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Manutenção preventiva: um pré-requisito essencial para a segurança dos alimentos

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No post Boas Práticas de Manutenção, foi muito bem pontuado que um dos desafios de uma empresa produtora de alimentos é conseguir implementar a cultura e conscientização sobre segurança de alimentos para todos os manipuladores de alimentos. Além disso, as legislações focam a capacitação para os manipuladores de alimentos, que deve ser adequada e contínua, relacionada à higiene pessoal e à manipulação dos alimentos. Neste contexto, muitas empresas acabam não incluindo os colaboradores responsáveis pelas intervenções e manutenções.

Quando pensamos em um plano de manutenção, parece simples: procedimentos escritos + ordem de serviço a serem executados por um determinando tempo, mas quantas vezes você já escutou: “parar para quê se máquinas estão funcionando? Se não está quebrado, por que consertar isso? Não vai parar porque precisamos produzir” ou pior, é o fim do mês, quando há uma resistência a gastar qualquer dinheiro extra.

A norma NBR-5462, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fala sobre o conceito de confiabilidade e mantenabilidade que corresponde à “capacidade de um item atender às funções requeridas (especificadas), após manutenção regida por procedimento escrito”. No contexto da gestão da segurança de alimentos, o equipamento bem mantido assegurará que a instalação funciona sem problemas, funciona corretamente, ajuda a garantir a produção de alimentos seguros e fornece um meio de documentar o desempenho.

A manutenção pode ser preventiva ou corretiva. A primeira refere-se a todos os serviços de inspeções sistemáticas, ajustes, conservação e eliminação de defeitos, visando evitar falhas ou defeitos. Já a manutenção corretiva, como o próprio nome indica, corresponde a todo e qualquer reparo feito no equipamento com falha.

A manutenção preventiva não é apenas um programa pré-requisito, é também uma área onde um programa bem documentado pode fornecer a uma empresa não apenas economia de custos significativa, mas também dados para economias futuras. Ela protege equipamentos, estende a vida do equipamento e aumenta a eficiência operacional.

Programas de manutenção preventiva e listas de verificação de início tendem a se concentrar em grandes peças de equipamento, especialmente aquelas que afetam a qualidade do produto ou a segurança. No entanto, as peças mais pequenas, tais como juntas, válvulas, grampos, vedações, conexões, podem causar os maiores problemas; contudo, estas partes pequenas são ignoradas frequentemente.

Uma série de focos de intoxicação alimentar e corpos estranhos tem sido diretamente atribuída à falta de manutenção adequada do equipamento em condições sanitárias.

Talvez a melhor maneira de começar a desenvolver um programa de manutenção preventiva seja fazer um inventário. Existem diferentes maneiras de fazer isso. Uma pequena instalação pode fazer uma lista mestra de todos os equipamentos que requerem manutenção, enquanto uma grande instalação pode configurar sua lista mestra pela linha de processamento ou área de processo:

  • Nome do equipamento
  • Localização
  • Número de série
  • Descrição
  • Cronograma de manutenção
  • Responsabilidade
  • Procedimentos

Para a maioria dos equipamentos, há vários horários de manutenção diferentes. Há manutenção de rotina, isto é, o que é feito diariamente, esquemas de lubrificação e diferentes tipos de manutenção mais complexa. Como exemplo, é normal na maioria das operações desligar um equipamento pelo menos uma vez por ano para uma verificação completa. No entanto, o cronograma também pode exigir a substituição de juntas ou algum outro item a cada mês. Portanto, a linha de fundo é que para cada peça de equipamento existam vários níveis de manutenção.

Ao estabelecer cronogramas de manutenção, uma avaliação de risco em cada peça de equipamento deve ser realizada. Quão importante é essa operação ou atividade para a qualidade do produto, segurança ou conformidade?

Quando este exercício é feito, a empresa terá estabelecido atividades de alto, médio e baixo risco. Com base na avaliação de risco, a operação pode decidir realizar atividades de manutenção com maior ou menor frequência.

Fontes:  http://www.foodengineeringmag.com/articles/87968-food-safety-in-preventive-maintenance-little-things-mean-a-lot

http://www.foodsafetymagazine.com/magazine-archive1/april-may-2012/preventive-maintenance-an-essential-prerequisite-for-food-safety/

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Detecção de vazamentos de gases refrigerantes traz múltiplos benefícios aos varejistas

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Além de muito importante para os requisitos de segurança de alimentos, a gestão do gás refrigerante nos sistemas de refrigeração comercial tem impactos nos aspectos ambiental, regulamentar e financeiro. Os vazamentos de gás refrigerante são causados por vários fatores e podem ocorrer em qualquer sistema. Para instalações de varejo de alimentos, a maioria dos vazamentos acontece em racks e estojos de refrigeração. Um programa eficaz de detecção de vazamento pode ajudar os varejistas a minimizar e até mesmo a eliminar os vazamentos de refrigerante completamente. Em última análise, sua adoção melhora as operações da loja.

O grande impacto dos vazamentos de refrigerante

De acordo com a pesquisa da GreenChill, da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), os supermercados de porte médio dos Estados Unidos deixam vazar cerca de 25% de seu suprimento de refrigerante por ano. Para uma loja individual, a perda de R-404A (refrigerante comum) a US$ 7 por libra de refrigerante levaria um único supermercado a perder cerca de US $ 6125 por ano por fugas deste gás. Multiplique isso por 100 lojas em uma cadeia e o varejista pode perder mais de US$ 600.000 por ano. Esta estimativa não leva em conta os custos adicionais, tais como as taxas de mão-de-obra associadas, perda potencial de negócios pela interrupção do serviço e perda de alimentos ou questões de qualidade que poderiam resultar.

As fugas podem fazer com que os sistemas de refrigeração trabalhem mais duro para compensar a perda de refrigerante, resultando em equipamentos com menor desempenho ou uso de energia ineficiente. Para os sistemas que trabalham para manter os alimentos nas temperaturas adequadas para manter o frescor e os padrões de segurança, vazamentos graves também podem afetar negativamente a qualidade dos alimentos e a segurança do consumidor.

Métodos de detecção de vazamentos

Os programas de detecção de vazamento remoto baseiam-se nas tecnologias de aprendizado de máquinas para monitorar continuamente os níveis de refrigerante do sistema e notificar as partes interessadas quando há um desvio em relação às condições normais de operação. Ao contrário dos métodos de detecção de fugas, que só podem monitorar partes dos sistemas de refrigeração que estão localizados em áreas fechadas, a detecção remota de vazamentos monitora todo o sistema, analisando indicadores-chave que ajudam a fornecer informações úteis.

Práticas recomendadas para detecção eficaz de vazamentos

Os varejistas devem procurar implementar uma política de tolerância zero para fugas de refrigerante. O objetivo deve ser não apenas criar protocolos de resposta adequados, mas também incorporar medidas pró-ativas que minimizem ou eliminem vazamentos completamente.

Ao estabelecer um programa de detecção de vazamentos, três áreas chaves devem ser tratadas:

Métodos de detecção

Existem diferentes tecnologias para escolher, mas a estratégia do programa deve começar com a detecção. Dependendo dos requisitos do revendedor, o equipamento de detecção automática de vazamento pode fornecer detecção precoce de vazamentos e ajudar a identificar o local. Os sistemas automatizados reduzem o potencial de erro com inspeções manuais e aumentam a eficiência do processo. Considere instalar dispositivos em racks, condensadores e caixas, que são as áreas mais comuns para produzir vazamentos.

Notificações confiáveis

Quando ocorre um vazamento de refrigerante, é fundamental que as pessoas apropriadas sejam alertadas. As notificações de alarme podem ser remotas, locais ou uma combinação de ambas. Para maior eficiência no tempo e maior visibilidade do desempenho do sistema de refrigeração, muitos varejistas integram notificações remotas de detecção de vazamento em seu sistema de gerenciamento de instalações, que podem alertar um técnico de serviço diretamente ou percorrer um centro de monitoramento remoto cujos especialistas podem diagnosticar e resolver o problema.

Monitoramento contínuo

Embora este elemento possa muitas vezes ser negligenciado, o monitoramento contínuo é importante para ajudar os varejistas a identificar áreas problemáticas e compreender o impacto geral de vazamentos de refrigerante. Através da gravação e análise dos dados coletados no momento em que ocorre um vazamento, os varejistas podem correlacionar essa informação com tipos de equipamentos ou eventos de manutenção para determinar o melhor curso de ação. O monitoramento contínuo do equipamento oferece insights valiosos para melhorar continuamente o programa de detecção de vazamento, além de auxiliar no aumento da eficiência operacional.

Reportagem original: http://www.foodsafetymagazine.com/signature-series/refrigerant-leak-detection-programs-offer-multiple-benefits-for-food-retailers/

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Legislação para lubrificantes de grau alimentício

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Como saber se um lubrificante usado no processador de alimentos é adequado para esta finalidade? Aqui no Brasil não temos registros, autorizações ou mesmo legislação nacional específica. A Portaria 2619/11, do município de São Paulo, é o único requisito legal até o momento, mencionando que: 

3.11. Os lubrificantes utilizados nos equipamentos que possam eventualmente entrar em contato com os alimentos ou embalagens devem ser de grau alimentício. As especificações técnicas do produto devem permanecer à disposição da autoridade sanitária.

As primeiras coisas que devemos saber é que há categorias definidas para lubrificantes. São elas:

H1:  Contato incidental:
Representa a utilização de um lubrificante, que, como conseqüência do uso geral da máquina ou equipamento para o qual ele é aplicado, pode resultar no contato da referida substância com o alimento. O contato não é proposital ou contínuo e é em quantidade mínima para atingir o resultado tecnológico desejado. Ex: uso em correias, fluidos de compressores, costura de latas, moagem de cana de açúcar, sprays desengripantes de uso geral).
H2: Sem nenhum contato com os alimentos (Ex: engrenagens de um ventilador de um forno de panificadora)
3H: Contato direto. Potencialmente estará no produto acabado. Ex: desmoldantes
HT1: Fluidos de troca de calor que podem ter contato incidental

Assim, como comprovar documentalmente que o lubrificante é de grau alimentício?

– A formulação contém somente as substâncias autorizadas pelo FDA, – ou seja, estão na lista positiva da CFR, Title 21, seção 178.3570
– O fabricante é registrado pela NSF , National Sanitation Foundation (para lista positiva ou White Book, com a relação atualizada de fabricantes)
– Respeitam as porcentagem máximas estabelecidas na composição
– Estão registradas na categoria H1

Segundo Piet Steenard, a própria Comunidade Européia endossa o trabalho do FDA e NSF e não tem trabalho semelhante.

 Fontes:

Piet Steenard , Palestra de IV Congresso de Inocuidade de Alimentos da SOMEICCA, no México. Piet é membro da EHEDG (European Hygienic Engineering & Desing Group)

Definições

: NSF

Este post foi editado em 12/09/2014

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Como manter um sistema de gestão saudável

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A implementação e certificação de uma empresa costumam ser momentos de grande dedicação e motivação para as empresas. No entanto, passada esta fase, é preciso estar preparado para manter o sistema implementável e melhorá-lo continuamente.

Clique aqui e veja as dicas de como superar as não-conformidades mais comuns em sistemas de segurança de alimentos já operantes.

Jaime Lasta é Gerente Regional de Auditorias da Silliker e palestrou no Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, em maio de 2012, em Campinas.

 

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