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Alimentos com corantes – demanda do consumidor

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O ser humano é fortemente atraído por cores. O salmão, por exemplo, tem que ser da cor que leva seu nome. Um pouquinho mais rosado e já está desclassificado para entrar no prato. Para os que não sabem, para imitar o que a natureza propicia, ou seja, o tom rosa de uma vida consumindo camarões e pequenos caranguejos, o homem trouxe essa saída tecnológica que garante a especificação estética que o consumidor tanto quer: colocar na ração dos peixes o pigmento astaxantina.

Uma experimento clássico das aulas de análise sensorial dos cursos de engenharia de alimentos, é submeter à degustação amostras de gelatinas de diferentes sabores, contudo sem os devidos corantes. Todas são apresentadas como um produto incolor nos quais os alunos erram muito mais ao identificar abacaxi, morango e limão. O produto incolor jamais teria aceitação no mercado.

 Como seriam as vendas dos confeitos coloridos se eles fossem brancos? E se os sucos fossem pálidos? Se você torceu o nariz imaginando este produtos, então é um consumidor que contribui para a utilização de corantes artificiais pela indústria.

Porém já temos consumidores resistindo e questionando estas soluções, o que está trazendo novas demandas de produção, como por exemplo os corantes naturais à base de beterraba, cúrcuma, clorofila. Será que o próximo passo serão as bebidas carbonatadas e balas incolores?

 Este post foi editado em 23/07/2013 pois continha informações incorretas.

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Será que carne de frango tem hormônio?

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São inúmeras histórias sobre assunto e quem fala isso é porque não conhece sobre o ciclo da avicultura comercial. Mas se os frangos não têm hormônio, então como eles crescem tão rápido?

 A evolução tecnológica na criação de frangos está baseada principalmente no melhoramento genético e na alimentação adequada das aves. Uma pesquisa publicada no livro “O mundo do Frango”, de Rubison Olivo, comprova este fato, onde Havenstein et al. (2003) compararam linhagens disponíveis no ano de 1957 com linhagens de 2001 e dietas adequadas para cada época. Os pesquisadores concluíram que a genética foi responsável por 85 a 90% na melhoria do desempenho, ficando a nutrição com 10 a 15%. O quadro abaixo ilustra bem esta comparação. Na primeira coluna estão as linhagens genéticas, na segunda coluna estão os tipos de rações administradas em 1957 e em 2001 e nas demais colunas estão os dados encontrados de peso das aves em determinada idade, descrita em dias.

Os critérios de ambiência na criação também foram importantes para esta evolução, promovendo conforto térmico das aves, bem estar animal e melhorando a produtividade.

Mas será que as empresas não usam nem um pouquinho de hormônio?

Bom, certamente pesquisas já devem ter sido feitas, contudo a administração de hormônios em frangos de corte seria muito difícil e praticamente inviável. Primeiro, porque se fosse administrado hormônio via subcutânea ou intramuscular, sairia muito caro fazer injeções ave por ave. Para termos uma idéia, só no Estado de Santa Catarina são abatidos mais de 3,5 milhões de aves por dia, sendo que o Estado do Paraná possui uma produção ainda maior. Por via oral também seria complicado, pois hormônio para ser absorvido e não digerido pela ave também não iria sair nada barato.

Além disso, outra questão a ser observada é que se fosse administrado hormônio em um frango de corte, com idade de abate em torno de 45 dias, não haveria tempo suficiente para atuação da substância no organismo da ave, até porque com essa idade os órgãos sexuais ainda não estão completamente desenvolvidos.

 Apesar de todos esses argumentos, no ano de 2009 o Ministério da Agricultura incluiu no sorteio do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes – PNCRC análises de resíduos de hormônios em carne de frango. Os resultados foram todos negativos.

 Portanto, os frangos de hoje se desenvolvem tão rápido devido à seleção genética, nutrição específica e ambiência adequada. Essa história de que carne de frango tem hormônio realmente não procede.

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Leite loiro oxigenado

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Quem se lembra do escândalo do leite fraudado com água oxigenada e soda cáustica em 2007?

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Ellen Almeida Lopes

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Ellen, vc atua há mais de 25 anos na área da qualidade e segurança de alimentos. Como era a visão das empresas naquela época?

Ah havia muito machismo! Sabe que eu fui a primeira mulher a trabalhar na área ligada à fabricação na Nestlé? Não que a empresa fosse machista, mas muitos dos chefes na época eram. Meu tutor na faculdade, que deveria me ajudar a conseguir estágio me desincentivou, me dizendo “Ah, lá na Nestlé eles não aceitam mulher na área de fabricação!”. Mas eu era teimosa e perseverante, então fui até o RH da Nestlé e fiz uma ficha – foi a única empresa que procurei para pedir estágio. Passou-se um mês e nada! Mais um mês e nada! No terceiro mês me chamaram para uma entrevista – para o laboratório. Fui chamada e aceitei. Pensei – não é bem o que quero, mas tenho que ser paciente e no mínimo estar próxima ao que quero. No laboratório, seis meses depois, eu conheci o Mário Killner,  meu ex-chefe a quem admiro muito e a quem sou muito grata. O Mário não era machista,  acreditou em mim e me convidou  a trabalha na área ligada à produção e desenvolvimento de produtos. Então lá estava eu – baixinha e com cara de criança em meio a muitos suíços, altos e muito exigentes! Eu tive que trabalhar o dobro para provar que mulher trabalhava como um homem.  Hoje posso com orgulho  dizer que provei isso e quebrei um certo tabu existente.

E do ponto de vista técnico?

No início qualidade era muito focada em análises do produto final. Mas lá pelos anos 80 eu fiz meu primeiro curso de APPCC/HACCP e tive a certeza que este era o caminho. E nisso a Nestlé foi campeã – não sei quando outras empresas adotaram o sistema, mas lá logo o sistema passou a ser adotado. Naquela época a gente não ia tão fundo na análise – por exemplo, não se achava que havia perigos significativos provenientes de embalagens. Pouco a pouco fomos aprofundando, aprofundando, descobrindo mais e mais. Depois de trabalhar 10 anos na Nestlé, quatro na Kibon e um ano  no Inmetro, em 1992 eu fundei a Food Design e passei a oferecer curso de GMP e de HACCP. GMP fechava turma, mas HACCP era difícil…

E hoje, como é?

Hoje, após vários anos terem se passado, vejo que aumentou muito a profundidade dos estudo de HACCP. Nós na Food Design organizamos muitos seminários de HACCP, que no início tinham o objetivo de discutir a profundidade necessária, pois alguns clientes achavam que eu era detalhista demais. Eu e minha equipe passamos a nos preocupar em conhecer bem o processo produtivo das matérias primas. Descobrimos que uma boa justificativa, o entendimento de cada etapa do processo, muito estudo dos perigos microbiológicos e químicos para cada insumo e de cada processo produtivo eram fundamentais. Fomos percebendo também que sem um sistema de gestão que o sustente, o HACCP desaba! Também nos tacharam de detalhistas, até que a ISO 22000 veio a solicitar muito do que  já vínhamos fazendo. Fomos salvos pela ISO 22000!
Mas uma coisa que involuiu foi a confusão  feita por alguns que não entendem que não existe nenhuma árvore decisória que não dê margem à duplas interpretações. Há profissionais que querem uma árvore única e milagrosa, que não existe. Alguns passaram a “exigir” o tipo de árvore que conhecem – em geral árvore fundamentadas no exemplo do Codex Alimentarius. Fico com a impressão de que estes profissionais conhecem só esta, ou outras poucas. Eu conheço já bem uma centena delas…Uma colega –  a Irene, um dia usou o termo “árvore confusória”. Acho que é isso mesmo! Confusória! Passei a incorporar o termo. Fico impressionada em saber quantas empresas já gastaram tempo e dinheiro fazendo e refazendo seu estudo, cada vez que recebem um auditor diferente…”Ah, o auditor criticou a árvore, dizem… Como coisa que a norma estabelecesse uma árvore… A ISO 22000 nem sequer cita árvore…Para não me alongar, sabe-se que o raciocínio de um bom especialista é soberano – está aqui citação do FDA a respeito:“ Although application of the CCP decision tree can be useful in determining if a particular step is a CCP for a previously identified hazard, it is merely a tool and not a mandatory element of HACCP. A CCP decision tree is not a substitute for expert knowledge  www.fda.gov (o grifo é meu).

Por que essas mudanças aconteceram?

Devido à evolução e melhoria contínua da comunidade técnica e científica. Também devido aos vários casos de contaminação de alimentos desde a década passada, que repercutiram muito em todas as mídias. E na minha opinião, pela exigência de um nível de confiabilidade cada vez maior por parte do consumidor esclarecido, e das empresas líderes de mercado.

Você tem alguma crítica em relação à evolução do mercado?

A maior crítica que tenho é algo que é até paradoxal: embora o nível de confiabilidade exigido seja cada vez maior, e o sistema HACCP / sistema de gestão de segurança de alimentos necessite de alto nível de expertise, o mercado vem pressionado tanto o preço para baixo, há tantos concorrentes e tamanha “guerra de preços”, que o trabalho de consultoria e de auditoria vêm se comportando como um mercado de commodities, dificultando a manutenção de experts nesta atividade. Para ter um nível de ganho decente, um sênior tem de trabalhar noite adentro e deslocar-se horas e horas, sem que por vezes seja remunerado por este trabalho adicional. Para iniciantes é uma atividade glamourosa, por implicar em muitas viagens, mas que acaba cobrando um alto preço de sua vida pessoal. Assim o número de profissionais que acabam abandonando esta carreira tem sido muito elevado. Para eu não me preocupar sozinha, cito o texto que fiz no blog da Conferência GFSI deste ano:  veja em http://www.diretodogfsi.blogspot.com.br/2012/02/conferencia-dia-2-sessoes-plenarias.html

Você é uma das brasileiras que mais frequenta ambientes internacionais e acompanha as tendências globais sobre segurança de alimentos. O Brasil está alinhado com o resto do mundo? O que podemos esperar do futuro?

Minha opinião é que o Brasil tem feito um bom papel, mas muito aquém do que seu potencial como produtor de alimentos. Temos a liderança do TC 34  da ISO para alimentos mas em muitas reuniões o número de participantes não passa de 10, ou 12…

Nossos representantes junto ao Codex têm feito um trabalho maravilhoso. Mas quando temos que discutir dados epidemiológicos, fico até chateada. Nossa captação destes dados é mais que sofrível nesta área.

Isto sem dizer que a norma de sustentabilidade para açúcar mais divulgada no mundo – a Bonsucro, foi feita por – pasmem- suíços! Este é o país que diz- se ser protagonista na área de agronegócio?!

Que conselhos você dá para quem deseja atuar na área?

 

 Que continue acreditando e correndo atrás de suas crenças, e que tenha as atitudes que podem mudar este cenário: participação, colaboração e associação! Acredito que somente pela união é que podemos melhorar este cenário.

Parabéns pela iniciativa e obrigada pela oportunidade!

Ellen Lopes, PhD, Diretora Executiva da Food Design

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Iniciando o estabelecimento de um programa de controle de alergênicos

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Após a definição clara de quais são os alergênicos a serem gerenciados, o próximo passo para o planejamento do programa é o estabelecimento de objetivos do mesmo. Para isso, há duas situações que deveriam ser consideradas:

1) Quando os alergênicos fazem naturalmente parte da composição do produto, por desenvolvimento, deve-se assegurar que estes são claramente declarados na lista de ingredientes. Aqui, deve-se evitar informações que podem levar o consumidor a erro. Por exemplo, nem todos sabem que a caseína é uma proteína encontrada no leite, e isso deve ser bastante explícito na rotulagem. Um dos objetivos do programa deve, então, ser o de alertar claramente ao consumidor quando um produto, por desenvolvimento, contém um alergênico. Os procedimentos de aprovação dos dizeres de rotulagem ao se desenvolver novos rótulos devem sempre incluir a área de qualidade e/ou segurança de alimentos e procedimentos para liberação dos materiais a cada recebimento considerando a adequação da rotulagem devem ser estabelecidos.

2) Quando os alergênicos não fazem parte da composição intencional do produto, mas há potencial de estarem presentes no mesmo por contaminação cruzada, devem-se adotar todas as medidas preventivas para se evitar esta contaminação. Caso não seja possível demonstrar a eficácia de tais medidas em prevenir a contaminação (o que efetivamente acontece em muitos casos) deve-se adotar a rotulagem como forma de alerta ao consumidor ou outros tipos de alerta a clientes quando não se fornece produtos diretamente para o consumo final. Deve-se ter em mente que este é o último recurso a ser adotado e que antes disso deve-se implementar todas as medidas para minimizar o risco de contaminação. Um dos objetivos do programa deve, então, ser claramente o de prevenir esta contaminação cruzada e alertar ao consumidor nos casos em que não se consegue uma garantia dessa prevenção.

O próximo passo é a realização de uma avaliação de riscos. Caso a organização já tenha o sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) implementado, é fortemente recomendado que se utilize a própria ferramenta de análise de perigos proporcionada pelo APPCC para fazer a identificação e avaliação dos potenciais perigos decorrentes de contaminações cruzadas (ou situações que possam levar a estas contaminações) por alérgenos. Algumas organizações optam por incluir esses perigos entre os perigos químicos, o que conceitualmente, não está incorreto. Outras optam por criar uma quarta categoria de perigos, além dos biológicos, químicos e físicos de maneira a se destacar esse tipo de perigo. As duas opções são aceitáveis, desde que se considere o potencial de contaminação potencial em todas as etapas pertinentes. Para classificar a severidade deve-se sempre levar em conta os efeitos adversos à saúde. Lembre-se que alguns alergênicos são bastante potentes, podendo levar à morte imediata de consumidores em alguns casos.

Talvez, após essa avaliação se identifique a necessidade de algumas modificações de processo neste momento, pois é comum se perceber durante a análise de perigos que há vários pontos potenciais de contaminação que não são controlados na prática. O resultado da análise deve ser utilizado constantemente para realimentar o programa de controle de alergênicos, Convém ressaltar que, independente da análise de perigos, certas medidas preventivas sempre devem ser adotadas, estabelecendo-se uma base de programas de pré-requisitos voltados ao controle de alergênicos. Falaremos mais sobre algumas dessas medidas preventivas oportunamente.

 

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Pegue do chão em até 3 segundos e tudo bem

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PEGUE DO CHÃO EM ATÉ 3 SEGUNDOS E TUDO BEM – Foi a conclusão de um estudo realizado pela Manchester Metropolitan University. Os alimentos de menor atividade de água se saíram melhor no teste, que envolveu diferentes tempos para serem resgatados do chão. Válido só para pisos de ambiente doméstico.

Alguém confia?

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-2138777/The-second-rule-fact-fiction-Scientists-reveal-food-dropped-floor-safe-eat.html

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Natural x Artificial – qual o propósito da diferenciação?

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Qual o propósito de diferenciar coisas que o homem criou daquelas que ocorrem na natureza sem nossa ajuda?

 

Esse foi o questionamento feito pela profa Dra. Maria Cecília Toledo, da Unicamp, membro do JECFA.

Em seu ponto de vista, o mercado tem colocado oposição forte em relação ao natural e o artificial, sem que realmente haja disponibilidade de informações corretas para o público. O juízo comum do público tem sido construído como

 natural = bom

artificial = ruim

Através de levantamento de comentários de redes sociais e sites de nutrição, a pesquisadora fez questão de prestar os seguintes esclarecimentos:

Definições que ela filtrou para “natural” e “artificial”, segundo dicionários da língua portuguesa:

Natural: produzido pela natureza

Artificial: produzido pelo homem

O aroma de banana é o acetato de amila. Ele pode ser obtido por destilação da fruta ou por síntese de química utilizando-se ácido acético com álcool amílico em meio de ácido sulfúrico. Segundo ela, o organismo humano não reconhece diferenças entre os compostos.

Os processos de obtenção “via homem” são muito mais rápidos e econômicos, não implicando no uso de enorme quantidade de frutas. Além disso, a produção de sintéticos é feita em condições controladas, obtendo-se produtos de concentração definida

Ex licopeno sintético não tem menos que 96%  de pureza, enquanto o extrato de licopeno de tomate tem entre 5 e 15%.

Por outro lado, os corantes naturais, não dispensam a mão e intervenção do homem. O tão conhecido urucum, precisa ser extraído com soda cáustica. A clorofila, para ficar estável e não desbotar, passa por uma reação de hidroxilação onde o seu íon de magnésio é substituído por cobre ou cálcio, desconfigurando a molécula original.

Muitas críticas são feitas em relação à grande variedade de aditivos existentes, no entanto ela esclarece que estas substâncias tem caminhos metabólicos distintos e portanto toxicologicamente é interessante ingerir compostos diferentes.

Ao fim da sessão, houve um debate e a conclusão feita é que não se pode configurar os aditivos como dois opositores, natural x artificial, e sim adotá-los de acordo com critérios técnicos e mercadológicos, ampliando-se sua aplicação.

 

No Workshop de atualizações de Food Safety do ILSI.

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Vassoura com cerdas de silicone

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Dos salões de beleza, para indústrias de alimentos.

Em indústrias de produtos secos, um dos principais problemas é o acumulo de pó no chão. O uso de vassoura é proibido, e o uso do aspirador de pó nem sempre faz sucesso entre os colaboradores e o uso de rodo não é eficaz para poeira.

Depois de muito procurar, encontrei uma solução que satisfez a todos. Trata-se de uma vassoura, com cerdas de silicone, feita para varrer pó e fios de cabelo sem levantar poeira. Vi pela primeira vez sendo usada em um salão de cabeleleiros. Fizemos um teste na produção, e constatamos que a solução funciona. É barata, prática e eficaz. Eu recomendo.

 

Sabrina Ferretti

Engenheira de Alimentos

 

ESTE FOI O POST VENCEDOR DO CONCURSO CULTURAL PARA CONCORRER A UMA VAGA NO WORKSHOP DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS DO ILSI

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Proposta de regulamento de recolhimento de alimentos

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Suzany Portal da Silva Moraes, advogada, representando a ANVISA., apresentou hoje, em São Paulo, a proposta de regulamento de recolhimento de alimentos. A servidora ressaltou que este documento ainda poderá mudar, dado que passará ainda pelo crivo da diretoria e haverá análise das contribuições de uma Consulta Pública.

 

Abaixo estão anotações dos slides, comentários da advogada e meu entendimento:

 

Estrutura:

Cap I Disposições Iniciais

Cap II Do recolhimento

Cap III Da comunicação do recolhimento

Cap IV Da mensagem de alerta aos consumidores

Cap VI Disposições finais

 

Abrangência: produção, industrialização, fracionamento, distribuição, importação, comercialização de alimentos, bebidas, águas envasadas, MP, ingredientes, aditivos, coadjuvantes de tecnologia e embalagens.

Aplicável para evitar conseqüências potencialmente prejudiciais à saúde da população, identificação de alimentos contaminados, falsificados, adulterados, BPF e desrespeito legislação sanitárias

São propostas duas classes: I ou II, sendo a I quando efetivamente há risco à saúde da população.

Responsabilidades: fabricante + demais estabelecimentos da cadeia pela coordenação e comunicação do recolhimento responsabilidade compartilhada. Recolhimento pode ser voluntário ou determinado pela autoridade sanitária. A ANVISA determina do recolhimento quando não houver iniciativa da empresa, podendo delegar à VISA

A ANVISA informará as autoridades sanitárias dos estados, do distrito federal e ou dos municípios, e quando necessário, a outros órgãos nacionais e estrangeiros, organismos internacionais e consumidores sobre os recolhimentos realizados no país.

Prazos: Comunicação inicial em até 24 horas por parte do fabricante ou importador e 48 horas por parte da ANVISA.

Relatório de Acompanhamento em 15 a 30 dias (tanto para classe I e II) a contar da primeira comunicação.

Relatório de conclusão: 60 dias para recolhimento classe I e 120 dias nos caso de classe II

 

A empresa deve elaborar uma “Mensagem de alerta” sujeitando-se ao pagamento de taxa correspondente ao exame a anuência previa de conteúdo informativo pela Agência. Quem irá escolher os veículos como imprensa, rádio, televisão e outros para a comunicação será as autoridades sanitárias. Me chamou a atenção que os horários de divulgação também serão decididos pela ANVISA e arcados pela empresa de acordo com o risco no caso de recolhimento de classe I.

 Porém a advogada pontuou que essa informação não é nova, pois sua origem está na Lei 9782/99 artigo 41B.

Ela destacou que também caberá o cumprimento das exigências de outras autoridades, como Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, independente de determinações da ANVISA.

Uma vez publicada, o prazo para adequação será de  180 dias

 

No Workshop de atualizações de Food Safety do ILSI.

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Case de ingestão de metal que não causou dano ao consumidor

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É muito controversa a questão de limites aceitáveis do tamanho de materiais estranhos.Vários especialistas do nosso mercado têm referenciado 7 mm como limite aceitável para contaminantes físicos duros e pontiagudos, justificando que teria sido este limite estabelecido pelo FDA. O Compliance Policy Guide – CPG Sec. 555.425 Foods, Adulteration Involving hard or Sharp Foreign Objects atualizado em 2005 pelo FDA, baseia-se em pesquisa feita pelo FDA de 1972 a 1997, em 190 casos de contaminação. A conclusão foi que este tipo de contaminante, se menor que 7 mm raramente causa trauma ou dano severo a consumidores em geral, exceto à saúde de bebês, pacientes que sofreram cirurgia, ou pessoas idosas e  que fragmentos menores podem ser considerados aceitáveis. Estabelece este estudo ainda que, salvo exceções, a faixa de perigo é de até 25 mm, possivelmente porque a partir deste tamanho ou é visualizável, ou não será engolido, impedindo que haja dano maior ao sistema gastro intestinal. Neste documento, o FDA estabelece a partir de quais limites alimentos contendo contaminantes duros devem ser apreendidos.*

Pois bem, para realmente manter em aberto a discussão: um brasileiro engoliu um pedaço de pão contendo uma pedaço de lâmina de barbear que estava em seu lanche e saiu ileso. Confira o vídeo neste link:

https://www.facebook.com/watch/?v=611447316681259

 

Para os que estão se perguntando sobre a lâmina, esse “recurso” é muito utilizado em padarias não profissionalizadas para fazer a pestana, aquele corte típico na superfície dos pães. Observem no vídeo que o material é pontiagudo, e no entanto a vítima não relata qualquer problema.

(*) Trecho do capítulo “Perigos Físicos” elaborado por Ellen Lopes, do livro “Implementação de sistemas da qualidade e segurança dos alimentos” .

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Ninho de andorinha certificado em HACCP

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Pois é… há auditores curiosos como eu (ou é redundância ?) que adoram conhecer diferentes produtos e tecnologias nos quais se pode aplicar o HACCP. Em uma das minhas pesquisas pela rede, me deparei com um produto caríssimo, requintado, e pelo que se divulga, funcional:  ninho de uma espécie de andorinha.

O prato é de origem Chinesa e tem como “uso intencional” uma espécie de sopa, que parce fortalecer o sistema imunológico e até ter aplicações estéticas, conferindo viço à pele feminina e saúde a outros públicos-alvo. O principal produtor é Malásia e Indonésia, e o maior mercado, EUA. A matéria-prima principal é a saliva desta andorinha.

O fluxograma de processo inclui uma limpeza manual, pode ser brevemente visualizado através destes vídeos:

1) Na criação das aves: http://www.authenticbirdnest.com/index.php?option=com_content&task=view&id=30&Itemid=45

2) Na fábrica: http://yanwo.saikim.com.my/english/birds-nest-processed.html

As meedidas de controle, ficam por conta de nossa imaginação. Se algum leitor que domine os idiomas apresentados identificar alguma nova informação, por favor compartilhe conosco. Gostaria de saber como a contaminação por bactérias fecais é eliminada.

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Alergia a chocolate pode ser culpa das baratas

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ALERGIA A CHOCOLATE PODE SER CULPA DAS BARATAS. Segundo levantamento do FDA, 100 g de chocolate contém, em média, 8 fragmentos de baratas. Pessoas alérgicas a chocolate, na verdade podem ser alérgicas aos pedacinhos do inseto, que podem causar reações como coceira e cãibras. 
Fonte: Revista Superinteressante, Maio 2012.

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Xenoestrogênios em Alimentos

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O que comemos pode afetar nossos filhos?

 

Muitos já leram artigos como o apresentado abaixo ou ouviram falar no perigo dos agrotóxicos nos alimentos, plásticos no microondas entre outros e sabem que fazem mal à nossa saúde.

A pergunta é: Você sabia que estes produtos podem afetar desastrosamente a vida dos filhos de quem os consome?

 

Agrotóxicos, embalagens plásticas e aditivos de alimentos podem conter xenoestrogênios.

 

VAMOS COMEÇAR EXPLICANDO O QUE SÃO XENOESTROGÊNIOS

 

A expressão “xenoestrogênios” é aplicada livremente a uma série de substâncias químicas tóxicas produzidas pelo homem que confundem os receptores celulares dos estrogênios no organismo humano e animal, interferindo nas suas mensagens bioquímicas naturais.

 

Existem quatro tipos de estrogênios:

 

1 – Estrogênios Naturais: os que ocorrem naturalmente no organismo;

2 – Estrogênios Sintéticos: os que são sintetizados para serem ingeridos como medicamento;

3 – Xenoestrogênios (Pseudoestrogênios): os “estrogênios” externos, gerados pelas modernas indústrias químicas e presentes em alimentos;

4 – Fitoestrogênios presentes em plantas alimentícias, muitos dos quais promovem importantes benefícios à saúde.

 

Os xenoestrogênios são na maioria das vezes gerados pela indústria petroquímica e, desafortunadamente para nossa saúde, os produtos petroquímicos estão, hoje em dia, por todos os lugares deste planeta. Muitos dos mimetizadores hormonais são organoclorados produzidos pela reação do gás cloro com hidrocarbonetos do petróleo. São utilizadas em agrotóxicos, milhões de produtos incluindo vários plásticos (polivinil cloreto/PVC e policarbonatos/PC, ambos encontrados em mamadeiras para nenês, filmes transparentes para embalar alimentos e garrafas de água mineral), PCB (policloretos bifenilos), agrotóxicos e herbicidas (como DDT, dieldrin, aldrin, heptacloro, etc.).

 

COMO OS XENOESTROGÊNIOS AGEM?

 

O sistema endócrino no homem é constituído pelas glândulas como a hipófise, testículos, ovários e tireóide que produzem os hormônios que vão para a corrente sanguínea.

Pela corrente sanguínea os hormônios chegam até as células alvo ou receptores e geram estímulos ou substâncias que controlam o crescimento, temperatura, a formação óssea, o balanço salino, as características sexuais e muitos outros processos, sendo este último o mais afetado pelos xenoestrogênios.

 

Quando, ao invés de hormônios naturais, os xenoestrogênios estão na corrente sanguínes, eles alcançam os receptores e podem provocar os seguintes efeitos:  desencadear de um modo exagerado ou em tempo inaproriado o efeito característico do hormônio que ele está imitando, sendo conhecido como efeito agonista, ou podem ocupar o lugar das hormonas naturais, reduzindo ou anulando os efeitos destas hormonas em certas partes dos organismos que lhe são sensíveis, sendo denominados efeitos antagonistas. Ver figura abaixo:

Estudo publicado em 1999 por J. M. F. Nogueira do Departamento de Química e Bioquímica e CCMM da faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

 

XENOESTROGÊNIOS PODEM AFETAR A FORMAÇÃO EMBRIONÁRIA DE NOSSOS FILHOS?

 

Vamos pegar o exemplo de uma mulher que vem ingerindo alimentos com xenoestrogênios. Quando ela ficar grávida, estes imitadores de estrogênio passam para a corrente sanguínea e atravessam a barreira placentária pois não é reconhecido pela placenta e chega ao feto onde, caso seja masculino, ou seja, tenha cromossomos XY, vão para os testículos que são um dos primeiros órgãos a se formar e lá encontram os receptores.

Ao invés dos testículos produzirem a testosterona eles passam a produzir o estrogênio e o feto vai se feminilizar ou adquirir infertilidade, câncer de próstata ou muitos outros distúrbios que podem aparecer na criança, na fase adulta ou qualquer outra fase de sua vida.

 

LISTA DE XENOESTROGÊNIOS

 

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Como manter um sistema de gestão saudável

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A implementação e certificação de uma empresa costumam ser momentos de grande dedicação e motivação para as empresas. No entanto, passada esta fase, é preciso estar preparado para manter o sistema implementável e melhorá-lo continuamente.

Clique aqui e veja as dicas de como superar as não-conformidades mais comuns em sistemas de segurança de alimentos já operantes.

Jaime Lasta é Gerente Regional de Auditorias da Silliker e palestrou no Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, em maio de 2012, em Campinas.

 

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Tratamento de não conformidades: auxílio para solucionar problemas de maneira eficaz

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De uns anos para cá, a exigência para a cadeia de alimentos, desde o produtor rural, até as grandes redes varejistas, tem aumentado consideravelmente. Cada vez mais as especificações, as cobranças, os critérios de qualidade e segurança de alimentos estão ficando restritos e com mais detalhes. Fornecedores passam por dezenas de auditorias a cada ano. Varejistas pressionam seus parceiros a buscar certificações reconhecidas internacionalmente. Muitas vezes, os resultados das auditorias não são aqueles que desejamos, não são aqueles que o cliente procura, não estão de acordo com o que uma norma solicita.

Em qualquer norma que possua elementos de sistema de gestão, seja ela a ISO 9001, a ISO 22000, FSSC 22000 e BRC Global Standard for Food Safety, o tratamento de não conformidades aparece como um item primordial. Nenhuma norma tem como intenção “livrar a empresa de todo e qualquer problema”, e sim, ajudar a minimizar situações indesejáveis e a planejar as ações, deixar a empresa preparada para lidar com qualquer ocorrência e principalmente, fomentar a melhoria contínua.

Antes de começarmos a falar sobre algumas dicas para resolver problemas, precisamos conhecer os conceitos de “não conformidade”, “ação corretiva” e “correção”. De acordo com a norma ISO 9000:2005 – Sistemas de Gestão da Qualidade: Fundamentos e Vocabulário, não conformidade significa o “não atendimento a um requisito”. Requisito é qualquer necessidade ou expectativa que pode ser obrigatória ou esperada (implícita). Quando ocorre uma não conformidade, significa que aconteceu algum problema, um desvio com relação àquilo que é esperado, é requerido numa norma ou desejado por um cliente.

Os conceitos de correção e ação corretiva são frequentemente confundidos. Correção significa atuar sobre a própria não conformidade, ou seja, é uma ação para eliminar o próprio problema. Muitas pessoas também dão o nome de “disposição” ou “ação imediata”. Já ação corretiva quer dizer atuar na causa raiz da não conformidade, na razão mais básica que um problema tem. O intuito é evitar a reincidência ou repetição do mesmo. A ação corretiva requer uma análise mais aprofundada da não conformidade, necessita da determinação da causa. Tanto a correção quanto a ação corretiva são esperadas quando acontece uma não conformidade, embora não seja obrigatório que ambas sejam tomadas em todos os casos.

Como podemos então tratar uma não conformidade de maneira eficaz, e demonstrar numa auditoria que a situação está sob controle e é satisfatória?

1) A primeira coisa é entender a não conformidade, compreender qual foi o problema. É importante que se faça uma análise da abrangência, isto é, uma verificação da extensão da não conformidade em outros processos, outros produtos, outros setores. Pode ser que situação semelhante tenha ocorrido em outro lugar…

2) A partir desta avaliação da extensão da não conformidade, geralmente define-se uma correção, a famosa “disposição” para eliminar o problema. Quando uma correção não pode ser implementada imediatamente, deve-se elaborar um plano de ação, com prazos e responsáveis sempre que aplicável.

3) O próximo passo é realizar a análise de causa. Esta é a etapa mais longa e trabalhosa, muitas vezes é necessário fazer uma investigação aprofundada. É bastante comum as empresas chegarem aos “sintomas” dos problemas, ou seja, às causas diretas (exemplo: O produto foi fabricado fora da especificação. Causa direta – o operador não seguiu o procedimento). Mas o que vai verdadeiramente evitar a repetição do problema é a determinação da causa raiz. Existem várias ferramentas para determinar a causa raiz. Podemos citar como exemplo o “brainstorming”, o Diagrama de Ishikawa (conhecido também como “espinha de peixe”), 5 Porquês e Gráfico de Pareto. Na maioria dos casos, a causa raiz está relacionada a falta de treinamento, falha de um processo ou programa, procedimentos e instruções mal escritos, falha do sistema ou da empresa.

4) Uma vez determinada a causa raiz, vamos estabelecer e implementar as ações corretivas, ou seja, vamos atuar nesta causa raiz encontrada.

5) Após a implementação de todas as ações corretivas, é importante fazer a verificação da eficácia. A verificação de eficácia é uma confirmação de que todas as ações propostas foram adequadamente implementadas, que a situação está sob controle e o problema não voltou a acontecer. Significa que encontramos a causa raiz da não conformidade e estabelecemos ações que eliminaram esta causa.

Acesse aqui um exemplo simples de formulário, que descreve a não conformidade, a correção e ação corretiva. Você pode usá-lo como modelo. 

Falamos anteriormente que quase sempre se espera que para qualquer não conformidade, exista uma correção e sejam tomadas as ações corretivas. Em alguns casos, como numa não conformidade totalmente acidental ou que a probabilidade de que ela ocorra novamente seja muito pequena, o tratamento da não conformidade limita-se apenas a uma correção. É fundamental que esta situação de adotar apenas uma correção deve ser bem embasada e justificada, para não haver questionamento por parte de um auditor ou cliente. Como exemplo, podemos citar: “um fardo de farinha de trigo caiu no chão, após o funcionário que o estava manipulando ter um mal súbito e ter desmaiado, danificando as embalagens”. Nesta situação, o tratamento da não conformidade seria limitado ao descarte do produto afetado. É claro que o funcionário foi atendido pelo médico, mas o nosso caso tem como foco a ocorrência com o produto.

Para finalizar, deixamos uma recomendação. Antes de apresentar os registros e as evidências do tratamento da não conformidade que ocorreu na sua empresa, faça uma investigação geral, perguntando-se algumas coisas como: Entendemos a não conformidade? Conseguimos fazer uma avaliação da abrangência? Foi possível corrigir o problema? Usamos ferramentas adequadas para a análise de causa? A verificação da eficácia mostrou que chegamos à causa raiz e que o problema foi sanado?

Com essas dicas simples, esperamos ter ajudado você a compreender um pouco melhor o mundo do tratamento das não conformidades. Obrigada e até a próxima!

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Armários “anti-tranqueiras”

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Não é difícil encontrar empresas que possuam problemas nos seus vestiários.

Vestiários parecem atrair não conformidades como pessoas deitadas no chão, toalhas penduradas para fora das portas dos armários e principalmente aquele acúmulo de objetos estranhos em cima dos armários: sapatos, capacetes, blusas, toucas descartáveis, material para venda como maquiagem e lingerie ou até mesmo sacolinhas com alimentos e outras coisas.

Por mais que haja espaço dentro dos armários, parece haver uma praticidade muito grande em se apenas “deixar ali em cima”. Quem nunca entrou em um vestiário e quis jogar tudo isso fora?

Por ser um problema tão comum nas empresas de diferentes ramos, e uma falta grave para as alimentícias, já existem fabricantes modificando os armários de forma a evitar esse acúmulo de objetos. Como? Simples, apenas inclinando o teto dos armários.

Com a inclinação, deixa de existir um local para depósito de tranqueiras.

Para quem quiser conhecer para comprar ou talvez adaptar seus armários, vale a pena acessar o site http://www.kaiserkraft.pt/. Nesse site, basta buscar por “armário com teto oblíquo” e vocês poderão encontrar diversas opções como essa da figura.

Nos tempos em que as pessoas utilizam os locais da forma como querem, nossa criatividade tem que entrar em ação para encontrar soluções realmente funcionais.

Fica a dica!

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TOP 10 surtos de origem alimentar no Brasil

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Alimentar-se é uma atividade essencial para manutenção da vida.  É através da alimentação que assimilamos os nutrientes para nossas funções vitais. O alimento é, em resumo, nosso combustível para a vida. No entanto, um alimento contaminado pode ocasionar malefícios ao invés de benefícios. A maioria das doenças transmitidas por alimentos são ocasionadas por bactérias ou suas toxinas, vírus e parasitas. Podem também ser ocasionadas por toxinas naturais (por exemplo, cogumelos venenosos) ou por contaminação por produtos químicos (por exemplo, agrotóxicos). A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) faz um acompanhamento do número de casos de doenças transmitidas por alimentos e a conseqüente incidência de surtos relacionados no país. Embora a quantidade de casos e surtos venha decrescendo nos últimos anos, em 2011 mais 8.000 pessoas sofreram intoxicação ou contraíram uma infecção decorrente do consumo de um alimento impróprio. 

Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria da Vigilância em Saúde

Portal da Saúde

No Brasil, foram documentados mais de 400 surtos relacionados com o consumo de alimentos em 2011, sendo as regiões mais criticamente impactadas a Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A classe de alimentos mais freqüentemente envolvida em surtos alimentares são ovos e alimentos a base de ovos, e como conseqüência deste cenário, a maior incidência por agente etiológico dá-se pela Salmonella sp.  

Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria da Vigilância em Saúde

Portal da Saúde

No Top 10 surtos no Brasil estão como campeões: Salmonella spp / S. aureus / E.coli / Hepatite A / B. cereus/ C. perfringens /  Rotavirus  / Shighella spp / Giardia / C. botulinum. Todavia, nem sempre que alguém contrai uma doença de origem alimentar, esta pessoa procura um serviço de saúde e faz sua notificação. Por isso, os números absolutos de casos de contaminação por alimentos no Brasil ainda não representam as ocorrências no país em sua totalidade. É importante frisar que um terço dos surtos de intoxicação alimentar é decorrente de refeições dentro de casa, o que mostra, mais uma vez que a nossa segurança e a da nossa família está, literalmente, em nossas mãos! Este post foi atualizado. Veja “Surtos alimentares no Brasil – dados atualizados em 2013 .

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Como a indústria vivencia o processo de implantação da ISO 22000

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Entrevista com Alex Fernandes – Danone Brasil

A implantação do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos (NBR ISO 22000) tem feito cada vez mais parte do planejamento das indústrias brasileiras do ramo. Entrevistamos Alex Fernandes, Gerente de Qualidade e Segurança dos Alimentos da Danone Brasil, para falar um pouco sobre este processo que cada vez torna-se mais inevitável.

Quais os principais ganhos que a implementação da ISO 22000 possibilita?
Os consumidores estão mais críticos e atentos, principalmente quando se trata de alimentos. As empresas que atuam neste ramo devem ser cada vez mais confiáveis e transparentes. A ISO22.000 é bastante abrangente e dinâmica, permite uma visão global da gestão da segurança de alimentos dentro de uma empresa, independente do porte. O benefício com a implantação da ISSO 22.000 é o aumento da confiabilidade e da robustez dos processos, que permite a redução de perdas e o aprimoramento da governança dos produtos disponibilizados para o consumo. Outro ponto de destaque é o desenho orientativo e não prescritivo deste esquema de padronização o que permite às organizações que se adequem sem a necessidade de grandes mudanças na sua cultura, sendo possível integrar-lo aos demais sistemas de gestão já instaurados.

Quais as maiores dificuldades na migração para um sistema gestão baseado na ISO 22000 em uma empresa que possui implantado o HACCP baseado no Codex Alimentarius?
O HACCP desenhado a partir do Codex Alimentarius possui um caráter de controle preventivo focado na segurança do alimento, o que demonstra um perfil que atua entre o nível tático e operacional da organização. Esta visão de controle é a principal mudança quando fazemos uma comparação com um sistema baseado na ISO22.000, uma vez que este esquema de padronização é orientado ao gerenciamento atuando nos níveis estratégico, tático e operacional da organização, ou seja, mais completo. Esta visão de gestão é evidente quando estudamos a composição da norma ao desenhar a necessidade do comprometimento da direção atrelado a análise crítica sistemática, a necessidade de uma equipe multidiciplinar que deve orientar o PDCA do sistema, e a figura do Programa de Pré Requisito Operacional (PPRO), o que demonstra a visão sistêmica de todas as medidas de controle a serem desenvolvidas.

O que a implantação do PAS220 agrega na pratica alem da ISO 22000 para uma empresa de alimentos?
Conforme citei anteriormente, o desenho orientativo e não prescritivo da ISO22.000 traz o beneficio da flexibilidade à organização, assim quando integramos o PAS220 trazemos para o sistema uma visão mais abrangente dos programas a partir de um modelo baseado nos padrões internacionais de higiene desenhados para indústrias alimentícias. Isso ajuda a priorizar o que é importante de ser controlado, reduzindo de forma considerável o retrabalho e o desperdício de esforço dentro do sistema de segurança de alimentos.

Qual a importância da auditoria interna durante o processo de implantação de um esquema de padronização?
Os processos de implantação de esquemas de padronização como a ISO22.000 permite às organizações a oportunidade de aprimoramento frente a sua cultura e planejamento futuro. Isto reflete de forma muita positiva no desenvolvimento dos profissionais envolvidos, o que permite também aperfeiçoar outros processos importantes da organização. Neste contexto, as auditorias internas exercem um papel importante, pois se trata de uma de ferramenta de medição eficiente e de desenvolvimento e aprendizagem em equipe.

Como engajar a operação durante o processo de reestruturação de um sistema de segurança de alimentos?
O sucesso de um sistema é fortemente influenciado pelo comprometimento por parte dos diferentes níveis da organização. Neste contexto, os níveis de operação tomam um papel muito importante, uma vez que são eles os responsáveis por produzir produtos seguros.
Desta forma, o sistema deve ser 100% adaptado a realidade e necessidades destes níveis, agregando valor a suas atividades. Para que isto seja possível o engajamento é fundamental, assim processos de comunicação eficientes devem ser trabalhados de forma a atuar nos dois sentidos, ou seja, transmitir e receber informações de maneira eficiente. Outro ponto muito importante é o desdobramento dos objetivos e metas de forma clara, pois isto demonstra para a operação a prioridade e importância do sistema de uma forma tangível.

Quais são as dificuldades vivenciadas na implantação da ISO22.000 quando a empresa não possui certificação ISO 9000?
Quando uma empresa opta por trabalhar com padronização nos moldes ISSO, ela passar a ter a possibilidade de desenvolver um sistema integrado, o que aperfeiçoa os processos e assim a gestão passa a ser mais simples. Desta forma quando a ISO22.000 é implantada sem um sistema de qualidade nos mesmos moldes, o desafio de se simplificar e integrar os dois sistemas sem perder o foco de cada um passa a ser maior e mais complexo, isso ocorre porque quando há um sistema ISO9000 implantado os processos como análise crítica, auditorias internas, melhoria continua, entre outros, tornam-se sinérgicos , mais eficientes e robustos.

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