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Prevenção de Listeria e outros patógenos na produção de alimentos

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Na prevenção de doenças transmitidas por alimentos, vários fatores desempenham um papel fundamental na proteção dos produtos finais. Vários recalls associados à Listeria monocytogenes e à Salmonella spp. estão levando os fabricantes de alimentos a garantir que seus planos de gerenciamento de segurança de alimentos abordem todas as possíveis fontes de contaminação na planta.

A Listeria pode ser fatal para indivíduos com sistema imunológico enfraquecido, mulheres grávidas ou idosos. Laticínios, alimentos preparados, produtos hortícolas e frutos do mar foram as matrizes mais comumente contaminadas com Listeria nos últimos cinco anos, de acordo com dados do último relatório do FDA, o Reportable Food Registry (RFR). A presença de patógenos como Listeria em alimentos pode ocorrer devido a ingredientes contaminados ou equipamentos de produção contaminados. Uma vez que esta bactéria entra no ambiente de processamento, ela pode sobreviver por anos. A Listeria pode crescer em temperaturas de geladeira acima de 4,5°C (ou 40°F) e pode sobreviver em alimentos congelados. Apenas o aquecimento de alimentos acima de 70°C (ou 158°F) mata estas bactérias, portanto, o consumo de produtos malcozidos ou não pasteurizados representa o maior risco de doenças transmitidas por alimentos.

É responsabilidade inerente aos fabricantes de alimentos verificar a segurança dos ingredientes com seus fornecedores, além de implementar e manter um programa de monitoramento ambiental eficaz (sobre prevenção e controle de Listeria, leia aqui e aqui). O monitoramento ambiental rigoroso de patógenos e organismos indicadores permite a detecção precoce de problemas de contaminação na planta. Se o crescimento patogênico for encontrado, ações corretivas devem ser tomadas desde o início para matar a bactéria antes que ela cresça ou se espalhe ainda mais. Isso pode evitar recalls de produtos e doenças do consumidor.

Para ajudar os fabricantes de alimentos, a Mérieux NutriSciences oferece uma ampla variedade de plataformas e métodos de detecção rápida e para a detecção de espécies de patógenos. Também realizamos métodos tradicionais para enumerar espécies de Listeria e especificamente Listeria monocytogenes.

Além disso, a Mérieux NutriSciences pode fornecer serviços completos de validação e verificação de processos de limpeza, bem como consultoria no local para apoio no desenho ou reavaliação de monitoramento ambiental e serviços de treinamentos. Nossas equipes técnicas podem realizar uma análise aprofundada de suas necessidades de testes analíticos, necessidades logísticas e de gerenciamento de dados e procedimentos de amostragem para melhorar seus programas de gerenciamento de segurança. Podemos ajudar os fabricantes de alimentos a implementar ou aprimorar programas de monitoramento ambiental de Listeria e Salmonella e as etapas de controle preventivo de redução de patógenos.

Na Mérieux NutriSciences, fazemos parceria com nossos clientes oferecendo soluções práticas e inovadoras, ajudando a tornar os sistemas alimentares mais seguros, saudáveis e sustentáveis. Uma abordagem 360° para apoiar nossos clientes em todas as etapas da cadeia de suprimentos, da fazenda à mesa. Entre em contato: +55 11 5645 4700 ou alimentos.br@mxns.com

 

Inajara Juliano é Coordenadora de Expert Services da Mérieux NutriSciences, graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade de Caxias de Sul, com MBA em Engenharia da Qualidade pela POLI-USP. Possui mais de 12 anos de experiência em laboratório, incluindo análises químicas, microbiológicas e gestão da qualidade.

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Conheça o Programa Global Markets

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A segurança dos alimentos é um assunto que vem ganhando evidência. Com o fácil acesso à informação e um público cada vez mais atento, as exigências de boas práticas relacionadas aos produtos que chegam à mesa do cliente só crescem. Se de um lado temos consumidores vigilantes, do outro temos a indústria alimentícia com uma cadeia de fornecimento complexa e cheia de desafios, porém bastante empenhada em atender a todos os requisitos do mercado.

“O objetivo é que o resultado seja positivo para todos os lados: para o consumidor, que começa a confiar na procedência do produto que está comprando; e para a empresa, que melhor gerencia os riscos de contaminação de seus produtos, diminuindo os obstáculos até que sua mercadoria chegue às prateleiras do mercado e às casas de seus clientes”, afirma Milena Fernandes, Gerente de Operações da QIMA/WQS.

Gestão de Fornecedores: princípio básico para negócios do setor alimentício

Sob um olhar leigo, a gestão de fornecedores pode parecer um sistema simples de organização. No entanto, é um processo bastante complexo que, ao contrário do que pode parecer a princípio, não se trata apenas da escolha e gerenciamento de provedores para o seu negócio.

O programa de gestão de fornecedores é um princípio básico para qualquer empresa do ramo alimentício. Seja uma padaria de bairro ou uma cadeia de restaurantes de grande porte, qualquer organização que tenha que comprar insumos ou que tenha qualquer tipo de relação comercial com provedores de suprimentos, precisa, impreterivelmente, de estruturação, considerando qualidade e segurança em cada etapa desses vínculos comerciais.

De modo simplificado, a gestão de fornecedores é o gerenciamento da cadeia de suprimentos em todas as fases, desde a prospecção e avaliação dos provedores à manutenção do relacionamento com eles. Essa relação envolve o monitoramento de suas atividades, como constância da qualidade e segurança nas entregas, adequados prazos logísticos e gerenciamento de estoques.

Apoio às pequenas empresas

Há pouco mais de uma década, em 2008, a Iniciativa Global de Segurança de Alimentos (em inglês Global Food Safety Initiative – GFSI) identificou que as pequenas empresas estavam encontrando obstáculos no desenvolvimento dos seus sistemas de gestão de segurança de alimentos. “É importante entender que, ao citarmos empresas pequenas, não nos referimos ao porte, e sim àquelas empresas que têm dificuldade de implementar programas específicos e mais complexos, como o APPCC, em seus sistemas de gestão de segurança de alimentos”, explica Milena Fernandes.

A falta de conhecimentos técnicos, falta de recursos financeiros ou falta da informação para implementar esses programas de gestão foram alguns dos principais problemas identificados pela GFSI. Com o propósito de apoiar essas empresas para desenvolver seus sistemas de gestão e prepará-las para a obtenção de uma certificação de segurança de alimentos reconhecida, a GFSI criou o Programa Global Markets.

Global Markets: evolução gradativa

O Programa Global Markets utiliza uma sistemática evolutiva para preparar de forma gradativa as companhias para uma certificação mais completa através de etapas a serem atingidas. A cada nível alcançado, novas oportunidades de crescimento se abrem.

Atualmente a QIMA/WQS disponibiliza quatro programas Global Markets:

GFSI Global Markets

O protocolo GFSI Global Markets (GMaP) é o programa desenvolvido pela GFSI, composto por um kit de ferramentas que contém uma lista de verificação com requisitos de segurança de alimentos para ser utilizada como autoavaliação e como critério de auditorias.

É importante ressaltar que esse programa não é uma certificação acreditada. Isso quer dizer que não há emissão de um certificado após a realização da auditoria por uma empresa independente. Ele foi criado como um programa introdutório para a obtenção de uma certificação em uma das normas de segurança de alimentos reconhecida pelo GFSI, de forma evolutiva, durando em média três anos.

A adesão ao GMaP pode favorecer o desenvolvimento de negócios, viabilizando o comércio local, regional e internacional.

BRCGS START!

O programa reconhece e incentiva o desenvolvimento de sistemas de segurança de alimentos em pequenas empresas, fabricantes de alimentos ou produção primária, onde esses sistemas de gestão ainda são imaturos.

O BRCGS START! oferece aos pequenos produtores de alimentos a oportunidade de demonstrar os degraus reconhecidos para uma eventual certificação completa BRCGS, evidenciando aos seus clientes o compromisso da empresa com a segurança de alimentos.

IFS Global Markets

Pertencente ao grupo de marcas IFS (International Featured Standards), o IFS Global Markets tem como objetivo facilitar o acesso ao mercado, criar aceitação mútua ao longo da cadeia de abastecimento e fornecer um sistema de referência para a orientação, desenvolvimento e avaliação de pequenas empresas, além de auxiliar com os primeiros passos para a implementação e consequente obtenção da certificação.

O programa consiste em duas listas de verificação de diferentes níveis e um protocolo de avaliação para conduzir, paulatinamente, o processo de melhoria contínua e a implementação de um sistema completo de gestão de segurança de alimentos.

SQF Fundamentos

Varejistas de alimentos e grandes indústrias exigem de seus fornecedores um programa robusto de segurança de alimentos para proteger sua marca e manter a confiança do consumidor. Com isso em mente, a SQFI (SQF Institute) criou uma solução para fornecedores de pequeno e médio porte, indústrias de alimentos ou produção primária, que não possuem um programa de gestão de segurança de alimentos ou desejam levar seu programa existente para o próximo nível.

Construído como uma abordagem passo a passo, o programa SQF Fundamentos foi desenvolvido usando o kit de ferramentas do programa GFSI Global Markets para auxiliar as empresas a criarem uma cultura de segurança de alimentos em seu local, incluindo a implementação de um plano APPCC e boas práticas da indústria. É um programa prático e acessível, com soluções sob medida para pequenas empresas.

Como é possível verificar, todos esses programas possuem caráter evolutivo e compartilham do mesmo objetivo de proporcionar uma certificação futura de terceira parte. O que diferencia uns dos outros é que cada um visa proporcionar uma introdução às normas específicas de certificação, utilizando linguagem, abordagem e sistemas de classificação e/ou pontuação específicos de não conformidades.

Valores gerados pelo Global Markets

O ponto primordial ao executar um programa de gestão de fornecedores é aumentar a segurança dos alimentos, mas os benefícios não se resumem a isso.

“Falando dos benefícios, uma empresa que implementa um sistema de gestão de segurança de alimentos e o torna cada vez mais robusto, consegue gerenciar melhor seus riscos de contaminação, diminuindo consequências negativas, como um recall. Consegue também acesso a novos mercados e constrói uma sólida cultura de segurança de alimentos na organização, que vai favorecer o alinhamento às abordagens públicas e privadas, devido a sua conformidade com as legislações vigentes e aos padrões exigidos pelas normas de certificação”, destaca Milena Fernandes.

Os primeiros passos para implementar o programa

Para todos os programas de Global Markets, o primeiro passo é se familiarizar com o protocolo, fazendo um treinamento de interpretação com uma empresa especializada e, assim, realizar uma autoavaliação para verificar se atende aos requisitos. Essa autoavaliação permite que a companhia defina o nível em que deve iniciar no programa: básico ou intermediário. A etapa seguinte é consultar uma certificadora, como a QIMA/WQS, para solicitar uma auditoria independente.

Para determinar o programa mais adequado, alguns fatores devem ser considerados:

  • Exigência de cliente – Alguns clientes exigem de seus fornecedores um determinado programa de Global Markets, bem como o nível de avaliação (básico ou intermediário).
  • Certificações de segurança de alimentos – Se a empresa está em busca de uma certificação de segurança de alimentos, o ideal é que construa o seu sistema de gestão com base nessa certificação, optando por seguir o programa Global Markets da norma escolhida.
  • Visibilidade no mercado – As auditorias feitas por certificadoras nos programas Global Markets da BRCGS, IFS e SQF são registradas nos respectivos bancos de dados, que são globais. Isso significa que o resultado da planta auditada fica disponível para consulta, permitindo que novos negócios sejam feitos. Diferentemente dos outros programas citados, o GFSI Global Markets ainda não possui um banco de dados para as auditorias, mas estão avaliando essa possibilidade para a próxima revisão do programa, que tem previsão para lançamento em 2023.

O Programa Global Markets vem sendo utilizado como ferramenta para os fornecedores se adequarem aos clientes e para ajudar as empresas a chegarem cada vez mais perto das certificações reconhecidas pelo GFSI.

A QIMA/WQS possui especialistas para apoiar sua organização na definição dos critérios de gestão de fornecedores, bem como auditores competentes para realizar a avaliação de conformidade em toda a cadeia de fornecimento.

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O papel da drenagem higiênica na indústria alimentícia

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Você sabe qual é o papel da drenagem higiênica na indústria alimentícia? É muito mais importante do que as pessoas pensam e merece total atenção.

A drenagem (ponto de descarte de efluentes) pode ser um dos principais meios de contaminação de alimentos ainda no processo produtivo. O ralo ou o canal de drenagem é um sistema aberto e toda água utilizada no ambiente de processamento é encaminhada para dentro dele. Qualquer erro na especificação do produto certo abre caminhos para a contaminação causada por bactérias.

Hoje, um dos maiores desafios da indústria de alimentos e bebidas é manter a drenagem limpa, atendendo padrões de segurança de alimentos, de trabalho e saúde. Pesquisas já apontaram que 70% da Listeria encontrada em cozinhas está presente nos ralos, daí a importância de um bom sistema e projeto de drenagem.

Os ralos não são apenas parte do sistema de descarte de água ou líquidos, mas um dos principais equipamentos de limpeza instalados no ambiente de trabalho. Sua função é prioritariamente garantir ambientes com o menor risco de contaminação.

Para que a higiene venha em primeiro lugar, é preciso administrar os processos de limpeza e esterilização em ambientes hostis, como os que sofrem intervenção de água quente e expelem todo tipo de gorduras.

Em cada um desses locais há processos diferentes, que demandam soluções de drenagem higiênica próprias. O que é necessário e comum é empregar tecnologia para ter filtros de resíduos nas saídas; grelhas antiderrapantes facilmente removíveis; design higiênico, que evite focos de bactérias; tamanho com capacidade adequada para o volume de líquidos manipulados no local e um separador de gordura.

Para atender as necessidades de gerenciamento de águas dentro da indústria, a ACO produz canais e ralos com design higiênico, além de separadores de gordura para grandes cozinhas industriais.

Erick Vitorino – Diretor Geral da ACO Brasil 
(12) 3878-4686

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Desmistificando a utilização de métodos rápidos na detecção de patógenos: o que dizem as normativas

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Em um mundo cada dia mais globalizado, em que cadeias de suprimentos estão conectadas e que despesas logísticas representam uma grande fatia dos custos finais dos alimentos, os gestores da qualidade e os profissionais de Food Safety precisam tomar decisões rápidas e sempre com muita segurança. Quando o assunto é detecção de patógenos, mais que apenas uma questão “de negócios”, a assertividade e a rapidez na entrega do resultado são essenciais para a segurança e a saúde do consumidor.

Entretanto, os métodos clássicos de microbiologia e suas técnicas, apesar de sua singularidade e confiabilidade, são compostos por inúmeras etapas que demandam muitos dias até que seja possível obter um resultado confirmado1. Para detecção de Salmonella, por exemplo, um dos principais patógenos de preocupação da indústria, utilizando o método tradicional ISO 6579:2017, a liberação de uma análise apenas será realizada entre 5 e 7 dias2.

Nesse sentido, os métodos rápidos alternativos surgiram como uma contraposição aos métodos tradicionais, com a finalidade de trazer rapidez para o diagnóstico de micro-organismos patogênicos. Hoje, existem diferentes metodologias fundamentadas em métodos moleculares, imunológicos ou até mesmo técnicas de cultivo aprimoradas, que oferecem não só redução de tempo, mas trazem facilidade e tornam o laboratório de microbiologia mais otimizado3.

Porém, algumas dúvidas ainda pairam na cabeça de muitos microbiologistas no momento de mudar de uma metodologia tradicional para uma alternativa: afinal, métodos alternativos rápidos podem ser aplicados para qualquer análise e em qualquer indústria de alimentos? O que a legislação e órgãos reguladores falam sobre isso? Como escolher uma metodologia e como é feita a implementação correta desses métodos na rotina?

O que dizem as normativas

Para responder a essas e a outras questões, o primeiro passo é entender a atuação dos dois principais órgãos reguladores em alimentos: MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ligada ao Ministério da Saúde), e o que eles dizem sobre o monitoramento microbiológico.

De maneira resumida, a ANVISA atua em toda a cadeia produtiva de alimentos e, por meio da RDC 331 e da IN 60, ambas de 2020, estabelece e monitora padrões microbiológicos em produtos prontos para o consumidor – de origem animal ou não. Segundo este órgão, para o monitoramento microbiológico (não só de patógenos, mas também de deteriorantes) permite-se às indústrias a utilização de métodos alternativos em todas as análises, desde que eles demonstrem, ao menos, equivalência analítica em relação aos métodos tradicionais, comprovadas por meio de estudo de validação ISO 16.140-2 ou outra de reconhecimento internacional4,5.

Já o MAPA – cujas competências incluem a fiscalização de produtos exclusivamente de origem animal, bebidas em geral e vegetais in natura – de forma um pouco mais restrita, concede autorização apenas para a aplicação de métodos reconhecidos e realizados por laboratórios credenciados quando se trata de análises oficiais. Entretanto, recentemente o órgão emitiu, através do Ofício Circular n°436, documento afirmando que as indústrias devem realizar monitoramento da qualidade de todo o seu processo produtivo, matérias-primas e produtos de origem animal, através de “programas de autocontrole”, fazendo uso de métodos com reconhecimento técnico e científico comprovados, e garantindo evidências auditáveis que comprovem a realização dos ensaios e efetividade do monitoramento. Em outras palavras, isso quer dizer que na visão do MAPA, para as análises internas, de controle, é permitido usar métodos rápidos reconhecidos internacionalmente.

Como escolher o método

Seja para a ANVISA ou para o MAPA, quaisquer métodos utilizados devem possuir comprovação técnica. Isso quer dizer que, independentemente do fabricante ou do tipo de teste, o método escolhido deve obrigatoriamente ter sido submetido a um amplo estudo de validação, preferencialmente interlaboratorial, conduzido por uma entidade terceira, que comprove o desempenho do método em questão em relação ao de referência. Existem diferentes protocolos para esse tipo de estudo de validação, os quais incluem os estabelecidos por organizações como BAM/FDA (Bacterial Analytical Manual/U.S Food & Drug Administration), AOAC (Association of Official Analytical Chemists) e o mais usual no Brasil, a ISO (International Organization for Standardization). Importante pontuar que todo esse (trabalhoso) processo é feito pelo próprio fabricante ou proponente do método e, excetuando os casos em que ocorra uma mudança essencial, só é realizado uma única vez7.

Uma dica valiosa é solicitar esses relatórios aos fabricantes e ir a fundo nas leituras. Esses documentos trazem informações importantíssimas como sensibilidade, robustez e especificidade do método. Retomando o exemplo da detecção de Salmonella e levando em consideração que esse gênero é composto por mais de 2.500 sorotipos diferentes8, em casos em que haja a necessidade de detectar um sorovar específico, por exemplo, faz-se necessário confirmar se, de fato, ele foi incluído na validação e se o método é capaz de recuperá-lo.

Portanto, desde que a metodologia escolhida atenda a essas premissas, os demais critérios são facilidade de utilização, custo-benefício, tempo de resposta e compatibilidade entre a estrutura física e de pessoal do laboratório com o método.

Como implementar o método

Na contramão do que muitos acreditam, ao laboratório que escolher utilizar algum tipo de metodologia analítica alternativa, seja ela baseada em kits comerciais prontos ou não, cabe apenas a realização de uma “verificação de implementação”. Isso não passa de uma simples bateria de testes para atestar que o desempenho do método aplicado à rotina e executado pela equipe de cada um dos laboratórios é equivalente àquela encontrada no estudo oficial de validação.

Os procedimentos detalhados deste tipo de verificação normalmente são descritos nas próprias normas ou manuais da BAM, AOAC, dentre outros. Na parte 3 da série ISO 16140:2014, por exemplo, são detalhados diversos tipos de protocolos que podem ser aplicados para essa finalidade. Em alguns casos, a simples realização de sete replicatas de amostras com concentração de contaminação conhecida já é suficiente para avaliar (e eventualmente atestar) a correta implementação do método alternativo rápido9.

Portanto, para quem se preocupa com a Segurança de Alimentos, a detecção de micro-organismos patogênicos, apesar de ser tarefa praticamente ininterrupta, não precisa ser árdua. Nesse sentido, a Neogen apresenta o método OBOP – One Broth, One Plate, uma solução rápida e segura, com possibilidade de resultados confirmados em 48 horas.

OBOP Salmonella e OBOP Listeria

Com aprovação ISO 16140 e AOAC e com performance superior aos métodos de referência, as duas opções de testes OBOP oferecem um fluxo de trabalho simples, baseado em microbiologia tradicional de cultivo e que não necessita de equipamentos especiais. São apenas duas etapas de teste: um enriquecimento altamente seletivo e exclusivo Neogen, e um plaqueamento em meio cromogênio com diferenciação superior das colônias.

  • Maior especificidade e sensibilidade: Testes mais sensíveis que a ISO 6579 e ISO 11290.
  • Desempenho aprimorado com cepas atípicas: Recuperação de salmonelas imóveis como S. Pullorum e S. Gallinarum, cepas monofásicas, lactose positivas e com atividade fraca de esterase.
  • Confirmação flexível: diferentes opções validadas para confirmação das colônias características, incluindo teste de apenas 10 minutos. Consulte um representante Neogen para saber mais!

Lauane Gonçalves

Especialista em Microbiologia Neogen

Referências

1. RAJAPAKSHA P., Elbourne A., Gangadoo S., Brown R., Cozzolino D., Chapman J. A review of methods for the detection of pathogenic microorganisms. Analyst. (2019). 14,144(2),396-411. doi: 10.1039/c8an01488d. PMID: 30468217.

2. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Brasília, 2019.

3. RIPOLLES-AVILA C, Martínez-Garcia M, Capellas M, Yuste J, Fung DYC, Rodríguez-Jerez J-J. From hazard analysis to risk control using rapid methods in microbiology: A practical approach for the food industry. Compr RevFood Sci Food Saf. 2020;1–31. https://doi.org/10.1111/1541-4337.12592

4. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Instrução normativa n°. 60, de 23 de dezembro de 2019.

5. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada n°. 331, de 23 de dezembro de 2019.

6. BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Inspeção de produtos de Origem Animal. Ofício Circular n°. 43, de 11 de agosto de 2021.

7. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 16140-2:2016. Microbiology of the food chain — Method validation — Part 2: Protocol for the validation of alternative (proprietary) methods against a reference method.

8. ELNEKAVE E., Hong S. L., Lim S., Johnson T. J., Perez A., Alvarez J. (2020). Comparing Serotyping With Whole-Genome Sequencing for Subtyping of Non-Typhoidal Salmonella Enterica: A Large-Scale Analysis of 37 Serotypes With a Public Health Impact in the USA. Microb. Genom. 6, mgen000425. doi: 1099/mgen.0.000425

9. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 16140-3:2021. Microbiology of the food chain — Method validation — Part 3: Protocol for the verification of reference methods and validated alternative methods in a single laborator

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Certificação de embalagens: aspecto fundamental para a segurança dos alimentos

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As empresas de embalagens que prestam serviços para a indústria alimentícia desempenham um papel fundamental em garantir que a segurança de um alimento vá além do conteúdo acondicionado. Da produção à casa do consumidor, a embalagem precisa proteger o alimento de componentes presentes em sua composição que possam ser nocivos, bem como de agentes externos, garantindo que ele não sofra contaminações ou adulterações de nenhuma forma.

Seguindo regras rigorosas para que os alimentos passem por um processo de produção seguro e higiênico, as empresas do setor têm adotado ações importantes a fim de se adequar e manter os níveis de qualidade dentro das normas exigidas. A certificação de embalagens é uma das iniciativas fundamentais para manter esses padrões, e a QIMA/WQS, associada da ABRE, está habilitada para auxiliar em cada etapa do processo.

A importância da certificação para o mercado de embalagens

A certificação é uma maneira eficiente de mostrar que um negócio está comprometido com a segurança, qualidade e legalidade em cada produto que disponibiliza ao mercado. O aval obtido com a certificação atesta que o alimento passou por uma avaliação rigorosa e pode seguir para a mesa do usuário final.

A Anvisa estabelece que os componentes utilizados nos materiais destinados ao contato com os alimentos devem estar incluídos em listas positivas (que relacionam as substâncias aprovadas para uso na composição de materiais). Dessa forma, com a certificação, assegura-se que o produto que chega à casa do consumidor não contém nenhum desses componentes não autorizados e é livre de perigos à saúde.

Em uma pocket class promovida pela ABRE em 2021 sobre Regulamentação e Rotulagem de Embalagem, Fabiane Staschower, professora do Senai Theobaldo de Nigris e especialista em Sustentabilidade/Embalagens, reiterou a segurança na interação do produto com o recipiente, afirmando que “é importante utilizar materiais e equipamentos que não confiram substâncias tóxicas e que não causem modificações na composição ou nas características sensoriais dos alimentos”.

O público está cada vez mais atento às questões de segurança dos alimentos, e os órgãos reguladores sempre em alerta com o cumprimento das normas, por isso a aplicação de boas práticas deve ser uma pauta constante para os negócios do setor alimentício.

O processo e as principais certificações para o setor de embalagens de alimentos

Para que um produto seja certificado, é imprescindível que a indústria se submeta a uma avaliação minuciosa. Nessa análise, é feita uma abordagem sistemática da segurança dos alimentos, monitorando perigos potenciais e estabelecendo medidas de controle e processos de produção que vão ajudar a prevenir e corrigir possíveis imperfeições.

Como certificadora independente e internacional, a QIMA/WQS oferece às indústrias de embalagens as principais certificações do mercado: BRCGS Packaging Materials, SQF, GMP e HACCP.

1 – BRCGS Packaging Materials(Materiais de Embalagens)

Direcionada para fabricantes de embalagens de todos os tipos, sendo do ramo alimentício ou não.

Nas auditorias para essa certificação são avaliados alguns quesitos como: o compromisso da alta administração em fornecer recursos humanos e financeiros adequados e um ambiente que facilite o desenvolvimento contínuo, a análise de perigos e programa de segurança do produto baseado em avaliação de risco, a implementação de boas práticas de fabricação dentro das áreas de produção, reconhecendo a diversidade e amplitude da indústria de embalagens e as habilidades necessárias para auditá-la, a existência de um programa de monitoramento ambiental microbiológico baseado no risco e a importância da cultura de segurança e qualidade do produto no esforço para melhorar a transparência e coerência em toda a cadeia de abastecimento.

2 – SQF

O Safe Quality Food (SQF) é um programa rigoroso de segurança e qualidade dos alimentos reconhecido pela Global Food Safety Initiative (GFSI).

É uma certificação que vai da produção até a fabricação de embalagens de alimentos.

Ao obter a certificação, as indústrias de embalagem evitam a necessidade de auditorias individuais de cada cliente, facilitando o processo.

3 GMP

O GMP é aplicável a todos os estabelecimentos de processamento de alimentos e permite flexibilidade em sua implementação.

As auditorias GMP incluem avaliação completa no local e relatórios para ajudar as empresas a alcançarem a conformidade com o protocolo e garantir a segurança dos alimentos em sua cadeia de suprimentos.

As auditorias incluem as avaliações de matérias-primas (incluindo água), processos de produção, equipamentos usados no processamento e fabricação, processo de rotulagem, treinamento de pessoal e práticas de manuseio, instalações, prevenção de perigos físicos e químicos, laboratórios internos, registros e documentação e registro de reclamações de consumidores.

A conformidade com GMP cobre as práticas sanitárias e de fabricação mínimas que são uma base de pré-requisito para implementar outras iniciativas de gestão de segurança de alimentos, como HACCP, ISO 22000, IFS e SQF.

4 – HACCP

HACCP ou APPCC, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, é um sistema de gestão da segurança dos alimentos mundialmente reconhecido.

É uma certificação que possui 7 princípios e que pode ser aplicada em vários setores, desde a produção até a embalagem.

  1. Conduzir uma Análise de Perigo;
  2. Determinar os Pontos Críticos de Controle (PCC);
  3. Estabelecer Limites Críticos;
  4. Estabelecer Procedimentos de Monitoramento;
  5. Estabelecer Ações Corretivas;
  6. Estabelecer Procedimentos de Manutenção de Registros;
  7. Estabelecer Procedimentos de Verificação.

Indústria e consumidor alinhados na busca por boas práticas

“A certificação de embalagens ajuda os fabricantes a demonstrarem que estão fornecendo produtos com segurança, qualidade, autênticos e em conformidade com as legislações”, afirma Deise Tanaka, Gerente de Operações da QIMA/WQS e responsável pelas certificações de packaging no Brasil.

Fabricantes em todo o mundo já estão se beneficiando das certificações de embalagens. Pesquisas independentes demonstram que ter essas certificações contribui para a segurança dos alimentos, melhora a eficiência operacional, o crescimento comercial, a lucratividade e a inovação.

Ainda de acordo com Deise Tanaka, “a certificação também ajuda os fabricantes de embalagens a se adaptarem às mudanças do mercado. Os protocolos são revisados continuamente e, com isso, há incentivo por embalagens sustentáveis e ecológicas, por exemplo”, pontua a Gerente de Operações.

Obter os benefícios da certificação de embalagens é simples. Para escolher qual protocolo é o melhor  para o negócio ou se o fabricante precisar de ajuda ao longo do processo, a QIMA/WQS está à disposição para prestar esclarecimentos e auxiliar na definição da solução mais adequada.

Com a consciência do consumidor e com a concorrência do mercado, as empresas que desejam estar em evidência e ganhar a preferência, tanto dos varejistas como do cliente que faz a escolha nos supermercados, precisam mostrar transparência e alinhamento aos valores éticos e de sustentabilidade – e através da certificação é possível comunicar essa mensagem.

 

Sobre a QIMA/WQS

A QIMA/WQS, uma empresa fundada em 1993 que oferece soluções para a indústria de alimentos do campo à mesa, por meio de certificações reconhecidas pela GFSI (BRCGS, GLOBALG.AP, SQF, IFS), auditorias éticas, selos de qualidade, inspeções, treinamento e gestão de toda a cadeia de fornecimento, agora é também associada à ABRE.

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Insetos fototrópicos positivos e a atratividade das armadilhas luminosas

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Certamente você já ouviu falar daquela “luminária que mata moscas” e os mais curiosos provavelmente já se perguntaram: Por que o inseto segue em rota de colisão com essa lâmpada?

O Sol é a maior fonte de luz para o planeta Terra, inclusive de luz ultravioleta. Por meio da fusão nuclear, a energia eletromagnética é liberada em forma de radiação. Neste processo, é formada a luz visível, como também outras formas de ondas eletromagnéticas, como a luz ultravioleta.

Parte da radiação ultravioleta solar é absorvida ao atravessar a atmosfera, porque a luz UV, entre 100 e 242 nanômetros, induz reações fotoquímicas com o oxigênio e forma o ozônio. Além disso, a radiação UV se espalha pela atmosfera, ou seja, pouca luz ultravioleta emitida pelo Sol realmente chega à superfície da Terra.

Por isso a ciência garante que a atração dos insetos não é magia. Os insetos possuem características comportamentais próprias e a mais fácil de identificar, dentre elas, é se irão prevalecer hábitos diurnos ou noturnos, pois, por perceberem a radiação UV-A (320-400nm), que ao homem é invisível em ambiente natural, eles utilizam essa radiação para lhes orientar em sua movimentação.

Imagem 01 – Espectro de radiação

Os insetos que possuem fototropismo positivo utilizam a iluminação natural diurna para se orientar. Já a atração de insetos pela luz artificial é atribuída a uma desordem no sistema de localização do inseto, que o induz a circular em volta de uma fonte luminosa e ela depende da sensibilidade dos receptores a diferentes comprimentos de onda.

Imagem 02 – Mosca doméstica atraída pela luz UV-A

E é aí que a armadilha luminosa torna-se eficiente. Ela provoca essa desorientação e considerando que as moscas são anatomicamente desprovidas de pálpebras que evitam o ofuscamento, esses insetos voam no entorno da fonte de luz e, desorientados, acabam esbarrando na lâmpada ou na parte interna da armadilha que contém placas adesivas que possibilitarão uma captura limpa e higiênica, diminuindo as chances de contaminação de alimentos, embalagens e superfícies.

Imagem 03 – Funcionamento da armadilha luminosa adesiva

Devido às características comportamentais dos insetos já mencionadas, nem todos serão fototrópicos positivos, mas muitos dos insetos que nos perturbam e são fontes de contaminação poderão ser atraídos pelas armadilhas luminosas. Os principais são:

Imagem 04 – Insetos fototrópicos positivos

Talvez você esteja se perguntando: Por que esses insetos também voam em direção às luminárias comuns durante a noite? Justamente pela razão de que as lâmpadas convencionais também emitem uma pequena intensidade de luz UV-A. E, ao voarem em direção à luz produzida pela armadilha luminosa, como esses insetos estarão desorientados, serão facilmente capturados na placa adesiva que fica alojada na parte interna do equipamento.

Desde que utilizadas corretamente, as armadilhas luminosas são recomendadas para o uso em áreas de alimentos e áreas consideradas sensíveis, especialmente para gerar evidências objetivas nas operações de controle de insetos dentro do GMP. As armadilhas também permitem que sejam cumpridos os requisitos do HACCP, pois estabelecem uma frequência de monitoramento que possibilita a análise periódica do que foi capturado na placa adesiva e qual a ação corretiva a ser desenvolvida, melhorando de forma contínua o GMP com a verificação e a análise de tendência periódica.

Para saber mais sobre esse assunto, visite o site https://www.ultralight.com.br. A Ultralight Ind. e Com. Ltda. atua há 25 anos na fabricação de armadilhas luminosas, sendo especializada no atendimento aos segmentos de indústrias de alimentos, bebidas, embalagens e fármacos.

Autora: Heloísa Helena Kuabara, bióloga – Biobrasil Soluções Ambientais

Referências:

BENNETT, Gary W. et al Truman’s scientific guide to Pest Management Operations, sixth edition, Purdue University, West Lafayette. Indiana. 2016.

BARGHINI, Alessandro. Influência da Iluminação Artificial Sobre a Vida Silvestre: técnicas para minimizar os impactos, com especial enfoque sobre os insetos. 2008. 242 f. Tese (Doutorado) – Curso de Ciências, na Área de Ecossistemas Terrestres e Aquáticos, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-13062008100639/pt-br.php .  Acessado em 25 de janeiro de 2022. 

3 min leituraCertamente você já ouviu falar daquela “luminária que mata moscas” e os mais curiosos provavelmente já se perguntaram: Por que o inseto segue em rota de colisão com essa lâmpada? […]

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QIMA/WQS e Nutron/Cargill lançam programa Nutron Bem+Leite de certificação de bem-estar animal

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A Certificadora QIMA/WQS, em parceria com a Nutron/Cargil, lançaram no mercado o programa Nutron Bem+Leite. Um dos principais objetivos dessa parceria é assegurar ao mercado e consumidor final que o processo de criação dos animais e o de produção de leite ocorreram de maneira responsável e sustentável. Em outras palavras, que a empresa produtora adotou medidas para garantir o bem-estar e a qualidade de vida do animal, os quais são comprovados através de um processo rígido de auditoria realizada pela QIMA/WQS embasado nas diretrizes da PAACO (Professional Animal Auditor Certification Organization).

Boas práticas da indústria leiteira e conscientização do consumidor

“Os cuidados começam quando a vaca ainda está gestante”, afirma Sérgio Soriano, Gerente de Pecuária de Leite da Fazenda Colorado. “Os primeiros contatos com seres humanos, aquecimento e limpeza do ambiente, volume e a qualidade do leite que o bezerro recebe nos primeiros meses de vida, tudo isso impacta no desenvolvimento e na saúde do animal”. A consequência desses cuidados com o rebanho reflete na qualidade do produto que chega para o cliente.

De acordo com notícia divulgada pela Embrapa em 2019, o bem-estar animal e a preservação do meio ambiente são importantes fatores mercadológicos considerados por um público cada vez mais consciente sobre impactos ambientais. Inclusive, vale destacar que o Bem-estar Animal é dos componentes relacionados pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) no seu framework de Sistema Alimentar Sustentável.

Dessa forma, outro objetivo da parceria do programa Nutron Bem+Leite é fomentar uma pecuária leiteira mais rentável e sustentável através da promoção de uma relação de confiança e transparência entre empresa e consumidor, demonstradas por meio do selo estampado na embalagem.

Princípio das Cinco Liberdades tem foco no bem-estar dos animais

No final da década de 1970, o órgão britânico Farm Animal Welfare Committee publicou um documento listando as principais condutas para o bem-estar animal. Chamadas de “Cinco Liberdades dos Animais”, as premissas determinam que os animais devem estar livres de sede e fome; desconforto; dor, injúria ou doença; medo e angústia; e devem ter a liberdade de expressar seu comportamento natural.

Na prática, o selo de referência da QIMA/WQS identifica ao mercado que em todas as fases de vida dos animais, o bem-estar foi proporcionado. “As fazendas mais bem-sucedidas são aquelas cujo rebanho tem vida longa. Efetivamente, promover saúde e bem-estar significa mais eficiência no sistema de produção”, explica Alexandre Pedroso, Consultor Técnico Nacional de Bovinos de Leite da Nutron.

Certificação Nutron Bem+Leite

As avaliações são realizadas por auditores acreditados pela Professional Animal Auditor Certification Organization (PAACO) – organização norte-americana responsável pelo treinamento e qualificação dos profissionais. “O selo de bem-estar animal atesta a dedicação e comprometimento da Cargill em garantir um produto de qualidade ao consumidor. O projeto Nutron Bem+Leite evidencia a transparência de todo o programa”, destaca Luiz Freitas, Diretor de Vendas da QIMA/WQS.

O Programa Nutron Bem+Leite está disponível para fazendas e laticínios de todo o Brasil. Os interessados devem solicitar a auditoria e serem aprovados no processo, o qual irá avaliar mais de 250 requisitos baseados em evidências. Uma vez aprovado, o solicitante obtém a certificação.

Com a conquista da certificação, as fazendas e produtores passam a disponibilizar em suas embalagens um selo de referência. “Quando colocamos um selo desse nível na nossa marca, estamos mostrando o impacto que queremos causar na sociedade. É uma forma de apresentar o acompanhamento rigoroso de todos os processos”, completa Sérgio Soriano.

Por meio de um QR code, que passa a ser disponibilizado nos rótulos dos produtos, é possível acessar todo o processo e práticas adotadas para produção do alimento, uma forma de compartilhar informações de credibilidade e, consequentemente, fidelizar o cliente final.

 

Sobre a QIMA/WQS

A QIMA/WQS foi fundada em 1993 com o nome de WQS e desde 2019 faz parte do grupo QIMA. Com sede nos Estados Unidos (Charlotte) e escritórios no Brasil (Botucatu) e México (Ensenada e San Luis Potosi), a companhia tem presença global, tendo realizado mais de 18.000 auditorias para cerca de 9.000 clientes.

Para mais informações sobre a certificação com a QIMA/WQS, visite o site: www.wqs.com.br

Sobre a Cargill no Brasil

Presente no Brasil desde 1965, a Cargill é uma das maiores indústrias de alimentos do País.

Com sede em São Paulo (SP), está presente em 17 estados brasileiros por meio de unidades industriais e escritórios em 147 municípios e 11 mil funcionários. Para mais informações, acesse a área de imprensa.

Relações com a Imprensa – Felipe Fonseca – imprensa@cargill.com / +55 (11) 9 9741-9946

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Como escolher a certificação certa para seu negócio?

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Atualmente temos no mercado de certificações para área de alimentos e bebidas inúmeras possibilidades de normas de certificação que atendem à grande cadeia desse segmento, sendo que podemos destacar algumas delas, como BRCGSIFS FoodSQFGLOBALG.A.P, entre outras. O segmento de alimentos e bebidas possui várias vertentes e áreas específicas, indo desde o campo, onde tudo se inicia na produção de alimentos, passando pelo fornecimento para a indústria, que vai realizar as transformações aos produtos alimentícios e até mesmo na confecção de embalagens que vão entrar em contato direto com o alimento, saindo dessa área industrial e seguindo para as distribuidoras onde os produtos serão armazenados e posteriormente distribuídos, indo para os serviços de alimentação como restaurantes e afins ou podendo seguir para o mercado varejista e por fim chegando à mesa do consumidor final.

Quais os benefícios das certificações?

A certificação em uma das normas citadas acima, ou até mesmo em outras normas reconhecidas pelo mercado de alimentos, gera para a organização uma credibilidade ímpar e inigualável quando comparada com outras empresas do mesmo ramo e atividade. Gera ao negócio uma maior estrutura e confiabilidade em relação ao seu sistema de gestão e certamente abre fronteiras para negócios internacionais e para o mercado de exportação e também para as negociações em território nacional, uma vez que as empresas que realizam aquisição de suas matérias-primas e demais produtos para fabricação de alimentos e bebidas estão cada vez mais exigentes, já que a garantia da segurança dos alimentos e da qualidade passa a ser cada vez mais requerida e até mesmo exigida pelos consumidores finais dos produtos.

Como iniciar o processo de certificação?

Para uma empresa pensar em se certificar e iniciar seu processo em busca da almejada certificação é preciso implementar alguns pontos básicos para todas as indústrias de alimentos, requisitos esses legais e mandatórios em território nacional, exigidos por clientes e por todo o mercado consumidor, mas que algumas vezes não se mostram corretamente difundidos na organização. Alguns componentes principais são requeridos nas auditorias de certificação e até mesmo antes dela, sendo os principais: Boas Práticas de Fabricação e/ou Programas de Pré-Requisitos; APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e procedimentos do SGSA (Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos).

Uma dúvida muito comum entre as empresas que desejam se certificar em uma norma de alimentos e bebidas é: qual seria a norma ideal para minha organização, que traria maiores resultados para o meu negócio? Com certeza uma certificadora como a QIMA/WQS está disposta e possui competência para orientar a empresa nessa escolha, mas quem deve decidir sobre isso é a própria empresa. Sendo assim, é fundamental a organização conhecer todas as normas presentes no mercado e então conseguir decidir qual é aquela que mais se adequa ao seu negócio. Vamos tratar no próximo tópico dos principais pontos para tomada de decisão e escolha da melhor norma de certificação para sua empresa, quais as principais características das normas reconhecidas pela GFSI (Global Food Safety Initiative) e por fim decidir qual é a norma que mais se adequa a sua organização!

Qual norma escolher para certificar meu negócio?

Então, qual norma escolher para certificar meu negócio? Para responder a essa pergunta com o máximo de assertividade é preciso responder a algumas questões e analisar alguns fatos. Esses aspectos devem ser avaliados no momento de se decidir e selecionar a norma em que a empresa se certificará,  sendo  eles:

 

  • Recursos disponíveis para a certificação: A empresa deve checar a disponibilidade de recursos que possui para a certificação e sua devida implantação. Ainda que todas as normas reconhecidas pela GFSI sejam semelhantes entre si, algumas requerem itens mais específicos e outras são mais genéricas e requerem mais investimentos no sistema de documentação;
  • Requisito de clientes: Esse ponto deve ser avaliado com muita criticidade pela empresa, já que é importante atender as expectativas dos principais clientes da empresa, sendo que alguns possuem necessidade específica e até mesmo de reconhecimento de mercado no qual atua e seus padrões, o local onde atua sua organização, entre outros fatores como o reconhecimento da GFSI;
  • Exportação: Se a organização realiza exportação de seus produtos e atende a diversos países deve estar completamente atenta a qual norma atende aquele continente ou país, já que cada local possui sua preferência. Ainda que todas as normas possuam um padrão de reconhecimento pela GFSI é importante e essencial estar atento a esse quesito;
  • Segurança de Alimentos e Qualidade: Algumas normas possuem apenas requisitos auditáveis com foco em segurança dos alimentos, sem mencionar itens ligados à qualidade e perceptíveis ao consumidor como peso e demais características sensoriais, porém algumas normas já possuem requisitos ligados à qualidade e que são essenciais para algumas organizações onde o padrão da qualidade é fundamental para o resultado satisfatório da empresa;
  • Tendência de mercado: Fica notório que algumas normas de certificação na área de alimentos acabaram tendo destaque em algumas categorias e segmentos de produtos específicos, isso se deve a característica de produtos e processos, exigências de clientes, entre outras preferências do setor.

As principais normas para o segmento de alimentos

Vamos agora explicar mais sobre as principais normas do setor agrícola; de alimentos e bebidas oferecidas pela QIMA/WQS e atualmente reconhecidas pela GFSI. São elas:

BRCGS – BRAND REPUTATION THROUGH COMPLIANCE GLOBAL STANDARDS

BRCGS é uma norma privada britânica que atende toda cadeia de alimentos e subprodutos ligados à empresa de alimentos e a todo esse segmento, onde opera com atendimento a requisitos ligados à segurança dos alimentos de produtos, bem como traz em sua norma requisitos ligados à qualidade percebida de produto, o que gera confiabilidade principalmente de empresas que possuem terceirização de seus processos e de varejistas. Atualmente, a BRCGS está entre as normas mais reconhecidas e difundidas internacionalmente.

 

IFS – INTERNATIONAL FEATURED STANDARDS

A norma alemã IFS está destinada à cadeia de suprimentos de alimentos, podendo ser utilizada para toda a cadeia de alimentos e bebidas. Possui como característica a certificação de produto com foco no sistema de gestão da qualidade e segurança de alimentos. Possui requisitos voltados a itens como a qualidade percebida do produto e que contemplam pontos ligados intrinsecamente ao produto e ao atendimento da sua especificação, o que é um diferencial quando comparada às normas ISO que apenas certificam o sistema de gestão ligado à segurança dos alimentos. Essa norma é muito reconhecida por organizações que realizam a fabricação de marcas próprias, bem como por empresas que exportam para o mercado europeu pela sua maior representatividade nessa região.

SQF – SAFE QUALITY FOOD

Tem como característica o atendimento a toda a cadeia de alimentos, com requisitos ligados à segurança dos alimentos e ao HACCP, com foco em requisitos de clientes e atendimento pleno da legislação sanitária. Avalia produtos e serviços fornecidos pelas empresas. Diferentemente das normas citadas acima, a norma SQF também pode ser aplicada à cadeia de produção primária animal e vegetal, o que se torna um diferencial no momento da escolha. A norma SQF ainda tem baixa expressividade no mercado interno nacional, porém é muito difundida na América do Norte e Austrália e vem ganhando cada vez mais espaço na América Latina.

GLOBALG.A.P.

A certificação GLOBALG.A.P. está destinada exclusivamente à área de agricultura e não inclui a indústria de processamento. Com seus diversos subescopos, esta norma pode ser aplicável às diferentes cadeias produtivas, como frutas e verduras e animal. Essa é a principal norma do setor agrário com requisitos ligados à segurança do produto e dos alimentos, saúde e segurança do trabalhador e sustentabilidade e traz credibilidade direta a fornecedores e ao consumidor final. Esta norma tem seu maior reconhecimento no mercado europeu e atualmente é fundamental para a cadeia produtiva de aves com exportação a este mercado.

Após conhecer as principais normas da área de alimentos, bebidas e a cadeia de suprimentos podemos retomar a pergunta: Qual a melhor norma a escolher para minha organização?

Com tantas opções de normas atualmente existentes no mercado, é fundamental ter o suporte de uma certificadora de credibilidade, como a QIMA/WQS, que possui profissionais qualificados nos principais protocolos de segurança dos alimentos.

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QIMA/WQS patrocina o IV Fórum de Segurança de Alimentos da BRCGS

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COMUNICADO DE IMPRENSA

QIMA/WQS PATROCINA O IV FÓRUM DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS DA BRCGS

Pelo quarto ano consecutivo a BRCGS (Brand Reputation through Compliance), um programa de certificação reconhecido pela Global Food Safety Initiative (GFSI), realiza mais um Fórum para o setor da indústria alimentícia no Brasil. O evento traz informações atualizadas sobre temas na área da qualidade e segurança de produtos, com a visão de importantes palestrantes nacionais e internacionais.

A QIMA/WQS, empresa multinacional que oferece soluções para a indústria de alimentos por meio de certificações e outros serviços, está apoiando o evento junto a BRCGS. Durante o evento, Deise Tanaka Basseto, Gerente de Operações da empresa, falará sobre um dos principais tópicos da indústria de produtos baseados em plantas e o que a Certificação BRCGS Plant Based significa para as empresas nessa área.

Os outros temas abordados serão: Estratégias e Visão BRCGS, Panorama da cultura de segurança de alimentos de empresas brasileiras, Registro de Produtos Food Grade, Segurança da Informação no setor de alimentos e depoimentos.

O evento acontecerá nos dias 04 e 05 de novembro de 2021, das 08h às 12h45, no formato online e gratuito. As pessoas e empresas do setor interessadas em participar do evento podem se inscrever através do site:

Dia 04/11: https://lnkd.in/gw26eBZY
Dia 05/11: https://lnkd.in/dcxHWxn3

A QIMA/WQS e a BRCGS esperam reunir profissionais da cadeia de fornecimento de alimentos neste Fórum para discutirem tendências e novidades no setor. 

 

Sobre a QIMA/WQS

 A QIMA/WQS foi fundada em 1993 com o nome de WQS. Ela entrou no grupo QIMA em 2019. Com sede nos Estados Unidos (Charlotte) e no Brasil (Botucatu), a companhia tem presença global, tendo realizado acima de 18.000 auditorias para mais de 9.000 clientes

Para mais informações sobre a certificação BRCGS da QIMA/WQS, visite esta página.

CONTATO:

Departamento de Marketing

marketing@wqscert.com

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O que realmente mudou na FSSC V5.1 – Uma nova abordagem

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Em novembro de 2020, o FSSC publicou a nova versão 5.1 (FSSC V5.1), para se atualizar com relação às últimas novidades do processo de benchmarking do GFSI – 2020.1. Essas mudanças estão vigentes para todas as auditorias realizadas a partir de 01/04/2021.

O objetivo desse texto é descomplicar as mudanças e trazer de forma pontuada as alterações e possíveis impactos para as empresas certificadas no FSSC.

É altamente recomendável realizar um estudo das alterações e como elas podem impactar seu sistema, garantindo assim que sua auditoria de transição ocorra sem grandes sustos.

Outro ponto muito importante é rodar um ciclo de auditorias internas considerando a nova versão e determinar as ações necessárias para que o sistema esteja alinhado às alterações.

Mas afinal, o que realmente mudou e o que impacta o sistema de gestão de Segurança de Alimentos?

Primeiro ponto – O Esquema de certificação FSSC V5.1 passa a ter 9 anexos. Além dos 7 já existentes na versão 5, agora e até pelas demandas da pandemia de Covid-19, foram criados os anexos:

8 – Requisitos para treinamentos virtuais (e-learning) para organismos de treinamento

9 – Requisitos para uso de tecnologia em informação e comunicação (ICT) para organismos de certificação – para auditorias remotas. Isso impacta a maneira como serão entregues os treinamentos e auditorias usando essas novas tecnologias, mas não tem impacto direto para as organizações certificadas.

2º ponto e considerações: Mudanças no estatuto dos fundadores.

3º Fica claro que inglês é o idioma oficial desse esquema de certificação, por essa razão os clientes se deparam com relatórios/ certificados em inglês ou bilíngues quando necessário.

4º Alguns ajustes menores foram feitos apenas para efeito de maior clareza no texto do esquema, sem maiores impactos, aqui vamos nos ater ao que realmente é novo!

5º Com relação às categorias – ficou claro onde produtos congelados com base em água (gelo) se enquadram – dentro da categoria CII.

6º Para Categoria G Transporte e Distribuição algumas mudanças importantes: para se certificarem não tem mais a necessidade de serem os donos dos produtos estocados, ou seja, fornecedores de serviço de armazenagem de alimentos podem ser certificados. Produtores que tenham seus armazéns serão certificados dentro da categoria ligada ao seu processo principal.

7º Embalagens – fica mais claro que os produtos tais como palitos e colheres apenas são elegíveis à certificação se vendidos em conjunto com alimentos prontos para o consumo, dentro da embalagem ou como parte do produto alimentício.

Antes de detalhar as mudanças que mais impactam o Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos de sua organização, as mudanças nos requisitos adicionais do FSSC, vamos recordar quais são as categorias da cadeia de alimentos e o que significam, para facilitar a identificação de onde se aplicam as mudanças nos requisitos adicionais do FSSC:

Categoria A – Fazendas – criação de animais para carne, produção de leite, mel, ovos pescados e frutos do mar.

Categoria C– Processamento de produtos de origem animal perecíveis (CI), Processamento de produtos de origem Vegetal perecíveis (CII), Processamento de produtos mistos de origem animal e vegetal perecíveis (CIII), Processamento de Produtos estáveis em temperatura ambiente (CIV), D – Produção de rações para animais de criação para carne/ para animais de estimação E – Restaurantes/ preparo de refeições (catering) F – Varejistas e Atacadistas G – Armazenamento e Transporte I – Embalagens K – Produtos químicos e bioquímicos (ingredientes e usados em processo para a indústria de alimentos/ rações). Os detalhes de cada categoria estão em detalhes do esquema de certificação FSSC 5.1 (https://www.fssc22000.com/wp-content/uploads/2021/02/FSSC-22000-Scheme-Version-5.1_pdf.pdf)

Revisemos agora as mudanças mais importantes para as empresas certificadas e com possível impacto em seu Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos.

Aqui identificamos onde as empresas já certificadas devem ter atenção e revisar os detalhes avaliando sua situação atual e determinando as adequações necessárias para que todos os requisitos sejam implementados de maneira apropriada aos seus processos e sistema de gestão:

2.5.1 – Gestão de Serviços e Produtos adquiridos:

Atenção às empresas certificadas das categorias C,D,I,G e K: Existem requisitos adicionais ao 7.1.6 da ISO22000:2018 e 9.2 da ISO/TS 22002-1 de 2009 para serem considerados.

2.5.2 – Rotulagem de Produtos:

Importante alinhamento às legislações vigentes (alergênicos e requisitos específicos de clientes – abrangem religiosos – kosher, halal, tipos de consumo como vegetarianos, veganos). Ponto em destaque para produtos não rotulados: as informações de uso devem estar disponíveis ao consumidor para o uso seguro desses produtos.

2.5.10 Transporte e Armazenamento para todas as categorias:

Implementação de procedimentos de FEFO (First to expire first out – primeiro a vencer, primeiro a sair) em conjunto com FIFO (Primeiro a entrar, primeiro a sair). Além disso, em complemento à clausula 16.2 da ISO/TS 22002-1 2009 para pós-abate controles e parâmetros definidos de tempo e temperatura para produtos congelados e refrigerados

2.5.11 Pessoal de embalagens (categoria I ) e C – abatedouros – atenção aos requisitos adicionais nesse item.

2.5.12 Verificação de PRP (programa de pré-requisitos) para a maior parte das categorias (C,D, G, I e K) adição à cláusula 8.8.1 da ISO22000:2018 sobre rotina e frequência de verificações e inspeções de PRPs / PPRs.

2.5.13 para categorias C, D, E, F, I e K – Requisitos detalhados para Projeto e Desenvolvimento de produtos, muita atenção para as organizações certificadas que realizam essa atividade.

2.5.14 Para categoria D – Feed – atenção aos requisitos de exames admissionais e periódicos dos funcionários relacionados à produção.

2.5.15 (2.5.15 1 e 2.5.15.2) Mudanças nos requisitos para categorias onde a certificação Multisite é permitida (categorias: A, E, FI &G) Maior clareza com relação às atividades do escritório central (existência de recursos apropriados e qualificados e com responsabilidades claramente definidas para as atividades de gestão, auditorias internas, pessoal revisando auditorias internas e quaisquer outros envolvidos no Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos. Além de todo um detalhamento sobre Auditorias Internas – atenção aos detalhes de qualificação de auditores internos e auditor líder interno, planejamento e revisão geral das auditorias pela função central, requisitos de calibração de auditores.

O restante das mudanças ocorreu nos processos de certificação (impacto nas auditorias externas) e nos processos internos dos organismos de certificação, além de ajuste em definições.

Novamente, recomendo fortemente que para uma melhor adequação e preparação, seja lido o documento disponível no site fssc22000.com com as alterações destacadas. Uma análise crítica e auditoria interna devem ser  realizadas para que as organizações definam e implementem planos de ação para ajustes com relação às mudanças.

Lembre-se de que em sua próxima auditoria a transição já deve ser realizada, caso ainda não tenha sido. Durante o processo, o auditor pode levantar não conformidades e as organizações terão seu prazo para fechá-las dependendo do grau e de acordo com os requisitos de certificação do FSSC.

Para empresas que buscam sua nova certificação, considerem essa nova versão como padrão atual e implementem os requisitos. O FSSC é um esquema de certificação composto da ISO22000:2018, ISO/TS /Norma de PRP de acordo com sua categoria de processo/produto e requisitos adicionais que são os alterados na FSSC V5.1.

Sabemos que para o futuro próximo a FSSC deve incorporar requisitos voltados à Cultura em Segurança de Alimentos. Já existe um Documento Guia para esse tema, importante a todas as empresas certificadas conhecerem e avaliarem esse tema pois ele está ligado diretamente ao grau de conformidade e maturidade do Sistema de Gestão em Segurança de Alimentos, independentemente da existência de requisito ou não.

Desejamos a todos uma excelente transição.

Por Rubiana Enz – BSI Brasil

Saiba mais sobre os serviços em treinamento e certificação FSSC através do link e baixe nosso material informativo sobre a certificação: https://page.bsigroup.com/l/73472/2021-06-10/zyyws8

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A importância da auditoria de fornecedores para o setor de alimentos

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Breve Retrospecto

Quando a Iniciativa Global de Segurança de Alimentos (GFSI – Global Food Safety Initiative) foi formada, em meados do ano 2000, para proporcionar melhoria contínua e fazer o benchmarking das normas de certificação de segurança de alimentos existentes no mercado, muitos pensaram que as auditorias de fornecedores, denominadas auditorias de segunda parte, teriam fim. Afinal, seria mais fácil exigir uma certificação reconhecida pela GFSI e assim simplificar os processos de qualificação de fornecedores.

Entretanto, 21 anos depois, as auditorias de fornecedores continuam sendo assunto extremamente atual e importante. Se você é do setor de alimentos, seja engenheiro, nutricionista, agrônomo, veterinário, biólogo ou de qualquer outra formação e trabalha na área, com certeza já passou por uma auditoria de segunda parte, seja como solicitante ou como receptor.

Perspectiva de mercado

O que aconteceu é que o entendimento da dinâmica do mercado não demorou a vir: embora grandes empresas continuem a negociar e/ou solicitar de seus fornecedores que estes apresentem uma certificação de terceira parte, reconhecida pela GFSI, a exemplo da BRCGS ou IFS (as mais difundidas no Brasil), muitos fornecedores de menor porte ainda não conseguem atender a esta exigência em função da limitação de recursos (humanos, de infraestrutura e/ou financeiros).

Em razão disso, opções foram desenvolvidas para estas indústrias de modo que elas também pudessem demonstrar o atendimento às boas práticas de fabricação e segurança de alimentos.

A própria GFSI lançou, em 2008, o Programa Global Markets a fim de ajudar as empresas menores ou menos desenvolvidas (dentro de um programa evolutivo com níveis sequenciais) a obterem a certificação futura em esquemas de segurança de alimentos completos e reconhecidos internacionalmente. As normas reconhecidas pela GFSI aderiram à tendência e atualmente cada uma delas possui o seu próprio programa de desenvolvimento voltado às pequenas empresas ou empresas iniciantes. Estes programas são classificados como auditorias de segunda parte.

O que são auditorias de fornecedores ou auditorias de segunda parte?

Ao passo que as auditorias de terceira parte consistem das auditorias de certificação em uma norma internacional, reconhecida (ou não) pela GFSI, as auditorias de segunda parte, muitas vezes chamadas de auditorias de fornecedores, são auditorias externas realizadas nos fornecedores da empresa. Têm como objetivo avaliar critérios importantes para a organização que está contratando produtos ou serviços. Normalmente, essa organização contratante possui uma certificação de terceira parte reconhecida pela GFSI e, dentro dos critérios de qualificação de fornecedores, estabelece a auditoria de segunda parte como uma forma de avaliação.

Mas, mais do que cumprir requisitos das certificações em voga, as auditorias em fornecedores de alimentos garantem além da padronização de produtos, aquilo que há de mais fundamental quando o assunto é alimento: a sanidade e segurança do que se oferece ao consumidor final e à cadeia de abastecimento.

Benefícios das auditorias de fornecedores

Obter, através de auditorias independentes, um raio-X da sua cadeia de fornecedores, gerando dados estatísticos que lhe permitam mensurar e – mais que isso – mitigar riscos, é fundamentalmente importante em uma economia globalizada, onde um produto pode levar um sem-número de países nas origens de sua composição.

Auditorias de segunda parte realizadas por empresa independente da área, com profissionais tecnicamente qualificados, geram condições de melhoria na cadeia, e os aspectos são muitos:

Diagnóstico real: Auditorias geram informações reais de determinado fornecedor, como uma fotografia do momento em relação a sua produção, seus controles internos e a segurança do que este está produzindo;

Mitigação de Riscos: Com um diagnóstico da cadeia de fornecedores, possibilita-se ao cliente a criação de mecanismos e controles para a redução de riscos à segurança de alimentos em seus fornecedores, tornando os produtos / insumos fornecidos mais seguros;

Cumprimento de requisitos: As certificações GFSI (BRCGS, IFS, SQF, entre outras) demandam que as indústrias certificadas tenham ferramentas para garantir o cumprimento de requisitos por parte de seus fornecedores. Neste caso, um programa de auditorias implementado é a principal alternativa encontrada, a mais econômica e eficaz.

Estreitamento de relações com fornecedores chave: Uma vez que você desempenha o papel de fomentar a melhora de sua cadeia e oferece ao seu parceiro/fornecedor ferramentas de melhoria, cria-se um ambiente de cooperação e alinhamento de estratégias, sensibilizando o fornecedor a cumprir os padrões necessários.

 Um case de sucesso!

Esse é o entendimento que viabilizou, por exemplo, o projeto de desenvolvimento de fornecedores APAS, que se utiliza do checklist do Programa Global Markets da GFSI e apresenta aos fornecedores das maiores redes de varejo do país um modelo escalável de melhoria contínua.

O programa consiste em dois modelos de checklists – um básico e outro intermediário – e à medida que o fornecedor realiza suas auditorias e melhora seu processo, ele se aproxima das certificações reconhecidas pela GFSI. Em média, uma pequena indústria leva cerca de quatro anos para estar apta a se certificar em alguma norma internacional.

Hoje, 100% dos fornecedores de marca própria das redes varejistas fazem auditorias no mínimo anuais neste padrão e possuem compromissos de certificação com seus clientes.

Benefícios para os fornecedores

Para os fornecedores, que recebem as auditorias, os benefícios são enormes:

  • Redução de custos por produtos não conformes;
  • Diminuição dos riscos de recolhimento ou recall, cumprimento de requisitos legais;
  • Melhoria na segurança de alimentos, até a melhoria na satisfação e confiança do cliente;
  • Diminuição na quantidade de devoluções, menores custos na estratégia de vendas e abertura de novos mercados.

Isso porque há uma base de dados APAS que reúne todas as empresas auditadas e as redes de varejo se utilizam desta base para buscar novos fornecedores e desenvolver novos produtos e tecnologias.

Posteriormente, uma vez certificada, estar em uma base de dados mundial de indústrias aptas é uma vitrine de negócios. Players do mercado buscam diariamente por fornecedores com esta característica.

Qual a perspectiva para o futuro?

O Brasil é ator principal na economia mundial quando o assunto é produção de alimentos. Segundo dados da ABIA (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos), a indústria brasileira de alimentos e bebidas é a maior do País: representa 10,6% do PIB brasileiro e gera 1,68 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.

Porém, se olharmos mais a fundo veremos que das 36,1 mil indústrias de alimentos existentes no país (anuário ABIA 2019/2020), apenas 754 indústrias possuem uma certificação de terceira parte reconhecida pela GFSI, o que equivale a escassos 2,08%. Isso significa que há um longo caminho ainda a ser percorrido pelas indústrias (principalmente as pequenas e médias) para que realmente haja um padrão de Segurança de Alimentos contextualizado. Ainda estamos começando a construir modelos que deem aos players de mercado a segurança que eles necessitam.

Desta forma, auditorias de segunda parte e os programas de desenvolvimento – a exemplo do Global Markets já citado anteriormente – são os caminhos que as empresas estão tomando para se estabilizarem no mercado cada vez mais competitivo. E esse primeiro passo precisa ser dado.

A busca das indústrias, se direcionada às certificações mundiais de segurança dos alimentos, abrirá mercados antes inexplorados e as conduzirá a outro patamar, com acesso a mercados externos, grandes clientes e visibilidade internacional.

Até meados dessa década, será determinante para a cadeia de alimentos ter um Sistema de Gestão de Segurança dos Alimentos implementado e, preferencialmente, certificado. Se a sua indústria ainda não começou a se preparar, procure por uma organização que possa auxiliá-lo ao longo de todo o processo, oferecendo treinamentos, auditorias de segunda parte e auditorias de terceira parte.

A QIMA/WQS é aprovada por protocolos reconhecidos pela GFSI, entidades governamentais e grandes varejistas de alimentos. Nossa equipe de profissionais de segurança de alimentos inova e simplifica nossos processos para oferecer aos nossos clientes transparência, agilidade no mercado e controle sem precedentes sobre toda a sua cadeia de fornecimento de alimentos.

Acesse nosso site para saber mais: https://wqs.com.br/?xtor=SEC-1125&lang=pt

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Qual tipo de panela é mais saudável para a alimentação?

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Há uma questão que frequentemente negligenciamos sem perceber, que é em relação ao tipo de panela que usamos para cozinhar os alimentos.

Você já pensou de qual material são feitas as suas panelas?

Sempre nos preocupamos com a saúde, sobretudo em relação à alimentação e os benefícios existentes em compô-la com todos os grupos alimentares.

Porém, para que o nosso organismo absorva as propriedades e nutrientes dos alimentos, é fundamental que eles sejam cozidos em boas panelas, que não causem malefícios à saúde de alguma forma.

Nesse artigo você saberá qual tipo de panela é mais saudável e seguro  para cozinhar para sua família.

Confira!

Atente-se aos materiais de que são feitas essas peças. Os mais comuns são:

  1. Alumínio
  2. Teflon
  3. Inox
  4. Cobre
  5. Ferro
  6. Vidro
  7. Cerâmica

1 – Panela de Alumínio: presente em todos os lares

As panelas de alumínio são comuns por serem acessíveis, leves e resistentes, sendo ótimas condutoras de calor, o que faz o cozimento ser mais rápido.

O alumínio já foi considerado um vilão para a saúde e houve épocas em que este material foi acusado de causar doenças neurológicas, quando utilizado em utensílios de cozinha. Devido a essa probabilidade nociva, foram realizados estudos para verificar se as panelas de alumínio realmente são prejudiciais ou não.

Conforme o disposto na RDC 20/2007 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o alumínio pertence à lista de materiais aprovados para ser utilizado em contato direto com alimentos. Dito isso, os estudos científicos com esse material apontaram que, ao serem utilizadas para cocção de alimentos,  panelas de alumínio não causam grande transferência do elemento aos preparos culinários, a migração é baixa e tolerável à saúde humana. No preparo de alimentos ácidos, como o tomate, houve maior migração do componente ao produto, mas mesmo assim em nível inofensivo à saúde.

Portanto, as panelas de alumínio podem, sim, ser utilizadas para cozimentos em geral.

2 – Panela de Teflon é prejudicial à saúde?

As panelas de Teflon surgiram para agregar mais saúde à alimentação por não precisar utilizar gorduras no cozimento, porém o material é um produto químico sintético composto de átomos de carbono e flúor.

O Teflon já foi, e ainda é, o causador de grandes discussões e há vários artigos discutindo se deveríamos ou não utilizá-lo em panelas. Isso porque no passado o Teflon foi acusado de ser perigoso para a saúde humana e ao meio ambiente por causa do PFOA (ácido perfluorooctanóico).

O produto Teflon (feito de PTFE – Politetrafluoretileno) adere ao suporte de alumínio graças à intervenção de uma substância, o ácido perfluorooctanóico (PFOA), reconhecido pela agência de proteção do ambiente dos Estados Unidos como provável cancerígeno. Mas é importante saber que desde 2015 o Teflon é fabricado usando outra substância – é o ácido de óxido hexafluoropropileno dímero.

É essencial que as panelas de teflon sejam utilizadas de forma segura. O PTFE é relativamente estável a temperaturas inferiores a 260 graus; entretanto, acima de 280 graus ele libera, por degradação térmica, diversos gases que podem ser tóxicos. Desta forma, não se deve pré-aquecer as panelas de Teflon (colocar a panela ou frigideira vazia no fogo), nem permitir que elas continuem sobre a chama por muito tempo depois que o líquido dos alimentos tiver evaporado. E panelas que estiverem com a superfície antiaderente danificada ou descascando devem ser jogadas fora.

3 – Panela de inox faz mal à saúde?

O aço inoxidável é relativamente leve e resistente, sendo que há versões antiaderentes, porém é pouco eficaz em relação à distribuição de calor. É chamado de inoxidável porque é resistente a corrosão e ferrugem. É o material mais empregado pela indústria de alimentos. Não há evidências científicas de que possa fazer mal à saúde.

Sua composição é uma liga metálica que contém cromo e níquel. O aço 420 não contém níquel em sua composição.

4 – Panela de cobre: as aparências enganam

A beleza dessas panelas é incrível e cheia de histórias. As panelas de cobre possuem um custo elevado e são mais pesadas que outras opções, porém também possuem alta durabilidade e, além disso, são ótimas condutoras de calor. Porém, o cobre só deve ser ingerido pelos seres humanos na dose certa, caso contrário será tóxico.

A norma brasileira RDC 20/2007 (Anvisa) estabelece que utensílios de cobre para contato com alimentos devem obrigatoriamente ser revestidos de ouro, prata, níquel ou estanho, para evitar a absorção de cobre pelo alimento e, consequentemente, pelas pessoas.

5 – Panela de ferro é saudável e hereditária

Quem se lembra da vovó cozinhando em panelas de ferro para curar anemias? Ela tinha razão, pois essas panelas aumentam naturalmente os níveis de ferro no organismo através da liberação da substância durante o seu uso. Elas não causam nenhum dano à saúde e além de terem uma ótima resistência, também cozinham os alimentos igualmente, mantendo-os aquecidos por mais tempo.

Essas panelas podem possuir a propriedade antiaderente e ainda dar aos alimentos um sabor especial e único. Vale a pena investir nessa peça, pois durará décadas, passando por gerações.

6 – Panela de vidro é a melhor panela para a saúde

Sabe por quê?

Porque é totalmente atóxica, não retém odor ou sabores de alimentos anteriormente cozidos nela.

Outro aspecto positivo é que a peça é durável desde que se tenha cuidado. Porém, a distribuição do calor não é uniforme e ela não é antiaderente.

7 – Panela de cerâmica é uma panela boa para a saúde

Sendo 100% de cerâmica natural, é uma excelente opção por não transmitir componentes tóxicos à saúde.

Há opções em que as panelas possuem um revestimento de cerâmica, mas são de alumínio.

O material das panelas que você usa influencia o processo de cocção dos alimentos, portanto é importante investir em panelas seguras, de procedência conhecida.

Qual o tipo de panela é mais saudável?

É aquele que respeita sua saúde e a de sua família. Além da beleza e preço, devemos considerar também os componentes das panelas, para evitar ingestão de elementos tóxicos.

A Melhor Escolha

https://amelhorescolha.com/

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Qual a importância do Bem-estar Animal para sua empresa?

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Em todo o mundo, cresce a consciência do consumidor sobre o sistema de criação em que é produzido o alimento que ele e sua família adquirem. Além da segurança do alimento, para a sua decisão de compra, as pessoas querem saber como os animais são tratados e se o processo produtivo segue protocolos rígidos de qualidade. Ao reconhecer o diferencial, estão dispostas a pagar mais por produtos que oferecem a garantia de que o alimento é seguro e livre de qualquer prática cruel com os animais.

A cada ano, novas pesquisas comprovam a tendência. Referência de maior impacto é a Global food trade and consumer demand for quality, que revelou que:

No Brasil, estudos apontam a mesma predisposição, principalmente em grandes centros. Uma pesquisa realizada no Nordeste, em Fortaleza (CE), concluiu que o consumidor acredita que uma criação mais voltada ao Bem-estar Animal impacta diretamente a qualidade do produto final. Ele está disposto a pagar mais por produtos que possuam certificações que garantam sua qualidade.

Outro estudo, feito nas cinco regiões brasileiras, mostrou o interesse pela compra e retratou que o gargalo para a aquisição de produto está na disponibilidade de itens com maior grau de Bem-estar, como também na falta de informações na rotulagem sobre os sistemas de criação.

Consumidores com níveis mais elevados de preocupação com o Bem-estar Animal admitem ter interesse em rótulos que lhes assegurem essa condição e estar dispostos a pagar mais por isso.

 

 O tema impacta a reputação das empresas

Ampliando a questão: além da decisão de compra no varejo, há a importância do tema em nível empresarial, visto que o Bem-estar Animal passou a ser valorizado no mercado de capitais.

A partir do século XXI, ele passou a ser incluído como ferramenta para identificar as empresas que se posicionam de forma ética. Exemplos são índices de ações que incorporam os critérios de sustentabilidade, como o Dow Jones Sustainability Index e o FTSE4Good, nas bolsas de valores de Nova Iorque e Londres, respectivamente.

No Brasil, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) foi o primeiro nessa linha em bolsas de valores da América Latina; com ele, a partir de 2018, o Bem-estar Animal passou a ser incluído nas avaliações das empresas.

É nesse cenário que o selo de Bem-estar Animal se torna essencial para empresas que querem se destacar e aumentar o valor agregado de seu produto. Ele confirma que há a preocupação com o tema em todas as etapas do processo produtivo e que a marca atua de acordo com padrões rigorosamente estabelecidos, garantindo um produto com responsabilidade ética e qualidade.

 

Alinhados com os parâmetros e a Lei de Bem-estar Animal

Os primeiros princípios sobre Bem-estar em animais de produção começaram a ser estudados em 1965, pelo Comitê Brambell, formado por pesquisadores e profissionais relacionados à agricultura e pecuária do Reino Unido.

O comitê instituiu o conceito das “cinco liberdades”, segundo o qual os animais devem estar livres de sede e fome; desconforto; dor, injúria ou doença; medo e angústia, como também para expressar o seu comportamento natural. O conceito é base para as regulamentações sobre o tema e foi aprimorado pelo Farm Animal Welfare Council (FAWC) e, mais recentemente, também pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), com o desenvolvimento de padrões internacionais.

Cada país, a partir das normas internacionais, desenvolveu leis específicas para que indústrias levem em consideração o Bem-estar animal em seus processos produtivos. No Reino Unido, por exemplo, há a European Food Safety Authority (EFSA).

Ainda na Europa, Suécia, Dinamarca, Holanda, Áustria e Suíça seguiram essa tendência. Já na América Latina, Brasil, Colômbia, Peru, Chile e Uruguai são as principais nações que avançaram nas regulamentações sobre Bem-estar Animal. E estamos muito atentos a todas essas normas.

No Brasil, entre outras regras, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu instrução normativa que trata especificamente de recomendações de boas práticas de Bem-estar para animais de produção e de interesse econômico. Há, ainda, o Decreto nº 5.741/2006, que estabelece critérios precisos sobre o manuseio e transporte de animais, incluindo, em seu art. 6º, item 1, a garantia da saúde dos animais.

As normas seguem em constante atualização, respeitando às novas orientações da ciência sobre o tema.

Selo QIMA/WQS de Bem-estar Animal assegura transparência à cadeia

Diante dessa demanda crescente, o selo de Bem-estar Animal consolida a existência de um processo produtivo sustentável para os consumidores, seja B2B, seja B2C.

Nosso selo de Bem-estar Animal é uma importante ferramenta para comprovação, reconhecimento, comunicação e marketing para influenciar a decisão de compra de consumidores e valorizar a marca.

Ao adquiri-lo, a empresa garante:

– Desenvolvimento sustentável.

– Atendimento às exigências de protocolos nacionais e internacionais.

– Produção com responsabilidade e melhor qualidade.

– Segurança, eficiência e melhoria contínua do processo.

– Fornecimento com as melhores práticas em todo o processo produtivo.

– Reconhecimento e agregação de valor à marca.

– Oportunidade de acesso a novos e emergentes mercados.

– Aumento da idoneidade e segurança entre os consumidores.

 

Nosso selo atende sistemas de criação à indústria

Nosso selo somente é conferido após o cumprimento de uma série de rigorosos protocolos, auditados e verificados por profissionais certificados pela Professional Animal Auditor Certification Organization (PAACO).

Os auditores da PAACO garantem o cumprimento das legislações, como também a conformidade das práticas com os animais com os melhores padrões internacionais da ciência do Bem-estar animal.

Entre os protocolos que usamos, está o do North American Meat Institute (NAMI) para plantas frigoríficas, escrito por Temple Grandin, referência mundial em Bem-estar animal, com o apoio do North American Meat Institute Animal Welfare Committe.

Oferecemos dois tipos de certificação: uma que atesta todo o processo, desde a criação até o processo industrial; e uma que atesta a conformidade apenas em determinada unidade industrial. O selo tem validade de um ano.

Somos referência no Brasil, já que realizamos grande parte das auditorias nacionais de Bem-estar Animal através de auditores qualificados pela PAACO. Também passamos pela acreditação ISO/IEC 17065, o que garante independência e imparcialidade, transferindo um nível incomparável de integridade e confiança também ao selo de Bem-estar Animal.

Somos especializados na área de alimentos, com estrutura projetada para facilitar e apoiar cada etapa do processo de certificação.

Hoje a QIMA/WQS, está presente nas Américas com escritórios no Brasil, EUA e México, ampliando seu campo de atividades e fazendo frente às principais concorrentes do mercado no ramo de segurança dos alimentos. No Brasil, atuamos desde 1993 com nosso escritório localizado na cidade de Botucatu/SP.

Acesse nosso site para saber mais: https://wqs.com.br/?xtor=SEC-1125&lang=pt

Departamento da Qualidade QIMA/WQS

 

Referências bibliográficas

Blandford D., Bureau JC., Fulponi L., Henson S. (2002) Potential Implications of Animal Welfare Concerns and Public Policies in Industrialized Countries for International Trade. In: Krissoff B., Bohman M., Caswell J.A. (eds) Global Food Trade and Consumer Demand for Quality. Springer, Boston, MA.

Franco, B M R; Sans, E C de O; Schnaider, M A; Soriano, V S e Molento, C F M. Atitude de consumidores brasileiros sobre o Bem-estar animal. Rev. Acad. Ciênc. Anim. 2018.

Leme, C F. Novo ambiente de negócios pode influenciar todas as cadeias produtivas in O Bem-estar animal no Brasil e na Alemanha. Responsabilidade e Sensiblidade. AHK. Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, p.34-41, 2019.

Queiroz, M L de V; Barbosa Filho, J A D; Albiero, D; Brasil, D de F e Melo, R P. Percepção dos consumidores sobre o Bem-estar dos animais de produção em Fortaleza, Ceará. Rev. Ciênc. Agron., v. 45, n. 2, p. 379-386, abr-jun, 2014.

Tonin, F. A mídia conecta o desejo ético da sociedade com a resposta da ciência in O Bem-estar animal no Brasil e na Alemanha. Responsabilidade e Sensiblidade. AHK. Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, p.34-41, 2019.

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3M realiza evento sobre tendências e tecnologias para o mercado de Food Service

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Se o seu objetivo é se atualizar sobre tendências e tecnologias do mercado de Bebidas e Food Service, este evento é para você!

Participe do  SIP OF TECH & BIZ e conecte-se com grandes especialistas e temas de altíssima relevância relacionados a esses mercados.

Vale lembrar que o evento será totalmente on-line e gratuito.

 

Link para inscrição: 3M BEVERAGE SUMMIT – 1st EDITION

 

Inscrições até 27/06.

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QIMA/WQS nomeada Certificadora do Ano pela BRCGS

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COMUNICADO DE IMPRENSA

DATA: 20/5/2021

 

QIMA/WQS NOMEADA CERTIFICADORA DO ANO PELA BRCGS

A certificadora de segurança de alimentos QIMA/WQS recebeu o título de Certificadora do Ano pela BRCGS (Brand Reputation Compliance Global Standards) na conferência anual Segurança de Alimentos das Américas, que aconteceu em maio de 2021.

A BRCGS (antes conhecida como BRC) é uma organização de proteção às marcas e consumidores, usada por mais de 29.000 fornecedores certificados em 130 países. Os protocolos BRCGS foram criados para harmonizar os padrões de segurança de alimentos em toda a cadeia de fornecimento. A BRCGS emite suas certificações por meio de uma rede global de certificadoras acreditadas, que vão aos locais e realizam auditorias e verificações. A QIMA/WQS é uma dessas certificadoras.

A QIMA/WQS oferece soluções para a indústria alimentícia do campo à mesa, através de certificações reconhecidas pela GFSI (como BRCGS, PrimusGFS, GLOBALG.A.P., SQF, IFS), auditorias de segurança de alimentos e de ética, selos de qualidade, inspeções e treinamentos.

As premiações da BRCGS Food Safety America são uma oportunidade de prestar reconhecimento aos indivíduos e organizações que fazem contribuições notáveis ao desenvolvimento do protocolo de Padrões BRCGS e à indústria de segurança de alimentos nas Américas.

A QIMA/WQS é acreditada pela BRCGS desde 2012. O prêmio homenageia o aumento do número de auditores e locais auditados pela organização nesses nove anos, bem como sua contribuição para o crescimento dos Padrões BRCGS.

“Todos nós da equipe da QIMA/WQS estamos agradecidos e orgulhosos de não só termos sido finalistas, mas termos ganhado esse título,” declarou o CEO da QIMA/WQS, Mario Berard. “A BRCGS é um dos protocolos de segurança de alimentos mais fortes do mundo, e este reconhecimento é uma prova do profissionalismo e expertise das nossas equipes.”

 

Sobre a QIMA/WQS

A QIMA/WQS foi fundada em 1993 com o nome de WQS. Ela entrou no grupo QIMA em 2019. Com sede nos Estados Unidos (Charlotte) e no Brasil (Botucatu), a companhia tem presença global, tendo realizado acima de 18.000 auditorias para mais de 9.000 clientes.

Para mais informações sobre a certificação BRCGS da QIMA/WQS, visite esta página.

CONTATO:

Departamento de Marketing

marketing@wqscert.com

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Construa uma cultura de segurança dos alimentos madura que atenda às normas de auditoria GFSI

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Sua cultura de segurança dos alimentos está pronta para passar nas novas auditorias de certificação GFSI?

Os proprietários da certificação GFSI estarão incluindo a cultura de segurança dos alimentos como parte de suas auditorias. Mas não se preocupe, temos todas as informações necessárias para garantir que você passe nos requisitos de auditoria. Explore como sua cultura de segurança dos alimentos se acumula em nosso próximo webinar e junte-se a nossos principais especialistas para descobrir como sua cultura de segurança dos alimentos será medida, como você pode passar nas exigências de auditoria e muito mais:

  • Entenda as cinco dimensões da cultura de segurança dos alimentos do GFSI (Missão e Visão, Pessoas, Consistência, Adaptabilidade, Perigos e Consciência do Risco).
  • Reveja as expectativas de cada programa de certificação para ajudá-lo a se preparar para novas exigências de auditoria.
  • Obtenha etapas práticas para avançar os níveis de maturidade em cada uma das cinco dimensões da cultura de segurança dos alimentos.
                                          Registre-se agora                                                                 

Curioso para saber quem é a Intertek Alchemy, veja este pequeno vídeo!

Data: 28 de abril

Horário: 14:00h de Brasília

 

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Cortina de Ar: Essencial aliada na preservação de alimentos

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Como preservar a qualidade dos alimentos com a cortina de ar

A indústria alimentícia possui empresas que processam matérias-primas de alimentos em grande escala, onde a higiene do local é muito importante. Portas abertas, controle de temperatura e equipamentos de aço inoxidável devem ser considerados.

Existem muitas soluções para as mudanças climáticas e a cortina de ar é um equipamento de caráter essencial para as indústrias de alimentos. Elas podem ser instaladas na parte superior ou lateral de qualquer porta, tanto na parte interna ou externa do ambiente, permitem um transporte rápido e ajudam a manter o equilíbrio na qualidade do ar interior.

Na indústria de alimentos, a cortina de ar pode ser instalada em diferentes ambientes para criar uma barreira de ar entre o ambiente interno e externo. Alguns exemplos abaixo:

  • Entradas de funcionários e clientes
  • Câmaras frigoríficas
  • Docas
  • Portas rápidas
  • Depósitos e armazéns
  • Linhas de produção

As cortinas de ar também podem ser projetadas para funcionar em ambientes corrosivos, como estações de tratamento de águas residuais (controle de odores) e indústria química.

Benefícios da cortina de ar na indústria de alimentos

Reduz o consumo de energia

Por meio da separação de ambientes, a cortina de ar economiza energia ao proteger o ar climatizado, evitando a entrada de poeira, insetos voadores, sujeira, fumaça e reduzindo a sobrecarga de equipamentos de ventilação, ar condicionado e/ou refrigeração, resultando assim na economia de energia e um controle maior sobre o ambiente.

Aliada do Manejo Integrado de Pragas – MIP

A cortina de ar industrial é muito procurada pelos profissionais responsáveis pelo plano MIP das empresas. Na maioria dos ambientes de produção ou docas, deixar a porta aberta é inevitável para a carga e descarga de mercadoria. A cortina de ar industrial se torna um aliado do MIP quando o assunto é evitar a passagem de insetos voadores como moscas e mosquitos, porém recomendamos atentar-se às soluções existentes no mercado para evitar também a passagem de pragas rasteiras. O Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo publicou, na Portaria nº 09 de 16 de novembro de 2000, o uso de cortina de ar como medida de segurança para proteger os alimentos de contato com possíveis insetos voadores.

Reduz a rotatividade de funcionários e reclamações na fábrica

Funcionários confortáveis são funcionários felizes, e funcionários felizes são produtivos. As cortinas de ar mantêm as áreas de entrada e saída confortáveis e livres de partículas ou cheiros incômodos, garantindo o bem-estar dos funcionários e o processo de armazenamento e distribuição dos alimentos. Por exemplo: em abatedouros, insetos voadores como moscas e mosquitos podem atrapalhar o trabalho dos funcionários na linha de produção.

Mantém um alto padrão no controle de qualidade

A Embrapa junto com o Ministério da Agricultura e do Abastecimento têm recomendado o uso de cortinas de ar como uma boa prática no armazenamento para a indústria de alimentos, mencionando que as portas das câmaras frias devem ser providas de cortinas de ar. Por outro lado, a Secretaria de Vigilância em Saúde publicou em sua quinta edição do Manual de Rede de Frio o uso da cortina de ar como um equipamento recomendado para áreas em que existe uma movimentação intensa de produtos e a contínua abertura de portas, reduzindo significativamente o risco de contaminação dos produtos.

Quais os modelos de cortina de ar específicos para a indústria de alimentos, bares e restaurantes?

Para escolher o modelo de cortina de ar existem algumas especificações que devem ser levadas em consideração. São elas:

  • Altura da instalação, medida da saída de ar até o piso;
  • Comprimento da porta (lembrado que o comprimento da saída de ar da cortina deve ser igual ou maior que o vão livre da porta);
  • Local com alto nível de poluição de partículas;
  • Diferença de pressão entre o ar interior e exterior;
  • Tensão e rede elétrica disponível;
  • Ambiente corrosivo ou com alto índice de umidade;
  • Espaço disponível para instalar a cortina de ar na horizontal ou vertical.

É importante saber que há modelos de cortinas de ar comerciais, eficientes para bares e restaurantes, e modelos de cortinas de ar industriais, eficientes para as indústrias de alimentos onde é necessária uma vazão e velocidade do ar diferenciada. Basicamente o que diferencia os modelos comerciais e industriais são o comprimento, a velocidade do ar, voltagem e revestimento.

Especificamente em abatedouros, há uma grande presença de moscas que podem chegar a adentrar o ambiente de produção e consequentemente entrar em contato com os alimentos que estão sendo processados. Com o fim de solucionar o problema da entrada de moscas no ambiente de produção, a Tecnolatina desenvolveu o sistema DUE de dupla barreira. O sistema consiste na instalação de duas cortinas de ar na disposição vertical uma em cada lado da porta, na qual uma fique de frente para a outra. Estas formam um ar circulante criando uma barreira dupla que funciona como excelente solução para locais com condições climáticas adversas e grande presença de insetos.

Maior segurança de alimentos no transporte com a Cortina de Ar

As empresas que lidam com o transporte de alimentos têm à sua frente um grande desafio, que é transportar o alimento de um ponto ao outro mantendo a integridade da mercadoria.

É importante saber que existem cortinas de ar específicas para contêineres e caminhões frigoríficos que criam uma barreira de ar quando estes são abertos. Além de evitar o contato da embalagem do alimento com possíveis detritos, a cortina de ar ajuda a diminuir a infiltração de ar quente do exterior quando a carga está sendo manipulada. Durante o carregamento / descarregamento de mercadorias, a cortina de ar é ativada automaticamente através de um sensor que vem junto ao equipamento.

O funcionamento é bem simples, o ar externo é absorvido pela cortina de ar e convertido em uma barreira vertical que separa o frio dentro do baú da temperatura ambiente fora do veículo. Insetos, poeira e umidade do ar também são impedidos de entrar.

Alguns benefícios da Cortina de Ar para o veículo refrigerado:

  • Evita a infiltração de ar quente para dentro do baú do veículo;
  • Barreira efetiva contra insetos, fumaça de veículos e poeira;
  • Equipamento compacto, não ocupa espaço no baú;
  • Fácil instalação;
  • Baixo ruído, 60 db medidos na saída de ar.

Na ilustração abaixo é possível observar uma comparação entre as temperaturas interiores de um veículo com e sem cortina de ar:

Em caso de dúvidas, acesse www.tecnolatina.com.br

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Construindo confiança do campo à mesa com Mario Berard, CEO QIMA/WQS

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A QIMA/WQS (conhecida antes como WQS), desde a sua aquisição pelo Grupo QIMA, vem se reestruturando, passando por uma transformação em sua forma de gestão total, com foco em nos tornarmos cada dia mais especializados em serviços que agreguem valor aos nossos clientes, consumidores e meio ambiente.

Nosso objetivo é fornecer uma gama completa de soluções que permitam às empresas construir um relacionamento transparente e de confiança com seus clientes.

Para fortalecer essa confiança que vem do campo à mesa, podemos ajudá-los através de certificações GFSI, sistemas de certificação, auditorias de garantia de fornecedores, cadeia de fornecimento responsável, soluções sustentáveis, inspeções e treinamentos.

Conte-nos mais sobre essa transformação… 

Desde que a WQS foi integrada à QIMA, estamos investindo em desenvolvimento interno de nossa equipe, formando parcerias nacionais e internacionais. Aumentando nosso quadro de auditores e especialistas para que possamos atender as demandas de nossos clientes.

Toda essa transformação vem em caráter de atender as novas necessidades atuais do mercado de forma global.  A volatilidade que o mundo está passando desde 2020 em função da pandemia tem tornado primordial a oferta de serviços que atendam a essas necessidades de transformação e que agreguem valor os nossos clientes.

A transformação do pensamento do consumidor para uma alimentação saudável, que preze pela transparência, confiabilidade e a sustentabilidade, vem estimulando as empresas a buscarem formas de garantir essas exigências de forma íntegra.

Segundo a pesquisa Brasil Food Trends 2020, mais de dois terços desses consumidores, somando 65%, querem ter um impacto sobre o meio ambiente. As pessoas também estão buscando se alimentar melhor — 26% delas diz que lê os rótulos dos alimentos antes de consumi-los.

Os serviços que oferecemos se enquadram dentro da segurança de alimentos, qualidade e sustentabilidade da segurança de alimentos. Mas o mais importante é que estamos aqui para fomentar a confiança que os consumidores precisam ter nas marcas que compram.

Estamos prestando muita atenção às necessidades dos nossos clientes, e investigando diferentes caminhos que ajudem no processo de certificação. Nosso objetivo é facilitar e acelerar esse processo, seja investindo em softwares, seja otimizando nossos processos internos.

Como é ser um organismo de certificação inovador em alimentos e ocupar uma fatia de mercado? Quais suas estratégias futuras? 

Contamos com uma equipe de grande experiência e expertise, a qual tem sido nosso diferencial para as reações estratégicas que estamos adotando.

Estamos observando atentamente as tendências para o futuro, o que os consumidores querem e o que eles estão exigindo das marcas. Um dos nossos maiores projetos são os Selos de Qualidade. Esses selos reforçam o compromisso de transparência que as marcas têm com os clientes e com o futuro.

O mercado brasileiro tem um atraso de anos-luz no que se refere às certificações de segurança de alimentos, mesmo com a atuação de tantas entidades certificadoras. Como vocês veem isso? Há algum planejamento estratégico para conseguir esse imenso nicho de mercado inexplorado? Até porque — por estranho que pareça — a segurança alimentar nunca foi o foco de uma entidade certificadora no Brasil. Qual o futuro das certificadoras na América Latina? 

Nos últimos anos, a América Latina passou por uma transformação em segurança de alimentos. As empresas estão prestando mais atenção aos Padrões GFSI, mas entendemos que a adequação a protocolos e padrões também é muito importante. É aqui que nós, como entidades certificadoras, podemos desempenhar um papel importante, disponibilizando treinamento remoto e presencial.

Nossa estratégia inclui inovação e otimização contínuas dos processos, para oferecer aos nossos clientes transparência, agilidade no mercado e controle sem precedentes sobre toda a sua cadeia de suprimentos.

O futuro das entidades certificadoras na América Latina é obviamente promissor. As entidades certificadoras estão investindo em diferentes mercados, não apenas em força de trabalho e presença, mas também fornecendo as ferramentas certas para que pequenas e médias empresas possam desenvolver um sistema de segurança de alimentos.

É importante que nesse momento de crescimento, nós “Entidades Certificadoras” continuemos a nos ver não só como empresas, mas principalmente como organizações que ajudam as pessoas a ter acesso a alimentos saudáveis, produzidos respeitando a natureza.

Vocês auditam empresas dos mais diversos portes, desde pequenas indústrias familiares até empresas globais consideradas referência em segurança de alimentos. Que mensagem a QIMA/WQS daria para quem está iniciando a implementação de um sistema de gerenciamento de segurança de alimentos?  

A mensagem é sobre o investimento em uma equipe bem treinada e comprometida. Isso garantirá a implementação adequada dos programas de segurança de alimentos, o que trará resultados positivos nas auditorias e a ampliação do mercado. Buscar ferramentas que auxiliem na gestão também é importante. A GFSI criou um programa de 3 passos para direcionar as empresas no caminho até a certificação — é o Programa Global Markets, que também faz parte do nosso portfólio de serviços.

Também me permitiria relembrar as indústrias alimentícias que o que mais importa é a consciência correta — o respeito à terra e aos animais, que se tornam alimento, e o respeito às pessoas que comem esse alimento. Lembrar que o bem-estar dos seres humanos e da natureza é um bem primordial a ser valorizado em todas as etapas do processo.

*Conselho do CEO Mario Berard para quem está começando a implementar a gestão de segurança de alimentos:

A segurança de alimentos não é uma coisa do futuro. Ela já está aqui, no presente. E não basta uma fachada de sustentabilidade. As empresas alimentícias precisam adotar práticas sustentáveis de forma integral, porque só assim vão merecer a confiança dos consumidores. Nossa missão é ajudá-las a atingir esse objetivo.

https://wqs.com.br/?xtor=SEC-1125&lang=pt

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O papel da água em Segurança de Alimentos: como evitar problemas relacionados à saúde dos clientes e dos negócios

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A água é considerada um alimento pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, 2020) e, por isso, é de extrema relevância levar em conta sua qualidade no segmento de Food Service. No Brasil, estabelecem-se procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Dessa maneira, define-se água potável como aquela que atende aos 35 parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde (Anexo XX da Portaria de Consolidação n° 5, 2017) e que não oferece riscos à saúde. Em complemento a essa Portaria, tem-se a Resolução-RDC nº 216/2004 – Regulamento Técnico de Boas Práticas para os Serviços de Alimentação da ANVISA, que determina que a partir da entrada da água nos restaurantes e demais estabelecimentos comerciais do segmento de Food Service, esses locais precisam garantir que a água para o preparo dos alimentos, das bebidas e do gelo comercializados seja potável.

Entretanto, na prática, o Brasil e o mundo já foram palcos de diversos casos em que a segurança de alimentos foi colocada em risco por conta da água. São exemplos o caso de Milwaukee em 1993 nos Estados Unidos, em que ocorreu um surto de criptosporidiose, doença causada por protozoário veiculado pela água (Cossa, 2017), e a crise de abastecimento no Rio de Janeiro, no início de 2020, onde a água apresentou cor, odor e gosto indesejáveis.

No caso de Milwaukee, nos Estados Unidos, cerca de 403.000 pessoas foram afetadas e sofreram com cólicas estomacais, febre, diarreia e desidratação. E sobre o caso mais recente, ocorrido no Rio de Janeiro, um laudo técnico, gerado pelo professor Fabiano Thompson da UFRJ, mostrou que a qualidade da água do manancial Guandu “é variável, tem alta abundância de bactérias de origem fecal e bactérias degradadoras de compostos aromáticos, que sugerem a contaminação por esgoto” e sobre os microrganismos foi dito que são “potencialmente patogênicos e tóxicos”. O laudo também indicou que a substância que alterou cor, gosto e odor da água é chamada de 2-Metil-Isoborneol (MIB), similar a geosmina e produzida pela cianobactéria Planktotrix (Thompson, 2020).

Tendo esses exemplos em vista, torna-se clara a importância de soluções de controle da qualidade de água e os filtros de água são os mais recomendados para este fim, por isso é tão importante conhecer as diversas tecnologias de filtração encontradas no mercado e suas aplicações.

Mas, afinal, qual seria a recomendação de aplicação de filtros para um restaurante, por exemplo? Para responder a essa pergunta, seria necessária uma avaliação de toda a instalação do restaurante e da fonte da água. Contudo, partindo do princípio de que esse restaurante receba a água de alguma concessionária, em linhas gerais, o ideal é que seja instalado um filtro antes da caixa d’água e outro próximo ao ponto de uso. Entenda um pouco mais sobre estas duas aplicações:

Filtração para caixa d’água

Quando falamos em filtros de caixa d’água, trata-se de filtros exclusivos para retenção de particulados, como: barro, areia, lodo e manganês, por exemplo, advindos do arraste de tubulações e válvulas antigas que não sofreram manutenção e ainda de possíveis infiltrações. Essas partículas precisam ser retidas logo antes da caixa da água para evitar entupimento de tubulações, redução de vazão da água no ponto de uso e prejuízos à qualidade da água.

Essa aplicação costuma sofrer dois erros muito comuns: 1) instalação de filtro com carvão ativado, isso faz com que o cloro seja reduzido logo na entrada da água, impedindo sua ação de controle microbiano que garante maior segurança até o ponto de uso; 2) instalação do filtro após a caixa d’agua, a indicação é de que o filtro seja instalado antes da caixa d’água, com o objetivo de reduzir a entrada de partículas e evitar que a higienização dela ocorra antes do prazo recomendado de 6 meses.

Filtração para ponto de uso ou consumo

Diferentemente do objetivo da filtração para caixa d’água, que é preservar a higiene da tubulação e da própria caixa d’agua, e assim evitar ou reduzir custos adicionais com manutenção, o filtro de ponto de uso ou consumo tem como objetivo fornecer uma água de qualidade para ingestão, sendo necessária uma opção  de filtro com carvão ativado. Os filtros para ponto de uso com carvão ativado têm grande relevância na remoção de gosto e odor indesejáveis causados pelo cloro. Existem basicamente dois tipos de tecnologias de filtração baseadas em carvão ativado no mercado:

Figura 1Tecnologias de filtração com carvão ativado

Como mostrado na Figura 1, as barreiras de carvão mais comuns são basicamente duas: carvão granular acoplado a um cartucho de polipropileno e o bloco de carvão. O bloco de carvão é uma tecnologia mais moderna e possui diversas vantagens em relação ao carvão granular, listadas abaixo:

  • 2 em 1: uma única tecnologia permite filtração por tamanho (retenção de partículas) e também por adsorção (remoção de cloro);
  • Uniformidade: a água é filtrada de maneira mais uniforme, pois não há possibilidade de formação de caminhos preferenciais;
  • Maior vida útil: devido à maior área de superfície, uma vez que o bloco de carvão é formado a partir de carvão em pó, oferecendo maior capacidade de filtração em litros;
  • Redução do tempo de enxágue e desperdício de água: o enxágue a ser realizado é 60% mais curto, o que reduz o tempo de inicialização e o gasto de água;
  • Redução de espaço e custo: maior vida útil, dois tipos de ação em um único refil, um único filtro para ocupar espaço.

Apesar de contribuírem e muito para a melhora da qualidade da água, os filtros de carvão ativado possuem apenas eficiência bacteriostática, o que significa que se houver bactérias na água, elas não serão removidas, terão apenas capacidade limitada de se proliferar. Isso significa que provavelmente chegarão até o copo de refrigerante, suco, chá ou qualquer outra bebida preparada e servida no estabelecimento.

Tendo em vista o contexto nacional e global de doenças veiculadas pela água, é uma questão de segurança de alimentos ter um filtro que seja capaz de reter bactérias, protozoários e outros microrganismos em estabelecimentos comerciais do segmento de Food Service.

Pensando em uma solução que possa oferecer mais segurança para os estabelecimentos que possam vir a ter problemas com bactérias na água, a 3M lançou recentemente a linha 3M™ HF90 para redução de 99,99% das bactérias presentes na água¹.

1 Redução de cistos baseada no uso do Cryptosporidium parvum oocysts e redução de bactérias baseada no uso de E. coli e P. fluorescens.

Conheça melhor essa tecnologia

A Figura 2 mostra uma fotografia de microscopia eletrônica de varredura, em que é possível verificar E. coli retidas na membrana 3M de grau farmacêutico que compõe o sistema de filtração 3M™ HF90 mostrado em seguida na Figura 3. Além da retenção de microrganismos com a membrana de grau farmacêutico, esse sistema reduz partículas e cloro com pré-filtração de polipropileno e a tecnologia de bloco de carvão, respectivamente, o que resulta em melhor aspecto visual, gosto e odor das bebidas.

Figura 2Retenção de bactérias em membrana 3M de grau farmacêutico

Figura 3 – Sistema de filtração 3M HF90

Os cuidados com a água em Segurança de Alimentos são fundamentais para garantir uma boa experiência dos clientes com as bebidas oferecidas nos estabelecimentos comerciais de Food Service e essenciais para impedir riscos à saúde dos consumidores e também à saúde dos negócios, evitando reprovações em auditorias devido à má qualidade da água.

Saiba mais sobre qualidade da água e soluções de filtração no site da 3M: https://www.3m.com.br/3M/pt_BR/qualidade-agua/aplicacoes/filtracao-food-service/

Bibliografia

– Anexo XX da Portaria de Consolidação n° 5, DO CONTROLE E DA VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO E SEU PADRÃO DE POTABILIDADE (Setembro de 2017).

– Cossa, H. F. (2017). FREQUÊNCIA, FACTORES ASSOCIADOS E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CRYPTOSPORIDIUM SPP. EM CRIANÇAS ATENDIDAS NA CIDADE DE MAPUTO NO ÂMBITO DA VIGILÂNCIA NACIONAL DE DIARREIAS AGUDAS. Fundação Oswaldo Cruz, 2-3.

– FAO (Outubro de 2020). FAO no Brasil. Fonte: Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura: http://www.fao.org/brasil/pt/

– Thompson, F. (2020). Análise de três meses da qualidade da água Estação de captação da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto). Rio de Janeiro: Laboratório de Microbiologia da UFRJ.

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Você sabe a diferença entre os métodos moleculares LAMP e PCR?

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Uma das metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas para 2030 é alcançar Fome Zero. Não se trata apenas de ter alimentos disponíveis para todos, mas de ter alimentos seguros. Referimo-nos a não termos perigos nos alimentos ou, se os tivermos, que estejam em níveis que não afetem a saúde, incluindo microrganismos patogênicos.

É sabido que “é melhor prevenir do que remediar”. Na indústria de alimentos é a mesma história, os esforços deveriam focar fortemente a prevenção e não a descontaminação de produtos (mesmo que isso fosse possível). Uma tarefa conjunta entre governo e indivíduos é a detecção de patógenos nos alimentos antes que eles cheguem ao consumidor para prevenir o aparecimento da doença.

Os métodos de detecção de microrganismos têm avançado rapidamente e estão cada vez mais alinhados às necessidades industriais e governamentais: detecção rápida e precisa e a um custo acessível. As tecnologias para detecção de microrganismos patogênicos começaram com o uso do ágar, passando por métodos imunológicos e atualmente, e de maneira importante, métodos moleculares.

Os métodos de cultivo tradicionais baseiam-se na capacidade microbiana de metabolizar açúcares, proteínas e / ou produção de enzimas. Alguns microrganismos podem ter diferentes capacidades quando se trata de metabolizar ou produzir um composto. Por exemplo: Salmonella fermentadora de lactose ou sulfídrico negativo, essas variantes farão com que seja erroneamente relatado como negativo um teste de rotina e com pouca habilidade do analista e pode colocar em risco a saúde do consumidor.

Os métodos moleculares baseiam-se na presença de genes característicos de cada microrganismo, em seu DNA, de forma que o microrganismo será detectado independentemente da capacidade metabólica ou de produção de compostos. Por isso, além da rapidez, essas técnicas estão se tornando cada vez mais relevantes e utilizadas tanto por empresas quanto por órgãos fiscalizadores (como o USDA nos EUA e o MAPA em nosso país). Os métodos moleculares provavelmente irão eventualmente tomar o lugar Golden Standard que os métodos tradicionais baseados em ágar têm atualmente.

Dentro dos métodos moleculares, existe uma gama de metodologias e variantes. Vamos agrupá-los em dois grandes grupos: PCR e LAMP. A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) foi um marco para a ciência e especialmente para os métodos de detecção de patógenos. Desde sua descoberta em meados dos anos 80, ela passou por melhorias substanciais ao longo do tempo. As reações de amplificação mediadas por loop (LAMP) foram inicialmente desenvolvidas para detecção de vírus no início do século 21 e, desde então, têm sido cada vez mais utilizadas em vários campos, como pesquisa, vigilância e indústria.

Uma das diferenças mais importantes entre PCR e LAMP são as enzimas que eles usam, a primeira sendo uma Taq polimerase e a segunda uma BST polimerase. A última é geralmente reconhecida por sua estabilidade e resistência às condições e compostos da amostra. A quantidade de primers que cada tipo de reação contém é diferente, desde os PCRs básicos que contêm apenas um par de primers, até as reações em que os primers “Reporter” são adicionados para melhorar a especificidade e os LAMPs que requerem o reconhecimento de pelo menos seis diferentes regiões, o que lhe confere maior especificidade.

A parte da amplificação é extremamente diferente entre esses dois tipos de reações. Os PCRs realizam ciclos térmicos, ou seja, mudanças de temperatura constantes e controladas para desnaturar (95°C), alinhar (60°C) e estender (72°C) a genética, tendo como desvantagem em cada ligação e separação enzimática a possibilidade de inibição da reação. Por outro lado, a reação LAMP trabalha à mesma temperatura (60°C) e a amplificação se dá por deslocamento da cadeia sem a necessidade de termocicladores e seus gastos relacionados.

A detecção nas reações LAMP pode ser realizada por turbidimetria ou associada a outra tecnologia como a bioluminescência para obter resultados mais precisos, enquanto na PCR é necessário correr em géis ou adicionar compostos fluorescentes para leitura com filtro de fluorescência. Dependendo da natureza dos alimentos, alguns dos componentes dos alimentos podem afetar a leitura deste tipo.

Detectar e fazer correções conta a cada segundo, então cada minuto que conseguimos reduzir a reação significa a possibilidade de aplicar correções rápidas, de extrema importância para termos tempos de resposta cada vez mais curtos. Algumas reações LAMP podem dar resultados positivos alguns minutos após o início da reação, enquanto em algumas reações do tipo PCR é necessário esperar até o final do teste para ter um resultado que às vezes pode levar até horas.

Gustavo Gonzalez

Professional Service Pathogen Specialist – LATAM

3M Food Safety

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Sylnei Santos

Scientific Affairs Leader

3M Food Safety

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