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A luta contra a resistência microbiana aos antibióticos

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Não têm surgido boas notícias sobre a resistência microbiana aos antibióticos recentemente.  A crescente resistência das Salmonellas, inclusive, já foi abordada aqui.  Semanas atrás, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que este problema é “tão grave que ameaça as conquistas da medicina moderna”. A resistência microbiana aos antibióticos é um desafio também para a segurança de alimentos, pois os patógenos disseminados por alimentos passam pelo mesmo processo. Entende-se por resistência aos antibióticos o fato de um microrganismo (bactéria, fungo, vírus ou parasita) já não responder a uma droga para a qual era originalmente sensível. Isto significa que os tratamentos convencionais não funcionam mais; que as infecções são mais difíceis ou impossíveis de controlar; que o risco de disseminação da infecção para outros é aumentado e que a doença e a internação hospitalar são prolongadas, com aumento dos custos econômicos e sociais. Concluindo: o risco de morte é maior.

Uma parceria entre os EUA e a União Européia (UE) foi firmada em 2009, chamada “Transatlantic Taskforce on Antimicrobial Resistance”. Este grupo de trabalho transatlântico tem três áreas de concentração de atividades: promover o uso adequado de antibióticos, aturar na prevenção de infecções resistentes a drogas em humanos e criar estratégias para a criação de novas drogas. Dias atrás, após 5 anos, foi divulgado seu primeiro relatório. Segundo o documento, cerca de 25.000 pessoas morrem anualmente na Europa em razão de infecções resistentes a drogas. Nos EUA, o número de mortes anuais é de cerca de 23.000. Milhares de pessoas sobrevivem à batalha depois de longos e dispendiosos períodos de hospitalização. E não há novos antibióticos em desenvolvimento.
O relatório faz um grande número de recomendações às autoridades, destacando-se, entre outras, a preocupação pelo uso indiscriminado de antibióticos na criação de animais. A conclusão é de que ainda há um longo caminho a percorrer, em particular nas áreas da prevenção de infecção e no desenvolvimento de novos medicamentos. Uma era pós-antibiótico, em que infecções comuns e lesões menores poderão matar é uma possibilidade muito real para o século 21. Você pode ler o relatório completo do grupo de trabalho clicando aqui.

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FALCPA – Food Allergen Labeling na Consumer Protection

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Não é de hoje que nós da área de alimentos lutamos para que as indústrias alimentícias brasileiras definitivamente adotem a prática de apresentar as informações sobre alérgenos.

Em posts anteriores vimos que os argentinos já até guia para a gestão de alérgenos possuem.

Há sete anos os americanos estabelecerem a (FALCPA – Food Allergen Labeling na Consumer Protection) que é uma lei onde determina que todos os rótulos de alimentos nos Estados Unidos devem estar listados os ingredientes que podem causar reações alérgicas. Está em vigor desde 2006. Vários ingredientes podem desencadear alergias alimentares, mas esta legislação especifica apenas os oito principais alérgenos alimentares.  Entre os alimentos mais envolvidos estão: leite, ovos, amendoim, soja, peixe, crustáceos, mariscos, trigo e nozes. Essa legislação descreve o formato que deve ser usado para declarar a presença do alérgenos (por exemplo, declarando leite quando a caseína é usada como ingrediente). É também exigido por essa legislação que os componentes de aromas, corantes e aditivos sejam declarados.

Graças a essa legislação o país já possui dados bastante significativos sobre recalls que aconteceram em virtude da mesma.

Veja o texto na íntegra clicando aqui.

 

 

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Como planejar o leiaute de uma fábrica de alimentos?

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Muito se fala sobre evitar a contaminação cruzada numa indústria de alimentos, mas o que o leiaute da fábrica pode ajudar neste assunto?

O leiaute nada mais é do que o estudo das instalações físicas e o planejamento de como a operação deverá rodar nestas instalações, de maneira eficaz e de acordo com os parâmetros legais.

Bom, inicialmente o estudo deve começar pela planta da fábrica. Com o papel em mãos, o exercício é desenhar os seguintes fluxos:

  • Entrada de pessoal;
  • Entrada de matérias primas e ingredientes;
  • Entrada de embalagens primárias e secundárias;
  • Entradas de produtos químicos;
  • Saída dos produtos acabados;
  • Saída de lixo;
  • Saída de pessoal.

O mais adequado é que estes fluxos nunca se cruzem. Caso isso seja impossível de ser evitado, este cruzamento deve ser então controlado, como por exemplo, com horários específicos.

Ainda analisando a planta da fábrica é necessário definir espaços físicos específicos e identificados para:

  • Armazenamento de matérias primas e ingredientes, em temperatura ambiente ou controlada;
  • Armazenamento de embalagens primárias e secundárias;
  • Armazenamento de produtos químicos;
  • Descarte das embalagens secundárias, higienização das embalagens primárias e pesagens das matérias primas;
  • Higienização dos utensílios, com local específico e identificado para o armazenamento dos utensílios sujos e limpos separadamente.
  • Armazenamento de lixo;
  • Realização da embalagem secundária;
  • Armazenamento dos produtos acabados, em temperatura ambiente ou controlada.

O ideal é que estes espaços sejam delimitados fisicamente, o que pode ser feito com o auxílio de painéis específicos para áreas limpas.

Com todos os espaços definidos e delimitados, o momento é de planejar o fluxo dentro da produção, sempre levando em consideração os fluxogramas das operações para a instalação adequada dos equipamentos. O fluxo mais utilizado é em forma de U, onde as matérias primas entram por uma das extremidades, são processadas e os produtos acabados saem pela extremidade oposta.

Este estudo do leiaute, além de prevenir a contaminação cruzada auxilia em fatores de planejamento elétrico, hidráulico, etc, proporcionando uma instalação com desenho sanitário.

Colaboração de: Tatianna Oliveira Monteiro.

Engenheira de Alimentos, formada pela Escola de Engenharia Mauá, pós-graduada em Engenharia de Produção pela Universidade São Judas Tadeu, MBA em Administração para Engenheiros pelo Centro de Educação Continuada Mauá tem formação como auditora líder ISO 22000, Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos.

Atua desde 1997 na área de Qualidade e Processos de empresas de alimentos dos mais diversos segmentos: catering, redes de fast food, vending machines e indústrias. Em 2012 fundou a Food Quality – Soluções em Qualidade e Processos onde atua como consultora, com foco em pequenas e médias empresas de alimentos. É Coordenadora Técnica do grupo de legislação da ABEA – Associação Brasileira dos Engenheiros de Alimentos.

tatianna.monteiro@foodquality.com.br

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Publicação ISO: Livros sobre segurança dos alimentos

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Muitas empresas possuem dificuldades para implementar um sistema de gestão de segurança de alimentos. A contratação de um profissional especializado para auxiliar nesta tarefa nem sempre é uma opção. Foi pensando nisso que este blog surgiu. Seu objetivo é disseminar bom conteúdo sobre segurança de alimentos de forma gratuita aos leitores.

 Uma dica que agora compartilhamos é a publicação pela ISO do livro intitulado “Como usar ISO 22000 : Sistemas de gestão da segurança dos alimentos” (How to use ISO 22000: Food safety management systems). Trata-se de um complemento ao livro publicado em 2007 “ISO 22000 – Sistemas de gestão da segurança dos alimentos : uma lista de verificação fácil de ser usada para pequenas empresas – estão prontos?” (ISO 22000: Food safety management systems: An easy-to-use checklist for small businesses: Are you ready?).

 O livro de 2007 fornece orientações sobre como implementar a norma ISO 22000 e foi inicialmente concebido para ajudar as empresas de pequeno e médio porte mas, a publicação também é útil para grandes organizações que estão implementando a ISO 22000.

O novo livro tem cinco capítulos que abrangem os seguintes temas importantes na implementação de um SGSA :
• Comprometimento da direção e organização interna
• A implementação dos programas de pré-requisitos.
• Análise e controle de perigos ( PPRO e PCC)
• Verificação do sistema de gestão
• Informações básicas sobre o processo de certificação de um SGSA de acordo com a ISO 22002:2005

Cada capítulo do livro é dividido em três partes principais: os objetivos, temas abrangidos pelo capítulo e descrição de cada tarefa necessária  contendo:
• As referências a cláusulas ISO 22002:2005
• As principais ações a serem implementadas
• Exemplos de documentos que poderiam ser usados para demonstrar a conformidade com os requisitos da norma
• Perguntas que devem ser respondidas para garantir a conclusão da tarefa

 Uma ótima dica, não? Ambos os livros estão com preços em torno de US $ 40 e cópias impressas ou em PDF podem ser adquiridas pelos sites: www.ansi.org / www.iso.org. Boa leitura!

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Humor – mais sobre o esquema do leite compen$ado

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O esquema do Leite Compen$sado continua levando à detenção de responsáveis, incluindo empresários.

Enquanto isso, cartunistas de plantão não perdem tempo de fazer piada com assunto sério. Confira.

 

 

2 min leituraO esquema do Leite Compen$sado continua levando à detenção de responsáveis, incluindo empresários. Enquanto isso, cartunistas de plantão não perdem tempo de fazer piada com assunto sério. Confira.    

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Certificação APPCC x FSSC22000, quais são as diferenças?

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Em nossa rotina como consultores de segurança dos alimentos, recebemos muitos questionamentos de clientes, parceiros e leitores do blog sobre as diferenças dos principais sistemas de gestão de qualidade e segurança de alimentos.

 BRC, IFS, SQF, APPCC, ISO22000, FSSC22000, entre outros, formam uma sopinha de letrinhas que causa muita confusão, mesmo entre os profissionais da área já acostumados com a linguagem típica dos programas, ferramentas e sistemas da qualidade.

 Recentemente percebemos um aumento do número de questionamento sobre as diferenças entre a certificação APPCC e certificação FSSC22000, provavelmente devido à mudança na exigência de clientes internacionais, que antes aceitavam o APPCC e atualmente tem exigido cada vez mais uma certificação mais robusta, geralmente em esquema reconhecido pelo GFSI. 

 Para atender a esta demanda, elaborei a seguinte tabela comparativa:

Para entender mais sobre gestão, acesse os posts:
Requisitos da ISO TS 22002-1

Qual a diferença entre ISO 22000 e FSSC 22000?

E toda a seção FSSC 22000 do blog,

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Troque o pano de prato a cada duas horas

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Já falamos aqui sobre os perigos em relação aos panos de prato, que podem ser veículos de contaminação na cozinha.

O que não tínhamos apresentado é um trabalho científico feito no Brasil reconhecido por uma revista internacional sugerindo um tempo máximo para a troca dos mesmos.

Os pesquisadores “sujaram” diversos panos de prato com um simulante de alimento (albumina) e os inocularam com S. aureus, Salmonella enteritidis, E. coli e Shigella Sonei. Depois incubaram a 30oC e analisaram a contagem e presença de ATP com o decorrer do tempo, verificando depois de 2 horas foi percebido aumento da carga microbiana, sendo que este tempo foi sugerido como máximo para troca e lavagem dos panos.Também concluíram que as bactérias são transferíveis do tecido para uma superfície de aço inox.

Baixe o trabalho aqui.

 Agradecemos ao professor Eduardo Tondo da UFGRS por compartilhar o material com o blog Food Safety Brazil

Evaluation of bacterial multiplication in cleaning cloths containing different quantities of organic matter

Sabrina Bartz, Ana Carolina Ritter, Eduardo Cesar Tondo

Journal of Infection in Developing Countries, 2010; 4(9):566-571.

 

 

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O Tratado Transatlântico – um panorama sobre mais um tratado comercial

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É um tratado comercial que teve início à partir de negociação de comércio entre Canadá e Europa, o que abriu a oportunidade para os Estados Unidos e seus parceiros.

 A expectativa é de que entre em vigor em 2015.

 As opiniões sobre o Tratado são bastante divergentes, sendo que os oponentes consideram que seja um Tratado em favor das multinacionais que colocariam os governos sob o jugo do livre comércio, em que apenas o comércio e seus interesses ditariam as leis.

 Tem-se em uma definição de “FOOD SAFETY “ que esta “visa garantir a proteção da saúde do cidadão e a confiança na promoção comercial”.

 Para os casos de divergências comerciais levadas à OMC ( Organização Mundial de Comércio) e interpretações de barreiras – tanto comerciais quanto fitossanitárias, o CODEX Alimentarius tem servido como parâmetro de julgamento e seus standards vinham sendo estabelecidos de forma unânime e exclusivamente técnicas.

 Europa e Estados Unidos são notórios antagonistas na OMC, o que em si já é um indicativo do grau de complexidade da questão regulatória, mas sob este tratado convergirá muito poder econômico, então prever alinhamentos é duvidoso.

 Como grupo, o Mercosul não pode se alinhar ao tratado “Transatlântico “ porque a Argentina se opõe. Como país individualmente, não se tem conhecimento de tal movimentação.

 Enquanto isso, nos vizinhos do Brasil, alguns países estão se alinhando com a Aliança do Pacífico (Chile, Colombia, México e Perú) que têm maior afinidade com os Estados Unidos.

 O Mercosul convidou a Bolívia a fazer parte do grupo, país que no atual jogo geopolítico é de enorme importância.

 Para uma pequena visão da complexidade do tema:

A EFSA fez um, estudo sobre as terminologias empregadas em risk assessment. Muito interessante verificar que foram levantados 3792 DESCRITORES.

Ref.: Count of qualitative and quantitative descriptors of benefit, or efficacy, or risk and/or uncertainty identified in the EFSA documents reviewed.

  Para baixar o arquivo completo, acesse aqui:

[wpdm_file id=96]

Lucia Cruz,  especialista em legislação internacional.

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Webinar gratuito: custos e benefícios de se aderir às normas de certificação

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Não é todo dia que profissionais se propões a apresentar custos e benefícios de se atender a normas de segurança de alimentos.  A chamada do Webinar é:

Você conhece os custos ocultos de seus programas  de segurança alimentar e rastreabilidade? Você entende como conectar rentabilidade, cadeia de suprimentos,  indicadores de produção e  performance em conformidade?

Assista um webcast emocionante, patrocinado pela Junction Soluctions para aprender como o cumprimento das normas é muito mais do que evitar o custo: ele pode realmente conduzir a excelência operacional e aumentar a lucratividade. Saiba mais sobre os custos ocultos e os benefícios da rastreabilidade, como conectar a aderência e melhoria de desempenho, bem como a importância da execução de uma estratégia de segurança de alimentos. Veja em primeira mão quais tecnologias são fundamentais para o sucesso e que pode estar no horizonte dos fabricantes em relação à normas e regulamentos.

Inscrições: Site www.globalfoodsafetyresources.com 

Webinar Date: May 14, 2014

Time: 2:00-3:00pm EDT

“The Hidden Costs and Benefits to Standards Compliance”

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Site Food Production Daily

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 O site Food Production Daily é um jornal que compila notícias gerais sobre o mercado de alimentos, incluindo legislação, segurança de alimentos, tecnologia, inovações,  sustentabilidade e crises  como  como processos judiciais, acidentes e recalls. É possível filtrar os assuntos de interesse e por região (mundo, Europa, EUA) e por tema, assinando Newsletters específicas. Vale uma visita. Temas mais badalados servem de inspiração para o blog Food Safety Brazil.

http://www.foodproductiondaily.com/

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