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Construindo a competência em segurança de alimentos

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Há um caso de toxinfecção alimentar bastante difundido mundialmente e normalmente utilizado para se falar de gestão de crises na indústria de alimentos. Mas aqui, vamos utilizar este caso para introduzir o assunto da gestão de competências em uma organização na cadeia produtiva de alimentos. No ano de 2000, uma contaminação por Staphylococcus aureus  em leite desnatado afetou aproximadamente 14.000 pessoas no Japão. O fato de como a contaminação atingiu um número tão grande de pessoas, em função de demoras por parte da organização em iniciar um recall, ainda é um assunto bastante debatido, mas uma das causas parece ter sido uma válvula suja associada a um tanque de estocagem de leite. A bactéria foi isolada desta válvula e ao que parece, essa foi a maior fonte de contaminação, uma vez que não permitia uma higienização eficaz com os métodos utilizados pela empresa. Esse evento nos mostra como uma falha de engenharia higiênica pode levar a consequências sérias (e em alguns casos catastróficas) para um fabricante de alimentos. Mas supondo que a causa-raiz aparente para o problema seja um desenho inadequado do equipamento, podemos dizer que esse é um problema puramente técnico? Ou seja, essa é realmente a causa raiz?

Existe uma visão geral em muitas organizações pertencentes à cadeia produtiva de alimentos de que os problemas que afetam seus produtos têm, em sua maioria, origem técnica, sendo uma menor parte proveniente de causas relacionadas às pessoas.  Casos como o descrito acima, têm muitas vezes a causa diagnosticada como uma “falha no projeto sanitário”. Se avaliarmos a fundo boa parte destes problemas técnicos, certamente iremos encontrar, com uma análise um pouco mais elaborada, causas relacionadas a lacunas de competência relacionadas a fatores que podem afetar a segurança de alimentos, em diversos níveis. Quem higieniza o equipamento, está adequadamente treinado para a realização correta desta tarefa? Quem realiza o monitoramento microbiológico de linhas e produtos tem a competência necessária para realizar as amostragens e análises e interpretar os resultados? Mas, principalmente, quem projetou o equipamento citado anteriormente tinha conhecimento dos requisitos de projeto sanitário associados a esse processo?

As pessoas são, portanto, o recurso mais crítico e valioso para a produção de alimentos seguros. Então, todo o pessoal que afeta a segurança de alimentos deve ser competente. Essa é uma conclusão aparentemente óbvia, mas não tão simples de ser compreendida e aplicada na prática. Pelo menos três grandes questões, não muito fáceis de serem respondias, surgem a partir da mesma:

1. Quem são as pessoas em uma organização que afetam a segurança de alimentos?

2.  O que exatamente é competência em segurança de alimentos?

3. Como atender a esses requisitos de competência?

Nos próximos posts iremos desenvolver um pouco cada uma destas questões. Boa leitura!

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Semana Européia sobre a conscientização do uso de antibióticos

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A prescrição correta e uso de antibióticos parece uma pauta confinada aos profissionais de saúde, em particular médicos e farmacêuticos e os pacientes.

Mas não é bem assim: a indústria de alimentos tem correlação com essas importantes drogas, seja para o uso veterinário nos animais de corte, seja para terapias humanas, incluindo as doenças transmitidas por alimentos. Assim, também aproveitamos esta semana para refletir sobre um tema de interesse coletivo: a possibilidade de cura de doenças infecciosas.

Saiba mais sobre esta semana no site canadense  http://antibioticawareness.ca/ e no site da ECDC da Europa.

Reveja aqui no blog posts sobre resistência microbiana aqui no blog:

Pesquisadores encontram bactérias resistentes a antibióticos em carne de sol na Bahia

Bactéria resistente a antibióticos é encontrada em alimento pela primeira vez

Como está a luta contra a resistência microbiana aos antibióticos?

Bibliografia sobre resistência microbiana a antibióticos/

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A escassez de água e as ações da Vigilância Sanitária

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Abril deste ano marcou o início da crise de abastecimento de água no estado de São Paulo. Devido a longa estiagem, o Centro de Vigilância Sanitária divulgou o CVS 23, de 07/4/2014Vigilância da Qualidade da água para consumo humano em situações de estiagem – Ações preventivas de saúde para estiagens e em eventuais situações de racionamento.

O objetivo deste documento é estabelecer referencias para prevenir riscos a saúde da população.

Abaixo fiz um breve resumo de alguns pontos a serem destacados deste comunicado. Em tempos de desabastecimento de agua não se deve somente considerar o desconforto para a população, mas também levar em conta a saúde da mesma reforçando-se as ações de vigilância inscritas no Programa de Vigilância da Qualidade da água para consumo humano do estado de São Paulo (PROAGUA).

Qualquer medida de racionamento requer das companhias de saneamento um plano de contingência e a Vigilância Sanitária deve intensificar o dialogo com os responsáveis pelo abastecimento, conhecer e participar ativamente do plano. Requisitos legais justificam a participação da autoridade sanitária na tomada de decisões, conforme requisitos abaixo da Portaria Federal 2914/2011:

Artigo 13. Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano:

(…)

XI – comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública municipal e informar adequadamente à população a detecção de qualquer risco à saúde, ocasionado por anomalia operacional no sistema e solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano ou por não conformidade na qualidade da água tratada, adotando-se as medidas previstas no art. 44 desta portaria;

Artigo 26. Compete ao responsável pela operação do sistema de abastecimento de água para consumo humano notificar à autoridade de saúde pública e informar à respectiva entidade reguladora e à população, identificando períodos e locais, sempre que houver:

I. Situações de emergência com potencial para atingir a segurança de pessoas e bens;

II. Interrupção, pressão negativa ou intermitência no sistema de abastecimento;

III. Necessidade de realizar operação programada na rede de distribuição que possa submeter trechos a pressão negativa;

IV. Modificação ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas de abastecimento; e

V. Situações que possam oferecer risco à saúde.

Artigo 44. Sempre que forem identificas situações de risco à saúde, o responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água e as autoridades de saúde pública devem, em conjunto, elaborar um plano de ação e tomar medidas cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem prejuízo das providências imediatas para a correção da anormalidade.

A falta de água faz com que se busquem soluções alternativas para o abastecimento, veja o que diz o comunicado sobre estas opções.

Caminhões pipa: empresas transportadoras de água devem ser cadastradas na Vigilância Sanitária conforme portaria CVS 4/2011. O cadastro deve ser acompanhado da avaliação da origem e qualidade da água e condinções dos veículos. Outras regulamentações são: Portaria CVS 48/2009, a resolução Conjunta SMA/SERHS/SES 3/2006 e a Portaria Federal 2914/2011.

Poços tubulares profundos: A Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES 3/2006 regulamentou o tema e estabeleceu procedimentos integrados de controle do risco sanitário,outorga de recursos hídricos e licenciamento ambiental, restringindo a perfuração de poços emáreas urbanas com risco elevado de contaminação e permitindo maior segurança de potabilidade da água explotada. Enquadrados como solução alternativa coletiva de abastecimento, os poços devem ser cadastrados na vigilância sanitária, contar com responsável técnico e serem monitorados sistematicamente, conforme estabelece a Portaria Federal 2914/2011 e a Resolução SS 65/2004.

 

Água de reuso: A possível carência de água deve favorecer também o incremento de soluções e práticas de reuso. No meio urbano é possível que se fortaleçam tendências do comércio, pelas companhias de saneamento, de água de reuso proveniente das estações de tratamento de esgotos. O produto geralmente é utilizado para lavagem de vias públicas, regas de parques e outras áreas verdes,lavagem de veículos coletivos etc. As secretarias de Estado da Saúde, Meio Ambiente e de Recursos Hídricos e Saneamento elaboraram norma disciplinando os padrões de qualidade da água de reuso e as condições de segurança para sua produção, distribuição e aplicação. A minuta foi submetida à consulta pública e deve ser publicada em breve.

 

Poços cacimba, minas e bica d´água: não são fontes confiáveis para abastecimento da população em meio urbano. Elas são toleradas apenas em assentamentos urbanos ainda não dotados de infraestrutura de saneamento ou quando da interrupção mais aguda do fornecimento de água e da absoluta ausência de outras opções de acesso à água segura. Nesses casos, devese orientar os consumidores acerca das medidas essenciais para proteção do manancial e dos processos elementares de desinfecção da água. O Comunicado CVS 37/1991 orienta as medidas básicas para desinfecção de poços freáticos.

 

Estocagem: Outro aspecto que merece atenção das equipes municipais e regionais do Sistema Estadual de Vigilância Sanitária em cenários de possível racionamento é o incremento da estocagem adicional de água em reservatórios e recipientes inapropriados para tal fim. Improvisados e justificados pelas contingências, tais utensílios precisam atender requisitos mínimos de salubridade. Portanto, os usuários de tais utensílios devem ser orientados para dispô-los em locais salubres, não fazer uso daqueles confeccionados em materiais impróprios, tampá-los adequadamente para proteger a água contra poeiras e insetos e verificar se não serviram anteriormente à guarda de produtos tóxicos ou outras matérias não compatíveis com a manutenção da potabilidade da água.

Ainda em relação à precária estocagem de água para consumo humano, convém lembrar que geralmente os recipientes usados em tais práticas não contam com a devida vedação e podem estocar água por longos períodos, condições que favorecem criadouros de mosquitos de interesse à saúde pública, como o Aedes aegypti, vetor da dengue, doença atualmente de condição epidêmica em diversas regiões do estado.

 

A qualidade da água dos mananciais também foi destacada, pois períodos de estiagem favorecem a proliferação de algas podendo elevar a concentração de cianobactérias, potencializando episódios de alteração de sabor e odor na água e elevando o risco de cianotoxinas. As companhias de abastecimento devem garantir o monitoramento sistemático de cianobactérias.

Outro ponto que merece destaque é o reforço que as autoridades da vigilância sanitária devem estreitar as relações com as equipes da vigilância epidemiológica para detecção de surtos. O programa de Monitoramento das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA) é uma importante fonte para acompanhar o estado de saúde da população em tempos de racionamento.

Resta-nos saber se estas ações de fato estão sendo atendidas. Em breve outros posts abordarão este assunto.

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Elastômeros e sua adequação à aplicação: não basta ser próprio para contato com alimentos

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Sabemos que a indústria de alimentos utiliza muitos elastômeros, comumente conhecidas como borrachas, presentes em bombas, válvulas, e junções de tubulações. Estes materiais evitam vazamentos, pois contato metal-metal não permite vedação, sendo necessário um material com elasticidade. Há situações onde a flexibilidade faz todo o diferencial, como no caso de mangueiras e sistemas dinâmicos (móveis). Esses materiais de contato ainda aparecem tímidos nos estudos de HACCP, sendo que algumas empresas certificadas estão melhor organizando as evidências que as borrachas são adequadas para contato com alimentos.
No Congresso Mundial da EHEDG foram apresentados critérios de escolha dos elastômeros e eles estão relacionados à aplicação, que deve ser adequada ao uso.
Isso pode soar óbvio, mas a gestão na prática nem sempre funciona seguindo a lógica.
Os critérios de seleção afunilam, começando pelos poucos fornecedores que apresentam laudos de migração conforme a legislação e declaram sua composição em conformidade com a lista positiva (no caso do Brasil estamos falando da RDC 123/01 da ANVISA). Nem sempre se tem o material disponível no formato desejado ou na quantidade que se deseja (um O-Ring pode ser comprado às centenas e a empresa pode precisar de unidades).
Um elastômero incorretamente selecionado leva ao envelhecimento precoce do mesmo, o que pode levar a formação de fissuras e deformidades, favorecendo locais para vazamentos e alojamento de micro-organismos.
Algumas condições a serem consideradas são:
– Requisitos de temperatura: a cada 10oC de aumento de temperatura, dobra-se a velocidade de reações químicas. Temperaturas de congelamento podem levar à perda da elasticidade.
– Requisitos de compressão: o material se manterá estático ou dinâmico? Avaliar a compressão necessária.
– Compatibilidade com químicos: observar nas tabelas dos fabricantes a vida útil quando exposta a diferentes sanitizantes ácidos, alcalinos, peróxido, etc. Os elastômeros podem ficar com aspecto viscoso, endurecidos ou quebradiços se incorretamente aplicados.
– Compatibilidade com o alimento: o maior risco é a expansão volumétrica (Ex: EPDM em presença de gordura). Bebidas alcoólicas podem sofrer alteração de sabor na presença de FKM. Outro exemplo de problema é que o limoneno em uma linha de refrigerante (baixo pH) pode se transferir para o material, causando expansão e também transferência de sabor para algum produto compartilhado na linha, como água mineral.
– Resistência a métodos de desinfecção: UV, ozônio, vapor e água quente afetam materiais de forma diferente. Abaixo podemos ver uma tabela que ilustra esta resistência frente aos elastômeros mais comumente usados.

Além da seleção adequada, não devemos esquecer que a freqüência de manutenção preventiva deve ser compatível com a aplicação, pois a vida útil do elastômero não é padronizada e sim conseqüência de seu uso.

 

Fonte: Ferdinand Schwabe. Palestra Selection of food contact rubber materials. EHEDG World Congress on Hygienic Engineering & Design. Parma 2014.

 

Imagem: Lubeca

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Dicas para elaboração do POP de potabilidade da água

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Esse post contem dicas e instruções de algumas legislações vigentes para a elaboração do Procedimento Operacional Padronizado de Potabilidade da Água.

Apresento a estrutura base que indico para um POP ser mais completo, organizado e atender à legislação RDC 275/2002:

Cabeçalho/Rodapé: O cabeçalho do documento deve conter o nome do procedimento, o código do documento, a data de elaboração do documento, o número da revisão atual do documento, a data da revisão atual do documento, a pessoa responsável pela elaboração do documento, a pessoa responsável pela aprovação do documento e as respectivas assinaturas dessas pessoas. Essas informações podem ser dividas entre o cabeçalho e o rodapé do documento ou caso seja de sua preferencia, o documento pode conter apenas cabeçalho.

Objetivos: Esse item descreve quais são os objetivos desse documento, como por exemplo: “estabelecer procedimentos que garantam a potabilidade da água para o preparo dos alimentos, higiene pessoal dos colaboradores e consumo interno”.

Documentos de Referência: Nesse item devem ser descritas as legislações vigentes usadas para sustentar as informações descritas no procedimento, bem como as bibliografias ou materiais de referencia utilizados.

Campo de Aplicação: Esse item descreve quais são as áreas e/ou setores e/ou pontos e/ou pessoas e etc. para os quais o procedimento foi estabelecido.

Definições: Esse item contém as definições de termos técnicos ou específicos usados na redação do procedimento a fim de garantir a compreensão do documento por todos.

Responsabilidades: Esse item descreve quais são as responsabilidades e os responsáveis por tornar o procedimento vigente.

Descrição: É nesse item que o procedimento efetivamente é descrito. Todos os itens envolvendo a potabilidade da água devem ser destrinchados um a um, contando como funciona, quem são as pessoas envolvidas em cada atividade (recomendo nunca citar nomes e sim cargos, pois as pessoas saem das empresas e são substituídas, já seus cargos permanecem), qual a frequência de realização daquela atividade, onde essa atividade é registrada. Para o POP de Potabilidade da Água a legislação cita como itens obrigatórios:

ü  Conter informações sobre o tipo de abastecimento da água (rede pública de abastecimento, água de poço água de rio, água de caminhão pipa e etc.) e volume utilizado;

ü  Conter o local de armazenamento da água, localização do(s) reservatório(s), capacidade(s) e periodicidade de higienização de cada reservatório;

ü  Descrição do método de higienização, incluindo as características da superfície a ser higienizada, identificação do princípio ativo e do produto utilizado, concentração e tempo de contato dos agentes químicos;

ü  Operações relativas ao controle da potabilidade da água, incluindo as etapas em que a mesma é crítica para o processo produtivo, especificando os locais de coleta das amostras, a frequência de sua execução, as determinações analíticas, a metodologia aplicada e os responsáveis pela operação.

ü  Nos casos em que as determinações analíticas ou a higienização do reservatório for realizada por empresa terceirizada, o estabelecimento deve apresentar, para o primeiro caso, laudos de análises e, para o segundo, o certificado de execução do serviço devidamente datado, assinado e contendo todas as informações.

Lembre-se de descrever bem cada etapa e cada processo onde haja água envolvida, por exemplo: se seu estabelecimento possui filtro de água todas as informações pertinentes a esse filtro de água devem estar descritas no procedimento, incluindo as frequências de limpeza do filtro e troca do elemento filtrante.

Se o seu estabelecimento utiliza uma fonte de água alternativa (poço ou rio) devem estar especificados quais são os sistemas utilizados para tratamento dessa água que garantam a sua potabilidade.

Se seu estabelecimento utiliza gelo ou vapor entrando em contato direto com os alimentos ou com superfícies que entrem em contato com os alimentos devem estar especificados no procedimento todas as informações que envolvem esses itens e que garantam a potabilidade dos mesmos.

Monitoramento: Esse item descreve quais são os métodos utilizados pela empresa para monitorar as medidas descritas no POP que garantam a potabilidade da água. Não se esqueça de especificar quem são os responsáveis pelos monitoramentos e quais são as frequências estabelecidas.

Ação Corretiva: Esse item determina qual a ação tomada quando é constatada uma não conformidade em algum ponto ou processo descrito no POP. Além da ação imediatamente tomada para a correção do problema e as disposições realizadas com o produto que possa potencialmente estar contaminado com água não potável, deve também ser estabelecido o conjunto de ações a serem tomadas para que a não conformidade não torne a se repetir.

Verificação: Esse item determina quais são os métodos adotados pela empresa para verificar se o procedimento operacional padronizado para potabilidade da água está devidamente implementado e funcionando adequadamente, ou seja, se a água, gelo e vapor utilizados no estabelecimento estão realmente potáveis e sem risco de propiciar qualquer tipo de contaminação ao produto e às pessoas. Além de estabelecer o tipo de verificação, devem também estar estabelecidos os responsáveis e as frequências de verificação.

Nunca se esqueça de apenas descrever no POP os procedimentos que realmente estão implementados em seu estabelecimento, não devendo ser descritos procedimentos ideais, porém, irreais.

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Hoje é o dia mundial da qualidade

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Na primeira quinta feira de cada novembro se comemora o Dia Mundial da Qualidade.

O objetivo desta desta data é aumentar a consciência mundial da importante contribuição que a qualidade propicia no crescimento e na prosperidade, seja de organizações ou indivíduos.

Sendo a segurança de alimentos um aspecto indissociável da qualidade, vamos aproveitar o dia para refletir como podemos fazer melhor em nossas vidas e nas organizações onde trabalhamos!

 

Fontes:

http://www.thecqi.org/Community/World-Quality-Day/Why-quality/

http://en.wikipedia.org/wiki/World_Quality_Day 

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Resíduos de medicamentos veterinários em produtos do origem não animal na Europa

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A presença de resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos de origem animal são uma preocupação em termos de segurança alimentar. O Regulamento n° 470/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de maio de 2009 classifica as substâncias farmacologicamente activas utilizadas nos medicamentos veterinários para garantir a segurança alimentar, estabelece o seu conteúdo admissível nos alimentos de origem animal e fixa os limites máximos de resíduos de medicamentos veterinários nos ditos alimentos.
O relatório referente a 2013 do sistema RASFF (Rapid Alert System for Food and Feed), da União Europeia, indica que houve, durante o ano de 2013, cerca de 39 notificações relacionadas com a presença de substâncias proibidas (substâncias cujo uso em medicamentos veterinários foi expressamente proibida). A maioria destas notificações (29) deveu-se à presença de cloranfenicol (antibiótico de amplo espectro) nos alimentos. Destas, um número significativo de notificações (20) estava relacionado com o seu uso na preparação de enzimas (xilanase, amílase, pectinase, gluconase entre outras), as quais apresentavam contaminação. Estas enzimas podem destinar-se a rações mas podem, também, ser usadas no processamento de alimentos (produção de vinho, produção de cerveja, panificação). A toxicidade associada ao cloranfenicol deriva da sua natureza lipófila e da sua capacidade para inibir a síntese proteica em ribossomas do tipo procariota.
Todas as enzimas e preparações enzimáticas tiveram origem em três companhias indianas, quer de uma forma direta quer de forma indireta (via Japão), na importação para a Europa. Devido a este incidente foi acordado que o MRPL (“minimum required performance limits”, ou seja o limite mínimo de desempenho requerido na análise) de 0.3 µg/kg de cloranfenicol nos alimentos de origem animal, estabelecido pela Decisão da Comissão 2002/657/EC, se deveria aplicar não só a alimentos de origem animal, mas também a enzimas e preparações enzimáticas, pré-misturas, compostos para rações, ingredientes destinados ao processamento alimentar e em alimentos de origem não animal.
As enzimas, preparações enzimáticas, pré-misturas ou ingredientes alimentares (produtos semi-preparados) nos quais a presença de cloranfenicol seja quantificável (e em que o MRPL é de pelo menos 0.3 µg/kg de cloranfenicol), não poderão ser usadas em rações ou na produção de alimentos, não podem ser colocados no mercado e têm de ser retirados do mercado. O mesmo se aplica a compostos para rações e alimentos prontos a comer. No entanto, nestas últimas matrizes a presença de cloranfenicol em quantidades quantificáveis não foi observada.
Uma vez que as autoridades indianas não providenciaram informação sobre a fonte da contaminação, e consequentemente não forneceram garantias para as exportações futuras de enzimas para a União Europeia, foi decidido estabelecer, no âmbito da regulação da Comissão 669/2009, um aumento, em 50%, da frequência de controlo na importação de todos os produtos contendo enzimas ou preparados enzimáticos com origem na Índia, a partir de abril de 2014.
As notificações referentes a outros perigos para a segurança alimentar identificadas no relatório publicado pelo RASFF serão objecto de análise mais detalhada em próximas notícias do blogue.
Saiba mais em http://ec.europa.eu/rasff

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Riscos aos produtos agrícolas em tempos de oscilações climáticas

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É notório que estamos vivendo uma dura fase de variações climáticas em nosso país.

A escassez de chuvas que está levando São Paulo a utilizar água do fundo de seus reservatório, faz também “vítimas agrícolas” no estado e vizinhanças.  Além da menor oferta, há perdas de qualidade e ameaças à segurança dos alimentos colhidos. Diversos produtos agrícolas sofrem.  As secas estressam as planta e a deixam mais vulneráveis ao ataque de pragas. Com mais ataques e maiores áreas expostas, os fungos produtores de micotoxinas  se proliferam e a temida aflatoxina ocorre com maior freqüência. Isso aconteceu com o amendoim, este ano, com 30% da produção contaminada.

Mas chuva demais ou fora de hora também é um problema! O trigo gaúcho está apresentando uma qualidade peculiarmente inferior. Um levantamento recente a partir de 200 amostras de 37 municípios aponta que 90% do trigo colhido em 2014 está contaminado com Deoxinivalenol. A média de contaminação foi 1.911 ppb e 41% delas estavam acima do limite legal de 2000 ppb. Isso representa uma concentração de contaminação 193% maior do que a safra anterior e um aumento de incidência de 24%. A causa? O clima atipicamente quente e úmido próximo da colheita.

E os agrotóxicos? Culturas vulneráveis obrigam os produtores a utilizarem mais defensivos agrícolas. Devemos lembrar que os agroquímicos não são aplicados pelos agricultores com a intenção de tornar os alimentos mais contaminados! Certamente se fosse possível, o uso dos mesmos aconteceria níveis muito baixos ou nulos, pois quanto maior o uso, maior o custo. Contudo, sob a ameaça de perder todo o trabalho de meses às vésperas da colheita por causa das pragas, uma aplicação “emergencial” pode acontecer. Se esta aplicação ocorrer quando a planta estiver em seu ponto de maturação, a colheita irá acontecer antes de terminar o período de carência e resíduos poderão chegar à mesa. A outra opção seria destruir todo o alimento já colhido.

As previsões sobre o futuro do clima há muito apontam que variações climáticas serão rotina. Teremos que aprender a lidar com enchentes, secas, tornados, picos de calor e baixas temperaturas, minimizando perdas e riscos para toda a cadeia produtiva de alimentos.

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Métodos alternativos de combate as intoxicações alimentares

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A ingestão de alimentos preparados inadequadamente é o principal motivo pela internação de pessoas com sintomas como diarreia, vômitos e dores abdominais. Esses sintomas são comuns em pessoas que fizeram a ingestão de alimentos contaminados por microrganismos e toxinas. Nos Estados Unidos  mais de 76 milhões de pessoas são internadas todo ano de intoxicação por alimentos mal preparados.

Existem diversos métodos e tratamentos para as intoxicações, porém os mais comumente indicados por médicos estão relacionados com a prevenção por meio da lavagem correta das mãos e de utensílios; cozinhar os alimentos em temperatura adequada; refrigerar alimentos que não serão imediatamente ingeridos; não comer alimentos desconhecidos. O método por meio de terapias medicamentosas são aconselhadas quando há uma gravidade e urgência maiores. Dentre alguns dos medicamentos receitados podemos exemplificar os seguintes: Antibióticos; Antitoxinas para neutralizar as toxinas do C. botulinum; Amitriplina para controlar dormência, formigamento por envenenamento por ciguatera e Manitol para sintomas relacionados aos nervos por envenenamento de ciguatera.

Terapias complementares e alternativas são utilizados para fortalecer o corpo e ajudar na prevenção de intoxicação alimentar. Dentre as alternativas podemos destacar na parte nutricional: a ingestão de líquidos como água para reidratação do corpo ou água de cevada para aliviar inflamação do estomago, o consumo de alimentos probióticos para restaurar a flora bacteriana intestinal e o tratamento com a ingestão regular de vitamina A para combater a salmonelose.

Apesar de nenhum estudo examinar a eficácia de remédios homeopáticos para a intoxicação alimentar, homeopatas levam em consideração o tipo constitucional de uma pessoa – sua constituição física, emocional e intelectual. Um homeopata experiente avalia todos esses fatores ao determinar a solução mais adequada para um determinado indivíduo. Abaixo estão alguns remédios mais comuns para uma intoxicação alimentar ou diarréia:

  • Arsenicum album – Este remédio é mais adequado para as pessoas que se sentem exaustos ainda inquieto e cujos sintomas tendem a agravar-se no frio e melhoram com o calor. O vómito também pode ocorrer. Arsénico também podem ser usadas para prevenir a diarreia quando viaja.
  • Calcarea carbonica – para as crianças que têm medo de ficar no escuro ou sozinho e que transpirar muito durante o sono. Fezes têm um odor azedo.

Desse modo podemos ver por meio das informações passadas que a intoxicação alimentar pode ser combatida com prevenção, com métodos para eliminar os sintomas e os agentes causadores das moléstias. Para um melhor entendimento, podemos ler sobre o assunto na integra no site

www.mch.com/alternative-medicine/food-poisoning.aspx.

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