< 1 min leitura
1

Iniciativa de Segurança de Alimentos open source

< 1 min leitura

Ah, a economia colaborativa e seus ideais…

Descobri recentemente um software open source totalmente voltado para um plano de HACCP. Open source é um termo em inglês que significa código aberto, não pode possuir um custo de licença e qualquer pessoa pode ter acesso, ou seja, não possui restrições.

A iniciativa pode ser vista neste site. O projeto tem como ideia compartilhar planos de segurança de alimentos (normalmente propriedade de processadores individuais) como documentos de código aberto. Os planos estarão disponíveis para visualização, comentários, download, compartilhamento, revisão e uso públicos gratuitos e irrestritos. Eles esperam que os outros não apenas usem esses planos, mas também contribuam com informações, fortalecendo a segurança geral do nosso sistema alimentar. Ou seja, você pode enviar seu próprio plano para a plataforma. A plataforma conta com nove planos atualmente, como: cura, secagem e defumação de pescados; fermentação de salsicha; cura e defumação de carne e aves e outros.

Mas você deve estar se perguntando, como eu me perguntei, como tudo isso começou?! O nome deste projeto pode ser ligado a Jonny Hunter, cofundador da Underground Meats – O Upper Midwest tem uma longa e vibrante história na indústria de processamento de carnes. Estas tradições, combinadas com a nossa proximidade aos melhores leitões e cabras da nação, criados em pastagens e tratados humanamente, são a fonte da nossa inspiração e a base do nosso sucesso. Para tocar seu negócio, ele precisou implementar HACCP na sua produção de salames artesanais para conseguir a certificação necessária e comercializar seus produtos no país. Ele viu aí uma oportunidade de compartilhar seu aprendizado e todo material desenvolvido, afinal, se ele teve essa dificuldade, outros produtores provavelmente teriam também.

Se você se animou e gostaria de compartilhar o seu plano tenho certeza de que seu e-mail será bem recebido por eles. Enviem para info@opensourcefoodsafety.org

< 1 min leituraAh, a economia colaborativa e seus ideais… Descobri recentemente um software open source totalmente voltado para um plano de HACCP. Open source é um termo em inglês que significa código aberto, […]

4 min leitura
2

Agricultura vertical: uma solução sustentável para a insegurança de alimentos?

4 min leitura

Uma nova pesquisa sugere que a crescente população e urbanização apoiem o crescimento da indústria agrícola vertical. Seriam então as fazendas verticais uma solução sustentável?

A agricultura vertical poderia ajudar a resolver alguns dos desafios proeminentes enfrentados pela produção de alimentos no século XXI. Segundo as Nações Unidas, a atual população mundial de 7,3 bilhões deverá atingir 8,5 bilhões em 2030 e 9,7 bilhões em 2050. Para alimentar o mundo até 2050, a FAO estima que a produção de alimentos terá que aumentar 70% em relação aos níveis de 2007. Para colocar isso em contexto, a produção mundial de cereais precisaria aumentar de 2,1 bilhões de toneladas para três bilhões e a produção de carne precisará mais que dobrar para 470 milhões de toneladas até 2050.

Transformar mais terra para a produção agrícola nem sempre é uma opção possível – e muito menos viável. O Reino Unido, por exemplo, já usa 72% de sua massa terrestre para produção agrícola e o país ainda importa quase metade dos alimentos que consome. O uso da água também é uma barreira ao aumento da produção de alimentos. Segundo a OCDE, a agricultura é responsável por cerca de 70% do consumo de água hoje e contribui para a poluição da água por excesso de nutrientes, pesticidas e outros poluentes.

A mudança climática provavelmente ampliará esses problemas. Enquanto isso, espera-se que a urbanização acelere, com as áreas urbanas provavelmente respondendo por 70% da população mundial em 2050, em comparação com cerca de 50% hoje. O sistema alimentar terá que produzir mais para alimentar uma população em crescimento com uma força de trabalho rural menor e recursos terrestres e hídricos finitos. Esta tempestade perfeita está impulsionando o interesse pela agricultura vertical. De acordo com as previsões do provedor de pesquisa Global Market Insights, o mercado agrícola vertical deverá crescer 25% até 2024, para chegar a um valor de € 11,4 bilhões.

Fonte: Global Market Insights

“A agricultura vertical é uma iniciativa agrícola sustentável e é promissora para as comunidades que enfrentam problemas crônicos de segurança de alimentos. Com a população global ultrapassando a marca de 7,5 bilhões em 2017 e a taxa de urbanização em crescimento contínuo, a parcela de terra arável por pessoa testemunhou um declínio gradual nos últimos anos. Essa tendência deve continuar nos próximos anos, impulsionada pelo clima irregular e pela deterioração das condições ambientais”, disse o analista de pesquisa Soumalya Chakraborty à FoodNavigator.

Encurtando cadeias de suprimentos

Os menores requisitos de uso da terra abrem a possibilidade de aproximar a produção agrícola dos consumidores urbanos, encurtando as cadeias de fornecimento e cortando milhas de alimentos.
Menos links de farm-to-fork (da fazenda para o prato) alinham o setor agrícola vertical com o crescente interesse do consumidor em rastreabilidade. Mover a produção agrícola para as cidades também tem o potencial de lidar com os desertos alimentares e aumentar o acesso a produtos frescos nutritivos.
“A criação de fazendas verticais em áreas onde as pessoas não têm acesso fácil a alimentos saudáveis ajudará positivamente a lidar com a questão dos ‘desertos alimentares’. Esses projetos podem ser estabelecidos como iniciativas comunitárias em colaboração com especialistas do setor para combater a escassez de alimentos nutritivos localmente”, previu Chakraborty.

“Além disso, a facilidade de instalar fazendas verticais em cozinhas e quintais para cultivar as frutas, verduras e ervas desejadas com valores nutritivos superiores, independentemente da estação e do clima externo, também pode interessar a um número de consumidores urbanos na criação de seus próprios produtos, que podem ser conhecidos como unidades pessoais”.

A nutrição também será uma mensagem importante para o setor agrícola vertical, avançando.

“Os itens cultivados em fazendas verticais têm valores nutritivos superiores aos produtos agrícolas convencionais. O ambiente de crescimento controlado em fazendas verticais nega a exigência de agroquímicos, como pesticidas e herbicidas, mantendo assim o valor nutritivo natural dos alimentos intactos”.

Tecnologia oferecendo qualidade e eficiência

Chakraborty acredita que a evolução dos modelos agrícolas verticais e o aumento da adoção terão profundas implicações para a cadeia de suprimento agrícola.

Ele previu: “Por um lado, o uso de agroquímicos convencionais, como fertilizantes sintéticos, inseticidas e herbicidas, será significativamente reduzido por essa tecnologia. Por outro lado, esta tecnologia exigirá uma maior demanda por sistemas HVAC, sistemas de controle para manter os aspectos ideais do clima, sistemas de gerenciamento de água, luzes LED específicas para imitar a luz solar e outros acessórios necessários para configurar a estrutura interna ou externa.”

Novos avanços tecnológicos ainda estão surgindo para tornar os modelos agrícolas verticais mais eficientes e eficazes. Chakraborty destacou P&D em andamento em torno da “tecnologia inteligente” para monitorar as condições e otimizar o uso de água e minerais. Estes protegem a qualidade e a quantidade do rendimento e, no futuro, Chakraborty sugeriu que a tecnologia da Internet das Coisas também terá um papel importante. “A integração da IoT com essa tecnologia, registrando os dados de crescimento das plantas, pode levar ao desenvolvimento de uma agricultura inteligente, onde o rendimento das safras pode ser rastreado e aprimorado através de smartphones e computadores de qualquer parte do mundo.”

Qual é o diferencial?
A agricultura vertical pode produzir mais alimentos a partir de menos terra e recursos hídricos. Os métodos agrícolas verticais também negam a necessidade de fertilizantes e pesticidas químicos prejudiciais.
No entanto, a produção crescente empilhada em prateleiras dentro de casa requer significativamente mais uso de energia do que a agricultura convencional. Fazendas verticais dependem de iluminação artificial, mesmo se houver janelas, devido às prateleiras estreitas e profundas usadas para aumentar o rendimento por metro quadrado. E enquanto os sistemas de controle climático proporcionam ótimas condições de crescimento, eles também têm fome de energia. Por exemplo: de acordo com dados do Departamento de Alimentos Ambientais e Assuntos Rurais do Reino Unido, para cultivar alface em estufas no Reino Unido, são necessários cerca de 250 kWh de energia por ano para cada metro quadrado de área em crescimento. Isso se compara a 3.500kWh por ano para cada metro quadrado de área em crescimento em fazendas verticais, de acordo com dados do Centro Aeroespacial Alemão (DLR) em Bremen, em conjunto com a Associação para Agricultura Vertical (AVF).
Uma barreira adicional à expansão são os altos custos iniciais, acrescentou Chakraborty.
“A indústria global de agricultura vertical está em estágio inicial, com várias empresas investindo muito em pesquisa e desenvolvimento”, observou ele. No futuro, é provável que o desenvolvimento tecnológico se concentre em melhorar a acessibilidade e abordar as preocupações sobre o uso de energia.

Texto traduzido do portal Food Navigator

4 min leituraUma nova pesquisa sugere que a crescente população e urbanização apoiem o crescimento da indústria agrícola vertical. Seriam então as fazendas verticais uma solução sustentável? A agricultura vertical poderia ajudar […]

3 min leitura
0

Relatório detalha as infrações mais comuns em instalações de alimentos reguladas pela FDA

3 min leitura

As infrações das normas alimentares em 874 instalações em todo território dos EUA, no ano fiscal de 2018, foram compiladas e classificadas em cinco categorias.  Para executar esta compilação foi preciso separar as empresas de alimentos das outras categorias também reguladas pela FDA, como produtos biológicos, drogas, dispositivos, tecidos humanos para transplantes, medicina veterinária e outros.

Todos esses dados sobre infrações e agravantes documentados em inspeções do FDA de outubro de 2017 a setembro de 2018 foram recentemente divulgados em planilhas eletrônicas. Eles rastreiam a atividade de inspeção e fiscalização pelo Escritório de Assuntos Regulamentares (ORA) da FDA. De acordo com a FDA, os investigadores do ORA podem, durante uma inspeção, observar condições que considerem questionáveis. Essas observações estão listadas em um “Formulário 483 da FDA” quando, no julgamento de um investigador, as condições ou práticas observadas indicarem que um produto regulado pela FDA pode violar os requisitos da instituição. A partir dos dados da planilha,  as cinco principais violações de instalações de alimentos durante o ano fiscal de 2018 foram:

Monitoramento de Saneamento – A FDA citou 188 das 874 instalações de alimentação, 21,5%, por não monitorar adequadamente as condições e práticas de saneamento com frequência suficiente. Instalações são necessárias para monitorar aspectos como a segurança da água que entra em contato com alimentos ou superfícies de contato com alimentos, prevenção de contaminação cruzada e manutenção de instalações de higiene.

Controle de Pragas – FDA citou 183 instalações de alimentos, 20,9%, por não isentar corretamente as pragas de alimentos potencialmente contaminantes.

Fabricação, processamento, embalagem e controles – A FDA citou 175 estabelecimentos, 20%, por não implementar controles adequados para mitigar os riscos de perigos de surtos alimentares, como: crescimento de microrganismos, contato cruzado de alérgenos e a sua própria contaminação.

Operações sanitárias e manutenção de fábricas – A FDA citou 167 instalações, 19%, por não manter a limpeza de suas instalações ou não mantê-las em bom estado.

Pessoal – A FDA emitiu citações para 161 estabelecimentos de alimentação, 18%, por não tomar medidas e precauções razoáveis relacionadas ao pessoal. Os funcionários que trabalham em contato direto com alimentos que não cumpriram os requisitos de higiene estão incluídos nesta categoria.

As planilhas que resumem as áreas de regulamentação mencionadas nos 483 gerados pelo sistema da FDA estão disponíveis por ano fiscal nos links de menu no site da agência. A FDA diz que as planilhas não são uma lista abrangente de todas as observações de inspeção, mas elas representam a área de regulamentação e o número de vezes que foi citada como uma observação em um Formulário 483 da FDA durante inspeções conduzidas pela FDA e seus representantes.

As observações de inspeção refletem os dados extraídos das ferramentas eletrônicas de inspeção da FDA. Essas ferramentas são usadas para gerar um Formulário 483 da FDA quando necessário. Nem todos os Formulários 483 da FDA são feitos por essas ferramentas, pois alguns são preparados manualmente. Observações foram divididas por Produto ou Área de Programa em guias separadas da planilha.

Os resultados da inspeção de 2018 mostram que a FDA também está “reforçando ativamente” as regras da Lei de Modernização da Segurança Alimentar para o Programa de Verificação de Fornecedores Estrangeiros (FSVP) e Controles Preventivos. “Com os prazos de conformidade para as duas regras aprovadas, é prudente que a indústria garanta a conformidade total”. “Na maioria dos casos, a FDA não notificará as instalações dos EUA antes de comparecer a uma inspeção de rotina, durante a qual a Agência provavelmente inspecionará a conformidade com a FSMA.”

A maioria dos importadores de alimentos foi obrigada a desenvolver o FSVP desde 19 de março de 2018. “Embora nenhuma violação individual das regras do FDA Preventive Controls tenha chegado ao topo da lista, as violações dos requisitos dos Controles Preventivos no ano fiscal de 2018 totalizam 396 quando combinadas”.

As questões de controle preventivo incluíam não ter um Plano de Análise de Perigos e Controles Preventivos Baseados em Riscos (HARPC); não identificar um perigo que exija um controle preventivo em um Plano HARPC; não utilizar um indivíduo qualificado da Preventive Controls (PCQI) para preparar ou supervisionar um plano HARPC; não implementar procedimentos adequados para monitorar os controles de saneamento ou de alérgenos e muito mais.

Texto traduzido do site Food Safety News, publicado no dia 04 de janeiro de 2019.

3 min leituraAs infrações das normas alimentares em 874 instalações em todo território dos EUA, no ano fiscal de 2018, foram compiladas e classificadas em cinco categorias.  Para executar esta compilação foi […]

5 min leitura
0

Gerenciamento de fornecedores: seis etapas para selecionar o fornecedor certo

5 min leitura

Gerenciamento de fornecedores é um tema bem recorrente aqui no Food Safety, temos no total 25 páginas de posts sobre o tema. Possuímos, por exemplo, Nossos fornecedores nossos parceiros, Como elaborar procedimento para gestão de fornecedores – Modelos, Homologação de fornecedores: existe fórmula?

Se você perguntasse a um fabricante de alimentos há 20 anos como ele selecionava um fornecedor de ingredientes, ele provavelmente teria dito que era baseado no preço, no sabor ou na localização e preferência do fornecedor. No entanto, como o governo e a indústria enfatizam mais a segurança e a qualidade dos alimentos, avaliar e selecionar o fornecedor certo hoje se tornou muito mais crítico e complexo.

Selecionar o fornecedor certo pode parecer um processo oneroso para sua cadeia de suprimentos. Embora um processo de seleção de fornecedores mais simplista possa ser útil para algumas cadeias de suprimentos menores, um processo mais envolvido pode ajudar muitas empresas de alimentos e nutrição a atender ou exceder os padrões regulatórios, impulsionar a demanda dos clientes e construir uma forte reputação de qualidade. Escolher um bom fornecedor é uma decisão de negócios crítica. Consequentemente, conseguimos identificar seis etapas para escolher o fornecedor certo, além de várias práticas recomendadas no setor.

Reflita sobre o projeto de uma casa. Se o foco provavelmente foi manter os custos baixos, você pode ter usado um material mais barato e de menor qualidade para economizar dinheiro e, após a conclusão, ficou satisfeito com o resultado. Infelizmente, com o passar do tempo, o projeto não parecia tão bom quanto no início.

Da mesma forma, se você usou os mesmos critérios ao selecionar ingredientes para seus produtos alimentícios manufaturados, é possível que os alimentos produzidos tenham boa aparência quando foram fabricados pela primeira vez, mas podem não atender às expectativas de prazo de validade. Além disso, se você precisasse voltar ao fornecedor para substituições, eles podem não ter os materiais específicos ou, em alguns casos, podem não estar mais no negócio. Nesse ponto, você provavelmente está pensando: “Se eu tivesse usado materiais de alta qualidade de um fornecedor respeitável, meu produto final teria atendido às minhas expectativas”.

Selecionar os fornecedores que podem atender à demanda de seus consumidores por ingredientes de alta qualidade pode trazer alguns custos iniciais, mas compensará ao longo do tempo por meio de materiais consistentes e de alta qualidade. No entanto, o processo para encontrar o fornecedor ideal muitas vezes não é fácil e exige disciplina e trabalho árduo.

1. Identificando um Fornecedor
Antes de selecionar seu fornecedor, é importante reunir as opiniões das partes interessadas e definir os critérios para o processo de seleção. Essa lista de partes interessadas pode incluir membros de pesquisa e desenvolvimento, compras, marketing, garantia de qualidade e qualquer outra área de sua organização que toque o processo de seleção de fornecedores.

Durante esse período, é importante identificar alguns fornecedores para avaliar suas capacidades e comparar preços. A equipe de seleção de fornecedores deve trabalhar com os fornecedores em potencial para estabelecer especificações. Por exemplo, eles devem explicar como os materiais do fornecedor seriam usados em seus produtos e dentro do processo de fabricação. Tenha em mente que o objetivo final é uma situação ganha-ganha para o fornecedor e o fabricante. Portanto, a comunicação aberta e transparente é extremamente importante.

Um critério-chave na seleção do fornecedor certo é o valor. Custo não deve ser o motorista solitário; em vez disso, você deve analisar o custo total de propriedade, que analisa o fornecedor:

• Serviço ao cliente

• Compromissos de entrega

• Confiabilidade e capacidade de resposta

• Economia de recursos

2. Medir o desempenho da oferta

Outra etapa importante do processo de gerenciamento de fornecedores é desenvolver um programa de auditoria e avaliação. Os melhores programas de fornecedores realizam auditorias em vários estágios da relação fabricante / fornecedor. Você deve sempre conduzir uma auditoria antes do contrato ser assinado para confirmar que o fornecedor não possui nenhuma falha significativa no sistema de conformidade ou qualidade que possa afetar sua capacidade de produzir produtos de alta qualidade. Outro motivo para conduzir a auditoria de antemão é entender os pontos fortes e fracos do fornecedor antes que o relacionamento se torne oficial.

Mesmo após o contrato ser assinado, você deve continuar a auditoria, baseando a frequência delas na criticidade do fornecedor. Para determinar a frequência, todos os fornecedores devem ser categorizados em um nível de risco ou importância. Essa priorização ajudará a ser mais inteligente e eficiente com seus recursos e a concentrar-se mais em seus fornecedores importantes e de alto risco, enquanto continua monitorando fornecedores de segundo nível.

Além de um programa de auditoria estabelecido, você deve monitorar e avaliar continuamente o desempenho de cada fornecedor. Você pode acompanhar desempenhos fortes positivos ou sustentados, bem como tendências negativas.

3. Recebendo feedback do fornecedor

Outra ferramenta que você pode utilizar com fornecedores é um questionário de autoavaliação. A autoavaliação do fornecedor pode ser usada para identificar lacunas de desempenho, bem como descobrir como o fornecedor entende sua própria operação.

Além de auditorias e avaliações, também é benéfico monitorar métricas informativas que direcionem o valor para os negócios. Você deve discutir e selecionar as métricas apropriadas com os fornecedores para receber suas contribuições e entender as medições propositais. Exemplos dessas métricas incluem lotes rejeitados, remessas perfeitas e erros de documentação. As métricas selecionadas devem medir o custo total de propriedade, além de melhorar o desempenho em relação ao desempenho máximo do produto acabado.

4. Obter certificação
À medida que o relacionamento com seus fornecedores se torna mais forte, e ambas as partes sentem que estão recebendo desempenhos positivos, o fornecedor pode conseguir um status certificado. Isso ocorre quando você estabelece um conjunto de critérios selecionados para serem atendidos por seus fornecedores. A certificação deve ser obtida com um desempenho sustentado e bem-sucedido e pode ser perdida com um desempenho ruim ou um resultado negativo de conformidade de uma auditoria. Como o relacionamento continua a crescer, o fornecedor também se tornará mais integrado ao seu processo de fabricação.

5. Desenvolvimento de Parcerias
Por fim, a relação fabricante / fornecedor é melhor quando se forma uma parceria estratégica, permitindo o pleno conhecimento da fonte de materiais e garantindo alta qualidade.

Com uma parceria de negócios mais forte, é mais provável que um fornecedor:
• Antecipe o que é necessário ao fabricante e comece a assumir o papel de liderança na comunicação.

• Notifique o fabricante se ocorrerem problemas que limitem a disponibilidade da produção ou quando um problema de qualidade for identificado.

• Comunique atrasos de produção quando for necessário tempo de inatividade ou manutenção.

Este tipo de parceria permite um maior entendimento e benefícios mútuos para ambas as partes. Ela cultiva compromissos mais fortes e incentiva um maior interesse no sucesso do material e dos produtos acabados. Este tipo de relacionamento é o seu objetivo final.

No entanto, existem riscos associados a forjar esse tipo de parceria. A confiança em ambas as partes torna-se primordial e ambas as entidades devem garantir que não ocorram conflitos de interesse potenciais ou reais. Quando ambas as partes se tornam mais dependentes umas das outras, se houver um colapso de ambos os lados ou se o relacionamento se dissolver, há muito mais a perder.

6. Garantindo a qualidade para os consumidores
Dependendo do número de materiais e ingredientes necessários, o desenvolvimento de um programa de gerenciamento de qualidade de fornecedores pode ser um investimento complexo e antecipado. No entanto, depois de optar por criar relacionamentos sólidos com fornecedores confiáveis, você terá paz de espírito, sabendo que está oferecendo alta qualidade ao seu consumidor.

Os benefícios são percebidos quando a equipe de qualidade do fornecedor está focada em outros problemas além da qualidade do material e seus usuários finais satisfeitos confiam nos produtos que você fornece.

Texto traduzido de:

https://www.foodsafetymagazine.com/magazine-archive1/augustseptember-2012/supplier-management-six-steps-to-selecting-the-right-supplier/

5 min leituraGerenciamento de fornecedores é um tema bem recorrente aqui no Food Safety, temos no total 25 páginas de posts sobre o tema. Possuímos, por exemplo, Nossos fornecedores nossos parceiros, Como elaborar […]

5 min leitura
0

O homem que foi pioneiro na segurança de alimentos

5 min leitura

Em abril de 1906, um presidente republicano dos Estados Unidos reuniu-se privadamente com um notório socialista na Casa Branca. O presidente era Theodore Roosevelt; o socialista era Upton Sinclair; e os dois deixaram de lado suas diferenças políticas para discutir uma questão de grande preocupação mútua: segurança de alimentos.

Alguns meses antes, o romance de Sinclair, “The Jungle”, criou uma indignação pública sobre as condições sanitárias nos matadouros da América. Roosevelt desconfiara há anos da indústria do empacotamento de carne, enfurecido pela carne pútrida vendida ao Exército e servida a suas tropas durante a Guerra Hispano-Americana. Em 1906, os Estados Unidos eram a única grande nação industrializada sem leis rígidas proibindo a venda de alimentos contaminados e adulterados.

Na sua ausência, o mercado livre tornou lucrativo o fornecimento de uma ampla gama de opções pouco apetitosas. Insetos moídos foram vendidos como açúcar mascavo. O doce infantil era rotineiramente contaminado com chumbo e outros metais pesados. Corações e outros órgãos foram processados, enlatados e rotulados como frango. Talvez um terço da manteiga à venda não fosse realmente manteiga, mas sim todo tipo de coisa – sebo de boi, gordura de porco, estômagos de vaca e ovelha – transformada em uma substância amarelada que parecia manteiga.

Há muito tempo os historiadores atribuem a improvável aliança de Roosevelt e Sinclair à aprovação do Meat Inspection Act (pode ser lido aqui, mas o conteúdo está em inglês. Se necessitarem de tradução, avisem nos comentários), e do Pure Food and Drug Act (pode ser lido aqui, em inglês) de 1906.

Em “The Poison Squad”, Deborah Blum argumenta convincentemente que um químico esquecido no Departamento de Alimentos e da Agricultura, Harvey Washington Wiley, desempenhou um papel mais importante – não apenas em garantir a aprovação dessas leis, mas também em mudar as atitudes populares em relação à intervenção do governo em nome dos consumidores. As origens das leis atuais de segurança de alimentos, leis de segurança de medicamentos, requisitos de rotulagem e regulamentos ambientais podem ser encontradas nos argumentos do movimento Progressivo na virada do século passado.

Harvey Washington Wiley nasceu em uma cabana de madeira em 16 de abril de 1844, uma entrada apropriada para um heroi americano. Seu pai era um fazendeiro e um pregador leigo no sul de Indiana que abrigava escravos fugidos como parte da Estrada de Ferro Subterrânea. Wiley serviu brevemente na Guerra Civil, estudou medicina em Indiana e química em Harvard, e tornou-se o primeiro professor de química da Universidade Purdue em 1874.

A adulteração deliberada de alimentos havia sido um problema por milênios, inspirando regulamentações governamentais no antigo Egito, na Suméria e em Roma. No final da década de 1870, a Revolução Industrial, aplicada ao processamento de alimentos, forneceu uma variedade de novas técnicas e ingredientes úteis para cometer fraudes – sabores artificiais, corantes artificiais, conservantes químicos. Mas avanços simultâneos em química também facilitaram a detecção de tais fraudes.

A pedido do Conselho Estadual de Saúde de Indiana, em 1881, Wiley começou a estudar a autenticidade do mel e do xarope de bordo para venda naquele estado. De acordo com a autora, ele usou instrumentos de laboratório como o polariscópio (sinceramente, eu nem sabia que isso existia. Se você está curioso que nem eu, pode ler a respeito do equipamento aqui), para descobrir que “um total de 90% de suas amostras de xarope eram falsas… e que havia ‘apicultores’ que não tinham, ultimamente, se incomodado em manter as abelhas”. A revista Popular Science lançou sua carreira como um defensor público.

Depois de ser nomeado químico-chefe do U.S.D.A. em 1882, Wiley passou os trinta anos seguintes no departamento em campanha por alimentos seguros e rotulagem adequada. Ele supervisionou uma série de reportagens investigativas que ganharam muita atenção do público, alertando sobre “pimenta” feita de serragem, “cacau em pó” contendo óxidos de ferro e estanho, “farinha” mesclada com argila e pedras brancas em pó, “uísque” que na verdade era regado a álcool etílico de cor escura e suco de ameixa, “café” que continha ingredientes como areia, casca de árvore, bolotas, carvão e um pó preto composto de osso carbonizado.

Para testar o impacto na saúde frente a vários aditivos, ele recrutou homens jovens para servirem de cobaias em “testes higiênicos de mesa”, servindo-lhes ingredientes questionáveis durante as refeições no porão da sede do departamento de agricultura dos Estados Unidos (U.S.D.A). E, em seguida, observavam o que acontecia. Logo, ficaram conhecidos como o Esquadrão de Veneno (The Poison Squad). Esses voluntários idealistas adotaram o lema em um letreiro em sua sala de jantar especial: “APENAS OS VALENTES COMEM.”

Em 1902, Wiley tornou-se uma celebridade nacional, e foi escrita a música “Song of the Poison Squad“. Encontrei esse vídeo no youtube que já tem a letra junto, a música foi cantada em grandes shows. A National Food Processors Association e outros grupos da indústria não ficaram satisfeitos, para dizer o mínimo. A adulteração de alimentos tornara-se tão descarada que os fabricantes anunciavam abertamente produtos como “mineralina”, “flúor” e Freezine, que substituíam ingredientes reais ou disfarçavam a presença de deterioração.

Freezine continha formaldeído, um ingrediente do líquido de embalsamamento, que era tóxico e comumente misturado com leite rançoso. Por seus esforços em prol da segurança e integridade alimentar, Wiley foi descrito em uma revista especializada como “o homem que está fazendo tudo o que pode para destruir negócios americanos”. Artigos enganosos de jornalistas inexistentes circulavam para prejudicar sua reputação. A recém-formada Monsanto Chemical Company tornou-se um dos seus mais persistentes inimigos, depois da U.S.D.A. Químicos questionaram a segurança da sacarina e da cafeína, dois produtos que ela fabricava.

A honestidade, o carisma, a dedicação à ciência, a perspicácia política e o talento para a publicidade de Wiley ajudaram-no a sobreviver a ataques de grupos comerciais e adversários nos EUA. Ele formou alianças com organizações de mulheres, defensores do consumidor, jornalistas influentes e Fannie Farmer, uma chef celebridade líder da época. “The Poison Squad” narra anos de batalhas burocráticas, a covardia de autoridades eleitas, o triunfo dos projetos de segurança alimentar em 1906 e os compromissos legislativos que desapontaram Wiley.

Mais tarde, ele encontrou conforto na vida familiar aos 66 anos, casando-se com Anna Kelton, uma sufragista 32 anos mais jovem do que ele, e foi pai de dois filhos. Wiley se aposentou da U.S.D.A. em 1912 e terminou sua carreira como colunista de Good Housekeeping. A cruzada de Wiley por comida pura fazia parte de um movimento progressista maior que desafiava o poder de monopólio e a corrupção do governo. Os membros do Esquadrão de Veneno podem ter experimentado “plenitude na cabeça e aflição no estômago” depois de consumir certas substâncias. Mas os testes de Wiley de aditivos como sacarina e benzoato de sódio – cujos efeitos para a saúde ainda permanecem controversos – são ciência ou pseudociência? Nós nunca aprendemos a resposta.

Mais de um século após o auge de Harvey Washington Wiley, os enganos continuam. Um estudo de 2012 da Oceana, uma organização ambiental sem fins lucrativos, descobriu que um terço dos frutos do mar comprados nos Estados Unidos tinham sido rotulados erroneamente. Tilefish – uma espécie conhecida por conter altos níveis de mercúrio – foi frequentemente vendido como alabote e cioba. Nos restaurantes de sushi, três quartos do peixe não era o que o cardápio dizia.

Hoje ainda há notavelmente, poucas restrições legais à venda de carne contaminada com patógenos perigosos. Uma grande parte das aves vendidas em supermercados está contaminada com salmonelas resistentes aos antibióticos. Um relatório publicado pela American Academy of Pediatrics, em julho de 2018, alertou que os aditivos alimentares podem colocar em risco a saúde das crianças. Dos cerca de 4.000 aditivos alimentares avaliados, quase dois terços nunca foram testados quanto à sua toxicidade após serem comidos. Apenas 7% foram testados quanto ao seu efeito na reprodução. E apenas dois dos aditivos foram testados para danos ao desenvolvimento. No entanto, Donald Trump criticou o “excesso de inspeção” do F.D.A. A polícia venenosa oferece um poderoso lembrete de que a verdade pode derrotar mentiras, que o governo pode proteger os consumidores e que um funcionário público honesto pode superar a ganância dos interesses privados.

(Texto traduzido do The New York Times. O original pode ser encontrado aqui  e foi escrito por Eric Schlosser. Algumas modificações foram necessárias na tradução. O artigo foi escrito baseado no livro The Poison Squad: One Chemist’s Single-Minded Crusade for Food Safety at the Turn of the Twentieth Century, de Deborah Blum, disponível no site da Amazon.) 

5 min leituraEm abril de 1906, um presidente republicano dos Estados Unidos reuniu-se privadamente com um notório socialista na Casa Branca. O presidente era Theodore Roosevelt; o socialista era Upton Sinclair; e […]

2 min leitura
3

Pequeno briefing do II Fórum Food Safety Brazil 3M

2 min leitura

O II Fórum Food Safety Brazil 3M significou muito para mim, foi a minha primeira organização de evento fora da universidade. Tínhamos dois meses para idealizá-lo, um time de oito pessoas, e a todo momento gostaríamos de elaborar um evento com um tema atual. Depois de pesquisas em websites internacionais, discussões entre o comitê de organização, o tema central escolhido foi Food Safety Culture. Em um período de oito horas, contamos com cinco palestrantes: Marcia Pannuci, Silvana Chaves, Everton Santos, Cristiana Constantino e Juliane Rigobello. Tivemos dois períodos de trocas de experiências entre os palestrantes e os convidados por meio de mesa redonda, na qual contamos com Fernanda Spinassi, que possibilitou o diálogo para que isso ocorresse.

Na abertura pudemos ouvir a Fernanda, falando sobre a associação, dizendo nossa missão e nossos valores, que podem ser vistos aqui. Já na primeira palestra, contamos com a participação da Marcia Pannuci, gerente de qualidade da Coca-cola Company, mostrando um estudo de caso sobre Food Safety Culture. Marcia focou a importância de uma equipe multidisciplinar, pois quem gera a mudança são as pessoas, e ressaltou que segurança de alimentos não pode ser uma vantagem competitiva.

Já na fala de Silvana Chaves, colunista da associação, descobri a importância da formação de cultura, a importância de ter um ambiente educativo, pois se cria o valor da cultura todos os dias, com exemplificação, repetição. Enquanto a ouvia, descobri o Frank Yiannas, um ídolo para as pessoas da área, vale a leitura do livro dele. Aliás, foram sorteados dois livros dele e pergunto: quem os leu poderia dividir conosco?

Everton Santos, colunista da associação, falou sobre a frequência da amostragem, pois ao falar de controle microbiológico logo vem à mente a RDC 12/2001  que, apesar de não citar a frequência de amostragem, apresenta todo suporte para interpretar nossos resultados e até mesmo nos indica qual micro-organismo analisar em determinado alimento. Essa informação é de suma importância para separarmos o aceitável do inaceitável. Em breve, vocês terão acesso ao material por ele apresentado.

Após o almoço, Cristina Constantino, colaboradora da 3M, nos falou das tendências em assuntos regulatórios e sobre a importância de participarmos das consultas públicas, assunto sobre o qual o Dafné já escreveu no blog e pode ser lido aqui. Juliane Rigobello, colaboradora da BRC Brasil, nos mostrou a importância do monitoramento ambiental e as etapas do seu planejamento: intenção do programa, desenvolvimento do plano de amostragem, organismos alvos, metodologia do teste, ações corretivas, usos de dados e revisão.

Aqui estão as palestras de nossos convidados:
Marcia Panucci
Everton Santos
Silvana Chaves
Juliane Rigobello

Em suma, aqui está o coração de cada palestra. No próximo post, traremos as perguntas e respostas levantadas nos momentos de mesa redonda.

2 min leituraO II Fórum Food Safety Brazil 3M significou muito para mim, foi a minha primeira organização de evento fora da universidade. Tínhamos dois meses para idealizá-lo, um time de oito […]

4 min leitura
0

Segurança dos alimentos que contêm maconha como ingrediente

4 min leitura

Parece que a cannabis comestível está disponível em todos os lugares nos dias de hoje aqui no Brasil. Em qualquer festa de universidade que você vá, é possível comprar bolinhos, pirulitos, biscoitos, chocolates com a droga. Em lugares turísticos de São Paulo é possível encontrá-los a um preço bem acessível: um pedaço de bolo custa em média R$ 5,00. Para quem não sabe, a cannabis tem sido usada como medicação oral há milênios, uma vez que um tratado chinês sobre farmacologia descreveu que o imperador Shen Nung, em 2737 AC, a usou. Em 1850, a cannabis foi listada na Farmacopéia dos EUA como uma cura para muitas doenças; no início dos anos 1900, a Squibb Company, a Eli Lilly e a Parke-Davis fabricavam drogas de maconha como antiespasmódicos, sedativos e analgésicos.

O medo da maconha começou nas décadas de 1920 e 1930, quando o número de imigrantes mexicanos aumentou e o Departamento Federal de Entorpecentes dos EUA encorajou os estados a adotarem a Lei de Impostos sobre a Marihuana como forma de criminalizar a produção e o uso de cannabis. A lei foi aprovada em 1937, exigindo o registro federal de traficantes de cannabis com impostos sobre vendas, além de penalizar os usuários de cannabis com multa e prisão.

Nos EUA, os produtos comestíveis de maconha estão sendo comercializados para uso recreativo, assim como para propósitos medicinais, como tratar a dor crônica, aliviar os sintomas da epilepsia, melhorar a náusea pela quimioterapia, etc. Os comestíveis infundidos com canabidiol (CBD) parecem ser mais “socialmente aceitáveis” do que fumar maconha porque eles evitam alguns dos estigmas de “fumar maconha”, como o odor. Isso os torna atraentes para um público mais amplo.

Nem aqui no Brasil, nem nos EUA,  há padrões  regulatórios para esses produtos (que têm um público consumidor gigantesco) – é realmente um mercado de “cuidado com o comprador”. Mas os EUA estão a nossa frente, eles formalizaram um documento no Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente de Denver no qual observaram recentemente que alguns produtos de maconha vendidos nos EUA são provenientes de instalações de manufatura não regulamentadas, inseguras e insalubres. Além disso, alguns destes comestíveis contêm ingredientes não aprovados, foram produzidos em condições inseguras e tiveram alegações de saúde infundadas em seus rótulos. Em muitos casos, os comestíveis vendidos e consumidos nos EUA podem:

  • Não ter o efeito desejado que os consumidores estão procurando;
  • Ser perigosos para consumo, devido aos níveis inadequados de CBD;
  • Conter ingredientes que não são de qualidade alimentar e, portanto, não são seguros para ingerir;
  • Ser perigosos devido à contaminação cruzada;
  • Transmitir doenças transmitidas por alimentos devido a falta de saneamento e higiene nas instalações onde foram produzidos.

Uma vez que esses produtos (e a indústria de cannabis em geral) não são regulamentados, muitos dos negócios comestíveis não tiveram nem mesmo o treinamento básico em segurança de alimentos. Inúmeras instalações de produção ignoram as regras mais básicas de segurança de alimentos:

  • Eles não lavam as mãos – e podem até não ter água quente em suas instalações.
  • Eles não impedem a contaminação cruzada ou o contato cruzado.
  • Eles não prestam atenção a itens críticos, como controle de tempo e temperatura ou armazenamento adequado de produtos químicos.
  • Eles não têm instalações ou equipamentos limpos e higienizados.
  • Eles têm problemas com insetos, roedores e / ou mofo em suas instalações.

No entanto, eles ainda estão preparando produtos consumíveis e vendendo-os ao público, que acreditam que os alimentos são seguros. Há relatos de produtos que foram fabricados em uma máquina de lavar suja, enferrujada e mofada. Aparentemente, a utilização de uma máquina de lavar roupa imunda para produzir comestíveis de maconha não está fora da norma. Foi exatamente isso que aconteceu nas instalações licenciadas da Advanced Medical Alternatives em Denver. Sua marca, a At Home Baked, fabricava uma variedade de produtos de cannabis comestíveis, incluindo brownie mix, blondie mixes, rice krispie, e stixx candy, tudo em uma máquina de lavar roupas enferrujada e mofada.

Felizmente, Denver é uma das poucas jurisdições que realizam inspeções em instalações de maconha, e seus inspetores capturaram o problema e emitiram um recall antes que qualquer doença fosse relatada. Tenha em mente que, uma vez que não há normas federais de segurança em torno das instalações de cannabis, isso significa que há muitas jurisdições que não monitoram instalações de cannabis. Em muitos casos, as pessoas estão, sem saber, comprando comestíveis que foram fabricadas em condições sujas e insalubres – e podem ficar muito doentes como resultado.

Como não há regulamentação federal, os testes de laboratório variam entre os estados que permitem o uso de maconha medicinal e recreativa. Infelizmente, isso significa que não há padrões de segurança consistentes no setor de cannabis, como há no setor de serviços alimentícios.

Felizmente, há um número crescente de produtores de CBD que estão contratando especialistas em segurança de alimentos e maconha para ajudá-los a elevar seus padrões de segurança antes que a FDA comece a regulamentar. Tal como acontece com todas as indústrias, existem muitas empresas que estão prontas, dispostas e tentando fazer a coisa certa.

Como os comestíveis de cannabis continuam a crescer em popularidade, está se tornando cada vez mais importante comprar de empresas conceituadas que seguem protocolos de segurança adequados. As empresas de maconha devem obedecer às mesmas regras que outras empresas de alimentos: instalações limpas e sanitárias, sem contaminação cruzada, mantendo produtos em temperaturas adequadas, usando ingredientes de grau alimentício de fontes confiáveis, etc. Assim como você não jantaria em um restaurante imundo, infestado de pragas, não compre comestíveis de maconha de empresas que não seguem procedimentos críticos de segurança de alimentos.

4 min leituraParece que a cannabis comestível está disponível em todos os lugares nos dias de hoje aqui no Brasil. Em qualquer festa de universidade que você vá, é possível comprar bolinhos, […]

< 1 min leitura
2

Avance sempre: vem aí o II Fórum Food Safety Brazil 3M

< 1 min leitura

Daqui a poucos dias, nós teremos a chance de participar da II edição do Fórum Food Safety Brazil 3M, evento no qual a Associação Food Safety Brazil e a 3M Food Safety continuam unindo forças para trazer informações de ponta. O evento acontecerá no dia 24 de julho de 2018 em Sumaré, SP.
Trataremos de assuntos como Food Safety Culture, Importância do monitoramento ambiental, Cultura da Inovação, Parâmetros microbiológicos para swab, sempre com um espaço aberto para perguntas. Neste dia de aprendizado e networking teremos a oportunidade conhecer os colunistas deste blog e outras 85 pessoas com histórias incríveis.

Se você quiser participar desse momento, acesse a programação completa aqui.

E se você ainda tem dúvidas sobre ir ou não ao evento por ser apenas um dia, aqui vai algo que sempre leio ao acordar. Não sei se todos sabem, mas me formei há um ano e saí com uma vontade imensa de mudar o mundo. Você, no II Fórum Food Safety Brazil 3M, vai se informar sobre assuntos que não conhece ou dos quais só ouviu falar. Esse é o momento no qual você fica um passo mais perto de fazer algo grandioso com as informações que possui.

Segue meu textinho:
“Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar.
Mas é importante não parar.
Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso.
Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena.

Mas, seja lá o que for, continue. O importante é não parar!”

< 1 min leituraDaqui a poucos dias, nós teremos a chance de participar da II edição do Fórum Food Safety Brazil 3M, evento no qual a Associação Food Safety Brazil e a 3M […]

< 1 min leitura
10

II Fórum Food Safety Brazil 3M

< 1 min leitura

Já sabe o que vai fazer daqui a 37 dias?

Olhou na agenda e não tem nada programado?

Se você estiver cheio dos seus colegas de outras áreas ficarem perguntando o que é Food Safety Culture e você não saber responder, reserve esse dia aí na sua agenda, e pare de ficar prolongando o improlongável, venha descobrir conosco.

O II Fórum Food Safety Brazil 3M irá acontecer no CTC da 3M em Sumaré, SP.

Para mais informações clique aqui.

II Fórum Food Safety Brazil 3M

 

< 1 min leituraJá sabe o que vai fazer daqui a 37 dias? Olhou na agenda e não tem nada programado? Se você estiver cheio dos seus colegas de outras áreas ficarem perguntando o que é Food Safety Culture e […]

2 min leitura
0

Implementação de Cultura em Food Safety

2 min leitura

No dia 16 de maio publicamos um overview com os destaques do 5º Simpósio Internacional 3M Food Safety que pode ser revisto aqui. Hoje, especialmente, vamos focar um pouco mais a primeira palestra do evento na qual Dra. Lone Jespersen falou sobre a “Implementação de Cultura em Food Safety ”.  O blog já abordou este tema aqui, aqui e aqui.

Para a Dra. Lone Jespersen, “a Cultura em Food Safety consiste nas atitudes, valores e práticas predominantes relacionadas à segurança alimentar que são ensinadas direta e indiretamente a novos funcionários.”

Em um levantamento realizado por sua equipe, 80% dos profissionais de alimentos acreditam que criar uma cultura em food safety é o trabalho mais importante de qualquer diretor técnico de uma organização, mas o que é uma cultura de segurança alimentar? Quais são os benefícios de uma cultura forte?

1 – Estas são suas premissas: seu equipamento, o que a equipe está fazendo quando você entra, documenta e grava. É algo que você pode ver.

2 – Estes são os falados, um pouco abaixo da superfície. Essas são as coisas que são ditas, como a  comunicação dos gerentes, treinamento, recompensas, esquemas que são estabelecidos.

3 – Bem abaixo da superfície, estão os valores subjacentes. Estes são os mais difíceis de ver e os mais difíceis de avaliar, mas causam impacto na cultura. As regras não ditas.

Fique ligado nos próximos posts sobre o evento.

2 min leituraNo dia 16 de maio publicamos um overview com os destaques do 5º Simpósio Internacional 3M Food Safety que pode ser revisto aqui. Hoje, especialmente, vamos focar um pouco mais a […]

Compartilhar
Pular para a barra de ferramentas