3 min leitura
0

Projeto sanitário traz mais sinergia entre áreas da indústria de alimentos

3 min leitura

Projeto sanitário traz mais sinergia entre áreas da indústria de alimentos. Esse foi o principal ganho para quem implementou o requisito de gestão de equipamentos, demandado por normas de certificação do GFSI.

Este foi um dos resultados e destaque de um levantamento informal entre empresas de alimentos que foram convocadas pelo LinkedIn, em comemoração aos 10 anos do EHEDG no Brasil. A ideia foi entender o legado do requisito e as principais dificuldades na gestão de equipamentos das empresas nacionais.

Antes de avançar para os resultados, vamos recordar que o requisito de gestão de equipamentos demandou mudanças diretamente para as empresas que possuem certificação FSSC 22000, desde 1º de abril de 2024. No universo desta sondagem, 24 empresas respondentes de 53, possuem certificação na norma FSSC 22000.

Esses requisitos demandam:

-Implementação de especificações de equipamentos, levando em conta requisitos de projeto sanitário;

– Implementação de gestão de mudanças (que já era requisito) com foco em alterações de equipamentos.

É possível perceber que o requisito fez bem às empresas:

Desde então, 35,8% das empresas perceberam uma maior sinergia entre as áreas de projetos, manutenção, produção e qualidade quando o assunto é segurança de alimentos no contexto de projeto sanitário. O segundo maior benefício percebido foi o fortalecimento da cultura de segurança de alimentos na área de projetos e manutenção na compra de novos equipamentos (26,8%), seguido de perto pela redução de ocorrências de qualidade e segurança dos alimentos (24,5%).

Outro resultado importante relaciona-se às maiores transformações que ocorreram na empresa. O respondente podia selecionar mais de uma opção do questionário.

A implementação ou atualização do procedimento de gestão de mudanças foi o mais mencionado (77,4%) , o que faz bastante sentido, visto que era um requisito já existente, mas que coloca uma lupa em projeto sanitário como nunca antes. Em segundo lugar, as empresas tiveram que sair correndo para mobilizar seus fornecedores a enviar laudos de migração e outras evidências, o que representou um sim de 66,0%  para a ação “levantamento de evidências de materiais de contato de equipamentos existentes”. Em terceiro lugar, também fazendo muito sentido por ser requisito normativo, temos “desenvolvimento de especificações” uma novidade para 62,8%

E qual foi o gatilho para implementação destas mudanças? As empresas informaram que foi iniciativa própria predominantemente (39,6%), seguida de atendimento a alguma norma. Este foi um resultado surpreendente, uma vez que 45% dos respondentes possuíam certificação FSSC 22000, que em tese seria a principal motivação.

Para construir as especificações, foi usada como referência principal os documentos do EHEDG (77,4%), a norma da ABNT NBRC 14150 (52,8%) e documentos corporativos (49,1%)

Com toda esta movimentação, as empresas relataram terem se saído bem na auditoria, pois a grande maioria não teve não conformidades associadas ao requisito, ou teve um número reduzido.

Um total de 64 questionários respondidos foi recebido, sendo 53 considerados qualificados para análise de dados.

Mais da metade dos respondentes, 55%, era de grande porte; 25,5% eram de médio porte e as demais pequenas e microempresas.

3 min leituraProjeto sanitário traz mais sinergia entre áreas da indústria de alimentos. Esse foi o principal ganho para quem implementou o requisito de gestão de equipamentos, demandado por normas de certificação […]

Compartilhar
Pular para a barra de ferramentas