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Mais sobre as diferenças entre o APPCC do Codex alimentarius x ISO 22000

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Quais são as diferenças entre o APPCC  Codex alimentarius ISO 22000? este tema já foi abordado no post 10 diferenças entre APPCC Codex e APPCC ISO 22000, porém como o assunto não se esgota e desperta muito interesse, uma leitora nos trouxe essa rica contribuição.  Confira o texto de Cíntia Malaguti:

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2500 Toneladas de alimentos falsificados são apreendidos pelo mundo

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Mais de 2.500 toneladas de alimentos falsificados e ilícitos foram apreendidos em 47 países como parte de uma operação conjunta da Interpol e Europol.

A Operação Opson III  14 encontrou alimentos falsos incluindo muçarela, morango, ovos, óleo de fritura e frutas frescas do período de dezembro a janeiro.

Bebidas alcoólicas são as mais frequentemente falsificadas.  Numa investigação do Reino Unido, oficiais descobriram mais de 20 mil garrafas prontas para serem engarrafadas e até um equipamento para realizar de osmose reversa, que remove odores e cor estranha foram encontrados.

Oficiais italianos aprenderam 31 uma tonelada de frutos do mar que estavam sendo vendidos como frescos, mas que na verdade haviam sido congelados previamente e recebido uma substância química contendo ácido cítrico, fosfato e óxido de hidrogênio para ter uma aparência de fresco.  

O investigador oficial que lidera a operação, Chris Vanterrnskiste l. Lembra ainda que:

“As pessoas estão correndo sérios riscos de morrer por causa desta classe de criminosos que visam ganhar dinheiro através desse tipo de operação. Toneladas de alimentos potencialmente perigosos têm sido retirados de circulação”.

Autoridades na Colômbia, Equador, Paraguai,  Peru e Uruguai tão colocando o foco no controle das suas fronteiras.  

Em Uganda, a polícia apreendeu garrafas falsificadas de uísque e em Ruanda. Oficiais invadiram uma loja de venda de cerveja falsificada que era obtida da coleta de garrafas originais usadas e recarregados para a venda com um produto fabricado localmente.

A cooperação internacional é indispensável para deter o crime organizado. Os países que participam desta rede de operação são: Áustria, Bélgica, Benin, Bielorrússia, Botswana, Bulgária, Burundi, Colômbia, Costa do Marfim, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Equador, Egito, Eritréia, Estônia, Finlândia, França, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Quênia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, A Holanda, Noruega, Paraguai, Peru, Filipinas, Portugal, Romênia, Ruanda, Coreia do Sul, Sudão do Sul, Espanha, Sudão, Suécia, Tanzânia, Tailândia, Turquia, Uganda, Uruguai, Reino Unido, EUA e Vietnã.

Como se pode ver, o Brasil não está nesta rede de cooperação, porém há muitos dados sobre a prática de falsificação e adulteração em nosso país.

 

Fonte: Food Quality News

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Nova norma de gestão de segurança de alimentos é baseada em comportamento

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A norma Behavior-Based Food Safety Management System (BBfsms) foi criada em 2014 para atender uma necessidade global de uma nova era de Segurança de Alimentos, onde há uma combinação de valiosos conceitos novos e reavaliados que são capazes de apoiar efetivamente a redução de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos e consequentemente, melhorar o desempenho de segurança dos alimentos em todo o mundo.

 

A BBfsms  é um esquema global de segunda parte para fabricantes de alimentos, que foi desenvolvido baseado no livro Food Safety Culture, escrito pelo Sr. Frank Yiannas. Preocupadas com a segurança de alimentos mundial e comprometidas com as diretrizes propostas pelo Sr. Yiannas para chegar a uma redução significativa nas taxas de doenças transmitidas por alimentos, Ana Cicolin, Karine Mafra e Nádia Azevedo escreveram um esquema auditável que seria capaz de representar uma nova era de segurança de alimentos baseada na integração do Comportamento Humano, Cultura da Organização e Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos repensada.

O projeto foi idealizado pela Ana Cicolin onde planejou o desenvolvimento do esquema BBfsms cobrindo as questões levantadas e amplamente explicadas no livro de Yiannas sobre sistema de gestão da segurança de alimentos baseada em comportamento

 

A BBfsms pode ser adotada por varejistas, fabricantes e organizações de serviços de alimentação em todo o mundo. O principal objetivo do Sistema de Certificação da BBfsms é promover a criação de uma cultura de segurança de alimentos, através de uma integração dos elementos reavaliados de Comportamento Humano, Cultura da Organização e Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos como uma ferramenta para permitir que fabricantes de alimentos façam significativos avanços em Segurança  de Alimentos.

 

A BBfsms exige uma forte cultura de segurança de alimentos corporativa sustentada ao longo de toda a organização todo o tempo. No âmbito do esquema BBfsms, a Segurança de Alimentos não é tratada como uma prioridade porque as prioridades podem mudar, e sim é tratada como valores e crenças que não sofrem alterações.

 

A missão de segurança de alimentos, os valores e crenças da visão, políticas, objetivos e sistema de medição são requeridos como elementos importantes para a cultura de segurança de alimentos corporativa. A fim de influenciar sobre como cada funcionário contribui para o alcance de metas, o sistema de certificação requer conscientizá-los sobre as consequências de segurança de alimentos como uma forma de aumentar a responsabilidade dos trabalhadores. O uso de indicadores baseados em resultados (lagging indicators) para observar as tendências de segurança de alimentos e estabelecer prioridades e o uso de indicadores baseados em comportamentos (leading indicators) para implementar um processo de comportamento e gestão da segurança de alimentos eficaz são requeridos.

 

Os requisitos básicos para segurança de alimentos (basic requirements – BR) trazem um novo ponto de vista sobre a análise ambiental sob uma abordagem baseada no risco totalmente integrado com o sistema de gestão da segurança de alimentos baseada em comportamento como um todo.
O planejamento estratégico para a segurança dos alimentos promove a integração da sistemática para evitar a adulteração não intencional e intencional, incluindo a segurança de alimentos/ food safety (HACCP), a fraude de alimentos/ food fraud (VACCP) e a defesa de alimentos/ food defence (TACCP).
Conceitos de HACCP fazem parte do sistema de certificação com foco em reduzir o risco de segurança de alimentos muito no início da cadeia alimentar através de pontos estratégicos de controle/ strategic control points (SCP) e também fazendo ênfase na intervenção humana no CCP e CP. Uma terceira variável relacionada ao impacto humano no aumento da probabilidade de ocorrência de perigo foi adicionada, assim como requisitos de Análise de Riscos e Gestão de Riscos dentro da análise de perigos.

 

A BBfsms requer que a organização opere sob o conceito de que PPR, HACCP, VACCP e TACCP são programas conectados. O sistema de certificação requer uma interdependência sólida entre esses programas que devem ser totalmente incorporados na cultura corporativa da segurança de alimentos com uma abordagem preventiva.
O Programa de Conscientização vem como uma forte ferramenta para influenciar o comportamento positivo em relação à segurança de alimentos. Ao lado de requisitos de competência, é realizada uma avaliação do perfil como uma forma de garantir que as competências foram avaliadas. Educação e Programa de Treinamento são exigidos pelo sistema de certificação sob uma perspectiva de avaliação de risco.
Observação comportamental e prática de feedback é muito valorizada no sistema de certificação pois através deles é possível aproximar o monitoramento em relação ao comportamento sobre segurança de alimentos e procurar por melhorias.

 

O esquema BBfsms traz a combinação de conceitos relacionados à liderança e gestão que podem contribuir para estratégias mais eficazes de redução de riscos, modelos e processos. É necessário que os líderes de segurança de alimentos influenciem os demais a terem atitudes corretas, não porque eles estão sendo responsabilizados, mas porque são capazes de influenciar os funcionários a querer fazer. Líderes devem ajudar os demais a se tornarem responsáveis pela segurança de alimentos.
A Comunicação também carrega a sua importância dentro do esquema BBfsms. O uso eficaz de Mídia Social entra no âmbito da certificação como uma ferramenta para melhorar a comunicação interna e externa, através do estabelecimento de um diálogo interativo entre as organizações, comunidades e indivíduos em questões relacionadas com a proteção da saúde pública durante uma crise; prevenção da saúde pública antes de uma crise e engajamento da saúde pública.
Também é promovida a melhoria contínua através do estabelecimento de expectativas, o uso da educação e treinamento, comunicação, sistema de medição e reforço. O uso do PDCA dentro de cada processo e entre as suas interações é promovido dentro do sistema como um todo.

A ação preventiva é requerida pelo sistema como uma maneira de sempre buscar a melhoria contínua a partir de resultados de potenciais acidentes identificados relacionados ao comportamento humano, processo, ambiente e/ou equipamentos, estatísticas de doenças transmitidas por alimentos, verificação da segurança de alimentos e a análise crítica da direção.
Atualmente, a indústria de alimentos está em uma corrida entre a detecção e prevenção. Para ganhar, a prevenção deve ser mais rápida que a detecção. Não podemos permitir que as estatísticas em relação às doenças transmitidas por alimentos aumentem: 2 bilhões de doenças e 1,8 milhões de pessoas morrem.

E o que podemos fazer para proteger cada dia mais o cliente?
O esquema BBfsms é a resposta. Nossa missão é criar uma cultura global de segurança de alimentos.

 

“Tem-se dito, o que sabemos e o que acreditamos é de pouca importância. O que nós fazemos que é importante. Quando se trata de segurança de alimentos, este ponto é certamente verdade. ”
“Segurança de Alimentos = Comportamento” (por Frank Yiannas)

Para saber mais sobre o esquema BBfsms visite o nosso site www.bbfsms.com e se junte a nós no LinkedIn ou escreva e-mail para contato@bbfsms.com

 Autoras: Karine Mafra, Ana Cicolin, Nadia Azevedo

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Ministério da Agricultura e Exportadores de Amendoim discutem maior controle de Aflatoxinas

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Desde março de 2014 o Ministério da Agricultura e as empresas responsáveis pelos controles de Aflatoxinas no Amendoim produzido no Brasil, estão trabalhando conjuntamente para estabelecer um formato único de controle.

Hoje, dez por cento do amendoim brasileiro exportado para a União Europeia é inspecionado pela Autoridade Sanitária na chegada aos portos de entrada do continente europeu e, embora este número já tenha sido maior (cinquenta por cento das cargas brasileiras eram inspecionadas anteriormente), o aumento recente de RASFFs (Rapid Alert System for Food and Feed – documentos emitidos quando um limite relacionado à segurança de alimentos é extrapolado) emitidas para o Brasil causa preocupação por conta do impacto que uma possível ação que crie restrições à entrada do amendoim brasileiro na Europa.

Embora algumas ações tenham sido tomadas, elas não foram suficientes para minimizar os efeitos da estiagem que tem afetado as culturas agrícolas de um modo geral.

Neste aspecto, o amendoim particularmente sofreu mais do que outras culturas, pois é cultivado em uma época de chuvas (entre o início da primavera e o final do verão). Com a diminuição da oferta de água, além da perda em volume na safra, houve também uma perda sensível no aspecto da qualidade dos grãos.

Como o fungo Aspergillus flavus produz mais toxinas em situações de “stress hídrico”, o aumento de lotes reprovados foi inevitável…

Para este ano algumas ações já foram tomadas:

O MAPA, em conjunto com os produtores de amendoim, está elaborando um documento sobre o impacto da alteração do limite máximo de Aflatoxinas totais que está sendo discutido pelo Codex Alimentarius, a pedido do governo indiano.

Em breve trataremos deste assunto por aqui.

Novos e maiores controles no recebimento e no processamento dos grãos também estão sendo implementados. Um deles é a adoção das “Cartas de Auto Controle”, objetivando diminuir os desvios e melhorar o acompanhamento da eficiência da metodologia analítica utilizada.

No último dia onze de fevereiro aconteceu em Marília um workshop organizado pelo pelo laboratório JLA, a pedido do MAPA, para a apresentação e discussão de temas relativos às técnicas mais usadas nas indústrias e laboratórios credenciados para o controle de Aflatoxinas.

O tema amostragem também foi bastante discutido, pois como todos nós sabemos, uma amostragem mal feita prejudica todo o sistema de controle analítico.

O resultado dessas ações tem sido positivo, pois está sendo criado um movimento para a defesa do grão brasileiro através do compartilhamento de informações e experiências entre todos os envolvidos na cadeia produtiva, o que já não era sem tempo!

Abaixo, números comparando os RASFFs emitidos para o Amendoim brasileiro com os volumes exportados, desde o ano de 2010:

Na tabela a seguir, números comparativos de lotes aprovados internamente nos dois últimos anos. Observem que a aprovação para os números mais baixos diminuiu bastante, o que significa maior índice de reprovação e a consequente perda de dinheiro para as empresas exportadoras:

Valores para exportação UE:

Se o Brasil pretende alcançar um posto de destaque no comércio internacional de amendoim é preciso que seus produtores entendam que sem cooperação e união não haverá sucesso e retorno financeiro, ou seja, não haverá crescimento sustentável.

Na Argentina, que exporta cerca de sete vezes mais amendoim do que o Brasil, esta é uma prática muito comum entre os produtores locais e isto só trouxe ganhos para o país e seus produtos. O resultado desta cooperação fica claro quando olhamos alguns números.

Nestes mesmos anos a Argentina e o Brasil tiveram os seguintes números:

No último ano os volumes exportados foram:

Como disse acima, voltarei a este tema futuramente.

Um abraço!

 

Fontes:

Rrelatórios do RASFF: Site RASFF

Volumes exportados foram obtidos através de pesquisa no MAPA e com uma trader Argentina

Os números sobre aprovação de lotes  JLA do Brasil

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Surtos por Salmonella: dados estatísticos, sintomas e prevenção

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Em função dos riscos que esse importante patógeno representa para a saúde dos consumidores, o objetivo dessa revisão é promover uma breve descrição da Salmonella spp. quanto à sintomatologia, patogenicidade, ocorrência nos vários grupos de alimentos e as formas de prevenção e controle da Salmonella spp.

Com o passar dos anos foram detectadas mudanças no perfil epidemiológico de enfermidades transmitidas por alimentos devido à expansão dos mercados de consumo, a globalização econômica, alterações dos hábitos alimentares e aumento no consumo de alimentos industrializados ou produzidos fora do lar; porém, as doenças veiculadas por alimentos continuam sendo uma das principais causas de morbidade nos países da América Latina. (Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2008) Surtos de enfermidades transmitidas por alimentos causados por Salmonella enteritidis passaram a ser relatados nos Estados Unidos e em vários países da Europa, desde o final da década de 70. Na maioria das vezes, esses surtos foram relacionados ao consumo de alimentos contendo ovos crus ou mal cozidos e alimentos derivados da carne de aves. (Revista de Saúde Pública, 1998).

A Salmonella spp. é uma bactéria entérica responsável por graves intoxicações alimentares, sendo um dos principais agentes envolvidos em surtos registrados em vários países. A sua presença em alimentos é um relevante problema de saúde pública que não deve ser tolerado nos países desenvolvidos, e principalmente nos países em desenvolvimento, porque os sinais e sintomas podem ser mal diagnosticados, sobrecarregando ainda mais todo o sistema de saúde. Devemos ressaltar que a maioria dos sorotipos desse gênero são patogênicas ao homem, apresentando diferenças de sintomatologia em decorrência da variação no mecanismo de patogenicidade, além da idade e da resposta imune do hospedeiro (Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2008). A Salmonella Enteritidis, desde então, tem sido caracterizada como o agente dessas enfermidades predominante nesses países.

Nos EUA, estima-se a ocorrência anual de 142.000 casos de salmoneloses devido ao consumo de ovos contaminados com Salmonella, representando um importante problema de saúde pública. Em termos de segurança alimentar, a problemática da presença do patógeno em ovos relaciona-se diretamente ao conceito de food safety; a qualidade sanitária de ovos e produtos de ovos deve ser assegurada de modo que sua ingestão não cause prejuízos à integridade física de consumidores. O número real de casos, entretanto, pode ser superior, uma vez que a identificação do agente etiológico nem sempre é possível. No Brasil, 42,5% dos surtos alimentares confirmados laboratorialmente de 1999 a 2009 tiveram como agente etiológico bactérias do gênero Salmonella, frequência muito provavelmente subestimada. (Segurança Alimentar e Nutricional, 2012)

Um alerta de saúde pública foi emitido em relação ao frango cru empacotado em três unidades da empresa Foster Farms na Califórnia. Desde que cepas de Salmonela heidelberg foram detectadas em março de 2013, 278 pessoas adoeceram, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) e o surto de salmonela atingiu 18 estados dos Estados Unidos e provocou o adoecimento de centenas de pessoas nos últimos 2 meses do ano de 2013 (Portal G1, 2013). Em âmbito federal a Anvisa deliberou que todas as embalagens de frangos devem conter alertas sobre o correto manuseio dos produtos, correta higienização dos utensílios utilizados e o meio adequado de cocção dos alimentos. Conforme o link a seguir podemos ver algumas dicas e conselhos passadas por uma cartilha da vigilância sanitária para maiores cuidados com a salmonelose.

Link:http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2011/06/13/620x990_salmonela.jpg

A salmonelose é uma infecção cujos sintomas são febre, dores abdominais, vômito e diarreia, e se manifestam de 12 a 36 horas após o consumo de alimentos ou bebidas contaminados, com duração de 1 a 4 dias. A recuperação ocorre geralmente sem o uso de antibióticos. Em crianças, recém-nascidos e indivíduos imunocomprometidos, a Salmonella pode provocar danos mais graves, como bacteremia, lesões em órgãos e meningites; nesses casos, a antibioticoterapia é imprescindível. Diversos fatores podem afetar a dose infectante de Salmonella, como sorotipo, condição imunológica do indivíduo e tipo de alimento envolvido (Segurança Alimentar e Nutricional, 2012).

Recomenda-se ações de educação em saúde, destacando os hábitos de higiene pessoal, principalmente a lavagem correta das mãos entre as pessoas que manipulam alimentos, observando cuidados na preparação, manipulação, armazenamento e distribuição de alimentos. (Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2008) As principais estratégias de prevenção devem ser: seleção da matéria-prima, utensílios e equipamento cuidadosamente higienizados; fornecimento de água potável e adequado sistema de tratamento de lixo e esgoto; adoção de boas práticas de fabricação e implantação do sistema APPCC; afastamento dos portadores assintomáticos da área de produção e métodos de preservação e de transporte adequados. Para os alimentos e sua devida manipulação é aconselhado que mantenha os alimentos refrigerados e longe do contato com animais; correta cocção dos alimentos derivados de aves e ovos; não misturar alimentos crus e cozidos. Todas essas ações estão em conformidade com as recomendações das autoridades de saúde pública em nível mundial. (Segurança Alimentar e Nutricional, 2012).

 

 

 

 

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Cuidados com alimentação para pacientes com câncer

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Dia 4 de Fevereiro foi o Dia Mundial do Câncer e o FDA divulgou uma lista de cuidados especiais que pacientes e vitoriosos de Câncer precisam se atentar no dia a dia.

O sistema imunológico dos pacientes de câncer  é fragilizado  devido aos tratamentos necessários, que normalmente envolvem quimioterapia, radiação ou ainda medicamentos para ajudar na lura contra a doença.  Devido ao sistema imunológico debilitado, os pacientes ficam mais susceptíveis a doenças alimentares, inclusive. Ainda, a gravidade da uma infecção ou intoxicação alimentar pode ser ainda maior nestes casos.

Devem ser evitados os alimentos:

  • carne vermelha ou aves – crua ou mal cozida;
  • Peixe cru, frutos do mar parcialmente cozidos (como camarão e caranguejo), e frutos do mar defumados refrigerados;
  • mariscos crus (incluindo ostras, mariscos, mexilhões e vieiras);
  • Leite não pasteurizado e produtos feitos com leite cru, como iogurte e queijo;
  • Queijos feitos com leite não pasteurizado, como Feta, Brie, Camembert, de pasta azul;
  • Ovos crus ou mal cozidos ou alimentos que os contenham, incluindo alguns molhos caseiros de saladas, massa de biscoito caseiro e massas de bolo, e gemada caseira crua ou mal cozida. (A maioria dos molhos de salada industrializados são feitos com ovos pasteurizados.)
  • Legumes frescos sem lavar, incluindo alface / saladas
  • Sucos de frutas não pasteurizados;
  • Cachorros quentes, embutidos fermentados e secos, e outras carnes de estilo delicatessen, produtos de aves e de peixe defumado – a menos que sejam aquecidos até a vapor quente;
  • Patês não pasteurizados, refrigerados.

 

Também é importante sempre lembrar:

1.LIMPEZA: Lavar as mãos e superficies com frequência

2.SEPARAR: Separar carnes cruas de outros alimentos

3.COZINHAR: Cozinhar a temperaturas adequadas

4.RESFRIAR: Refrigerar os alimentos imediatamente após o uso/preparo (no acondicionamento)

 

Estes são cuidados básicos que todos devem ter para prevenção de doenças alimentares, mas que se tornam ainda mais importantes para pessoas com sistema imunológico debilitado, como o paciente de câncer.

 

Há mais informações sobre o Guide “Smart Menu Choices for Cancer Patients and Survivors” em http://www.foodsafety.gov/blog/2015/02/world-cancer-day-2015-food-safety-critical-cancer-patients-and-survivors.html

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Segurança de materiais em contato com alimentos

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Alguns posts relacionados ao tema “materiais de contato com alimentos” já foram apresentados algumas vezes aqui no Blog. Recentemente li alguns artigos interessantes que tratam deste tema, entretanto com uma visão distinta da que estava acostumada, elaborados por pesquisadores da área médica, mais especificamente, epidemiologista. Um destes artigos, tem como enfoque a preocupação da área médica em relação aos efeitos nocivos e desconhecidos para saúde humana, em consequência do consumo de substâncias químicas oriundas da migração de materiais de contato com alimentos, como por exemplo, as embalagens, utensílios e equipamentos de processo ou preparação que possuem contato direto com o alimento. Não foi apresentado nenhum estudo de caso, somente uma revisão da arte sobre o tema com sugestões de futuros trabalhos e a justificativa para tal.

Como a maioria dos alimentos, hoje consumidos, são embalados e toda a população é susceptível a ser exposto, o autor enfatiza que é de extrema importância a realização de estudos para entender a correlação entre os materiais de contato no desenvolvimento de doença crônica e afirma que se torna uma urgência de interesse público.

A seguir apresento um resumo deste artigo, que foi publicado em julho de 2014, pela revista Epidemiol Community Health. Boa leitura!

 

“Embalagens e materiais de contato e a migração para os alimentos: Desafio dos Epidemiologistas”

 O autor primeiramente buscou apresentar o conceito sobre o risco da migração de componentes químicos para o alimento e a fundamentação da sua investigação, todos com base e referência científica. Os principais dados relatados por ele, que considero os principais, foram:

– A maioria dos materiais de contato com alimentos não são inertes e apresentam substâncias químicas, tais como, monômeros, polímeros, aditivos, coadjuvante de processo que podem se difundir para a bebida e/ou alimento e esta migração pode ser acelerada em determinadas situações de tempo de armazenamento, temperatura, propriedades físico-químicas tanto do material, como também do alimento.

-Nem todos os migrantes são regulados como aditivos alimentares indiretos e são, segundo referências citadas no artigo, contaminantes químicos.

– Contaminantes tóxicos conhecidos continuam sendo utilizados como aditivos alimentares na Europa e EUA e são aprovados por legislação local. Alguns exemplos: tipos de amianto, Formaldeído (este último presente em garrafas de PET e já comprovadamente cancerígeno), Bisfenol A, Ttriclosan e vários ftalatos (estes três últimos desreguladores endócrinos)

– Número de substâncias intencionais conhecidas e que são utilizadas na composição dos materiais de contato excedem 4000. Além disso, contêm um número desconhecido de subprodutos de polimerização, impurezas e outros que são as substâncias adicionadas não intencionalmente. Ainda não se conhece os perigos toxicológicos do consumo destas substancias.

– Doenças crônicas no mundo são responsáveis por cerca de dois terços das mortes. Apesar de haver causas múltiplas há fortes evidências entre este número com a exposição crônica a contaminantes químicos

– Ainda que haja estabelecida avaliação do risco químico para certos componentes, ou seja, existe um limite aceitável estabelecido para a exposição à toxicidade de um indivíduo, o autor enfatiza que no entanto, os seres humanos não são expostos a produtos químicos, de maneira isolada. Desta forma, somente estes dados não seriam suficientes para assegurar a inocuidade de um produto.

Diante destes fatos, o autor propôs que seja realizada de maneira urgente, uma avaliação da exposição de base populacional e biomonitoramento dos materiais de contato, a fim de avaliar as relações de causa-efeito entre as substâncias químicas dos materiais de contato com alimentos e as doenças crônicas como câncer, obesidade, diabetes e alterações neurológicas. Enfatizou que a migração química dos materiais de contato com alimentos e os efeitos na saúde humana, devem ser mais e, melhor investigados por pesquisadores e propôs início de estudos mais profundos sobre o tema.

O autor afirmou que a área de epidemiologia pode ajudar a melhorar o conhecimento sobre o papel dos produtos químicos dos materiais de contato com alimentos.

O autor sugeriu como metodologias:

– a utilização de questionários de frequência alimentar e métodos de avaliação do consumo alimentar (registros de consumo alimentar), complementada por esforços de biomonitoramento;

– Análises dos usos de materiais em contato com os alimentos em toda a cadeia de abastecimento alimentar (processamento, embalagem, armazenamento) e em casa, local de trabalho e outras configurações.

– Medição da frequência de práticas de consumo, tais como o armazenamento em freezers, pratos de plásticos e recipientes, o uso de filmes plásticos

– Preferência de embalagens pelo consumidor, ao comprar alimentos e bebidas

– Dados econômicos e culturais das influências sobre o consumo alimentar

– Análises estatísticas para integrar estas informações coletadas com os dados usados tradicionalmente em epidemiologia nutricional, ambiental e molecular.

Além disso, sugeriu uma série de outros campos de pesquisa sobre este tema: os mecanismos tóxicos, por exemplo, em estrogênica, androgênica, tireoide e os efeitos dos químicos que migram dos materiais de contato. Na homeostase de glicose e metabolismo de lipídeos, a homeostase de energia e a resistência à insulina; sobre o papel dos agonistas e antagonistas de receptores nucleares na modulação da função do receptor de doenças nucleares e endócrinas, incluindo receptores de membrana não-esteroides e receptores nucleares não-esteroides; em metabólica e disfunção mitocondrial, inflamação, adipogêneses e macrófagos adiposo.

Desta forma, o autor concluiu que Integrar o conhecimento sobre a composição química destes materiais e migração para os alimentos em estudos epidemiológicos é, uma oportunidade e um dever para os epidemiologistas. Eventualmente, essa pesquisa vai fortalecer as políticas de prevenção primária, reduzindo exposição a produtos químicos resultantes de uma fonte controlável. Ele também irá avançar no conhecimento básico e aplicado sobre os mecanismos moleculares e fisiológicos que apontam algumas substâncias químicas ambientais e doenças humanas.

 Referência do artigo: MUNCKE, Jane et al. Food packaging and migration of food contact materials: will epidemiologists rise to the neotoxic challenge? Epidemiol Community Health, [s.i.], v. 68, n. 7, p.592-594, jul. 2014.

 

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O não alcance de metas de SGSA X ações corretivas e preventivas

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“Obstáculos são aquelas coisas assustadoras que vemos quando afastamos os olhos do alvo.”

Hanah More

 No post anterior falamos sobre a sistemática de definição dos objetivos e indicadores relacionados ao sistema de gestão de segurança de alimentos, validação de metas e divulgação para a organização até os níveis pertinentes.

E depois…. basta atualizar o resultado? Nãoooooo!!

O mais importante de tudo é a análise crítica dos dados e a tomada de ações derivada deste acompanhamento. O sistema de gestão deve considerar estas atividades. Elas que vão garantir o aprendizado derivado dos indicadores de desempenho.

Periodicamente deve ser realizada uma reunião de análise dos resultados destes indicadores. Esta reunião pode ser mensal, bimestral, trimestral, dependendo da rotina de atividades e reuniões da organização. Mas é relevante ressaltar que independente da periodicidade da reunião, os resultados de indicadores devem ser avaliados o mais breve possível (fortemente recomendado que seja mensalmente), para que as ações de correção sejam tomadas o quanto antes e assim poder conter e reverter situações de desvio.

Fica muito complicado realizar a análise dos desvios e tomar ações de correção ou corretivas quando se passa muito tempo do resultado. O resgate de informações às vezes se perde e com ele a oportunidade de registrar a melhoria contínua.

Acredito que existe uma regra e dois momentos de tomada de ação quando falamos de indicadores de desempenho.

A regra / critério: é necessário estar claramente definido quais são as situações e qual a abrangência de atuação quando ocorrem desvios em indicadores de desempenho. Ou seja, aqui passamos a considerar os desvios pontuais e sistêmicos.

Momento 1: se o indicador não atingiu a meta do mês, no mínimo devem ser tomadas as ações de contenção/correção para que o indicador possa retomar o resultado esperado.

Momento 2: o indicador não vem atingindo em meses consecutivos (ou alternados) e vai comprometer o resultado do ano. Devem ser tomadas ações de contenção e adicionalmente pode existir a necessidade de aplicação de ações corretivas.

Exemplo de critério para ações corretivas:

  • Identificação de resultados de indicadores que não atingem a meta por 3 meses ou mais;
  • Identificação no decorrer do ano que o indicador não atingirá a meta no período estabelecido.

 Ponto de atenção: em algumas situações, um único resultado fora da meta pode comprometer o resultado do período (do ano, por exemplo), nestas situações aplica-se o critério de ação corretiva obrigatória.

Este processo pode (e no meu ponto de vista deve) estar relacionado com o processo/procedimento de ações corretivas da organização. Isso permite que o sistema de gestão seja cada vez mais funcional e enxuto.

Baixe aqui um exemplo de formulário para gestão de indicadores e um formulário para registro, investigação de causa e definição do plano de ação corretiva.

Anexos

A sistemática de identificação de causas do exemplo do formulário pode ser substituída pela que a organização definir (5 Por quês, Ishikawa, Pareto, etc.), ou que melhor se aplicar ao caso. Algumas vezes pode ser uma análise utilizando mais de uma ferramenta. Isso também funciona!!

E para finalizar com “chave de ouro” este processo, devem estar analisados e registrados os resultados dos indicadores de SGSA (e outros sistemas de gestão que a organização possua) na reunião de análise crítica da direção. Se aplicável, também devemos considerar quais são as necessidades de ação para cada um deles, investimento, priorização das ações, etc.

Agora já podemos deixar de ficar assustados e olhar de frente a gestão de objetivos e metas do SGSA.

Figura 01

Referências:

ISO 22.000:2005 Requisitos:

7.10.1   Correções

7.10.2   Ações Corretivas

8.5.1      Melhoria Contínua

 

ISO 9001:2008

8.5.1      Melhoria Contínua

8.5.2      Ação Corretiva

8.5.3      Ação Preventiva

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