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Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016

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Para atualização das informações, consulte  Surtos Alimentares no Brasil – Dados atualizados em maio de 2017

As doenças transmitidas por alimentos, mais comumente conhecidas como DTA, são causadas pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA, e a maioria são infecções causadas por bactérias, vírus e parasitas.

Vale a pena relembrar que surto alimentar por doença transmissível por alimento (DTA) é definido como um incidente em que duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a ingestão de um mesmo alimento ou água, e as análises epidemiológicas apontam a mesma origem da enfermidade.

Esta síndrome geralmente é constituída de anorexia, náuseas, vômitos ou diarreia, acompanhada ou não de febre, relacionada à ingestão de alimentos ou água contaminados, os sintomas digestivos não são as únicas manifestações, podendo ocorrer afecções extra-intestinais em diferentes órgãos, como rins, fígado, sistema nervoso central, dentre outros.

A ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) vem aumentando de modo significativo em nível mundial. Vários são os fatores que contribuem para a emergência dessas doenças, entre os quais, destacam-se: o crescente aumento das populações; a existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; o processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de alimentos em grande escala. Contribui, ainda, o deficiente controle dos órgãos públicos e privados no tocante à qualidade dos alimentos ofertados às populações. Acrescentam-se outros determinantes para o aumento na incidência das DTA, tais como a maior exposição das populações a alimentos destinados ao pronto consumo coletivo – fast-foods, o consumo de alimentos em vias públicas, a utilização de novas modalidades de produção, o aumento no uso de aditivos e a mudanças de hábitos alimentares, sem deixar de considerar as mudanças ambientais, a globalização e as facilidades atuais de deslocamento da população, inclusive no nível internacional.

A multiplicidade de agentes causais e as suas associações a alguns dos fatores citados resultam em um número significativo de possibilidades para a ocorrência das DTA, infecções ou intoxicações que podem se apresentar de forma crônica ou aguda, com características de surto ou de casos isolados, com distribuição localizada ou disseminada e com formas clínicas diversas.

Vários países da América Latina estão implantando sistemas nacionais de vigilância epidemiológica das DTA, em face dos limitados estudos que se tem dos agentes etiológicos, da forma como esses contaminam os alimentos e as quantidades necessárias a serem ingeridas na alimentação para que possa se tornar um risco.

Seguem abaixo as informações de acordo com dados atualizados da Vigilância Epidemiológica das DTA no Brasil até junho de 2016.

No ano de 2014, foram registrados 886 surtos de DTA e 15.700 pessoas doentes contra 861 surtos e 17.455 pessoas doentes no ano de 2013. O ano de 2015 fechou com redução de 35% e 41% do surtos e doentes, respectivamente, comparando com o ano de 2014.

Nos dados até junho de 2016 foram identificados apenas 138 surtos epidemiológicos, o que representa apenas 20% do que foi identificado em 2015.

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O post Surtos Alimentares no Brasil – Dados Atualizados em Janeiro de 2016 relata a série histórica dos surtos de DTA no Brasil, incluindo o número de pessoas expostas pelas DTA e o número de óbitos, o qual a taxa de letalidade nos anos de 2013 a 2015 chegou a uma média de 0,06% comparado ao histórico acumulado de 15 anos, de 0,07% de taxa de letalidade.

Conforme os dados, de 2007 a junho de 2016, das mais de 469 mil pessoas expostas, a faixa etária com maior número de exposição é de 20 a 49 anos, sendo que o sexo masculino representa valor aproximadamente 26% maior do que o feminino.

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A região Sudeste lidera o histórico com mais notificações nos casos de DTA (43,8%) em 2016, e na sequência foi a região sul com 24,8%.

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Os sinais e sintomas mais evidentes de 2007 a 2016 são diarreia (29,6%), dor abdominal (19,6%), vômito (16,4%) e na sequência náuseas (15,7%).

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Os dados são coerentes, sendo que em 90,5% dos casos as bactérias Salmonella, E. coli  e  S. aureus mostram-se como os principais agentes etiológicos mais associados aos surtos, respectivamente.

Lembramos que os principais sintomas destas bactérias são:

  • Salmonella : diarreias, dores abdominais, febre e vômitos;
  • E. coli: principais e mais frequentes sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de diarreias, febre e náuseas;
  • S. aureus: os principais sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreia.

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Um dado que chama a atenção: de 2007 a 2016, em 70,3% dos registros não foi possível identificar o agente etiológico responsável pelo surto de DTA.

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As residências continuam como o local principal de ocorrência dos surtos, com 38,9% de 2007 a 2016, seguido dos Restaurantes/Padarias (similares) com 16,2%, um número bastante preocupante.

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Os alimentos mistos continuam a frente como os alimentos mais envolvidos nos surtos com 9%, na sequência água (6%), ovo e produtos à base de ovos (3%). Os casos não identificados sobressaem com 66,8% dos registros. A dificuldade de se identificar o agente causador é um fato que se repete historicamente.

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Dados importantes são os fatores que causam os surtos de doenças transmitidas por alimentos no Brasil. Os dados abaixo evidenciam que as maiores causas são: manipulação e preparação inadequado com aproximadamente 40% e conservação inadequada com aproximadamente 35%.

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Fonte:

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Acesso a mercados internacionais de carnes sob a ótica sanitária | Uma abordagem prática!

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No evento IFS FOCUS DAY realizado dia 15/09/16, a palestrante Juliana Matos, abordou as situações obrigatórias para exportação de carnes, mencionando que a situação zoosanitária hoje do Brasil é privilegiada, por exemplo, em SC exportam carne suína com osso para China, Cingapura, Argentina, para Malásia, mas levaram 9 anos para tal; acordos bilaterais entre os governos e com modelos de certificados sanitários internacionais com requisitos mínimos (modelo CSI); exigência de possuir SIF com supervisão de veterinários; habilitação para cada país para cada proteína com processos específicos; programas de Qualidade estabelecidos pelo MAPA (PPHO, GMP, HACCP, PNCRV); atendimento aos requisitos religiosos (Halal para islâmicos, por exemplo); requisitos microbiológicos e físico-químicos, e requisitos de clientes que são específicos, como KFC e MCDonald’s.

Mencionou que as empresas devem (MUST-HAVE) para tais habilitações:

  • Atender a lista geral (nomenclatura extinta, mas habilitação é a mesma) – mais fácil para exportar;
  • Qualidade no diálogo entre governos;
  • Processos físicos de habilitação (dossiê submetido via MAPA para o governo do país importador – missão sanitária para China, por exemplo);
  • Tramitação diplomática (Embaixadas e Associações);
  • Isentos de suspensões e banimentos;
  • Fair play: tarifas de commodities e subsídios domésticos;
  • Barreiras comerciais disfarçadas de barreiras técnicas (ex.: bactéria que não consta na legislação, por exemplo).
  • Ainda citou mais um PLUS para habilitações:
    • Clientes com requisitos específicos, tais como, foco em desmatamento, biodiversidade, emissões de carbono e código de ética;
    • Exigência da certificação IFS (escolas e hospitais da Alemanha por ex., mesmo tendo a habilitação, e no Reino Unido exigem o BRC). Anexar os certificados e declaração de HACCP dentro do escopo. Hoje são 13 plantas BRF no Brasil certificadas conjuntamente com BRC e IFS.

Desse modo, pôde compartilhar com os participantes presentes no evento, de modo bem prático, como acessar mercados internacionais de carnes sob a ótica sanitária.

Gostou das dicas?

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HARPC | Prevenção ao invés de correção!

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No evento IFS FOCUS DAY, realizado em 15/09/16, a palestrante Ellen Lopes, consultora de segurança de alimentos, falou sobre o FSMA e sobre o HARPC. Para nivelar o assunto, vamos lembrar que o FSMA é sigla da Lei de Modernização da Segurança de Alimentos, assinada pelo Presidente Obama, em 2011 e prevista para vigorar a partir de 2016. Esta nova lei introduz o HARPC, ou a Análise de Perigos e Controles Preventivos Baseados no Risco. Os requisitos do HARPC vão além do HACCP tradicional e foi justamente este o assunto da palestra. Ellen chamou o HARPC de “Segurança de Alimentos para o FSMA”.

Primeiramente, Ellen expressou sua opinião sobre o conceito de Programas de Pré-Requisitos Operacionais (PPRO), presente na FSSC 22.000. Ela acredita que o PPRO deve sair da norma ou ser melhor definido, para não ter variações no mercado, pois somente a FSSC 22.000 contém este termo, estando na contramão da globalização. A norma IFS, por exemplo, assim como o Codex Alimentarius, não adota Programas de Pré-Requisitos Operacionais.

Na sequência da palestra, foi contextualizado o cenário para o surgimento do FSMA. Segundo estatísticas, nos EUA, um em cada 6 americanos fica doente por toxinfecções alimentares causadas por vírus ou bactérias, sendo que os surtos são investigados até as origens.  Eis alguns exemplos clássicos de casos graves: 4 crianças morreram no caso do Jack in the Box, em 1993. Na Bélgica, em 1999, um caso envolvendo contaminação de alimentos por dioxina chegou a derrubar um Ministro. Em 2008, nos EUA, houve 9 mortes relacionadas a um surto de Salmonella em amendoins, com mais de 400 produtos envolvidos. Enfim, o enfoque atual de segurança de alimentos, com base só em HACCP, não está bom, falta aprofundamento na prevenção! Por isso, o FDA concluiu que só inspeções nas plantas não garantem a segurança do alimento. Como o HACCP não garante que todos os lotes de produtos sejam homogêneos, é preciso focar na prevenção. A palestrante reforçou a necessidade da prevenção com foco na cadeia de produção considerada do “campo até o garfo” e ilustrou com exemplos:

Suco de laranja pode ter Salmonela? Se a casca da fruta é porosa, se no plantio tem animais de sangue quente próximos e o pós colheita não funciona, é esperado sim ter essa bactéria mesmo com pH baixo:  entre 2008–2012 ocorreram surtos nos EUA em 15 itens com 10% das contaminações por hortifrútis. Houve um caso de tiramissu com queijo mascarpone e hortelã, onde a contaminação veio do vegetal e não do esperado ingrediente lácteo.

Ellen ressaltou que a FSMA tem foco em controle preventivo em toda a cadeia e contém requerimentos específicos para os Fornecedores de Alimentos e Importadores Estrangeiros.

Este controle preventivo é mais do que controlar PCCs, envolve Gestão de fornecedores, Higienização das linhas, Recall, enfim toda a sistemática de apoio à produção com a profundidade necessária. Reforçando: o FSMA tem como princípio-chave contemplar todos os perigos e riscos da matéria-prima (controles de PPR’s de limpeza e desinfecção) com foco também em controle de alergênicos (mas não tem látex como alergênico, como no Brasil). Também destaca o cuidado com o escoamento dos rótulos de lotes antigos, sempre evidenciando os controles preventivos: segregar, fazer a limpeza intermediária, produção sequencial (rotas de sequenciamento com planejamento para não perder produtividade, sem parar muito a linha para higienizações). Há necessidade de uma equipe multidisciplinar para análise de riscos e surge a figura do PCQI, ou Indivíduos Qualificados em Controles Preventivos.  Para o FSMA, na análise de perigos entram os radiológicos e os alergênicos, além dos intencionais, sem modelos prescritos. Mesmo nos cursos, são mostrados exemplos e não modelos. O Plano de segurança de alimentos inclui PCCs, mas há maior flexibilidade para gestão dos controles e também inclui educação dos trabalhadores, do apoio comportamental à parte técnica, enfim a cultura de segurança de alimentos. Para obter esta cultura, não basta somente consciência, é preciso ter profundidade e treinamento.

Ellen finaliza destacando a importância de se fazer uma validação realista das medidas de controle adotadas. O ideal é fazer a validação antes, mas nem sempre isto é possível. Faz-se então a validação retrospectiva, após 3 meses, para ter dados significativos e dar robustez ao processo.

É importante também fazer a Calibração de todos os instrumentos críticos e uma Revisão do Plano a cada 3 anos, no mínimo.

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A diferença entre Atividade de Água (Aw) e o Teor de Umidade nos alimentos

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Quando falamos em segurança e qualidade de alimentos, existem duas medidas críticas que todos os fabricantes devem conhecer:

  • Teor de Umidade;
  • Atividade de Água.

Ambas as medições podem parecer a mesma coisa, mas não são! Elas são medidas para dois propósitos diferentes, e cada uma mostra conceitos próprios sobre rendimento, qualidade e segurança dos alimentos.

Meu objetivo aqui não é dar uma aula ou fazer uma revisão bibliográfica sobre o assunto, mas elucidar do ponto de vista prático. Este post irá abordar as diferenças e a importância de cada medição:

TEOR DE UMIDADE

Após um processo padronizado de secagem do alimento, podemos definir:

Umidade (%) = [(Pi – Pf) / Pi] × 100

Onde:

  • Pi = Peso inicial da amostra;
  • Pf = Peso final da amostra.

O teor de umidade é a medida da quantidade total de água contida num alimento (água total), e é geralmente expresso como uma porcentagem (%) do peso total. É uma das medidas analíticas mais importantes, sendo utilizada no processamento e testes de produtos alimentícios, tendo importância direta para:

  1. Processador e consumidor;
  2. Qualidade do alimento;
  3. Estabilidade do alimento;
  4. Uniformidades de resultados;
  5. Valor nutritivo e
  6. Especificações de padrões de identidade e qualidade do produto.

Como o custo da matéria prima é baseado no peso, algumas vezes os fabricantes tentam usar água adicional para obter lucros ilícitos. Em alimentos líquidos, quanto maior for o teor de umidade padrão do alimento, maior a chance de o produto ser fraudado, isto é, temos fraude com adição de água no leite, mas não na farinha de trigo por exemplo.

ATIVIDADE DE ÁGUA (Aw)

Enquanto o teor de umidade simplesmente define a quantidade de água nos alimentos e ingredientes, a atividade de água, em termos práticos, é uma medida que permite avaliar a disponibilidade de água no alimento que estaria susceptível a diversas reações (químicas, enzimáticas) ou para uso dos microrganismos presentes. Quanto mais elevada for a atividade da água, mais rapidamente os microrganismos (como bactérias, leveduras e bolores) poderão se multiplicar. A importância da Aw está na sua relação com a conservação dos alimentos.

Primeiramente, preciso citar as três formas de apresentação da água nos alimentos propostas por Labuza (1970):

  • Água livre (disponível ou não ligada);
  • Água adsorvida (hidratada);
  • Água ligada.

Água livre – está presente nos espaços intergranulares e entre os poros do material. É eliminada com facilidade. Atua como meio de dispersão e nutriente para o crescimento de microrganismos ou reações químico-enzimáticas.

Água adsorvida – uma parte da água que está adsorvida como uma camada muito fina nas superfícies internas e externas dos coloides macromoleculares (amidos, pectinas, celuloses e proteínas) por meio de Força de Van der Waals e formação de ligação hidrogênio.

Água ligada – está combinada quimicamente com outras substâncias. Este tipo de água não é utilizada como solvente, não permite o desenvolvimento de microrganismos e é difícil de ser eliminada.

Figura: Desenho esquemático dos tipos de água nos alimentos

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Fonte: Google imagens

Para melhorar a estabilidade dos alimentos, a água livre pode ser reduzida através do congelamento, concentração, desidratação parcial ou adição de açúcar ou sal.

O crescimento e a atividade metabólica dos microrganismos precisam de água em forma disponível. A medida mais comumente empregada para expressar a estabilidade de um produto é a determinação do nível de água em sua forma livre, que em alimentos, denomina-se Índice de Atividade de Água, Aw, que é determinada pela fórmula: Aw = P/P0. Define-se a Aw, portanto, como a relação existente entre a pressão de vapor de água de uma solução (ou de um alimento) (P) e a pressão de vapor da água pura (P0) à mesma temperatura.

Nossa mente está condicionada a achar que um produto com elevada atividade de água terá elevado teor de umidade ou o contrário (baixo/baixo). Isto muitas vezes ocorre, todavia é possível, por exemplo, um produto apresentar baixo teor de umidade e alto ou médio valor de atividade de água, como é o caso do pão.

Observe a tabela abaixo:

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Observação: Aw varia numericamente de 0 a 1

O teor de umidade (água total) do pão é baixo (40%), enquanto sua Aw (água livre) é alta (0,96). Quando comparamos as atividades de água do pão com a da geleia, 0,96 e 0,86, respectivamente, nota-se que a disponibilidade de água para crescimento microbiano no pão é maior.

Outra comparação interessante é entre a carne fresca e o pão. Embora o teor de umidade da carne fresca (70) seja maior do que o teor no pão (40), ambas possuem um valor de Aw muito próximo (carne fresca = 0,985 vs pão = 0,96).

Valores de atividade de água entre 0 e 0,20 indicam que a água está fortemente ligada, enquanto valores de atividade de água na faixa de 0,70 a 1,00 indicam que a maioria da água encontra-se livre, sendo esta passível de ser utilizada em reações químicas, enzimáticas e para o desenvolvimento de microrganismos.

Medir a atividade de água nos alimentos é importante para:

  1. Prever o desenvolvimento microbiano;
  2. Avaliar as reações químicas e vida de prateleira;
  3. Avaliar a estabilidade física;
  4. Projetar a embalagem – proteção contra umidade ambiente;
  5. Analisar a transferência de umidade entre ingredientes;
  6. Considerar o intercâmbio de umidade com o meio ambiente;
  7. Predizer a curva de isoterma – Umidade vs Aw.

Tratando-se de Segurança de Alimentos, é pertinente apresentar os valores mínimos de Aw para o crescimento e produção de toxina de patógenos de importância alimentar, conforme tabela abaixo:

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O comportamento microbiano frente à Aw quanto à disponibilidade de água livre é extremamente variável, sendo as bactérias mais exigentes, em relação aos fungos e as leveduras. Os alimentos de baixa atividade de água (< 0,60) são microbiologicamente estáveis.

Conclusão

A atividade de água pode ser utilizada como parâmetro de controle de qualidade, mostrando valores efetivos da disponibilidade da água no alimento para participar de reações de deterioração,  enzimáticas e microbiológicas, sendo que estes fatores podem afetar diretamente a qualidade sensorial ou sanitária do alimento. Já o teor de umidade está mais associado ao rendimento e qualidade sensorial (ex: crocância de um alimento).

Referências Bibliográficas:

CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2. ed. Campinas: editora da Unicamp, p. 2003. 207.

DAMODARAN, S.; PARKIN, K.L.; FENNEMA, O.R. Química de Alimentos de Fennema. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, IV. ed. São Paulo: IMESP, p.98-99, 2005.

LABUZA, T. P.; TANNEMBAUM, S. R.; KAREL, M. Water content and stability of lowmoisture and intermediate-moisture foods. Food Technology. p .543-550, 1970.

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PAS Uva | Programa Referência Nacional em Gestão da Qualidade para o setor vinícola

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O projeto teve início em 2011, quando fui convidada a integrar o time de consultores, todos com experiência no setor. Iniciamos com o projeto piloto, essencial, porque conseguimos testar metodologias e procedimentos que fossem aplicáveis a elaboração de vinhos e suco de uva. Entendemos que a implantação do PAS Uva  teria suas particularidades e seria diferente das demais metodologias do PAS (por exemplo: PAS Mel e PAS Leite), porque precisávamos adequá-lo a realidade do setor vinícola. Mudei muitos conceitos, pude opinar nos debates entre entidades e consultores, e a melhor contribuição foi a realização do trabalho alinhado, ou seja, todos caminhando na mesma direção e com o foco principal na segurança do produto elaborado.

O PAS Uva é uma importante ferramenta para modernização e adequação do setor vinícola a legislação vigente, e é resultado dos esforços das entidades: IBRAVIN, SEBRAE, SENAI e Embrapa Uva e Vinho.

Baseado em uma plataforma que auxilia na gestão de riscos e perigos que envolvam a produção e comercialização dos derivados da uva, hoje o projeto está consolidado

Foram necessárias adequações ao projeto inicial como: alinhamento com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), reuniões da equipe de consultores e coordenadores do projeto, e o bom senso para adequar o projeto ao setor. O melhor impacto deste alinhamento foi a definição das áreas de risco.

A legislação para o setor no quesito de boas práticas é regido pela IN05/2000 e na questão de registro de produto e estabelecimento pela IN17 do MAPA, que “Aprova os requisitos e os procedimentos administrativos para o registro de estabelecimento e de produto, elaboração de produto em unidade industrial e em estabelecimento de terceiro e contratação de volante de envasilhamento de vinho“.

De acordo com esta última instrução, o cadastro do estabelecimento e do produto passa a ser eletrônico, e a migração para novo sistema com realização de novos vistorias tem gerado um movimento para que as vinícolas realizem melhorias estruturais, de processos, monitoramentos, treinamentos e implantem o programa de rastreabilidade. As vinícolas que aderiram ao PAS UVA possuem este diferencial e já estão atualizadas para atender a legislação

Entrevistei a coordenadora do projeto PAS Uva pelo IBRAVIN, Janine Basso Lisboa; ela nos conta detalhes do projeto, confira:

Como o IBRAVIN avalia os resultados do PAS Uva? Existem indicadores?

Avaliamos de forma muito positiva a implantação do PAS Uva nas vinícolas devido a avaliação e relatos dos empresários, bem como número de empresas interessadas na realização do programa. Temos uma ferramenta para mensuração de resultados onde é possível avaliar a evolução das empresas comparando a conformidade ao iniciar a implantação e ao final, na auditoria.

Nos próximos meses teremos os dados finais do grupo de empresas que realizou a implantação em 2015.e 2016. Como a validade da declaração de implantação é de 1 ano, também teremos controle da revalidação das declarações de forma a manter o padrão.

O projeto começa no campo com as BPA, Boas Práticas Agrícolas, e tem sequência nas BPE, Boas praticas de Elaboração, como é o envolvimento das entidades e de pessoas ?

Sim, como a ideia é trabalhar a cadeia vitivinícola de forma integrada, é essencial o trabalho de BPA e BPE, e as parcerias entre entidade são essenciais para o andamento do programa. Atualmente contamos com a Embrapa Uva e Vinho, SEBRAE e SENAI – RS no grupo gestor do PAS – Uva. Também desenvolvemos uma estratégia com as vinícolas onde elas indicam, organizam e mobilizam os produtores que lhes fornecem uva para que façam o BPA. A área técnica dessas empresas acompanha os consultores e está engajada nas atividades.

Em um cenário de crise, como o projeto PAS UVA pode diferenciar o setor vinícola?

O PAS – Uva é uma ferramenta para auxiliar tanto a vinícola como o produtor rural a conhecer a legislação, planejar e executar as adequações estruturais e de processos, necessárias para o atendimento legal e principalmente uma ferramenta de organização, padronização e estruturação do sistema de rastreabilidade.

No momento em que as empresas e os produtores conhecem, compreendem e implantam um programa de qualidade nos processos produtivos, há um ganho na economia de tempo e recursos, bem como, de qualidade do produto. Além da possibilidade de redução de custos internos, ao estarem melhor preparados há condições de atender um mercado cada vez mais exigente, e assim reagir e até mesmo crescer em períodos de crise.

O projeto teve alinhamento técnico com o MAPA, como isto auxiliou na implantação e adequação dos procedimentos, pelas particularidades do setor vinícola, ou seja, as exigências normativas são diferentes de outros setores de alimentos?

As exigências legais em relação aos outros setores, principalmente bebidas são as mesmas e trabalhamos com máximo cuidado para orientar o atendimento a isso. Porém acredito que depois de vários ajustes de metodologia partindo da experiência do excelente grupo de consultores e das contribuições do MAPA, conseguimos passar as informações de forma mais simples aos empresários. Estamos preocupado em implantar melhorias necessárias sem burocratizar.

O projeto está sendo constantemente atualizado, pode nos contar novidades?

Sim. As leis mudam, novas resoluções, instruções normativas surgem e precisamos estar sempre adequando. Neste ano, fizemos uma mudança maior em material e metodologia, mas prevemos um encontro anual do grupo gestor justamente para avaliação de novas necessidades sempre com foco em facilitar e padronizar o trabalho do consultor e tornar a implantação mais fácil e produtiva nas empresas.

Algum comentário que deseja incluir?

Conseguimos um bom resultado no PAS Uva porque contamos com as entidades parceiras e com um excelente e comprometido time de consultores. São as entidades que nos dão suporte técnico e viabilizam financeiramente a implantação, e são os consultores que no dia-a-dia fazem a diferença em cada vinícola e em cada produtor rural. Desde o projeto piloto até agora, o programa foi implantado em 300 produtores rurais e há outros 200 iniciando a implantação neste período, além de uma fila de espera significativa. Nas vinícolas, o SEBRAE fechou a implantação em 30 empresas neste ano e outras 35 estão iniciando. Também com lista de interessados em espera. 

 

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Recomendações do FDA para o correto uso de Micro-ondas na Segurança dos Alimentos

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O FDA fornece dicas para o correto uso de micro-ondas na segurança dos alimentos bem como as instruções de segurança de uso. Usuários têm sofrido queimaduras e lesões de radiação quando os fornos não são usados ou mantido adequadamente.

Porém, o grande destaque do FDA é referente a segurança dos alimentos. Segundo o FDA, os micro-ondas cozinham alimentos de forma desigual e a temperatura em algumas áreas não são suficientemente atingidas, promovendo surtos de bactérias patogênicas, especialmente em carnes, tais como frango. O FDA acredita que algum surto de E. coli no passado possa ter ocorrido devido ao mau uso do micro-ondas no cozimento dos alimentos. Desde 2008, tornou-se obrigatório a inclusão das instruções de uso nos rótulos de alimentos para aos alimentos crus submetidos ao forno micro-ondas.

O micro-ondas converte a eletricidade em ondas curtas que vibram com uma frequência elevada. Essas ondas são absorvidas pela água, gorduras e açúcar dos alimentos,  promovendo uma intensa vibração das moléculas e uma alta geração de calor. É por isso que alimentos com alto teor de umidade cozinham melhor em micro-ondas.

A temperatura no micro-ondas só atinge em alimentos com uma profundidade de 1 a 2,5 cm. No caso de peças de alimentos mais espessas, tais como um grande peito de frango, não haverá uma boa condução de calor para o centro do alimento. A presença de ossos na carne poderá causar o cozimento desigual do produto.

Recomenda-se durante o cozimento, o uso de termômetro medindo a temperatura em diferentes lugares do alimento para certificar-se que o mesmo tenha atingido a temperatura ideal e segura para destruir patógenos. E para um melhor cozimento de carnes no micro-ondas é importante a remoção dos ossos.

A maioria dos acidentes provocados com fornos micro-ondas são queimaduras relacionadas ao calor dos recipientes quentes e alimentos superaquecidos. A maior parte das lesões não se referem à radiação. Há casos raros relatados de lesão por radiação devido a manutenção inadequada. Em geral, estas lesões são causadas pela exposição à grande quantidade de radiação de micro-ondas que escapam através das aberturas e falhas de vedações do forno. A norma do FDA exige que os equipamentos sejam projetados para evitar esses tipos de vazamentos. Os fabricantes devem comprovar que seus fornos cumpram com as normas específicas de segurança do FDA.

Siga sempre as instruções de uso do fabricante. Não use o micro-ondas quando eles estiverem vazios. Não deve aquecer a água ou líquidos mais tempo do que o recomendado. Sempre use recipientes e utensílios específicos. Panelas de metal e papel alumínio refletem no micro-ondas, promovendo um cozimento de forma desigual ou  levando a danificação do equipamento.

O superaquecimento da água é outro potencial problema de segurança no uso do micro-ondas. Uma água super aquecida além do seu ponto de ebulição pode causar uma ligeira perturbação ou movimento, o que pode resultar na erupção da água para fora do copo. Muitos usuários têm sido gravemente feridos com queimaduras por causa dos super aquecimentos. Para evitar, sugere-se adição de ingredientes como café instantâneo ou açúcar antes do aquecimento, e sempre seguir as instruções de aquecimento do fabricante.

Há poucos relatos quanto à preocupação ao excesso de radiação vazados dos micro-ondas, a menos que as dobradiças das portas, travas ou vedações estejam danificadas. O FDA recomenda que olhe para o seu forno com cuidado para ver se algum desses problemas existem. Não use o equipamento quando o mesmo operar com a porta está aberta. O FDA recomenda que você pare imediatamente, se isso acontecer.

Se você estiver enfrentando problemas com o seu forno de micro-ondas, entre em contato com o fabricante. Os fabricantes devem informar ao FDA sobre as questões relatadas, incluindo defeitos, falta de conformidade com as normas federais e as ocorrências de radiação acidentais. Você também pode relatar problemas diretamente ao FDA através do preenchimento e envio do formulário Relatório de Ocorrência Acidental de Radiação.

Fonte:

 

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Consulta pública sobre lactose definirá teores para lactose e galactose

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Durante o workshop Alergênicos e Intolerâncias Alimentares: impacto da RDC 26/15, o Dr. Rodrigo Martins de Vargas, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Anvisa, antecipou algumas informações sobre a proposta de regulamentação da Lei 13.305/2016, que alterando o Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, dispõe sobre a rotulagem da lactose.

Considerando que a legislação aprovada previu um vacatio legis de 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial, ocorrida em 05/07/2016, a Anvisa pretende publicar até o fim deste mês uma consulta pública com a sua proposta de regulamentação da Lei em comento.

É certo que a legislação aprovada aborda dois temas: (i) destaque da presença da lactose, ao dispor, no caput do art. 19-A, que “os rótulos de alimentos que contenham lactose deverão indicar a presença da substância”; e (ii) informação sobre o teor remanescente de lactose nos casos em que tenha sido alterado o teor original de lactose, de acordo com o parágrafo único do mesmo dispositivo.

Assim, a fim de tratar de cada um destes assuntos de modo satisfatório, de acordo com o representante da Anvisa, a agência proporá que a abordagem se dê por meio de duas normas distintas.

Para enfrentar o dever legal de destacar a presença da lactose, pretende-se aprovar uma resolução da diretoria colegiada para dispor sobre o modo de declaração da presença da lactose, necessária nos produtos que contiverem quantidade de lactose igual ou maior que 10mg/100ml (ou 100 g), que seguiria o mesmo padrão da rotulagem do glúten e dos alergênicos: ao final da lista de ingredientes, caixa alta, negrito.

Em paralelo, a Agência irá propor uma modificação ao texto da Portaria 29/98, que aprova o Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais, para tratar especificamente dos alimentos cujo teor de lactose tenham sido alterados. Pelo que foi informado, a proposta seria a de se classificar como alimento livre de lactose aquele que tiver menos de 10mg/100ml (ou 100g) de lactose, e como alimento com baixo teor de lactose aquele cujo teor remanescente esteja abaixo de 1%. Segundo o palestrante, estes teores são baseados na experiência de países nórdicos.

A Agência entende que, nos casos de alimentos com teor reduzido de lactose, o rótulo deverá informar o teor da galactose, de modo que se proteja o consumidor que tem deficiência da galactase, incluindo os portadores de galactosemia.

A expectativa da Agência é que os rótulos estejam ajustados às novas regras em até 24 meses.

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Preparo e segurança de alimentos: meu restaurante preferido foi notificado, e agora?

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Frequentemente sou abordada por amigos e familiares com questões sobre preparo e segurança de alimentos, assim como acontece com diversos colegas da área. Será que o consumo de um ovo cozido há dois dias mantido na casca pode ser consumido com segurança? Com quantos dias de antecedência posso preparar os docinhos em copinho para uma festa infantil? Por que não devemos consumir sobremesas com ovos crus (ou devorar a sobra de massa crua de um bolo)? São exemplos destes questionamentos.

Imagino que isso ocorra até em maior escala com médicos, advogados e professores, entre outras áreas do conhecimento que poderiam ser citadas. Sempre há dúvidas ou inquietações para serem respondidas a qualquer hora!

Ao contrário de outros profissionais que podem desejar minutos de paz fora do horário comercial, eu adoro conversar sobre meu trabalho e sobre a temática da segurança de alimentos, mesmo nos meus momentos de descanso. Aproveito para tentar desmitificar alguns boatos que são rapidamente divulgados pelas redes sociais (ex: bicho no feijão ou no molho de tomate?) e para explicar os motivos de ocorrências reais (ex: pelos de roedores em alimentos).

Sabendo disso, diversos amigos hoje me contataram para comentar sobre uma operação em um conhecido restaurante japonês em um shopping do Rio de Janeiro. Trata-se do restaurante preferido do grupo que trabalha em local próximo e estavam apreensivos.

Nesta operação, conduzida pelo Procon – Rio, foram encontrados alimentos mal acondicionados, sem identificação e alguns com validade vencida. Quarenta e três quilos de alimentos foram apreendidos.  A empresa foi notificada, tendo o prazo de 10 dias para apresentar defesa. É sabido que o consumo de alimentos sensíveis crus faz com que os cuidados com as Boas Práticas devam ser ainda maiores.

O interessante deste caso é que a denúncia no Procon foi realizada por uma enfermeira, mãe de uma cliente que, junto com o namorado, passou mal após ingerir alimentos comprados no estabelecimento. Pelas redes sociais, a enfermeira descobriu que outros clientes também manifestaram sintomas após o consumo de alimentos de mesma origem, motivando sua denúncia.

Por se tratar de uma rede de lojas franqueadas, a resposta do estabelecimento foi rápida e uma intervenção na unidade foi realizada pela rede, tendo sido destacado um técnico para que faça apuração do caso e acompanhe a operação e as ações necessárias.

Infelizmente, minha experiência em serviços de alimentação me confirma que não se trata de um caso isolado. Não é apenas este ou aquele restaurante que apresenta falhas no seu programa de Boas Práticas de Manipulação, este ou aquele franqueado que não cumpre com os padrões determinados pela rede ou pela legislação sanitária. Muitos estabelecimentos não possuem profissionais capacitados para cumprir com os requisitos mínimos de higiene durante o preparo dos alimentos. Outros, apesar de possuírem profissionais, não possuem recursos para adequações necessárias ou se encontram desmotivados a ponto de terem jogado a toalha.

Diante deste cenário, torna-se cada vez mais importante que a temática segurança de alimentos seja amplamente divulgada, comentada, discutida, gritada aos quatro ventos. Devemos buscar tornar cada consumidor um fiscal da higiene, com senso crítico e com acesso a informação de qualidade que seja capaz de avaliar riscos e tomar decisões em prol de sua saúde e segurança. Não tenho dúvidas que temos um longo caminho, mas temos que começar, certo?

Créditos de imagem: Bite Club.

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Como promover a rapidez e eficácia na Limpeza Intermediária?

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Processo realizado durante paradas curtas da produção estende a segurança de alimentos e permite uma jornada produtiva de qualidade

O que são?

Limpezas intermediárias são protocolos de sanitização realizados durante paradas momentâneas da produção, como intervalos para refeições, mudanças de produtos a serem embalados ou trocas de turnos. Essas interrupções são vitais para higienização das superfícies que estão em contato direto com os alimentos. Procedimentos como esses colocam uma atenção especial em pontos críticos da linha produtiva e higienizam itens na mesma sala, praticamente sem serem desmontados.

Portanto, é comumente aplicada nas linhas de produção que levam vários turnos para realizar a parada para limpeza.

Qual a importância?

O objetivo central desse procedimento é reduzir a carga microbiana de superfícies em contato direto com o alimento, algo imprescindível até que seja feita a limpeza final da linha. Principalmente quando os produtos não serão submetidos a tratamentos térmicos ou pasteurizações, a partir da área onde é necessária a limpeza intermediária.

Resumidamente, é um processo que inclui a retirada manual de detritos grosseiros, seguida de uma limpeza e desinfecção por pulverização, enxágue da superfície e secagem.

Este protocolo pode ser modificado, dependendo do tipo da planta (alimento ou Bebida), e das superfícies a serem limpas ou desinfetadas.

Qual a solução?

Para garantir um processo ágil e eficiente, o ponto crucial da limpeza intermediária é ter uma solução rápida de higiene, que se adéque a diferentes superfícies e aplicações, sem comprometer o resultado final da sanitização. Para este procedimento a Sealed Air Food Care, através de sua marca Diversey®, dispõe da solução DryClean.

Aplicável tanto para limpezas intermediárias, quanto para ambientes com restrições no uso de água, o DryClean exige de 5 a 10 minutos de contato com a superfície a ser limpa, e não há a necessidade de enxágue já que evapora rapidamente. Isso encurta o processo de limpeza, sem deixar resíduos ou odores, ou seja, promove a eficiência operacional, ao passo que aumenta a segurança de alimentos.

Foi especialmente formulado para aplicação direta às superfícies quando é impossível ou indesejável usar produtos à base de água, como, por exemplo, indústrias panificadoras ou lugares com painéis eletrônicos. Além disso, é efetivo contra a maioria dos microrganismos incluindo bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e mofo. Também pode ser utilizado em esteiras, enchedoras e outros equipamentos.

Entre em contato e saiba mais sobre as soluções Food Care para a sua planta!

Ademir Cabral, Sector Manager Sealed Air Food Care.

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Como aprimorar práticas de BPF para evitar a contaminação cruzada?

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Acompanhe dicas para melhorar a segurança dos alimentos agora mesmo, e evitar contaminações cruzadas:

Higienização eficiente das mãos: parte básica de BPF, a limpeza das mãos deve ser feita de forma que reduza ao máximo a quantidade de bactérias. Todos os operadores devem saber exatamente como fazer esta limpeza e, com o uso de produtos confiáveis garantir que a manipulação dos alimentos seja feita da forma mais segura possível.

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Utilize código de cores: como especificado por normas de qualidade, é muito importante que os utensílios de higienização sejam codificados através de cores e sejam mantidos nas áreas específicas que facilitem seu uso. É essencial que os utensílios não sejam pintados ou etiquetados, mas sim, que sejam fabricados totalmente na cor desejada, assim, evitaremos a dispersão de partes, podendo tornar-se um perigo físico. Obtenha mais informações de utensílios disponíveis em 10 cores, clicando aqui.

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Na dúvida, use AZUL: ao deparar-se com tanta variedade de cores, é normal que as empresas fiquem confusas ao decidir qual cor é a mais adequada para o contato com os alimentos. Levando em consideração que poucos alimentos são fabricados na cor azul, esta, se torna uma cor ideal para o uso. Caso alguma parte acidentalmente junte-se ao produto, a cor azul fica em evidência, facilitando a localização da fração com desvio de qualidade.

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Use utensílios detectáveis em Raio-X e detectores de metais: muitos casos de corpo estranho em alimentos são decorrentes de partes de utensílios da higienização que se desprendem e se juntam acidentalmente aos produtos. Equipamentos de Raio-X e detectores de metais podem oferecer uma maior segurança para a integridade dos produtos. Fazendo o uso de utensílios detectáveis, incluindo cerdas de escovas e de vassouras, reduz-se grande parte deste risco. Para conhecer a linha de produtos detectáveis, clique aqui.

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Garanta que todos os utensílios de higiene estejam separados e guardados adequadamente: use o programa 5S para fazer a segregação dos utensílios por cores. Através da utilização de organizadores coloridos, fica bem visível como deve ser feito o armazenamento dos materiais, evitando a contaminação cruzada que pode ser oferecida pelos utensílios misturados. Conheça os suportes para organização de utensílios da FBK, clique aqui.

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Reduza o lixo: grande custo para as indústrias, os resíduos provenientes dos utensílios de higienização inutilizados, como vassouras, rodos, baldes, espátulas, podem ser reduzidos ao menos pela metade se utilizados materiais duráveis. Procure fornecedores que lhe apresentem alternativas de utensílios que possam reduzir seu custo com lixo e reduzir também, seu consumo.

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Higienize seus utensílios: uma prática comum nas indústrias é esquecer que os utensílios de higiene são contaminantes. Isto é, faz-se necessária a limpeza e secagem de todos os materiais. Desta forma, a proliferação de bactérias em utensílios secos e limpos é praticamente nula. Caso seu utensílio não suporte os produtos químicos necessários, substitua seu fornecedor imediatamente. Procure empresas sérias que estejam dispostas a lhe oferecer o melhor.

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Referência: tradução livre e adaptação por Aline Lohmann (Grupo Brasmo – FBK Brasil) de Amerisan (FBK USA).

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Dúvida de leitor: Utensílios para preparação de alimentos

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Recebemos a seguinte pergunta de um leitor:

Boa noite, gostaria de saber qual material plástico posso usar em contato direto com alimento que esteja em alta temperatura (até 80ºC). Apenas aqueles que contém um símbolo de garfo e faca? Ou qualquer tipo de polietileno e/ou polipropileno?”

Para responder esta pergunta, precisamos analisar duas informações:

  1. Qual material plástico é indicado para contato com alimento em alta temperatura (80ºC)?

Na RDC 216/04, que estabelece diretrizes de BPF para serviços de alimentação, determina que: “4.1.15. Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. ”

Isto significa que a composição do utensílio deve estar de acordo com a legislação relacionada, e caso haja algum tipo de restrição ou limite de migração específico, ensaios laboratoriais devem ser conduzidos com o objetivo de comprovar que o utensilio nas condições de uso é apropriado ao contato com alimentos. Isso significa que não transmitirá substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos. As legislações da ANVISA, aplicáveis a material plástico para contato com alimento, são: RDC 17/08, RDC 51/10. RDC 52/10, RDC 56/12.

Essa responsabilidade é do fabricante que, em teoria, antes de comercializar os utensílios para uso culinário, deve garantir a segurança do produto.

Comumente, utensílios resistentes a temperaturas altas e fabricados para uso culinário são: Nylon/Poliamida (plástico) e Silicone (elastômero)

  1. Apenas aqueles que contém um símbolo de garfo e faca?

Não necessariamente. O significado deste símbolo é que o material está apto a ter contato com alimentos, entretanto, por não ser uma obrigatoriedade legal, fica a critério do fabricante. Por exemplo: conheço embalagens que tem sua segurança testada e não há presença deste símbolo. Ou seja, não ter o símbolo não é indicativo de produto impróprio.

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SQF | Detalhes das principais certificações no Brasil

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Finalizando a série de posts sobre as certificações no Brasil, hoje trago mais informações sobre a SQF, que apesar da evolução na representatividade de 0,8% em 2013 para 1,7% até maio de 2016, ainda tem um baixo número de certificados emitidos no Brasil, sendo apenas 6.

No Brasil, só há certificados SQF no setor de produção de alimentos e insumos. Dos seis certificados emitidos, cinco possuem nota “Bom” e apenas um, nota “Excelente”.

A certificação SQF está presente em apenas dois estados, São Paulo (66%) e Paraná (44%). Veja a distribuição no gráfico abaixo:

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No site da SQF é possível buscar informações das plantas certificadas, há filtros para buscas por país, setor, produto e nota. Ao selecionar uma planta é possível verificar mais detalhes daquela empresa, como a nota da auditoria, escopo e validade do certificado. Além de claro, outras informações sobre a norma.

Fonte: SQF – Maio/2016.

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IFS | Detalhes das principais certificações no Brasil

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Na série de posts que estamos apresentando sobre as certificações no Brasil, hoje trago mais informações sobre a norma IFS, a terceira mais certificada no Brasil. Este sistema de certificação representa 5,5% dos certificados emitidos, com total de 23 certificados em 2015. Segundo dados da própria instituição, a norma IFS é bem aceita principalmente pelas grandes redes varejistas atuantes no país.

A IFS vem crescendo no Brasil. De 2012 para 2015 houve um aumento de 36% no número de certificados. Acompanhe esta evolução no gráfico abaixo:

fig1

Avaliando geograficamente, notamos que diferentemente das demais normas que se concentram em São Paulo, a IFS está concentrada principalmente no estado de Santa Catarina com 26% dos certificados, seguida pelos estados de Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo, com 17% cada um. O gráfico abaixo mostra o número de certificações por estado. 

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No Brasil, o setor que mais busca a certificação IFS é o de carnes no geral, com 74% dos certificados, seguido pelos setores de produtos secos com 13%, bebidas com 9%, e frutas e vegetais com 4% dos certificados emitidos. Verifique esta distribuição no gráfico que segue:

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Quer saber mais sobre o sistema de certificação IFS? Temos no blog uma seção exclusiva que traz diversos posts sobre esta norma, confira!

Fonte: IFS – Informações cedidas pela empresa, dados referentes ao ano de 2015.

 

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FDA proíbe 19 ingredientes em sabonetes bactericidas nos Estados Unidos

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Por anos pesquisadores tentam convencer consumidores que não faz sentindo o uso de sabonetes bactericidas, que muitos desses agentes químicos têm efeitos danosos, pois podem contribuir para o crescimento de bactérias resistentes a antibióticos e também destruir bactérias da nossa flora normal que habitam nosso corpo.

O FDA proibiu a utilização de 19 ingredientes químicos nos sabonetes antibacterianos comercializados no país. Dentre essas substâncias, duas são as mais utilizadas, triclosan e triclocarban.

Ao anunciar a regra, a FDA tranquilizou os consumidores que ainda existem medidas eficazes para prevenir a propagação de germes, incluindo agentes patogénicos de origem alimentar:

“Lavar as mãos com sabão simples e água corrente continua a ser um dos passos mais importantes, para que os consumidores possam tomar como medida no dia-a-dia, evitando ficar doente e que os germes se espalhem para os outros”, relata a FDA.

Cerca de 40% dos produtos que compõe os sabonetes atualmente disponíveis têm um ou mais dos ingredientes proibidos, de acordo com um porta-voz da FDA que participou de uma teleconferência com representantes da mídia.

A regra não se aplica aos desinfetantes para as mãos ou toalhetes que não requerem o uso de água ou produtos antibacterianos utilizados em ambientes de cuidados de saúde. Ela é aplicável aos sabonetes líquidos, sabonetes em barra, utilizados para lavar o corpo que precisam de água para enxaguar, são comercializados pelas suas propriedades antibacterianas, e incluem qualquer um dos 19 ingredientes especificados na norma.

“Os consumidores podem pensar que lavagens antibacterianas são mais eficazes na prevenção da propagação de germes, mas não temos nenhuma evidência científica de que eles são melhores do que sabão comum e água”, disse Janet Woodcock, diretora do Centro do FDA para Avaliação e Pesquisa de Drogas, no comunicado à imprensa. “Na verdade, alguns dados sugerem que os ingredientes anti-bacterianos podem fazer mais mal do que bem a longo prazo”.

Fonte: FDA.

Créditos de imagem: Revista da Mulher.

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Como classificar zonas de risco na produção de alimentos?

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Classificar adequadamente se uma zona é de risco na produção de alimentos é um procedimento que além de prevenir a contaminação cruzada, evita que sejam gastos recursos em áreas da indústria onde não é necessário, como tratamos em “Zoneamento – por onde começar?”. Uma zona de risco demanda separação física, segregação por cores, além de custos permanentes como trocas diferenciadas de uniformes e sapatos, uso de ar filtrado, intensificação nos procedimentos de lavagem das mãos  e limpeza do ambiente e necessidade de monitoramento ambiental microbiológico.

Um raciocínio lógico deve servir como base para se fazer esta classificação. Que raciocínio pode ser este? Uma referência bem embasada são as árvores decisórias que constam nos anexos da norma BRC Food 7ª Edição. Uma delas é aplicável a produtos refrigerados e congelados, e a outra para produtos à temperatura ambiente.

Um produto de alto risco, segundo esta norma, é a aquele “produto ou alimento frio pronto para consumo e aquecimento em que há elevado risco de proliferação de microrganismos patogênicos”.

Assim, para atender este critério, os alimentos devem:

  • Requerer refrigeração ou congelamento durante o armazenamento para preservação da segurança;
  • Ter passado por tratamento térmico de 70ºC por 2 minutos (ou equivalente) antes de entrar na área considerada de risco;
  • Ser vulnerável ao crescimento de microrganismos;
  • Ser pronto para consumo ou pronto para ser aquecido, que com base ao uso esperado, podem vir a ser consumidos sem o devido aquecimento ou cozimento.

Já o ambiente deve seguir o raciocínio desta árvore:

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Existe uma outra árvore na mesma norma, aplicável à alimentos armazenados à temperatura ambiente. No caso, aparecem com o produtos de risco alimentos como pasta de amendoim, que pelo alto teor de gordura possibilita a manutenção da vida de bactérias como a Salmonella.

Para ilustrar, apliquei a árvore de produtos refrigerados a dois casos: a área de envase de salsicha a vácuo para hot dog e para frango em cortes. Vejam se faz sentido como a zona foi classificada:

Aplicação da árvore decisória BRC para produtos ou áreas de alto risco

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BRC | Detalhes das principais certificações no Brasil

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Depos da série de posts sobre as certificações no Brasil, hoje trago mais informações sobre a BRC, a segunda norma mais certificada no país, representando 32,9% dos certificados emitidos, com total de 137 certificados.

No site da BRC é possível buscar informações dos sites certificados, há filtros para busca por país, standard (padrões) entre outros. Ao selecionar um site é possível verificar mais detalhes daquela empresa, como a nota da auditoria, certificadora, escopo e exclusões, além da validade do certificado.

No Brasil, há certificados BRC em quatro segmentos, sendo a fabricação de alimentos e insumos o principal, representando 78,8% dos certificados, seguido por embalagens com 10,2%, armazenamento (e distribuição) com 8,8%, e produtos de bens de consumo (higiene) com apenas 2,2%. O gráfico a seguir mostras os número absolutos:

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Avaliando geograficamente a localização das empresas certificadas BRC, segue a tendência apresentada no levantamento geral, com São Paulo sendo o estado com maior concentração, seguido pelos estados da região Sul.

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Quer saber mais sobre a certificação BRC? Temos uma seção exclusiva que traz diversos posts sobre ela, confira!

Fonte: BRC  – Maio/2016.

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Consumidor, você sabe olhar os rótulos corretamente?

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Os rótulos são o meio de comunicação das empresas aos consumidores sobre as informações mais específicas de seus produtos; um bom rótulo deve conter todas informações ditas obrigatórias na legislação de nosso país, e irá auxiliar o consumidor a distinguir melhor os produtos no momento da compra, principalmente se tiver a cautela de uma alergia ou estiver seguindo uma dieta específica.

E você está seguro para interpretar todas as informações nutricionais das embalagens? Sabe quais são obrigatórias? Pois a Anvisa disponibiliza um tutorial que pode auxilia-lo nas idas aos mercados.

Todos os alimentos e bebidas embalados precisam ter informação nutricional (exceção de produtos vendidos a granel), independentemente do tamanho, e informações obrigatórias, como origem, prazo de validade (veja exceções neste post do Humberto Soares), conteúdo líquido, lote, são importantes de acompanhar a embalagem. No manual essas informações são explicadas de maneira simples, assim como as que compõe a tabela nutricional: Valor Energético, Carboidratos, Proteínas, Gorduras Totais, Gorduras Trans, Fibras alimentares, Sódio, e informações adjacentes como os valores diários de referência.

Ao final, o consumidor poderá tirar uma série de dúvidas, diferenças de Light e Diet, e os pontos que consumidores portadores de enfermidades (Diabetes Melitus, Pressão Alta, Colesterol Alto, Triglicerídeo Alto e Doença Celíaca) devem prestar são explicados nesta parte.

Recente numa palestra da colunista Cecília Cury, os expectadores puderam acompanhar parte de sua história como mãe de filho alérgico, e uma série de problemas relacionados a rótulos mal compostos, e informações ausentes. Por isso a importância da presença das informações e saber interpreta-las.

Valorize rótulos adequados, eles podem poupar vidas e uma série de transtornos.

Observação: Recentemente, entrou em vigor a RDC 26/15, que mudou o modo como as embalagens devem apresentar as informações de alergênicos presentes no produto, portanto, para complementar o post, faço a sugestão de mais estes a seguir:

Créditos de imagem: Jornal da Mulher.

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Você sabia? | Food Safety Brazil & Universidades

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Com a missão de estreitar as relações existente entre a academia e a cadeia produtiva de alimentos, nosso Blog tem um comitê de trabalho voltado para estudantes e professores de universidades, no que se refere a temática de segurança de alimentos.

Para isso, nossos colunistas têm participado de eventos acadêmicos com palestras e workshops, publicado posts e notícias relacionadas a pesquisas e projetos realizados pela universidade que sejam de interesse de toda a cadeia produtiva de alimentos, gerando conteúdo no blog de maior interesse e utilidade para os estudantes e professores.

Já tivemos três participações em universidades. A primeira foi em maio na Universidade Anhanguera de Santo André, onde foi apresentada a palestra “A importância das Certificações de Qualidade na área de alimentos”.

No dia 30 de julho, participamos da 35ª SEMALIM da UNICAMP, através da palestra “ Implementação de sistemas de gestão no segmento de aditivos e ingredientes” conduzida pela Cinthia Malagutti.

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E recentemente, dia 22 de agosto, a colunista Silvana Chaves participou da VII Semana Científica e Cultural UNIFESP, onde compartilhou sua experiência e conhecimento em “5S e BPF – o segredo para produzir produtos seguros”.

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Já temos agendada participação em mais outras semanas acadêmicas, sempre levando temas atuais e práticos sobre segurança dos alimentos.

Confira também os posts já publicados que foram elaborados através da parceria com a Academia:

Esse é apenas o começo. Desejamos que a interação entre indústria e universidade seja cada vez maior, acreditamos que o Blog, de forma voluntária, poderá ajudar nessa conquista! Se você, estudante ou professor, tem interesse em saber mais sobre esta iniciativa, escreva nos comentários que entraremos em contato.

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? – Parte 4

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Chegamos hoje ao quarto e último artigo da série “Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço?”. Você ainda pode rever a primeira, a segunda e a terceira parte, onde abordamos o assunto da escolaridade e conhecimentos específicos, habilidades técnicas e práticas de auditoria. Desta vez, o tema é o perfil pessoal do auditor, e um pouco da minha experiência neste trabalho.

Além das habilidades e do comportamento profissional, que inclui “ser observador, mente aberta, diplomático, etc”, um bom auditor é e deve ser estudioso. Antes de cada auditoria a ser realizada, é bastante importante que o auditor prepare-se e procure conhecer informações sobre a empresa (por exemplo, através do site dela); verificar se já houve recall ou outra situação indesejável envolvendo o setor ou a empresa; rever a legislação aplicável; estudar os perigos razoavelmente esperados em materiais, processos e produtos cobertos pelo escopo e relembrar detalhes da tecnologia aplicável ao setor. Se a empresa já passou por auditorias anteriores, o auditor deve, como parte da preparação prévia, avaliar pelo menos o relatório da última auditoria, dando foco especial às não conformidades abertas, para depois poder verificar a implementação e a eficácia das ações propostas. Falando em relatório, uma escrita bem desenvolvida, clara e objetiva são imprescindíveis para um trabalho de qualidade, principalmente na descrição das não conformidades.

Outro atributo que considero bem relevante para um auditor é a capacidade de adaptação às situações adversas e às diferentes culturas. Digo isto não só para sair de algumas “saias justas” que passamos durante a auditoria, como, por exemplo, ter que lidar com auditados muito nervosos e pressionados pela Direção da empresa, mas para gerenciar os imprevistos que podem acontecer nos percursos e as diferenças regionais e culturais que temos no nosso imenso Brasil. Existem indústrias alimentícias nos lugares mais remotos. Pode haver atraso, dificuldade de acesso, pode ser necessário viagens longas, as vezes muito exaustivas e em dias e horários não muito simpáticos, incluindo viagens de ônibus, barco, avião, etc; a hospedagem pode ser em locais muito simples, e a refeição nem sempre é aquela que você gosta. Além disso, muitas vezes é preciso auditar processos no turno da noite. Por este motivo, o auditor deve ser flexível e estar totalmente disposto a viajar e a “encarar algumas aventuras”. Isto eventualmente pode ter um impacto nos relacionamentos pessoais, em função de que acabamos passando muitos dias fora de casa. Com o tempo, conseguimos gerenciar melhor as viagens, as malas e materiais a serem levados (acredite: menos é mais!) e conciliar tudo isso com outros trabalhos (é comum que os auditores também prestem serviços de consultoria e treinamento), e com a vida pessoal e familiar.

Ser auditor pode parecer bem cansativo em alguns momentos, mas vejo um grande benefício: é o aprendizado que ganhamos e ensinamentos que podemos agregar aos auditados. Visitei empresas que nunca imaginei que poderia visitar, vi processos muito interessantes e práticas fantásticas, conheci pessoas que me ensinaram até mesmo lições para a vida, passei por cidades, aeroportos, hotéis e lugares incríveis por este país. Ganhei um sorriso, um aperto de mão e um “muito obrigado” de muita gente, que enxergou na auditoria uma ferramenta de melhoria contínua, e eu pude efetivamente contribuir para agregar este valor à empresa. E isto tudo não tem preço! Não tem como aprender e viver em outro tipo de trabalho!

Como dica final, se você quer realmente ser auditor, comece realizando auditorias internas na sua empresa ou observe auditores mais experientes em ação; se sua empresa tem um programa de auditorias em fornecedores, procure conhecer mais sobre isso e candidate-se para fazer estas auditorias; estude, leia, mantenha-se atualizado, participe de treinamentos; por fim, se você está preparado para os desafios de ser auditor de certificação, tente uma colocação em um dos organismos de certificação existentes no Brasil. Mas lembre-se: você não é uma “máquina de fazer auditoria”, e deve sempre reservar tempo para descanso e lazer.

Boa sorte na sua trajetória!

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Como anda o Programa de Controle de Pragas na sua empresa?

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Em tempos nos quais os pelos de roedores ganharam as manchetes da grande mídia, uma pergunta se tornou obrigatória para os gestores da Qualidade nas empresas: Como anda o Programa de Controle de Pragas na nossa empresa?

Dentre os muitos programas de pré-requisitos existentes em uma indústria de alimentos, está o Controle Integrado de Pragas e Vetores.

Implantar um programa não é difícil, basta apenas que sejam seguidos alguns passos importantes para que o mesmo seja consistente e efetivo, e não apenas mais um programa que “tem que ter pra cumprir requisito em auditoria”.

O primeiro passo é conhecer bem seu(s) produto(s) e matérias-primas. Isto é importante para que você determine o tipo de controle a ser feito, baseado nas pragas que podem causar maior impacto ou contaminação.

O segundo, baseado no ambiente onde está localizada sua unidade, é identificar possíveis inimigos externos. Dependendo da localização, alguns alvos terão que ter maior atenção.

O terceiro, a realização de um inventário nos equipamentos e instalações para identificações de pontos de vulnerabilidade. Geralmente, canaletas de fiação, frestas em paredes e janelas e caixas de contenção são pontos de abrigo e propagação de pragas. Neste ponto o Departamento de Manutenção e Projetos tem que ser seu maior aliado.

O quarto, conhecendo as pragas é importante conhecer as formas mais eficientes de contê-las, evitando ao máximo o uso de pesticidas. Uma visita ao site da ANVISA ajuda muito quando o prestador de serviços recomenda algum tipo de tratamento químico. Muito cuidado com os organofosforados!

O quinto, faça uma avaliação criteriosa para a seleção da empresa prestadora de serviços. É fundamental conhecer o trabalho das empresas concorrentes. Nada como um bom benchmark para se evitar erros. Ou melhor, para fazer a melhor escolha.

O sexto, invista em um bom programa de informação e de treinamentos internos. Quem vai cuidar do programa são os seus colaboradores e é de extrema necessidade que eles tenham consciência da importância dos programas implantados na empresa. Lembrá-los que do outro lado, existem pessoas como eles que irão consumir os produtos e que ninguém quer ter surpresas desagradáveis quando abrir uma embalagem de chocolate, biscoito ou extrato de tomate. Assim, os formulários de monitoramento funcionarão como devem, servindo de ferramenta para tomada de ações nas visitas e também para retroalimentação dos indicadores de controle e monitoramento do programa.

Cuidar dos “4 As” é importante mas, de verdade, ter sua equipe cuidando dos programas é a melhor ferramenta de todas.

Créditos de imagem: Super Guia Lima Duarte.

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