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Food Safety X Feed Safety

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Vocês devem ter se deparado nos últimos tempos com alguns posts aqui no blog sobre segurança na ração animal ou Feed Safety. Pois bem, vamos falar hoje o que este assunto tem a ver com Segurança de Alimentos ou Food Safety.

Antes de qualquer coisa vamos à definição de feed ou ração, ou como prefiro chamar, produto para alimentação animal:

“Qualquer material único ou múltiplo, processado, semiprocessado ou cru, destinado a ser alimentado diretamente a animais destinados à produção de alimentos” (FAO, WHO, 2008).

É importante destacar que a categoria feed compreende uma classe enorme de produtos, com distintos graus de tecnologia empregada e complexidade, por exemplo:

– grãos e cereais não processados (como soja e milho);

– sub-produtos de processos industriais (como farelo de soja, levedura de cana e PCP);

– minerais;

– aditivos;

– produtos médico-veterinários;

– pré-misturas e ração pronta (ou compound feed);

– forragens, dentre outros.

Independentemente da classe à qual os feeds pertencem, todos têm como intuito principal satisfazer as necessidades nutricionais de um animal para manutenção, atividade, produção e reprodução. Ademais, os feeds para os animais criados para a produção de carne, leite e ovos para consumo humano devem satisfazer os requisitos dos consumidores finais (de produtos de origem animal).

É neste cenário que se enquadra o termo ‘Feed Safety’, que compreende as práticas de produção, preparação, processamento, armazenamento e transporte de feeds, de forma a evitar contaminações de natureza química, física e biológica.

No âmbito da saúde humana um fenômeno importante a ser analisado é o do carry-over, previamente discutido por este blog aqui e aqui. Trata-se da transferência de substâncias tóxicas – como pesticidas, metais pesados, medicamentos veterinários, contaminantes ambientais (PCB, dioxinas, etc.) e micotoxinas – dos feeds para os animais, resultando em resíduos nos alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos (retratada aqui), que os tornam inseguros para consumo humano.

Grandes incidentes relacionados a feeds sublinham o impacto de contaminações na  saúde humana, podendo ser citados: salmonelose em ovos e aves (1988); aflatoxina no milho norte-americano (1989); encefalopatia espongiforme bovina (popularmente conhecida como ‘doença da vaca louca’) no Reino Unido (1989, 1997, 2000); resíduos de antibióticos em ovos (1988 -1992); E. coli O157: H7 na Escócia (1996); dioxina na polpa cítrica brasileira (1998) e em óleo na Bélgica (1999 e 2006); melamina na gordura da China (2010-2011).

A alimentação animal é parte integrante da cadeia alimentar e sua segurança foi reconhecida como um valor compartilhado e uma responsabilidade compartilhada. A produção de feeds deve, portanto, estar sujeita, de maneira semelhante à produção de alimentos, à garantia da qualidade dos sistemas integrados de Food Safety.

Neste sentido, tem havido nas últimas décadas uma grande mobilização no mercado feed, com a adoção de boas práticas de manufatura aplicáveis ao setor e códigos de práticas como GMP+ FSA (Holanda) (previamente discutido aqui), Fami-QS (Bélgica), OVOCOM (Bélgica), Qualimat (França), AIC Assurance Scheme (Reino Unido) e Safe Feed / Safe Food (EUA).

Bem… como podem perceber, é um assunto bastante complexo e que suscita diversas discussões. A intenção desse post foi elucidar alguns pontos deste tema que deve ser novo para muitos dos leitores. Espero que tenham gostado e que nos encontremos em breve (quem sabe, de forma mais aprofundada no assunto)!

 

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Monitoramento de Salmonella em fábricas de ração

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O monitoramento de Salmonella em fábricas de ração passa dia após dia a fazer parte das rotinas do controle de qualidade da indústria. Granjas mais modernas passaram a contar com melhores e mais bem desenvolvidos programas de biosseguridade nas propriedades, visando viabilizar a redução gradual dos antibióticos na produção dos animais, atender clientes mais exigentes e garantir produtos isentos de qualquer tipo de contaminação patogênica.

Sendo assim, surgem preocupações em relação a tudo que venha de fora da granja para que o risco de contaminação seja o menor possível. Neste sentido, a ração é uma fonte de infecção a ser considerada nos programas de controle no pré-abate.

Um estudo desenvolvido por Pellegrini e Lima, publicado em 2015, constatou que a prevalência de contaminação em amostras de matéria-prima é baixa (inferior a 10 % das amostras) e é distribuída de forma heterogênea nas cargas. Então de que forma elaborar um plano viável e que ofereça bons resultados?

Comece elaborando um plano de amostragem e monitoramento da qualidade microbiológica e contaminação por salmonela na ração e ingredientes. Determine o número de amostras possíveis. Para aumentar a representatividade do monitoramento, pode-se fazer um pool das coletas durante a produção, misturando até 10 subamostras.

Tome os cuidados quanto à inocuidade do material de coleta, utilizando luvas nitrílicas, sempre trocando os pares a cada coleta e higienizando as mãos com álcool 70° INPM. As amostras devem ser acondicionadas em sacos plásticos estéreis e devidamente identificadas.

Em um segundo momento, crie um cronograma para coleta de poeira da fábrica e resíduos de ração. A amostragem ambiental pode ser realizada utilizando uma técnica de zoneamento, levando em consideração a proximidade do uso de produção.

Zona 1) As superfícies de contato do produto (parte interna dos equipamentos da linha de produção,  como correia e canecas de elevadores, tampa de roscas, redlers, tampas dos moinhos, paredes de misturador, etc).

Zona 2) Superfícies imediatamente sobre ou ao lado do produto, varredura do piso da expedição, filtros de manga, poeira sobre produtos em estoque.

Zonas 3) Pisos, ralos, aberturas de climatização, exaustores, corredores de passagem de produto, rotas de empilhadeira.

Zona 4) Abrange a varredura de salas de descanso dos funcionários e corredores de tráfego de pessoas.

Resultados laboratoriais negativos serão um forte sinal que a adequação da planta fabril quanto aos programas de controle de salmonela está no caminho certo.

Se resultados positivos forem recorrentes, avalie se existem pontos de amostragem com maior contaminação, verifique as frequências e como a execução da limpeza está ocorrendo, observe se alterações no POP são bem-vindas. Avalie a estratégia de adição de algum ácido orgânico como “flushing de limpeza”. Elabore planos de ação contínuos, e trabalhe de forma conjunta com os fornecedores (principalmente farelo de soja, casca de soja, farinhas de origem animal). Verifique como andam as rotinas do controle de vetores e pragas. Pombos e roedores são comuns em fábricas de rações, por isso, é importante avaliar vedações de portas, janelas e exaustores.

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Dicas para realizar validação de limpeza de linha em fábrica de rações

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O estudo de validação de limpeza de linha tem o objetivo de garantir que os fabricantes de alimentos para animais que pretendem utilizar medicamentos de uso veterinário via ração, adotem as medidas necessárias para evitar a contaminação cruzada entre os produtos em todas as etapas do processo e fluxos de produção.

Conforme preconizam as Instruções Normativas Nº65/2006 e Nº14/2016, “limpeza de linha é o procedimento adotado para a limpeza na linha de equipamentos aplicado na sequência de fabricação de produto com medicamento veterinário para promover a redução da contaminação residual no lote subsequente. Incluem as limpezas físicas com uso de utensílios, lavagem com água ou flushing”.

Flush ou flushing é o termo utilizado para designar a limpeza de linha, seja entre rações com princípios ativos distintos, ou após limpeza física do misturador. Como visto no post anterior (clique aqui), geralmente os materiais utilizados como flush são milho ou farelo de de soja moídos, entretanto nada impede que outras matérias-primas possam ser utilizadas, isto é um critério técnico e cada fabricante pode decidir qual utilizar.

As sequências-piloto para validação devem considerar a possibilidade de contaminação cruzada do primeiro ao último equipamento de uso compartilhado entre os produtos com e sem fármaco. Sendo assim, a amostragem deve ser realizada no último ponto compartilhado da linha de equipamentos. Se for uma expedição a granel será na boca do silo de expedição ou no robô de expedição. Se for um produto ensacado, a coleta será feita da válvula de saída da ensacadeira.

Agora que já sabemos onde deve ser o ponto de coleta das amostras, é preciso definir qual tipo de molécula e qual a concentração do princípio ativo do fármaco que será preciso recuperar. Para tal,  será necessário anotar sobre os pacotes das amostras a concentração esperada de cada uma das amostras para que o laboratório possa conduzir a análise cromatográfica dentro da faixa de concentração mais próxima possível, sendo mais preciso o resultado da análise.

Estas informações podem ser buscadas com o médico veterinário que fará a prescrição veterinária. Um breve e útil exemplo: suponha que o medicamento “Fantasia” tem concentração de 50% de “Fantasiol”, e o médico veterinário prescreveu uma dose de 800g/ton de “Fantasia”. Na ração será necessário recuperar 50% de 800, logo devem ser recuperados 400g/ton (g/ton = mg/Kg = ppm). Sempre solicite ao laboratório a análise com o nome e concentração do princípio ativo, neste caso o “Fantasiol”.

Devem ser realizadas no mínimo três sequências-piloto de fabricação (total de 9 batidas), seguindo o procedimento de limpeza a ser validado, para que se determine a repetibilidade da redução da contaminação residual:

1ª batida: Uma ração com medicamento (utilizando o exemplo anterior, na qual espera-se recuperar 400 ppm de “Fantasiol”.

2ª batida: O flush de limpeza (espera-se encontrar até 10% da concentração anterior, mas isso depende de muitas variáveis; quanto menor o valor encontrado, melhor).

3ª batida: Uma ração não medicada, preferencialmente utilize uma de “categoria não sensível”, pois caso o teste não seja validado, não haverá problemas de resíduos de medicamento na carne após o abate (espera-se encontrar menos que 1% da concentração inicial, neste caso menor que 4 ppm).

A quantidade de flush irá depender do tipo de misturador, abertura de fundo, transportadores, curvas, elevadores, tamanho da linha, tempo para esvaziar a linha por completo. De modo conservador, pode-se utilizar a mesma quantidade do volume da batida de ração. Com base nos resultados, se sentir que há oportunidade de reduzir a quantidade do material de flush, faça novos testes com uma quantidade menor. No entanto uma quantidade pequena deve ser avaliada com muito cuidado. O ideal é ter uma quantidade que pelo menos cubra o(s) eixo(s) do misturador.

O procedimento de amostragem deve garantir a representatividade da amostra. Por exemplo, medindo-se o tempo total de descarga de uma batida em um silo de expedição em 120 segundos, deste tempo descontam-se os 10 primeiros e 10 últimos segundos. Fechando em 100 segundos, este tempo é divido por 10, assim se sucedendo uma coleta a cada 10 segundos.  Coletam-se 10 sub-amostras para posteriormente fazer uma amostra global de aproximadamente 400 g. Em seguida, embalar, identificar e encaminhar para laboratório externo a fim de realizar análises de recuperação do princípio ativo do fármaco.

Caso os resultados da eficácia do procedimento de limpeza não estejam de acordo com até 1% de resíduo de medicamento no material não sensível, o procedimento deve ser revisado.

Toda programação e produção é realizada com base na matriz de sensibilidade evitando contaminação cruzada entre os produtos a serem produzidos. A matriz de sensibilidade deve ser constantemente revisada e deve ser de conhecimento de todos os colaboradores envolvidos no processo de produção. Em fábricas com sistema de automação mais atualizado, é possível cadastrar a matriz de sensibilidade no próprio supervisório, e este não permite que ocorra a contaminação cruzada entre uma produção e outra.

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Contaminação cruzada em fábricas de rações: medidas de controle para a segurança dos alimentos

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Por contaminação cruzada em fábricas de rações, entende-se a contaminação de produto destinado à alimentação animal gerada pelo contato indevido de ingredientes, insumos, superfícies, ambientes, pessoas ou produtos contaminados, que possam afetar a inocuidade do produto. Ainda, podemos dizer que misturas de diferentes tipos de matéria prima em porções desproporcionais ou diferentes das indicadas na fórmula calculada pelo zootecnista podem ser um fator importante e que deve ser monitorado.

Sob a perspectiva de segurança de alimentos, existem alguns riscos associados a este processo. Quando se trata da produção de proteína animal em larga escala, como suinocultura, avicultura e produção de ovos, há casos em que é necessário administrar medicamentos veterinários para combater desafios sanitários, causados por bactérias como E. coli e Salmonella enteretidis, por exemplo. A forma mais econômica e eficaz para este tratamento veterinário é pela adição de medicamentos via ração, procedimento que é regulamentado pela IN 14 e IN 65 do Ministério da Agricultura.

Neste processo, existem rações chamadas “limpas”, necessariamente as utilizadas no manejo dos animais nos dias que antecedem o abate e para aves de postura, que não possuem medicamentos, e rações “medicadas”, tais como o nome diz. Na sequência de produção, uma ração “limpa” somente poderá ser executada após uma “medicada” se a empresa validar por meio de análises laboratoriais e adotar um procedimento para a limpeza da linha de produção.

Uma vez que os equipamentos são vedados e a ração não entra em contato com o ambiente externo, o meio tradicionalmente utilizado pela indústria de rações é a passagem de um material não sensível pela linha de produção, processo também conhecido como “flushing”. Este tem como objetivo carrear possíveis resíduos dos fármacos para que a ração subsequente não apresente uma concentração maior do que 1% da utilizada no produto anterior.

Como pode-se imaginar, um procedimento falho neste sentido pode permitir que  resíduos de fármacos em quantidades superiores às permitidas sejam detectados em rações “limpas”, e se esta mesma ração contaminada for administrada a um lote de animais próximo à data de abate ou a aves em postura, com o período de carência não sendo respeitado, o risco de detectar resíduos de medicamentos na carne ou ovos torna-se considerável.

Para assegurar que essa contaminação não ocorra na fábrica de rações, algumas ações são indispensáveis:

  • Realizar monitoramentos por meio de análises de recuperação do fármaco em rações “limpas”; espera-se não detectar.
  • Verificar o estado de limpeza interna do misturador de rações, pés de elevadores, transportadores, condicionador e matriz da peletizadora, para que não se desprendam pedaços contaminados para dentro dos produtos. Manter a frequência de limpeza dentro de um nível seguro.
  • Avaliar o coeficiente de variação de mistura (CV%), para comprovação que as partículas estão homogêneas no produto e que não existem pontos de acúmulo de produto dentro do misturador. Espera-se <5%.
  • Observar, quando o misturador estiver vazio, o resíduo de fundo do equipamento. Espera-se < 0,2%.
  • Avaliar se existem vazamentos de comportas no pulmão inferior do misturador. Não pode haver.
  • Verificar erros de dosagem dos ingredientes. Espera-se <1,5% para microingredientes e <1,0% para macroingredientes.
  • Validar limpeza das graneleiras dos caminhões transportadores.

A segurança de alimentos está no campo também. E lá, garantir alimentos seguros é uma missão inegociável.

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A certificação GMP+: a relevância para o mercado brasileiro e os benefícios para a indústria de alimentos

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No dia 12/02/20 aconteceu em São Paulo o evento GMP+ International FSA e o palestrante Johan den Hartog explicou por que é importante a segurança de alimentos para os PPR de feed e os benefícios da certificação GMP+ e por que o mercado brasileiro é importante.

Por que é importante a segurança de alimentos para os PPRs de feed? No artigo 25 da declaração mundial de direitos humanos, pois é uma questão de mercado devido à necessidade no âmbito de segurança no geral. Exemplos de notícias mundiais corroboram isso. Casos dos anos 80, 90 e 2000 foram substanciais e em 1998 na polpa cítrica brasileira com dioxina e na Bélgica em 1999. Assim nasceu essa norma, pois a visão é fornecer alimentos seguros e as empresas devem se comprometer para tal. A missão da GMP+ é facilitar um esquema e atualizar com a contribuição de todos. Até 1998 era focado em premix, rações prontas, mas com base no risco em 1998 da dioxina em polpa cítrica o impacto foi muito grande, com ampliação de escopo até 2025 com a participação de produtores de frutas e para dar confiança do mercado em geral.

Esquema em blocos do GMP+ surgiu em 2005: PPR, HACCP, padrão ISO para gestão, visão de cadeia alimentar (4 blocos preventivos da garantia de segurança do GMP+) e 2 corretivos que são: cadeia como um todo e decisões da cadeia como um todo – tratativa de produto inseguro/não conformidades e o EWS que é o sistema de alerta prévio para boa comunicação na cadeia se o feed estiver contaminado. São ferramentas técnicas, mas acima de tudo é a cultura de segurança de alimentos que interessa, bem implementada e cientes sobre os pontos (Segurança de Alimentos é valor e não prioridade, estar sempre em mente!). Razão da garantia de Segurança de Alimentos é ética e moral, social (motivação de empregados) e econômica com operações mais bem executadas e oportunidades de vendas maiores.

Testemunhos de empresas certificadas dizem que os ganhos são:

– aumento de vendas;

– melhoria nas operações internas;

– diminui receios de inspeções oficiais e auditorias de clientes;

– conquista de licenças quando certificadas;

– empresas que comercializam carne já atendem requisitos com TESCO;

– em alguns países reduzem as inspeções oficiais (no Brasil não).

O que é importante nessa certificação no mercado nacional?

– o Brasil é um dos maiores produtores de produtos animais: carne, milho, polpa cítrica, soja;

– maior demanda do mercado asiático;

– maior oportunidade de negócios no mercado de ração animal;

– grande produtor de carne de porco e beef, então podemos com certificações darmos maior garantia ao mercado.

Os principais pontos que GMP+ oferece? Atendimento aos clientes externos, compradores de carnes (Tesco), atendimento aos requisitos regulatórios locais.

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Como funciona a certificação GMP Plus

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A GMP + International é proprietária e gestora do esquema GMP + Feed. GMP vem de Good Manufacturing Practices e o + se refere à integração com a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP).

Dentro do esquema de certificação da GMP + Internacional pode haver a certificação em GMP+ FSA segurança do alimento/ração, ou GMP+ FSA e Garantia de Responsabilidade do alimento/ração (FRA), enfocando um método de trabalho sustentável.

A norma de Feed Safety incorpora conceitos como ISO 9001, HACCP, limites de segurança de alimentação, rastreabilidade, monitoramento, programas de pré-requisitos e um sistema próprio de notificação de incidentes, o Early Warning System (EWS).

Normas GMP+, check-list, anexos e outros requisitos:

A estrutura dos documentos disponíveis no site é organizada conforme abaixo:

Os documentos A, B e D da GMP + fornecem às empresas – tanto já certificadas quanto empresas interessadas em certificação – todas as informações relevantes sobre o sistema de certificação GMP +, das condições gerais à implementação. Aqueles que estão interessados no papel dos Organismos de Certificação podem consultar os documentos C.

Para o esquema de Feed Safety Assurance, nos documentos B estão as normas, anexos e as notas específicas do país, isso se relaciona. Os documentos de certificação são específicos por categoria.

Vamos às normas:

GMP + B1 Produção, Comércio e Serviços (versão 01.07.2018)

GMP + B1.2 Produção, Comércio e Serviços – Requisitos adicionais para ISO22000: 2005 / PAS222: 2011 (versão 01.07.2018)

GMP + B2 Produção de ingredientes para rações (versão 01.07.2018)

GMP + B3 Comercialização, coleta e armazenamento e transbordo (versão 01.07.2018)

GMP + B3.2 Comercialização para Fazendas de Gado (versão 01.07.2018)

GMP + B4 Transporte (versão 01.07.2018)

GMP + B4.3 Transporte marítimo de curta distância e transporte por vias navegáveis interiores (versão de 01.07.2018)

GMP + B8 Produção e Comércio de Alimentos para Animais de Estimação (versão 01.04.2016)

Análises laboratoriais GMP + B10 (versão 01.04.2016)

Protocolo GMP + B11 para registro de GMP + para laboratórios (versão 01.03.2018)

Requisitos específicos:

GMP + BA1 Limites específicos de segurança de alimentos (contaminantes) (versão 06.04.2018)

GMP + BA2 Controle de resíduos (versão 01.07.2018)

Lista Negativa de Requisitos Mínimos GMP + BA3 (versão 08.03.2018)

Requisitos Mínimos de GMP + BA4 para Amostragem e Análise (versão 01.07.2018)

– Protocolo de aflatoxina B1 (versão 09.04.2018)

– Protocolo de aflatoxina B1 (versão 25.06.2018)

Requisitos Mínimos do GMP + BA5 EWS (versão 01.07.2018) Árvore de decisão

Requisitos Mínimos para Rotulagem e Entrega GMP + BA6 (versão 01.03.2017)

– Anexo 1: Lista com declarações aprovadas de boas práticas de consumo (atualização 13.02.2018)

GMP + BA7 Requisitos específicos para subprodutos da Indústria de Óleo e Gorduras (versão 01.09.2018)

GMP + BA10 Requisitos Mínimos para Compras (versão 01.07.2018)

– Anexo 6 – FSDS

– Anexo 9 – Transporte de feno e palha

GMP + BA11 Critérios de desempenho para laboratórios registrados GMP + (versão 01.03.2018)

GMP + BA13 Requisitos Mínimos para Amostragem (versão 01.01.2015) correção 01.04.2016

Para ter acesso às normas  e outros requisitos acima, vá no site do GMP Plus, onde os links estão ativos

Quando houver requisitos legais aplicáveis ao país de destino, estes apêndices devem ser consultados e utilizados. 

Check-lists:

Para acessar os check-lists GMP Plus, você deve ir à aba C, destinados às certificadoras.

 Empresas certificadas em GMP Plus

Você pode encontrar as empresas certificadas em GMP Plus neste link. Há aproximadamente 195 empresas brasileiras certificadas, abrangendo escopos variáveis, como terminais portuários, transportadoras fluviais, produtores de ração e ingredientes para ração.

A duração do certificado é de 3 anos, com visitas periódicas anuais. O dimensionamento é de aproximadamente 1,5 homem-dia.

GMP Plus não está na lista de esquemas reconhecidos pelo GFSI:

Quando os clientes nos perguntam se está é a norma de mais aceitação para quem produz insumos para ração animal, eu recomendo que consulte o cliente/mercado consumidor quanto ao esquema que melhor o atende. A norma GMP Plus tem requisitos que vão além da gestão da segurança dos alimentos, e por isso as expectativas dos clientes podem ir além das normas do GFSI.

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