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Micotoxinas e o impacto na alimentação animal

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As micotoxinas são metabólitos tóxicos produzidos por algumas espécies de fungos filamentosos durante seu processo de crescimento e podem contaminar os alimentos destinados ao consumo humano e animal, causando perdas produtivas, problemas reprodutivos, doenças e, em algumas situações mais graves, até óbito.

Esses metabólitos são de difícil controle, porque estão associadas às condições de umidade, temperatura e oxigênio desde as etapas de plantação, crescimento e estocagem de diferentes grãos. E apesar de serem produzidas por fungos, as micotoxinas podem permanecer nos alimentos mesmo após a destruição dos fungos que as produziram.

Os gêneros dos fungos mais comumente associados com toxinas que ocorrem naturalmente são Aspergillus, Penicillium e Fusarium e as principais micotoxinas que ocorrem nos grãos e seus subprodutos cultivados no Brasil são: aflatoxinas, fumonisinas, zearalenona, tricotecenos e ocratoxina A.

Caso alimentos contaminados por essas micotoxinas sejam fornecidos na alimentação animal, diferentes espécies como bovinos, suínos, caprinos, ovinos, equídeos podem apresentar sintomas de doenças hepáticas, neurológicas, nefrológicas, entéricas ou podem ter baixa de desempenho produtivo, reprodutivo e pouco ganho de peso. Algumas situações, a depender da idade do animal e da quantidade de alimento contaminado ingerido, podem ocasionar inclusive óbito de alguns indivíduos ou parte de um rebanho gerando grandes prejuízos aos produtores rurais.

Como o Brasil apresenta clima predominantemente tropical com boa incidência de chuvas e extensas áreas de plantação de grãos, temos condições bastante favoráveis ao desenvolvimento dos fungos produtores das micotoxinas.

O blog já trouxe material demonstrando que no Brasil o risco de doenças em animais causadas por micotoxinas segue alto.

O quadro abaixo traz informações sobre as principais micotoxinas, alimentos mais propensos à contaminação e principais fatores de produção dessas micotoxinas:

Micotoxinas

Aflatoxinas

Zearalenona

Fumonisinas

Tricotecenos

Ocratoxina A

Fungos que mais produzem

Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus

Fusarium

Fusarium

Fusarium

Aspergillus e Penicillium

Alimentos mais propensos à contaminação

Amendoim,  castanhas, nozes, milho e cereais em geral

Milho e cereais de inverno

Milho e cereais de inverno

Milho e cereais de inverno

Milho e grãos estocados

Principais fatores da produção

Armazenamento em condições inadequadas

Temperaturas frias associadas à alta umidade

Estação seca seguida de alta umidade e temperaturas moderadas

Temperatura fria, alta umidade e problemas no armazenamento

Deficiências no armazenamento

Fonte: O que são Micotoxinas? – LAMIC – Laboratório de Análises Micotoxicológicas (ufsm.br)

 Sobre as principais micotoxinas e os prejuízos causados aos animais:

  • Aflatoxinas: são produzidas pelos fungos do gênero Aspergillus, e causam principalmente alterações hepáticas.
  • Fumonisinas: são produzidas por fungos do gênero Fusarium, ocorrem em diversos cereais, principalmente milho, atingindo quantidades que costumam levar a intoxicações subclínicas. Há relatos de diminuição do ganho de peso, por alterações no sistema intestinal e hepático. Em equinos podem causar problemas neurológicos e em suínos estão relacionadas a problemas pulmonares.
  • Zearalenona: produzida por fungos do gênero Fusarium. É contaminante de diferentes cereais, como milho, trigo, cevada, arroz. Essa toxina produz efeitos semelhantes ao estrógeno, interferindo em índices reprodutivos dos animais acometidos, sendo que os suínos são os mais suscetíveis entre os animais domésticos.
  • Ocratoxina A: micotoxina produzida por espécies de fungos como Aspergillus e Penicillium. Entre as ocratoxinas, esta é a mais tóxica e tem propriedades nefrológicas, carcinogênicas e teratogênicas.
  • Tricotecenos: são produzidas por fungos dos gêneros Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma, em algumas situações podem estar associadas a outras micotoxinas produzidas pelos fungos do gênero Fusarium, como a fumonisinas e zearalenona. Os suínos também são bastante susceptíveis a elas, podendo apresentar problemas gastrointestinais, que geram baixo ganho de peso.

O controle das micotoxinas é um desafio importante e requer cada vez mais estudos, acompanhamento e análises, tanto de grãos oferecidos aos animais por empresas produtoras de ração animal quanto avaliação das condições em que esses grãos são armazenados nas propriedades rurais. O fator umidade é um dos mais lembrados em estudos que tratam da mitigação da produção de micotoxinas, sendo um parâmetro estocar grãos em locais com umidade inferior a 10 – 13%. O controle de oxigênio é bastante realizado na produção de silagem em fazendas, mas essa não é uma alternativa viável pensando em áreas de plantio.

Considerando as doenças causadas pelas micotoxinas ou mesmo a baixa no desempenho do rebanho, com perda em ganho de peso e alterações reprodutivas, as micotoxinas precisam de constante monitoramento e de políticas e estudos que auxiliem no seu controle.

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Micotoxinas em alimentos são mais comuns do que você imagina!

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O termo micotoxina é derivado da palavra grega “mykes” que significa fungo e do latin “toxican” que significa toxinas. Designa um grupo de compostos produzidos por algumas espécies fúngicas durante seu crescimento. Micotoxinas em alimentos podem causar doenças ou morte quando ingeridas pelo homem ou animais.

As micotoxinas são contaminantes naturais que desafiam o controle da segurança dos alimentos. Estima-se que cerca de 25% de todos os produtos agrícolas do mundo estejam contaminados por tais substâncias.

As principais micotoxinas de importância global são: ocratoxina A, tricotecenos, zearalenona, fumonisina e aflatoxinas.

Micotoxinas e os correspondentes produtos de fungos toxicogênicos

No último relatório RAASF de 2023 (Rapid Alert System for Food and Feed – sistema para intercâmbio de informações sobre notificações referentes à segurança de alimentos entre os países europeus), as aflatoxinas estão entre as Top 10 notificações, pelo perigo, categoria do produto e origem, apresentando 85 notificações, atrás de resíduos de pesticidas, Salmonella e migração.

Notificações por perigo, categoria de produto e origem

Fonte: RASFF, 2023

As micotoxinas ocorrem em uma extensa classe de alimentos e estão envolvidas em uma série de doenças humanas e animais. Podem ser cancerígenas, mutagênicas, teratogênicas e imunossupressoras. A capacidade de algumas micotoxinas de comprometer a resposta imune e, consequentemente, reduzir a resistência a doenças infecciosas é hoje amplamente considerada o seu efeito mais importante, principalmente nos países em desenvolvimento.

Os fungos que invadem sementes e grãos em geral são frequentemente divididos em dois grupos: fungos do campo, que infectam o produto ainda no campo, e fungos de armazenamento, que invadem o grão pouco antes e durante o armazenamento.

Os fungos do campo requerem uma umidade relativa de 90-100% para crescerem. Os principais gêneros são Cephalosporium, Fusarium, Gibberella, Nigrospora, Helminthosporium, Alternaria e Cladosporium que invadem grãos e sementes durante o amadurecimento e o dano é causado antes da colheita. Estes fungos não se desenvolvem normalmente durante o armazenamento, exceto em milho armazenado com alto teor de umidade.

Os fungos de armazenamento, como por exemplo, o Aspergillus, Penicillium, Rhizopus e Mucor, em condições favoráveis, desenvolvem-se com rapidez durante o processo de cultivo, colheita, transporte e armazenamento.

Os principais fungos produtores de micotoxinas, conhecidos como micotoxicogênicos, correspondem ao gênero Aspergillus, Penicillium e Fusarium.

Nas tabelas abaixo, estão as principais micotoxinas, fungos produtores, ocorrência em alimentos, destacando o impacto em cereais, leite e derivados, chás, café e algumas frutas.

Micotoxinas, fungos produtos e ocorrência em alimentos

Fonte: EMBRAPA, 2015

Principais efeitos de algumas micotoxinas na saúde humana e animal

Fonte: Embrapa, 2015

Um ponto relevante foi a escolha do Brasil pela FAO para ser o estudo de caso sobre micotoxinas em cereais. Ainda há muitos desafios neste tema, mas estamos avançando em técnicas e ações de mitigação para o controle de micotoxinas no Brasil e no mundo.

Referência: Micotoxinas: Importância na Alimentação e na Saúde Humana e Animal – Embrapa, 2007 

Renata Cerqueira é farmacêutica e bioquímica, com especializações em Qualidade e Produtividade, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Cosméticos e Segurança dos Alimentos. Mestre em Toxicologia de Alimentos e doutoranda em Ciência dos Alimentos. Docente em cursos de especialização de segurança de alimentos e de gestão da qualidade. Possui 27 anos de experiência em Gestão de Controle e Garantia da Qualidade em indústrias químicas e de alimentos.

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Micotoxinas em alimentos processados: devo me preocupar?

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Aflatoxina nos produtos lácteos: como prevenir?

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Na cadeia produtiva de derivados lácteos, a contaminação por aflatoxinas ocorre pelo uso do leite contaminado com aflatoxina M1. As aflatoxinas são metabólitos produzidos principalmente por fungos do gênero Aspergillus. O blog já trouxe um texto interessante sobre a aflatoxina e o leite, como podemos ler aqui.

Os grãos ou cereais contaminados com os fungos podem apresentar a aflatoxina B1. Este composto, quando ingerido pelos animais, é metabolizado no fígado e um dos metabólitos produzido é a aflatoxina M1, que em grande parte será eliminada pelo organismo animal, mas uma pequena porção poderá ser excretada no leite.

Hoje, com a busca pelo incremento da produção nas propriedades rurais de gado leiteiro, é prática que os animais recebam alimentação além de pasto. Assim, o fornecimento de ração pronta ou preparada com grãos adquiridos pela própria fazenda, ou a compra e/ou produção de silagem, também à base de grãos como milho, sorgo e outros, tem se tornado cada dia mais comum. O intuito de fornecer essa alimentação é conseguir um maior volume de leite produzido por animal por dia, utilizando uma menor área produtiva.

O metabólito aflatoxina M1 não é um produto inativo, estando classificado como cancerígeno para várias espécies, inclusive humanos e corresponde a um problema de segurança de alimentos, já que o leite e seus derivados compõem a dieta de uma parcela significativa da população, principalmente a infantil.

Na produção dos queijos, a aflatoxina fica em contato com a caseína, proteína essencial para a transformação do leite fluido em massa coalhada e posteriormente em queijo. Essa interação torna a concentração da aflatoxina maior em um quilo de queijo, quando comparamos a um litro de leite fluido.

Pensando nos limites permitidos de micotoxinas em alimentos, inclusive os lácteos, em 2011 a ANVISA publicou a resolução n° 7, que dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos, incluindo as aflatoxinas. Essa resolução foi revogada e hoje está em vigor a RDC n° 722, de 1º de julho de 2022, sendo que os limites da resolução nº 7 foram mantidos e são: 0,05 µg/kg para leite fluido e 2,5 µg/kg para o queijo.

As aflatoxinas são termorresistentes, portanto os tratamentos térmicos comumente utilizados na indústria láctea não causam sua inativação.

Para prevenir a presença das aflatoxinas nos alimentos, devemos nos atentar aos grãos e rações fornecidos na alimentação animal. O ideal é que os grãos sejam de procedência conhecida, comprados de fornecedores confiáveis, se possível com laudos quanto à ausência de micotoxinas nesses alimentos.

Portanto, é fundamental a aquisição de milho e rações de boa procedência, bem como dispensar os devidos cuidados na armazenagem destes produtos, tais como : controle da temperatura, da umidade e de pragas.

A aplicação de normas de higiene, de limpeza, bem como de fumigação contra insetos, roedores, bactérias e fungos nas fábricas de alimentos e de rações deve ser observada. É aconselhável armazenar os grãos e rações em locais de baixa umidade e preferencialmente com baixa atividade de água e temperatura controlada, pensando em minimizar a concentração fúngica e consequentemente a produção de micotoxinas.

Na indústria láctea, análises da concentração da aflatoxina podem ser exigência de cliente para homologação como fornecedor. E após a homologação, pode ser requisito do cliente análise periódica que comprove a adequação quanto à concentração da aflatoxina M1 no produto a ser fornecido. A análise da concentração dessa micotoxina normalmente é feita por cromatografia e por isso não é prática interna das indústrias, sendo realizada por laboratórios terceiros credenciados no MAPA.

Analisando a situação, temos a presença de um perigo químico, com baixa frequência de análise e que pode ser um risco à saúde da população caso seja ingerido. Isso mostra o quanto a adoção das boas práticas agrícolas é fundamental como forma de prevenção.

Texto atualizado pela autora, incluindo a informação sobre a legislação vigente que dispõe sobre os limites máximos tolerados de contaminantes em alimentos.

Referência:

Magalhães, L.S.; Sola, M.C. Identificação de aflatoxinas no leite e produtos lácteos: Revisão de literatura; Research, Society and Development, v. 10, n. 8, 2021. | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17586 1

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Natal com gosto de micotoxinas!

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Nesta semana o MAPA interceptou 49 toneladas de uvas-passas e evitou que muita gente tivesse um Natal com gosto de micotoxinas! Para entender melhor o que são micotoxinas, clique aqui.

Foi identificada a presença de Ocratoxina A em concentrações acima do limite permitido pela nova Instrução Normativa – IN Nº 160, de 1° de julho de 2022 – ANVISA, que estabelece os limites máximos tolerados (LMT) de contaminantes em alimentos. Para frutas secas o limite definido é de 10 mcg/kg (consulte aqui).

Os carregamentos apreendidos no Rio Grande do Sul e Paraná seriam fracionados e vendidos para fabricação de panetones e itens para celebrações de final de ano. E não é a primeira vez… Em 2020 houve outra apreensão de 120 toneladas no porto de Santos pelo mesmo motivo.

Com o crescimento do conceito de saudabilidade, muita gente passou a consumir rotineiramente frutas secas como damasco, cranberries, castanhas, amêndoas, tâmaras e muita pasta de amendoim… que antes eram itens mais restritos às comemorações de final de ano no Brasil.

Eu, uma apaixonada por passas (sim, tem que ter no arroz, me julguem!) e conhecendo a forma como os alimentos são armazenados em empórios, fico aqui me perguntando: quantas micotoxinas não consumimos diariamente? Se quiser entender melhor como deve ser, a portaria SDA Nº 635, de 5 de agosto de 2022 define o regulamento técnico e padrões de identidade e qualidade para este tipo de produto.

A dica é comprar de fornecedores que levam a sério as análises e armazenamento de seus produtos!

Viva o MAPA e seus fiscais que nos protegem diariamente, Feliz Natal e um Excelente 2022 a todos!

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Pesquisa de micotoxinas 2021: risco para animais permanece alto

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O risco de contaminação das commodities agrícolas por micotoxinas permanece alto em todo o mundo – essa é a conclusão da pesquisa mundial de micotoxinas conduzida pela DSM.

A pesquisa de micotoxinas (Mycotoxin Survey) constitui o conjunto de dados mais antigo e abrangente sobre a ocorrência de micotoxinas. Os resultados desta pesquisa fornecem informações sobre a incidência das principais micotoxinas nas commodities agrícolas usadas para alimentação animal, a fim de identificar o risco potencial apresentado à produção animal.

No total, em 2021 a DSM analisou 24.069 amostras de 75 países. Deduziu-se que 61% das amostras estavam contaminadas com um nível de micotoxina que pode prejudicar a saúde e o desempenho dos animais. Em um webinar em que foram discutidos os principais resultados, a DSM destacou que as mudanças climáticas ainda têm um impacto importante no desenvolvimento de micotoxinas: “O desenvolvimento dos fungos é fortemente dependente de influências climáticas, enchentes, secas e ataques de insetos. Eventos climáticos extremos causados pelas mudanças climáticas causam estresse e são um dos principais gatilhos para a ocorrência de micotoxinas.”

Verificou-se que a Europa tem um nível de risco de 44%, o que significa que 1 em cada 2 animais estarão expostos ao risco de micotoxinas. Deoxinivalenol (DON) é mais prevalente. Embora seja um número de prevalência ligeiramente menor do que em 2021, o risco para suínos, aves e camarões ainda é alto. Depois da DON, Zearalenona (ZEN) e fumonisina (FUM) são as micotoxinas mais prevalentes e a prevalência de tricoteceno (T2) aumentou ligeiramente em 2021.

No Oriente Médio e no Norte da África o risco é alto, de 55%. Segundo a DSM “a prevalência de aflatoxinas aumentou de 7% em 2020 para 23% em 2021. Isso é algo muito sério, não implica apenas no alto risco para os animais, mas também há transmissão indireta para humanos, via leite, por exemplo.”.  Quer entender isso melhor? Veja aqui.

A micotoxina mascarada Deoxynivalenol-3-Glucoside foi encontrada em 46% das amostras. Estas micotoxinas mascaradas não podem ser detectadas com as técnicas analíticas convencionais. As micotoxinas podem ficar mascaradas nas análises devido a sua união com pequenas moléculas (glicosídeos), o que levaria a um falso negativo. No entanto, as moléculas unidas a elas podem ser separadas durante a digestão, levando à liberação das micotoxinas, com os consequentes efeitos nocivos para o animal.

As duas micotoxinas emergentes mais encontradas são a moniliformina e a beauvericina. Moniliformina foi encontrada em 53% das amostras e beauvericin em 44%. Especialmente os frangos de corte parecem muito suscetíveis à moniliformina, que pode ser genotóxica, ter efeitos negativos para o coração e causar fraqueza muscular e desconforto respiratório.

Informações detalhadas da pesquisa mundial de micotoxinas podem ser acessadas aqui.

Para o Brasil, o risco na região permanece grave. As micotoxinas de Fusarium são as mais prevalentes, com FUM presente em 66% de todas as amostras analisadas no terceiro quadrimestre de 2021, seguidas por DON (46%) e ZEN (40%). O milho apresenta alta prevalência de FUM (83%, média de positivos 1.618 ppb) e DON (47%, média de positivos 519 ppb). Curiosamente, na soja a micotoxina mais encontrada é ZEN (61%), seguida por T-2 (49%) e afla (46%).

No ano passado tivemos um caso de ração contaminada por aflatoxinas que levou à morte de diversos animais de estimação. Acesse aqui para relembrar.

Aproveito para perguntar: como você avaliou a probabilidade e a severidade do perigo micotoxina em seu plano de segurança de alimentos / Plano APPCC?

Fonte:

https://www.allaboutfeed.net/all-about/mycotoxins/mycotoxin-survey-2021-risk-for-animals-remains-high/?utm_source=tripolis&utm_medium=email&utm_term=&utm_content=&utm_campaign=all_about_feed

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Micotoxinas em alimentos processados: devo me preocupar?

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Sabemos que assim como o leite, outros ingredientes, como cereais e ovos, também podem ser contaminados com resíduos de micotoxinas. As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos toxigênicos do gênero Aspergillus. Esse fato gera  grande preocupação, uma vez que esses produtos, além de oferecerem riscos para quem os consome diretamente, também podem ser utilizados como ingredientes para a fabricação de outros produtos, como por exemplo os de panificação: bolos, biscoitos, pães ricos em cereais, entre outros.

Os ovos que fazem parte da dieta de muitos brasileiros, devido ao seu alto valor nutritivo, podem estar ameaçados pela contaminação por micotoxinas. Assim como no leite (Aflatoxina M1: pesquisa mostra riscos no leite in natura), a contaminação do ovo é indireta, ou seja, as aves consomem a ração de milho contaminada por micotoxinas. Esses metabólitos tóxicos podem ser transferidos para os ovos, como mostra o estudo sobre Os efeitos de alimentação contaminada com aflatoxinas B1 sobre o desempenho das galinhas poedeiras, transferência de resíduos de AFB1 em ovos e sua estabilidade térmica. 

Uma pesquisa realizada na Espanha publicada em março desse ano na revista Toxins, intitulada Avaliação da ocorrência e exposição de aflatoxinas e desoxinivalenol em alimentos para crianças à base de cereais, avaliou a ocorrência das micotoxinas (aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 e desoxinivalenol-DON) em produtos infantis à base de cereais utilizando ingredientes como trigo, milho, arroz, aveia e grãos mistos. A pesquisa mostrou resultados importantes, detectando a presença das aflatoxinas em 12 amostras (20% ) e desoxinivalenol em também 20% das amostras, sendo que ambos tiveram quantidades de amostras que excederam o nível máximo estabelecido pela União Europeia.

Outra pesquisa conduzida também na Espanha constatou que produtos de panificação, aqueles ricos em cereais, podem ser contaminados por micotoxinas. A revista espanhola OCU (Organização de Consumidores e Usuários), que defende os direitos dos consumidores, disponibilizou dados de uma pesquisa realizada na Espanha em 2013, intitulada “Micotoxina – Hay que limitar las toda”.

Os resultados da pesquisa evidenciam que 75% dos produtos ricos em aveia e centeio que foram analisados possuíam alguns resíduos de micotoxinas. A pesquisa foi realizada com produtos processados de cereais da Bélgica, Itália, Portugal e Espanha, totalizando 173 produtos de cereais, e na Espanha foram testados 33 produtos, incluindo barras de multicereais, pães multigrãos, cereais matinais conhecidos também como mueslis (flocos de aveia, grãos, sementes e frutos secos) e biscoitos com diferentes tipos de cereais, principalmente a aveia. Em alguns pães ricos em cereais foram encontradas micotoxinas em quantidades elevadas, em outros elas não foram detectadas.

Uma vez presente nos alimentos processados, as micotoxinas não podem ser eliminadas, por isso a OCU aconselha que seus usuários fiquem atentos caso os produtos apresentem mofo ou outras alterações. A revista ainda alerta que evitar é melhor que remediar, por isso os setores produtivos devem estar cientes desse problema e dispostos a implementar um controle rigoroso em toda a cadeia de produção desses produtos, incluindo procedimentos de avaliação de risco e monitoramento de todos os ingredientes.

Referências:

http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201605/2016050413255001464012770.pdf

https://www.ocu.org/buscar?keyword=Micotoxina+Hay+que+limitarlas+toda&pageIndex=1&startFrom=0

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6468729/

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Desafios da segurança de alimentos para a indústria de ração

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O primeiro desafio é educacional: a conscientização de toda a cadeia produtiva para que a segurança de alimentos seja uma prioridade absoluta também na produção da ração animal. O segundo e terceiro são barreiras científicas a serem superadas: a resistência crescente das bactérias aos antibióticos e o combate às micotoxinas que são agentes contaminantes muito comuns nas colheitas em geral.

É alarmante reconhecer que nada menos que 25% das culturas agrícolas em todo o mundo estão contaminadas com micotoxinas. Nos seres humanos, causam nanismo infantil e câncer de fígado. Nos animais, prejudicam a saúde e baixam a produtividade para os criadores, pois consomem menos ração, ganham menos peso, morrem mais e mais cedo e consequentemente se reproduzem menos. Assim, a redução do desperdício causada pela perda dos grãos contaminados é uma das principais vias para solucionar a demanda crescente por alimentos no mundo.

Mas além das micotoxinas, as bactérias – principalmente as do gênero Salmonella – são outros agentes infecciosos mais críticos da atualidade. Para se ter uma ideia, em apenas dezoito minutos uma nova geração de bactérias do gênero pode se desenvolver. Por isso, é o tipo de infecção bacteriana que vem crescendo rapidamente no mundo, matando centenas de milhares de pessoas todos os anos.

Considerando que 60 a 75% de todos os antibióticos produzidos vão para a produção de animais, outra grave questão que ameaça a segurança alimentar no futuro é a crescente resistência dos micróbios e bactérias. Temos um histórico de produção de antibióticos para a promoção de crescimento que criou outro monstro, as bactérias super-resistentes.  Hoje podemos afirmar que a Resistência Antimicrobiana e Antibacteriana (RAM) é o maior desafio global em segurança de alimentos.
China, Brasil e EUA são países onde os antibióticos são usados em enormes quantidades na produção animal, como promotores de crescimento. Em muitos países, essa prática vem sendo banida, como na União Europeia (UE) e mais recentemente nos EUA. Ainda assim, são usados antibióticos demais para fins curativos.

O fato é que a contaminação alimentar coloca todas as pessoas do planeta em risco

Pets cada vez mais amados, como cães e gatos, também podem estar infectados e transmitir a Salmonela para seus donos pela interação humana com uma simples lambida carinhosa – o que é especialmente crítico para crianças e idosos, que são mais suscetíveis a infecções bacterianas. Da mesma forma, pode gerar surtos entre animais como galinhas, porcos e peixes, contaminando produtos alimentícios de base global, tais como ovos e carnes. E não somente produtos de origem animal, mas também matérias-primas de origem vegetal, como nozes, gergelim, temperos, grãos de cereais, farinha de trigo, cacau ou farelo de soja são conhecidos por transportar Salmonela ou outros microrganismos nocivos. Uma descoberta bastante nova, de acordo com as nossas pesquisas, é que a Salmonela pode sobreviver bem em alimentos com baixa umidade durante até um ano.

Em síntese, a consequência mais temida da propagação da RAM são infecções em humanos em que os antibióticos falham na cura, o que já está causando 50.000 mortes/ano entre a UE e os EUA. E a perspectiva é assustadora: em 2050 devem morrer mais pessoas de infecções do que de câncer. As estatísticas indicam que a intoxicação alimentar mata mais de 350 mil pessoas/ano, segundo alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), e ainda 582 milhões adoecem anualmente devido à reação alérgica gerada pelo consumo de alimentos contaminados.

Como o mundo está reagindo para enfrentar esses desafios que também carregam um enorme ônus econômico

Entre as boas tendências irreversíveis rumo a uma produção cada vez mais saudável, a partir de 2018 a UE baniu o uso de formaldeído em rações. O formaldeído é uma substância que causa câncer e pode ser encontrada em diversos produtos por ser um conservante eficaz que evita o crescimento de micro-organismos. Outra ação regulatória: em 2017 entrou em vigor nos EUA a Lei de Modernização de Segurança Alimentar com o objetivo de garantir o foco na prevenção de contaminação na origem da produção de alimentos, sendo a primeira vez na história norte-americana que a nutrição animal também começa a ser fortemente fiscalizada. Isto significa que a partir de agora qualquer empresa exportadora de alimentos para os EUA terá que investir em mais controle e monitoramento para cumprir essas regras. E a tendência é que o mundo todo siga pelo mesmo caminho de rigor regulatório.

Basicamente são três as principais fontes de contaminação: colheitas contaminadas por esporos de fungos e bactérias de aves e excrementos de animais no campo; alimentação dos animais; sanidade  das instalações e manuseio ao longo do processo. Tudo isso para evitar riscos de surtos de doenças nos animais e nos seres humanos. Ou seja, a fábrica de ração é um lugar em que também deve ser priorizada a segurança nutricional. É hora de agir com uma abordagem ampla: ração segura é o ponto de partida. O processamento de rações com inativação de bactérias nocivas e alto índice higiênico é a chave para animais saudáveis. E alimento humano seguro significa ter uma base vegetal e proteica animal mais saudável.

Como manter padrões sanitários elevados para que a indústria de ração possa continuar competitiva no futuro 

Tal cenário exige que o esforço de prevenção de contaminação já na origem da produção e ao longo de toda a cadeia produtiva seja a prioridade número um. A prática demonstra que é preciso atuar em toda a cadeia de valor, desde a colheita agrícola, passando pelo manuseio e processamento da matéria-prima ao longo do processo integral de industrialização, com higienização até o empacotamento e ainda garantia de controle de qualidade no estoque, transporte e distribuição até o consumidor final. Ou seja, só é possível combater os problemas de segurança de alimentos com uma abordagem holística e foco na prevenção.

Os principais passos para garantir a segurança alimentar na industrialização são: controle de micotoxinas, remoção de material estranho, validação e monitoramento de processos; redução microbiológica por meio de tecnologias termais e não termais, equipamento higienicamente projetado, controle de contaminação cruzada e sistema de advertência antecipada na logística de distribuição (envolvendo transporte e estoque entre o varejo e o consumo final).

Atualmente já existem várias tecnologias disponíveis que devem ser combinadas ao longo da cadeia de valor. Mas acima de tudo, entre os principais direcionadores estratégicos para ampliar a segurança alimentar, alertamos que o primeiro passo é a boa e velha educação com a conscientização de todos os agentes envolvidos nos sistemas produtivos para que a nutrição animal passe a ter o mesmo rigor que a humana.

Soluções para o processamento seguro de rações

Vencer o alimento tóxico, portanto, é um desafio global urgente e o treinamento das equipes de trabalho é a chave para o sucesso. Acreditamos na filosofia da prevenção começando pelo campo, na agricultura e na criação de animais. Agregar aditivos no processo industrial, quando o nutriente já está em risco, não é uma prática recomendada; é uma solução paliativa ainda praticada, mas insustentável para um futuro próximo.

O controle preventivo do processo microbiológico é crucial para toda a cadeia. E o processamento seguro da matéria-prima peletizada é especialmente vital para a indústria de processamento de ração. Uma solução científica das mais modernas é a redução microbiana e bacteriana por meio de combinação de tecnologias termais e não termais no processo de limpeza dos insumos, além da rastreabilidade digital, começando pelo controle das micotoxinas na origem.

Depois de muitas e muitas décadas com uma abordagem reativa voltada para processos químicos artificiais e excesso de antibióticos, o mundo vive agora uma mudança de paradigma em que a ênfase está mais do que nunca na prevenção, com base em duas grandes frentes: nas boas práticas de fabricação e na análise de perigos e pontos críticos de controle.

Concluindo: o grande desafio da segurança de alimentos não pode ser tratado de forma isolada em um ponto da cadeia de cultivo e processamento. Precisa de uma abordagem abrangente como resultado de um esforço conjunto. A tendência é que a humanidade possa evoluir resgatando um princípio milenar: a ração vira alimento e alimento vira remédio, inspirado na frase atribuída a Hipócrates, grego considerado o pai da medicina.

Autor convidado: Gerardo Morantes, nutricionista e PhD em segurança de alimentos industrial, especialista em ração, grãos e oleaginosas.

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Uma dica importante para o consumo de amendoim e seus produtos

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O blog, sempre preocupado com a verdade e o consumo consciente de alimentos seguros, desta vez traz uma dica importante para o consumo de amendoim e seus produtos.

Os recentes acontecimentos associados a fraudes em alimentos deixaram o consumidor brasileiro em alerta com relação aos alimentos produzidos e comercializados no Brasil.

Na onda do “denuncismo” que toma conta da nossa imprensa, casos de produtos fora de especificação viraram motivo de manchete de primeira página e de multiplicação nas redes sociais.

Um desses casos foi o de um lote de paçoca rolha, um dos doces brasileiros mais tradicionais, que é produzido a partir do amendoim.

A manchete “Anvisa interdita lote de paçoca por conter substâncias cancerígenas acima do limite” diz muito sobre a falta de preparo e o imediatismo (associado a uma pitada de sensacionalismo) dos portais e agências de notícias.

Ok, o lote continha teor de aflatoxinas acima do limite permitido por lei, mas a superficialidade da notícia fica evidente ao ler os comentários dos leitores no site.

O assunto micotoxinas já foi abordado aqui no blog várias vezes, sempre de maneira didática e esclarecedora, deixando claros os perigos e as medidas de controle adotadas.

As micotoxinas podem estar presentes em vários alimentos e podem sim, em alguns casos, causar algumas doenças, entre elas certos tipos de câncer, sempre considerando um consumo elevado e por tempo muito prolongado; afinal, nenhuma doença desse tipo se desenvolve de uma hora para outra.

No caso do amendoim e seus produtos derivados, os controles são feitos não apenas pela ANVISA, mas também pelo MAPA.

Também a ABICAB, Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, controla este perigo através do Programa Pró-Amendoim, instituído em 15 de fevereiro de 2001. 

A base do programa é constituída por auditorias em BPF e APPCC e pelo monitoramento dos produtos nos mercados brasileiros.

As análises são realizadas pelo LAMIC, Laboratório de Micotoxinas da Universidade Federal de Santa Maria (RS), que é acreditado pelo INMETRO e MAPA.

Nos últimos 5 anos, o programa identificou cerca de 27% de não conformidades em produtos avaliados e comunicou as autoridades competentes para que as medidas legais fossem adotadas. Então, consumir amendoim e seus produtos derivados não é perigoso e, ao contrário do que fizeram parecer, é muito saudável!

Uma boa dica para quem é fã de amendoim, paçoca, pé de moleque, entre outros, é procurar pelo selo do Pró-Amendoim nas embalagens.

Quem quiser saber um pouco mais pode visitar o site da ABICAB.

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Avanços e desafios – micotoxinas na América Latina

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O LACC 3  teve uma seção exclusiva dedicada à Micotoxinas, a palestrante Sofia Noemi Chulze, da Universidad Nacional de Río Cuarto Argentina, abriu a seção com a palestra Avanços e desafios das micotoxinas na América Latina. Veja os principais tópicos abordados.

               Os cereais são os principais componentes da dieta humana e animal em diversos países da América Latina, onde os maiores produtores são Brasil e Argentina.

               As micotoxinas representam 21% das contaminações em cereais. Sendo as principais: Zearalenona (38%), Aflatoxina (20%), Fumosina (17%), Desoxinivalenol (16%) e Ocratoxina (10%).

               Além de ser prejudicial a saúde de homens e animais, a contaminação por micotoxinas pode causar grandes perdas econômicas em todos os níveis de produção de ração e de alimentos, incluindo produção agrícola e animal, colheita, distribuição e processamento.

               Os principais fatores que favorecem o surgimento dos fungos e consequentemente das micotoxinas são:

  • Rotação e variedades de cultivos;
  • Tratamentos químicos inadequados, dependendo do tipo de aplicação e tempo, não garante a eliminação do fungo;
  • Fatores climáticos, épocas de chuva aumentam a umidade e favorecem a produção de micotoxinas.

Desafios:

  • Cultivar plantios tolerantes;
  • Trabalhar com modelos de condições climáticas;
  • Maior controle na aplicação de químicos;
  • Utilização do biocontrole (proposta inovadora) para atuar como controle integrado junto com o controle químico;
  • Monitorar a população de fungos (toxicologia);
  • Utilização de milho transgênico, uma vez que este acumula menos toxinas.

E como desafios futuros, a palestrante destacou os seguintes pontos:

  • Desenvolvimento de novas tecnologias para detectar e controlar fungos e micotoxinas, que surgem em diferentes etapas do processo;
  • Coleta de mais dados para mapeamento dos riscos;
  • Harmonização das legislações especificas.

 

Fonte: LAAC 3   

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Micotoxinas, entressafras e supersafras

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É sabido que períodos de entressafra aumentam o risco de micotoxinas em cereais e leguminosas. Nesse período, os produtos agrícolas  não se desenvolvem com a mesma resistência, podendo ser atacados por pragas, que além de espalharem esporos de fungos, os cavam orifícios que abrem portas para a instalação dos mesmos.

Bom, devemos então do ponto de vista da segurança de alimentos comemorar que o Brasil irá colher a maior safra de trigo da história em 2014?  Em teoria sim! Disponibilidade de produto fresco e com qualidade, certo? Possivelmente não. Estoques altos desestimulam o produtor a vender, dado que o preço cai por excesso de oferta. Segundo um levantamento da Farsul, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, apenas 20% do trigo colhido no estado já foi comercializado. O número é bem abaixo do registrado o ano passado, quando nesta mesma época do ano, quase metade da produção já tinha sido vendida.

E o que acontece com o trigo armazenado, aguardando o melhor momento para ser vendido? Não é preciso ser expert: multiplicam-se as chances de desenvolvimento de micotoxinas, fato que que não requer muita bibliografia para ser confirmado, mas para quem quiser, confira no site da Embrapa.

Já relatamos no Food Safety Brazi cenário semelhante para o milho, no post Aflatoxinas em milho de pipoca na mira da Anvisa. Na insuficiência de silos, a supersafra do Mato Grosso de 2012 ficou sem local para armazenamento resultando que parte do produto fosse “estocado”  a céu aberto, o que sabemos que ao certo contribuiu para a incidência de micotoxinas. A falta de infra-estrutura para proteger e escoar esta produção persistiu ao longo de 2013.

Assim, aparentes boas notícias em nossa cadeia produtiva podem ter leituras bem diferentes na prática.

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Redução de micotoxinas em cereais – Codex alimentarius

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As micotoxinas são um perigo esperado quando cereais são manejados de forma inadequada, do campo ao armazenamento. Representam parcela significativa de recalls e também já começa a ser alvo de sanções aqui no Brasil.

O Codex Alimentarius, de forma muito didática, publicou o Código de prática para a prevenção e redução da contaminação de micotoxinas em cereais, incluindo ocratoxina A, zearalenona, fumonisinas e tricotecenos.(CAC/RCP 51-2003)

O documento foi gentilmente traduzido pelo laboratório Labtec para que nossos leitores do blog Food Safety Brazil possam usufruir deste conhecimento na língua portuguesa e contribuírem para aumentar a segurança de nossos cereais.

Baixe aqui o conteúdo completo.

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525 notificações por micotoxinas na Europa

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Acabamos de testemunhar uma notificação de aflatoxinas em pipoca, conforme mencionado no post Aflatoxinas na mira da Anvisa.

Esse número é bom ou é ruim? Ele é representativo para a realidade brasileira e susceptibilidade à contaminação, levando em conta as boas práticas agrícolas, boas práticas de fabricação e armazenamento?

Um caminho para ajudar nesta análise é espiar a realidade de outros “mundos”, como por exemplo a Comunidade Européia.

Em 2012, foram 525 notificações, sendo 484 por aflatoxina segundo o último Relatório Anual do RASFF. Esse número aparentemente escandaloso para nossas subnotificações, é um enorme progresso se comparado com a incidência de 2011.

 

 

 

 

 

As nuts – nozes, amêndoas e também o amendoim, encabeçam a lista dos alimentos mais suscetíveis. Vegetais e frutas também estão na lista e no caso, o principal vilão foi o figo seco. Cereais tem importância, assim como rações tem sido acompanhadas e interditadas, dado que quando contaminadas poderão refletir em doses significativas aflatoxina M1 no leite bovino. 

O que vocês acham desses números?

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Aflatoxinas em pipoca na mira da ANVISA

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Hoje saiu no Diário Oficial da União a proibição por parte da ANVISA da comercialização de uma pipoca fabricada por uma EPP (Empresa de Pequeno Porte) localizada em Lindóia.  A análise realizada por um LACEN de Minas Gerais, concluiu que o produto apresentou níveis de 62 µg/kg, enquanto que o limite estabelecido pela RDC 7/2011 é de 20 µg/kg. As aflatoxinas são genotóxicas e carcinogênicas e tem merecido ações esporádicas por parte dos órgãos fiscalizadores.

Resgatei algum histórico de mídia e consegui somente levantar ações semelhantes para o amendoim nos seguintes anos: 

2006
2010
2012

Como está sendo tratado nosso milho?

 A notificação por milho parece ser inédita, contudo não surpreende se analisarmos a supersafra de 2012, que não teve onde ser adequadamente armazenada e escoada, chegando a ser deixada a céu aberto no Mato Grosso, estado líder da produção nacional e respondendo por 24,8% do que se colhe no Brasil. Leia a notícia aqui. O problema é que o a falta de infra-estrutura para logística e armazenamento persiste em 2013.

E fora do país?

A Comunidade Européia, registrou no último relatório do RASSF 484 ocorrências. Saiba mais detalhes neste no post 525 notificações por micotoxinas na Europa.

 

 

Colaborou Ana Cláudia Frota.

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Desoxinivalenol, micotoxina mais conhecida como DON

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Relativamente nova, a Resolução RDC n°7 de fevereiro de 2011, traz os limites máximos para diversas micotoxinas em alimentos.

O Brasil é um dos países líderes na produção de alimentos agrícolas, e possui condições ambientais muito favoráveis para o desenvolvimento de fungos nesses alimentos, porém o controle de micotoxinas é um assunto que ainda traz muitas dúvidas aos produtores e processadores, e pouco vem sendo monitorado.

 Segundo o EMBRAPA, as micotoxinas são toxinas produzidas por fungos e bolores, com moléculas com estruturas que variam de simples anéis heterocíclicos com peso molecular até 50Da, até anéis heterocíclicos irregularmente dispostos com peso molecular acima de 500Da. Alguns estudos, descrevem cerca de 400 tipos diferentes de micotoxinas, o que dificulta sua identificação e controle.

O desoxinivalenol, conhecido como DON e vomitoxina, é uma micotoxina que pertence à família dos tricotecenos, e pode ser produzido por diferentes gêneros de bolores. O gênero mais comum são os bolores Fusarium, mas também são destacados os gêneros Mirothecium, Cephalosporium, Verticimosporium e Stachybotrys.

 O DON ocorre principalmente em cereais, como arroz e trigo,  podendo ocorrer antes da colheita ou até mesmo após a colheita, quando em condições ambientais adequadas até 35°C e com umidade relativa entre 80 e 90%. Para esses cereais, a Resolução RDC n°7, definiu os limites máximos tanto para os cereais in natura quanto para seus produtos. Ou seja tanto o trigo quanto à farinha de trigo e a soja e o óleo de soja devem ser monitorados e atenderem aos limites.

 Uma justificativa para a extensão do controle para os subprodutos pode ser explicada pela alta estabilidade apresentada pelo DON, sendo resistente à temperaturas de até 180°C. Segundo Dashofer, o DON também não é volátil e somente pode ser desativado sob condições drásticas ácidas ou alcalinas, em presença de hidretos de alumínio, lítio ou peróxidos.

 A ingestão de alimento contaminado possui os sintomas comuns de intoxicações alimentares como dores abdominais,  dores de cabeça, tonturas,  irritação na garganta, náuseas, vômitos e diarreia com presença de sangue nas fezes, e podem começar a aparecer em um intervalo de 5 a 30 minutos após o consumo.  Existem ainda estudos sobre a ingestão regular desses contaminantes serem responsáveis por tumores e doenças crônicas em órgãos vitais.

 Como as micotoxinas são produzidas por fungos e bolores, as medidas já conhecidas, para evitar seu crescimento são eficientes para evitar a presença das micotoxinas nos alimentos, ou seja, é importante manter o teor de umidade abaixo de 12%, umidade relativa abaixo de 60% e evitar exposição dos grãos ao stress, como geadas, calor e alterações de pH que os deixam mais suscesstíveis ao ataque microbiológico. Além disso pelo crescimento desses microorganismos ocorrerem na superfície dos cereais, percebeu-se que os produtos extraídos da camada interna do grão apresentam menor teor de desoxinivalenol em relação ao produto intermediário e a camada externa do grão, ou seja alguns processos de limpeza dos grãos também oferecem boa eficiência no controle.

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Aflatoxinas em amendoim estão sob controle: dados divulgados em 2013

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Faz 10 anos hoje que foram aprovadas as normas de Boas Práticas de Fabricação específicas para indústrias de amendoins e derivados, constantes na Resolução 172/2003, da Anvisa. A publicação desta Norma fez parte de um esforço tanto governamental quanto do setor privado para melhorar a qualidade do amendoim brasileiro, seriamente comprometida na época pela contaminação por aflatoxinas.  

Aflatoxinas são substâncias produzidas por fungos filamentosos do gênero Aspergillus consideradas agentes carcinogênicos pela Organização Mundial de Saúde. Sua ocorrência é maior no amendoim devido à afinidade do fungo Aspergillus flavus por este alimento e, principalmente, quando as condições de umidade e temperatura são favoráveis ao seu crescimento.  

Num estudo publicado em 2002, pesquisadoras da Unicamp e do Instituto Adolfo Lutz analisaram um grande número de trabalhos envolvendo micotoxinas realizados no Brasil entre 1991-2000 e chamaram a atenção para os níveis alarmantes de aflatoxinas presentes no amendoim. Em 2001, as principais indústrias de amendoim do país, reunidas em sua associação, a ABICAB, lançaram o selo “Pro-Amendoim”, um programa de autorregulamentação com foco na prevenção das aflatoxinas e com objetivo de estimular a produção de amendoim dentro dos padrões nacionais e internacionais de qualidade.  Atualmente 10 empresas fazem parte do programa.

A indústria também partiu para uma atuação conjunta com os produtores, buscando selecionar as variedades da planta mais resistentes ao fungo e um melhor manejo das condições de produção, colheita, beneficiamento e armazenagem do amendoim.

A contaminação diminuiu depois disto?  

Em março de 2013, uma pesquisa sobre o monitoramento de aflatoxinas em amendoim e derivados comercializados na região de Marília (SP) foi divulgada pela revista científica Alimentos e Nutrição / Brazilian Journal of Food and Nutrition, da Unesp (SP).  O estado de São Paulo concentra grande parte da produção brasileira de amendoim, sobretudo nas regiões da Alta Mogiana e Alta Paulista, onde está o município de Marília. O estudo, conduzido por uma equipe do Instituto Adolfo Lutz, traz dados do período 2002-2009. Neste intervalo, um total de 75 amostras de amendoim cru e derivados foram analisadas, sendo que apenas 16% delas apresentaram índice detectável de aflatoxina (< 2 µg/kg) e somente 6 amostras (8% do total) tinham níveis de aflatoxinas acima do limite tolerado no Brasil (20 µg/kg). No amendoim cru, duas das 10 amostras estavam contaminadas e, entre as paçocas, 4 das 47 amostras (8,5%) continham aflatoxinas em nível acima do aceitável. Também foram testados amendoim frito, com cobertura de chocolate, com cobertura colorida e amendoim tipo japonês, sendo que nenhuma das 18 amostras apresentou índice detectável de aflatoxina.  A separação entre índice detectável e índice aceitável deve-se ao fato de que persistem dúvidas se os teores de aflatoxinas tolerados não constituem realmente um risco à saúde pública, pois para um consumo constante, vários autores consideram que a segurança total só seria alcançada com a ausência de contaminação.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também monitora os índices de aflatoxina no amendoim através do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Vegetal). As amostras neste caso são apenas de amendoim cru destinado ao uso pelo consumidor. No ano-safra 2010-2011 foram analisadas 57 amostras do produto, com 45 delas apresentando teor de aflatoxina abaixo de 20 µg/kg (79% de conformidade). No último levantamento, divulgado em janeiro de 2013 e correspondente ao ano-safra 2011-2012, o nível de conformidade foi de 90%. Como o programa do MAPA foi instituído em 2008, não há números anteriores a esta data para avaliar a evolução da conformidade.

Os dados levantados nestas pesquisas devem ser vistos com cautela, pois há limitações evidentes de amostragem e de área abrangida, mas parecem ser bons indícios de que os esforços governamentais e da iniciativa privada resultaram em produtos de amendoim mais seguros para o consumidor.

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Fubás pesquisados pela Proteste decepcionam

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Dez marcas de fubá foram pesquisadas pela Proteste em junho de 2012. 

Análises laboratoriais para confirmar a segurança de alimentos foram realizadas. São elas:

Micotoxinas

Aflatoxina B1, B2, G1 e G2 e fumonisina B1 e B2.

 Higiene

Micro-organismos mesófilos, bolores e leveduras, coliformes totais e termotolerantes (fecais), Bacillus cereus, estafilococos coagulase positiva e pesquisa de Salmonella.

Além de nenhum produto trazer a data de validade e conservação após a abertura, o resultado do trabalho resultou em uma reivindicação junto à ANVISA por causa do não atendimento de uma política de saúde pública para a fubás e farinhas.

Confira na íntegra aqui.

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Ocratoxina em café brasileiro x método de processamento

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The source of ochratoxin A in Brazilian coffee and its formation in relation to

processing methods

M.H. Taniwaki, J.I. Pitt, A.A. Teixeira, B.T. Iamanaka

International Journal of Food Microbiology 82 (2003) 173– 179

A total of 408 Brazilian coffee samples was examined during the 1999 and 2000 coffee harvest seasons for the presence of ochratoxin A (OA) and fungi with the potential to produce it. Samples came from four regions: Alta Paulista (western area of São Paulo State), Sorocabana (southwest Sa˜o Paulo State), Alta Mogiana (northeast Sa˜o Paulo State) and Cerrado Mineiro (western area of Minas Gerais State). Cherries and beans were examined at different stages: immature, mature and overripe cherries from trees, overripe cherries from the ground and beans during drying and storage on the farm. For mycological studies, the cherries and beans were surface disinfected with chlorine, plated on Dichloran 18% Glycerol Agar at 25 jC for 5–7 days and analysed for the presence of Aspergillus ochraceus and closely related species, A. carbonarius and A. niger. More than 800 isolates of fungi belonging to these species were identified and studied for the ability to produce OA using the agar plug technique and thin layer chromatography (TLC). A. niger was the species found most commonly (63% of isolates of these three species), but only 3% of them produced OA. A. ochraceus also occurred commonly (31% of isolates), and 75% of those studied were capable of OA production, a much higher percentage than reported elsewhere. A. carbonarius was found (6% of isolates) only in Alta Paulista, the hottest region studied, and only from beans in the drying yard or in storage. However, 77% of the A.carbonarius isolates were capable of producing OA. Average infection rates for cherries taken from trees were very low, but were higher in fruit taken from the ground, from the drying yard and from storage, indicating infection by toxigenic species after harvest. The average OA content in 135 samples of mature cherries from trees, overripe from trees, overripe from the ground, drying yard and storage was 0.1, < 0.2, 1.6, 2.1 and 3.3 Ag/kg, respectively. Although individual OA levels varied widely, only 9 of the 135 samples analysed exceeded 5 Ag/kg OA, with one sample of poor quality dried coffee in excess of 100 Ag/kg OA.
The causes of high contamination were investigated on the farms concerned and several critical points were found, relating both to local climatic conditions and the drying processes used.

Clique aqui para baixar.

Paper gentilmente cedido pela pesquisadora do ITAL e autora, Marta Taniwaki ao Blog Food Safety Brazil.

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Atualização do Plano Nacional de Controles de Resíduos Biológicos do MAPA.

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Foi publicada no dia 22/05/2012 a Instrução Normativa SDA nº 11/2012, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelece o Subprograma de Monitoramento em Carnes (Bovina, Aves, Suína e Equina), Leite, Pescado, Mel, Ovos e Avestruz para o exercício de 2012, referente ao Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal – PNCRB.

Através do PNCRB, o Mapa fiscaliza a quantidade de contaminantes e de resíduos de produtos veterinários presentes nos produtos de origem animal, como antimicrobianos, sedativos, antiparasitários, anticoccidianos, anabolizantes, micotoxinas e outros.

A Norma tem por objetivo melhorar o controle realizado para verificar e garantir a qualidade e a segurança dos produtos de origem animal produzidos no Brasil. Foi incluída a pesquisa de novos resíduos e alguns limites máximos permitidos foram revistos. Em 2011, foram examinados cerca de 180 resíduos e neste ano serão pesquisados pelo menos 213 tipos, denotando um aumento de mais de 18% no número de substâncias monitoradas.

A amostragem será aleatória, com sorteio dos estabelecimentos onde serão colhidas as amostras, e serão definidos os laboratórios oficiais e credenciados pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária que as receberão para análise.

 

Maiores informações no site www.agricultura.br/legislacao.

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