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Hoje é o dia de doar!

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Hoje é o dia de doar. Esta data tem muitas possibilidades de aplicação e significados, mas aqui no blog é um dia de homenagens.

Não seria possível gerar conteúdo frequente e de qualidade se não fossem as mãos e mentes incansáveis de nossos colunistas. É por isso que preparei esta relação de posts que ajudaram a muitas pessoas a fazerem melhor seu trabalho, possivelmente evitaram erros,  doenças transmitidas por alimentos, ou simplesmente enriqueceram um dia com mais conhecimento.

Fernando Ubarana – Portaria 2914/2011 de Potabilidade de Água – Perguntas e Respostas

Daniele Parra – Desinfecção de frutas, legumes e hortaliças

Graziela Junqueira – Você já entendeu a RDC 14/ 2014 da ANVISA?

Ana Cláudia Frota – Qual a diferença entre PCC, PPRO e PPR?

Cristina Leonhardt – O HACCP no chão de fábrica – reflexões e artigos sobre sucesso ou insucesso da ferramenta

Camila Miret: Tratamento de não conformidades: auxílio para solucionar problemas de maneira eficaz

Marcelo Garcia: Aplicativos para smartphones e tablets contribuindo para a segurança dos alimentos

Rafael Almeida – Funcionários em atentado à higiene em estabelecimentos de alimentos

Ana Luísa Fernando – Caixas de madeira ou caixas de plástico?

Silvana Chaves – Quer melhorar as pessoas? Invista nos processos!

Cecília Cury – O custo da Alergia

Fernanda Vecchia – Resumo da palestra “Metais pesados em alimentos

Humberto Soares – Como estimar a vida de prateleira de um alimento?

Aline Santana – Qual é a diferença entre recolhimento e recall?

Rafael Almeida – Resumo do relatório da ANVISA sobre monitoramento de pesticidas

Juliana Levorato – Referência microbiológica de swab para monitoramento de mãos e superfícies

Karin Souza – Dispositivo para bloquear patógenos pode ajudar na cura do Ebola e outras infecções

Maciella Gama – Nova legislação para prestação de serviços de alimentação em eventos de massa

Meus sinceros agradecimentos também aos colaboradores eventuais que também fizeram a diferença ao doar um pouco de si!

 

Juliane Dias
Editora-chefe

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Agenda regulatória da Anvisa 2015-2016 está aberta para participação pública

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Quais são os temas mais importantes para se refletirem em legislações mais coerentes e compatíveis com as necessidades da cadeia produtiva de alimentos e consumidores no que diz respeito à vigilância sanitária? Você se considera insatisfeito com alguma prioridade? Gostaria de se manifestar? Agora é a hora.

A Anvisa publicou a seguinte chamada:

Os cidadãos, órgãos e entidades públicas e privadas poderão contribuir na definição dos temas prioritários para a atuação regulatória da Anvisa entre 2015 e 2016. A partir do dia 10 de novembro, a proposta preliminar da Agenda para regulamentação no biênio será submetida à manifestação da sociedade. Os temas e subtemas propostos estarão abertos para contribuição até 10 de dezembro.

Edital de Chamamento que marca o início da etapa de Diálogos Setoriais da Agenda foi publicado nesta quarta-feira (05/11) no Diário Oficial da União. O documento apresenta orientações para o envio das contribuições.

Os Diálogos Setoriais contarão com duas fases de manifestações para subsidiar a Diretoria Colegiada da Anvisa no processo de construção da Agenda Regulatória 2015-2016. Na fase inicial, os interessados poderão opinar e comentar a respeito da proposta preliminar de 54 temas e também poderão sugerir assuntos que não estejam contemplados na listagem preliminar. Já na segunda fase, os temas considerados válidos e dentro do escopo de atuação da Agência serão submetidos à avaliação de prioridade, por meio de nova consulta aos interessados.

Ao final do processo de construção da Agenda Regulatória Biênio 2015-2016, a lista final de temas será publicada no Diário Oficial da União. O prazo para participação é até 11/08/14.

Destacamos alguns dos temas apresentados:

– Usos de aditivos diversos

– Boas Práticas para industrialização e comercialização de água adicionada de sais

– Padrões Microbiológicos para Alimentos

– Rotulagem de alergênicos em alimentos Indicativo do tema

– Boas Práticas de Fabricação para Indústrias de Embalagem

– Embalagens e Equipamentos de Papel e Cartão Destinados ao Contato com Alimentos (Tema Mercosul)

– Embalagens em contato com alimentos

– Materiais, Embalagens e Equipamentos Celulósicos em Contato com Alimentos (Tema Mercosul)

– Papéis para Cocção e Filtração a Quente (Tema Mercosul)

 Novos temas podem ser sugeridos.

Participe clicando aqui.

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Semana Européia sobre a conscientização do uso de antibióticos

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A prescrição correta e uso de antibióticos parece uma pauta confinada aos profissionais de saúde, em particular médicos e farmacêuticos e os pacientes.

Mas não é bem assim: a indústria de alimentos tem correlação com essas importantes drogas, seja para o uso veterinário nos animais de corte, seja para terapias humanas, incluindo as doenças transmitidas por alimentos. Assim, também aproveitamos esta semana para refletir sobre um tema de interesse coletivo: a possibilidade de cura de doenças infecciosas.

Saiba mais sobre esta semana no site canadense  http://antibioticawareness.ca/ e no site da ECDC da Europa.

Reveja aqui no blog posts sobre resistência microbiana aqui no blog:

Pesquisadores encontram bactérias resistentes a antibióticos em carne de sol na Bahia

Bactéria resistente a antibióticos é encontrada em alimento pela primeira vez

Como está a luta contra a resistência microbiana aos antibióticos?

Bibliografia sobre resistência microbiana a antibióticos/

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Elastômeros e sua adequação à aplicação: não basta ser próprio para contato com alimentos

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Sabemos que a indústria de alimentos utiliza muitos elastômeros, comumente conhecidas como borrachas, presentes em bombas, válvulas, e junções de tubulações. Estes materiais evitam vazamentos, pois contato metal-metal não permite vedação, sendo necessário um material com elasticidade. Há situações onde a flexibilidade faz todo o diferencial, como no caso de mangueiras e sistemas dinâmicos (móveis). Esses materiais de contato ainda aparecem tímidos nos estudos de HACCP, sendo que algumas empresas certificadas estão melhor organizando as evidências que as borrachas são adequadas para contato com alimentos.
No Congresso Mundial da EHEDG foram apresentados critérios de escolha dos elastômeros e eles estão relacionados à aplicação, que deve ser adequada ao uso.
Isso pode soar óbvio, mas a gestão na prática nem sempre funciona seguindo a lógica.
Os critérios de seleção afunilam, começando pelos poucos fornecedores que apresentam laudos de migração conforme a legislação e declaram sua composição em conformidade com a lista positiva (no caso do Brasil estamos falando da RDC 123/01 da ANVISA). Nem sempre se tem o material disponível no formato desejado ou na quantidade que se deseja (um O-Ring pode ser comprado às centenas e a empresa pode precisar de unidades).
Um elastômero incorretamente selecionado leva ao envelhecimento precoce do mesmo, o que pode levar a formação de fissuras e deformidades, favorecendo locais para vazamentos e alojamento de micro-organismos.
Algumas condições a serem consideradas são:
– Requisitos de temperatura: a cada 10oC de aumento de temperatura, dobra-se a velocidade de reações químicas. Temperaturas de congelamento podem levar à perda da elasticidade.
– Requisitos de compressão: o material se manterá estático ou dinâmico? Avaliar a compressão necessária.
– Compatibilidade com químicos: observar nas tabelas dos fabricantes a vida útil quando exposta a diferentes sanitizantes ácidos, alcalinos, peróxido, etc. Os elastômeros podem ficar com aspecto viscoso, endurecidos ou quebradiços se incorretamente aplicados.
– Compatibilidade com o alimento: o maior risco é a expansão volumétrica (Ex: EPDM em presença de gordura). Bebidas alcoólicas podem sofrer alteração de sabor na presença de FKM. Outro exemplo de problema é que o limoneno em uma linha de refrigerante (baixo pH) pode se transferir para o material, causando expansão e também transferência de sabor para algum produto compartilhado na linha, como água mineral.
– Resistência a métodos de desinfecção: UV, ozônio, vapor e água quente afetam materiais de forma diferente. Abaixo podemos ver uma tabela que ilustra esta resistência frente aos elastômeros mais comumente usados.

Além da seleção adequada, não devemos esquecer que a freqüência de manutenção preventiva deve ser compatível com a aplicação, pois a vida útil do elastômero não é padronizada e sim conseqüência de seu uso.

 

Fonte: Ferdinand Schwabe. Palestra Selection of food contact rubber materials. EHEDG World Congress on Hygienic Engineering & Design. Parma 2014.

 

Imagem: Lubeca

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Hoje é o dia mundial da qualidade

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Na primeira quinta feira de cada novembro se comemora o Dia Mundial da Qualidade.

O objetivo desta desta data é aumentar a consciência mundial da importante contribuição que a qualidade propicia no crescimento e na prosperidade, seja de organizações ou indivíduos.

Sendo a segurança de alimentos um aspecto indissociável da qualidade, vamos aproveitar o dia para refletir como podemos fazer melhor em nossas vidas e nas organizações onde trabalhamos!

 

Fontes:

http://www.thecqi.org/Community/World-Quality-Day/Why-quality/

http://en.wikipedia.org/wiki/World_Quality_Day 

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Riscos aos produtos agrícolas em tempos de oscilações climáticas

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É notório que estamos vivendo uma dura fase de variações climáticas em nosso país.

A escassez de chuvas que está levando São Paulo a utilizar água do fundo de seus reservatório, faz também “vítimas agrícolas” no estado e vizinhanças.  Além da menor oferta, há perdas de qualidade e ameaças à segurança dos alimentos colhidos. Diversos produtos agrícolas sofrem.  As secas estressam as planta e a deixam mais vulneráveis ao ataque de pragas. Com mais ataques e maiores áreas expostas, os fungos produtores de micotoxinas  se proliferam e a temida aflatoxina ocorre com maior freqüência. Isso aconteceu com o amendoim, este ano, com 30% da produção contaminada.

Mas chuva demais ou fora de hora também é um problema! O trigo gaúcho está apresentando uma qualidade peculiarmente inferior. Um levantamento recente a partir de 200 amostras de 37 municípios aponta que 90% do trigo colhido em 2014 está contaminado com Deoxinivalenol. A média de contaminação foi 1.911 ppb e 41% delas estavam acima do limite legal de 2000 ppb. Isso representa uma concentração de contaminação 193% maior do que a safra anterior e um aumento de incidência de 24%. A causa? O clima atipicamente quente e úmido próximo da colheita.

E os agrotóxicos? Culturas vulneráveis obrigam os produtores a utilizarem mais defensivos agrícolas. Devemos lembrar que os agroquímicos não são aplicados pelos agricultores com a intenção de tornar os alimentos mais contaminados! Certamente se fosse possível, o uso dos mesmos aconteceria níveis muito baixos ou nulos, pois quanto maior o uso, maior o custo. Contudo, sob a ameaça de perder todo o trabalho de meses às vésperas da colheita por causa das pragas, uma aplicação “emergencial” pode acontecer. Se esta aplicação ocorrer quando a planta estiver em seu ponto de maturação, a colheita irá acontecer antes de terminar o período de carência e resíduos poderão chegar à mesa. A outra opção seria destruir todo o alimento já colhido.

As previsões sobre o futuro do clima há muito apontam que variações climáticas serão rotina. Teremos que aprender a lidar com enchentes, secas, tornados, picos de calor e baixas temperaturas, minimizando perdas e riscos para toda a cadeia produtiva de alimentos.

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30/11 é o prazo final para submissão de trabalhos para o Congresso de Higienistas de Alimentos

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Um dos mais tradicionais congressos de segurança de alimentos de nosso país será realizado de 28/04 a 01/05/2015, em Búzios, no RJ. Você tem até 30/11 para submeter seu trabalho científico.

Além do VII Congresso Latinoamericano de Higienistas de Alimentos, XIII Congresso Nacional de Higienistas de Alimentos, acontecerá o III Encontro Nacional de Vigilância em Zoonoses e I Encontro Brasileiro do Sistema de Inspeção do Sistema de Produtos de Origem Animal.

Saiba mais em www.higienista.com.br

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Curitiba será sede do LACC3 em abril de 2015

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O terceiro Latin America Cereal Conference acontecerá em Curitiba de 29 de março a primeiro de abril de 2015 e tem como tema base “O futuro dos grão e cereais”.

Promovido pelo International Association for Cereal Science and Technology (ICC) e realizado pela Granotec/Granolab do Brasil, trará temas diversos, associando simpósios científicos e técnico-comerciais. Também serão publicados trabalhos científicos.

Da programação, destacamos os temas abaixo relacionados à segurança dos alimentos:

-Análises de matérias macro e microscópicas em cereais e alimentos

-São as metodologias atuais suficientemente robustas e precisas para garantir as exigências das regulações sanitárias sobre produtos livres de glúten?

-Produção de acrilamida e sua análise em alimentos derivados de cereais

-Análises de componentes alergênicos em alimentos livres de glúten

-Avanços e desafios das micotoxinas na América Latina

-Fusariose na farinha, cevada e no milho e suas micotoxinas associadas: um estudo Brasileiro

-Estratégias de redução de micotoxinas na pré-colheita e pós-colheita no Estado do Paraná

-Biomonitoramento como ferramenta para investigar a exposição de micotoxinas no ser humano

-Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) na produção de fórmulas de micronutrientes para fortificar farinhas

Maiores informações e inscrições em www.lacc3brazil.com

 

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Ozônio para desinfecção da indústria de alimentos

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Estamos muito acostumados a utilizar sanitizantes químicos na indústria de alimentos. Mas e um gás? Sim, é possível e já há empresas com histórias para contar esta experiência.

Conversei com John Holah, que por muitos anos foi o líder do departamento de Higiene dos Alimentos do Campden BRI e que atualmente desenvolve e valida métodos  de higienização para um laboratório. Ele ponderou os prós e contras desta tecnologia:

O ozônio já é um conhecido agente no tratamento de água, dado que na França já era utilizado para tratamento de água pública desde 1906, mas pouco explorado quando o assunto é higienização de superfícies na indústria de alimentos.

Ele apresenta vantagens interessantes: é uma tecnologia “limpa” e que não deixa resíduos no meio ambiente. Geometria de equipamentos e instalações não são nenhum desafio: sua penetração é muito mais alta que a de qualquer solução aquosa. É muito simples de se utilizar e minimiza a utilização de mão de obra: liga-se o sistema movido a energia elétrica e depois de 4-5 horas entre 10-20 ppm, o ambiente estará livre de células viáveis com mais eficácia que o cloro, sem necessidade de enxágue. Como qualquer desinfetante, é imprescindível que a superfície esteja isenta de sujidades antes da aplicação para atingir a redução microbiana adequada.

Como tudo na vida tem desvantagens, não é possível aplicar o gás num ambiente onde estejam alimentos (os gordurosos se oxidam fortemente) e nem pessoas. O limite ocupacional para o ozônio é de 0,1 ppm e à 50 ppm é instantaneamente letal. Assim, não seria viável para empresas que operam 24/dias ou em ambientes que existam alimentos armazenados, havendo também um risco ocupacional a ser gerenciado.

Em uma das palestras do Congresso Mundial de Projeto Sanitário da EHEDG que aconteceu semana passada, a Heinz compartilhou que utiliza com sucesso esta tecnologia em uma planta de baby Food na Itália.

Será que vai demorar para alguma empresas brasileiras estrear este método?

Para saber mais, consulte também a Food Safety Magazine.

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Por que a Salmonella se torna uma superbactéria quando a Aw é baixa?

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Há coisa de poucos anos, o paradigma era que produtos secos eram completamente seguros por não permitirem a sobrevivência de patógenos. Eis que de 2004  a 2011, 55 recalls relacionados a produtos de baixa atividade de água foram realizados nos EUA, sendo 24 de nozes e derivados, 9 temperos/especiarias e 8 em misturas secas devido à presença de Salmonella. Naquele país, surtos envolvendo manteiga de amendoim, pimenta, nozes, cereais e principalmente chocolate, despontaram. Aqui no Brasil tivemos dois surtos com 29 casos.

Para piorar, o patógeno tem mostrado muita estabilidade, permanecendo viável nos alimentos secos por um  período de tempo surpreendente, como pode ser visto neste quadro:

Se não fosse este um problema já grande, a outra má notícia é que pesquisas confirmam que a Salmonella desenvolve resistência térmica em ambientes hostis, conforme estes exemplos de tratamentos típicos para processamento de chocolate: torração e conchagem.

Então a professora da Faculdade de engenharia de alimentos da Unicamp, Maristela Nascimento, nos esclarece: Por que a Salmonella se torna uma superbactéria em alimentos de baixa atividade de água?

“Ainda não se tem esclarecimento se este mecanismo é novo ou simplesmente não havia sido descoberto, mas já se reconhece que num ambiente inóspito, é desencadeado um mecanismo de defesa que leva à resistência à dessecação e à altas temperaturas, o que praticamente não acontece na fase exponencial de crescimento, de melhor desenvolvimento da bactéria, porém de maior vulnerabilidade”.

Nestes ambientes inadequados à multiplicação, a Salmonella produz proteínas de estresse, fenômeno muito estudado na área clinica. Esse mecanismo de proteção expressa novas proteínas. Elas alteram a fisiologia e morfologia do microrganismo. Em relação à morfologia: modificam a composição de membrana e uma bactéria não esporogênica se torna resistente, menos vulnerável, semelhante a um biofilme. Em relação à fisiologia, acontece síntese de substancias  como a trealose, carboidrato que retem a água, formando no emaranhado de bactérias um gel que protege as células do choque osmótico. Assim como a Teoria dos Obstáculos fala da redução ou eliminação dos patógenos por aplicação de condições desfavoráveis, pela Teoria dos múltiplos estresses  interpreta que as múltiplas condições estressantes ativam a expressão gênica proporcionando  resistências simultâneas por exemplo ao calor, Aw, acidez, concentração de solutos.

 

Fonte: palestra “Salmonella em baixa atividade de água” ministrada no “Workshop Panificação e Biscoitos” promovido pela Eurofins no dia 31 de setembro de 2014, Indaiatuba, SP.

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