Blog FSB

2 min leitura
0

Produção Sustentável de Alimentos: como você apóia?

2 min leitura

Pelo Brasil ser o 1º país no consumo de agrotóxicos (cerca de 5 Kg/habitante/ano), os alimentos convencionais têm 30% da produção perdida (por volta de 40 mil toneladas), sendo que 1,6 bilhões de pessoas no mundo não se alimentam corretamente. Já no extrativismo prevê-se 3% de perdas e que não haja trabalho escravo no cultivo orgânico. Os orgânicos foram regulamentados (há lei sobre agro e ecologia, a 10.831/2007) como um ato saudável e não apenas um modismo, sendo o seu uso considerado uma mudança de hábito pelo consumidor. Os desafios são vários mas o objetivo maior é um só: qualidade de vida! Dentre esses desafios, podemos citar: diminuir a dependência química no setor primário, opções de captação de água (“ouro” no momento), diminuir danos no solo e água, dentre outros.
O consumo de orgânicos no Brasil vem crescendo cada vez mais, na ordem de 10-15% ao ano, contando com 54 empresas que faturam R$ 2,6 bilhões, refletindo em pesquisas em domicílio em 9 capitais, resultando em 15% do público consumidores fiéis aos produtos orgânicos. E sabe por quê? As respostas foram: busca por melhor saúde, sabor, novas experiências, confiança maior no varejo, não apenas nas mais de 500 feiras orgânicas pelo país e 84% dos consumidores de produtos orgânicos não souberam citar uma marca e um selo/certificação voluntários, porém disseram que os critérios de escolhas são por indicação, confiança/credibilidade e pela opção por comer mais comidas cruas.
O Plano “detox” então envolve 6 idéias para um empreendimento de produtos orgânicos:
– hábitos saudáveis, ingredientes saudáveis;
– ingredientes nativos, locais e inovadores;
– visão mais holística para a vida e bem-estar;
– plantar em casa ou hortas comunitárias urbanas;
– reciclar, reduzir e conscientizar;
– dividir, compartilhar e simplificar.
Nessa linha, alguns varejos possuem plataformas de sustentabilidade com foco em proteção à biodiversidade, gestão de cadeias críticas, inclusão social, controle de rastreabilidade, embalagens em braile, alimentos non GMO, produtos certificados, co-produtos (farinha de rosca obtida de pães não vendidos, vegetais defeituosos esteticamente tornando-se sucos e sopas nas lojas e/ou valores de mercado até 40% mais barato para incentivar o consumo e doações de alimentos retirados das gôndolas com 5 dias antes dos vencimentos). Já na produção primária, outro elo da cadeia de fornecimento de alimentos, a internet dá conectividade ao agronegócio, ou seja, a agricultura digital utiliza uma série de tecnologias, tais como drones, Big Data (coleta com insites, por ex.: umidade do solo = nova praga com análises em 30 segundos), satélite de imagens para posicionamentos geográficos (lentes interspectrais mapeiam solos úmidos ou não com imagens via satélites) e trator guiado por GPS, sensores por rádio frequência (operam mesmo onde não há internet).
A indústria 4.0, por sua vez, vive agora o sistema “fisitans” (físico+digitais) para se conectar com a revolução do agro na gestão de fazendas, genética de animais e outros recursos. Se propõem até 2050, com a previsão de 9 bilhões de pessoas, buscar por alimentos com mais qualidade, mais acessos e redução de 113 desperdícios na distribuição e no campo, bem na contramão da queda de produtividade, êxodo de populações e efeitos adversos do clima; afinal o objetivo do desenvolvimento sustentável é acabar com a fome.
Conclusivamente, há 3 principais pilares nas cadeias de alimentos: novas tecnologias (mudas mais resistentes às secas, por ex.), decisão na lavoura em tempo real e transparência com influência mapeando os fornecedores.
E você leitor, interaja conosco, compartilhando seu engajamento sobre “desperdício zero” e consumo consciente, como sua melhor escolha!

Imagem: Elos da Saúde 

2 min leituraPelo Brasil ser o 1º país no consumo de agrotóxicos (cerca de 5 Kg/habitante/ano), os alimentos convencionais têm 30% da produção perdida (por volta de 40 mil toneladas), sendo que 1,6 bilhões […]

3 min leitura
0

Perigo de corrosão a partir de soldas em equipamentos de aço inoxidável

3 min leitura

Fabricantes e usuários de equipamentos para processamento de alimentos acreditam que o chamado “aço inoxidável” é de fato inoxidável. O aço inox (ou aço inoxidável) nada mais é do que uma liga de aço comum acrescentado de uma camada composta por quantidades variáveis de cromo, níquel e outros componentes químicos que garantem a característica de um material resistente a corrosão.
A corrosão nada mais é do que a formação de um composto chamado óxido de ferro, gerado pela reação do oxigênio do ar com o ferro do aço comum. Quando não existe uma proteção química no aço, que é o caso dos aços comuns, com o passar do tempo o óxido de ferro se acumula na superfície do material, enfraquecendo sua estrutura e conferindo aquele aspecto poroso e “sujo”, conhecido como ferrugem.
O fato é que a maioria desses materiais “inoxidáveis” não só são descoloridos, mas quando em contato com sais comuns podem corroer gravemente, conforme a figura que ilustra este post. 
Como esses materiais estão em uso generalizado no processamento e preparação de alimentos, é importante reconhecer suas limitações. Uma área de produção que recebe pouca atenção é a fabricação de tubos, onde a soldagem é amplamente utilizada. A menos que sejam cumpridos os rigorosos cronogramas de soldagem, não só a descoloração ocorre, mas a resistência à corrosão pode ser significativamente reduzida.
Mesmo o conteúdo muito baixo em oxigênio do gás protetor pode causar descoloração, como mostra a figura abaixoA imagem à esquerda mostra efeitos com 60 ppm (0,006%) de oxigênio, enquanto a imagem à direita mostra efeitos com 20 ppm (0,002%) de oxigênio.

corrosao 2

Ron Schmidt, professor da universidade da Flórida, em suas pesquisas, observou esses problemas potenciais, e outros também chamaram a atenção para esta questão. Embora não seja muito difícil proteger a superfície externa de uma solda usando um gás inerte como cobertura, evitando a oxidação e a perda de resistência à corrosão no interior, muitas vezes isso é negligenciado. A técnica de proteção interna é conhecida como “purga de solda” e usa gás inerte para liberar ar e, portanto, oxigênio antes e durante a soldagem.

Técnicas de purificação de solda
O equipamento foi desenvolvido ao longo da última década para tornar a purga muito mais fácil. Os sistemas atualmente disponíveis são robustos, seguros para alimentos e adequados para aplicações de uso múltiplo. Eles podem ser fornecidos para cobrir o tamanho entre 25 e 2400 mm de diâmetro.
Os dispositivos mais eficazes são aqueles baseados em barragens infláveis conectadas e mostrados na Figura 3. Estes são programados para controlar o fluxo e a pressão do gás durante a inflação e a purga e, uma vez colocados na posição, requerem pouco mais entrada de um operador. As barragens são fabricadas usando polímeros de engenharia avançados e, portanto, são adequadas para uso com planta de processamento de alimentos onde a eliminação da contaminação é essencial.

corrosao 3

O teor de oxigênio do gás de purga pode ser controlado usando um monitor de oygen. Esses instrumentos não apenas medem os níveis de oxigênio, mas inibem a soldagem se o nível estiver acima do definido pelo operador. O software de gravação e análise fornece informações para controle de qualidade. Portanto, mesmo concentrações de oxigênio muito baixas em gases de solda podem dar origem a descoloração e corrosão. Controlar os níveis de oxigênio no gás de purga pode ser conseguido de forma simples e eficiente usando sistemas de purga integrados contemporâneos.

Fonte:  Food Safety Magazine

3 min leituraFabricantes e usuários de equipamentos para processamento de alimentos acreditam que o chamado “aço inoxidável” é de fato inoxidável. O aço inox (ou aço inoxidável) nada mais é do que uma liga […]

2 min leitura
3

Higienização de uniformes utilizados em indústrias de alimentos

2 min leitura

A higienização de uniformes em uma indústria de alimentos é uma grande dúvida entre os profissionais porque a literatura sobre o assunto é muito escassa. Este artigo visa reduzir dúvidas e criar um foro de discussões. 

O RIISPOA/2017 fala em obrigatoriedade de HIGIENIZAÇÃO dos uniformes e não da limpeza, o que significa dizer que além da remoção das sujidades, que é mais facilmente visualizável, precisamos garantir a sanitização dos uniformes.

Normalmente utilizamos padrões de sanitização utilizados pela área de saúde, que há muito tempo começou a descrever estes parâmetros. O RIISPOA não menciona um padrão requerido.

Num processo de higienização equilibrado vários fatores devem estar bem balanceados:

  • Ação mecânica gerada pela máquina de lavar
  • Ação química gerada pelos vários produtos e seus princípios ativos, como pH, alcalinidade livre e temperatura ideais para cada produto e etapa do processo;
  • Temperatura adequada;
  • Tempo de contato na temperatura e produtos adequados;

É importante notar que o excesso de cada um dos fatores pode trazer consequências:

  • Temperatura em excesso pode fixar a sujidade, pode destruir as fibras e pode inativar alguns princípios ativos químicos, como o cloro;
  • Produto químico em excesso pode destruir as fibras têxteis, aumentar o custo do processo, dificultar o tratamento de efluente e um dos vários ativos pode inativar o outro. Além disto, o excesso de produtos químicos dificulta a remoção completa no final do processo – ao final do processo o uniforme deve ser isento de químicos agressivos à pele do funcionário;
  • Excesso de tempo aumenta os custos de energia, mão de obra e de instalação.

Os maiores custos na higienização dos uniformes devem-se à reposição do enxoval, por isto a grande preocupação em não danificar as fibras têxteis.

Arnold (1), cita que 71,1ºC por 25 minutos ou 85ºC por 15 minutos são suficientes para a eliminação de microrganismos patogênicos. A utilização de alvejantes a base de cloro ou de oxigênio livre pode reduzir a temperatura e/ou o tempo de processamento (2).

O importante em um processo de higienização de uniformes com tantas variáveis é saber balancear cada um dos fatores e conseguir monitorar e controlar cada um deles.

André Rios é engenheiro químico pela UFMG (1994), com pós-graduação em tecnologia de alimentos pela UFSC (2000) e MBA em gestão de empresas pela FGV (2005). Atua há 23 anos na área de higienização em indústria de alimentos.

  1. ARNOLD, L. A sanitáry study of commercial laundry practices. Am J Public Health. [S.l.],28, p. 839-844, 1938.
  2. CRISTIAN, R. R.; MANCHESTER, J. T.; MELLOR, M. T. Bacteriological quality of fabrics washed at lower-than-standard temperatures in a hospital laundry facility. Appl. Enviren. Microbiol. [S.l.], v. 45, p. 591-597, 1983.
  3. DANIDSON, R.W. et al. Effect of Water Temperature on Bacterial Killing in Laundry. Infection Control. [S.l.], v.8, n. 5, p. 204-9, maio 1987.

2 min leituraA higienização de uniformes em uma indústria de alimentos é uma grande dúvida entre os profissionais porque a literatura sobre o assunto é muito escassa. Este artigo visa reduzir dúvidas […]

< 1 min leitura
0

Recurso online aborda o impacto ambiental da água dos produtos alimentícios

< 1 min leitura

O consumo de água nas culturas hídricas é de 90% na agricultura brasileira, portanto podemos entender que exportamos virtualmente água, pois para obter 1 kg de carne de boi são empregados 17 litros de água e para 1 kg de arroz são utilizados 2 litros. No entanto, 60% das empresas alimentícias avaliam os recursos hídricos com metas para longos prazos, aplicando práticas “extra-muros”, ou seja, no contexto hídrico da bacia onde a empresa está instalada promovendo a proteção do ciclo hidrológico. Diante disso, há uma ferramenta, a The Water Risk Filter 20 (acesse clicando aqui), com diversos indicadores em uma base online gratuita para análise de riscos como alternativa de mitigação de riscos hídricos, nas três esferas: risco físico, reputacional e regulatório, onde as empresas podem avaliar suas ações atuais, como restauração de nascentes, compartilhamento de melhores práticas, desenvolvimento de materiais comportamentais aos colaboradores.
Enfim, por que esperar o amanhã se hoje já podemos implementar estratégias para preservação de recursos hídricos na indústria alimentícia?

Imagem: WWF – Mapa do risco de água global em áreas agrícolas

< 1 min leituraO consumo de água nas culturas hídricas é de 90% na agricultura brasileira, portanto podemos entender que exportamos virtualmente água, pois para obter 1 kg de carne de boi são empregados […]

< 1 min leitura
1

Impressão do consumidor sobre biodiversidade e relações de consumo

< 1 min leitura

A UEBT, na 9ª edição no Brasil, ocorrida em 07/04/17, nos trouxe um mapa da biodiversidade em sua última avaliação, retratando que no nosso país 94% da população já ouviu falar sobre esse tema e 49% relataram a correta definição.

Esse barômetro reflete o que os consumidores, principalmente os jovens, buscam, que é se engajar em questões sócio-ambientais, à procura de seus conceitos, com compromissos das empresas que praticam o respeito ambiental e as pessoas, sendo o fator de escolha de suas aquisições, ou seja, os consumidores estão envolvidos com questões morais. Na pesquisa, 79% desejam que as empresas criem impactos positivos no mercado e 34% disseram que confiam nas empresas de suas preferências.

A pesquisa apresenta um infográfico com os dados abaixo:

– 56% tem interesse em contar histórias;

– 71% gostariam de saber sobre a origem dos ingredientes;

– 67% gostariam de maior compromisso das empresas, pois a biodiversidade não é mais um nicho de mercado, por exemplo, a agricultura trata de conservação e estudo sustentável;

– 75% gostariam de participar do tema;

– 71% gostariam de selos e certificações nos produtos, avaliados por organismos de 3ª parte.

Desses dados, conclusivamente, é evidente que marcas com valores sociais (propósito) são as eleitas, pois tratam os consumidores como cidadãos, com suas histórias autênticas, através de abastecimentos com respeito e ética, estabelecendo parcerias e relacionamentos e com transparência no mercado (ambições, expectativas e políticas internas).

Então, leitor, qual a sua escolha? Você tem compromisso efetivo ou compra apenas pelo preço?

Imagem: UEBT Biodiversity Barometer

< 1 min leituraA UEBT, na 9ª edição no Brasil, ocorrida em 07/04/17, nos trouxe um mapa da biodiversidade em sua última avaliação, retratando que no nosso país 94% da população já ouviu […]

2 min leitura
0

Nutrição enteral: conceitos e principais legislações aplicáveis

2 min leitura

Os estudos sobre nutrição enteral e parenteral, no Brasil, tiveram seu início em 1960, com médicos e estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e desde então essa linha de produtos vem ganhando nome no combate às deficiências alimentares. Segundo a ANVISA, fórmulas para nutrição enteral são alimentos para fins especiais industrializados, aptos para uso por tubos ou via oral.

A nutrição enteral atende um público alvo específico: pacientes com capacidade limitada de ingerir, absorver ou metabolizar alimentos convencionais ou pacientes que possuem necessidades nutricionais específicas determinadas por sua condição clínica e só podem ser usados mediante concessão médica ou de nutricionista.

O conceito de nutrição enteral não deve ser confundido com nutrição parenteral; nutrição enteral ocorre via trato digestório e parenteral via sistema endovenoso. Falaremos nesse post apenas sobre nutrição enteral.

Tratando-se de produtos com grande complexidade nutricional e alta suscetibilidade à riscos, as fórmulas para nutrição enteral são cobertas por regulamentos específicos, que nos munem de informações para assegurar a qualidade e segurança de alimentos nessa classe de produtos. As principais legislações aplicáveis são:

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n. 21, de 13 de maio de 2015 – Dispõe sobre o regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral;

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n.22, de 13 de maio de 2015 – Dispõe sobre o regulamento técnico de compostos de nutrientes e de outras substâncias para fórmulas para nutrição enteral e dá outras providências;

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n.63, de 6 de julho de 2000 –  Fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral;

e a última (que acaba de sair do forno):

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n. 160, de 6 de junho de 2017 – Dispõe sobre os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em fórmulas para nutrição enteral e dá outras providências. 

Vale lembrar, porém, que as normas acima não excluem a necessidade de cumprir os demais regulamentos vigentes, apenas servem de complementos para enriquecer essa classe de alimentos, garantir a segurança do consumidor e a qualidade do produto.

2 min leituraOs estudos sobre nutrição enteral e parenteral, no Brasil, tiveram seu início em 1960, com médicos e estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e desde […]

2 min leitura
1

Ter ou não ter um Manual do SGSA?

2 min leitura

Respondendo à dúvida de um leitor sobre a obrigatoriedade de se ter ou não um manual da qualidade e/ou de segurança de alimentos, a resposta é:  NÃO há obrigatoriedade de existência de um Manual de Segurança de Alimentos/Qualidade, de acordo com os requisitos de documentação previstos pela Norma (4.2.1), como um documento obrigatório, seguindo a ISO 9001:2015.

Para sistemas de gestão é sabido que o Manual da Qualidade era um dos primeiros documentos que um organismo de certificação solicitava antes da auditoria de certificação. Porém, mesmo não sendo mandatório, ele não deixou de ter seu propósito e importância, o que houve é que muita informação era duplicada ou desnecessária, apesar de facilitar o trabalho do auditor, e dar a ele a oportunidade de melhor auditar o sistema – e, com suas observações, realmente contribuir para a melhoria do sistema. E o que é mais importante: tal Manual da Qualidade é útil para o representante da direção e donos de processo porque ele provê um conhecimento geral do sistema de gestão da qualidade e/ou segurança dos alimentos.

Embora não seja mais obrigatório, todos os requisitos do Manual da Qualidade, exceto o 4.2.2 b, permanecem na versão atual da ISO 9001:2015. O escopo do SGQ e interações entre os processos ainda precisam ser definidos, com requisitos ainda mais detalhados, e eles ainda devem estar em alguma forma de informação documentada, por exemplo, no contexto da organização, requerendo uma abordagem mais criativa para se obter o máximo de cada requisito, adaptando-se às necessidades da organização, ao invés de acumular uma pilha de documentos. Afinal, a versão 2015 da ISO 9001 trouxe uma abordagem que prioriza fazer com que as empresas encarem a qualidade como um fator fundamental para atingir seus objetivos, fazer com que elas vivam a qualidade/segurança de alimentos e não somente a escrevam, deixando-a de lado no dia a dia.

Algumas empresas, porém, acham vantajoso ter o Manual da Qualidade e/ou Segurança de Alimentos para:

– disseminar a Cultura da Qualidade/Segurança de Alimentos para os colaboradores;

– formalizar a estrutura do seu SGQ para seus clientes;

– facilitar o gerenciamento do SGQ nas auditorias internas;

– ajudar o auditor a entender sua empresa na auditoria externa.

Não há problema então em mantê-lo, porém não é requisito obrigatório.

Imagem: Vivian Bezerra di Gregório

2 min leituraRespondendo à dúvida de um leitor sobre a obrigatoriedade de se ter ou não um manual da qualidade e/ou de segurança de alimentos, a resposta é:  NÃO há obrigatoriedade de […]

3 min leitura
0

O vírus vermelho ou Recomendações para o transporte de alimentos prontos

3 min leitura

Começo esse post fazendo uma referência ao livro O vírus vermelho, escrito por Stella Carr, no qual quatro crianças tentam desvendar o mistério de uma nova doença que acomete a sua cidade. Mas qual a ligação deste livro com a realidade? Keep reading (continue lendo).

Em um domingo de setembro de 2017, minha avó fez 82 primaveras e para comemorar, foi realizado um almoço aqui no salão do prédio. A refeição principal era uma feijoada, um prato que minha avó ama! Tudo pronto para às 13 horas, chegamos e fomos abençoados pelo cheiro maravilhoso das entradinhas, até chegar a “majestosa” feijoada. Comemos bem, rimos, brincamos com as crianças, enfim… Depois de 6 horas as pessoas não se sentiram bem. PUFF, como um passe de mágica os mais idosos se tornam os “reis do troninho”, alguns vão para o hospital – porque são acometidos por uma doença transmitida por alimentos (DTA). Eis aqui alguns números de 2016. Outra referência legal: se você quer fixar na sua cabeça a diferença entre infecção, intoxicação e toxinfecção alimentar, leia isto.

FATOS DO EVENTO

E é aqui que nossa realidade se torna parecida com a do livro da Stella. Antes de ligarmos para a D.Glória (nome fictício), agimos como detetives, para desvendar o mistério de nossa “cidade”. Gabi e eu criamos n opções do que poderia ter causado a DTA e começamos a cruzar os dados (foi algo mais ou menos assim):

Fatos

Sim Não
Pessoas que não comem carne de porco estão bem? X
Todas as pessoas comeram o bolo? X
Todos comeram a entrada? X

Então toda a nossa atenção foi para a feijoada. Quando ligamos para a D. Glória, ela disse que o transporte do restaurante até o prédio foi longo (cerca de 70 minutos), e a logística do pronto, embalado e armazenado apropriadamente não foi seguida corretamente. Então, a partir de agora iremos conversar sobre o transporte e os passos que o antecedem:

Desde sua origem até chegar ao consumidor, o transporte do alimento está envolvido sempre em todo processo. Devemos transportar alimentos:

  1. Em veículos de transporte limpos, fechados, em bom estado de conservação;
  2. As temperaturas, durante o transporte, deverão ser adequadas para cada tipo de alimento (vide imagem abaixo);
  3. Se o próprio estabelecimento transporta os produtos adquiridos, os alimentos perecíveis devem sempre ser mantidos em caixas térmicas, para manter as temperaturas recomendadas pelo fabricante;
  4. Nunca transportar alimentos conjuntamente com pessoas ou animais, produtos tóxicos ou que exalem odor (sabonetes, desinfetantes, venenos, etc).

Figura 1

Quais estratégias devem ser adotadas no momento de servir para evitar a multiplicação dos microrganismos.

Fonte: E-book da Secretária da Saúde de SP.

Mas qual é a importância da refrigeração no transporte de produtos alimentares?

O enfoque na refrigeração durante o transporte é para manter a integridade do produto evitando as flutuações de temperatura. Não é tarefa do veículo de transporte realizar a refrigeração inicial do produto carregado. Os equipamentos de frio, instalados nos veículos de transporte, não são desenvolvidos com esse propósito e por isso não têm capacidade suficiente para fazer baixar a temperatura do produto.

Tendo como pressuposto que o produto é carregado no veículo de transporte com a temperatura correta, o sistema de refrigeração tem apenas de manter a temperatura do ar ambiente de modo a proteger o produto de qualquer alteração de temperatura. Existem algumas fontes de calor que o sistema de refrigeração deve ser capaz de remover. Entre estas podem ser consideradas:

  • A temperatura ambiente elevada;
  • A massa de ar quente dentro do contentor de carga;
  • O calor armazenado na estrutura do contentor de carga;
  • Respiração dos produtos.

Por hoje é isso, pessoal. Espero que os leitores que tenham seu próprio negócio ou que trabalhem nesta ponta da cadeia fiquem sempre atentos a esta parte tão necessária do todo.

3 min leituraComeço esse post fazendo uma referência ao livro O vírus vermelho, escrito por Stella Carr, no qual quatro crianças tentam desvendar o mistério de uma nova doença que acomete a […]

2 min leitura
2

Como limpar ralos industriais corretamente?

2 min leitura

Ao limpar ralos industriais corretamente é preciso cumprir etapas básicas de limpeza e avaliar os procedimentos diários em cada ambiente, mas o que é mais importante é entender que ralos são uma das maiores fontes de contaminação da indústria de alimentos.

Um turno médio de oito horas de processamento nas fábricas gera muitos resíduos de alimentos que são misturados algumas vezes com água. O acúmulo de materiais nestes locais pode aumentar o número de bactérias no ambiente, já que ele não é estéril e naturalmente é muito propício à contaminação. Soma-se a essa condição a multiplicação extremamente rápida das bactérias, em ritmo logarítmico.

Por isso, o tecnólogo e mestrando em ciência de alimentos, Olavo Conte, explica que “outro fator tão importante quanto a avaliação dos procedimentos de limpeza é a drenabilidade e construção sanitária dos drenos (ralos), que deve seguir normas sanitárias com projeto que não permita o acúmulo de água residual de produtos e apresente uma estrutura totalmente em aço inoxidável, que seja de fácil remoção e/ou montagem.”

Em auditorias é fácil verificar fontes de contaminação por patógenos nos ralos e, consequentemente, no produto final. É a revisão de procedimentos de limpeza e dos produtos utilizados que pode auxiliar na solução do problema.

Para limpar ralos industriais, siga sistematicamente as etapas:

  1. Remoção grosseira de sujeira
  2. Desmontagem das partes móveis
  3. Pré-enxágue
  4. Aplicação do detergente alcalino (dê preferência para alcalinos clorados)
  5. Esfrega
  6. Enxague
  7. Aplicação de sanitizante (ideal que seja com residual. Exemplos: com base em iodo ou quaternários)
  8. Enxague final da área externa e no interior (sifão). Recomenda-se imersão com o sanitizante citado acima.

Nunca utilize jatos de alta pressão. “Esta atividade forma aerossol e tudo que estava no chão poderá respingar nos equipamentos e alimentos”, alerta Conte.

Quando o ralo proporciona uma drenagem correta e não há o acumulo de água, reduz-se a atividade de bactérias e também a possibilidade de que sejam transportadas de um ambiente para outro.

banner_aco

2 min leituraAo limpar ralos industriais corretamente é preciso cumprir etapas básicas de limpeza e avaliar os procedimentos diários em cada ambiente, mas o que é mais importante é entender que ralos […]

< 1 min leitura
0

Evento: IFS Focus Day

< 1 min leitura

Dia  31 de outubro de 2017, no hotel Tryp da Avenida Paulista, acontecerá mais um IFS Focus Day.

INSCRIÇÕES E CONTATO: IFS Office Brasil | Caroline Nowak
E-mail: cnowak@ifs-certification.com | Tel: +55 (0)67 9 81 51 45 60

Confira a programação.

08:30 – 09:00 Recepção e entrega de credenciais
09:00 – 09:15 Abertura e boas vindas
Stephan Tromp, IFS

09:15 – 09:45 Planejamento e alterações da IFS Food 6 para IFS Food 7

Caroline Nowak, IFS

09:45 – 10:20 Programa de reconhecimento de Fornecedores – IFS Global Markets

Juliana Cacozzi, BRF

10:20 – 10:55 Caso Prático IFS Global Markets
10:55 – 11:15 Coffee Break
11:15 – 11:50 Não Conformidades com Impactos Críticos para o Varejo

Keila de Moura Rocha, Walmart Brasil

11:50 – 12:25 Caso Prático IFS Food 6

Catherine Bonaventure Pizolio, Engenho da Terra
12:25 – 13:00 Desenvolvendo fornecedores com IFS Global Markets

Thiago Spina, Carrefour

13:00 – 14:30 Almoço
14:30 – 15:05 Rotulagem Geral de Produtos Lácteos

Pâmela Rossi, Intertek

15:05 – 15:40 Re-certificação IFS Food – Uma retrospectiva
Fernando Ruas Marques, Mr. Bey Alimentos

15:40 – 16:00 Coffee Break & Degustação
Mr. Bey Alimentos

16:00 – 16:35 Mudado a cultura para agregar Segurança de Alimentos como valor

Ellen Lopes, Food Design
16:35 – 16:45 Encerramento

< 1 min leituraDia  31 de outubro de 2017, no hotel Tryp da Avenida Paulista, acontecerá mais um IFS Focus Day. INSCRIÇÕES E CONTATO: IFS Office Brasil | Caroline Nowak E-mail: cnowak@ifs-certification.com | […]

Compartilhar
Pular para a barra de ferramentas