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Inovação Técnica Validada: Primeiro Ensaio Multiplex RT-PCR com Certificação ISO 16140-2 para Salmonella spp. e Cronobacter spp.

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Detecção simultânea de patógenos críticos em fórmulas infantis: uma abordagem otimizada para segurança microbiológica

A segurança microbiológica de fórmulas infantis em pó representa um desafio contínuo, sobretudo frente às exigências regulatórias de agências como ANVISA, FDA, EFSA, FSANZ e SAMR. Nesse contexto, foi desenvolvido o Hygiena® foodproof® Salmonella plus Cronobacter Detection LyoKit®, primeiro teste molecular multiplex baseado em RT-PCR a obter validação de desempenho segundo a norma internacional ISO 16140-2 para a detecção simultânea de Salmonella spp. e Cronobacter spp.

Por que essa inovação importa para a indústria brasileira?

Salmonella e Cronobacter são microrganismos com reconhecido potencial patogênico, especialmente em neonatos e lactentes. A detecção convencional desses patógenos é geralmente realizada por ensaios distintos, o que pode prolongar o tempo total de liberação de produtos e aumentar o uso de insumos laboratoriais. O LyoKit possibilita a análise de ambas as espécies em um único ensaio, promovendo ganho operacional e redução do tempo necessário para tomada de decisão.

Validação segundo critérios internacionais

O método foi certificado pela AFNOR conforme os critérios da ISO 16140-2, sendo validado para as seguintes matrizes:

  • Fórmulas infantis em pó (com e sem probióticos)
  • Ingredientes utilizados na fabricação
  • Amostras ambientais de instalações produtivas

Com 100% de inclusividade para 100 cepas de Salmonella e 50 de Cronobacter, e 100% de exclusividade frente a 30 cepas não-alvos, o método fornece resultados confiáveis e livres de falsos positivos, elevando o nível de confiança dos responsáveis técnicos e laboratórios internos.

Resultados em 19 horas com menor tempo de enriquecimento

Enquanto métodos convencionais exigem até 20 horas de incubação para detectar apenas um patógeno, o LyoKit permite enriquecimento em apenas 16 horas, seguido de resultados em até 19 horas — otimizando o tempo de liberação de produto e reduzindo riscos de recall.

Aspectos operacionais e compatibilidade laboratorial

O sistema utiliza reagentes liofilizados, o que favorece a estabilidade analítica e reduz o risco de contaminação. Seu fluxo de trabalho é simplificado, adequado a laboratórios com capacidade técnica limitada. O ensaio é compatível com o sistema BAX® System Q7, possibilitando integração direta em rotinas laboratoriais já estabelecidas.

Perspectiva técnica

A introdução do foodproof® Salmonella plus Cronobacter Detection LyoKit® oferece uma abordagem moderna para detecção simultânea de patógenos relevantes à saúde pública, com base em evidência técnica robusta e alinhamento com padrões internacionais. Tal avanço pode contribuir significativamente para práticas analíticas mais eficientes e seguras na cadeia de produção de fórmulas infantis.

Quer saber mais? Acesse www.hygiena.com ou entre em contato com a equipe técnica para uma demonstração ou avaliação gratuita.

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Como digitalizar documentos da indústria de alimentos

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Quando se fala sobre digitalizar documentos na indústria de alimentos, o foco recai sobre três principais vieses: adaptação às novas demandas; conformidade com normas e regulamentações e aumento de produtividade e segurança.

A ascensão do uso de soluções tecnológicas em processos de qualidade estrutura-se no que prega a metodologia enxuta nas empresas: diminuir retrabalho e eliminar recursos que não estão sendo utilizados. Dessa forma, a possibilidade de acessar todos os documentos em um só lugar é um caminho interessante para eliminar gargalos de processo.

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Ozônio na conservação pós-colheita de frutas e hortaliças: tecnologias de aplicação e benefícios

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As frutas e hortaliças desempenham um papel essencial na alimentação humana. São fontes significativas de vitaminas, tais como A, B, C, D e E, além de minerais, fibras e fitoquímicos que contribuem diretamente para a manutenção da saúde (Yahia et al., 2019; Pal & Molnár, 2021). O consumo adequado desses alimentos está associado à redução do risco de doenças crônicas, reforçando a recomendação do seu consumo diário por organizações internacionais de saúde pública (UK-Government, 2018; USDA, 2018).

Entretanto, estima-se que 25-45% das frutas e hortaliças produzidas globalmente sejam perdidas antes de chegarem ao consumidor, sobretudo em países em desenvolvimento (Sitoe et al., 2025). As perdas pós-colheita limitam a disponibilidade desses produtos e comprometem a segurança alimentar, sendo a contaminação microbiológica um dos principais fatores responsáveis pela deterioração e redução da vida útil (Snyder & Worobo, 2018).

A fim de mitigar tais perdas, a indústria de alimentos utiliza, de modo tradicional, desinfetantes químicos, tais como compostos à base de cloro (Ogawa et al., 2018). No entanto, a aplicação desses sanitizantes apresenta limitações críticas, entre elas a formação de subprodutos potencialmente tóxicos, como trihalometanos e ácidos haloacéticos, que trazem riscos à saúde humana e ao meio ambiente (Chawla, 2021; Sun et al., 2019; Sitoe et al., 2025). Ademais, o uso contínuo pode ocasionar resistência microbiana e impactar negativamente a aceitação do consumidor.

Nesse contexto, tecnologias emergentes têm sido objeto de estudo como alternativas mais seguras, sustentáveis e eficazes. Dentre essas tecnologias, o ozônio (O3) destaca-se por seu elevado poder oxidante, sendo capaz de inativar diversos microrganismos patogênicos e decompor resíduos de pesticidas. Seu mecanismo de ação envolve a geração de espécies reativas de oxigênio (ROS), que provocam danos irreversíveis às membranas celulares, enzimas e estruturas genéticas dos microrganismos (Liang et al., 2018; Bolel et al., 2019; Trombete et al., 2016; Wang et al., 2019).

Além de sua eficácia antimicrobiana comprovada, o ozônio apresenta vantagens adicionais em comparação com tecnologias convencionais, como o calor, a radiação UV e o cloro, pois não deixa resíduos tóxicos, preserva melhor os atributos sensoriais e é economicamente viável. Essas características contribuem para a sua aprovação pela Food and Drug Administration (FDA, 2001) como substância segura para aplicação em alimentos. Sua utilização na pós-colheita pode se dar sob diferentes formas: gás ozônio, névoa ozonizada ou água ozonizada. A escolha de cada tecnologia de ozonização depende das características do produto e da estrutura disponível (Lone et al., 2019; Sitoe et al., 2025; Da-Silva et al., 2024).

Estudos recentes apontam para o potencial do ozônio no retardamento de processos fisiológicos, tais como o amadurecimento e o escurecimento, além da redução da incidência de patógenos deteriorantes (Heleno et al., 2016; Chen et al., 2020). Diante do exposto, infere-se que tais características tornam o ozônio uma solução promissora para aumentar a vida útil dos produtos, minimizar perdas econômicas e atender às exigências do consumidor por alimentos mais seguros e com menor impacto ambiental.

Diante do exposto, o presente estudo objetiva descrever as técnicas de aplicação do ozônio na conservação pós-colheita de frutas e hortaliças, avaliando seus efeitos sobre o controle microbiológico e a preservação da qualidade. Tal abordagem contribui para o avanço do conhecimento sobre tecnologias limpas e sustentáveis, com potencial direto na redução de perdas e na promoção da segurança alimentar ao longo da cadeia produtiva.

Técnicas de aplicação de ozônio em frutas e hortaliças

O ozônio pode ser aplicado em frutas e hortaliças por meio de três principais técnicas: gás ozônio, névoa ozonizada e água ozonizada (Figura 1). A aplicação em forma de gás é amplamente utilizada em câmaras de armazenamento, permitindo a desinfecção do ambiente e dos produtos de forma homogênea (Figura 1A) (Sheng et al., 2018). A névoa ozonizada consiste na dispersão de micropartículas de ozônio na forma de névoa fria, promovendo uma cobertura eficiente com menor consumo de gás e risco reduzido de dano ao alimento (Figura 1B) (Sitoe et al., 2025). A água ozonizada, gerada pela dissolução do gás ozônio em água, é aplicada por imersão ou aspersão, sendo eficaz na remoção de sujeiras, microrganismos e resíduos de agrotóxicos (Figura 1C) (Da-Silva et al., 2024). Tais técnicas são versáteis e contribuem para a conservação da qualidade e segurança dos produtos hortifrutícolas.

(A)

(B)

(C)

Figura 1. Representação dos sistemas de aplicação de ozônio em frutas e hortaliças: ozônio gasoso (A), névoa ozonizada (B) e água ozonizada (C).

Benefícios das tecnologias de aplicação de ozônio no controle microbiológico em frutas e hortaliças

O ozônio tem se destacado como um agente antimicrobiano eficaz no controle de microrganismos patogênicos e deteriorantes em frutas e hortaliças. Em sua forma gasosa, o ozônio penetra nos tecidos vegetais e atua na inativação de bactérias, fungos e leveduras por oxidação de componentes celulares essenciais. A névoa ozonizada, com partículas finas e distribuição uniforme, potencializa o contato com a superfície dos alimentos, promovendo ação antimicrobiana eficiente mesmo em áreas de difícil acesso. A água ozonizada, por sua vez, combina o efeito mecânico da lavagem com a ação oxidativa do ozônio, reduzindo significativamente a carga microbiana na superfície dos produtos. Essas tecnologias demonstram alta eficácia na redução de contaminantes sem deixar resíduos químicos, sendo alternativas promissoras aos sanitizantes convencionais no contexto da segurança alimentar.

Tabela 1. Efeito das tecnologias de aplicação de ozônio (gás, névoa ozonizada e água ozonizada) no controle de microrganismos deteriorantes em frutas e hortaliças.

Tecnologia de

ozonização

Matriz alimentar Produto Dose de ozônio Tempo de Exposição Microrganismo alvo Redução (log UFC g-1) Referência
GÁS OZÔNIO Fruta

 

Maçã 50,0 – 87,0 ppb 30 semanas Listeria innocua 5.0    Sheng et al. (2018)
60,2 – 78,7 ug L-1 36 semanas L. inofensivo 2.2    Shen et al. (2021)
51 -87 ug L-1 36 semanas L. inofensivo 2.0 – 2.6    Sheng et al. (2022)
23 ppm 20 minutos Listeria monocytogenes 2.12 – 3.07    Murray et al. (2018)
Hortaliças Pimenta preta 17,83 mg 4 h STEC 1.0     0.2 Rane et al. (2020)
17,83 mg 4 h Salmonella 0.7 – 0.1
17,83 mg 4 h L. monocytogenes 1.3 – 0.2
Espinafre 1,5 g kg-1 E.c O157: H7 1.8 – 3.5 Yesil et al. (2023)
1,5 g kg-1 30 min E.c O157: H7 5.2
 

NEVOA OZONIZADA

Hortaliças

 

Pimentão vermelho 20 mg L-1 15 min Levedura 4.34 Sitoe et al., (2025)

 

20 mg L-1 15 min Bolores 4.00
Fruta Rama forte 50 uL 5 min Escherichia coli 1.28    Da-    Silva et al., (2024)
Morangos 20 mg L?1

40 mg L?1

5 min Total de mesófilos aeróbios

Fungos filamentosos totais e leveduras

3.55- 4.99

<2,00 – 5,78

 

Gonçalves-Magalhães et al., (2025)
10 min Total de mesófilos aeróbios

Fungos filamentosos totais e leveduras

4,10 – 4.90

5.49 – 6.21

5 min Total de mesófilos aeróbios

Fungos filamentosos totais e leveduras

3,75 – 4,92

5.83 – 6.58

10 min Total de mesófilos aeróbios

Fungos filamentosos totais e leveduras

3.85 – 4.00

5.88 – 6.79

ÁGUA OZONIZADA Fruta Morangos 0,3 – 2 ppm 1-3 min Mesófilo Aeróbico 2.3 Alexandre et al., (2011)
0,3 ppm 2 min 1.21    Alexandre et al. (2012)
Laranjas 4 mg L-1 10 min 2.0 Ali-Koyuncu et al. (2023)
Hortaliças

 

Alface de aipo 0,5 ppm 5-30 min Mesófilos aeróbicos 3.27    Alexopoulos et al. (2013)
Coliformes 2.47
Leveduras e bolores 2.33
Pimentas Mesófilos aeróbios 3.27
Coliformes 3.66
Leveduras e bolores 2.02
0,3 – 1 ppm 1-3 min Listeria innocua 2.8 Alexandre et al. (2011)

 3.1. Mecanismos de inativação de microrganismos pelo ozônio

A capacidade desinfetante do ozônio está fortemente relacionada ao seu elevado potencial de oxidação-redução (2,08 V) e ao aumento da produção intracelular de espécies reativas de oxigênio (ROS), que causam lise celular bacteriana e danos ao material genético (Casas et al., 2021; Rangel et al., 2021). O tratamento com ozônio tem como principal alvo a parede celular, cuja degradação promove o extravasamento do conteúdo intracelular (Figura 2). Ademais, há indícios de que o ozônio provoca oxidação de glicoproteínas e/ou glicolipídios da membrana celular (Ersoy et al., 2019), bem como a degradação do DNA por meio da oxidação das ligações duplas (Botta et al., 2018). Estudos anteriores apontam dois mecanismos principais de inativação microbiana pelo ozônio. O primeiro envolve a oxidação de grupos sulfidrila e aminoácidos presentes em peptídeos, proteínas e enzimas, resultando em peptídeos menores. O segundo mecanismo está relacionado à oxidação de ácidos graxos poli-insaturados, levando à formação de peróxidos ácidos (Khadre et al., 2001; Brodowska et al., 2018). É importante destacar que ainda não foi observada resistência microbiana ao tratamento com ozônio, possivelmente devido ao seu mecanismo de ação, baseado na lise celular (Cullen et al., 2010).

Figura 2. Diagrama esquemático da inativação microbiana por tratamento com ozono. Fonte: Adaptado de Xue et al. (2023).

Efeitos da aplicação de ozônio na preservação da qualidade nutricional de frutas e hortaliças em pós-colheita

O ozônio tem se destacado como uma tecnologia eficaz na preservação da qualidade nutricional de frutas e hortaliças em pós-colheita (Sitoe et al., 2025). Sua aplicação, especialmente nas formas gasosa e aquosa, tem demonstrado capacidade de retardar a degradação de compostos bioativos, como clorofila, vitamina C, fenólicos e flavonoides. Além disso, o tratamento com ozônio pode reduzir o estresse oxidativo, minimizar a senescência celular e manter a integridade dos constituintes nutricionais (Piechowiak et al., 2020; Horvitz et al., 2024). Esses efeitos contribuem para o prolongamento da vida útil e para a manutenção do valor nutricional e da aparência comercial dos produtos. A Tabela 2 apresenta, de forma detalhada, os resultados de estudos que comprovam o efeito positivo do ozônio na qualidade de frutas e hortaliças em condições pós-colheita.

Tabela 2. Efeito do ozônio na manutenção de compostos bioativos e na qualidade nutricional de frutas e hortaliças em pós-colheita.

Matriz alimentar Técnica de ozônio Concentração Tempo de exposição Compostos Resultados Referência
Framboesa Ozônio gasoso 8–10 mg L-1 30 min Compostos fenólicos e glutationa Contribuiu para a redução da degradação Piechowiak et al. (2020)
Frutas de papping Ozônio gasoso 2 mg L-1 3 h Compostos fenólicos e flavonóides Aumento da concentração Sachadyn-Król et al. (2016)
Frutas de papping Ozônio gasoso 125,9 a 251,8 mg m-3 62 dias, das 10:00 às 16:00 de segunda a sábado Carotenóides Aumento da concentração Bortolin et al. (2016)
Pimentão “Jinds” Fumigação com ozônio 50 mg L-1 30 min Clorofila Degradação retardada Janhom e Whangchai, 2023)
Amoras Ozônio gasoso 0.4; 0.5; 0,6 e 0,7 L L-1 3 minutos Atividade antioxidante e os teores de frutose, vitamina C e polifenóis Aumento da concentração Horvitz et al. 2024)
Melões Ozônio gasoso 15 mg m 3 10 dias por duas horas Malonaldeído Aumento da concentração LU et al. (2023)
Alface Água ozonizada 65–85 mg L-1 120 minutos Clorofila, açúcar solúvel e ácido ascórbico Aumento da concentração Peng et al. (2018)

Com base nas evidências apresentadas, conclui-se que as tecnologias de aplicação de ozônio, na forma gasosa, névoa ozonizada e água ozonizada, apresentam um elevado potencial no controlo microbiológico e na preservação da qualidade pós-colheita de frutos e hortícolas. A eficácia dos métodos de aplicação de ozônio na redução de microrganismos deteriorantes e na manutenção de compostos bioativos, como os fenólicos, flavonoides, clorofila e vitamina C, é notável. Além de serem seguros e ambientalmente sustentáveis, os métodos de aplicação de ozônio contribuem para o prolongamento da vida útil dos produtos hortícolas. Os resultados compilados nas tabelas deste estudo reforçam o efeito positivo do ozônio sobre atributos nutricionais e antioxidantes. No entanto, a eficácia depende da concentração, do tempo de exposição e do tipo de matriz vegetal. Assim, a aplicação criteriosa dessas tecnologias pode representar uma alternativa promissora para o setor de alimentos frescos.

Autores: Eugénio da Piedade Edmundo Sitoe (genitodapiedade@gmail.com), Matheus da Silva Mourão (matheusmourao21@gmail.com), Wilma Custódio Fumo (wilma.fumo06@gmail.com).

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Yahia, E. M., García-Solís, P., & Celis, M. E. M. (2019). Contribution of fruits and vegetables to human nutrition and health. In Postharvest physiology and biochemistry of fruits and vegetables (pp. 19-45). Woodhead Publishing.

Yesil, M., Kasler, D. R., Huang, E., & Yousef, A. E. (2023). Lytic Escherichia phage OSYSP acts additively and synergistically with gaseous ozone against Escherichia coli O157: H7 on spinach leaves. Scientific Reports, 13(1), 10706.

13 min leituraAs frutas e hortaliças desempenham um papel essencial na alimentação humana. São fontes significativas de vitaminas, tais como A, B, C, D e E, além de minerais, fibras e fitoquímicos […]

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O uso do ozônio na segurança de alimentos

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O interesse no uso do ozônio como agente sanitizante tem crescido nos últimos anos, em resposta à procura das indústrias de alimentos por processamentos mais seguros. O objetivo é oferecer alimentos livres de contaminantes químicos, biológicos e físicos, que não causem danos à saúde do consumidor.

A preocupação com a segurança de alimentos surge da necessidade das empresas se manterem no mercado e da demanda de consumidores mais exigentes, que buscam alimentos orgânicos e minimamente processados. O ozônio, um poderoso oxidante natural, surge como uma solução promissora para atender a essa demanda.

Apesar de sua eficácia conhecida, o ozônio ainda é pouco utilizado pelas empresas, principalmente devido ao desconhecimento de como implementá-lo em processos industriais. Embora existam avanços científicos em escala laboratorial, ainda há escassez de estudos em escala industrial, pois muitas empresas não divulgam seus resultados e métodos.

O ozônio pode ser aplicado na forma gasosa, água ozonizada ou névoa ozonizada, em processos de lavagem, limpeza, higienização e desinfecção de alimentos, água, efluentes e instalações. Pode ser utilizado para melhorar a segurança de alimentos in natura, minimamente processados e industrializados.

Benefícios do uso do ozônio

  1. Preserva o meio ambiente: contribui para a segurança e conservação de alimentos e matérias-primas orgânicas, além do tratamento de água e efluentes.
  2. Tem curto tempo de vida: transforma-se rapidamente em oxigênio após cumprir suas funções.
  3. Reduz o risco de contaminação: elimina micro-organismos em superfícies, produtos agrícolas, alimentos e ambientes.
  4. Baixo consumo de recursos naturais: utiliza apenas oxigênio e energia elétrica nos tratamentos.
  5. Melhora a segurança de alimentos e o índice ESG das empresas: contribui para a sustentabilidade ambiental e aumenta a segurança de produtos agrícolas e da pecuária.
  6. Não altera o valor nutricional e características sensoriais dos alimentos: mantém a cor, aroma e sabor originais.
  7. Elimina diversos contaminantes: remove biofilmes e destrói esporos, bactérias, vírus, mofo, fungos, ácaros, insetos, microtoxinas, entre outros.
  8. Oxida matéria orgânica e resíduos de agrotóxicos: substitui produtos que agridem o meio ambiente.
  9. Tecnologia emergente com baixo custo: possui grande potencial para transformar o ambiente de negócios nos próximos anos.

Aplicações do ozônio

  • Impedir o crescimento de micro-organismos em alimentos e ambientes.
  • Aumentar o tempo de prateleira de alimentos.
  • Oxidar substâncias causadoras de mau cheiro em alimentos.
  • Ampliar o bom odor de frutas aromáticas.
  • Degradar resíduos de agrotóxicos.
  • Desacelerar o amadurecimento de frutas, legumes e verduras.
  • Reduzir maus odores em armazéns e lojas refrigeradas.
  • Substituir produtos químicos no tratamento pós-colheita.
  • Melhorar a floculação e coagulação de materiais orgânicos em efluentes.

O ozônio pode substituir produtos químicos em diversas aplicações:

–  Redução ou eliminação de carga microbiana.
–  Pasteurização não térmica de alimentos e bebidas.
–  Degradação de agrotóxicos.
–  Detoxificação ou eliminação de microtoxinas.
– Ampliação do tempo de vida útil dos alimentos.
– Controle de pragas: substitui inseticidas químicos e gases nocivos ao meio ambiente.
– Limpeza e sanitização em plantas industriais: tratamento de água, redução de carga microbiana em equipamentos e ambientes, limpeza de áreas de difícil acesso e sanitização de superfícies.

O ozônio e o futuro da segurança de alimentos

O domínio do uso de ozônio pelas empresas tem grande potencial para o futuro da segurança de alimentos e para a proteção do meio ambiente. Em escala industrial, as dosagens e processos devem ser adaptados à realidade das empresas. A eficácia do ozônio na reutilização da água de processamento é crucial para as próximas gerações.

Apesar de seus benefícios, o ozônio ainda não é amplamente utilizado pelas indústrias. No entanto, seus potenciais ganhos como alternativa para o tratamento de água potável, efluentes e reúso de águas residuárias são notáveis. O ozônio é mais eficaz que o cloro como desinfetante e possui alta capacidade de oxidação, neutralizando elementos prejudiciais à saúde, gases e resíduos de pesticidas.

A combinação do ozônio com outras técnicas de conservação de alimentos, como micro-ondas, radiofrequência e plasma frio, pode aumentar a eficácia do tratamento, garantindo maior segurança aos alimentos.

O ozônio é uma solução promissora para a segurança de alimentos, com benefícios para a saúde humana e para o meio ambiente. Sua aplicação em processos industriais pode contribuir para a produção de alimentos mais seguros e saudáveis, além de auxiliar na sustentabilidade ambiental. As empresas que investem no uso do ozônio demonstram compromisso com a qualidade de seus produtos e com a preservação do planeta.

Vivaldo Mason Filho é fundador e diretor da myOZONE e vice-presidente da Abraozônio.
É administrador de empresas e especialista em Análise de Sistemas pela PUCCAMP, especialista e mestre em Engenharia. Atuou por 11 anos como professor universitário nos cursos de graduação e pós-graduação de Administração, Comércio Exterior e Engenharia de Produção.

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Como as inovações em análises microbiológicas aumentam a segurança e a eficiência nas indústrias

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A Neoprospecta iniciou suas atividades em 2010, com foco na bioprospecção, e ao longo dos anos expandiu sua atuação para áreas estratégicas, como o controle de infecção hospitalar, até se consolidar na rastreabilidade microbiológica nas indústrias. Desenvolvemos tecnologias inovadoras que oferecem uma visão detalhada dos processos, auxiliando empresas a garantir a segurança e a qualidade de seus produtos.

Entre nossas soluções, destacam-se softwares como o Neobiome, que permite visualizar de forma interativa perfis microbiológicos, rotas de contaminação e mapas de risco, além de contar com um extenso banco de dados de microrganismos. Outro software desenvolvido pela Neoprospecta é o Biome Quality, uma plataforma voltada para o monitoramento de indicadores de controle de qualidade das indústrias, proporcionando uma visualização mais ampla e auxiliando uma gestão mais eficaz e informada.

Desde 2018, a Neoprospecta possui acreditação na ISO/IEC 17025, o que reforça ainda mais o nosso compromisso com a confiabilidade dos métodos e resultados que oferecemos. A acreditação nos permite garantir que nossos clientes recebam análises de alta precisão e segurança, agregando valor a seus processos de controle de qualidade. Um de nossos princípios é o “Customer First”, que nos leva a investir constantemente em tecnologias de ponta e validações rigorosas, assegurando que nossas soluções atendam às demandas específicas de cada cliente.

Ao longo dos anos, auxiliamos inúmeras empresas a identificar e solucionar problemas críticos que, por meio de técnicas convencionais, seriam difíceis de resolver ou até mesmo de detectar. A utilização de nossas soluções não apenas melhora a qualidade dos produtos e processos, mas também gera economia significativa de tempo e recursos. Ao identificar falhas mais rapidamente, ajudamos a prevenir desperdícios, evitar retrabalhos e, consequentemente, reduzir custos operacionais.

Além disso, nossa vasta experiência em diversos setores da indústria, como laticínios, bebidas, frigoríficos, entre outros, nos proporcionou um acúmulo significativo de conhecimento. Esse know-how nos permite oferecer um suporte técnico especializado, adaptado às particularidades de cada setor, garantindo que as soluções aplicadas sejam não apenas eficazes, mas também personalizadas para cada necessidade.

Escopo de acreditação

Os ensaios acreditados pela ISO/IEC 17025 representam um selo de excelência no controle de qualidade, garantindo que os processos laboratoriais seguem padrões globais rigorosos, validados por normas técnicas internacionais. Isso assegura que os métodos utilizados são altamente confiáveis e que a infraestrutura foi cuidadosamente aprovada por órgãos reguladores, oferecendo aos clientes maior segurança e precisão nos resultados. Na prática, essa acreditação possibilita que empresas tenham uma maior confiança nos dados obtidos, o que impacta diretamente a tomada de decisões, o cumprimento de regulamentações e a melhoria contínua de seus processos.

A Neoprospecta orgulha-se de oferecer uma ampla gama de ensaios acreditados, abrangendo setores como alimentos e bebidas, saúde animal e meio ambiente. Esses ensaios são voltados à detecção de microrganismos patogênicos e deteriorantes em diversas matrizes, incluindo alimentos prontos para consumo, matérias-primas, superfícies de equipamentos e ambientes de produção. Essa diversidade de serviços permite-nos oferecer soluções que cobrem desde a segurança do produto até o controle ambiental, garantindo a rastreabilidade microbiológica em diferentes etapas da cadeia produtiva.

Um de nossos ensaios mais inovadores é o DMD Bactérias, que utiliza sequenciamento de DNA de alto desempenho para identificar e quantificar a abundância de todas as bactérias presentes em uma amostra. Com essa ferramenta, empresas conseguem resolver problemas complexos que não foram identificados com métodos tradicionais, pois o DMD fornece uma visão completa do microbioma, ajudando a entender falhas de qualidade e a tomar medidas corretivas de maneira muito mais eficaz. Além disso, o DMD contribui para uma otimização dos processos de higienização e prevenção de contaminações recorrentes.

Outro ensaio de destaque é a sorotipagem molecular de Salmonella, que utiliza o sequenciamento do genoma completo para determinar diferentes sorotipos da bactéria, inclusive aqueles que são menos comuns. Esse método garante uma precisão superior, permitindo às indústrias identificar e controlar com mais eficiência surtos e fontes de contaminação.

Entre os demais ensaios acreditados que oferecemos, estão a detecção de Listeria monocytogenes e Salmonella spp., tanto por qPCR quanto por sequenciamento de DNA, assegurando alta sensibilidade e especificidade. Ao contar com esses métodos avançados, a Neoprospecta capacita seus clientes a monitorarem de forma proativa a presença de patógenos e, com isso, reduzir riscos, aumentar a segurança do consumidor e otimizar seus processos de produção.

A combinação de tecnologia de ponta, associada a ensaios acreditados e ampla experiência faz com que os ensaios da Neoprospecta não sejam apenas soluções técnicas, mas verdadeiros aliados para a segurança e a eficiência nas indústrias, resultando em economia de recursos e prevenção de perdas ao longo da cadeia produtiva.

Quer saber mais sobre como nossas soluções têm transformado a qualidade e segurança em diversas indústrias? Baixe agora nosso e-book gratuito com cases de sucesso e descubra como podemos ajudar sua empresa a elevar seus padrões de qualidade! Baixar e-book.

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Por Patrícia Cunha

Imagem: Edward Jenner

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Alimento ozonizado, alimento seguro: 1º selo de qualidade em ozônio do Brasil

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“Alimento ozonizado, alimento seguro” é um selo de qualidade para marcas de alimentos que usam ozônio no processo de produção. O selo foi criado pelo fabricante de equipamentos de ozônio brasileiro myOZONE para que empresas do setor de alimentos pudessem informar seus clientes que os seus alimentos utilizam o ozônio em seus processos de produção.

O selo atesta que o alimento embalado utiliza a tecnologia de ozônio em etapas de seu processo produtivo e possui um processo validado com sucesso através de pesquisa científica desenvolvida pela myOZONE em parceria com Universidade Federal de Viçosa -UFV e a Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

Um processo bem implementado de ozônio em uma indústria de alimentos garante que os produtos foram ozonizados e possuem qualidade superior aos não ozonizados. Isto porque o ozônio é uma tecnologia emergente muito eficiente capaz de eliminar insetos, microrganismos e ainda degradar agroquímicos. Parece mentira, mas é pura verdade. O ozônio é capaz de fazer tudo isso quando implementado de forma correta.

Lançado em 2024, o selo “ALIMENTO OZONIZADO ALIMENTO SEGURO” promete ganhar força na indústria de alimentos do Brasil. Utilizar este selo em seus produtos demonstra a preocupação da empresa com o meio ambiente e reforça o compromisso da empresa com a qualidade dos alimentos que ela produz.

A primeira empresa brasileira certificada pela myOZONE foi a cerealista gaúcha Do Sítio Alimentos que recebeu em Julho de 2024 o primeiro selo de qualidade de alimento ozonizado no Brasil. A implementação do ozônio foi realizada nas linhas de feijão preto e feijão carioca comercializados pela empresa e teve tanto sucesso que o empresário Maico Gross já pensa em expandir a tecnologia para outros alimentos. A tecnologia começou a ser implementada em maio de 2023 e desde então a empresa não teve mais nenhum caso de devolução de produtos contendo insetos vivos. Devoluções assim podem causar não só prejuízos econômicos como também danos à imagem e marca da empresa.


Figura 1: Selo de qualidade alimento ozonizado

 Figura 2: Primeiro alimento ozonizado certificado do Brasil

O protocolo utilizado para o tratamento do feijão foi desenvolvido pelo pesquisador Eugénio da Piedade Edmundo Sitoe, doutor em engenharia agrícola e pesquisador-chefe da myOZONE. A pesquisa foi realizada nas dependências do laboratório de pós-colheita do departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa.

Figura 3- Preparação do feijão para pesquisa realizada no laboratório da UFV

A pesquisa comprovou que o ozônio elimina ovos e insetos de grãos de feijão armazenados e também controla fungos responsáveis pelo envelhecimento precoce de grãos. Durante a pesquisa, os pesquisadores infestaram uma massa de grãos com o inseto Zabrotes. Após a postura dos ovos, os insetos adultos foram retirados da massa de grãos.

O produto que não recebeu o ozônio teve seus ovos eclodidos e larvas consumiram o feijão. Além disso, o fungo Aspergillus causou envelhecimento precoce no produto  (figura 4 – esquerda). Já no feijão tratado com ozônio os ovos não eclodiram, houve controle da ação do fungo e o feijão manteve seu padrão de qualidade (figura 4 – direita).

Figura 4: Avaliação do feijão não tratado (esquerda) e tratado (direita)

A myOZONE tem o compromisso de desenvolver e transferir a tecnologia para todos os tipos de alimentos no Brasil. A segunda empresa que estará em breve certificada será a empresa catarinense Belas Aves, umas das mais conceituadas indústrias de ração para aves do Brasil que também sofria prejuízos com devoluções de seus produtos pela presença de insetos vivos dentro em suas embalagens.

Iniciativas como estas precisam ser divulgadas para que o consumidor seja educado a valorizar este tipo de iniciativa. Isto porque, cada vez mais, consumidores estão se tornando cada vez mais atentos ao nível de compromisso e de qualidade, composição e a forma como os alimentos são processados pelas empresas. A empresa que investe no ozônio precisa também investir na divulgação dos produtos que tiveram seus processos certificados.

Uma empresa que se preocupa em aplicar ozônio em seus alimentos precisa divulgar suas ações para que seus clientes saibam e valorizem suas iniciativas. O uso deste selo agrega valor à marca da empresa e aos seus produtos.

Acreditamos que o selo ALIMENTO OZONIZADO ALIMENTO SEGURO ganhará rapidamente fama e aceitação pelos produtores de alimentos. Certamente as empresas que investirem na tecnologia serão recompensadas pelo aumento das vendas e fortalecimento da marca como uma empresa que se preocupa com seus consumidores que entenderão o nível de excelência e o valor do ozônio para o seu negócio.

O que significa ter selo de qualidade: Alimento Ozonizado?

Imagine um cenário onde se tem uma linha de produção com altíssima qualidade, que consegue entregar os melhores produtos e serviços com a eficiência esperada e que promove os melhores indicadores ao seu negócio. Um novo cliente aparece na empresa e pede para que você ateste que seu processo garanta esta qualidade de alguma forma, para que ambas as partes confiem no que foi avaliado e entendam o nível de excelência empregado.

Este é o conceito do sistema de implementação de ozônio desenvolvido pela myOZONE. O selo atesta que o ozônio contribui para garantir um alimento com maior segurança e qualidade. Após a empresa ter seu protocolo validado em um dos laboratórios de ozônio da myOZONE  na Universidade Federal de Viçosa ou na Unicamp ela recebe o certificado de empresa OZONE MANAGER e autorização para utilizar o selo Alimento Ozonizado Alimento Seguro em seus produtos validados.

O selo atesta que a empresa conseguiu implementar com sucesso o ozônio em seu processo produtivo envolvendo diversas áreas da empresa, incorporando o ozônio e tornando-o parte do dia a dia da empresa.

Quais vantagens o selo ALIMENTO OZONIZADO ALIMENTO SEGURO pode proporcionar?

Quanto mais uma empresa consegue demonstrar aos seus clientes o quão engajada está com o uso da tecnologia do ozônio e o quanto se preocupa com a qualidade dos seus produtos, mais ela ganhará a sua confiança. E esse fato vai além, tornando-se também um diferencial competitivo para o negócio, pois o ozônio proporciona aumento na validade dos alimentos.

Ter um selo ALIMENTO OZONIZADO ALIMENTO SEGURO agrega valor à empresa como um todo. Ter uma certificação da myOZONE validada pela UFV ou a Unicamp representa um reconhecimento nacional e internacional de qualidade.

Os revendedores e consumidores finais ganham muito por comprar alimentos ozonizados, pois garantem um alimento mais seguro, com  maior tempo de prateleira e aumento de receita da empresa com a redução de perdas e devoluções de produtos infestados e/ou degradados por microrganismos. Os revendedores podem repassar parte deste ganho para seus clientes, melhorando ainda mais a satisfação desses consumidores.

A marca da empresa passa a ser atrelada aos seus produtos que possuem padrões maiores de qualidade, entregando também mais confiabilidade aos seus colaboradores, clientes e consumidores finais.

A myOZONE é a principal empresa do Brasil especializada na implantação de ozônio industrial. Possui convênios permanentes com a Universidade Federal de Viçosa – UFV e a Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – com laboratórios de ozônio próprios que auxiliam empresas em pesquisas e desenvolvimento de protocolos com ozônio e implementarem com sucesso o ozônio nas empresas.

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Integrando inteligência artificial aos processos de controle de qualidade: oportunidades e desafios

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Seja pioneiro ou fique para trás: como a indústria 4.0 está redefinindo padrões de qualidade

Premissas

Centralizar todas as informações do Controle de Qualidade em um único local torna-se ainda mais eficiente quando integrado com a inteligência artificial. Imagine um software de gestão de dados (microbiológicos, físico-químicos e correlatos) e controle de qualidade 4.0 impulsionado pela capacidade de aprendizado e análise preditiva da inteligência artificial. Essa abordagem proporciona não apenas flexibilidade, agilidade e robustez, mas também uma camada adicional de otimização.

Incorporar inteligência artificial, em dados do Controle de qualidade é revolução presente já aplicada em algumas grandes empresas, para tratamento dos dados com foco em tomadas de decisões. Dessa forma, é possível gerenciar os dados de forma simplificada, mas também elevar a capacidade de antecipação de tendências, identificar padrões e sugerir melhorias proativas. Isso permite que a indústria invista mais tempo nas decisões estratégicas, embasadas em informações confiáveis geradas pela combinação de dados e conhecimento. A redução de processos manuais torna-se não apenas uma questão de eficiência, mas uma evolução para um processo de tomada de decisão mais informado e ágil.

 Benefícios

A incorporação de inteligência artificial (IA) em sistemas de gestão de qualidade traz uma transformação significativa na maneira como as indústrias monitoram e controlam a qualidade dos seus produtos. Esse avanço representa a convergência entre tecnologia e práticas de gestão de qualidade, criando um ecossistema inteligente que otimiza continuamente os processos produtivos e de controle. Vamos detalhar os benefícios e as funcionalidades que um sistema de gestão de qualidade 4.0, impulsionado por IA, pode oferecer:

  1. Redução de Custos
    Prevenção de falhas: A IA pode prever e identificar falhas no processo produtivo antes que elas ocorram, reduzindo drasticamente os custos associados a perdas de produção e retrabalho.
    Otimização do uso de recursos: Algoritmos de IA podem otimizar o uso de matérias-primas e energia, diminuindo desperdícios e reduzindo os custos operacionais.
    Automatização de processos de controle de qualidade: A IA pode automatizar tarefas repetitivas e demoradas de inspeção e controle de qualidade, liberando recursos humanos para tarefas mais estratégicas.
  2. Decisões Ágeis
    Resposta rápida a desvios de qualidade: Com a capacidade de monitoramento em tempo real, sistemas baseados em IA podem detectar desvios de qualidade instantaneamente, permitindo correções ágeis e evitando a propagação de problemas.
    Análise preditiva para tomada de decisão: Através da análise de grandes volumes de dados, a IA proporciona insights preditivos que apoiam a tomada de decisões estratégicas, antecipando tendências e permitindo ações proativas.
    Flexibilidade na produção: A IA possibilita uma adaptação rápida a novas demandas de mercado ou mudanças nos padrões de qualidade, garantindo que a produção se mantenha eficiente e alinhada às expectativas dos clientes.
  3. Melhoria Contínua
    Aprendizado constante: Sistemas alimentados por IA são capazes de aprender continuamente com os dados gerados, melhorando progressivamente a eficácia dos processos de controle de qualidade.
    Inovação em produtos e processos: A análise avançada de dados permite identificar oportunidades de inovação, tanto na melhoria dos produtos existentes quanto no desenvolvimento de novos processos produtivos.
  4. Rastreabilidade e Conformidade
    Garantia de conformidade: A capacidade de monitorar e documentar automaticamente todos os aspectos de qualidade do processo produtivo, conformes e não conformes, avaliar riscos, e sugerir tratativas de forma extremamente mais rápida.
    Transparência na cadeia de suprimentos: A IA pode oferecer visibilidade total sobre a cadeia de suprimentos, melhorando a rastreabilidade dos produtos e aumentando a confiança dos consumidores.
  5. Segurança e Qualidade do Produto
    Detecção precoce de contaminação: No contexto de indústrias alimentícias, por exemplo, a IA pode detectar sinais precoces de contaminação microbiana, garantindo a segurança de alimentos e a qualidade do produto.
  6. Experiência do Cliente
    Personalização da produção: A IA permite a customização em massa, adaptando produtos às preferências individuais dos clientes sem comprometer a eficiência do processo produtivo.

Esses benefícios evidenciam como a IA transforma os sistemas de gestão de qualidade, tornando-os mais eficientes, adaptáveis e capazes de atender às exigentes demandas do mercado atual.

 Internalização da Qualidade 4.0

A Neoprospecta oferece serviços que integram inteligência artificial (IA) e sequenciamento de DNA para análises preditivas e preventivas, tornando essa tecnologia acessível a diversas indústrias. Eles auxiliam os clientes a internalizar essas soluções avançadas, facilitando a implementação de controles de qualidade mais eficazes, identificação de riscos microbiológicos e otimização de processos produtivos. Isso permite às empresas melhorar a segurança dos alimentos, a sustentabilidade e a eficiência operacional, adaptando-se às necessidades específicas de cada indústria.

Além dos benefícios iniciais, a metodologia da Qualidade 4.0 foca a redução de custos, retrabalho e a previsibilidade de investimentos, essenciais para o setor da Qualidade. Essas soluções permitem às indústrias antecipar e mitigar riscos, garantindo uma produção mais eficiente e de alta qualidade. O uso de IA e sequenciamento de DNA ajuda na economia de recursos, minimiza erros e assegura a segurança de alimentos, destacando-se como um investimento estratégico para melhorar a competitividade e a sustentabilidade no mercado.

Essa tecnologia é implementada com 100% de alinhamento ao plano estratégicos da empresa, business plan, guidelines e principais objetivos da empresa.

O Processo de Internalização é mais simples do que pode parecer. A inteligência Artificial da Neoprospecta fica hospedada em nuvem, o cliente só precisa de login e senha e um processo de configuração inicial para a IA responder aos seus dados  e começar a gerar resultados surpreendentes.

Funções da IA, desenvolvida pela Neoprospecta, para a Indústria

  1. Centralização de Dados
    A centralização de todas as informações relacionadas ao controle de qualidade (dados microbiológicos, físico-químicos e correlatos) em um único local facilita o acesso, a interpretação e a gestão desses dados. Isso é crucial para a integridade dos dados e para a tomada de decisão baseada em informações precisas e atualizadas.
  2. Análise Preditiva
    A capacidade de análise preditiva permite ao sistema antecipar problemas de qualidade antes que eles ocorram, sugerindo ações preventivas. Isso é possível através do processamento e análise de grandes volumes de dados (Big Data) para identificar tendências e padrões.
  3. Identificação de Padrões
    A IA pode identificar padrões complexos nos dados que seriam difíceis de detectar manualmente. Isso inclui a correlação entre diferentes variáveis que podem afetar a qualidade do produto, possibilitando uma compreensão mais profunda dos processos de produção.
  4. Sugestões Proativas
    Com base na análise dos dados, o sistema pode sugerir melhorias nos processos de produção ou controle de qualidade. Isso não apenas ajuda a evitar problemas de qualidade, mas também otimiza o desempenho geral da produção.
  5. Redução de Processos Manuais
    A automação dos processos de coleta e análise de dados reduz a necessidade de intervenção manual, diminuindo o risco de erros humanos e aumentando a eficiência operacional.
  6. Tomada de Decisão Informada
    A combinação de dados centralizados e análises preditivas proporciona insights acionáveis que fundamentam a tomada de decisões estratégicas. Isso permite que as indústrias se concentrem em inovações e melhorias contínuas, com base em dados confiáveis.
  7. Flexibilidade, Agilidade e Robustez
    Um sistema de gestão de qualidade 4.0 é projetado para ser flexível, adaptando-se facilmente a mudanças nos processos de produção ou nas regulamentações de qualidade. Sua agilidade na análise de dados permite respostas rápidas a qualquer questão de qualidade, enquanto a robustez do sistema assegura a confiabilidade e a precisão dos dados.

A integração da inteligência artificial em sistemas de gestão de qualidade é uma evolução natural na era da Indústria 4.0, representando um salto qualitativo na forma como as indústrias abordam o controle de qualidade. Essa abordagem não apenas melhora a eficiência e a eficácia dos processos de qualidade, mas também habilita as empresas a serem mais proativas, inovadoras e competitivas no mercado.

Todas essas funções você pode encontrar no Software mais avançado para o setor de Controle de Qualidade, saiba mais.

 

 

Integrar inteligência artificial aos processos de controle de qualidade representa uma oportunidade transformadora para a indústria, proporcionando flexibilidade, agilidade e robustez. A centralização de dados e a análise preditiva permitem antecipar problemas e otimizar processos, reduzindo custos e melhorando a tomada de decisão. A Neoprospecta oferece soluções avançadas, alinhadas aos objetivos estratégicos das empresas, para garantir uma produção mais eficiente e segura.

Para saber mais sobre como a Neoprospecta pode revolucionar o controle de qualidade na sua indústria, visite nosso site e descubra nossas soluções baseadas em inteligência artificial.

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Além da colheita: como a tecnologia ULTRAFOG®® da TERRANOVA está redefinindo a segurança e qualidade das maçãs

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A maçã é uma das frutas mais queridas dos brasileiros, mas poucas pessoas conhecem o peculiar ciclo de produção da maçã.

Um pouco de história… Até 1970, toda maçã consumida no Brasil era importada. Entretanto, esse cenário mudou consideravelmente desde então, e atualmente nosso país é autossuficiente em maçã e está classificado como o 11º colocado no ranking dos países produtores da fruta (Fonte: Associação Brasileira dos Produtores de Maçã).

Apesar da popularidade da maçã, é fundamental compreender o cuidadoso processo de produção por trás dessa fruta, especialmente quando se trata de segurança de alimentos. Desde a colheita até a chegada ao consumidor final, garantir a qualidade e a segurança das maçãs é uma prioridade essencial em toda a cadeia de produção.

Quando a fruta chega do campo para os packing-houses, essa maçã passa por um processo de classificação, limpeza e desinfecção. Ao longo dos anos, os processos foram evoluindo e, com a ajuda de empresas especializadas na desinfecção de frutas e vegetais, hoje temos a possibilidade de ter frutos sadios, com ótimo shelf life e livre de resíduos, com a utilização de ácido peracético orgânico no processamento.

Ao longo deste artigo, exploraremos os desafios enfrentados na manutenção da segurança do alimento durante o processo de pós-colheita das maçãs e como inovações tecnológicas, como a aplicação do HAVOXIL 250 através da tecnologia ULTRAFOG®®, estão desempenhando um papel crucial na redução das podridões de pós-colheita e na promoção da segurança e qualidade dos alimentos.

 Desinfecção com ácido peracético no pós-colheita

Após a colheita, as maçãs passam por um processo rigoroso de desinfecção, onde o ácido peracético é aplicado para eliminar microrganismos patogênicos presentes na superfície da fruta. O ácido peracético é escolhido devido à sua rápida ação antimicrobiana e ao seu perfil de segurança, uma vez que se decompõe em produtos não tóxicos. Essa etapa é fundamental para garantir a segurança e a qualidade das maçãs antes de serem armazenadas.

 Aplicação via ULTRAFOG® da TerraNova

A tecnologia ULTRAFOG® da TerraNova representa um avanço significativo no controle de pós-colheita das maçãs. Ao transformar o ácido peracético em uma névoa seca fina, a tecnologia ULTRAFOG® garante uma cobertura uniforme e completa das maçãs, mesmo em áreas de difícil acesso. Além disso, a aplicação via ULTRAFOG® permite desinfetar as maçãs durante o período de estocagem em atmosfera controlada, preenchendo uma lacuna no controle de pós-colheita.

Pensando nesse desafio e com o objetivo de reduzir as perdas de alimentos e econômicas dos produtores, a TERRANOVA iniciou um ciclo de testes e validações para comprovar a eficiência da redução de podridões de pós-colheita através da aplicação do HAVOXIL 250, utilizando a tecnologia ULTRAFOG®®.

Após a colheita, os frutos foram armazenados em câmaras frigoríficas com atmosfera controlada (AC), onde foram aplicados o HAVOXIL 250 através da tecnologia ULTRAFOG® da TERRANOVA, a cada 7 ou 14 dias. Os resultados revelaram uma redução significativa nas podridões, como o Mofo-Azul, Mofo-Cinzento e Podridão-Olho-de-Boi, com índices de controle acima de 70% (Fonte: BONETI, J.I. Efeito da aplicação do HAVOXIL 250, com uso da tecnologia ULTRAFOG, no controle das podridões de maçã em pós-colheita, cv. Fuji. São Joaquim/SC).

No geral, a soma de todas as podridões foi reduzida em 6,5% na saída da câmara frigorífica (AC), alcançando 18,9% no teste de prateleira. Esses resultados destacam o potencial do HAVOXIL 250, combinado com a tecnologia ULTRAFOG® da TERRANOVA, para controlar efetivamente as podridões pós-colheita, garantindo maior qualidade e vida útil das maçãs (Fonte: BONETI, J.I. Efeito da aplicação do HAVOXIL 250, com uso da tecnologia ULTRAFOG, no controle das podridões de maçã em pós-colheita, cv. Fuji. São Joaquim/SC).

Os resultados do estudo confirmam a eficácia das aplicações do HAVOXIL 250, combinadas com a tecnologia ULTRAFOG® da TERRANOVA, na redução significativa das podridões pós-colheita em maçãs ‘Fuji’. Com taxas de controle de até 92,3% para diversos fitopatógenos, incluindo o Mofo-Azul, o Mofo-Cinzento e a Podridão-Olho-de-Boi, observamos uma notável melhoria na qualidade e na vida útil das frutas (Fonte: BONETI, J.I. Efeito da aplicação do HAVOXIL 250, com uso da tecnologia ULTRAFOG, no controle das podridões de maçã em pós-colheita, cv. Fuji. São Joaquim/SC).

Além disso, o teste de prateleira também demonstrou benefícios, com os frutos tratados apresentando menor incidência de podridões em comparação com os frutos não tratados. As aplicações a cada 7 dias mostraram-se mais eficazes do que a cada 14 dias.

Esses resultados destacam o potencial do HAVOXIL 250, combinado com a tecnologia ULTRAFOG® da TERRANOVA, para controlar efetivamente as podridões pós-colheita, garantindo maior qualidade e vida útil das maçãs.

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Como o Bem-estar Animal impacta a produção da carne bovina

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Impulsionado por práticas avançadas aliadas às inovações tecnológicas, o agronegócio evolui para um novo patamar através do Bem-estar Animal. Ao priorizar planejamento, infraestrutura e boas práticas, a indústria oferece produtos de qualidade excepcional, consolidando sua posição de destaque no mercado.

 

Para suprir a alta demanda alimentar, as indústrias e empresas do agronegócio vêm apostando em novas tecnologias com o intuito de ampliar a produtividade. Entretanto, além de avaliar o volume de mercadorias, é importante considerar a qualidade dos produtos oferecidos. Essa preocupação ganha destaque devido ao crescente número de pessoas que zelam pela sustentabilidade, abrangendo tanto o impacto ambiental quanto o tratamento dado aos animais.

A partir disso, foi percebido que investir em Bem-estar Animal poderia estar diretamente ligado a elevados níveis de produção. Desse modo, as cadeias produtivas de proteína animal começaram a focar em planejamento, infraestrutura e boas práticas de manejo, e, como resultado, os produtos passaram a apresentar melhor qualidade, desperdício mínimo e boa entrada no mercado.

Mas o que significa Bem-estar Animal e de que forma ele beneficia produtores e consumidores? E na prática, como garantir o conforto do gado de corte e que impacto isso tem na lucratividade da bovinocultura? Neste artigo, trazemos as respostas.


O que é Bem-estar Animal e seus benefícios?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o Bem-estar Animal refere-se ao estado em que o animal consegue se ajustar às condições em que vive, estando saudável, confortável, bem nutrido, seguro, expressando seus comportamentos inatos e sem que esteja em estado de dor, angústia, medo e sofrimento.

A preocupação pelo bem-estar animal surgiu na década de 1960, inicialmente relacionado à criação de bovinos e, posteriormente, estendido a outras espécies que suprem as demandas alimentares do ser humano. Além dos cuidados envolverem questões éticas, eles também estão ligados à conscientização a respeito da qualidade dos alimentos consumidos.

Estudos já evidenciaram que, ao viverem sob condições de temperatura e umidade ideais para o bom funcionamento de seu metabolismo, os animais são capazes de produzir leite, ovos e carne em maior quantidade e excelência. E, mesmo com o avanço do melhoramento genético para aves, bovinos e suínos, seu verdadeiro potencial só é alcançado quando há uma atenção conjunta para a saúde, higiene, ambiente, manuseio e tratamento desses animais.

Como garantir as boas práticas de Bem-estar Animal?

Existem algumas melhorias que podem ser implementadas para asseguras o Bem-estar Animal:

  • Investir em boas instalações: os animais devem estar alocados em ambientes com temperatura e umidade ideais, além de terem espaço suficiente para poder se locomover e se deitar.
  • Garantir uma nutrição de qualidade: alimentos balanceados são cruciais para garantir a saúde do animal e a qualidade do produto final. Com bons alimentos, melhor será a digestibilidade dos animais e maior será a capacidade em converter os nutrientes em produtos de qualidade
  • Manter o status sanitário: manter a vacinação em dia. Animais doentes devem ser isolados e tratados separadamente e a propriedade deve ser limpa de acordo com o controle de zoonoses
  • Investir na capacitação da equipe: todas as pessoas que lidam com os animais devem conhecer as particularidades das espécies, saber as boas práticas de manejo e serem capazes de agir com rapidez e eficiência frente a qualquer eventualidade.

Qual o impacto do Bem-estar Animal no negócio?

Hoje, a bovinocultura de corte segue em alta no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de carne bovina do Brasil aumentou 10,8% no segundo trimestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, para um volume equivalente a 2,17 milhões de toneladas de carcaça. Para este ano, a estimativa segue crescente, podendo atingir 11,38 milhões de toneladas.

Já no volume de exportação, o país bateu recorde in natura no primeiro semestre de 2023, conforme divulgado no boletim de mercado do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), evidenciando o segundo maior resultado da história na Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Todas essas referências demonstram a importância de investimento neste setor, ampliando os cuidados com a cadeia produtiva de carne bovina, a atenção com o Bem-estar Animal e a cautela com o abate e o manuseio do produto. Dessa forma, a notável expansão da demanda nacional e internacional continuará impulsionando o aumento do volume de produtos tanto em nosso território quanto em destinos internacionais.

A princípio, este processo de aperfeiçoamento eleva os custos operacionais, uma vez que é preciso fazer aplicações em diferentes tecnologias que envolvem infraestrutura, produção de alimento e sanidade. No entanto, a longo prazo, o que antes era visto como gasto, transforma-se em investimento. Essas melhorias impulsionam a produtividade e a qualidade dos resultados, assegurando a utilização eficiente dos recursos e, por conseguinte, aumentando a rentabilidade do negócio.

Também como impacto positivo, existe uma parcela significativa da população, especialmente no âmbito internacional, que está disposta a investir em produtos que se destaquem pela sua qualidade superior e sejam frutos de um sistema de produção que leva em consideração as questões éticas e ambientais. O produtor que incorpora tais responsabilidades ao seu planejamento empresarial está, sem dúvida, trilhando um caminho de sucesso no campo agropecuário.

Manejo pré-abate: impactos críticos na qualidade da carne

O conhecimento do comportamento animal na bovinocultura é vital para evitar produtos de qualidade inferior. O manejo pré-abate inadequado, como o transporte estressante, pode comprometer o bem-estar e a qualidade das carcaças. O desembarque no abatedouro exige cuidados, evitando métodos agressivos e provendo conforto antes das etapas subsequentes do abate.

A qualidade da carne abrange elementos como pH, cor, textura, retenção de água, quantidade de gordura, maciez, sabor e suculência, todos influenciando a decisão de compra do consumidor. O conhecimento dos processos na cadeia produtiva, desde a propriedade rural até a indústria frigorífica, é essencial.

Fatores estressantes desencadeiam reações bioquímicas e sensoriais, resultando em perda de suculência e maciez, como no caso do jejum prolongado, que pode reduzir as reservas de glicogênio e retardar a diminuição do pH. Isso resulta na carne DFD (dark, firm, dry – escura, dura e seca), menos aceitável para o consumidor. Outros elementos como temperatura, umidade, luz, ruído, espaço, resistência ao estresse do animal e genética também afetam negativamente, influenciando na degradação do glicogênio muscular (LAWRIE, 2005).

Em situações de jejum reduzido, altos níveis de glicogênio muscular podem surgir, levando a uma maior produção de ácido lático e a uma diminuição rápida do pH muscular. Esse processo resulta na desnaturação parcial das proteínas, resultando em carne com aparência pálida e flácida, conhecida como PSE (pale, soft, exudative – pálida, mole e exsudativa). Isso é percebido negativamente pelos consumidores, afetando o rendimento, a retenção de água e a absorção do sal de cura. Para minimizar a incidência de carne PSE, recomenda-se o embarque imediato dos animais no frigorífico, evitar o uso excessivo de bastões elétricos, proporcionar água para equilibrar a temperatura corporal, respeitar o período de descanso prévio ao atordoamento e conduzir os animais com tranquilidade, seguindo as normas de bem-estar animal (MAGANHINI et al., 2007).

Entre os desafios mencionados, destaca-se o impacto significativo na palatabilidade e na durabilidade da carne. Porém, garantindo o bem-estar e o manejo adequado ao gado de corte, o pH, a cor, o sabor e a textura do alimento se mostram conformes ao paladar e à saúde dos consumidores.

Boas práticas de manejo durante o pré-abate

Conheça algumas boas práticas para manejo pré-abate de bovinos de corte:

  1.  Transporte adequado até o local de abate;
  2.  Carregar o número apropriado de bovinos nos caminhões de transporte;
  3.  Embarque e desembarque dos animais com tranquilidade, movimentando-os de forma silenciosa e em pequenos grupos;
  4.  Manter as instalações adequadas, evitando extremidades pontiagudas que possam provocar lesões;
  5.  Evitar lotes de bovinos de tamanhos e idades diferentes antes do embarque ou no curral de espera do frigorífico;
  6.  Contar com uma equipe qualificada e treinada;
  7.  Aplicar medicamentos e vacinas em regiões recomendadas;
  8.  Respeitar os animais, minimizando o uso de choques elétricos ou bastões na condução deles.

A importância da capacitação dos funcionários

Para mitigar os efeitos negativos do manejo pré-abate sobre o Bem-estar Animal, é importante investir em treinamentos constantes e capacitação dos funcionários. O gado deve ser manuseado de forma tranquila, sem grandes intercorrências, seguindo os procedimentos de transporte, embarque e desembarque.

No intuito de melhorar o bem-estar dos bovinos, reduzir lesões e alcançar ganhos econômicos, é conveniente considerar a bonificação dos resultados dos funcionários. É essencial, ainda, que todo esse processo seja supervisionado por um líder, garantindo a redução de contusões e fraturas que possam resultar na condenação de partes valiosas da carcaça e da própria qualidade da carne.

Certificação de Bem-estar Animal: conduzindo uma produção responsável e ética

É essencial estabelecer a relação entre o Bem-Estar Animal e a qualidade do produto final, visando inicialmente conscientizar produtores e colaboradores sobre como melhorias no tratamento dos animais elevam a produtividade e a excelência do produto. Num segundo momento, é crucial esclarecer aos consumidores os benefícios de escolher um produto que adere a princípios éticos, resultando em uma valorização substancial.

“A certificação de Bem-estar Animal engloba o sistema de criação, neste caso para bovinos em sistema de confinamento e abate, baseada nas condições das instalações/ estruturas, manejo sanitário, controle de calor, acesso a água e alimentos de boa qualidade, transporte, manejo, capacitação da equipe, etc.”, explica Roberta Cunha, Gerente de Operações da QIMA/WQS, certificadora global que tem a Certificação de Bem-estar Animal como uma das principais soluções em sua cartela de serviços. “Por meio da certificação, produtores e frigoríficos não apenas validam sua conformidade com os requisitos mencionados, mas, acima de tudo, reforçam seu compromisso com esse tema tão crucial atualmente: o Bem-Estar Animal. Produzir não é apenas uma necessidade, mas uma responsabilidade de fazê-lo com total respeito aos animais”, destaca.

Ao unir esforços para vincular diretamente o bem-estar dos animais à qualidade do produto, estabelecemos uma abordagem mais ética e sustentável na produção de carne. Com a certificação de Bem-Estar Animal como ferramenta central, produtores e frigoríficos não apenas se adequam a padrões rigorosos, mas também assumem um compromisso essencial com o respeito aos animais. Essa perspectiva não só valoriza o produto aos olhos dos consumidores conscientes, como também define um padrão elevado para uma indústria alimentar que busca equilíbrio entre eficiência e responsabilidade ética.

 

Clique aqui e saiba mais sobre as certificações de Bem-estar Animal

Contato:
Departamento de Marketing
marketing@wqscert.com

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A revolução da fruticultura sustentável: tendências e inovações

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O setor de fruticultura no Brasil está em expansão, destacando-se por promover a sustentabilidade, preservar a biodiversidade, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento regional.

A fruticultura brasileira produz cerca de 45 milhões de toneladas ao ano. Devido às boas condições climáticas e de solo, o país possui uma grande diversidade de frutas, produzidas o ano todo, de acordo com as características dos biomas.

A prática de cultivo de frutas baseia-se nos princípios da sustentabilidade econômica, social e ambiental. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), só em 2021 o país exportou mais de 40 espécies, batendo um recorde de 1 bilhão de dólares. O principal destino foi a União Europeia, que rendeu ao Brasil 52,6% das  vendas.

Apesar do notável crescimento na produção, a fruticultura brasileira, que emprega cerca de 5 milhões de pessoas, representa apenas uma pequena fatia do mercado global. Isso abre oportunidades de investimento para agricultores visando expandir o setor e aumentar os lucros nacionais.

A agricultura orgânica, elemento essencial da sustentabilidade, tem espaço para crescer no Brasil em comparação com outros países, como República Dominicana, Equador, Peru e Colômbia. Isso aponta para oportunidades de desvendar novos mercados e atividades ainda não totalmente exploradas.

Fonte: https://agriculture.ec.europa.eu

Expansão de mercado

Embora o Brasil seja o terceiro maior produtor mundial de frutas, atrás apenas da China e da Índia, suas exportações ainda estão em estágio inicial. Cerca de 95% da produção atende ao mercado interno, havendo potencial para aumentar as exportações. 

 De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o país possui um grande potencial para expandir a produção, o período de oferta e a participação no cenário global. A fruticultura ocupa apenas 0,3% do território, em comparação com os 7,8% ocupados por lavouras. Mesmo assim, gerou um aumento de 9% nos empregos formais ligados à agropecuária. Portanto, este é um momento propício para aqueles que desejam ingressar no setor de fruticultura e contribuir para o aumento do número de exportações.

O histórico de produção das principais frutas, entre elas manga, melão, uva, limão, maçã, melancia e mamão, evidencia um crescimento da produtividade, conforme aponta a Abrafrutas. Num período de 10 anos, de 2010 a 2020, a produção de mangas cresceu 32%, enquanto a área cultivada foi reduzida em 6%; isso representa alta de 40,3% na produtividade.

Fruticultura consciente: produzindo com responsabilidade e sustentabilidade

O mercado internacional de fruticultura é altamente competitivo, exigindo elevados padrões de qualidade na produção e comércio para se destacar. O Brasil está se consolidando como fornecedor de frutas sustentáveis, exigindo certificações independentes e de terceiros para demonstrar compromisso com atributos ambientais, sociais e de gestão.

A divisão de alimentos da QIMA, representada pela QIMA/WQS, QIMA/IBD e QIMA Produce, é uma referência sólida e abrangente para o setor alimentício, oferecendo certificações amplamente reconhecidas pela GFSI (Global Food Safety Initiative) e Inspeções, garantindo os mais elevados padrões de qualidade e conformidade.

Maximizando oportunidades e credibilidade

A adoção dessas práticas eleva a qualidade e competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, posicionando o país como um dos principais fornecedores de frutas e elevando a visibilidade e prestígio das companhias no mercado internacional.

A obtenção das certificações exige o cumprimento rigoroso das normas de controle de defensivos. Para Alexandre Harkaly, Diretor de Integração Estratégica da QIMA IBD, “os padrões orgânicos podem eventualmente ser implementados para todas as práticas agrícolas. Ir além para preservar a saúde do solo, construir sistemas biodiversos, economizar água e atuar positivamente no social, além de atender às demandas prioritárias dos colaboradores, deve ser o objetivo de todos os agricultores”, afirma.

A QIMA destaca-se na vanguarda dessas certificações, reforçando o compromisso com padrões elevados de produção sustentável. Esta abordagem não apenas beneficia os clientes, mas também posiciona a empresa como líder na promoção de práticas agrícolas éticas e ecológicas.

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Como tornar a avaliação preditiva de risco microbiológico uma realidade na indústria?

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Você já se perguntou como a indústria de alimentos pode antecipar riscos microbiológicos e garantir a segurança dos produtos que chegam à mesa dos consumidores?

No contexto industrial, o termo “risco” pode ser utilizado num sentido mais amplo, abrangendo não só questões de segurança de alimentos, mas também questões de qualidade dos alimentos (uma vez que a qualidade pode ser alterada pela deterioração microbiana). Esses riscos são causados por perigos, que normalmente são abordados em sistemas básicos de controle de qualidade, como APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e BPF (Boas Práticas de Fabricação), por exemplo.

Além desses sistemas, ao longo dos anos as indústrias têm colocado em prática as tecnologias da Qualidade 4.0, que têm o potencial de revolucionar a forma como os alimentos são produzidos, processados e distribuídos.  Os recursos da era digital e da análise de dados são a base para uma gestão de qualidade eficiente. A partir deles, as indústrias passam a tomar decisões mais assertivas, com base em dados oriundos da própria planta de processamento e dos desafios encontrados diariamente na produção.

Dentro deste contexto surgem novas abordagens para o monitoramento microbiológico preventivo, como o uso de biologia molecular, que a partir do sequenciamento de DNA, data science e inteligência artificial, podem identificar micro-organismos preventivamente.

SEQUENCIAMENTO DE DNA E A NOVA ERA DA MICROBIOLOGIA DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agências de saúde no Brasil e no mundo utilizam o sequenciamento de DNA de nova geração no controle de contaminações microbiológicas. Como exemplo, nos EUA o FDA (Food and Drug Administration) e o CDC (Center for Disease Control and Prevention) usam o sequenciamento de DNA para investigação de surtos causados por micro-organismos.

Os testes para identificação de micro-organismos no ambiente de fabricação ou no produto acabado são um passo importante na avaliação e verificação da eficácia de bons controles de fabricação / higiene e de processo.

Quando patógenos, por exemplo, são detectados em produtos acabados, uma etapa fundamental na análise da causa raiz é identificar a fonte de contaminação, ou seja, rastreabilidade de origem. Essas análises pontuais são realizadas normalmente quando o perigo microbiológico já está presente na planta industrial, sendo observados desvios na produção ou no produto final.

Para não atuar na defensiva aos perigos microbiológicos, nos últimos 10 anos é possível perceber que outras tecnologias vêm sendo aplicadas à microbiologia. Nesse cenário, novos horizontes se abriram com o uso da microbiologia preditiva, data science e inteligência artificial. Essas tecnologias, alimentadas com informações microbiológicas e dados relacionados, criam uma nova perspectiva no monitoramento de produtos e processos.

Se normalmente as indústrias utilizam metodologias para identificar micro-organismos potencialmente prejudiciais, aos humanos ou ao produto final, no futuro breve a perspectiva é que essas tecnologias consigam predizer o risco de um processo ou produto ser contaminado por alguma bactéria ou fungo. A partir dessa informação, os responsáveis pelo controle de qualidade poderão tomar uma ação preventiva antes da contaminação, de fato, acontecer.

 MICROBIOLOGIA PREDITIVA E A ANÁLISE DE RISCOS

A estrutura de análise de risco, conforme definida pela FAO, OMS e Comissão do Codex Alimentarius (CAC, 1999), consiste em três componentes: avaliação, gerenciamento e comunicação de risco. Cada uma delas contempla várias etapas a serem seguidas antes de se ter certeza dos riscos. No entanto, os dados gerados precisam ser rapidamente interpretados para traçar as ações necessárias em cada etapa da análise dos riscos.

Pensando na integralidade do processo, na automatização dos resultados gerados e na necessidade de avaliação rápida dos resultados, a Neoprospecta possui uma grande iniciativa na área de prevenção de riscos, chamada RIR (Relatório de Indicadores de Riscos) que combina diferentes abordagens como sequenciamento de DNA, cálculos matemáticos, matriz HAZOP, banco de dados de micro-organismos e axiomas microbiológicos.

Utilizando análises de sequenciamento de DNA, é realizada uma avaliação estratégica dos micro-organismos identificados em pontos da planta industrial.  Assim, obtém-se um alerta, de forma antecipada, da probabilidade de acontecer um desvio em indicadores como falha em higienização, shelf life, condições higiênico-sanitárias e/ou contaminação por patógenos.

 

O banco de informações de micro-organismos aliado a cálculos matemáticos preditivos faz com que o RIR apresente métricas dos riscos encontrados na produção, além de diagnosticar os locais que devem ter maior controle, evitando desvios do padrão de qualidade. Padrões estes que são estabelecidos pela legislação ou por procedimentos internos da indústria.

A apresentação do RIR é realizada através de um dashboard. Assim, a partir dos resultados, a alta gestão pode tomar uma ação corretiva em tempo hábil com base em dados reais da indústria.

Gráfico – Indicadores de risco na ferramenta RIR

A implementação dessa ferramenta na indústria permite comparar a eficiência de diferentes medidas de redução de risco e, mais precisamente, de diferentes configurações operacionais, prevendo o seu efeito no resultado final do processo. O RIR torna o uso preditivo de dados microbiológicos uma realidade na indústria, sendo um forte aliado da garantia dos padrões de qualidade dos alimentos.

O RIR, além de ser uma ferramenta de predição de riscos, é uma ferramenta extremamente intuitiva para tomada de decisões, tanto pela alta gestão quanto para todos os seus usuários internos da indústria. Diante dos resultados, o usuário consegue criar planos de ações para solucionar os problemas de formas preventivas ou corretivas, acompanhando todo o progresso das ações, os responsáveis e data de finalização das ações.

Dessa forma, os problemas microbiológicos são resolvidos cada vez mais preventivamente, e com completa compreensão da causa raiz, atuando na fonte do problema e trazendo ganhos de produtividade, redução de retrabalho e redução de custos.

AVALIAÇÃO DE RISCO COMO PADRÃO DE QUALIDADE

Algumas normativas da qualidade já trazem em seu escopo a análise preventiva dos riscos microbiológicos.

A FSSC 22000 (Certificação de Sistema de Segurança de Alimentos), por exemplo, em sua 6ª versão, trouxe alterações e aumento da abrangência de alguns requisitos, incluindo tópicos relacionados à avaliação de risco. A norma deixa explícito, por exemplo, que a organização deverá obter um programa de monitoramento ambiental baseado em risco para os patógenos relevantes, organismos deteriorantes e indicadores.

Mais recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou a Portaria SDA Nº 736, de 29 de dezembro de 2022, que aprova os procedimentos para adesão dos abatedouros frigoríficos ao sistema de inspeção post mortem com base em risco, aplicáveis aos frangos de corte. Inicialmente, os frigoríficos que tiverem interesse poderão cadastrar-se no programa do MAPA, mas a partir de 2028 será uma obrigatoriedade o uso de gerenciamento de riscos.

Com a ferramenta de risco da Neoprospecta, as indústrias de alimentos podem explorar as estratégias essenciais para identificar, analisar e mitigar ameaças invisíveis, os tão temidos micro-organismos. Os resultados auxiliam a garantir a excelência da qualidade nas diferentes zonas da produção dos alimentos. 

Nós temos a expertise e uma diversidade de soluções moleculares para identificação e rastreabilidade de micro-organismos-alvos para a indústria de alimentos, como por exemplo, bactérias e fungos, sejam eles patógenos ou deteriorantes de alimentos. O conhecimento gerado por nossas soluções direciona a indústria de alimentos a garantir o controle de qualidade e a saudabilidade dos seus alimentos. 

Você tem dúvidas de como o sequenciamento de DNA e o uso de dados  podem auxiliar na prevenção de micro-organismos? Ou como usar ferramenta preventiva de riscos na sua empresa?

Queremos ouvi-lo, saber quais são as suas dúvidas a respeito do uso da microbiologia preditiva como ferramenta.  Entre em contato conosco no +55 48 988154226 ou comercial@neoprospecta.com

Referências

Baert, L.; McClure, P.; Winkler, A.; Karn, J.; Bouwknegt, M.; Klijn, A.; Guidance document on the use of whole genome sequencing (WGS) for source tracking from a food industry perspective. Food Control. Volume 130, December 2021, 108148. Acesso em: https://doi.org/10.1016/j.foodcont.2021.108148

CAC (Comissão do Codex Alimentarius). Princípios e diretrizes para a condução da avaliação de risco microbiológico. CAC/GL 30-1999. Organização para a Alimentação e Agricultura e Organização Mundial da Saúde (FAO e OMS) ( 1999 ). Disponível online: https://www.fao.org/fao-who-codexalimentarius/sh-proxy/en/?lnk=1&url=https%253A%252F%252Fworkspace.fao.org%252Fsites%252Fcodex%252FStandards%252FCXG% 2B30-1999%252FCXG_030e_2014.pdf

Lawson, I.; Crafting the microworld: how Robert Hooke constructed knowledge about small things. The Royal Society. Published:16 December 2015. Acesso em: https://doi.org/10.1098/rsnr.2015.0057

New era of smarter food safety- FDA’s blueprint for the future. Acesso em: https://www.fda.gov/food/new-era-smarter-food-safety/new-era-smarter-food-safety-blueprint

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Garantindo a segurança dos alimentos: como preparar sua empresa para o Programa IFS Global Markets

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O Programa IFS Global Markets é um padrão essencial para empresas que desejam garantir a segurança e a qualidade dos alimentos que produzem. Ele abrange todas as etapas da cadeia de produção alimentar, desde a matéria-prima até a embalagem e distribuição do produto. Sua implementação permite que a empresa atenda aos requisitos regulatórios e aumente a confiança do consumidor na qualidade e segurança dos seus produtos.

A implementação do IFS Global Markets pode parecer um processo desafiador, mas a QIMA/WQS, uma das principais empresas de certificação do mundo, desenvolveu este artigo com um passo a passo e os benefícios do Programa para ajudar as empresas a iniciarem o processo em acordo com a versão 3, a mais recente atualização.

Os benefícios do programa IFS Global Markets

O IFS Global Markets é um programa que combina uma lista de verificação e o Protocolo de Avaliação IFS para garantir a segurança de alimentos.
Confira as principais vantagens do IFS Global Markets [1]:

  • Incentivo aos fabricantes de alimentos de diferentes tamanhos e potenciais;
  • Gestão de qualidade e de segurança de alimentos usando um programa de desenvolvimento gradual;
  • Apoio às empresas em relação a uma estrutura de referência para capacitação e implementação que abrange, ainda, uma Avaliação de Mercados Globais padronizada da IFS;
  • Aplicação flexível da abordagem gradual em relação ao tempo, ponto de partida e conquista do nível final;
  • Introdução gradual da abordagem baseada em riscos e processos como ponto de partida;
  • Sistema de gestão de qualidade e segurança de alimentos abrangente, robusto e/ou certificável;
  • Abordagem sistemática e comparável para facilitar e ajudar as empresas dispostas  a obter o Programa IFS Food Standard durante um período de tempo definido;
  • Sistema de avaliação uniforme, consistente e diferenciado;
  • Abordagem para o processo de melhoria contínua junto com o IFS Global Sistema de pontuação de mercados;
  • Organismos de certificação/prestadores de serviços de avaliação e avaliadores qualificados;
  • Comparabilidade e transparência em toda a cadeia de abastecimento;
  • Facilidade no acesso ao mercado local e aceitação mútua ao longo da cadeia de abastecimento.

Mudanças e melhorias da Versão 3 da norma IFS Global Markets

É comum que os padrões relacionados à segurança de alimentos na indústria de alimentos sejam atualizados periodicamente, visando a melhoria contínua dos processos. Nesse sentido, uma das novidades para este ano de 2023 é o lançamento da nova versão do IFS Global Markets Food, o IFS Global Markets Food Versão 3, que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento das empresas que atuam nesse setor. É importante destacar que as avaliações do IFS Global Markets Food versão 3 estarão disponíveis a partir de 1º de julho de 2023 e serão obrigatórias a partir de 1º de outubro do mesmo ano.

Para tornar a consecução desse objetivo mais acessível e eficiente, o IFS aprimorou vários pré-requisitos relacionados ao desenvolvimento de processos de segurança e qualidade de produtos. A seguir, apresentamos as principais mudanças e melhorias desta nova versão [2]:

  • A nova versão 3 do IFS Global Markets Food está em total conformidade com as normas IFS Food, Abordagem de Produto e Processo IFS, trilha de avaliação, novo Codex Alimentarius e as últimas legislações aplicáveis.
  • Introdução de 15 novos requisitos que visam garantir a conformidade com as exigências legais e abordar tópicos fundamentais essenciais, possibilitando uma melhoria na implementação de processos de gestão de qualidade e segurança de alimentos
  • De acordo com a metodologia IFS, a avaliação no local receberá 50% do tempo total de avaliação por parte dos avaliadores.
  • Uma diretriz/guia foi integrada à lista de verificação, tornando a implementação e verificação dos requisitos mais prática e conveniente.
  • Foram aprimorados a consistência dos níveis de requisitos e a divisão de alguns deles, de modo a adequá-los aos níveis individuais.
  • A nova versão 3 apresenta novas opções para avaliações, como as avaliações de acompanhamento, de extensão e voluntárias não anunciadas.
  • O programa foi redigido de forma mais consistente e didática, visando facilitar a compreensão dos usuários.

Conheça as Etapas do Processo do Programa IFS Global Markets

Passo 1 – Preparação para a Auditoria

Nesta fase, a empresa interessada em receber a auditoria no programa IFS Global Markets deve se preparar e selecionar um organismo de certificação para realizar a avaliação. A empresa deve também definir o escopo da avaliação e estabelecer um cronograma para as próximas etapas.

Passo 2 – Avaliação Inicial

A certificadora realiza a avaliação inicial, que consiste na verificação da conformidade da empresa com os requisitos estabelecidos pelo IFS Global Markets.

Passo 3 – Plano de Ação

Se durante a avaliação inicial forem identificadas não conformidades, a empresa deve elaborar um plano de ação para corrigir as falhas encontradas.

Passo 4 – Avaliação de Renovação

A avaliação IFS Global Markets tem validade de um ano; portanto, a empresa deve passar por uma nova auditoria para renovar a avaliação. Cada uma dessas etapas é importante para garantir que a empresa esteja em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo Programa.

Auditoria de IFS GM com a QIMA/WQS: qualidade e segurança para a indústria de alimentos

Lembre-se de que o padrão IFS Global Markets é uma ferramenta importante para garantir a segurança, a qualidade e a legalidade dos alimentos. Portanto, adequar-se a esse padrão será um diferencial competitivo que pode ser fundamental para a sua empresa no mercado de alimentos.

A QIMA/WQS desempenha um papel fundamental nesse processo. Como empresa líder na realização de auditorias IFS GM no Brasil, possui ampla experiência em ajudar empresas em todo o mundo a implementar padrões de segurança de alimentos, garantindo que estes se mantenham ao longo do tempo através de suporte contínuo.

 

Saiba mais sobre o programa IFS Global Markets versão 3 através do link: https://wqs.com.br/ifs-global-markets-3?xtor=SEC-1125&lang=pt&utm_source=BlogFoodSafetyBrazil&utm_medium=resourcehub_article_startifsgm&utm_campaign=fsb_articlestartifsgm_resourcehub

 


Contato:
Departamento de Marketing
marketing@wqscert.com

Referências

[1] www.ifs-certification.com/images/ifs_documents/IFS_GM_Food_v3_program_EN_1678656693.pdf

[2] www.linkedin.com/pulse/ifs-global-markets-food-vers%C3%A3o-3-confira-/?trk=organization_guest_main-feed-card_feed-article-content&originalSubdomain=pt

4 min leituraO Programa IFS Global Markets é um padrão essencial para empresas que desejam garantir a segurança e a qualidade dos alimentos que produzem. Ele abrange todas as etapas da cadeia […]

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Registro de alimentos na nova regulamentação

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O movimento de modernização regulatória no setor de alimentos busca atualizar e simplificar as regulamentações existentes para tornar o processo de registro de alimentos mais eficiente, sem comprometer a segurança dos alimentos, mas, para isso, faz-se necessária a adoção de abordagens baseadas em ciência, análise de risco e colaboração entre autoridades regulatórias e a indústria alimentícia.

A regulamentação atual dos procedimentos de registro de novos alimentos e ingredientes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi desenvolvida no final da década de 1990 e deu origem à RDC nº 16/1999, que estabelece os procedimentos para o registro de alimentos e novos ingredientes no país. No entanto, esta regulamentação tem sido alvo de críticas devido à sua rigidez e falta de flexibilidade para lidar com diferentes produtos alimentares.

Embora essa regulamentação tenha sido um importante marco na proteção da saúde dos consumidores e na garantia da segurança dos alimentos, as empresas do setor têm apontado a necessidade de modernização dessas normas. Isso porque a regulamentação dificulta a inovação no setor e não permite tratamento proporcional ao risco dos respectivos produtos, levando em conta, inclusive, a atuação internacional.

Entre os objetivos do movimento de modernização regulatória, destacam-se: melhorar a eficiência e a transparência no processo de registro de alimentos, reduzir custos e tempo de desenvolvimento de novos produtos alimentícios, promover a inovação e a concorrência no setor alimentício, fortalecer as medidas de segurança de alimentos e facilitar o comércio internacional de alimentos.

Acompanhando esse movimento, a Anvisa, por sua vez, reconheceu essa demanda e incluiu a matéria em sua agenda regulatória para os anos de 2017 a 2020 e a manteve na agenda de 2021 a 2023. E, em abril de 2023 foi concluída a análise para a Consulta Pública 1.158/23, que abriu para contribuições no período de 3 de maio e 31 de julho, rumo a um novo marco, que definirá os contornos regulatórios facilitando a inovação e a manutenção da competitividade no setor.

Apesar do assunto já tramitar na Anvisa desde 2019, a publicação do Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) somente aconteceu em fevereiro deste ano. Sob condução da Gerência de Avaliação de Risco e Eficácia (GEARE) da Gerência Geral de Alimentos (GGALI), o AIR foi elaborado com a finalidade de dar suporte ao processo de revisão da RDC16/1999, que até então regula o registro de alimentos ou novos ingredientes, definidos como aqueles sem histórico de consumo no país ou aqueles com substâncias já consumidas, mas que venham a ser adicionadas ou utilizadas em níveis muito superiores aos atualmente observados na alimentação, não abrangendo, portanto, os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia, para os quais se utilizam procedimentos legais específicos para a avaliação de risco e para a autorização do uso em alimentos (Voto 88/2023/SEI/DIRE2/Anvisa).

Com a análise, identificou-se que a regulação dos novos alimentos e ingredientes está ultrapassada e possui lacunas que não permitem um tratamento proporcional ao risco dos produtos, o que pode resultar em barreiras desnecessárias para a comercialização de novos produtos e ingredientes no mercado, além da insegurança jurídica.

Como objetivo geral, a modernização da regulação pretende atuação em pré-mercado desses novos alimentos e ingredientes, para garantir um tratamento proporcional ao risco à saúde, observando a natureza, a composição, o histórico e condições de uso destes produtos, aumentando a convergência internacional e tornando eficiente a atuação da Anvisa.

Já como objetivo específico busca-se:

a) fornecer maior clareza e objetividade ao conceito legal de novos alimentos e novos ingredientes;
b) definir procedimentos para avaliação, regularização e gerenciamento do risco que sejam coerentes, transparentes e proporcionais aos riscos dos diferentes tipos de novos alimentos e novos ingredientes, e em linha com o cenário internacional;
c) aumentar a previsibilidade sobre a conclusão dos procedimentos para avaliação de risco e regularização de novos alimentos e novos ingredientes, conforme dispõe o voto nº 88.

Visando atender essa nova demanda, a GGALI analisou a legislação nacional e marcos regulatórios de autoridades estrangeiras da União Europeia, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos. Os estudos internacionais demonstram que os países que adotam abordagens regulatórias similares buscam melhorias para reduzir as incertezas sobre o enquadramento dos novos produtos, permitindo uma maior previsibilidade sobre os critérios para definição, avaliação e autorização, conforme tipo e risco. Com base nesses estudos, indicaram a necessidade de um novo marco regulatório para atualização de novos alimentos e ingredientes, dando origem à Consulta Pública 1.158/23.

Há que se levar em conta alguns aspectos fundamentais dispostos na Consulta Pública 1.158/23, como a escolha de autoridades estrangeiras para a convergência regulatória; a divisão de competências com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA); a publicização de consultas sobre a classificação dos produtos; e medidas não normativas para auxiliar o cumprimento de requisitos normativos e conferir maior transparência e eficiência ao processo de avaliação e regularização dos novos ingredientes e alimentos.

Nos termos do Voto nº 88, ocorrido na 5ª Reunião Ordinária Pública de 12 de abril de 2023, a União Europeia e países como Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos foram expressamente escolhidos, pela disponibilidade das informações e dos documentos na língua inglesa nos sítios eletrônicos das Autoridades Reguladoras. No entanto, não há informação de análise de questões desafiadoras enfrentadas na prática por esses países, em comparação às do Brasil, apenas a análise dos atos regulatórios.

Com relação aos produtos de competência do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a CP 1.158/2023 traz a proposta de que devem ser incluídos em instrução normativa da Anvisa somente após a anuência do próprio MAPA.

No tocante à publicização, dispõe que a Anvisa pode rever os procedimentos para regularização e critérios para publicização de informações não confidenciais dos seus pareceres.

Por último, mas não menos importante, as medidas não normativas complementares sugeridas na CP têm o viés de dar suporte para possibilitar o cumprimento dos requisitos normativos, conferindo mais eficácia e transparência ao processo de avaliação e regularização dos novos produtos.

Tal feito alcançado até o momento pelo movimento da modernização regulatória evidencia a necessidade de inovação para o setor alimentício acerca da norma atual, pois a Anvisa, além de atender a demanda, apurou de forma geral e específica as questões que abrangem esse marco, assegurando que essa inovação não deve comprometer a segurança dos alimentos e que estes padrões de segurança devem continuar sendo rigorosos e seguidos para garantir alimentos seguros.

Fato é que, com a abertura da CP1.158/2023, a Anvisa dá um grande passo para o andamento desse processo de inovação regulatória, amplamente defendida e esperada por muitos interessados do setor, que agora conta com a participação ativa do mercado para esse marco tão importante para o segmento de alimentos.

Referências:

[1]Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999, referente aos procedimentos de registro de novos alimentos e ingredientes; Resolução nº 17, de 30 de abril de 1999, que estabelece as diretrizes para avaliação de risco e de segurança de alimentos. Disponível em:http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/%281%29RES_16_1999_COMP.pdf/4bf63dcb-722b-4b77-849c-9502f544ff49. Acesso em 10/05/2023.

[2]  ANVISA. Novos alimentos e ingredientes: Documento de base para discussão regulatória (julho/2020). Disponível em:

http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33880/5833856/Documento+de+base+sobre+novos+alimentos. Acesso em 11/05/2023.

[3]  ANVISA. Diretoria Colegiada – Dicol Reunião Ordinária Pública Disponível em:

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/composicao/diretoria-colegiada/reunioes-da-diretoria/pautas/2023/pauta-da-4a-reuniao-ordinaria-publica-de-29-de-marco-de-2023. Acesso em 11/05/2023.

[4]ANVISA. Consulta Pública n° 1.158, de 24 de abril de 2023 – DOU de 26/04/2023. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6582266/CONSULTA+PUBLICA+N+1158+GGALI.pdf/ab969721-11ed-420d-97a3-bb488ef821c5. Acesso em 15/05/2023.

[5]  ANVISA. Relatório de Análise de Impacto Regulatório sobre a modernização do marco regulatório, fluxos e procedimentos para novos alimentos e novos ingredientes. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6582266/Relat%C3%B3rio+de+AIR+Novos+Alimentos.pdf/fdc2f762-15a9-4811-a9ea-cc92add0ddce

[6]  Voto nº88 – Processos Deliberados na 5º Reunião Ordinária de 12/04/2023. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/composicao/diretoria-colegiada/reunioes-da-diretoria/votos/2023/copy3_of_rop-5.2023/2-4-3.pdf. Acesso em 15/05/2023.

[7] Processos Deliberados na 5º Reunião Ordinária de 12/04/2023. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/composicao/diretoria-colegiada/reunioes-da-diretoria/processos/2023/copy8_of_processos-deliberados-na-5a-reuniao-ordinaria-de-12-de-abril-de-2023

Getlaine Coelho Alves é advogada, sócia da Lee, Brock e Camargo Advogados, graduada pela Universidade Nove de Julho. Pós-graduada em Direito Civil e Processual Civil pela Escola Paulista de Direito (EPD). Especialista em Direito do Consumidor pelo Centro Universitário FMU. Especialista Compliance pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista em LGPD e especializanda em Direito Digital e Inteligência Artificial pela Pontifícia Universidade Católica (PUC).

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Food Fraud e Food Defense: um controle adicional na cadeia de alimentos

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Ao longo dos anos a missão das empresas envolvidas na cadeia de alimentos passou de apenas produzir, armazenar e distribuir produtos padronizados, saborosos e saudáveis, cumprindo com a segurança dos alimentos, para prover alimentos seguros, ou seja, alimentos que quando consumidos, de acordo com o seu uso esperado, não acarretarão nenhum dano à saúde do consumidor.

Assim como os demais segmentos industriais, a indústria alimentícia passa por atualizações a cada dia, não somente para lidar com a concorrência através de novas soluções aos consumidores e perpetuação de sua marca, mas também para proteção dos seus negócios e produtos de novas ameaças que emergem com incidentes e mudanças globais relacionadas, principalmente, à cultura e hábitos de consumo, instabilidade financeira e política, guerras, entre outros. Dessa forma, novas metodologias de análise e controle de riscos precisaram ser criadas.

Essas novas ferramentas de análise de risco foram desenvolvidas com o intuito de mitigar a ocorrência de fraude em alimentos e os riscos de contaminação intencional dos produtos, chamados, respectivamente, de Food Fraud e Food Defense. Essas duas metodologias foram incorporadas ao sistema de gestão de segurança de alimentos, antes limitado apenas à implementação e gestão do APPCC/HACCP, logo, obtendo um sistema de gestão mais robusto e completo.

Entendendo a diversidade de conceitos para uma produção de alimentos mais segura e confiável

Com tantos conceitos e ferramentas dentro de um sistema de qualidade e segurança de alimentos, é de extrema importância entendê-los para implementá-los de forma efetiva:

  • Food Safety: tem por objetivo produzir produtos livres de contaminação física, química e microbiológica não intencional. Ferramentas como o APPCC/HACCP são implementados para prevenir que qualquer tipo de contaminação possa atingir os produtos. Um exemplo de contaminação não intencional é a contaminação dos produtos com materiais estranhos que sejam oriundos das matérias-primas.
  • Food Security: refere-se à acessibilidade e disponibilidade de alimentos de qualidade para a população, com o objetivo de garantir o desenvolvimento nutricional de indivíduos em nível regional, nacional ou internacional, ou seja, programas de food security buscam garantir que todas as pessoas tenham acesso a refeições completas e nutritivas.
  • Food Quality: garante a produção de alimentos que atendam aos padrões, especificações e expectativas dos clientes em relação aos aspectos organolépticos e físico-químicos.
  • Food Defense: embora tenha um conceito semelhante ao Food Safety, já que ambos possuem função principal de gerar produtos livres de contaminantes, o que os diferencia é que Food Defense refere-se à proteção contra adulterações intencionais dos alimentos.
  • Food Fraud: tem como objetivo garantir a conformidade das matérias-primas e embalagens utilizadas no processo produtivo para evitar desvios de qualidade e segurança dos alimentos. Além de evitar fraudes com objetivo de ganho econômico, também previne fraudes que possam colocar em risco a segurança do produto, como, por exemplo, a adulteração de leite com água contaminada.

Implementação de programas de Food Fraud e Food Defense: requisito legal ou consciência de proteção da marca?

A implementação de programas de Food Defense e Food Fraud pode ser obrigatória, exigida por requisitos legais de países, de auditorias de certificação de segurança de alimentos ou de requisitos de clientes; ou pode ser voluntária, baseada na importância desses programas para a proteção da marca e segurança dos consumidores. No Brasil, as auditorias de fornecedores estão cada vez mais se baseando em Normas de Certificação reconhecidas pelo GFSI (como BRCGS Food Safety, IFS Food e FSSC 22000), dessa forma, incluindo requisitos de Food Defense e Food Fraud.

Sabotagem e fraudes têm sido presentes na indústria alimentícia ao longo da história. Casos ao redor do mundo indicam a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger a segurança dos produtos. Em 2016, na cidade de Punjab, na Índia, como forma de se vingar do próprio irmão, o dono de uma confeitaria envenenou com pesticidas doces produzidos no local. Em decorrência dessa sabotagem, 30 pessoas vieram a óbito.

Como formas de mitigação, foram desenvolvidos programas como o FSMA e o PAS 96, que oferecem orientações para a proteção dos alimentos.

Criando um sistema efetivo de defesa e segurança de alimentos

Um Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos certificado, de acordo com uma norma reconhecida pelo GFSI, inclui um programa de fraude e defesa dos alimentos. Para implementar requisitos de fraude e defesa, é necessário avaliar riscos e definir medidas de controle e prevenção. Existem várias metodologias disponíveis, sendo que algumas das mais conhecidas são o TACCP e VACCP, que são similares ao HACCP e exigem planos de controle e de mitigação.

A escolha da metodologia de gerenciamento de risco deve ser feita de acordo com a escolha da organização e pautada em sua realidade. Com a avaliação de risco, as empresas de alimentos podem definir medidas de controle e de mitigação para proteger seus produtos contra a fraude e sabotagem intencional, assim como contra contaminação e outras ameaças.

Para realizar uma avaliação TACCP (Threat Assessment and Critical Control Points) ou VACCP (Vulnerability Assessment and Critical Control Points), é possível utilizar uma abordagem semelhante ao HACCP. No TACCP, a avaliação é focada em pontos vulneráveis em que possa ocorrer o ataque de sabotadores ou terroristas, com o intuito, por exemplo, de contaminar intencionalmente os produtos. Já no VACCP são focadas possíveis fraudes que sejam motivadas por ganhos financeiros, indisponibilidade de insumos e histórico de fraudes ao longo da história realizados por fornecedores de insumos. Caso algum ponto vulnerável ou matéria-prima seja identificado como significativo, ações adicionais e de mitigação devem ser estabelecidas para reduzir o risco ou planos de contingência devem ser implementados caso ocorra algum evento indesejado.

Gestão de riscos: a base para a confiabilidade dos alimentos e sustentabilidade das empresas

A implementação de sistema de gestão de segurança dos alimentos, com base nos programas de HACCP, Food Fraud e Food Defense, é fundamental para garantir a integridade e qualidade dos alimentos produzidos e comercializados pelas empresas. O Food fraud e o Food defense são ameaças constantes, pois podem ser impactados pelas situações políticas, sociais e financeiras de uma determinada região ou mundial, sendo assim, podem impactar negativamente a reputação das empresas e seus resultados financeiros, a saúde dos consumidores e até mortes.

Embora não sejam ainda um requisito legal no Brasil, a adoção desses sistemas já é uma exigência difundida por grandes players do mercado e varejistas, o que demonstra a relevância desses programas de gestão de risco no setor alimentício. Por isso, é fundamental que as empresas se ajustem às novas demandas do mercado, garantindo a sustentabilidade de seus negócios, assim como a saúde e segurança dos consumidores.

Saiba mais sobre a certificação de HACCP através do guia, disponível no link https://wqs.com.br/step-haccp-certification

André Teixeira, Analista Técnico na QIMA/WQS

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Como as novas tendências do setor de alimentos estão conectadas com a inteligência artificial

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A Inteligência Artificial está cada vez mais presente na indústria de alimentos.  De acordo com informações vinculadas à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), estima-se que 15% das empresas brasileiras utilizem tecnologias digitais. Isto, de forma que estejam aderentes ao movimento da Indústria 4.0, que está relacionada com a combinação de tecnologias, integrando máquinas, pessoas e recursos na flexibilização de processos e proporcionando a aplicabilidade da Inteligência Artificial.

Ainda, conforme estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2016 e 2018, o número de indústrias que utilizam a tecnologia digital passou de 63% para 73%, o que indica que diversas organizações estão dando maior prioridade para a implantação da IA em seus procedimentos, seja no gerenciamento de processos e/ou no controle de alimentos, de forma a contribuir para a melhoria da eficiência das produções de alimentos no Brasil.

A indústria de alimentos é uma das mais importantes e vitais do mundo, responsável por alimentar bilhões de pessoas todos os dias. Pesquisas realizadas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) indicam que a produção mundial de alimentos deve aumentar em cerca de 60% até 2050, para atender à crescente demanda global por alimentos. Ademais, a indústria de alimentos é um importante pilar da economia mundial, empregando milhões de pessoas e gerando bilhões de dólares em receita a cada ano.

Nesse contexto, a tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na indústria alimentícia. A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia que está transformando a forma como a indústria de alimentos aborda áreas críticas, como a garantia da segurança de alimentos e a eficiência da produção de alimentos.

Entretanto, os alimentos mais suscetíveis às fraudes são os de origem animal, como a carne, o leite e o peixe e, por conta disso, as novas tecnologias têm avançado em conjunto com as ferramentas e metodologias de detecção alimentar, de forma a trazer maiores contribuições para a saúde pública, beneficiando também a economia.

Uma das principais aplicações da IA na segurança de alimentos é na detecção e prevenção de contaminação de alimentos. A IA pode ser usada para monitorar e analisar grandes volumes de dados, incluindo dados de qualidade da água, temperatura, umidade e outras variáveis críticas que podem afetar a segurança de alimentos. Isso permite que os fabricantes de alimentos identifiquem potenciais riscos de contaminação antes que eles se tornem um problema, o que pode ajudar a evitar surtos de doenças transmitidas por alimentos, inclusive.

Ainda, pode mitigar potenciais riscos de segurança de alimentos. Por exemplo, um modelo de IA pode ser treinado para identificar padrões em dados de qualidade do ar e prever quando pode haver um risco de contaminação bacteriana em uma instalação de produção de alimentos, possibilitando que o fabricante tome medidas preventivas antes que ocorram problemas de segurança de alimentos.

Fato é que a IA desempenha um papel fundamental na segurança de alimentos, ajudando a detectar e prevenir a contaminação de alimentos, prever e mitigar riscos, melhorar a rastreabilidade dos alimentos e a eficiência dos sistemas de inspeção de alimentos.

Há, inclusive, emprego da IA para atingir maior rastreabilidade da complexa cadeia de produção de alimentos (produção, processamento, distribuição, venda, consumo), permitindo que as empresas possam ganhar mais tempo em caso de um recall de alimentos ou outro problema de segurança de alimentos.

Por fim, com a utilização da IA na indústria alimentícia, resta claro que existem diversas vantagens não apenas financeiras, mas também institucionais, considerando a crescente demanda por produtos mais saudáveis e sustentáveis. As empresas ganham credibilidade e um grande impulso concorrencial ao demonstrarem aderência à fabricação de produtos que prezam pela saúde e bem-estar dos consumidores.

 Referências:

1.  Disponível em: https://www.abdi.com.br/projetos/mapa-da-digitalizacao-das-mpes-brasileiras. Acesso em 18 JUN 2023

2.  Disponível em: www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/pqt-investimentos-em-industria-40/#:~:text=Entre%20o%20in%C3%ADcio%20de%202016,investir%20nessas%20tecnologias%20em%202018. Acesso em 18 JUN 2023

 3.   Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/68525-fao-se-o-atual-ritmo-de-consumo-continuar-em-2050-mundo-precisar%C3%A1-de-60-mais-alimentos-e-40. Acesso em 18 JUN 2023

4.   FAO. Food Fraud-Intention, Detection, and Management. Food Saf Tech Toolkit Asia Pacific No 5 Bangkok. 2021;44.

 Autores:

Getlaine Coelho Alves
Sócia da Lee, Brock e Camargo Advogados, graduada pela Universidade Nove de Julho. Pós-graduada em Direito Civil e Processual Civil pela Escola Paulista de Direito (EPD). Especialista em Direito do Consumidor pelo Centro Universitário FMU. Especialista Compliance pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista em LGPD e especializanda em Direito Digital e Inteligência Artificial pela Pontifícia Universidade Católica (PUC).


Mateus Reis dos Santos Alves
Advogado de Direito Digital na Lee, Brock, Camargo Advogados, Graduado em Direito pela Universidade Cândido Mendes – Centro (UCAM). Pós Graduando em Direito Digital pelo Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Instituto de Sociedade e Tecnologia (UERJ/ ITS-Rio)

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Sistema Innovate: em um dia, seu produto é testado e liberado ao mercado

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O consumo de leite e seus derivados faz parte da cultura de grande parte dos países ao redor de todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Se pensarmos nos maiores produtores, nosso país foi o 6º que mais produziu em 2022, com 34,8 milhões de toneladas. Do leite são feitas incontáveis receitas deliciosas, que muito provavelmente, fazem parte da sua rotina, mas produzir leite não é uma tarefa fácil. Custos elevados de armazenamento, distribuição, controle de qualidade e baixa durabilidade são apenas alguns destes desafios. Para enfrentar essas dificuldades, apresento a vocês o Sistema Innovate, uma solução Hygiena que permite que em um dia, o seu produto seja testado, seguro e liberado ao mercado.

Com o Sistema Innovate, o trajeto “fábrica-mercado” torna-se muito mais rápido

De modo geral, o leite é processado através de métodos térmicos, de aquecimento, como a pasteurização. São eficientes, é bem verdade, afinal a pasteurização é uma técnica empregada há décadas, mas as desvantagens também são bastante consideráveis. O prazo de validade do produto torna-se mais limitado, o armazenamento e distribuição precisam ser feitos necessariamente de forma refrigerada, o que como você deve saber, não é algo barato.

Quando estamos falando do controle de qualidade e testes de contaminação, os métodos tradicionais de identificação de microrganismos podem levar até 15 dias para gerar resultados conclusivos, pois são processos manuais, mais propensos a erros, e que consomem recursos valiosos, tempo e espaço de incubação.

Buscando justamente solucionar estes problemas, que se tornam grandes dificultadores em um setor tão grande e importante quanto o de laticínios, a Hygiena desenvolveu o Sistema Innovate. Com esta solução, em pouco mais de um dia, o produto é incubado, testado, e já gera resultados confiáveis para que, em poucas horas, possa ser liberado ao mercado.

Basicamente, após 24 horas de incubação do produto, ele já está apto a ser testado pelo Sistema Innovate, que poderá rapidamente fornecer os resultados dos testes. E quando digo “rapidamente” não é um simples modo de dizer. Podendo processar 96 amostras de uma só vez, o aparelho gera relatórios de todas as amostras em apenas 30 minutos, permitindo a liberação rápida dos itens negativados. Além do leite, o aparelho suporta diferentes produtos como molhos, sopas, caldos, sucos e bebidas.

Toda essa agilidade do Sistema Innovate possibilita uma redução de estoque mais veloz, e diminui os custos de fabricação, afinal, lançar o produto antes significa obter um faturamento mais rápido. E ainda, a agilização dos processos na fabricação libera um volume maior dos produtos com o mesmo custo ou, até mesmo, um valor menor.

Hygiena Summit One Health Brazil 2023: a nova referência em eventos de food safety

Se quiser conhecer de perto o Sistema Innovate e as outras muitas soluções da Hygiena para o mercado de segurança de alimentos, em um evento que reunirá alguns dos maiores nomes do food safety mundial, o Hygiena Summit One Health Brazil 2023 é exatamente o que você procura.

Pensado por especialistas e dedicado a especialistas como você, que fazem o segmento de food safety acontecer em nosso país, o Hygiena Summit One Health Brazil 2023 será realizado no dia 24 de agosto, em São Paulo, e contará com uma programação especial de mais de 8 horas de palestras e mesas redondas sobre os assuntos mais quentes do momento no universo da segurança dos alimentos, conduzidas por verdadeiras referências do setor.

Mas afinal, quem irá participar do evento? Juan DeVillena, vice-presidente de qualidade da Wayne-Sanderson Farms; Mark Carter, gerente sênior de produtos da Hygiena e presidente eleito da IAFP; e Fernanda Spinassi, presidente do Food Safety Brazil, serão apenas alguns dos nomes que estarão no Hygiena Summit One Health Brazil 2023. Dentre os temas, falaremos sobre perspectiva global da Salmonella e abordagens modernas de monitoramento, monitoramento ambiental de microrganismos indicadores e patógenos, cultura positiva em food safety e muito mais.

Além de discutir vários temas do momento e apresentar tudo que a Hygiena tem a oferecer para o mercado de food safety no Brasil, nosso foco está nas pessoas que fazem o setor acontecer e em como podemos contribuir ainda mais para o crescimento de cada um dos presentes.

Quer conhecer mais sobre o Sistema Innovate e outras soluções da Hygiena? Clique aqui. Interessou-se pelo Hygiena Summit One Health Brazil 2023 e não quer ficar de fora dessa? Acesse este link e saiba todos os detalhes sobre nosso evento!

Por Adriana Paes, Marketing Manager da Hygiena na América Latina

3 min leituraConheça o Sistema Innovate, uma solução Hygiena que permite que em pouco mais de 24h, o produto seja testado e liberado ao mercado

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Marcas de alimentos não devem esquecer o ‘S’ de ESG

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Ter credenciais sociais robustas está se tornando essencial à medida que os padrões internacionais “suaves” que regem a devida diligência dos direitos humanos estão se tornando estatutários.


Nos últimos anos, as expectativas das partes interessadas em relação às melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) aumentaram significativamente e continuam em ascensão. A sustentabilidade agora é um critério importante para os compradores em suas decisões de compra. De acordo com uma pesquisa global de consumo de 2021 da GlobalData, 76% dos 21.000 entrevistados afirmaram que as credenciais éticas ou ambientais de uma marca influenciaram sua decisão de compra. Embora essa tendência possa ter sido temporariamente afetada pela forte inflação e orçamentos familiares restritos, a importância da sustentabilidade permanece como um fator crítico de escolha para os consumidores.

Incorporar compromissos e práticas ESG na estrutura e nos processos de uma empresa é um ativo valioso e pode fornecer uma vantagem competitiva significativa. Por outro lado, a falta de uma abordagem sólida de ESG ou deficiências nessa abordagem podem ocasionar consequências negativas para a empresa, tanto em termos comerciais quanto de reputação.

De normas “suaves” a leis “duras”

Embora algumas questões, como segurança dos alimentos, produtos químicos restritos e saúde e segurança, já tenham sido regulamentadas por décadas, a responsabilidade social empresarial e a devida diligência ainda são predominantemente gerenciadas por meio de leis não vinculativas, iniciativas voluntárias e códigos de conduta de empresas individuais. No entanto, essa realidade está mudando e a responsabilidade social está se tornando uma área prioritária para muitas organizações, segundo a QIMA/WQS, empresa especializada em certificação e conformidade de alimentos.

Anouschka Jansen, Diretora de Soluções de Sustentabilidade da QIMA, afirma que uma série de novas leis e regulamentos nos Estados Unidos, tanto em âmbito federal quanto estadual, e na Europa, estão impondo requisitos mais rigorosos para que as empresas identifiquem, relatem e abordem os impactos dos direitos humanos decorrentes de suas operações e cadeias de suprimentos em todo o mundo.

Nos Estados Unidos, a Lei de Prevenção ao Trabalho Forçado Uigur, introduzida no país em 2021, proíbe a importação de produtos provenientes da região de Xinjiang, no noroeste da China, sob a suposição de que eles tenham sido fabricados por meio de trabalho forçado.

Na Europa, uma diretiva histórica de sustentabilidade corporativa vai ser introduzida em 2024, forçando as empresas dentro do escopo a maiores divulgações ESG. A nova diretiva vai focar os fatores sociais e direitos humanos, incluindo igualdade de gênero, diversidade e inclusão, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e respeito pelos direitos humanos em toda a cadeia de valor.

A expectativa é que os requisitos precisos dos relatórios sejam divulgados em junho de 2023, afetando as maiores empresas da União Europeia, que já são obrigadas a divulgar informações ESG sob a Diretiva de Relatórios Não Financeiros.

“As novas regras visam garantir que as empresas lidem com os impactos adversos de suas ações, inclusive em suas cadeias de valor dentro e fora da Europa”, afirma o comunicado divulgado pela Comissão Europeia. Jansen, da QIMA, diz que as empresas de alimentos devem usar as futuras obrigações dos relatórios para moldar uma estrutura de devida diligência com base nas diretrizes da OCDE em todas as operações e redes de fornecedores.

“O interessante é que na indústria de alimentos, há 30 anos, quando ESG era conhecido como sustentabilidade, tudo começou com o ‘S’ e as preocupações com trabalho infantil e forçado, horas excessivas de trabalho e baixos salários”, diz Jansen. “Então, nos últimos anos, o foco mudou totalmente para a devida diligência ambiental, descarbonização e biodiversidade, que agora está no centro das atenções. Embora as empresas de alimentos tenham feito muito trabalho para atingir as metas líquidas zero, a batalha para proteger os direitos dos trabalhadores ainda não foi vencida. Ainda há muito o que fazer.”

O papel das auditorias sociais para erradicar o risco da cadeia de suprimentos

A cadeia de abastecimento alimentar pode ser complexa, fragmentada e sem transparência. A rastreabilidade de risco pode ser um grande desafio. Jansen diz que é aqui que os programas de auditoria e certificação social reconhecidos globalmente, como SMETA e Rainforest Alliance, têm um papel crítico a desempenhar no apoio às empresas de alimentos na descoberta de riscos, riscos emergentes e riscos potenciais relacionados a abusos dos direitos humanos.

SMETA (Auditoria de Comércio Ético dos Membros da SEDEX) é a metodologia mais utilizada no mundo para auditorias sociais e permite que os fornecedores compartilhem um relatório de auditoria com vários clientes por meio da plataforma SEDEX. A metodologia utiliza o código base da Ethical Trading Initiative (ETI, em português Iniciativa de Comércio Ético), legislação local e outros elementos alinhados com as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e pode ser conduzida em dois ou quatro pilares, mas os dois pilares obrigatórios são as normas trabalhistas e as normas de saúde e segurança.

“Ao contrário do que acontecia no passado, quando você poderia ou não passar em uma auditoria como a SMETA, hoje o foco é a melhoria contínua”, diz Jansen. “A SMETA oferece uma ferramenta para identificar e priorizar riscos na cadeia de suprimentos, mas é apenas um instantâneo no tempo e não um rastreador em tempo real. A eficácia da SMETA depende de como as recomendações corretivas são executadas, e o Grupo QIMA pode ajudar nesse processo”, Anouschka complementa.

A Diretora de Soluções de Sustentabilidade da QIMA finaliza dizendo: “Estamos vendo um grande aumento nas solicitações SMETA desde a pandemia, evidência de como as práticas comerciais éticas estão se tornando críticas para os clientes, bem como para os reguladores e legisladores”.

Saiba mais sobre as auditorias SMETA clicando aqui e saiba como a QIMA/WQS pode ajudar sua empresa a atingir metas de conformidade social.

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Como as novas tendências do setor de alimentos estão conectadas com a Inteligência Artificial

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A Inteligência Artificial está cada vez mais presente na indústria de alimentos. 

De acordo com informações da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), estima-se que 15% das empresas brasileiras utilizem tecnologias digitais. Isto indica que estão aderentes ao movimento da Indústria 4.0, relacionado com a combinação de tecnologias, integrando máquinas, pessoas e recursos na flexibilização de processos e proporcionando a aplicabilidade da Inteligência Artificial.

Ainda, conforme estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2016 e 2018, o número de indústrias que utilizam a tecnologia digital passou de 63% para 73%, o que indica que diversas organizações estão dando maior prioridade para a implantação da IA em seus procedimentos, seja no gerenciamento de processos ou no controle de alimentos, de forma a contribuir para a melhoria da eficiência das produções de alimentos no Brasil.

A indústria de alimentos é uma das mais importantes e vitais do mundo, responsável por alimentar bilhões de pessoas todos os dias. Pesquisas realizadas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) indicam que a produção mundial de alimentos deve aumentar em cerca de 60% até 2050, para atender à crescente demanda global por alimentos. Ademais, a indústria de alimentos é um importante pilar da economia mundial, empregando milhões de pessoas e gerando bilhões de dólares em receita a cada ano.

Nesse contexto, a tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na indústria alimentícia. A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia que está transformando a forma como a indústria de alimentos aborda áreas críticas, como a garantia da segurança de alimentos  e a eficiência da produção de alimentos.

Entretanto, segundo a FAO, os alimentos mais suscetíveis às fraudes são os de origem animal, como a carne, o leite e o peixe e, por conta disso, as novas tecnologias têm avançado em conjunto com as ferramentas e metodologias de detecção alimentar, de forma a trazer maiores contribuições para a saúde pública, beneficiando também a economia.

Uma das principais aplicações da IA na segurança de alimentos é na detecção e prevenção de contaminação de alimentos. A IA pode ser usada para monitorar e analisar grandes volumes de dados, incluindo dados de qualidade da água, temperatura, umidade e outras variáveis críticas que podem afetar a segurança de alimentos. Isso permite que os fabricantes de alimentos identifiquem potenciais riscos de contaminação antes que eles se tornem um problema, o que pode ajudar a evitar surtos de doenças transmitidas por alimentos, inclusive. Ainda, pode mitigar potenciais riscos de segurança de alimentos. Por exemplo: um modelo de IA pode ser treinado para identificar padrões em dados de qualidade do ar e prever quando pode haver um risco de contaminação bacteriana em uma instalação de produção de alimentos, possibilitando que o fabricante tome medidas preventivas antes que ocorram problemas de segurança de alimentos.

Fato é que a IA desempenha um papel fundamental na segurança de alimentos, ajudando a detectar e prevenir a contaminação de alimentos, prever e mitigar riscos, melhorar a rastreabilidade dos alimentos e a eficiência dos sistemas de inspeção de alimentos.

Há, inclusive, emprego da IA para atingir maior rastreabilidade da complexa cadeia de produção de alimentos (produção, processamento, distribuição, venda, consumo), permitindo que as empresas possam ganhar mais tempo em caso de um recall de alimentos ou outro problema de segurança de alimentos .

Por fim, com a utilização da IA na indústria alimentícia, resta claro que existem diversas vantagens não apenas financeiras, mas também institucionais. Considerando a crescente demanda por produtos mais saudáveis e sustentáveis, as empresas ganham credibilidade e um grande impulso concorrencial ao demonstrarem aderência à fabricação de produtos que prezam pela saúde e bem-estar dos consumidores.

  1. www.abdi.com.br/projetos/mapa-da-digitalizacao-das-mpes-brasileiras
  2. www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/pqt-investimentos-em-industria-40/#:~:text=Entre%20o%20in%C3%ADcio%20de%202016,investir%20nessas%20tecnologias%20em%202018.
  3. https://brasil.un.org/pt-br/68525-fao-se-o-atual-ritmo-de-consumo-continuar-em-2050-mundo-precisar%C3%A1-de-60-mais-alimentos-e-40.
  4. FAO. Food Fraud-Intention, Detection, and Management. Food Saf Tech Toolkit Asia Pacific No 5 Bangkok. 2021;44.

Lee, Brock, Camargo Advogados  (LBCA)

Autores:

Getlaine Coelho Alves
Graduada em Direito pela Universidade Nove de Julho. Pós-graduada em Direito Civil e Processual Civil pela Escola Paulista de Direito (EPD). Especialista em Direito do Consumidor pelo Centro Universitário FMU. Especialista Compliance pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista em LGPD e especializanda em Direito Digital e Inteligência Artificial pela Pontifícia Universidade Católica (PUC).

  

Mateus Reis dos Santos Alves
Graduado em Direito pela Universidade Cândido Mendes – Centro (UCAM). Pós Graduando em Direito Digital pelo Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Instituto de Sociedade e Tecnologia (UERJ/ ITS-Rio).

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Você já conhece as Certificações de Produto da NSF para a indústria alimentícia?

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Você já conhece a NSF? Sabia que seu produto alimentício poderia ganhar valor agregado com uma das certificações que a NSF oferece? Você sabia que nem todo produto que se diz ser gluten free, plant-based ou livre de organismos geneticamente modificados é de fato o que diz ser? A não ser que o produto seja verificado por uma Organização independente de terceira parte, como a NSF, a informação pode ser duvidosa.

Vamos explorar o que exatamente significam as Certificações de Produto da NSF para a indústria alimentícia e por que sua empresa deveria obtê-las.

Gluten Free

A certificação gluten free da NSF é um selo importante para empresas que desejam comprovar a ausência de glúten em seus produtos, garantindo assim a confiança dos consumidores e a conformidade com as regulamentações e padrões estabelecidos. Em primeiro lugar, é importante entender o significado do termo “gluten free“. O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, cevada, centeio e seus derivados. Para pessoas com doença celíaca, intolerância ao glúten ou sensibilidade ao glúten, a ingestão de alimentos com glúten pode causar problemas de saúde graves. Portanto, para esses indivíduos, a identificação clara de produtos sem glúten é crucial para uma dieta segura e saudável. A Certificação Gluten Free da NSF é uma garantia confiável para os consumidores de que um produto foi cuidadosamente analisado e verificado como estando em conformidade com os padrões estabelecidos para a ausência de glúten.

Plant Based

A certificação plant-based da NSF destina-se a empresas que desejam comprovar a qualidade e segurança dos alimentos baseados em plantas que comercializam e a autenticidade da informação de que o alimento é realmente feito à base de plantas. Neste texto, exploraremos o que exatamente significa essa certificação e por que uma empresa deve considerar obtê-la.
O termo “plant-based” ou “à base de plantas” refere-se a produtos alimentícios que são formulados principalmente a partir de ingredientes de origem vegetal, ou seja, excluindo os ingredientes de origem animal. Com o aumento da conscientização sobre os impactos ambientais, éticos e de saúde associados ao consumo excessivo de produtos de origem animal, a demanda por alimentos e bebidas plant-based vem crescendo rapidamente. A certificação Plant Based da NSF é um selo confiável que garante que um produto atende aos padrões e critérios estabelecidos para ser considerado genuinamente baseado em plantas.

Non GMO

A certificação Non-GMO (Non-Genetically Modified Organism) é um selo que comprova que tais produtos não contêm organismos geneticamente modificados. Os organismos geneticamente modificados (OGMs), também conhecidos como transgênicos, são organismos cujo material genético foi alterado, geralmente através de técnicas de engenharia genética. Essas modificações podem envolver a inserção de genes de outras espécies, como bactérias ou animais, em plantas ou animais de interesse comercial. A presença de OGMs em alimentos e produtos agrícolas tem gerado preocupações sobre segurança, impacto ambiental e questões éticas.
A certificação Non-GMO atesta que um produto foi cuidadosamente analisado e verificado como não contendo ingredientes geneticamente modificados.

Por que obter uma certificação de terceira parte?

Obter uma certificação de terceira parte é uma decisão estratégica para as empresas, pois traz uma série de benefícios e vantagens significativas. Aqui estão algumas razões pelas quais obter uma certificação de terceira parte é importante:

  1. Credibilidade e Confiança: Uma certificação de terceira parte é concedida por uma organização independente e imparcial, que atua como uma autoridade neutra e confiável. Isso confere credibilidade ao processo de certificação e ao selo obtido. Os clientes e consumidores têm maior confiança nos produtos ou serviços que possuem uma certificação reconhecida externamente, pois sabem que foram avaliados por especialistas independentes.
  2. Padrões e Requisitos Rigorosos: As certificações de terceira parte geralmente são baseadas em padrões e requisitos rigorosos estabelecidos pela organização certificadora. Esses padrões são desenvolvidos levando em consideração as melhores práticas da indústria, regulamentos governamentais e preocupações com a segurança, qualidade e sustentabilidade. Ao obter uma certificação de terceira parte, a empresa demonstra seu compromisso em atender a esses padrões elevados, o que aumenta a confiança dos clientes e consumidores.
  3. Validação Independente: Uma certificação de terceira parte envolve um processo de avaliação e auditoria realizado por especialistas independentes, que possuem conhecimento técnico e experiência na área específica da certificação. Essa validação externa é altamente valorizada, pois confirma que a empresa cumpre os requisitos estabelecidos e segue as melhores práticas. A validação independente fortalece a reputação da empresa, oferecendo aos clientes e consumidores a garantia de que seus produtos ou serviços são confiáveis e de qualidade.
  4. Vantagem Competitiva: Obter uma certificação de terceira parte pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa. Em muitos setores, as certificações são um requisito para participar de licitações ou concorrências comerciais. Além disso, os consumidores estão cada vez mais preocupados com questões como segurança dos alimentos, sustentabilidade e ética empresarial. Ter uma certificação reconhecida pode diferenciar a empresa dos concorrentes, permitindo acessar novos mercados e conquistar clientes que valorizam a conformidade com padrões de qualidade e sustentabilidade.
  5. Conformidade Regulatória: Em alguns casos, a obtenção de uma certificação de terceira parte é um requisito legal para atender a regulamentações específicas. As certificações podem estar alinhadas com normas e regulamentos governamentais que garantem a segurança, a saúde ou a proteção do meio ambiente. Ao obter a certificação, a empresa garante que está em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis, evitando problemas legais e prejuízos financeiros.

Em resumo, obter uma certificação de terceira parte traz credibilidade, valida a conformidade com padrões e requisitos rigorosos, oferece uma vantagem competitiva e demonstra compromisso com a qualidade, segurança e sustentabilidade. Essas certificações são reconhecidas pelos clientes, consumidores e stakeholders, aumentando a confiança e fortalecendo a reputação da empresa.

Por que a NSF?

A NSF uma organização independente sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos. Fundada em 1944, a NSF tem como objetivo principal promover a saúde e a segurança públicas, por meio do desenvolvimento de padrões e certificações para uma ampla variedade de setores, incluindo alimentos, água, produtos de consumo, produtos farmacêuticos, saúde e bem-estar, meio ambiente e sustentabilidade. É uma organização líder no campo da certificação e segurança dos alimentos, com um histórico estabelecido de promover a saúde e a segurança públicas. Sua reputação como uma organização independente, com padrões rigorosos e reconhecimento internacional, a torna uma escolha confiável para empresas que buscam certificações de terceira parte para demonstrar seu compromisso com a qualidade, segurança e sustentabilidade. Existem várias razões pelas quais a NSF é uma escolha confiável para obter uma certificação de terceira parte.

  1. Reconhecimento Internacional: A NSF é uma organização amplamente reconhecida e respeitada internacionalmente. Ela possui uma presença global e é conhecida por suas certificações de segurança dos alimentos, qualidade e sustentabilidade. A NSF tem uma reputação sólida e sua marca é amplamente aceita em diversos setores e mercados.
  2. Experiência e Expertise: A NSF possui uma vasta experiência e expertise em certificações. Ela atua há mais de 75 anos na área de segurança e saúde pública, trabalhando em colaboração com governos, indústrias e organizações para desenvolver padrões e regulamentos de alta qualidade. A organização conta com uma equipe de especialistas altamente qualificados em diversas áreas, garantindo que as avaliações e auditorias sejam realizadas de forma profissional e precisa.
  3. Padrões Rigorosos: A NSF tem uma abordagem rigorosa em relação aos seus padrões de certificação. Ela desenvolve seus critérios com base nas melhores práticas da indústria, nas regulamentações governamentais e nas preocupações com a segurança, qualidade e sustentabilidade. Os padrões da NSF são atualizados regularmente para acompanhar as mudanças nas demandas do mercado e nas regulamentações em constante evolução.
  4. Independência e Imparcialidade: Como uma organização independente, a NSF opera de forma imparcial e neutra. Ela não tem interesse direto nas empresas que buscam a certificação, o que garante uma avaliação justa e imparcial. A independência da NSF fortalece a confiança dos clientes e consumidores na credibilidade e integridade da certificação.
  5. Amplas Opções de Certificação: A NSF oferece uma ampla variedade de certificações em várias áreas, como segurança dos alimentos, qualidade de produtos, sustentabilidade, saúde e bem-estar. Isso permite que as empresas escolham a certificação mais relevante e adequada às suas necessidades específicas. A diversidade de opções da NSF garante que empresas de diferentes setores e tamanhos possam encontrar uma certificação que atenda aos seus requisitos.
  6. Compromisso com a Melhoria Contínua: A NSF incentiva a melhoria contínua por parte das empresas certificadas. Ela oferece suporte e recursos para ajudar as organizações a aprimorar seus processos, sistemas e práticas, com o objetivo de alcançar níveis ainda mais elevados de desempenho e conformidade.

Gostaria de saber mais sobre nossos serviços?
A NSF não apenas concede a certificação, mas também se preocupa com o sucesso e o progresso contínuo das empresas certificadas. Entre em contato agora mesmo através do e-mail brasil@nsf.org

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Influência da apanha na cadeia produtiva de frangos de corte

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A apanha de frangos de corte desempenha um papel fundamental na cadeia produtiva da indústria dos alimentos. Além de impactar diretamente o Bem-estar Animal, a forma como os frangos são manuseados durante esse processo também afeta a qualidade da carne e a eficiência geral da produção. 

 

A cadeia produtiva de frangos de corte é uma das mais relevantes do agronegócio. A boa conversão alimentar dos frangos possibilita um ciclo produtivo rápido, que aliado à alta produção, caracterizam o dinamismo da avicultura industrial, principalmente se comparada com as demais espécies de produção animal. Somado a isso, a crescente predileção dos consumidores pela carne de frango é notável, e alguns fatores que contribuem para isso são o custo acessível, a versatilidade de preparo e a qualidade nutricional. Essa junção de aspectos impulsiona cada vez mais a competitividade no mercado. 

Entretanto, por ser uma atividade tão intensa, constantes desafios vêm sendo observados. O destaque é para o bem-estar dos frangos de corte, que isso influencia positivamente na qualidade de sua carne. Dentre os fatores que podem afetar o bem-estar das aves e interferir nos atributos da carcaça destacam-se os erros de manejo nas fases de criação, pré-abate e processamento, que podem desencadear hematomas e fraturas, com perdas significativas para a produção avícola.  

 

Manejo pré-abate: impactos críticos na qualidade da carne e no Bem-estar Animal 

A execução de um manejo pré-abate criterioso é uma necessidade evidente, sendo o momento da apanha considerado um ponto crítico de controle. Essa etapa ocorre quando os frangos atingem o peso de abate do mercado, sendo capturados por colaboradores e conduzidos ao abatedouro. Dentre as operações pré-abate, essa é a que mais gera injúrias físicas e estresse. 

Nesse período, nota-se o maior percentual de hematomas no peito, provenientes de falhas humanas, pela colocação rápida dos frangos nas caixas de transporte, além de quebra de asas. Somado a isso, as rotas de fuga criadas pelas aves fazem com que umas se aglomerem sobre as outras, expondo os animais a altos níveis de estresse, com susceptibilidade à ocorrência de arranhões, contusões e, por conseguinte, depreciação da carcaça.  

Em casos mais graves, as principais causas de mortes por trauma durante a apanha acontecem quando o funcionário suspende a ave por uma perna só, ocorrendo o bater excessivo das asas, com uma torção leve da pelve, ocasionando deslocamento ou fratura do fêmur. Através disso, o osso é compelido para o interior da cavidade abdominal, podendo romper os sacos aéreos e ocasionar a entrada de sangue nos pulmões.

 

Análise das causas e incidências dos hematomas pré-abate

De modo geral, aproximadamente 90 a 95% dos hematomas de frangos de corte ocorrem durante as 12 horas que antecedem o abate. Destas lesões, 35% são causadas pelo criador devido ao manejo impróprio da cama e alta densidade de alojamento, 40% no decorrer da apanha e o restante durante transporte, descarga e pendura.   

Além disso, a coloração do hematoma varia em função do tempo entre a ocorrência da contusão e o momento de avaliação no abate. Os hematomas com coloração roxo escuro formam-se em até 12 horas, o que corresponde ao período de apanha. De acordo com Tomasi (2010), os locais que apresentam maiores incidências de contusões e hematomas são: peito (39 a 56%), pernas (25 a 30%) e asas (18 a 31%). 

 

Métodos de apanha de aves: abordagens e desafios 

Com relação aos métodos de apanha utilizados no Brasil, é possível capturar manualmente as aves pelas pernas ou pelo dorso. Na apanha pelas pernas, os frangos são pegos pelos dois membros e colocados de cabeça para baixo. É um método mais rápido e exige menos colaboradores; no entanto, essa prática inversa acarreta estresse e pode resultar em fraturas devido aos movimentos bruscos, tornando-a ineficiente. 

Já na apanha pelo dorso, as asas são pressionadas junto ao corpo das aves, impossibilitando-as de bater. Com isso, o número de ocorrências de lesões diminui, resultando em maior proteção à integridade física dos animais. É o método menos estressante, desde que as aves sejam levantadas e carregadas corretamente dentro das caixas. Seguindo as recomendações nacionais e internacionais de bem-estar animal (ABPA, 2016; OIE, 2017; DEFRA, 2002), os frangos devem ser pegos pelo dorso. 

É importante salientar, contudo, que a apanha pelo dorso eleva os custos e o tempo nos carregamentos. Ainda assim, trata-se da melhor alternativa em termos de qualidade da carcaça. Esse fato é corroborado nos estudos de Kittelsen e colaboradores, ao concluírem que a apanha pelo dorso proporcionou menos danos ao bem-estar das aves. 

 

Boas práticas de manejo durante a apanha 

Para garantir o bem-estar durante a apanha, é importante priorizar os seguintes fatores: realização no período noturno, temperaturas mais amenas e capacidade visual dos frangos reduzida, contribuindo para diminuir a agitação dos animais. Durante o processo, é importante não esquecer de remover os comedouros e bebedouros para evitar acidentes. Uma recomendação válida é subdividir as aves em grupos, tornando mais fácil a contenção e apanha, o que reduz o risco de lesões na pele. Os funcionários, por sua vez, devem fechar as caixas com cuidado, deslizando-as suavemente para garantir o bem-estar das aves.  

Caso a apanha seja realizada no período diurno, deve-se utilizar cortinas sobre as portas para minimizar a intensidade de luz do galpão. E a ventilação deve ser controlada para evitar estresse por calor, a fim de precaver a incidência de aves ofegantes.

 

A certificação de Bem-estar Animal é uma abordagem abrangente que vai além da criação e engloba todas as etapas da vida dos animais, incluindo o abate. Baseada na prevenção de doenças, tratamento veterinário, proteção, manejo e nutrição adequada, essa certificação busca garantir que os animais sejam não apenas criados, mas também abatidos de forma respeitosa e humanitária, aponta Roberta Cunha, Gerente de Operações da QIMA/WQS, certificadora global que tem a Certificação de Bem-estar Animal como uma das principais soluções em sua cartela de serviços. 

 

A importância da capacitação dos funcionários 

Para mitigar os efeitos negativos do manejo pré-abate sobre o bem-estar animal, é importante investir em treinamentos constantes e capacitação dos funcionários. As aves devem ser apanhadas cuidadosamente, seguindo os procedimentos padronizados.  

No intuito de melhorar o bem-estar dos frangos, reduzir hematomas e alcançar ganhos econômicos, é conveniente considerar a bonificação dos resultados dos funcionários. É essencial, ainda, que todo esse processo seja supervisionado por um líder, garantindo a redução de contusões e fraturas que possam resultar na condenação de partes valiosas da carcaça, como peito, coxa, sobrecoxa e asas. 

 

Promovendo o Bem-estar Animal e a qualidade da carne 

A influência da apanha na cadeia produtiva de frangos de corte é de extrema importância, afetando tanto o Bem-estar Animal quanto a qualidade da carne produzida. É crucial adotar medidas de manejo pré-abate criteriosas, capacitar os colaboradores envolvidos e implementar práticas que promovam o bem-estar dos animais. Somente assim será possível garantir uma cadeia produtiva mais sustentável, com frangos de corte saudáveis, produtos de qualidade e a satisfação de todos os envolvidos, dos produtores aos consumidores. 

 

Saiba mais sobre as certificações de Bem-estar Animal através do guia, disponível no link https://wqs.com.br/bem-estar-animal. 

 

Artigo desenvolvido por Mariana Rodrigues, Analista Técnica na QIMA/WQS. 

 

Contato: 

Departamento de Marketing 
marketing@wqscert.com

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