. Nesse momento é onde o POP de Higiene e Saúde do Manipulador é cumprido. Onde no momento da admissão e periodicamente são exigidos os exames necessários para comprovar a saúde física e mental do colaborador. A especificação dos exames é determinada pelo PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e da Norma Regulamentadora vigente, do Ministério do Trabalho e Emprego. Esse controle deve ser realizado por médico especializado em Medicina do Trabalho.

A Segurança do Trabalho está intrinsicamente ligado a evitar procedimentos inadequados que venham a causar acidentes de trabalho, com auxílio por exemplo do uso de EPI´s – Equipamentos de Proteção Individual.

Portanto o cumprimento das boas práticas de fabricação é necessário ações em conjunto dos setores envolvidos.

 

 

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Restaurantes participantes da Categorização da Copa são autuados no Rio de Janeiro

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Na última quarta-feira (28/05/140, o Procon-RJ autuou 9 restaurantes em pontos turístico do Rio de Janeiro, dentro de operação Camisa 10. Foram recolhidos e descartados 94kg de produtos impróprios para consumo.

            O Rio de Janeiro tem 243 estabelecimentos participando do programa de Categorização dos Serviços de Alimentação. As notas de cada estabelecimento estão para serem divulgadas nos próximos dias, já que a previsão era final de maio. Publicamos aqui no blog os resultados premilinares.

            Dos 9 restaurantes autuados , 4 estão participando da categorização e neles foram encontrados produtos vencidos, requisito avaliado no item 6.4 da Lista de Avaliação para Categorização dos Serviços de Alimentação.

            Estabelecimentos autuados:

1 – Confeitaria Colombo (Forte de Copacabana)*

2 – Prado Restaurante (Jóquei Club)

3 – Café Botânica (Jardim Botânico)

4 – Restaurante da Quinta da Boa Vista*

5 – D.R.I (Parque Lage)*

6 – La Biciclette (Jardim Botânico)*

7 – Palaphita (Jockey)

8 – Codere (Jockey)

9 – Alô Restaurante (Zoológico da Quinta da Boa Vista)

*Estabelecimentos participantes da categorização

 Qual será a nota destes 4 estabelecimentos? Será que estes estão nos 17% que foram categorizados como pendentes na primeira parcial? Vamos aguardar os resultados.

 

Fontes:

http://www.procon.rj.gov.br/index.php/publicacao/detalhar/1080

http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/procon-rj-autua-9-restaurantes-em-pontos-turisticos-do-rio-28052014 (fonte da imagem também)

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/hotsite_categorizacao/documentos/Perfil%20Categoriza%C3%A7%C3%A3o%20CISIS%2029abr14_PAF.pdf

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Revisão dos requisitos de qualificação dos auditores de ISO 22000

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 O comitê técnico ISO / TC 34/SC 17, responsável pelo desenvolvimento e atualização da norma ISO 22000, está considerando uma mudança na definição dos requisitos de qualificação dos auditores. 

Atualmente, os requisitos de competência dos auditores estão descritos na ISO 22003 e são baseados em cinco fatores : requisitos específicos de educação , requisitos específicos de formação em segurança dos alimentos e em auditoria do sistema de gestão, experiência de trabalho e experiência em auditoria.
A proposta de revisão da ISO 22003 visa o alinhamento com a norma ISO / IEC 17021:2001 ( Avaliação da Conformidade – Requisitos para organismos de auditoria e certificação de sistemas de gestão ), sendo este o padrão recomendado pelo GFSI.

Além da mudança dos requisitos, os organismos de certificação terão que desenvolver procedimentos para avaliar as competências do auditor e a sua capacidade em usar uma abordagem de processo. Desta forma, qualificações de auditores como a educação, formação e experiência poderá determinar parcialmente a competência requerida. Será preciso que o auditor também tenha conhecimento específico, habilidades e experiência, além de ter a capacidade de aplicar esses fatores na condução de uma auditoria e avaliação de seus resultados.

O que acha da proposta de mudança?

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A segurança ocupacional e a de alimentos de mãos dadas

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Nos meus trabalhos de consultoria, auditoria e treinamentos nas mais diversas empresas, vejo que em certas ocasiões ocorrem conflitos entre algumas áreas, em função de seu foco ou interesse. Uma das “brigas clássicas” estão entre a equipe de segurança de alimentos (ou a equipe da qualidade) e os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, por exemplo, em relação ao famoso “piso liso” requerido pela legislação de Boas Práticas de Fabricação, mas que pode fazer o colaborador escorregar.

Como harmonizar a relação entre os responsáveis pela segurança de alimentos e os responsáveis de segurança ocupacional? O primeiro aspecto é ter a consciência de que os dois assuntos estão interligados em muitos pontos e podem caminhar juntos. Um ambiente de trabalho higiênico, organizado e bem mantido, que nos auxilia na obtenção de produtos seguros, contribui (e muito) para evitar acidentes e melhorar ainda mais a saúde e a motivação do colaborador na empresa. A integridade, a saúde geral e a motivação do colaborador também são requisitos essenciais para o cumprimento dos procedimentos operacionais e para a fabricação de alimentos dentro dos níveis aceitáveis em relação a possíveis perigos introduzidos no processo ou no produto, através das pessoas.

Outra recomendação é trazer o técnico de segurança ocupacional para trabalhar com o time de segurança de alimentos. Isto mesmo. Este profissional pode colaborar nos procedimentos e práticas relacionados a temas do tipo: crise ou emergência, como um incêndio, inundação ou acidente com derramamento de sangue; gerenciamento de quebra de vidro na produção; treinamentos dos colaboradores e verificação do cumprimento das regras de higiene pessoal e saúde; manejo de resíduos; layout das instalações, uso de materiais duráveis e que não representem risco de contaminação dos produtos (e também risco de causar acidentes ou lesões envolvendo os colaboradores). O trabalho em equipe faz com que os recursos e métodos propostos atendam a todos os focos e interesses.

Um excelente profissional de segurança de alimentos é aquele que se preocupa e muito com a saúde do consumidor, mas também faz de tudo para buscar soluções que sejam integradas a outros aspectos, como meio ambiente, segurança do trabalho, produtividade e qualidade, sustentabilidade, responsabilidade social e ética nos negócios. Sabemos que as exigências de clientes têm sido cada vez maiores, com necessidades de certificações nas mais diversas normas, então convido o leitor a refletir: que tal formar um grupo verdadeiramente multidisciplinar para que todos trabalhem de mãos dadas, em prol de uma empresa, um produto, um consumidor e uma sociedade cada vez melhores?

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Perguntas e respostas sobre a consulta pública de rotulagem de alergênicos

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A ANVISA aprovou hoje, dia 29/05 o conteúdo da consulta pública que deverá sair no Diário Oficial da União na próxima semana.

Explicando o que virá pela frente,  antecipamos possíveis perguntas e respostas desta novidade. Em itálico os textos extraídos da apresentação que está no site da Anvisa.

Ingredientes alergênicos que fazem parte da formulação e já são declarados devem ser destacados?

Sim, segundo o texto:  Os alimentos que consistam, sejam derivados ou contenham adição intencional de ingredientes, aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia ou matérias-primas derivados das fontes reconhecidas por causarem alergias ou intolerâncias alimentares independentemente da quantidade, devem trazer a declaração “Alérgicos: Contém (nomes das fontes)” ou “Alérgicos: Contém derivados de (nomes das fontes)”, conforme o caso.

Assim, ficará claro para consumidores alérgicos, que, por exemplo,  ingredientes de formulação como albumina e lecitina referem-se a ovo e soja respectivamente.  E o fato de não haver quantidade mínima estabelecida faz com que, por exemplo, uma indústria que use uma concentração baixíssima de um aroma de queijo tenha que rotular o alerta de leite em um produto que não tem leite como ingrediente se o o aroma contiver pequena quantidade do mesmo.

 E como deverá ser a apresentação?

As declarações exigidas nos artigos 6º, 7º e 8º desta Resolução devem estar agrupadas próximas à lista de ingredientes da rotulagem, em moldura de fundo branco e com caracteres de mesmo tipo e cor preta que atendam aos requisitos de altura estabelecidos nesta Resolução. As declarações não podem estar dispostas em locais de difícil visualização, encobertos ou removíveis pelo lacre de abertura, como áreas de selagem e de torção

Como uma imagem vale mais do que mil palavras, segue um exemplo fictício para ilustrar.

 

 

 

 

 

 

 

Que alergênicos deverão ser declarados?

Em virtude da ausência de evidências científicas sobre os principais alergênicos que afetam a população brasileira, foi utilizada como referência a lista de alergênicos do Codex Alimentarius, ou seja:

I – cereais que contêm glúten, nomeadamente trigo, centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas;

II – crustáceos;

III – ovos;

IV – peixes;

V – amendoim;

VI – soja;

VII – leite;

VIII a XV – castanhas (amêndoa , avelã, castanha de caju, castanha do Brasil, macadâmia, noz, pecã, pistache);

XVI – sulfitos (dióxido de enxofre e seus sais) em concentração igual ou superior a 10 (dez) partes por milhão (ppm), expresso em dióxido de enxofre.

 E naqueles casos em que pode haver traços do alergênico, como nas situações onde num mesmo equipamento se processa, por exemplo,  chocolate com e sem amendoim?

Nos casos em que os alimentos, ingredientes, aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia ou matérias-primas tenham risco de contaminação incidental pelas fontes reconhecidas por causarem alergias ou intolerâncias alimentares, deve constar no rótulo a declaração “Alérgicos: Pode conter (nomes das fontes)”.

E a partir de que quantidade deve ser feita a rotulagem destes “resíduos”, também conhecidos pelo mercado como “traços”?

Com exceção do glúten e do sulfito, a Agência reconhece que não existem limites estabelecidos para os outros alergênicos devido às limitações científicas. Assim, a empresa não precisará fazer essa rotulagem se o produto apresentar quantidades de inferiores de 20 ppm para glúten e 10 ppm para sulfito. Para qualquer outra situação,  a rotulagem se faz obrigatória. O termo “pode conter” não se aplica ao glúten, seguindo vigente somente os termos “contém” ou “não contém”.

Restaurantes, cozinhas industriais, padarias e outros estabelecimentos devem seguir o novo regulamento?

Não, considerando os seguintes cenários:

O regulamento não se aplicará aos seguintes produtos:

I – alimentos embalados que sejam preparados ou fracionados em serviços de alimentação e comercializados no próprio estabelecimento;

II – alimentos embalados nos pontos de venda na presença do consumidor;

III – alimentos comercializados sem embalagens.

 Indústrias que fornecem à outras indústrias, também devem fazer esta declaração?

Sim, porém não necessariamente através de um rótulo.

Para os produtos destinados exclusivamente ao processamento industrial e ou aos serviços de alimentação, a informação sobre a presença ou ausência do glúten pode ser fornecida, alternativamente, nos documentos que acompanhem o produto.

  Vale a pena mencionar que a Agência reconhece que:

  • A característica da cadeia de produção de alimentos torna possível a ocorrência de contaminação cruzada em diferentes etapas.
  • Essa medida pode resultar no crescimento do uso dessas declarações em substituição à adoção de práticas de manejo de alergênicos ou como medida de proteção judicial por parte do setor produtivo.
  • Também foi apontada a possibilidade de diminuição do número de alimentos sem declaração de alergênicos, o que pode restringir o acesso de indivíduos com alergia a alimentos.

O regulamento será um complemento da RDC n. 259/2002

Leia a apresentação completa da Anvisa aqui e participe da consulta pública.

 

 

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Resumo da palestra: “Construindo uma Gestão Eficaz da Segurança de Alimentos”

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Outra palestra interessante do Workshop Food Safety – Lições e Aprendizados, promovida pelo nosso blog e pela 3M no final de abril, foi a de João E. Souza, que nos trouxe uma visão de como podemos gerenciar de maneira eficaz a segurança de alimentos.

Os participantes foram convidados a refletir sobre a realidade de suas empresas e negócios, em relação à existência de planos e metas mensuráveis e atingíveis focadas em segurança de alimentos; participação dos gestores na definição dos planos e metas; implementação segura dos planos e metas e fabricação de produtos seguros.

João explicou que o conceito de segurança de alimentos na empresa não está só relacionado a processos, sistemas e controles de contaminantes que podem causar dano ao consumidor, mas também principalmente às atitudes, às pessoas. É importante que a gestão da segurança de alimentos tenha um foco especial nas pessoas, iniciando-se pelo comprometimento da direção.

O grande desafio da gestão de segurança de alimentos é satisfazer as expectativas dos clientes, de forma consistente, e sendo lucrativa e sustentável. Isto significa encontrar um equilíbrio entre garantir o atendimento de todos os requisitos dos clientes e ter um preço justo.

O estabelecimento da gestão de segurança de alimentos inicia-se pelo comprometimento da alta direção, que deve divulgar seu compromisso com a segurança de alimentos, incluir metas de segurança de alimentos nas estratégias de negócio da empresa e em todos os níveis, criar canais de comunicação dos resultados obtidos e investir em programas de desenvolvimento e capacitação dos profissionais.

A segunda fase está ligada ao gestor da qualidade, que tem um papel fundamental na definição das metas junto à direção; identificação de oportunidades, fortalezas e fraquezas; definição de estratégias setoriais; participação ativa nos programas organizacionais e buscar apoio junto ao RH. A capacitação do gestor e de todo o time de implementação permite uma padronização de linguagem, processos e métodos.

Ao estabelecer os objetivos de segurança de alimentos, começando pelo topo da organização (a direção), deve-se ter em conta que metas (onde queremos chegar), estratégias para atingir as metas e a medição (monitoramento dos objetivos) precisam ser claramente definidos. Os objetivos determinados pela direção são comunicados ao gestor da qualidade, que posteriormente cascateia para o restante da empresa, até a operação. Uma forma de acompanhar o atingimento dos objetivos é através de avaliação de desempenho dos colaboradores.

A terceira etapa refere-se à padronização dos processos internos, facilitada pela criação de um time multidisciplinar, com papéis e responsabilidades claros. A sinergia entre a área técnica e operacional, alinhamento dos processos em todos os segmentos de negócio da empresa e a capacitação do pessoal são imprescindíveis para o sucesso desta fase.

O próximo passo é padronizar os fornecedores de insumos e serviços, através de programas de qualificação e certificação, auxiliando estes fornecedores a atingir os requisitos de qualidade, segurança de alimentos, responsabilidade social, entre outros, fazendo com que eles se tornem verdadeiros parceiros. Na manufatura, onde é possível ter maior controle, a padronização pode ser conseguida por um sistema de métricas operacionais, com o conceito de se fazer “certo da primeira vez” (processos claros de liberação de insumos e produtos, e tratamento das não conformidades), e com o gerenciamento da exceção. Para padronizar os distribuidores e pontos de venda, é importante capacitar a equipe de vendas e de atendimento, para auxiliar na promoção das boas práticas de armazenamento e transporte, e também transformar estes clientes em parceiros.

Ao finalizar, João compartilhou um caso de sucesso de ferramentas de comunicação eficazes numa empresa. No nível operacional, a comunicação pode ser através de diálogos diários de no máximo 30 minutos e bem objetivos, comentando sobre desvios de processo, incidentes da qualidade, reclamações e planos x metas. No nível dos gestores, reuniões mensais com 1 hora de duração, revendo os programas, resultados, dados de fornecedores, incidentes, planos e estratégias e necessidades de capacitação e recursos. E com a direção, reuniões semestrais de 1 hora envolvendo a presidência, trazendo os resultados consolidados dos objetivos; principais desafios; satisfação de clientes; resultados de auditorias e necessidades de investimentos.

Em resumo, uma gestão eficaz da segurança de alimentos envolve o comprometimento da direção; a capacitação do pessoal; a sinergia entre a equipe; programas de incentivo e avaliação de performance e dos resultados e persistência, resiliência e sustentabilidade.

 Para baixar os slides desta palestra, clique aqui, na página da 3M.

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Resumo da palestra: “Desafios em segurança de alimentos em nosso país”

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Caros leitores, como todos devem saber, no final do mês de abril foi realizado o Workshop Food Safety – Lições e Aprendizados, promovida pelo nosso blog e pela 3M. Uma das palestras mais esperadas foi a da nossa editora-chefe, Juliane Dias, que falou sobre os desafios e preocupações em segurança de alimentos no nosso país.

A palestra iniciou-se com o resultado de uma pesquisa realizada com os participantes do evento, para que todos opinassem sobre as suas principais preocupações em segurança de alimentos no Brasil. Em ordem crescente das preocupações, os assuntos debatidos foram:

1) Obter produtos excelentes e livres de contaminação: quantas realidades temos no Brasil? Fabricamos coisas iguais da mesma forma? Um dos exemplos dados foi que ao mesmo tempo que existem frigoríficos e supermercados legalizados, ainda há muitos abatedouros clandestinos e pontos de venda sem qualquer respeito ao mínimo das normas de higiene. Também foi falado sobre as empresas certificadas em normas do GFSI, e a grande concentração está sobretudo no sudeste e sul do país.

2) Falta ou falhas na fiscalização pelos órgãos regulatórios: existe um excesso de assuntos a serem discutidos pela ANVISA e pelo MAPA, no entanto não há “cabeças” suficientes para absorver a demanda e a rapidez nas informações. Outro ponto discutido: são criadas leis que muitas vezes o país não tem estrutura ou condição de seguir, como por exemplo, a IN 51/2002 (PIQ do leite), ou a legislação de migração de embalagens. Além disso, em alguns casos as leis são escritas de forma dúbia ou nebulosa, não permitindo uma compreensão clara de seus requisitos e uma implementação adequada. Por fim, foi falado sobre a disponibilidade de recursos para fiscalização e punição, com exemplos dos escândalos de adulteração de leite no RS e fraude em pescados em SC, e as dificuldades passadas até pelo FDA, nos Estados Unidos.

3) Alergênicos: embora este assunto tenha aparecido em 3º lugar, sem dúvida é um dos mais comentados na realidade. Um gráfico com os motivos de recall no Brasil e nos EUA foi mostrado, e o principal foi a presença de alergênicos não declarados ou informações incorretas sobre o alergênico (no caso tupiniquim, considera-se apenas glúten). Mesmo com legislação clara em alguns países estrangeiros, o problema está longe de ser resolvido. Por exemplo, no Canadá, estima-se que 5% dos produtos contêm alergênicos não declarados.

4) Não cumprimento da legislação: os requisitos dos clientes são sempre as leis mais respeitadas, como se pode concluir com o aumento das certificações em diversos setores industriais, sobretudo nos fornecedores de embalagens e insumos. Foram relembrados posts sobre a presença de aflatoxinas em pipoca, detectadas pela ANVISA, e produtos brasileiros bloqueados na União Europeia também por presença de micotoxinas.

 5) Consumidores: a falta de conhecimento do consumidor também foi colocada como preocupação. O consumidor tem cada vez mais lido o rótulo, mas não entende. Outros não se interessam. E essas dificuldades normalmente vêm de rótulos confusos, palavras difíceis, letras microscópicas e ausência de informações relevantes que possam auxiliar o consumidor a fazer uma escolha adequada. Além disso, há quem diga que não confia naquilo que está escrito. Para tentar driblar isso, a dica é: educar as crianças desde cedo para criarem uma consciência em segurança de alimentos.

6) Patógenos: cada vez mais bactérias têm mostrado resistência a antibióticos, tratamentos térmicos, produtos sanitizantes, entre outros. No entanto, é possível garantir um ambiente controlado e produtos livres de patógenos, como conseguiu a Dinamarca. Relembre aqui: http://artywebdesigner.com.br/como-a-dinamarca-erradicou-a-salmonella-em-carcacas-de-frango/

7) Falta de comprometimento dos gestores: foi falado sobre o papel da direção de uma empresa, que é a “cobrança” e supervisão de pessoal; estar presente; garantir os investimentos e recursos necessários e manter canais de comunicação adequados. Mas isto nem sempre é cumprido.

A palestra encerrou-se com uma reflexão, de que muitas vezes, a “poeira é varrida para baixo do tapete”. Em alguns casos, a segurança de alimentos é negligenciada na cadeia, as melhores práticas não são valorizadas. Se a concorrência não faz, então não faremos. Se a lei não obriga, então não preciso fazer. Se um resultado de análise de patógenos deu positivo e na reamostragem deu negativo, então dá para liberar. Com tudo isso, Juliane realmente conseguiu colocar todos os participantes para pensar e criar uma visão mais crítica em segurança de alimentos.

 Para baixar os slides desta palestra, clique aqui, na página da 3M.

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Liderança pelo exemplo nas Boas Práticas de Fabricação

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“Ações falam mais do que palavras”

 Dando continuidade aos posts dedicados a compartilhar ideias e experiências sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF), chegou o momento de tocar em um assunto muito importante e fundamental para a implantação e manutenção das boas práticas de fabricação em uma organização. Contudo, é um tema que em algumas situações pode gerar melindre nos gestores que estão à frente das Boas práticas de fabricação. De antemão peço desculpas se as verdades abaixo forem incômodas a alguém, mas o ponto é: elas precisam ser ditas e digeridas por aqueles que precisam liderar pelo exemplo para que os resultados esperados com as boas práticas de fabricação sejam de fato atingidos. Do contrário, garanto que será um trabalho de implantação onde você dará murros em ponta de facas, com sangramento contínuo e dolorido para todos.

Vamos trocar ideias sobre as sete maneiras de liderar pelo exemplo escritas por um veterano da marinha americana chamado Brent Gleeson, que encontrei “por acaso” na internet e que fizeram sentido para me inspirar a escrever para vocês hoje. São elas:

 

1)     Coloque as mãos na massa: Conheça o que dizem as legislações de BPF do seguimento que atua. Uma leitura da legislação é um passo simples que muitas vezes não é dado pela liderança. Você não precisa decorar nada, mas conhecer e entender a legislação que direciona a implantação das regras, é um bom começo. Visitar as áreas e enxergar as facilidades e dificuldades para atender os requisitos da legislação é uma ótima ferramenta para direcionar a solicitação de recursos para a alta direção. Os líderes têm muitas responsabilidades e atividades, contudo trabalhar próximo e dar apoio a sua equipe é uma ótima forma de conquistar e construir a confiança, bem como desenvolver seu conhecimento e habilidades.

 2)     Cuidado com o que você diz: Ações falam mais alto do que palavras. As palavras podem impactar seu moral para melhor ou para pior. Solicitar o uso de toucas para todos e utilizá-la de modo errado ou até mesmo não utilizá-la, pode simplesmente fazer com que seu projeto de BPF não decole e que não conformidades básicas sejam reincidentes por muito tempo. Se sua equipe ou uma pessoa em específico precisa de orientação extra, faça isso de portas fechadas ou de uma forma que só ela(s) ouça(m) a orientação. Se você pede que as regras de BPF sejam seguidas, seja o primeiro a segui-las.

 3)     Respeite a cadeia de comando: Todos os membros da equipe precisam respeitar a liderança em todos os níveis. Se os principais líderes não respeitam a cadeia de comando, por que qualquer outra pessoa respeitará? Se você delegar a implantação de BPF, dê autoridade e oriente seu liderado e demais líderes, que a regra será implantada e cobrada de todos. É muito importante que a alta direção seja treinada e fique ciente de que deverão ser solicitados a seguir as boas práticas de fabricação. A relação pautada pelo respeito entre todos os níveis é a melhor ferramenta para o sucesso de um programa de BPF baseada pelo exemplo.

 Por hoje é só! Leia, reflita, comente e continuaremos no próximo post com as outras 4 maneiras de liderar pelo exemplo: Ouça sua equipe, Assuma responsabilidade, Deixe sua equipe trabalhar e Cuide-se.

Fonte: http://www.inc.com/brent-gleeson/7-ways-to-lead-by-example.html

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Funcionários em atentado à higiene em estabelecimentos de alimentos

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Manter a higiene e as boas práticas de fabricação em estabelecimentos de alimentos requer disciplina e comprometimento. Com uma equipe dessas, qualquer chefe poderá enlouquecer!

Clique em FS para ver em tela cheia.

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A luta contra a resistência microbiana aos antibióticos

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Não têm surgido boas notícias sobre a resistência microbiana aos antibióticos recentemente.  A crescente resistência das Salmonellas, inclusive, já foi abordada aqui.  Semanas atrás, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que este problema é “tão grave que ameaça as conquistas da medicina moderna”. A resistência microbiana aos antibióticos é um desafio também para a segurança de alimentos, pois os patógenos disseminados por alimentos passam pelo mesmo processo. Entende-se por resistência aos antibióticos o fato de um microrganismo (bactéria, fungo, vírus ou parasita) já não responder a uma droga para a qual era originalmente sensível. Isto significa que os tratamentos convencionais não funcionam mais; que as infecções são mais difíceis ou impossíveis de controlar; que o risco de disseminação da infecção para outros é aumentado e que a doença e a internação hospitalar são prolongadas, com aumento dos custos econômicos e sociais. Concluindo: o risco de morte é maior.

Uma parceria entre os EUA e a União Européia (UE) foi firmada em 2009, chamada “Transatlantic Taskforce on Antimicrobial Resistance”. Este grupo de trabalho transatlântico tem três áreas de concentração de atividades: promover o uso adequado de antibióticos, aturar na prevenção de infecções resistentes a drogas em humanos e criar estratégias para a criação de novas drogas. Dias atrás, após 5 anos, foi divulgado seu primeiro relatório. Segundo o documento, cerca de 25.000 pessoas morrem anualmente na Europa em razão de infecções resistentes a drogas. Nos EUA, o número de mortes anuais é de cerca de 23.000. Milhares de pessoas sobrevivem à batalha depois de longos e dispendiosos períodos de hospitalização. E não há novos antibióticos em desenvolvimento.
O relatório faz um grande número de recomendações às autoridades, destacando-se, entre outras, a preocupação pelo uso indiscriminado de antibióticos na criação de animais. A conclusão é de que ainda há um longo caminho a percorrer, em particular nas áreas da prevenção de infecção e no desenvolvimento de novos medicamentos. Uma era pós-antibiótico, em que infecções comuns e lesões menores poderão matar é uma possibilidade muito real para o século 21. Você pode ler o relatório completo do grupo de trabalho clicando aqui.

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