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Normas reconhecidas pelo GFSI: qual escolher?

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Um requisito bastante comum observado em processos de homologação de fornecedores da cadeia produtiva de alimentos tem sido a certificação acreditada em alguma norma reconhecida pelo GFSI.

GFSI (Global Food Safety Initiative), conforme já apresentado aqui no blog, é uma entidade sem fins lucrativos criada para promover a segurança dos alimentos globalmente. Uma das principais ações desta fundação é o reconhecimento de normas de certificação aceitas por grandes empresas da área de alimentos e varejo após um comparativo realizado com um guia de referência (GFSI Guidance Document Sixth Edition Issue 2 disponível em www.globalfoodsafetyinitiative.com).

Realizada de forma independente e imparcial, a comparação dos requisitos de sistema de gestão, BPF, controles de produto, controle de processo, análise de riscos, dentre outros, garante que todas as normas reconhecidas, mesmo não sendo iguais tenham seus fundamentos equivalentes.

Os esquemas atualmente reconhecidos são apresentados no site da entidade (http://www.mygfsi.com/about-gfsi/gfsi-recognised-schemes.html). São diversas as opções, então logo surge a dúvida: Qual esquema escolher, visto que todos atendem a necessidade do meu cliente?

O grande ponto é que agora esta decisão deixa de ser definida pelo cliente. A organização passa a poder considerar qual esquema melhor atende as suas próprias necessidades. Trata-se sem dúvida de uma decisão estratégica.

Em comum, todos os esquemas recomendados pelo GFSI abordam os seguintes tópicos:

  • Política de Segurança de Alimentos
  • Manual de Segurança de Alimentos
  • Sistema de Gestão
  • Comprometimento da Alta Direção
  • Análise Crítica do Sistema (incluindo APPCC)
  • Requisitos Gerais de Documentação
  • Especificações
  • Procedimentos
  • Auditorias Internas
  • Ações Corretivas
  • Controle de Não Conformidades
  • Liberação de Produto
  • Aquisição
  • Avaliação de Fornecedores
  • Tratamento de Reclamação de Clientes
  • Rastreabilidade e Recall
  • Medidas de Controle e Monitoramento
  • Análise de Produto

Apesar dos esquemas apresentarem fundamentos similares, há algumas diferenças significativas que devem ser consideradas no momento da escolha. Diante disso, fizemos um breve comparativo entre os três esquemas mais utilizados aqui no Brasil. Veja:

BRC:

  • Norma revisada em 2015. Atualmente está na transição entre 6 e 7ª edição.
  • Atua em três pilares: qualidade, legalidade e segurança de alimentos.
  • Apresenta requisitos para implementação do Sistema de Gestão, de modo pormenorizado, apresentando claramente como proceder para que os objetivos propostos sejam atingidos.
  • Norma apresentada em 7 seções (Comprometimento da Alta direção; Plano de Segurança de Alimentos; Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança de alimentos; Padrões de instalação; Controle de produto; Requisitos de pessoal).
  • Auditoria ocorre em 1 única fase.

IFS:

  • Norma revisada em 2014. Atualmente está na 6ª edição.
  • Atua nos pilares: qualidade em produtos e processos e segurança de alimentos.
  • Apresenta requisitos para implementação do Sistema de Gestão, de modo pormenorizado, apresentando claramente como proceder para que os objetivos propostos sejam atingidos.
  • Norma apresentada em 6 seções (Responsabilidade da Direção; Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos; Gestão de recursos; Planejamento e Processo de Produção; Medições, Análises e Melhorias e Food Defense e Inspeções Externas).
  • Auditoria ocorre em 1 única fase.

FSSC 22000:

  • Esquema revisado em 2013. Atualmente está na 3ª edição.
  • Os requisitos auditáveis são distribuídos em 3 documentos: norma ISO22000, uma especificação técnica de Programa de pré-requisitos e documento da FSSC (Foundation for Food Safety Certification) contendo requisitos adicionais.
  • Atua em um único pilar: segurança de alimentos.
  • Apresenta requisitos para implementação do Sistema de Gestão, de modo mais genérico, sem detalhar o como proceder para que os objetivos propostos sejam atingidos. A especificação ISOTS22002 apresenta requisitos um pouco mais detalhados (específicos sobre programa de pré requisitos).
  • Esquema composto pela norma ISO22000 – 8 seções (Objetivo; Referência normativa; Termos e Definição; SGSA; Responsabilidade da direção; Gestão de recursos; Planejamento e produção de produtos seguros e Validação, verificação e melhoria do SGSA); por uma especificação técnica contendo 18 ou 19 itens sendo: Construção e leiaute de edifícios e utilidades associadas; Leiaute das instalações; Suprimento de ar, água, energia e outras utilidades; Serviços de suporte, incluindo descarte de resíduos e efluentes; Adequação de equipamentos e sua acessibilidade; Gestão de materiais; Medidas de prevenção da contaminação cruzada; Limpeza e sanitização; Controle de pragas; Higiene pessoal; Disposição dos resíduos; Adequação, limpeza e manutenção dos equipamentos; Higiene Pessoal e instalações dos funcionários; Retrabalho; Processo de recolhimento dos produtos; Armazenamento; Informações do produto/ conscientização do cliente; Food defense, biovigilância e bioterrorismo e Projeto e desenvolvimento de embalagens (aplicável para indústria de embalagens) e pro 6 requisitos adicionais.
  • Auditoria ocorre em 2 fases.

É bastante importante que antes da definição pelo esquema a ser adotado, a empresa estude o conteúdo dos requisitos estabelecidos em cada caso para que a decisão tomada seja assertiva e aderente ao contexto e as necessidades de cada organização. Conversar com colegas que já vivenciam a realidade de sistemas de gestão é sempre válido, mas devemos sempre nos lembrarmos que cada empresa é única. O que é bom / inadequado para uma, não necessariamente será para a outra.

Sua empresa já escolheu um esquema reconhecido pelo GFSI para implementar? Conte- nos aqui qual foi!

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Classificação de não conformidades no esquema FSSC 22000

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Caros leitores, neste artigo gostaríamos de ajudá-los a compreender como são classificadas as não conformidades em uma auditoria de FSSC 22000. Essa compreensão poderá contribuir para que a sua empresa e equipe responsável pelo sistema entendam a visão da certificadora e possam tratar as não conformidades sempre em busca da melhoria contínua dos sistemas da sua organização.

Para o esquema FSSC, a própria Fundação para a Certificação de Segurança dos Alimentos (FSSC) estabelece as orientações sobre a classificação das não conformidades decorrentes de uma auditoria de terceira parte do esquema FSSC.

Você pode acessar o guia de orientação na íntegra e todos os outros documentos relacionados ao esquema FSSC 22000 no site: http://www.fssc22000.com.

 Não conformidade maior x não conformidade menor

Conforme o guia da FSSC, as não conformidades levantadas nas auditorias de terceira parte do esquema FSSC para alimentos, embalagens e, mais recentemente, alimentação animal, podem ser classificadas em não conformidade Menor (NC Menor) e não conformidade Maior (NC Maior). Vamos exemplificar cada uma delas.

NC Menor – Caracterizada por uma falha em um requisito do sistema de gestão que não tem impacto sobre a capacidade de alcançar os resultados esperados para a Segurança dos Alimentos.

Exemplos:

  • Realizar a análise crítica pela Alta Direção, porém foi identificado que a frequência estabelecida pela organização não está sendo atendida. Por exemplo, está estabelecido que a análise crítica deveria ser realizada a cada 12 meses, no entanto as duas últimas foram realizadas em 12/Janeiro/2014 e a próxima em 25/Abril/2015.
  • Não identificar no plano HACCP um perigo físico que foi evidenciado como potencial durante a visita à planta. Por exemplo, um visor de vidro em um equipamento de processo que entra em contato direto com o produto.
  • Realizar a auditoria interna do esquema FSSC, porém não incluir no escopo os requisitos adicionais da FSSC. Por exemplo, a empresa usa um check list como guia e relatório da auditoria interna, mas este check list contém apenas os requisitos da Norma ISO22000 e ISO/TS22002-1, sem incluir os requisitos adicionais da FSSC.

Ou seja, são falhas pontuais, que não comprometem no resultado do Sistema de Gestão e não impactam diretamente a segurança do produto.

NC Maior – Caracterizada pelo não cumprimento de um ou mais requisitos do Sistema de Gestão, o que levanta dúvidas sobre a capacidade do sistema para alcançar os resultados esperados de Segurança de Alimentos na cadeia alimentar ou para controlar de forma eficaz o processo para o qual foi concebido.

Exemplos:

1 – Não documentar e não implementar os requisitos SGSA de forma eficaz. Por exemplo, não definir, documentar e não implementar a Política de Segurança de Alimentos.

2 – Impacto direto sobre a segurança dos alimentos. Por exemplo, evidenciar que o monitoramento do PCC não está sendo realizado e o produto está sendo liberado.

3 – Múltiplas falhas menores. Por exemplo, múltiplas falhas na análise de perigos identificadas durante a auditoria, tais como: apresentar um fluxograma muito resumido sem detalhamento suficiente da sequência e interação das etapas e sem incluir as etapas de retrabalho e recirculação; não identificar perigos potenciais; não selecionar e classificar medidas de controle adequadas para o perigo significante; não descrever e documentar a metodologia de classificação da medida de controle.

4 – Fracasso em resolver qualquer questão relevante para a Segurança de Alimentos em tempo hábil. Por exemplo, receber reclamações relativas a segurança de alimentos e não tratá-las. Não apresentar uma investigação e não agir corretivamente de maneira eficaz.

5 – NCs menores não resolvidas dentro dos prazos acordados. Por exemplo, não implementar ações imediatas e corretivas para uma não conformidade levantada há mais de 12 meses, ou seja, espera-se passar um ano e a organização ainda não implementou nenhuma ação.

6 – Evidências de situação duvidosa quanto à segurança dos alimentos e/ou produto inseguro, sem qualquer medida tomada para controlar o produto potencialmente inseguro. Por exemplo, durante a auditoria são evidenciadas algumas reclamações de clientes que encontraram metal no produto, ou que o detector de metais não está funcionando e que o perigo de metal aço carbono, por exemplo, é muito alto, visto que a grande parte dos equipamentos é de aço carbono.

É importante ressaltar que a graduação da NC depende da situação real da auditoria evidenciada pelo auditor na organização. Sempre deve ser analisado pelo auditor o risco e o impacto à segurança de alimentos, o tipo de falha (pontual ou sistêmica) e o resultado das avaliações de todas as evidências encontradas nas trilhas de auditoria.

Se você deseja saber mais sobre não conformidades e sobre o FSSC 22000, entre em contato conosco em www.lrqa.com.br ou sao-paulo@lrqa.com

Autores:

Equipe de Food Safety do LRQA: Daniela Rita Fonseca, Camila Miret e Eliana Cardoso

Contato para imprensa:

Erica Bergel

Latin America Marketing Manager

erica.bergel@lrqa.com

+55 11 3523-3961

 

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Zoneamento: por onde começar?

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É quase certo que a maioria dos nossos leitores já se deparou com requisitos normativos (por exemplo, da ISO/TS 22002-1 – programa de pré-requisitos da FSSC 22000 para a indústria alimentícia) ou com requisitos legais e de clientes, para implementar procedimentos para minimizar a contaminação cruzada microbiológica.

Um termo comum associado às medidas de prevenção da contaminação cruzada é o zoneamento. De acordo com a ISO/TS 22002-1, o conceito de zoneamento é “demarcação de uma área, dentro de um estabelecimento, onde operações específicas, higiene ou outras práticas podem ser aplicadas para minimizar o potencial de contaminação microbiológica cruzada”. Isto significa estabelecer, por exemplo, uma classificação das diferentes áreas ou salas da fábrica em níveis de higiene aplicados com maior ou menor rigor, fluxos específicos, entre outras medidas, de acordo com o risco de contaminação.

A determinação do risco está associada com uma análise dos possíveis perigos biológicos, incluindo a severidade destes perigos, probabilidade da ocorrência, fontes da contaminação e suscetibilidade do produto. É bastante importante o envolvimento de toda a equipe de segurança de alimentos / APPCC. Vá até as áreas fabris e de produção, busque o máximo de dados possível, observe as operações acontecendo. Considere e estude: características dos materiais e do produto, incluindo requisitos de atendimento a padrões microbiológicos e sua sensibilidade à contaminação; uso pretendido, público-alvo e consumidores sensíveis do produto fabricado (o que pode requerer maior cuidado, por exemplo, se for um produto fresco pronto para consumo, ou se for destinado a bebês); área/etapa do processo onde o produto se encontra, incluindo seu status (cru, termicamente tratado, exposto, diretamente manipulado, totalmente lacrado, etc.) e as medidas de controle para perigos biológicos existentes em etapas posteriores (ex. pasteurização); fluxograma de processo, descrição das etapas de processo e o fluxo de pessoal, materiais, ar ambiente, utilidades (água, movimentação de resíduos, captação de esgoto / localização de ralos) e utensílios (para isso, uma planta baixa da fábrica pode ser bastante útil para identificar os pontos de maior vulnerabilidade à contaminação e desenhar o fluxo mais adequado); layout, condição das instalações e medidas/barreiras existentes (ex. equipamentos enclausurados, pressão positiva do ar na sala, salas fisicamente separadas por paredes, barreiras sanitárias, resultados de monitoramento microbiológico ambiental – ar, superfícies, mãos – e dos produtos, etc.); resultados de análise microbiológica dos materiais e produtos, monitoramento microbiológico ambiental e outras informações referentes à reclamações ou ocorrências de contaminação microbiológica. Durante esta avaliação, podem ser identificadas necessidades de medidas adicionais ou mais rigorosas.

As áreas consideradas mais suscetíveis à contaminação cruzada microbiológica devem ter submetidas a medidas de controle específicas, incluindo controle de acesso. Classifique as áreas da fábrica por diferentes níveis de higiene (zonas), partindo-se da premissa de que deve haver medidas nos pontos de transição para acesso entre uma área de menor para maior risco (ou seja, onde requisitos de higiene mais rigorosos são necessários para acessar a área mais sensível).

Não há uma regra específica de quais medidas de controle devem ser implementadas, tudo depende do risco, da suscetibilidade do produto e dos requisitos estabelecidos pela própria empresa para a proteção do produto e principalmente, do consumidor. Como exemplo, pode-se descrever a classificação dos níveis de higiene x locais x medidas de controle em forma de tabela:
zoneamento

Estabeleça procedimentos descrevendo o racional da avaliação do risco e a implementação do zoneamento e medidas de controle associadas. Não se esqueça que o pessoal deve ser treinado nestes procedimentos. Reavalie periodicamente a eficácia das medidas de controle, e os resultados das análises microbiológicas e monitoramento ambiental. Em caso de desvios ou situações não satisfatórias, implemente as melhorias necessárias. Bom trabalho!

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Transição da ISO 22000 para a FSSC22000

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Muitas empresas já possuem seus sistemas de gestão da segurança de alimentos certificados em ISO 22000 e pretendem obter a certificação FSSC 22000 para que assim possam atender aos requisitos estabelecidos pelo GFSI. Dúvidas comuns nestas situações são: que requisitos adicionais devem ser implementados? Que passos devem ser tomados para solicitar a certificação FSSC22000? Eu devo começar tudo de novo?

A certificação FSSC22000 é um esquema do sistema de gestão da segurança dos alimentos em aderência a norma ISO22000 e a uma especificação técnica de programa de pré-requisitos (PPR). Desta forma, o primeiro passo é identificar e implementar a especificação técnica de PPR aplicável ao segmento da empresa, exemplo:

– ISO TS 22002-1 (Processamento industrial de alimentos).
-ISO TS 22002-2 (Catering)
-ISO TS 22002-3 (Agricultura)
-ISO TS 22002-4 (Fabricantes de embalagens de alimentos)
Em seguida, deve-se implementar os requisitos adicionais que compõem o esquema FSSC22000 (disponíveis aqui

O próximo passo é solicitar uma auditoria de transição ao organismo certificador. Em 2014 a Fundação detentora do esquema FSSC 22000 confirmou que ao solicitar uma transferência de um certificado ISO22000 para um FSSC22000 não seria necessário a realização da auditoria inicial em duas fases. Os estágios 1 e 2 de auditoria podem ser realizados nas instalações do cliente de uma única vez, desde de que atenda aos requisitos substantivos para auditoria de certificação inicial descrita no FSSC Parte II, Apêndice II A1, seção 9.

Esta auditoria de avaliação para atualização de critério pode ser agendada para o período previamente programado para uma auditoria de manutenção ou de recertificação.

Em ambos os casos, a empresa deve comunicar oficialmente e previamente o organismo de certificação para redimensionamento do tempo de auditoria e para que se possa alocar um profissional competente e habilitado para realizar esta nova avaliação. 

A equipe auditora deve registrar no relatório de auditoria que o objetivo do evento é a transição do certificado ISO22000 para o FSSC22000, ou seja que será realizada a avaliação do grau de aderência do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos quando comparado com os requisitos da ISO 22000, da especificação de PPR aplicável ao segmento auditado e aos requisitos adicionais que compõem o esquema FSSC22000.

A carga horária da auditora é calculada considerando as orientações da Fundação e contempla o tempo previsto para uma auditoria de recertificação (maiores informações estão disponíveis no site da FSSC 22000

Sendo a empresa recomendada, ela recebe um certificado FSSC22000. A data de emissão do certificado é a data da emissão do certificado FSSC e a data original da emissão do certificado ISO 22000 não é indicada no novo certificado.

O certificado FSSC22000 poderá ter uma validade de até três anos. Este prazo máximo é disponibilizado sempre que a auditoria de transição coincidir com uma auditoria de re-certificação ou quando o certificado anterior de ISO22000 for revogado ou não sincronizado com o novo certificado.  Quando a auditoria de mudança de critério for realizada durante uma auditoria de manutenção, o organismo de certificação pode decidir deixar a validade do certificado FSSC 22000 seguir a validade do certificado anterior existente através da sincronização dos certificados.

Maiores informações estão disponíveis em: http://www.fssc22000.com/documents/pdf/guidances/guidance-iso-22000-to-fssc-22000-v2-20141201.pdf

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PPRO e PCC: alguns conceitos presentes na nova versão da ISO 22004:2014

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A publicação da nova versão da Norma ISO 22004, trouxe algum esclarecimento adicional sobre os conceitos de PPRO (Programa de Pré-Requisito Operacional) e PCC (Ponto Crítico de Controle).

Um ponto que ficou mais claro ainda que na versão anterior é o de que realmente perigos significativos, por definição, devem ser controlados por PCC ou PPRO (ou por uma combinação deles). Havia uma interpretação um pouco distorcida de que perigos significativos poderiam ser controlados simplesmente por PPR, caso não fosse possível validar as medidas de controle. Há um conceito adicional na nova versão que define, ainda que perigos significativos são aqueles que permanecem após a implementação dos PPR.

Tendo isso bem claro, resta a questão da diferenciação entre PPRO e PCC. Um ponto interessante é que o conceito de limite crítico aplica-se realmente só a pontos críticos de controle. Mas é claro quer se um PPRO também deve ser monitorado, deve haver algum critério de aceitação definido para esse monitoramento. Pela norma, isso é chamado de limite de ação ou critério de ação. A diferenciação entre um e outro, pela definição apresentada, reside no fato de serem mensuráveis ou observáveis, conforme a natureza da medida de controle.

É claro que isso não resolve ainda completamente todas as dúvidas referentes ao que realmente diferencia um PPRO de um PCC. Essa não é uma questão simples e uma série de fatores deve ser levada em conta, para a classificação como: efeito da medida de controle sobre os perigos, sua viabilidade para um monitoramento que permite pronta tomada de correções, efeitos sinérgicos, se a medida de controle foi especificamente desenhada para eliminar ou reduzir o perigo a níveis aceitáveis e etc.

Ainda há muita discussão entre especialistas sobre o tema, mais o mais importante é que tanto PCC e PPRO devem ser monitorados, verificados e validados quanto à eficácia das medidas de controle associados a um ou a outro. Com isso, devem ser tratados com o mesmo cuidado dentro de um Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos.

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Publicação da ISO 22004:2014

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No início deste mês foi publicada a nova versão da Norma ISS 22004, que provê um guia para aplicação da Norma ISO 22000. Como é de conhecimento geral, a ISO 22004 não é uma norma certificável, e tem caráter somente orientativo, auxiliando na interpretação dos requisitos da ISO 22000, essa sim certificável.

A Norma foi completamente reestruturada. A versão anterior, publicada originalmente em 2005, seguia exatamente a divisão de requisitos da ISO 22000 (com 8 seções). A nova versão tem 9 seções, e a estrutura tem uma divisão mais claramente orientada de acordo ao ciclo PDCA. Os capítulos 5 a 8, que são os principais, são designados, nessa ordem: Planejamento, Implementação, Verificação e Melhoria. Para facilitar a consulta pelos usuários há uma correlação de requisitos entre a ISO 22000 a ISO 22004 (Anexo A).

Algumas mudanças ou informações interessantes a respeito da nova versão:

– Novos termos e definições: perigo significativo, desvio e limite/critério de ação. O objetivo aqui é claramente definir que perigos significativos são controlados por PPRO ou PCC (ou combinação deles) e que o conceito de limite crítico se aplica realmente só a PCC, sendo criada a terminologia de limites ou critérios “de ação” para os PPRO. Isso é esclarecido também ao longo da Norma.

– Reforço na abordagem PDCA para o sistema de gestão da segurança de alimentos (SGSA).

– Deixa de existir a árvore decisória extremamente confusa que havia na versão anterior, que dava a ideia de que perigos significativos podiam ser controlados também por PPR (talvez esse seja um assunto interessante para posts futuros).

– Maior detalhamento sobre validação, usando a abordagem do Guia de Validação do Codex Alimentarius , CAC/GL 69:2008 (esse certamente é um grande avanço, que contribuirá muito com a consistência das medidas de controle).

– Está mais claro o conceito de monitoramento como parte das operações do “dia-a-dia” (o “Do” do PDCA) e da verificação como parte do “Check”.

– Mais exemplos sobre recursos que devem ser gerenciados e providos em um SGSA, incluindo: equipamentos, instalações, materiais, energia, conhecimento, “budget” e pessoal.

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Webinar oficial da FSSC 22000 no dia 26 de setembro

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Em 26 de Setembro será realizado Webinar da FSSC 22000 destinado aos profissionais de qualidade e segurança do alimento que possuem interesse sobre o tema gestão da segurança de alimentos. Clique no link para realizar sua inscrição e obter maiores informações.

Nesta série de webinars do GFSI Leadership você irá ouvir de Jacqueline Southee, FSSC 22000 EUA, sobre:

O que há de novo este ano sobre o FSSC 22000

  • Para onde o FSSC 22000 está caminhando em 2015 e além
  • Como você poderá ser impactado pelas mudanças que estão a caminho…. e por que você deve seguir esta direção!
  • Como começar a se preparar hoje para o FSSC 22000 de amanhã
  • Como o FSSC 22000 ajuda a preparar seus membros para SGSA
  • E o Dr. Southee receberá perguntas ao vivo!

 Quem deve participar: se você trabalha com Qualidade & Segurança de Alimentos, Operações, Regulatório, Compras, Finanças…. em empresas já certificadas, em processo de certificação ou que está avaliando um padrão reconhecido pelo GFSI.

Quer conhecer mais sobre a norma FSSC 22000 ou tem dúvidas? Entre em contato com o Lloyd´s Register: erica.vianna@lr.or / (11) 3523-3948

 

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PAS 221:2013 – Programa de pré-requisitos para varejistas

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Em fevereiro de 2013, aBSI – British Standard Institution – publicou a versão final da PAS 221:2013 (Publicly Available Specification – Prerequisite programmes for food safety in food retail). A PAS 221 especifica o programa de pré-requisitos (PPR) para a segurança de alimentos em varejistas, sendo aplicável a qualquer organização envolvida especificamente neste setor, independente do tamanho ou complexidade das operações. Assim como as demais PAS e as ISO/TS 22002, esta especificação deve ser implementada e auditada em conjunto com a ISO 22000, sendo referente ao requisito 7.2.3. Veja mais informações aqui.

A Foundation, dona do esquema FSSC, ainda não incluiu o varejo em seu escopo. Vale ressaltar que até o momento, o varejo também não faz parte do escopo do documento-guia do GFSI, e portanto, o esquema FSSC para este setor ficará mais algum tempo em aguardo para o seu reconhecimento.

A PAS 221 pode ser adquirida através deste site.

< 1 min leituraEm fevereiro de 2013, aBSI – British Standard Institution – publicou a versão final da PAS 221:2013 (Publicly Available Specification – Prerequisite programmes for food safety in food retail). A […]

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Revisão dos requisitos de qualificação dos auditores de ISO 22000

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 O comitê técnico ISO / TC 34/SC 17, responsável pelo desenvolvimento e atualização da norma ISO 22000, está considerando uma mudança na definição dos requisitos de qualificação dos auditores. 

Atualmente, os requisitos de competência dos auditores estão descritos na ISO 22003 e são baseados em cinco fatores : requisitos específicos de educação , requisitos específicos de formação em segurança dos alimentos e em auditoria do sistema de gestão, experiência de trabalho e experiência em auditoria.
A proposta de revisão da ISO 22003 visa o alinhamento com a norma ISO / IEC 17021:2001 ( Avaliação da Conformidade – Requisitos para organismos de auditoria e certificação de sistemas de gestão ), sendo este o padrão recomendado pelo GFSI.

Além da mudança dos requisitos, os organismos de certificação terão que desenvolver procedimentos para avaliar as competências do auditor e a sua capacidade em usar uma abordagem de processo. Desta forma, qualificações de auditores como a educação, formação e experiência poderá determinar parcialmente a competência requerida. Será preciso que o auditor também tenha conhecimento específico, habilidades e experiência, além de ter a capacidade de aplicar esses fatores na condução de uma auditoria e avaliação de seus resultados.

O que acha da proposta de mudança?

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ISO 22000 aberta para receber revisão

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Se você já se viu pensando em como aquele requisito da norma ISO 2200 poderia ser melhor descrito,  o que poderia ser melhorado ou ainda que poderia ser completamente diferente, o momento de participar é agora!

 A organização ISO convidou todos envolvidos na cadeia de produção de alimentos que usam, implementam ou fazem referência a norma ISO 22000 a apresentar comentários e feedback sobre a norma de sistema de gestão da segurança dos alimentos.

 É sabido que esta norma foi publicada em 2005 e que desde então as necessidades do mercado global de alimentos sofreram modificações. Em intervalos planejados as normas ISO são avaliadas e a nova revisão está planejada para ocorrer em setembro de 2014. A comissão responsável pelo desenvolvimento e manutenção da ISO 22000, ISO / TC 34/SC 17 , receberá comentários até começo de junho /2014.

Se você quer participar com criticas e sugestões de melhorias para a próxima versão da ISO 22000, envie comentários para o comitê técnico ISO / TC 34/SC 17 pelo e-mail: hj@ds.dk ou entre em contato com a ABNT (membro da ISO no Brasil) pelo grupo CEE de Segurança de Alimentos.

 

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