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Jogos on line para crianças

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A educação para a segurança de alimentos e as boas práticas deve começar na infância e trabalhos sólidos neste sentido tem sido desenvolvidos pelos norte-americanos

Fruto da organização sem fins lucrativos Fight Back, os jogos “Food Detectives”  trabalha atividades como jogo da memória ou disparos contra bactérias usando fogo (calor), sabonete bactericida, gelo (baixa temperatura), tudo para consolidar regras de segurança de alimentos para crianças.

É necessário ser usuário de um destes serviços: Facebook, Amazon, Google, IMDB.

Confira:  http://www.fooddetectives.com/

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ISO TS 22002-1 vigente

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Elaborada com a finalidade de definir os programas de pré-requisitos da ISO 22000, a ISO TS 22002-1,  Programa de pré-requisitos na segurança de alimentos Parte 1: Processamento industrial de alimentos, a norma é a primeira de uma série. Esta será uma relação de normas que alinha a ISO 22000 com outras normas reconhecidas pelo GFSI em segmentos como catering e agricultura por trazer detalhamento de requisitos de Boas Práticas.

Os capítulos essenciais da norma contemplam:

  1. construção e leiaute de edifícios e utilidades associadas;
  2. leiaute das instalações, incluindo local de trabalho e instalações  para os empregados;
  3. suprimento de ar, água, energia e outras utilidades;
  4. serviços de suporte, incluindo descarte de resíduos e efluentes;
  5. a adequação de equipamentos e sua acessibilidade para limpeza, manutenção e manutenção corretiva;
  6. gestão de materiais (por exemplo, matérias primas, ingredientes, produtos químicos e embalagens), suprimentos (por exemplo, água, ar, vapor e gelo), descarte (resíduos e efluentes) e manipulação de produtos (por exemplo, estocagem e transporte);
  7. medidas de prevenção da contaminação cruzada;
  8. limpeza e sanitização;
  9. controle de pragas;
  10.  higiene pessoal;
  11.  Disposição dos resíduos
  12.  Adequação, limpeza e manutenção dos equipamentos
  13. Higiene Pessoal e instalações dos funcionários
  14. Retrabalho
  15. Processo de recolhimento dos produtos
  16. Armazenamento
  17. Informações do produto/ conscientização do cliente
  18. Segurança alimentar, biovigilância e bioterrorismo

 

A aquisição da norma pode ser feita via site da ABNT: 

http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=90744

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Legislação de segurança de alimentos no México I

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Cada país prioriza o que é crítico para sua realidade.

Ao estudar a Norma Oficial Mexicana NOM-251-SSA1-2009, Prácticas de Higiene para el proceso de alimentos, bebidas o suplementos alimentícios, me chamaram a atenção alguns pontos que são diferenciados ao lugar-comum que estamos habituados. Alguns itens, achei demasiado básicos, porém com razão de ser, e outros que deveriam constar em nossas legislações:

5.9.7 Banheiros devem estar limpos e desinfetados e não devem ser usados como depósito ou fins distintos ao que estão destinados

6.6.1 Os registros de operação devem ser mantidos pelo menos por uma vez e meia a vida de prateleira do produto

7.5.5 c) Caso se usem guardanapos de tecido, eles devem ser substituidos por outros limpos para cada consumidor

7.5.5 d) As superfícies das mesas (dos restaurantes) devem ser limpas após cada serviço, assim, como limpar e desinfetar após cada jornada

7.5.5 f) Não se deve colocar os dedos em partes de copos, taças, pratos, palitos e canudos que estarão em contato com os alimentos ou bebidas, ou com a boca del comensal.

 

 

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Quem somos

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Nossa missão é compartilhar conhecimento e experiências em segurança de alimentos.

Iniciativa sem fins lucrativos, desde abril de 2012, o Blog Food Safety Brazil tem como objetivo ajudar as empresas de pequeno e médio porte da cadeia produtiva de alimentos a melhorar as suas práticas. Um corpo de profissionais voluntários da academia, indústria, serviço público, auditores e consultores compartilha suas vivências, incentivando o debate, a harmonização e o consenso.

Desde outubro de 2014 passamos a ser Associação Food Safety Brazil, CNPJ número 22.335.091/0001-59.

Quem somos

Todos os colunistas que escrevem neste blog são voluntários e doam seu tempo e sua experiência para ajudar profissionais e interessados a saberem e aplicarem mais conhecimentos sobre segurança dos alimentos.

Linha editorial

Utilizamos como referência para nossos posts fontes idôneas e de reconhecimento técnico-científico nacional e internacional. Tomamos muito cuidado para que informações corretas e atualizadas sejam compartilhadas. Contudo, este blog não tem a pretensão de ser classificado como fonte científica e não passa por revisão do tipo “peer review”. Os profissionais voluntários que aqui atuam, pesquisam, analisam e depuram informações para as pautas, que podem passar por discussão prévia ou não.

Podemos manifestar posicionamentos específicos em temas para os quais não há consenso e são polêmicos, porém não temos restrições para apresentar diferentes pontos de vista. Consultamos também outros profissionais e especialistas de reputação no mercado, prezando por uma linha editorial que permita que você possa formular sua opinião com base em informação de diversas fontes e pontos de vista. Se não concordar com alguma visão, poderemos publicar um post de sua autoria, desde que ele respeite os critérios de credibilidade.

Certos conteúdos refletem a opinião pessoal e experiência de nossos colunistas, e por isso você encontrará alguns textos em primeira pessoa. Em outras situações você será convidado a refletir sobre os temas de forma mais abrangente.

Citação de marcas e empresas

Nosso posicionamento editorial é não dar dicas públicas citando nome fornecedores de produtos e serviços, para que fique claro que nosso objetivo não é a promoção de entidades.

Você pode notar logos e links de patrocinadores que contribuem com a manutenção da página. Eles pagaram para isso e essa relação é transparente. Qualquer publicação de um Patrocinador é marcada claramente pelo autor “Patrocinador” no cabeçalho do artigo. Os posts patrocinados somente são publicados caso adicionem conteúdo legítimo e consistente para os leitores do blog, o que é verificado pela edição.

Entendemos que o nome de uma empresa brasileira que trouxer inovação ou feito para a segurança dos alimentos merece ser citado, pois temos orgulho disso, afinal o blog se chama Food Safety Brazil e alinha-se com o propósito do blog de promover a segurança de alimentos em território nacional. Por outro lado, não temos como objetivo citar nome de empresas nacionais ou internacionais envolvidas em incidentes de segurança dos alimentos, ou fazer denúncias. Contudo, ocasionalmente, dado o contexto de algum acontecimento difundido pela mídia, isso pode acontecer como parte natural de um debate num post.

Consultoria personalizada

Nossa Associação não oferece consultoria a questões personalizadas das empresas. Se você tiver alguma dúvida em particular, preferencialmente dirija a sua dúvida num post relacionado ou na seção “Contato”.

Sua dúvida poderá gerar um post que irá não somente ajudá-lo, mas também auxiliará vários outros leitores. Contudo, pode ser necessário esperar para que seja gerado conteúdo, conforme a disponibilidade dos colunistas, que são voluntários.

Não enviamos materiais por e-mail ou possuímos plantão de dúvidas individualizado.

Você também pode ser o autor

Foi incrível encontrar a resposta exata para sua pergunta?

Lembre-se que nosso portal é uma via de mão dupla. Quando puder, compartilhe seu aprendizado conosco, gerando uma cadeia de retribuição com nossa comunidade.

Escreva para editor_chefe@foodsafetybrazil.org e junte-se a nós!

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Lançado o livro “Poisoned”

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No dia 24 de dezembro de 1992, Lauren, de 6 anos, foi hospitalizada com uma torturante dor de estômago. Menos de uma semana depois estava morta. Medicos ficaram desconcertados: como uma criança saudável fica tão gravemente doente tão rápido? Após uma frenética investigação, oficiais de saúde pública anunciaram que a causa foi E. coli O157:H7, e a fonte foi o Hamburguer servido no restaurante Jack in the Box. Até o patógeno ser isolado e eliminado, quarto crianças morreriam e outras 700 ficariam gravemente doentes.

O surto mortal – considerado pela indústria de cárneos como um marco – mudou para sempre a relação dos Estados Unidos com os alimentos. Antes, a maioria dos consumidores acreditava que surtos eram apenas dores de estômago, se tanto. Repentinamente não havia como negar que que era uma ameaça mortal que não foi descoberta a tempo, e não há dúvidas que algumas coisas devem mudar.

O primeiro capítulo está disponível no site www.poisoned.com do qual traduzi alguns trechos de cortar o coração:

…seu quadro de diarreia era tão rápido e agressivo que seus pais tiveram que embrulhá-la em uma fralda improvisada…
… sempre foi uma criança ativa e saudável…
ela voltou da escola com febre baixa, cólicas abdominais, mal estar, assim como seu irmão de onze anos. Os sintomas eram típicos de uma gripe, até que surgiu sangue em sua diarréia e Lauren estava muito fraca para caminhar sozinha. No dia seguinte estava na CTI, sendo medicada com potentes analgésicos.
… naquela noite, o resultado de teste de bário deu negativo. Ela não tinha apendicite
“E agora?”
… olhou para Lauren e reparou que seus lábios estavam azuis…
… ela teve um ataque cardíaco e danos cerebrais irreversíveis…

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Alimentos com corantes – demanda do consumidor

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O ser humano é fortemente atraído por cores. O salmão, por exemplo, tem que ser da cor que leva seu nome. Um pouquinho mais rosado e já está desclassificado para entrar no prato. Para os que não sabem, para imitar o que a natureza propicia, ou seja, o tom rosa de uma vida consumindo camarões e pequenos caranguejos, o homem trouxe essa saída tecnológica que garante a especificação estética que o consumidor tanto quer: colocar na ração dos peixes o pigmento astaxantina.

Uma experimento clássico das aulas de análise sensorial dos cursos de engenharia de alimentos, é submeter à degustação amostras de gelatinas de diferentes sabores, contudo sem os devidos corantes. Todas são apresentadas como um produto incolor nos quais os alunos erram muito mais ao identificar abacaxi, morango e limão. O produto incolor jamais teria aceitação no mercado.

 Como seriam as vendas dos confeitos coloridos se eles fossem brancos? E se os sucos fossem pálidos? Se você torceu o nariz imaginando este produtos, então é um consumidor que contribui para a utilização de corantes artificiais pela indústria.

Porém já temos consumidores resistindo e questionando estas soluções, o que está trazendo novas demandas de produção, como por exemplo os corantes naturais à base de beterraba, cúrcuma, clorofila. Será que o próximo passo serão as bebidas carbonatadas e balas incolores?

 Este post foi editado em 23/07/2013 pois continha informações incorretas.

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Ellen Almeida Lopes

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Ellen, vc atua há mais de 25 anos na área da qualidade e segurança de alimentos. Como era a visão das empresas naquela época?

Ah havia muito machismo! Sabe que eu fui a primeira mulher a trabalhar na área ligada à fabricação na Nestlé? Não que a empresa fosse machista, mas muitos dos chefes na época eram. Meu tutor na faculdade, que deveria me ajudar a conseguir estágio me desincentivou, me dizendo “Ah, lá na Nestlé eles não aceitam mulher na área de fabricação!”. Mas eu era teimosa e perseverante, então fui até o RH da Nestlé e fiz uma ficha – foi a única empresa que procurei para pedir estágio. Passou-se um mês e nada! Mais um mês e nada! No terceiro mês me chamaram para uma entrevista – para o laboratório. Fui chamada e aceitei. Pensei – não é bem o que quero, mas tenho que ser paciente e no mínimo estar próxima ao que quero. No laboratório, seis meses depois, eu conheci o Mário Killner,  meu ex-chefe a quem admiro muito e a quem sou muito grata. O Mário não era machista,  acreditou em mim e me convidou  a trabalha na área ligada à produção e desenvolvimento de produtos. Então lá estava eu – baixinha e com cara de criança em meio a muitos suíços, altos e muito exigentes! Eu tive que trabalhar o dobro para provar que mulher trabalhava como um homem.  Hoje posso com orgulho  dizer que provei isso e quebrei um certo tabu existente.

E do ponto de vista técnico?

No início qualidade era muito focada em análises do produto final. Mas lá pelos anos 80 eu fiz meu primeiro curso de APPCC/HACCP e tive a certeza que este era o caminho. E nisso a Nestlé foi campeã – não sei quando outras empresas adotaram o sistema, mas lá logo o sistema passou a ser adotado. Naquela época a gente não ia tão fundo na análise – por exemplo, não se achava que havia perigos significativos provenientes de embalagens. Pouco a pouco fomos aprofundando, aprofundando, descobrindo mais e mais. Depois de trabalhar 10 anos na Nestlé, quatro na Kibon e um ano  no Inmetro, em 1992 eu fundei a Food Design e passei a oferecer curso de GMP e de HACCP. GMP fechava turma, mas HACCP era difícil…

E hoje, como é?

Hoje, após vários anos terem se passado, vejo que aumentou muito a profundidade dos estudo de HACCP. Nós na Food Design organizamos muitos seminários de HACCP, que no início tinham o objetivo de discutir a profundidade necessária, pois alguns clientes achavam que eu era detalhista demais. Eu e minha equipe passamos a nos preocupar em conhecer bem o processo produtivo das matérias primas. Descobrimos que uma boa justificativa, o entendimento de cada etapa do processo, muito estudo dos perigos microbiológicos e químicos para cada insumo e de cada processo produtivo eram fundamentais. Fomos percebendo também que sem um sistema de gestão que o sustente, o HACCP desaba! Também nos tacharam de detalhistas, até que a ISO 22000 veio a solicitar muito do que  já vínhamos fazendo. Fomos salvos pela ISO 22000!
Mas uma coisa que involuiu foi a confusão  feita por alguns que não entendem que não existe nenhuma árvore decisória que não dê margem à duplas interpretações. Há profissionais que querem uma árvore única e milagrosa, que não existe. Alguns passaram a “exigir” o tipo de árvore que conhecem – em geral árvore fundamentadas no exemplo do Codex Alimentarius. Fico com a impressão de que estes profissionais conhecem só esta, ou outras poucas. Eu conheço já bem uma centena delas…Uma colega –  a Irene, um dia usou o termo “árvore confusória”. Acho que é isso mesmo! Confusória! Passei a incorporar o termo. Fico impressionada em saber quantas empresas já gastaram tempo e dinheiro fazendo e refazendo seu estudo, cada vez que recebem um auditor diferente…”Ah, o auditor criticou a árvore, dizem… Como coisa que a norma estabelecesse uma árvore… A ISO 22000 nem sequer cita árvore…Para não me alongar, sabe-se que o raciocínio de um bom especialista é soberano – está aqui citação do FDA a respeito:“ Although application of the CCP decision tree can be useful in determining if a particular step is a CCP for a previously identified hazard, it is merely a tool and not a mandatory element of HACCP. A CCP decision tree is not a substitute for expert knowledge  www.fda.gov (o grifo é meu).

Por que essas mudanças aconteceram?

Devido à evolução e melhoria contínua da comunidade técnica e científica. Também devido aos vários casos de contaminação de alimentos desde a década passada, que repercutiram muito em todas as mídias. E na minha opinião, pela exigência de um nível de confiabilidade cada vez maior por parte do consumidor esclarecido, e das empresas líderes de mercado.

Você tem alguma crítica em relação à evolução do mercado?

A maior crítica que tenho é algo que é até paradoxal: embora o nível de confiabilidade exigido seja cada vez maior, e o sistema HACCP / sistema de gestão de segurança de alimentos necessite de alto nível de expertise, o mercado vem pressionado tanto o preço para baixo, há tantos concorrentes e tamanha “guerra de preços”, que o trabalho de consultoria e de auditoria vêm se comportando como um mercado de commodities, dificultando a manutenção de experts nesta atividade. Para ter um nível de ganho decente, um sênior tem de trabalhar noite adentro e deslocar-se horas e horas, sem que por vezes seja remunerado por este trabalho adicional. Para iniciantes é uma atividade glamourosa, por implicar em muitas viagens, mas que acaba cobrando um alto preço de sua vida pessoal. Assim o número de profissionais que acabam abandonando esta carreira tem sido muito elevado. Para eu não me preocupar sozinha, cito o texto que fiz no blog da Conferência GFSI deste ano:  veja em http://www.diretodogfsi.blogspot.com.br/2012/02/conferencia-dia-2-sessoes-plenarias.html

Você é uma das brasileiras que mais frequenta ambientes internacionais e acompanha as tendências globais sobre segurança de alimentos. O Brasil está alinhado com o resto do mundo? O que podemos esperar do futuro?

Minha opinião é que o Brasil tem feito um bom papel, mas muito aquém do que seu potencial como produtor de alimentos. Temos a liderança do TC 34  da ISO para alimentos mas em muitas reuniões o número de participantes não passa de 10, ou 12…

Nossos representantes junto ao Codex têm feito um trabalho maravilhoso. Mas quando temos que discutir dados epidemiológicos, fico até chateada. Nossa captação destes dados é mais que sofrível nesta área.

Isto sem dizer que a norma de sustentabilidade para açúcar mais divulgada no mundo – a Bonsucro, foi feita por – pasmem- suíços! Este é o país que diz- se ser protagonista na área de agronegócio?!

Que conselhos você dá para quem deseja atuar na área?

 

 Que continue acreditando e correndo atrás de suas crenças, e que tenha as atitudes que podem mudar este cenário: participação, colaboração e associação! Acredito que somente pela união é que podemos melhorar este cenário.

Parabéns pela iniciativa e obrigada pela oportunidade!

Ellen Lopes, PhD, Diretora Executiva da Food Design

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Pegue do chão em até 3 segundos e tudo bem

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PEGUE DO CHÃO EM ATÉ 3 SEGUNDOS E TUDO BEM – Foi a conclusão de um estudo realizado pela Manchester Metropolitan University. Os alimentos de menor atividade de água se saíram melhor no teste, que envolveu diferentes tempos para serem resgatados do chão. Válido só para pisos de ambiente doméstico.

Alguém confia?

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-2138777/The-second-rule-fact-fiction-Scientists-reveal-food-dropped-floor-safe-eat.html

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Natural x Artificial – qual o propósito da diferenciação?

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Qual o propósito de diferenciar coisas que o homem criou daquelas que ocorrem na natureza sem nossa ajuda?

 

Esse foi o questionamento feito pela profa Dra. Maria Cecília Toledo, da Unicamp, membro do JECFA.

Em seu ponto de vista, o mercado tem colocado oposição forte em relação ao natural e o artificial, sem que realmente haja disponibilidade de informações corretas para o público. O juízo comum do público tem sido construído como

 natural = bom

artificial = ruim

Através de levantamento de comentários de redes sociais e sites de nutrição, a pesquisadora fez questão de prestar os seguintes esclarecimentos:

Definições que ela filtrou para “natural” e “artificial”, segundo dicionários da língua portuguesa:

Natural: produzido pela natureza

Artificial: produzido pelo homem

O aroma de banana é o acetato de amila. Ele pode ser obtido por destilação da fruta ou por síntese de química utilizando-se ácido acético com álcool amílico em meio de ácido sulfúrico. Segundo ela, o organismo humano não reconhece diferenças entre os compostos.

Os processos de obtenção “via homem” são muito mais rápidos e econômicos, não implicando no uso de enorme quantidade de frutas. Além disso, a produção de sintéticos é feita em condições controladas, obtendo-se produtos de concentração definida

Ex licopeno sintético não tem menos que 96%  de pureza, enquanto o extrato de licopeno de tomate tem entre 5 e 15%.

Por outro lado, os corantes naturais, não dispensam a mão e intervenção do homem. O tão conhecido urucum, precisa ser extraído com soda cáustica. A clorofila, para ficar estável e não desbotar, passa por uma reação de hidroxilação onde o seu íon de magnésio é substituído por cobre ou cálcio, desconfigurando a molécula original.

Muitas críticas são feitas em relação à grande variedade de aditivos existentes, no entanto ela esclarece que estas substâncias tem caminhos metabólicos distintos e portanto toxicologicamente é interessante ingerir compostos diferentes.

Ao fim da sessão, houve um debate e a conclusão feita é que não se pode configurar os aditivos como dois opositores, natural x artificial, e sim adotá-los de acordo com critérios técnicos e mercadológicos, ampliando-se sua aplicação.

 

No Workshop de atualizações de Food Safety do ILSI.

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Proposta de regulamento de recolhimento de alimentos

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Suzany Portal da Silva Moraes, advogada, representando a ANVISA., apresentou hoje, em São Paulo, a proposta de regulamento de recolhimento de alimentos. A servidora ressaltou que este documento ainda poderá mudar, dado que passará ainda pelo crivo da diretoria e haverá análise das contribuições de uma Consulta Pública.

 

Abaixo estão anotações dos slides, comentários da advogada e meu entendimento:

 

Estrutura:

Cap I Disposições Iniciais

Cap II Do recolhimento

Cap III Da comunicação do recolhimento

Cap IV Da mensagem de alerta aos consumidores

Cap VI Disposições finais

 

Abrangência: produção, industrialização, fracionamento, distribuição, importação, comercialização de alimentos, bebidas, águas envasadas, MP, ingredientes, aditivos, coadjuvantes de tecnologia e embalagens.

Aplicável para evitar conseqüências potencialmente prejudiciais à saúde da população, identificação de alimentos contaminados, falsificados, adulterados, BPF e desrespeito legislação sanitárias

São propostas duas classes: I ou II, sendo a I quando efetivamente há risco à saúde da população.

Responsabilidades: fabricante + demais estabelecimentos da cadeia pela coordenação e comunicação do recolhimento responsabilidade compartilhada. Recolhimento pode ser voluntário ou determinado pela autoridade sanitária. A ANVISA determina do recolhimento quando não houver iniciativa da empresa, podendo delegar à VISA

A ANVISA informará as autoridades sanitárias dos estados, do distrito federal e ou dos municípios, e quando necessário, a outros órgãos nacionais e estrangeiros, organismos internacionais e consumidores sobre os recolhimentos realizados no país.

Prazos: Comunicação inicial em até 24 horas por parte do fabricante ou importador e 48 horas por parte da ANVISA.

Relatório de Acompanhamento em 15 a 30 dias (tanto para classe I e II) a contar da primeira comunicação.

Relatório de conclusão: 60 dias para recolhimento classe I e 120 dias nos caso de classe II

 

A empresa deve elaborar uma “Mensagem de alerta” sujeitando-se ao pagamento de taxa correspondente ao exame a anuência previa de conteúdo informativo pela Agência. Quem irá escolher os veículos como imprensa, rádio, televisão e outros para a comunicação será as autoridades sanitárias. Me chamou a atenção que os horários de divulgação também serão decididos pela ANVISA e arcados pela empresa de acordo com o risco no caso de recolhimento de classe I.

 Porém a advogada pontuou que essa informação não é nova, pois sua origem está na Lei 9782/99 artigo 41B.

Ela destacou que também caberá o cumprimento das exigências de outras autoridades, como Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, independente de determinações da ANVISA.

Uma vez publicada, o prazo para adequação será de  180 dias

 

No Workshop de atualizações de Food Safety do ILSI.

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Case de ingestão de metal que não causou dano ao consumidor

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É muito controversa a questão de limites aceitáveis do tamanho de materiais estranhos.Vários especialistas do nosso mercado têm referenciado 7 mm como limite aceitável para contaminantes físicos duros e pontiagudos, justificando que teria sido este limite estabelecido pelo FDA. O Compliance Policy Guide – CPG Sec. 555.425 Foods, Adulteration Involving hard or Sharp Foreign Objects atualizado em 2005 pelo FDA, baseia-se em pesquisa feita pelo FDA de 1972 a 1997, em 190 casos de contaminação. A conclusão foi que este tipo de contaminante, se menor que 7 mm raramente causa trauma ou dano severo a consumidores em geral, exceto à saúde de bebês, pacientes que sofreram cirurgia, ou pessoas idosas e  que fragmentos menores podem ser considerados aceitáveis. Estabelece este estudo ainda que, salvo exceções, a faixa de perigo é de até 25 mm, possivelmente porque a partir deste tamanho ou é visualizável, ou não será engolido, impedindo que haja dano maior ao sistema gastro intestinal. Neste documento, o FDA estabelece a partir de quais limites alimentos contendo contaminantes duros devem ser apreendidos.*

Pois bem, para realmente manter em aberto a discussão: um brasileiro engoliu um pedaço de pão contendo uma pedaço de lâmina de barbear que estava em seu lanche e saiu ileso. Confira o vídeo neste link:

https://www.facebook.com/watch/?v=611447316681259

 

Para os que estão se perguntando sobre a lâmina, esse “recurso” é muito utilizado em padarias não profissionalizadas para fazer a pestana, aquele corte típico na superfície dos pães. Observem no vídeo que o material é pontiagudo, e no entanto a vítima não relata qualquer problema.

(*) Trecho do capítulo “Perigos Físicos” elaborado por Ellen Lopes, do livro “Implementação de sistemas da qualidade e segurança dos alimentos” .

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Ninho de andorinha certificado em HACCP

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Pois é… há auditores curiosos como eu (ou é redundância ?) que adoram conhecer diferentes produtos e tecnologias nos quais se pode aplicar o HACCP. Em uma das minhas pesquisas pela rede, me deparei com um produto caríssimo, requintado, e pelo que se divulga, funcional:  ninho de uma espécie de andorinha.

O prato é de origem Chinesa e tem como “uso intencional” uma espécie de sopa, que parce fortalecer o sistema imunológico e até ter aplicações estéticas, conferindo viço à pele feminina e saúde a outros públicos-alvo. O principal produtor é Malásia e Indonésia, e o maior mercado, EUA. A matéria-prima principal é a saliva desta andorinha.

O fluxograma de processo inclui uma limpeza manual, pode ser brevemente visualizado através destes vídeos:

1) Na criação das aves: http://www.authenticbirdnest.com/index.php?option=com_content&task=view&id=30&Itemid=45

2) Na fábrica: http://yanwo.saikim.com.my/english/birds-nest-processed.html

As meedidas de controle, ficam por conta de nossa imaginação. Se algum leitor que domine os idiomas apresentados identificar alguma nova informação, por favor compartilhe conosco. Gostaria de saber como a contaminação por bactérias fecais é eliminada.

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Alergia a chocolate pode ser culpa das baratas

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ALERGIA A CHOCOLATE PODE SER CULPA DAS BARATAS. Segundo levantamento do FDA, 100 g de chocolate contém, em média, 8 fragmentos de baratas. Pessoas alérgicas a chocolate, na verdade podem ser alérgicas aos pedacinhos do inseto, que podem causar reações como coceira e cãibras. 
Fonte: Revista Superinteressante, Maio 2012.

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Como manter um sistema de gestão saudável

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A implementação e certificação de uma empresa costumam ser momentos de grande dedicação e motivação para as empresas. No entanto, passada esta fase, é preciso estar preparado para manter o sistema implementável e melhorá-lo continuamente.

Clique aqui e veja as dicas de como superar as não-conformidades mais comuns em sistemas de segurança de alimentos já operantes.

Jaime Lasta é Gerente Regional de Auditorias da Silliker e palestrou no Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, em maio de 2012, em Campinas.

 

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Sr. José Carlos Vaz – Secretário Executivo do MAPA

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1)    Que autocrítica o Ministério da Agricultura tem feito dos processos de inspeção de produtos de origem animal nos últimos anos? Estamos no caminho certo?

R. Inicialmente, gostaria de destacar que o termo “autocrítica” levanta uma questão muito importante que é a capacidade do Serviço Público desenvolver indicadores e métricas de auto-avaliação que captem o impacto das ações na vida dos cidadãos. Em outras palavras, os indicadores, por exemplo, devem medir a redução da exposição dos consumidores aos perigos químicos (resíduos de antibiótico, etc.) ou biológicos (bactérias patogênicas) veiculados pelos alimentos em decorrência das ações de inspeção, em vez de medir o número de fiscalizações realizadas num determinado período – o que não representa um indicador adequado de desempenho da instituição. A falta de instrumentos efetivos de mensuração de desempenho poderá inviabilizar uma avaliação criteriosa e a identificação de necessidades de melhorias.

Portanto, reconhece-se que, embora o Ministério tenha obtido alguns avanços nós últimos anos, é preciso modernizar a gestão implantando um modelo voltado para resultados, rever os processos de inspeção e implantar indicadores e métricas que permitam orientar a adoção de melhorias no Sistema.

 Essa modernização da gestão tem que se ajustar às atribuições do Ministério e dos serviços de controle de alimentos em particular, os quais apresentam características operacionais que os diferenciam de outros órgãos públicos. O MAPA não gera benefícios diretos aos cidadãos (não produz alimentos), é uma instituição indutora do desenvolvimento, de melhorias dos processos de produção, da implantação de estratégias de gerenciamentos da produção de alimentos seguros, do ponto de vista da saúde pública. Portanto, as estratégias de gestão não devem se basear apenas nos procedimentos de inspeção ou fiscalização, mas, devem focalizar também as fragilidades dos processos de produção de alimentos, apoiando as cadeias produtivas na busca de soluções técnicas que assegurem a qualidade sanitária dos alimentos oferecidos à população.

2) Em relação à gestão, quais são as necessidades mais destacáveis do MAPA?

Recentemente, foram diagnosticadas as principais necessidades do MAPA, quais sejam:

  1. Reforçar o foco do MAPA no atendimento às necessidades da sociedade;
  2. Legitimar e aprimorar o desdobramento do planejamento de médio e longo prazo;
  3. Definir planos de ação para garantir o alcance das metas previstas no Plano Plurianual, nos Planos Operativos, e demais instrumentos de registro e viabilização de ações;
  4. Implementar/aprimorar sistemáticas de acompanhamento dos resultados (planejado X realizado), dos planos de ação e dos programas;
  5. Integrar processo de gestão estratégica, planejamento, orçamento e desenvolvimento e gestão de pessoas;
  6. Aumentar a produtividade dos processos e da estrutura organizacional – capacidade de entrega/realização;
  7. Reestruturar os processos de gestão de pessoas, contemplando, entre outros a revisão do plano de carreiras e de meritocracia para os servidores;

      8.  Criar um novo processo decisório baseado em instâncias, alçadas e comitês internos.

Com base nesse diagnóstico, o MAPA pretende priorizar frentes de trabalho que possibilitem a criação de condições gerenciais indispensáveis para a melhoria e inovações continuas da qualidade dos serviços prestados à sociedade brasileira, à melhoria da utilização do orçamento sem redução dos serviços prestados e à valorização do servidor público. O modelo de gestão (Projeto de Arquitetura Organizacional) a ser utilizado, envolve os seguintes pilares:

  • Pessoas – competências institucionais; competências humanas; dimensionamento de pessoas; capacitação; plano de carreira;
  • Tecnologia – integração de sistemas; desenvolvimento de sistemas;
  • Informação – gestão do conhecimento e informação; documentos técnicos; documentos de expediente; segurança da informação; carta de serviço;
  • Processos –  mapeamento, aprimoramento e implementação;
  • Estrutura Organizacional – elaboração de nova estrutura e regimentos internos;

 

Esses pilares organizacionais desenvolvidos proporcionarão: processos de trabalho racionalizados e informatizados, contribuindo para a eliminação da sobreposição de esforços e recursos, e diminuição do tempo de resposta dos processos; especialização adequada dos servidores, baseadas nas competências requeridas para cada processo; arquitetura/estrutura organizacional menos burocrática e aderente aos processos de serviço; integração dos processos que compõem a Gestão Institucional (planejamento estratégico, planejamento setorial, orçamento, execução orçamentária)  do MAPA; melhoria na qualidade e agilidade dos serviços prestados à sociedade e ao agronegócio; transparência e impessoalidade; direcionamento do trabalho para o alcance de resultados.

3) O que trabalhos tem sido feito para assegurar transparência e melhoria nos processos de gestão do MAPA?

 

Com relação à transparência, estão disponíveis no sítio do MAPA (internet), de forma clara e sistematizada, informações relacionadas às suas áreas de competência: política agrícola, cooperativismo, desenvolvimento sustentável, assuntos afetos as áreas animal e vegetal, entre outros.
Cabe destacar que, preocupado com o atendimento aos seus clientes e cidadãos, sobretudo visando garantir o acesso à informação e o pleno exercício da cidadania, o MAPA foi um dos primeiros Ministérios a cumprir o que determina a Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.527/2011), tendo instituído e inaugurado o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) e a abertura da página de “acesso à informação” no inicio do mês de abril.
Além disso, está em fase final a reestruturação da Secretaria-Executiva, que prevê a criação de uma área específica para acompanhamento da gestão interna, envolvendo a instituição de práticas de controle, conformidade, gerenciamento de riscos, acompanhamento de custos e de resultados, além da formação de um núcleo de produção de informações de apoio à gestão.

Quanto à melhoria dos processos, estão sendo desenvolvidos trabalhos de mapeamento utilizando a Cadeia de Valor dos Macroprocessos do Ministério, elaborada com base nos assuntos da área de competência do MAPA, consoantes disposições da Lei Nº 10. 683, de 28 de maio de 2003. Essa atividade trará ao MAPA padronização de conceitos e organicidade das ações, o que é fundamental para uma melhor gestão.  

4) Comparado com outros órgãos análogos, como por exemplo o USDA, como nosso Ministério é visto lá fora?

R. O USDA, a partir da década de 1980, iniciou uma revisão dos procedimentos de inspeção, os quais  vêm evoluindo com o passar do tempo, provocando uma profunda mudança no modelo do Sistema de Inspeção de Carnes dos Estados Unidos. 

Gradativamente, o USDA afasta-se do chamado modelo tradicional, caracterizado pela aplicação de técnicas sensoriais de inspeção rotineiramente aplicadas por servidores públicos, independente dos riscos à saúde púbica implicados nos processos de produção. Por outro lado, O USDA introduz estratégias baseadas nos riscos que efetivamente ocorrem nos processos de produção e induz a cadeia de produção a aplicar métodos proativos de controle dos perigos à saúde coletiva.

A inspeção tradicional alinha-se ao modelo burocrático ortodoxo de gestão pública, caracterizado por estrutura organizacional mecanicista, hierarquizada, verticalizada e rígida. Os procedimentos de inspeção com base no risco alinham-se à Gestão Pública para resultados porque as atividades são planejadas com base em alvos pré-definidos, onde o resultado alcançado é mais importante que o procedimento de controle utilizado.

Além disso, já foi demonstrado que essas mudanças do modelo de gestão/inspeção, além de otimizarem a aplicação dos recursos públicos, ampliam a proteção dos consumidores frente aos perigos veiculados pelos alimentos.

Esse Sistema de Inspeção, inicialmente implantado nos Estados Unidos, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO), está sendo implantado em vários países como Canadá, Estados-membros da União Européia, Austrália, Nova Zelândia, China, Japão, Rússia e etc.

Embora o Brasil tenha alcançado a liderança mundial nas exportações de carne, a nossa permanência nesta liderança vai depender da nossa capacidade de fazer os ajustes necessários no Sistema de Inspeção, ampliando as garantias relacionadas com a inocuidade dos alimentos.

 

5) O FDA, com o ato de Modernização da Legislação de Alimentos, decidiu “percorrer o mundo” auditando várias fábricas exportadoras brasileiras. Como isso foi visto pelos nossos Ministérios? Este assunto repercutiu também no MAPA?

 

R. As auditorias dos países consumidores nos serviços veterinários dos países produtores não é um fato novo. A novidade está no foco dessas auditorias: até meados dos anos de 1990, todos os estabelecimentos exportadores eram visitados e as eventuais restrições eram impostas individualmente aos estabelecimentos que demonstravam deficiências em seus controles; na atualidade, o foco das auditorias é a capacidade gerencial dos serviços veterinários, voltando-se muito mais para resultados (expressos em Nível de Proteção dos Consumidores aos perigos veiculados pelos alimentos) do que para os procedimentos de inspeção. Assim, eventuais restrições encontradas são impostas ao Sistema de Inspeção como um todo porque eventuais falhas são consideradas sistêmicas. 

A legislação do FDA adota os mesmos fundamentos da legislação do USDA (inspeção com base no risco).

 

6) Que novidades as empresas podem esperar em relação a novas diretrizes legais?

R. O Ministério pretende conduzir uma ampla revisão da legislação, normas, diretrizes e etc., focalizando os riscos dos processos de produção. Para isso, pretende-se aplicar os conceitos da Análise de Risco associados às ferramentas de Gestão.

Toda a legislação, norma, diretriz, etc., preparada pelo Ministério da Agricultura, antes de ser submetida à consulta pública ou ser publicada, será validada usando-se a ferramenta denominada de “Indicadores Balanceados de Desempenho” (do inglês, “Balanced Scorecard” – BCS). Para isso, a Norma (diretrizes e etc.), na perspectiva da sociedade, deve permitir identificar claramente o valor público que será gerado; na perspectiva dos clientes/beneficiários, o segmento atendido e o valor agregado; na perspectiva dos processos internos, os requisitos que devem pautar os procedimentos de inspeção e controle dos alimentos; e na perspectiva da aprendizagem e crescimento, as competências que precisam ser desenvolvidas para que os objetivos sejam alcançados. 

 

Diretor de Agronegócios do Banco do Brasil desde 2007. Graduado em direito pelo Centro Universitário de Brasília, MBA em Altos Executivos pela USP/FIPECAP. Funcionário do Banco do Brasil desde 1982. Representou o BB na câmara consultiva do café da BM&F, na câmara Setorial do Arroz no Ministério da Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária, na câmara setorial do Cacau, no conselho fiscal da Brasilprev, no Conselho Técnico do Centro de Inteligência do Café – CIC. Representante do BB na câmara temática do Seguro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no conselho superior do Agronegócio, COSAG da Fiesp, Federação da Indústria de São Paulo, no conselho de Agronegócio, – CONSAGRO, no Conselho Nacional de Política Agrícola – CNPA e na subcomissão de CréditoRural da Febraban.

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Prof. Marco Trindade – USP Pirassununga

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Na seção “link do dia” publicamos um grande achado: paródias sobre manipulação de alimentos. Gostamos tanto que decidimos convidar o Prof. Dr. Marco Antonio Trindade, acadêmico da USP e responsável pelo projeto para nos dar uma entrevista e assim dividirmos esta dica com todos os leitores do blog foodsafetybrazil.org.  Veja o que ele nos contou: 

Como surgiu a idéia do Projeto Alimento Seguro?

Eu semprei gostei muito de música e a idéia surgiu quando conheci um trabalho similar feito na Universidade da Califórnia (UC Davis).  A viabilização do trabalho foi possível graças ao Programa Aprender com Cultura e Extensão, da USP, que oferece bolsas de estudo para os alunos envolvidos. Assim pude juntar a música com a Engenharia de Alimentos…
Quais são os objetivos do projeto e quais são os resultados colhidos até este momento?

O objetivo principal é transmitir, de uma maneira lúdica e didática, conhecimentos sobre os perigos das doenças que podem ser transmitidas pelos alimentos e as formas adequadas de manipular os alimentos para evitar estes problemas. Com relação aos resultados, além das apresentações nas escolas, podemos destacar também a abrangência nacional que o projeto atinge devido à nossa home-page e disponibilidade das músicas na internet. Já recebemos diversos e-mails de pessoas de várias partes do Brasil elogiando o projeto e dizendo que  fazem/farão uso das músicas para diferentes finalidades. É muito gratificante.

Vocês tem experiência ou dados relacionados a aplicação em restaurantes comerciais, cozinhas industriais, indústrias?
Uma outra parte do projeto incial foi um treinamento “in loco” sobre BPF para lanchonetes e ambulantes aqui de Pirassununga. Mas nestes casos não utilizamos as músicas, então não temos experiência com uso das músicas nestes treinamentos. Presencialmente só fizemos mesmo em escolas.

Quais é a reação dos públicos diante das apresentações?

É sempre muito boa, com grande particpação das crianças cantando junto. Nossas primeiras versões de músicas foram disponibilizadas na internet apenas em áudio e com as letras. Então nas primieras apresentações sempre entregamos cópias das letras para as crianças catarem junto e claro para entender melhor os conteúdos. É sempre bom ouvir a criançada cantando junto conosco…

Entre cada música sempre fazemos uma pequena explicação do problema abordado em cada letra. E agora nas novas versões preparamos também um vídeo com imagnes para cada música, que também estão disponibilizados em nossa home-page.

Por que o uso da música como forma de expressão?

Procuramos sempre fazer versões de músicas com melodias conhecidas e facilmente assimiláveis. Desta forma, consideramos que a mensagem sobre a segurança dos alimentos pode ser transmitida e assimilada com mais eficiência. E lógico, foi uma maneira de msiturar trabalho com o prazer da música.

Como ser parceiro no projeto Alimento Seguro?

Não temos nada formalizado neste sentido. O material está disponível na internet para quem quiser usar, como quiser usar. Talvez a maior parceria seja esta: use nossas versões em seus treinamentos…
Existe expectativa / planejamento para expandir o projeto para todo o Brasil?

O foco de nossas apresentações são escolas aqui mesmo de Pirassununga, para onde nossos bolsistas podem se deslocar sem problemas e praticamente sem custos. Não temos planejamento de fazer apresentações em outros locais, pois não temos verba prevista para isto. Mas se alguém tiver interesse e disponibilidade em arcar com os custos, poderíamos tentar viabilizar a ida de nossos alunos.

Quais serão os próximos passos? Outras músicas serão gravadas?

O projeto tem basicamente dois pilares: a possibilidade fornecida pela USP em disponibilizarmos nossa home-page e o programa de bolsas da Pró-Reitoria de Extensão da USP “Aprender com Cultura e Extensão” que permite o pagamento de bolsas para alunos se dedicarem ao projeto durante um ano. A home-page contrinuará existindo, e novas músicas serão gravadas a cada novos alunos que se envolverem no projeto.

(Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4763112A6

Página do projeto: http://www.usp.br/alimentoseguro/sobre.htm

 

Entrevista realizada por Ana Cláudia Frota, consultora e sócia da Flavor Food Consulting.

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