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Proibido lá e permitido aqui: perigos tratados de formas distintas ao redor do mundo

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Já se perguntaram por que não padronizar os perigos em nível global? É preocupante o “Proibido lá, permitido aqui” como se os danos causados pela presença de ingredientes, aditivos ou contaminantes em alimentos respeitassem limites geográficos. Isso ocorre porque além de dietas diferentes de cada sociedade que influenciam os cálculos das doses diárias de certos ingredientes na alimentação, existem linhas de pensamento diferentes sobre a avaliação de risco e margem de segurança. Por último, também existem pressões políticas que têm mais influência que avaliações técnicas. Vamos ver alguns exemplos.

ALERGÊNICOS

A RDC n° 727/2022 traz a relação dos principais alimentos que podem causar alergias alimentares no Brasil e cuja informação é obrigatória nos rótulos. Porém, existem alguns alimentos considerados alergênicos em outros países que não constam na nossa lista. Na União Europeia: aipo, mostarda, tremoço, sulfito, sésamo; no Japão, banana, maçã, laranja, carne bovina e de frango são considerados alérgenos.

Pode ser que futuramente haja alguma mudança, mas nada ainda está definido (veja O futuro da legislação de alergênicos no Brasil: mudanças no horizonte).

MICOTOXINAS

Outra discrepância é a tolerância máxima de micotoxinas em alguns alimentos, determinada no Brasil pela Instrução Normativa ANVISA Nº 160 DE 01/07/2022.  Por exemplo:

  • Aflatoxinas: Brasil permite até 5 µg/kg em cereais, enquanto a UE tolera apenas 2–4 µg/kg – ou seja, os limites da UE são mais restritivos.
  • Aflatoxina M1 no leite: Brasil 0,5 µg/kg (leite fluido), Europa apenas 0,05 µg/kg. A UE impõe um limite 10 vezes mais baixo.

Alguns fungos produzem micotoxinas que são consideradas carcinogênicas tanto ao homem como ao animal (veja Micotoxinas em alimentos são mais comuns do que você imagina!)

CORANTES

Recentemente foi anunciada a proibição do corante vermelho Eritrosina em alimentos nos Estados Unidos. Na decisão, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) citou estudos que associam o corante a casos de câncer em camundongos. Este aditivo é utilizado em bebidas, doces, balas, bolos e cerejas em conserva. Aqui no Brasil ainda é permitido, pois de acordo com a ANVISA não foi identificado perigo significativo, no entanto a própria ANVISA emitiu uma nota: “Embora a FDA não mencione a existências de novas evidências e que as evidências conhecidas não levantem preocupação de segurança para consumo humano, a Anvisa estudará as referências científicas da petição apresentada à autoridade americana, motivadora da ação, verificando a existência de justificativa para uma reavaliação.” Sobre esse assunto também vale a pena ler Proibições de corantes alimentares artificiais nos EUA e em outros países).

Esses são apenas alguns dos muitos exemplos que podem ser dados.  Cabe então à comunidade cientifica dos países e seus órgãos reguladores entrarem em consenso para determinar o que é de fato perigoso ou não para que as populações ao redor do mundo não se sintam mais ou menos seguras ao consumir o mesmo alimento, mas em países diferentes. São questões para avaliar, discutir e refletir.

José Gonçalves de Miranda Junior é tecnólogo agroindustrial de alimentos (Universidade do Estado do Pará), pós-graduado em engenharia de alimentos e desenvolvimento de produtos. É especialista em Segurança de Alimentos e auditor líder em FSSC 22000. Trabalha como supervisor de qualidade em indústria de fabricação de casquinhas de sorvete. 

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Higiene das instalações, utensílios e equipamentos na indústria de alimentos

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A higiene das instalações, utensílios e equipamentos na indústria de alimentos é fundamental para garantir a segurança dos alimentos, a conformidade regulatória e a qualidade do produto. Um programa eficaz de higiene deve abranger áreas, itens e processos, com responsabilidades bem definidas, rotinas claras e documentação precisa.

Primeiramente, é essencial estabelecer padrões de limpeza alinhados às exigências de órgãos reguladores, como a vigilância sanitária, MAPA e os programas aplicados a indústria alimentícias, como boas práticas de fabricação (BPF) e sistemas de HACCP (APPCC). Isso inclui a classificação das áreas (áreas limpas, áreas de processamento, áreas de armazenamento) e a definição de frequências de higiene específicas para cada espaço, levando em conta o risco de contaminação cruzada, a compatibilidade dos desinfetantes com os alimentos e a estabilidade dos utensílios. A separação por cores de utensílios, vassouras e materiais evita a contaminação entre zonas de manipulação de alimentos crus, prontos para consumo, alergênicos, entre outros.

Quanto às instalações, a limpeza deve abranger tanto pisos, paredes, tetos, dutos, equipamentos, como áreas de apoio, como vestiários e áreas de higiene pessoal. Pisos devem ser lisos, sem fendas que acumulem sujeira, e com ralos sifonados. Superfícies de contato frequente, como bancadas, mesas de corte, pás e trilhos, devem receber higienização mais rigorosa, com desinfecção entre lotes ou conforme a criticidade do produto. Manter regimes de ventilação adequados é crucial para evitar acúmulo de vapores de produtos químicos e odores.

Em relação aos utensílios, a organização por cores facilita a prevenção de contaminação cruzada. Facas, tábuas, balanças, peneiras, baldes e outros itens devem ser separados por uso (cru/cozido) e higienizados de acordo com normas específicas. A limpeza e a desinfecção devem ocorrer em ciclos programados, com validação de que não há resíduos de alimento que possam comprometer a segurança do lote seguinte. A reposição de utensílios desgastados deve ser observada para evitar partículas soltas ou danos às superfícies dos alimentos.

No que tange aos equipamentos, a higienização exige procedimentos rigorosos, considerando a natureza da produção (lácteos, carnes, panificação, etc.). Equipamentos higienizáveis devem permitir desmontagem para limpeza de partes removíveis, com utilização de detergentes adequados, água em temperaturas compatíveis e desinfetantes aprovados para uso alimentar. Procedimentos entre turnos devem incluir validação de ausência de resíduos, calibração de sensores de limpeza e registros de verificação. Em linhas de processo automatizadas, é comum empregar CIP (clean-in-place) para otimizar a higiene sem interromper a produção.

A formação de equipes é crucial: treinamentos periódicos sobre técnicas de limpeza, normas de segurança, uso correto de EPIs e importância da higiene para a qualidade do alimento. A rastreabilidade das atividades — datas, responsáveis, produtos limpos — facilita auditorias e investigações de não conformidades. Em resumo, a higiene das instalações, utensílios e equipamentos na indústria de alimentos não é apenas uma obrigação regulatória, mas um pilar da segurança para o consumidor, da reputação da empresa e da eficiência operacional.

Diego Campelo é profissional com sólida experiência na supervisão e implementação de processos técnicos dentro da indústria, garantindo conformidade com normas reguladoras e padrões de qualidade. Atua na gestão de operações, segurança, controle de qualidade e otimização de processos, assegurando que as melhores práticas sejam seguidas para eficiência e inovação.

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ESG: como a qualidade e segurança de alimentos contribuem para um futuro mais sustentável

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O conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) ganha cada vez mais espaço nas estratégias das indústrias alimentícias, e a área de qualidade e segurança de Alimentos tem um papel fundamental nesse cenário. A integração de práticas responsáveis e sustentáveis ao sistema de gestão da qualidade fortalece o compromisso da empresa com o meio ambiente, a sociedade e a governança corporativa.

No pilar ambiental do ESG, a qualidade e segurança de alimentos contribuem diretamente ao promover o uso eficiente de recursos, a redução de perdas e desperdícios (item inclusive alinhado ao requisito 2.5.16 da FSSC 22000) e o controle rigoroso de resíduos e efluentes. Processos bem definidos e monitorados evitam retrabalhos, descartes desnecessários e impactos ambientais negativos.

No aspecto social, a área de qualidade garante que os alimentos produzidos sejam seguros, íntegros e adequados ao consumo, protegendo a saúde pública e promovendo a confiança do consumidor. Além disso, a capacitação contínua das equipes, o respeito às condições de trabalho e a valorização da cultura de segurança de alimentos fortalecem o engajamento interno e a responsabilidade social da empresa.

Já no pilar de governança, a qualidade e segurança de alimentos asseguram a conformidade com legislações, normas como a FSSC 22000 e requisitos de clientes. A rastreabilidade, a gestão de riscos e a transparência nos processos são elementos essenciais para uma governança sólida e ética — princípios centrais do ESG.

Portanto, investir em qualidade e segurança de alimentos é também investir em ESG. Essa conexão estratégica fortalece a reputação da marca, atrai investidores conscientes e contribui para um sistema alimentar mais seguro, justo e sustentável.

Por Djeane M. S. Fares

Imagem: Markus Winkler

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O mito do maestro: por que a Cultura de Qualidade é a sintonia da orquestra, e não um solo do líder

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Vamos ser sinceros: quando se fala em “cultura de qualidade”, muita gente pensa em pilhas de documentos, auditorias complexas e processos que parecem mais atrapalhar do que ajudar. Mas e se a gente mudasse esse olhar? E se, em vez de um peso, a cultura de qualidade fosse a melodia que faz a empresa funcionar em perfeita harmonia?

Pense numa orquestra. A música que ouvimos não é resultado de um único músico, mas da sintonia entre todos os instrumentos. A cultura de qualidade funciona da mesma forma.

Ela não está em um documento assinado pela diretoria, nem é responsabilidade exclusiva de uma área. É uma intenção compartilhada, presente em cada pessoa, do chão de fábrica ao escritório, que busca fazer o melhor possível.

Não é preciso temer a cultura de qualidade. Ela não atrasa, não trava. Pelo contrário, é a partitura que permite à orquestra tocar com precisão, velocidade e sem erros. É o alicerce que transforma esforço em eficiência e produtividade.

Sinergia em ação: uma nova forma de pensar

O primeiro passo é mudar o foco. Em vez de centralizar tudo no “maestro” (seja ele o líder ou a área de qualidade), é preciso reconhecer o papel de cada músico. A liderança tem a missão de garantir que todos os instrumentos estejam afinados, mas a melodia só acontece quando todos participam.

Isso significa valorizar o processo, os detalhes e a colaboração entre áreas. A equipe de manutenção cuida da afinação, o operador executa com precisão, o engenheiro revisa a partitura. A excelência nasce da soma desses esforços, e não de uma atuação isolada.

Qualidade que impulsiona: produtividade com ritmo

Ainda há quem veja a qualidade como um custo ou uma perda de tempo. Mas a verdade é que fazer certo desde o início é sempre mais eficiente do que corrigir depois. A cultura de qualidade, com seu foco na prevenção, elimina os ruídos que atrapalham o desempenho — erros, retrabalhos, atrasos.

Quando todos estão alinhados, tocando a mesma música, o ritmo da produção torna-se mais fluido. A orquestra avança com segurança e agilidade, sem precisar parar para corrigir falhas.

A intenção que une: o grande concerto

A qualidade verdadeira aparece quando cada pessoa entende seu papel e a importância dele para o todo. É a engenheira de alimentos que não apenas segue normas, mas compreende seu propósito e se sente responsável pela segurança de quem vai consumir o produto. É o operador que trabalha com dedicação, sabendo que sua precisão impacta diretamente o resultado final.

Mais do que seguir procedimentos, a cultura de qualidade é sobre a intenção de fazer o melhor. Quando essa intenção é compartilhada, a empresa transforma-se em uma orquestra capaz de executar uma verdadeira obra-prima.

Em outras palavras…

Na indústria de alimentos, a excelência não se mede pelo número de auditorias aprovadas, mas pela harmonia de uma equipe que atua em sincronia. Produtividade e alta qualidade não são opostos. São forças complementares, impulsionadas por uma cultura onde todos se sentem parte da orquestra e querem tocar a melhor música.

E na sua empresa, quem está tocando os instrumentos? A música que vocês fazem já soa como uma obra-prima?

Por Thiago Pontes

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Rotulagem de alimentos OGM: transparência e direito à informação

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A rotulagem de alimentos que contêm Organismos Geneticamente Modificados (OGM) é um tema de grande relevância na atualidade, envolvendo questões de saúde, meio ambiente, economia e, principalmente, o direito do consumidor à informação. OGM são organismos cujo material genético foi alterado por técnicas de engenharia genética, geralmente com o objetivo de torná-los mais resistentes a pragas, herbicidas ou condições ambientais adversas, além de aumentar sua produtividade.

No Brasil, a rotulagem de produtos que contenham Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) é regulamentada pela Lei nº 11.105/2005, conhecida como Lei de Biossegurança, bem como pelo Decreto nº 4.680/2003, que dispõe sobre a rotulagem de alimentos e ingredientes destinados ao consumo humano ou animal quando contiverem ou forem produzidos a partir de OGM, regulamentando a legislação supracitada. Ademais, a decisão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça consolidou a legalidade do limite mínimo de 1% para que os rótulos informem a presença de organismos transgênicos.

De acordo com essas normas, os alimentos que apresentam mais de 1% de ingredientes geneticamente modificados em sua composição devem obrigatoriamente informar essa característica de forma clara e ostensiva no rótulo. A identificação visual é realizada por meio de um símbolo específico – um “T” em destaque –, cuja padronização e aplicação estão definidas na Portaria nº 2.658/2003. Além disso, deve constar uma descrição textual, como por exemplo: “contém ingrediente transgênico”.

Foto: arquivo pessoal – Alimento com símbolo “T” (OGM)

O regulamento estabelece ainda que o consumidor seja devidamente informado sobre a espécie doadora do gene utilizado na modificação genética, informação esta que deve constar no local reservado à lista de ingredientes. Tal exigência tem como objetivo assegurar transparência nas relações de consumo, proporcionando ao consumidor acesso a dados claros e objetivos sobre os produtos adquiridos, permitindo, assim, escolhas mais conscientes.

Vale ressaltar que um número significativo de consumidores opta por evitar alimentos que contenham OGM, seja por motivos relacionados à saúde, preocupações ambientais ou convicções éticas. Nesse contexto, a rotulagem obrigatória constitui uma ferramenta essencial para o exercício da autonomia do consumidor, contribuindo para a valorização do direito à informação e para o fortalecimento da confiança entre produtores, fornecedores e a sociedade.Por outro lado, setores da indústria e da agricultura argumentam que a rotulagem obrigatória pode gerar preconceito infundado contra produtos transgênicos, que passaram por rigorosas avaliações de segurança antes de serem liberados para o consumo. Diversas entidades científicas internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmam que os OGM atualmente aprovados são seguros para o consumo humano.

Apesar disso, a transparência continua sendo um princípio fundamental. A rotulagem não é uma condenação aos OGM, mas sim uma forma de respeitar a liberdade de escolha do consumidor. Países da União Europeia adotam regras ainda mais rígidas, exigindo rotulagem para qualquer nível de presença de transgênicos, mesmo que mínima.

Em resumo, a rotulagem de produtos OGM é uma prática essencial para promover a confiança nas relações de consumo, assegurando o direito à informação e incentivando a responsabilidade das empresas quanto à origem e à qualidade dos alimentos que colocam no mercado.

Diego Campelo é profissional com sólida experiência na supervisão e implementação de processos técnicos dentro da indústria, garantindo conformidade com normas reguladoras e padrões de qualidade. Atua na gestão de operações, segurança, controle de qualidade e otimização de processos, assegurando que as melhores práticas sejam seguidas para eficiência e inovação.

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Cultura de Segurança de Alimentos: um compromisso que começa com atitudes

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A Cultura de Segurança de Alimentos é mais do que um requisito normativo — é um valor que deve estar presente no dia a dia das indústrias alimentícias. Segundo a norma FSSC 22000, promover essa cultura significa garantir que todos os colaboradores, independentemente do cargo, compreendam a importância de produzir alimentos seguros e estejam comprometidos com práticas que assegurem a integridade dos produtos.

Essa cultura começa com a liderança. Gestores e responsáveis técnicos devem ser os primeiros a demonstrar comportamentos alinhados com a Cultura de Segurança de Alimentos, influenciando positivamente suas equipes. A comunicação clara, a escuta ativa e o exemplo diário são ferramentas poderosas para fortalecer esse compromisso.

Outro ponto essencial é a capacitação contínua. Treinamentos regulares, dinâmicos e contextualizados ajudam a manter o tema vivo na rotina dos colaboradores. A FSSC 22000 destaca que a conscientização deve ser constante e não apenas em momentos de auditoria ou crise. A cultura se constrói com pequenas atitudes diárias, como o uso correto de EPIs, a higienização adequada das mãos e o cumprimento rigoroso dos procedimentos operacionais.

Além disso, é fundamental criar um ambiente onde os colaboradores se sintam seguros para relatar desvios ou riscos sem medo de punições. A confiança é um pilar da Cultura de Segurança de Alimentos, pois permite a identificação precoce de falhas e a melhoria contínua dos processos.

Por fim, vale lembrar que a Cultura de Segurança de Alimentos não é um projeto com início, meio e fim. Ela é um processo contínuo, que exige vigilância, engajamento e evolução constante. Quando bem implementada, ela protege a saúde do consumidor, fortalece a reputação da empresa e contribui para a sustentabilidade do negócio.

Por Djeane M. S. Fares

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Da logística à embalagem, cada etapa conta para a segurança dos alimentos

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A tecnologia, inovação e boas práticas que fazem a diferença na segurança dos alimentos não começam nas prateleiras dos supermercados. Elas são aplicadas muito antes, em cada etapa da cadeia produtiva — da armazenagem ao transporte, da embalagem ao controle de qualidade, da garantia da qualidade à mesa do consumidor.

O que garante que um alimento chegue seguro até você?

  1. Uma logística inteligente, que exige uma rastreabilidade total, controle de temperatura em tempo real e veículos higienizados. Uma logística moderna que vá além do transporte e que inclua soluções com IoT e softwares de monitoramento para garantir que o produto chegue em condições ideais e sem nenhum risco aos clientes.
  2. A tecnologia a favor da transparência com ferramentas em blockchain e RFID que tragam mais segurança e visibilidade aos processos, reduzindo riscos e aumentando a confiança em cada etapa.
  3. Embalagens que protejam de verdade e que aos poucos deixam de ser apenas uma proteção física e assumem um papel fundamental, como barreiras ativas contra oxigênio, umidade e microrganismos. Elas ainda podem conter indicadores visuais de frescor, validade e temperatura, sempre com critérios baseados na ciência.
  4.  As boas práticas sempre presentes como pilares de sustentação da cultura de qualidade em uma rotina de cuidados diários com higienização rigorosa, controle de pragas, fornecedores qualificados e equipes bem treinadas, que sabem o que fazer e o porquê de se fazer.

Investir em embasamento científico, tecnologia, boas práticas e criatividade para inovar é investir em um sistema alimentar mais seguro, sustentável e eficiente, onde, mais do que segurança, entregamos confiança!

Por Ulisses Bonifácio Faria, especialista de Qualidade Assegurada

Imagem: Anna Shvets

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O uso de pano de prato em serviços de alimentação segundo norma da ANVISA

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A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação no Brasil. Essa normativa tem como objetivo principal assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos preparados e comercializados, protegendo a saúde dos consumidores, assim como a segurança nos serviços de alimentação. Mas o que isto tem a ver com o uso do pano de prato?

Dentro do escopo da RDC, diversas diretrizes são voltadas à higiene do ambiente, dos manipuladores, dos equipamentos e dos utensílios. Embora a norma não mencione explicitamente o uso do pano de prato, ela exige que todos os materiais utilizados na manipulação de alimentos sejam mantidos limpos, higienizados e em boas condições de uso. O item 4.1.15 determina:

“os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção”.

Imagem gerada pelo ChatGPT – cozinheiro com falhas em hábitos de higiene

Contudo, o pano de prato tradicional é frequentemente apontado como um vetor de contaminação cruzada, devido ao seu uso recorrente para múltiplas finalidades, como secar louças, limpar superfícies e até enxugar as mãos. Além disso, a umidade constante e o acúmulo de resíduos favorecem a proliferação de microrganismos patogênicos. Outro fator que depõe contra o uso de pano de prato é que, mesmo sendo lavados adequadamente, eles podem não ser higienizados o suficiente para que seja assegurada a segurança do alimento devido ao fluxo de trabalho, por exemplo.

Por essas razões, a substituição dos panos de tecido por panos descartáveis ou papel toalha é altamente recomendada. Cada tipo de uso deve contar com um material exclusivo, devidamente armazenado e identificado para evitar riscos à segurança dos alimentos. Ignorar essas orientações pode resultar em infrações sanitárias, autuações ou até interdição do estabelecimento. Portanto, eliminar o uso indiscriminado de panos de prato nas cozinhas profissionais é uma medida simples, mas essencial, para manter os estabelecimentos em conformidade com as boas práticas e a promoção de alimentos seguros.

Diego Campelo é profissional com sólida experiência na supervisão e implementação de processos técnicos dentro da indústria, garantindo conformidade com normas reguladoras e padrões de qualidade. Atua na gestão de operações, segurança, controle de qualidade e otimização de processos, assegurando que as melhores práticas sejam seguidas com eficiência e inovação.

Imagem em destaque: Gemini 

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Controle de Qualidade: novo requisito da FSSC 22000 reforça a responsabilidade das indústrias alimentícias

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Controle de Qualidade nas empresas de alimentos ganhou ainda mais destaque com a atualização da norma FSSC 22000, que introduziu o requisito 2.5.9, voltado especificamente para fortalecer os processos de verificação e validação nas indústrias alimentícias. Esse novo item exige que as organizações implementem um sistema robusto de controle que assegure a conformidade dos produtos com os critérios de segurança e qualidade definidos.

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Requisitos de Comunicação: novo foco da FSSC 22000 nas indústrias alimentícias

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Os Requisitos de Comunicação passaram a ter um papel ainda mais relevante com a introdução do item 2.5.17 na norma FSSC 22000. Essa atualização reforça a importância de uma comunicação clara, eficaz e estruturada dentro das indústrias alimentícias, especialmente no que diz respeito à segurança de alimentos e à gestão de riscos.

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