5 min leitura
0

FEFO, FIFO, PEPS, LIFO e FILO: A sopa de siglas em Food Safety!

5 min leitura

Uma SOPA de SIGLAS e letrinhas que deixa qualquer profissional da indústria de alimentos confuso! Não se preocupe!  Antes de mais nada, é fundamental entender que todas essas palavras se referem a estratégias e modelos de gestão de estoque.

Esses modelos permitem organizar todo o fluxo de entrada e saída dos produtos, definindo diretrizes e gerando valor para as organizações. Tenha certeza de que esse conceito aplicado ao seu negócio será de grande ajuda para otimizar a gestão.

Seja na Logística, Produção ou Qualidade, essa sopa de siglas está diretamente ligada aos processos de gestão de consumo e estoque nas indústrias de alimentos e Centros de Distribuição. Quando bem gerenciados e atendidos, os processos envolvidos impactarão positivamente a redução de perdas, controle de custos e garantia da qualidade. Baseia-se principalmente no controle de entrada e saída dos produtos, coordenados por uma metodologia que atenda especificações, características e necessidades diferenciadas de cada material, como os diferentes prazos de validade e demandas de consumo.

Vamos aos detalhes de cada sigla e como elas se aplicam na gestão de estoque:

FEFOFirst Expired, First Out ou Primeiro a Vencer, Primeiro a Sair (PVPS). Nesse modelo os produtos com data de validade mais próxima são despachados primeiro, pouco importando há quanto tempo os itens estão estocados.

O modelo FEFO leva em conta a data de validade do produto para determinar a sequência em que os lotes saem do estoque. Produtos que estejam mais próximos do vencimento devem ser despachados primeiro. Esse modelo é muito recomendado para alimentos, produtos farmacêuticos, químicos entre outros.

Método utilizado para produtos de altíssimo giro, com shelf life (vida útil ou prazo de validade) mais próximo do vencimento, sendo os primeiros a sair do estoque. Utilizado largamente para gerir estoques de produtos perecíveis e alimentos frescos, como carnes, derivados de leite e bebidas e as indústrias química e farmacêutica, bem como o agronegócio.

O transporte de carga perecível é uma etapa crítica e bastante vulnerável da cadeia de suprimentos. No Brasil, esse cenário ainda é potencializado e dificultado pelas péssimas condições da malha viária nacional e por longas distâncias aos portos, obrigando os gestores de Supply Chain a um melhor gerenciamento de carga e um maior controle do embarcador. A aplicação do método FEFO é de extrema importância na garantia da qualidade dos produtos perecíveis para que esta não seja comprometida durante todo o tempo de transporte.

O método FEFO garante o bom funcionamento e fluidez das movimentações dos produtos no tempo certo. Alguns produtos são muito delicados quando se trata da validade, como os alimentos e bebidas. Eles possuem uma vida curta e por isso devem ser adequadamente recebidos, armazenados e expedidos o mais rápido possível e da maneira mais apropriada. O método vem para suprir as necessidades específicas de cada produto, mantendo a organização, validade e o controle do estoque.

Os benefícios do método vão além da garantia do controle da validade dos produtos. Ele é capaz de evitar perdas no estoque por vencimentos e essas perdas são mais graves e caras do que parecem! Um produto que ficou estocado tempo demais e perdeu a validade é, simplesmente, uma perda desnecessária de espaço, de recursos, de tempo e ainda precisará ser descartada.

FIFO: sigla para First In, First Out ou PEPSPrimeiro a Entrar, Primeiro a Sair. Trata-se de uma estratégia de gestão de estoque na qual os produtos que estão armazenados há mais tempo são despachados primeiro para os consumidores. Isso garante que o custo da mercadoria vendida e o custo do estoque remanescente sejam correspondentes.

Esta estratégia de gestão de armazenagem é geralmente utilizada para produtos com prazos de validade determinados ou que precisam ser encaminhados ao seu destino final em curto prazo por já estarem há um tempo no estoque.

O FIFO é geralmente utilizado em estoques de giro mediano ou de produtos com shelf life longo como produtos congelados, não perecíveis ou até mesmo itens sem vencimento. O método controla a saída, garantindo que a rotatividade seja e esteja acontecendo corretamente.

LIFOLast In, First Out ou Último a Entrar, Primeiro a Sair, (UEPS). Nessa estratégia, o produto mais recente no estoque (com menor tempo de armazenagem) é despachado primeiro.

Método em que os últimos produtos que entraram no estoque são os primeiros a sair. Geralmente é utilizado para insumos sem prazo de validade e com baixo volume de giro em estoque. Ainda é usado para garantir uma margem de segurança de produtos em estoque para atender períodos de pico de giro.

Esse método também pode ser conhecido e classificado como: FILO – First In Last Out, primeiro que entra é o último que sai.

 

A validade é o que conta para o consumidor final. Ela agrega valor e está ligada à qualidade dos produtos: os “mais frescos”, “mais novos” e “recém-produzidos” são os que o consumidor quer comprar!

O consumo, a estocagem, o transporte e o gerenciamento de produtos exigem cuidados específicos. O grande desafio está na garantia da qualidade dos alimentos e a sua conservação. Para garantir essa qualidade, as empresas traçam estratégias para alcançar a excelência dos serviços, sendo competitivas e diferenciais no mercado.

Há no mercado várias soluções inteligentes, e a partir dessa estratégia as indústrias de alimentos se adaptam perfeitamente a sua demanda.

Entre as soluções mais procuradas, temos o Drive In Dinâmico: um sistema deslizante por gravidade que permite aproveitamento máximo da área de armazenamento e uma maior rapidez nos processos. Esse sistema facilita o controle de validade dos produtos e o giro é movido pelo sistema FIFO, ou seja, o primeiro produto que entra é o primeiro que sai. Paletes são carregados na extremidade superior de pistas inclinadas e deslizam pela ação da gravidade, sendo sua aceleração controlada por reguladores de velocidade.

Temos os Drive Thru, como alternativa ao Drive in, destacando-se pela praticidade na colocação e retirada. Porém, o espaço não é tão bem otimizado, uma vez que exige a existência de corredores entre prateleiras. No sistema Drive Thru a entrada e a saída de cargas ocorrem em extremidades opostas, sendo plenamente possível também trabalhar com o FIFO (First In, First Out): os primeiros itens a serem armazenados serão os primeiros a serem retirados.

As duas soluções poderão ser aplicadas e seguidas no método FEFO – First Experied First Out, garantindo também o bom funcionamento e fluidez das movimentações dos produtos no tempo certo.

Outra solução inteligente está no Push Back: um sistema de acumulação dinâmica muito similar ao Drive In. Esse sistema permite armazenar paletes em profundidade por nível. A estrutura possui pistas de roletes nas quais os produtos são apoiados e empurrados pela empilhadeira. Uma solução que utiliza o princípio LIFO, o último palete a entrar é o primeiro a sair. Também podemos classificá-lo como FILOFirst In Last Out, primeiro que entra é o último que sai.

 

Em um primeiro momento pode parecer complicado entender todas as siglas que definem a gestão e o fluxo dos produtos estocados. Mas, ao conhecer os conceitos, a realidade e os pontos críticos em questão, esse controle se torna muito mais fácil.

Defina uma estratégia e observe diversos atributos para o seu produto: perecibilidade, frequência de compra, volume de vendas e pondere todas essas variáveis, avaliando o melhor modelo e verifique qual deles se adequa melhor à lógica do seu negócio.

O método a ser aplicado em sua Logística para movimentação de cargas é determinado pelo tipo de produto a ser controlado e isso impactará na diminuição de possíveis prejuízos causados por perdas de itens, permitindo que produtos novos sejam vendidos antes daqueles que já estão no estoque há muito tempo.

5 min leituraUma SOPA de SIGLAS e letrinhas que deixa qualquer profissional da indústria de alimentos confuso! Não se preocupe!  Antes de mais nada, é fundamental entender que todas essas palavras se […]

2 min leitura
22

A cadeia de logística e transporte e os impactos na segurança dos alimentos

2 min leitura

Uma etapa existente em todas as indústrias de alimentos é a cadeia de distribuição logística de seus produtos acabados, realizando assim a comercialização do seu produto final, para que chegue aos distribuidores de alimentos, ao ponto de venda e consequentemente ao consumidor final.

A preocupação com a segurança do alimento que é transportado é muito alta, pois alguns requisitos são obrigatórios para a realização do transporte seguro dos produtos, sendo eles:

  • Refrigeração: O baú de transporte de produtos que necessitam do frio para sua conservação, deve estar com a temperatura correta, sendo o produto refrigerado ou congelado, atendendo a especificação dos produtos transportados
  • Higiene: A higiene do baú é essencial para transportar alimentos, pois sujidades causam a manifestação de pragas e maus odores que podem ser transmitidos para os alimentos
  • Direção segura: Algumas embalagens possuem barreiras protetoras que ao serem transportadas, sofrem avarias, danificam e até causam contaminação direta ao produto, como no caso de embalagens de produtos com o uso de atmosfera protetora, nas quais qualquer microfuro pode levar contaminação ao alimento embalado.
  • Colaboradores: Geralmente quem realiza o transporte dos alimentos são empresas terceirizadas, que devem obrigatoriamente atender as normas de boas práticas de fabricação, inclusive sua equipe de motoristas e ajudantes, para que possam transportar os alimentos.

Para obter a melhoria e a efetividade nos processos de transporte de alimentos, podemos propor as seguintes ações da equipe da qualidade:

  • Treinamentos: Nesses casos há necessidade de uma equipe de motoristas e ajudantes treinados e habilitados ao transporte de produtos alimentícios. Devem ser abordados os temas de cuidados gerais com produtos. Exemplos: qual a temperatura ideal, manter o equipamento de frio constantemente ligado é essencial para a manutenção da temperatura independentemente do consumo de combustível, transporte seguro evitando curvas acentuadas para tombamento das caixas, manuseio correto das caixas e empilhamento correto dentro do baú onde deve-se evitar jogar caixas ou amassá-las, higiene e limpeza do baú com a frequência de preferência semanal, a proibição de transporte de animais  e produtos químicos com produtos alimentícios e o asseio pessoal com ausência de barba e cabelos protegidos por toucas descartáveis e uso do uniforme limpo e completo.
  • Controle de temperatura: Existem aparelhos (termógrafos) disponíveis no mercado que acompanham a carga e mensuram a temperatura, sendo que posteriormente é possível realizar a leitura e fazer um acompanhamento total da manutenção do frio durante o transporte
  • Rastreabilidade: Atualmente empresas de soluções tecnológicas realizam a prestação de serviços para controle de rastreabilidade total da carga transportada, permitindo o acompanhamento remoto on-line via aplicativos específicos, o monitoramento e possíveis desvios da rota, tempo de parada no cliente, velocidade do veículo, temperatura do baú e equipamento com defeito, roubo do veículo e informação imediata de recusa do produto no cliente por problemas de qualidade e status gerais das entregas.
  • Verificações e registros: As análises e verificações dos veículos transportadores nos momentos de expedição dos produtos considerando as manutenções do veículo, avaliando também o sistema de frio, limpeza, higiene, análise do produto, ações que se mostram totalmente necessárias para conservação e segurança dos alimentos transportados.

Ações como as mencionadas auxiliam o processo de garantir a segurança do alimento transportado, sendo que todos os aspectos são importantes para que o produto final chegue com o máximo de segurança e qualidade ao consumidor final, preservando a marca do produto.

2 min leituraUma etapa existente em todas as indústrias de alimentos é a cadeia de distribuição logística de seus produtos acabados, realizando assim a comercialização do seu produto final, para que chegue […]

2 min leitura
1

A importância do funcionamento adequado da cadeia do frio para produtos cárneos congelados

2 min leitura

Nesses anos de recessão econômica, as empresas estão com a política de otimizar cada vez mais os gastos internos e intensificar a qualidade da produção a fim de melhorar a competitividade dos seus produtos, porém, muitas vezes a qualidade dos produtos é afetada por agentes externos como o transporte e a entrega dos seus produtos nos pontos comerciais.

A cada ano que passa, as empresas têm percebido a grande contribuição da logística para o encarecimento, ou não, dos custos totais de produção. No entanto esses custos podem ser ainda maiores quando não há um cuidado adequado do setor logístico, pois o tempo adequado de transporte e o veículo adequado têm grandes influências na entrega dos produtos. Quando falamos de produtos frigorificados, o setor logístico tem uma parcela ainda maior na influência de qualidade dos produtos a serem entregues. Para a cadeia dos produtos cárneos congelados temos diversos tipos de equipamentos frigorificados, tais como equipamentos frigoríficos horizontais, frontais ou laterais, acionados por motores elétricos ou por energia gerada por motores a diesel.

Esses equipamentos são primordiais para a manutenção da qualidade dos produtos produzidos na indústria, sem que haja qualquer desvio nas temperaturas dos produtos congelados ou refrigerados. A temperatura correta de transporte reduz a taxa de crescimento dos microrganismos, seja nos produtos congelados ou nos produtos refrigerados, porém em caso de desvio apresentado, os produtos ficam comprometidos e não há uma garantia que o prazo de validade será cumprido conforme o apresentado nas embalagens.

A alteração no prazo de validade se dá pela formação e crescimento de alguns  microrganismos patogênicos, como Staphylococcus Aureus, Bacillus Cereus, Listeria e Salmonella, entre outros. Por esses motivos, temos que implantar ações de verificação e monitoramento adequado dos equipamentos de transporte frigorificado para que haja entrega dos produtos sem que desvios de qualidade, causados por temperaturas indevidas, venham causar problemas sensoriais e de intoxicação alimentar.

As dicas de ações serão relatadas no próximo post.

Créditos de imagem: CL Asinter.

2 min leituraNesses anos de recessão econômica, as empresas estão com a política de otimizar cada vez mais os gastos internos e intensificar a qualidade da produção a fim de melhorar a […]

< 1 min leitura
7

Controle de temperatura no transporte de alimentos

< 1 min leitura

Durante a implantação de um sistema de gestão de segurança de alimentos em uma empresa da cadeia de frios, é clara a evidência da preocupação da equipe e dos colaboradores com as condições de conservação da temperatura de armazenamento e transporte dos produtos.

A Norma Global de Segurança de Alimentos faz, inclusive, uma referência direta a como deve ser realizado o controle de temperatura no transporte:

“Todos os veículos ou os contentores utilizados para a expedição dos produtos devem ser inspecionados (com registro) para garantir que sejam adequados à finalidade. Isso deve garantir que eles estão (…) equipados para garantir que os requisitos de temperatura podem ser mantidos”.

É inevitável que a pergunta ecoe em nossa cabeça: como garantir que os requisitos de temperatura estão sendo mantidos?

Uma pequena parte da frota brasileira já possui um sistema bastante evoluído com relação ao registro da temperatura, que inclui um sistema de refrigeração e controle dentro dos parâmetros especificados, bem como o registro em data log (tempo x temperatura) para verificar se houve picos de temperatura ao longo do transporte.

Em outros casos, no entanto, não é possível obter uma frota que seja 100% especializada e, por muitas vezes, o produto segue em caminhões que não possuem registro do binômino tempo x temperatura.

O que fazer nesses casos? Como provar que não houve flutuação com picos de temperatura no caminho ao cliente?

Existe um recurso simples e bastante prático, conhecido como Fita termométrica irreversível. Esta fita é inserida em alguma caixa ou pallet de produtos, e registra o maior pico de temperatura lido ao longo do transporte.

Esse recurso se torna bastante interessante segundo a ótica de gerenciamento das transportadoras contratadas.

 

Aproveite o recurso e utilize-o como registro da verificação do sistema de gestão de fornecedores de serviços!

< 1 min leituraDurante a implantação de um sistema de gestão de segurança de alimentos em uma empresa da cadeia de frios, é clara a evidência da preocupação da equipe e dos colaboradores […]

Compartilhar
Pular para a barra de ferramentas