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Entrevista com José Luiz Bariani

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José Bariani é colunista do blog Food Safty Brazil, expert da cadeia de amendoim, conhece a fundo normas de certificação como ISO 9001 e BRC, e é professor de qualidade e sustentabilidade do SENAC de Jaboticabal. Ele foi entrevistado pelos colegas colunistas para celebrar 52 primaveras no dia de hoje.

Segurança e sustentabilidade estão sempre de mãos dadas ou pode haver necessidade de priorização entre uma ou outra?  (Juliane Dias)

Bom, quando falamos em sustentabilidade temos que ver o assunto sob dois pontos de vista: o da Sustentabilidade Ambiental, fincado nos pilares Ambientais, Sociais e Econômicos; e o da Sustentabilidade do Negócio, que é fincado em outros três pilares: Rentabilidade, Produtividade e Qualidade (Podemos incluir nisso a Segurança de Alimentos).

Sobre a sustentabilidade ambiental todo mundo já está “meio careca” de saber que é muito importante ter conceitos dos 3 R, e também que todos devem fazer sua parte, ou seja, a sociedade como um todo deve estar comprometida com uma questão que afetará a vida de bilhões de pessoas em um futuro não tão distante.

Já a sustentabilidade do negócio está intimamente ligada a boa gestão dos processos internos. Quando falamos isso devemos ter em conta que cada organização deve conhecer muito bem a cadeia e olhar com muito carinho para as suas duas extremidades.

Os dois conceitos se encontram exatamente nesse ponto.

Quando olhamos para nossos fornecedores e fazemos uma seleção adequada, devemos considerar a relação com o meio ambiente como aspecto fundamental. Uma empresa que tem práticas agrícolas sustentáveis é um parceiro que nunca irá te deixar na mão ou envolver seu nome em algum escândalo ambiental.

Na outra ponta, quando olhamos para o nosso consumidor, devemos estar atentos àquilo que ele espera do nosso produto. Se produzimos bem, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis e diminuindo desperdícios, o cliente se sentirá muito feliz pois estará ajudando, de maneira indireta, na preservação da natureza.

Certo, mas há momentos em que temos que fazer escolhas, certo? Por exemplo trocar luvas com mais frequência e gerar mais resíduo ou usar mais água para melhor higienização… (Juliane Dias)

Na verdade, estas questões que você levanta são questões objeto de discussões diárias nas empresas.

No caso das luvas, por exemplo, isso tá muito mais associado ao custo de manutenção do processo do que com o meio ambiente. O mesmo ocorre com jalecos e toucas descartáveis.

Quando falamos em sustentabilidade ambiental em sala de aula, há toda uma conceituação sobre impactos ambientais.

O homem, por natureza, causa impactos mesmo dormindo…

Então, o grande desafio das organizações é trabalhar com a gestão dos riscos sejam eles de segurança de alimentos, segurança do trabalho ou ao meio ambiente, gerando o menor impacto possível.

Anualmente, a cota de recursos naturais disponíveis para consumo (aquilo que o planeta produz pra gente) tem sido atingida cada vez mais cedo. Ou seja, entramos no cheque especial em agosto no ano passado e neste ano ainda não recebi a informação mas, como a data está sempre sendo antecipada, acho que devemos ter entrado no vermelho em julho.

Por isso os programas de Qualidade, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente têm sido fundidos em muitas organizações.

É preciso ter a noção do todo para fazer uma boa gestão interna, diminuindo os pontos de conflito que não são poucos, principalmente por conta da pressão de redução de custos, cada vez maior.

Bariani, você trabalha com 3 nichos que amo: Educação, Qualidade e Sustentabilidade. Quais são os valores que pautaram sua escolha, qual sua missão e seu sonho para com estas áreas? Como você conectaria estes temas no blog FSB?

Bariani é como me chamavam nos tempos de Oxiteno… Na verdade, as coisas meio que foram me conduzindo pra isso. Quando ainda fazia o colégio técnico dei algumas aulas voluntárias, por algum tempo, para adultos que estavam participando de um processo de alfabetização. Trabalhar na área da Qualidade veio com a opção profissional feita no Vestibulinho da ETI Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo. Passei, e daí para trabalhar em laboratório foi um estalo.

Os anos no Polo Petroquímico em SP trouxeram o aprendizado em várias frentes.

Primeiro, a questão da Qualidade. A Oxiteno sempre foi referência no segmento. Fomos a primeira empresa do Polo a ter um Manual da Qualidade e a primeira a receber a certificação ISO 9001. O processo foi duro, mas o aprendizado foi melhor.

A questão da sustentabilidade também surgiu mais ou menos nesta época. Fomos os primeiros a implementar um programa de monitoramento ambiental com foco em substâncias orgânicas. Esse trabalho foi base para um curso de especialização que fiz na USP.

A empresa, por conta dos processos, tinha uma estação de tratamento de efluentes e isso tudo foi despertando a atenção para a questão da preservação. Mesmo porque a química sempre foi vista como a grande vilã do meio ambiente.

Quando mudei pro interior e vim trabalhar na COPLANA, o objetivo era estruturar a área de Qualidade. Aí, voltei pro banco da escola, pois Segurança de Alimentos era um assunto que ouvia falar mas que não tinha a menor ideia.

Melhor do que isso, trabalhar várias vertentes em uma Cooperativa… A questão da preservação de nascentes, programas de recuperação de áreas degradadas e uso correto de agrotóxicos. Muita coisa de uma vez só!!!

Daí, um amigo biólogo me convidou para aulas em um módulo de Gestão da Qualidade no SENAC. Aceitei, a princípio como convidado e depois como efetivo. As salas de aula são regeneradoras! E no SENAC tenho a possibilidade de ajudar na formação de mão de obra mais capacitada para o mercado. As deficiências que encontramos no momento das contratações aqui no interior são enormes!

Além disso, na minha opinião, conhecimento é uma coisa que deve ser compartilhada sempre, e eu me sinto um privilegiado porque trabalhei ao longo dos anos em empresas líderes dos seus segmentos e com profissionais que me ensinaram muita coisa.

Então, o que faço é dar prosseguimento a um processo que começou muito antes de mim e que nunca deve parar, se quisermos um país melhor e menos desigual para todos.

Como anda a cadeia de amendoim no Brasil? (Juliane Dias)

Com relação ao amendoim, posso dizer que a cultura atravessa um ano de muitos desafios, o que não é novidade para ninguém, mas a questão climática tem afetado as últimas safras de maneira significativa. Anos de estiagem como os três últimos, trouxeram o fantasma das micotoxinas de volta, e anos muito chuvosos, como este, trouxeram prejuízos financeiros enormes para os produtores. Para complicar, a União Europeia tem imposto maiores restrições para os produtos agrícolas brasileiros, em especial no que diz respeito à legislação sobre resíduos de pesticidas que está mais restritiva a cada ano que passa.

Como os conceitos de Boas Práticas Agropecuárias ainda não estão bem enraizados na cultura dos nossos agricultores, o desafio para as indústrias é cada vez maior, e os custos com controles laboratoriais no recebimento estão subindo bastante.

A boa notícia para o Brasil é que a Argentina, nosso maior concorrente para o Mercado Europeu, este ano também teve uma quebra significativa por conta das condições climáticas desfavoráveis causadas pelo fenômeno El Niño.

No Mercado Interno as coisas estão mais tranquilas para quem consome produtos derivados do amendoim das grandes marcas como Nestlé, Garoto, Mondelez, Mars entre outras, pois estas contam com programas bastante rígidos para a seleção de fornecedores, incluindo até questões sócio-ambientais nas suas auditorias. Infelizmente, empresas menores têm levado muito em conta a questão financeira em detrimento dos programas de Qualidade e Segurança de Alimentos no momento da aquisição de matéria-prima, o que coloca em risco a saúde dos consumidores de baixa renda e das regiões mais distantes dos grandes centros brasileiros.

Nos fale sobre o selo Abicab, suas garantias e desafios. Como a blanchagem contribui como medida de controle para a aflatoxina? Quais são as tendências de sustentabilidade no segmento de amendoins? (Cíntia)

O selo “Pró Amendoim” foi criado pela ABICAB com o objetivo de estabelecer um padrão mínimo de qualidade para a indústria de confeitos e salgados que utilizam o amendoim como principal matéria-prima.

O programa tem como base as BPF e o HACCP que são avaliados periodicamente através de auditorias nas empresas que fazem parte do programa (são nove atualmente) e, paralelamente através de monitoramento, nas prateleiras dos mercados, dos produtos que contêm amendoim inclusive de empresas que não fazem parte do programa.

Desde 2001 são muito visíveis os progressos nos controles e na diminuição de não conformidades tanto em auditorias como em inspeções nas prateleiras dos supermercados.

Nos últimos cinco anos, cerca de 9% dos produtos de empresas não participantes do programa, que foram avaliados, apresentaram resultados de Aflatoxinas acima do permitido pela legislação brasileira que é de 20 microgramas por quilo (ppb). Nesse mesmo período apenas duas não conformidades ocorreram com produtos de empresas participantes.

As análises são feitas pelo LAMIC (Laboratório de Micotoxinas) da Universidade Federal de Santa Maria (RS) que é credenciado pelo MAPA e certificado pelo INMETRO.

Uma coisa bem bacana no programa é a atuação da ABICAB em parceria com a ANVISA, pois quando há ocorrências de não conformidades a notificação ocorre rapidamente, o que ajuda muito para que a saúde do consumidor brasileiro seja protegida.

Com relação ao Blancheamento, ele é permitido pelo CODEX ALIMENTARIUS como processo redutor de Aflatoxinas. No entanto, no Brasil não há ainda estudos científicos validados para tal.

Sabemos que as micotoxinas tendem a se concentrar na película e na superfície dos grãos então, o processo de retirada da película e de lixamento do grão (Blancheamento) ajuda muito a diminuir a incidência das mesmas. Este é um assunto que as empresas exportadoras estão tratando de maneira muito responsável para apresentação de um protocolo ao MAPA com o objetivo de validação do processo e do seu fim.

Sobre o assunto sustentabilidade o que posso dizer é que há uma preocupação muito grande das empresas do setor com relação ao assunto. Já existem clientes multinacionais com atuação também no Brasil que têm em seus planejamentos estratégicos a aquisição apenas de matéria-prima produzida de maneira sustentável também no campo. Nesse sentido, temos feito um trabalho forte de conscientização dos nossos produtores para essas e outras questões que envolvem o meio ambiente, em especial sobre o uso correto e mínimo de agrotóxicos.

O reaproveitamento da casca do amendoim para a geração de energia (biomassa) também é um assunto que tem pautado as reuniões das empresas do setor.

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Publicada consulta pública sobre rotulagem de lactose

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CONTÉM LACTOSE: Caixa alta, negrita, mínimo 2 mm e em cor contrastante à cor da embalagem logo após a lista de ingredientes e nunca em tamanho menor do que as demais letras desta lista.

Assim deve ser rotulada a lactose em produtos que contiverem mais do que 10 mg/100 ml ou 10 mg/100 g de produto segundo o texto da consulta pública da Anvisa 255/15. Estes produtos poderão ser alimentos, incluindo as bebidas, os ingredientes, os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia, embalados na ausência dos consumidores inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial e os destinados aos serviços de alimentação.

A regra muda para fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas e das fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinadas a necessidades dietoterápicas específicas, onde o valor para declaração deve acontecer em quantidade maior do que 10 (dez) miligramas por 100 (cem) quilocalorias. No caso das fórmulas para nutrição enteral, a declaração é obrigatória quando o produto contiver lactose em quantidade maior ou igual a 25 (vinte e cinco) miligramas por 100 (cem) quilocalorias.

Já a regulamentação para alimentos para fins especiais (dietas com restrição de lactose) está no texto da consulta pública 256/15:

  • Isentos de lactose: Alimentos para dietas com restrição de lactose que contêm quantidade de lactose igual ou menor a 10 (dez) miligramas por 100 (cem) gramas ou mililitros do alimento pronto para o consumo, de acordo com as instruções de preparo do fabricante deverão ser declarados como “isento de lactose”, “zero lactose”, “0% lactose”, “sem lactose” ou “não contém lactose”, próxima à denominação de venda do alimento. Nestes casos,  as quantidades de lactose e galactose presentes na porção do produto devem ser declaradas abaixo de carboidratos na tabela de informação nutricional.
  • Baixo teor de lactose: Alimentos para dietas com restrição de lactose que contêm quantidade de lactose maior que 10 (dez) miligramas por 100 (cem) gramas ou mililitros e igual ou menor do que 1 (um) grama por 100 (cem) gramas ou mililitros do alimento pronto para o consumo, de acordo com as instruções de preparo do fabricante deverão ser declarados como “baixo teor de lactose” ou “baixo em lactose”, próxima à denominação de venda do alimento.

Os teores de lactose e galactose devem ser declarados em miligramas e sem o percentual do valor diário (%VD).

Importante: segundo o texto deve ser assegurada a redução da lactose mediante análises de controle de qualidade do produto final e de estudos de validação do processo produtivo.

A partir da próxima segunda-feira até o dia 01 de novembro, as mesmas estarão abertas para participação popular.

Assim, se você tiver contribuições, corra! Clique aqui e aqui conheça o texto integral das consultas.

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Como classificar zonas de risco na produção de alimentos?

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Classificar adequadamente se uma zona é de risco na produção de alimentos é um procedimento que além de prevenir a contaminação cruzada, evita que sejam gastos recursos em áreas da indústria onde não é necessário, como tratamos em “Zoneamento – por onde começar?”. Uma zona de risco demanda separação física, segregação por cores, além de custos permanentes como trocas diferenciadas de uniformes e sapatos, uso de ar filtrado, intensificação nos procedimentos de lavagem das mãos  e limpeza do ambiente e necessidade de monitoramento ambiental microbiológico.

Um raciocínio lógico deve servir como base para se fazer esta classificação. Que raciocínio pode ser este? Uma referência bem embasada são as árvores decisórias que constam nos anexos da norma BRC Food 7ª Edição. Uma delas é aplicável a produtos refrigerados e congelados, e a outra para produtos à temperatura ambiente.

Um produto de alto risco, segundo esta norma, é a aquele “produto ou alimento frio pronto para consumo e aquecimento em que há elevado risco de proliferação de microrganismos patogênicos”.

Assim, para atender este critério, os alimentos devem:

  • Requerer refrigeração ou congelamento durante o armazenamento para preservação da segurança;
  • Ter passado por tratamento térmico de 70ºC por 2 minutos (ou equivalente) antes de entrar na área considerada de risco;
  • Ser vulnerável ao crescimento de microrganismos;
  • Ser pronto para consumo ou pronto para ser aquecido, que com base ao uso esperado, podem vir a ser consumidos sem o devido aquecimento ou cozimento.

Já o ambiente deve seguir o raciocínio desta árvore:

arvore_BRC

Existe uma outra árvore na mesma norma, aplicável à alimentos armazenados à temperatura ambiente. No caso, aparecem com o produtos de risco alimentos como pasta de amendoim, que pelo alto teor de gordura possibilita a manutenção da vida de bactérias como a Salmonella.

Para ilustrar, apliquei a árvore de produtos refrigerados a dois casos: a área de envase de salsicha a vácuo para hot dog e para frango em cortes. Vejam se faz sentido como a zona foi classificada:

Aplicação da árvore decisória BRC para produtos ou áreas de alto risco

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Está com artrite reativa? Pode ter sido algo que você comeu

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Muitos pensam que as consequências de uma doença de origem alimentar são um passageiro “piriri”, ou então, outro extremo, a morte. O que pouco se comenta é que no “meio do caminho” há muitas possibilidades de danos temporários ou permanentes à qualidade de vida de quem ingeriu alimentos contaminados com bactérias ou toxinas.

Aqui no blog já falamos de doenças de origem alimentar que deixaram sequelas por toda a vida, e também compilamos depoimentos de brasileiros ou extrangeiros com síndrome de Gillian Barré.

Artrite reativa é o nome usado para descrever um grupo incomum, mas potencialmente debilitante de sintomas que se sucedem a uma infecção gastrointestinal, geniturinário, ou infecção viral. As bactérias gastrointestinais mais comumente envolvidas são Salmonella, Campylobacter, Yersinia, Shigella, E. coli, e Vibrio

A tríade específica, artrite, conjuntivite, e uretrite é conhecida como síndrome de Reiter. Em muitos pacientes, no entanto, apenas um ou dois destes sintomas se apresentam, tais como artrite e uretrite, ou artrite e conjuntivite. A artrite reativa pode se desenvolver após uma pessoa comer alimentos que foram contaminados com as bactérias patogênicas. Muitos pacientes podem ter inchaço grave, dor abdominal e diarreia aquosa. No entanto, em alguns pacientes, a infecção inicial pode ser mais leve e não é facilmente reconhecida, mas a artrite reativa ainda pode ocorrer. A inflamação envolve, tipicamente, uma várias articulações que afetam preferencialmente as extremidades inferiores. As articulações mais comumente atingidas são os joelhos e tornozelos.  A inflamação pode também ser comum nos entese (onde ligamentos e tendões se anexam ao osso), especialmente na parte frontal do joelho ou da parte de trás do tornozelo, causando dor local com caminhadas ou exercícios.

Salmonella foi a bactéria mais frequentemente estudada associada com artrite reativa nos EUA. Os achados encontram associação entre 6 e 30% dos casos. A frequência de síndrome pós-infecciosa de Reiter, especificamente, é menos frequente. Em um surto de gastroenterite de origem alimentar por Salmonella, 29% dos pacientes desenvolveram artrite, mas apenas 3% desenvolveram a síndrome de Reiter. Caucasianos parecem ser mais propensos do que os de ascendência asiática para desenvolver artrite reativa, e as crianças podem ser menos suscetíveis que os adultos após a infecção com Salmonella

A frequência de artrite reativa aguda de outras bactérias varia muito. A ocorrência de nova dor nas articulações após a infecção entérica é como 1 e 4% em adultos com Campylobacter ou infecções Shigella.  Em outro estudo, relatou-se ocorrência de 0,6 a 24% dos pacientes gastroenterite por Campylobacter. Após a infecção por Shigella a percentagem de pacientes que exibem subsequentes intervalos de artrite reativa é de 1,5 a 7%. 

Um levantamento feito na Espanha a partir de pacientes que foram vítimas de Salmonelose mostrou que a incidência de artrite reativa de Salmonella pós surtos alimentares varia entre 7 e 30%  A duração média da doença é de 3 a 6 meses, no entanto, 20% desenvolveram um problema crônico que ser confirma em 6 meses.

As bactérias conhecidas por causar artrite reativa são sensíveis ao calor e outros processos de desinfecção comum, incluindo a pasteurização do leite, cozimento adequado de carne e aves  e cloração ou ozonização da água. O método mais confiável para assegurar que essas bactérias como Salmonella, Campylobacter e S, Campylobacter e Shigella são eliminados durante o processo de cozimento é usar um termômetro de alimentos digital. Técnicas sanitárias básicas como lavar as mãos e  usar água potável tem diminuído a incidência destas infecções nos países industrializados, mas eles ainda são muito prevalentes em países menos desenvolvidos e do terceiro mundo.

 Referências

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Projeto Sanitário de equipamentos para processamento de cárneos

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Temos uma seção no blog inteiramente dedicada à projeto sanitário. Ainda não havíamos publicado uma referência específica por segmento, como, por exemplo, um guia de projeto santiário de equipamentos para processamento de cárneos. No caso de processamento de carnes, independente se de aves, suínos ou bovinos, uma referência atualizada é a lista de verificação do Sanitary Equipment Design Principles – CHECKLIST & GLOSSARY, disponibilizado pela  Foundation for meat and Poultry Research and Education.

Segundo esta a fundação, para o processamento sanitário de carnes, devem ser seguidos dez princípios fundamentais que são detalhados em vinte páginas de um check-list, complementados com fotos de exemplos práticos.

Os princípios são:

  1. Facilidade de limpeza a um nível microbiológico;
  2. Construção à partir de materiais compatíveis;
  3. Acessível para inspeção, manutenção, limpeza e saneamento;
  4. Não permitir acúmulo de líquidos ou produtos;
  5. Áreas ocas devem ser hermeticamente fechadas;
  6. Ausência de nichos;
  7. Performance operacional sanitária;
  8. Sanitariedade dos itens de Manutenção;
  9. Compatibilidade sanitária com os outros sistemas de plantas;
  10. Protocolos de limpeza e desinfecção validados.

Para acessar gratuitamente o guia, acesse aqui.

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Pesquisadora explica qual é o problema com molhos de tomate que têm apresentado pelos de roedores

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Devido aos recentes acontecimentos nos quais foram constatados pelos de roedores em alimentos, o Food Safety Brazil consultou a especialista sobre o assunto, Gina Cardozo, para saber melhor o por quê desses acontecimentos.

1. Por que estão acontecendo tantos recolhimentos em molhos de tomate?

Temos percebido ao longo dos anos um aumento na ocorrência de fragmentos de roedores em derivados de tomate. Esse fato acompanha a mecanização da colheita, que no passado era exclusivamente manual e gradualmente tem sido substituída por máquinas de maior velocidade, e que eventualmente poderão capturar animais que estão no campo, se misturando ao produto.

2. Mas não há etapas posteriores da fabricação para eliminar estes pelos?

Existem etapas de lavagem, na qual cada vez mais se reusa a água, por questões de custos e meio ambiente. Esse procedimento tem um limite e as empresas devem investir para se melhorar as boas práticas e a separação dos contaminantes.

3. A população está sob risco real de saúde?

Na prática, não. Claro que é um indicador de falha de fabricação e algo muito indesejado encontrar fragmentos de pelos de roedores acima dos limites estabelecidos. Mas existe um conjunto de fatores que eliminarão microrganismos que causam dano à saúde, como o tratamento térmico (aquecimento do molho), o seu pH (relacionado com ácidos presentes) e outros ingredientes da formulação.

Especialistas em pragas urbanas deixam claro que os ratos do campo não representam a mesma ameaça sanitária que os ratos urbanos, uma vez que o ambiente rural não concentra as mesmas doenças que ambientes como esgoto público, por exemplo.

Gina Cardozo é bióloga do Instituto de tecnologia de Alimentos e coordenadora da Unidade Laboratorial de Referência de Análises Físicas, Sensoriais e Estatísticas. Atua na identificação histológica, análise de imagens e identificação de matérias estranhas em alimentos.

Leia mais sobre o assunto no post Sujidades nos alimentos legalmente aprovadas.

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Por que a solda TIG é a mais indicada para a indústria de alimentos?

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Sabemos que um dos princípios básicos de projeto para a indústria de alimentos é que a solda seja sanitária. A técnica que melhor atende este requisito é a solda TIG.

A sigla corresponde a Tungsten Inert Gas (ou em português, Tungstênio Gás Inerte). Este nome se dá pois se utiliza sempre um eletrodo de tungstênio, elemento robusto que possui o mais alto ponto de fusão entre os metais, não sendo consumido na soldagem, e um gás inerte de proteção. Além disso, esse método de soldagem é realizado a arco elétrico, que nada mais é que um curto-circuito controlado (a energia elétrica se converte em energia térmica). Um gás inerte  injetado de forma controlada no entorno do ponto a ser soldado serve para proteger a liga metálica (geralmente aço inox) e a peça do ambiente de contaminantes atmosféricos, prevenindo reações químicas indesejadas (como oxidação, por exemplo). No caso da solda TIG, é utilizado mais comumente o gás argônio, que tem características técnicas ideais e é economicamente viável.

Com a soldagem TIG, o soldador tem ótima visibilidade e segurança no trabalho. Ela deixa poucos resíduos e não requer limpeza. O acabamento é superior, bem como as propriedades mecânicas e estanqueidade.  Do ponto de vista sanitário, por ser mais regular, previne-se um foco possível de acúmulo de resíduos de alimentos e a possibilidade de formação de biofilmes, o que é essencial para a indústria de alimentos, cosmética e farmacêutica.

Existe a possibilidade de se realizar esta técnica de forma manual, e nesse caso, se requer um soldador bastante caprichoso, pois o trabalho pode ser comparado a um “bordado”, tanto que o nome da área soldada é chamada de “costura de solda” ou “cordão de solda”. Em trabalhos mais complexos, de maior escala e que demandem mecanização, se necessita a solda orbital, na qual o eletrodo, através de um equipamento programável, gira ou “orbita” em torno do material a ser soldado, como em tubulações ou superfícies tidas como difíceis. O domínio da técnica de programação dos parâmetros de trabalho é essencial, incluindo amperagem, vazão do gás, diâmetro do eletrodo e da vareta de adição, comprimento do arco e velocidade da soldagem para que a solda ao final tenha as características sanitárias. Na imagem abaixo pode ser observada a carcaça de uma válvula soldada a uma tubulação pela técnica TIG com solda orbital.

solda_orbital

O que restringe a aplicação de uma técnica tão boa é o custo alto e maior tempo de linha parada em manutenções corretivas, pois a execução é mais lenta e mais difícil. Fora isso, pode ser realizada somente em ambiente controlado (coberto), pois caso sofra influência de uma corrente de ar, a proteção do gás inerte é comprometida.

Em outro post abordaremos sobre defeitos em soldas para a indústria de alimentos e como realizar uma soldagem de boa qualidade.

Referências:

  • DOC 35 da EHEDG  Hygienic welding of stainless steel tubing in the food processing industry (2006);
  • DOC 9 da EHEDG    Welding stainless steel to meet hygienic requirements (1993).

Crédito da Imagem: De máquinas y Herramientas.

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Dia do Engenheiro Sanitarista: entrevistamos a Fernanda Spinassi

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Hoje é 13 de julho, dia do Engenheiro Sanitarista. Entrevistamos Fernanda Spinassi, nossa colunista e tesoureira da Associação Food Safety Brazil, em reconhecimento a estes profissionais que também contribuem muito com a segurança dos alimentos.

Quando você escolheu esta profissão imaginava atuar na área de alimentos? Como foi que você iniciou na mesma e chegou a atuar em outras?

Sim. Minha carreira começou quando fiz o curso técnico em alimentos no colégio. Então meu primeiro emprego foi como técnica de laboratório em uma indústria de bebidas. Daí por diante, grande parte da minha história profissional foi conduzida em empresas de alimentos ou em empresas de embalagens para alimentos. Porém, como atuo na área de sistema de gestão integrado a quase 10 anos, tive a oportunidade de trabalhar em uma indústria química entre 2014 e 2015. O que também foi um grande aprendizado, que me agregou muito conhecimento, principalmente no que se refere a segurança ocupacional e segurança de processos.

Que bagagem curricular o engenheiro sanitarista traz quando atua em segurança dos alimentos?

Pensando exclusivamente na experiência acadêmica a principal bagagem que o engenheiro sanitarista traz são os conhecimentos em biologia e microbiologia, e também as disciplinas relacionadas a construções sanitárias.

Como poderíamos diferenciar a formação e atuação profissional do Engenheiro Sanitarista, Engenheiro de Produção e Engenheiro de Alimentos dentro do universo de ALIMENTOS?

Vamos separar por profissão dentro do universo de alimentos:

  • Engenheiro Sanitarista: pode atuar principalmente na área de qualidade, meio ambiente ou sistemas de gestão;
  • Engenheiro de Produção: na maioria das vezes atua na área de produção (com foco em aumentar a produtividade), engenharia e algumas vezes na área de qualidade (muitos profissionais acabam se especializando em gestão da qualidade);
  • Engenheiro de Alimentos: na grande maioria das vezes atuam na área de qualidade ou pesquisa e desenvolvimento.

Qual é o seu maior desafio como Engenheira Sanitarista em nosso país, com sua visão de atuar em multinacionais?

Avaliando de uma forma macro, creio que o grande desafio do engenheiro sanitarista no Brasil está relacionado a dois assuntos: saneamento básico e meio ambiente.

No mercado de empresas multinacionais acredito que os grandes desafios estão relacionados a adequações sanitárias em empresas alimentícias que já estão instaladas a muitos anos. É comum empresas que têm mais de 20 anos terem instalações inadequadas. Tanto no que se refere a condições sanitárias para fabricação de alimentos quanto a adequações de segurança ocupacional da infraestrutura e equipamentos.

Outra questão de suma importância é a consciência relativa aos impactos ambientais. A legislação brasileira sobre meio ambiente é muito rica, mas também difícil de ser atendida. Este é um desafio para as grandes multinacionais.

Quais são as maiores dificuldades e conflitos ao se implementar sistemas de gestão integrados?

São muitos os desafios… Na maioria das vezes eles estão mais relacionados a segurança de alimentos versus segurança ocupacional ou meio ambiente. Um exemplo: higienização úmida X recursos hídricos.

Neste contexto, alguns assuntos que já tratamos aqui sobre conflitos entre as frentes de trabalho:

Como escolher ou priorizar medidas quando há “conflito” entre um requisito ambiental ou de segurança ocupacional, frente a um de segurança dos alimentos?

Algumas vezes não se trata simplesmente de escolher ou priorizar. Muitas vezes os conflitos são decididos avaliando as formas de minimizar os riscos ou então encontrar medidas compensatórias para o risco que não pode ser solucionado. Isto porque todas as frentes são imprescindíveis. A responsabilidade da organização é tão grande com seus consumidores quanto é com o meio ambiente ou com os próprios colaboradores.

Qual norma (ou lei) você criaria para melhorar a segurança de alimentos no Brasil?

Creio que uma das grandes oportunidades que temos no legislativo brasileiro está relacionada às condições de saneamento básico. Um desafio muito grande das organizações, principalmente daquelas que estão instaladas fora dos grandes centros, é implantar a cultura de segurança de alimentos nos colaboradores que não têm a mínima noção do que é higiene. Mas grande parte da responsabilidade, no meu ponto de vista, é também do governo. Deveria ser obrigatório que todos os municípios tratem 100% dos efluentes gerados pela população, que todos os resíduos sejam tratados (recicláveis e não recicláveis), e que as residências tenham acesso a água tratada e rede de esgotos domésticos. Mas sei que para que o Brasil chegue nesta condição precisamos de muitas mudanças severas.

Pela sua experiência em auditorias, quais as principais vantagens que você observa quando uma empresa se certifica pela primeira vez em uma norma de Qualidade ou Segurança de alimentos?

Acredito que a principal vantagem de uma certificação é a padronização. Este é um conceito da ISO 9001 desde o início, e que mesmo com a mudança da norma na versão 2015 (que reforça a visão por processos) este princípio se mantém. Contudo, há um desafio entre manter a padronização e saber o que deve ser estritamente procedimentado, e o que deve ser trabalhado com treinamento ou sistemas informatizados.

Por outro lado, a certificação em segurança de alimentos como primeira certificação é um desafio mais complexo, exige que o corpo técnico da organização seja mais qualificado, pois além dos desafios de padronização, existem as exigências de entendimento de processo, de conhecimento dos ingredientes e materiais para que o estudo APPCC e os pré requisitos sejam adequadamente implantados.

Qual o segredo para manter o equilíbrio pessoal e profissional, tendo que ser o ponto de conexão de tantas áreas de uma empresa?

Bem… aqui é uma questão muito particular de cada profissional…. Sou engenheira sanitarista de formação e trabalho com sistemas de gestão por paixão. Fascina-me o desafio de administrar os conflitos… encontrar soluções para as situações onde temos demandas diferentes entre várias vertentes. Então valorizo muito o meu profissional, mas meu objetivo de vida não depende somente disso. Então ponderar minha vida pessoal com o lado profissional é uma das coisas que não abro mão.

Atualmente, com o avanço da tecnologia acredito que esta tarefa acabe ficando um pouco mais fácil de ser conduzida.

Com estas considerações iniciais colocadas… kkkk Tenho dois hobbies que não abro mão: correr e cozinhar.

Amo correr! Comecei a correr em 2010, de forma modesta…. fiz minha primeira prova em 2011, e em 2013 acabei me afastando do asfalto. Voltei em 2014 e hoje divido a minha agenda semanal com o trabalho, o voluntariado no blog e os quilômetros do meu treino. Desde o ano passado que faço provas entre 10k e 21k, o que me exige um plano de treino semanal bem disciplinado. E enquanto estou “devorando” os quilômetros acabo fazendo muitas análises críticas das situações do dia a dia… Mas as vezes também abstraio de tudo e só penso na paisagem, na satisfação de cumprir uma prova, de melhorar meu tempo, e de me desafiar.

Na cozinha eu adoro inventar… posso passar horas preparando um prato, cozinhando com a família ou com os amigos.

Entrevistadores, colegas e colunistas: Juliana Levorato, Juliane Dias, Humberto Soares, Humberto Cunha e Silvana Chaves.

4 min leituraHoje é 13 de julho, dia do Engenheiro Sanitarista. Entrevistamos Fernanda Spinassi, nossa colunista e tesoureira da Associação Food Safety Brazil, em reconhecimento a estes profissionais que também contribuem muito com […]

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Eles mereceram a RDC 26/15

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Estamos próximos do prazo-limite de adequação dos rótulos que protegem a saúde dos consumidores alérgicos. São eles os que mereceram a RDC 26/15, e ilustraram posts do Food Safety Brazil, que desde o início da sua trajetória, apoia esta causa.

Sempre que parecer difícil entender o motivo para adoção desta legislação, ou ser necessário convencer alguém a adotá-la, reveja e conte estas histórias que compartilhamos aqui.

Em fevereiro de 2013 revelamos neste post que foi a gota d’água para Cecília Cury, protagonista do movimento Põe no Rótulo, perceber que seu filho que somente se alimentava de leite materno, teve uma reação alérgica mesmo com restrições à sua dieta, tais como preparar em casa seu próprio pão para não ter nenhum contato com o alergênico. A causa da reação, descobriu posteriormente, foram traços de leite no fermento que usou para elaborar o pão, que não continha informações sobre possibilidade de contaminação cruzada no rótulo. A indignação frente a falta de informação se tornou uma tese de doutorado, e foi a semente para o movimento Põe no Rótulo.

Em abril de 2013, contamos a história da paulista Carol, que está há seis anos presa à uma cama, com total comprometimento motor, porém lúcida após ter sofrido choque anafilático e não receber socorro adequado em tempo. O motivo da reação foi possivelmente ter consumido lula frita no mesmo óleo usado para preparar camarão. Na época tinha 27 anos.

Adriana Sanches contou como se desdobra para que o filho não corra riscos, e ao mesmo tempo não sofra de privações sociais por causa das limitações alimentares. Uma rotina de cuidados e restrições continuará sendo parte da vida de mães e alérgicos mesmo com a RDC 26/15, contudo, espera-se que vivam com um pouco mais de segurança e confiança em relação aos rótulos de produtos industrializados.

Um triste obituário que publicamos em abril de 2015 ilustrou rostos de três jovens britânicos, a partir de um site de mães com filhos alérgicos. Eles foram somente alguns exemplos selecionados. Depois da publicação, 2015 fechou a triste estatística de 14 vítimas fatais. Em 2016 já há cinco nomes e suas histórias, em sua maioria, relacionada à amendoim.

A alergia ao látex parecia algo muito intangível de se reconhecer, até que publicamos o depoimento da Daisy Fortes, que perdeu a visão por complicações de sucessivas reações alérgicas e seus tratamentos. Hoje ela vive uma vida bastante reclusa, pode consumir somente nove alimentos e leite somente ordenhado à mão para ter certeza que as teteiras não tem contato com o látex.

Perdeu a vida Paul Wilson, de 38 anos, do Reino Unido, que consumiu um prato de deveria ser à base de amêndoas e continha o proibido amendoim, deixando o precedente de uma condenação de seis anos de prisão por homicídio culposo para o proprietário do local.

Estima-se que possivelmente há muito mais histórias como estas para se contar, mas a maioria delas não é captada pela mídia ou não autorizadas pelas famílias, que em sua dor ou dificuldade, preferem permanecer em silêncio.

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Harmonização de legislação de Food Safety no mundo é meta do GHI

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Já falamos do GHI, Global Harmonization Iniciative, aqui no blog. Chegamos a entrevistar seu fundador, Huub Lelieveld, que não aceita o fato de termos no mundo tantas pessoas passando fome e ao mesmo tempo, tantos alimentos sendo destruídos por não atenderem critérios de segurança de alimentos, enquanto são tranquilamente aceitos em outros.

Essa entidade sem fins lucrativos tem como meta harmonizar o trabalho de cientistas, isenta da influência de empresas, para que a segurança de alimentos seja prioridade, porém sem impedir o desenvolvimento tecnológico, sem criar barreiras comerciais e principalmente, garantindo a disponibilidade de alimentos.

Os principais grupos de trabalho do GHI são:

O site, recentemente reformulado, é: www.globalharmonization.net.

O GHI também está nas mídias sociais:

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