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GFSI publica Requisitos de Benchmarking versão 2024

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O GFSI publicou, em dezembro de 2024, os Requisitos de Benchmarking (Benchmarking Requirements – BMRs) versão 2024.

Você pode acessar os requisitos completos diretamente no site do GFSI.

Se quiser entender mais sobre o papel do GFSI nos protocolos de certificação, o post “Você sabe qual é o papel da GFSI?” e este resumo do próprio GFSI podem ajudar.

Processo de revisão

O processo de revisão foi iniciado em outubro de 2022, através do GFSI’s Technical Subcommittee.

O desenvolvimento dos BMR v2024 foi realizado durante o primeiro semestre de 2024, pelo GFSI’s Benchmarking and Harmonisation Working Group, grupo composto por empresas do varejo, manufatura e serviços de alimentação, organismos de certificação e detentores de esquemas de certificação (Certification Programme Owners – CPO).

De julho a setembro de 2024 o trabalho foi submetido a consulta pública. Os mais de 2.500 comentários foram analisados e incluídos na BMR v2024. É possível ler os resultados da consulta pública de forma consolidada ou na íntegra.

Principais mudanças nos BMR v2024

O GFSI publicou um documento onde relaciona as mudanças chave dos BMR v2024 em relação à v2021.1. As principais razões para a nova versão são:

  • Harmonização global: alinhamento dos BMR com as novas versões do Codex General Principles of Food Hygiene e ISO 22003
  • Processo de Benchmarking simplificado: otimização do processo de benchmarking para melhor eficiência e eficácia, clarificando e simplificando critérios, prazos e processos
  • Priorização da cultura de segurança dos alimentos: tema foi mais claramente incluído nos programas de gestão
  • Processos personalizados para organizações multi-site: requisitos mais claros para certificação de organizações multi-site

Impacto para as certificadoras e organizações

A partir de 06 de janeiro de 2025, os CPO podem buscar reconhecimento em relação aos BMR v2024. Programas atualmente reconhecidos na v2020.1 podem solicitar reconhecimento à nova versão a qualquer momento dentro de um prazo de 9 meses, sendo compulsório a partir de 5 de setembro de 2025.

Como indicado na imagem abaixo, o GFSI, por meio dos BMRs, define requisitos para conteúdo e gerenciamento dos programas de certificação. Desta forma, os novos requisitos da v2024 geram impacto direto sobre os esquemas de certificação e, consequentemente, sobre os organismos de acreditação e certificação que atendem esses esquemas e, em último caso, nas empresas que buscam certificação.

                  Fonte: GFSI Benchmarking & Recognition, 2019

 Em resposta ao feedback dos CPO reconhecidos pelo GFSI, foram publicados dois documentos de apoio para maior esclarecimento sobre como demonstrar atendimento aos BMR v2024: Manual do Processo de Benchmarking e Manual de Implementação de Benchmarking.

Com essas mudanças, para os próximos meses, provavelmente veremos movimentações nos esquemas de certificação, incluindo requisitos que as empresas, certificadoras e acreditadoras precisam atender.

Imagem em destaque: mygfsi

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A importância da certificação em Segurança de Alimentos: benefícios e impactos para as empresas

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As exigências do mercado em termos de qualidade e segurança de alimentos estão a crescer em ritmo acelerado, tornando a certificação uma necessidade imprescindível para as empresas. Esta realidade é impulsionada pela crescente concorrência e pela sensibilização dos consumidores, que procuram cada vez mais produtos seguros e de confiança. Com o aumento da expectativa média de vida, as pessoas vivem até idades mais avançadas, o que reforça a necessidade de alimentos que atendam a padrões rigorosos de segurança, especialmente para os grupos mais vulneráveis. Simultaneamente, o crescimento populacional impõe uma maior necessidade de produção alimentar, o que pode comprometer a segurança dos produtos, se não forem seguidos procedimentos rigorosos.

Neste contexto, as exigências legais em termos de segurança de alimentos tornam-se mais rigorosas. Contudo, o mero cumprimento da legislação nem sempre é suficiente. As empresas têm a oportunidade — e a necessidade — de ir além das obrigações legais. E por que motivo existe essa necessidade? Um dos principais fatores de motivação são os clientes das grandes superfícies, que estão a exigir cada vez mais. O objetivo é sempre o mesmo: garantir que alimentos seguros cheguem até à mesa de cada consumidor.

Diversas normas de certificação, como a ISO 22000, IFS ou BRCGS, foram desenvolvidas para ajudar as empresas a estruturar as suas operações e garantir que a segurança de alimentos seja assegurada de forma sólida e consistente. Estas normas elevam os padrões, promovendo práticas que vão além dos requisitos legais obrigatórios.

A certificação em segurança de alimentos oferece inúmeros benefícios, incluindo o aumento da qualidade dos produtos, a redução de custos operacionais e, consequentemente, a melhoria da lucratividade.

Embora os benefícios sejam significativos, muitas empresas enfrentam desafios que podem impactar a implementação eficaz de sistemas de certificação. Entre os problemas mais comuns estão:

  • Ausência de procedimentos documentados;
  • Falta de comprometimento por parte da equipe operacional;
  • Regras e processos pouco claros;
  • Indicadores de desempenho mal definidos;
  • Produtividade insatisfatória;
  • Falta de métricas para monitorar a eficiência;
  • Formação inadequada dos colaboradores;
  • Deficiências na comunicação interna;
  • Dificuldades em seguir a estrutura hierárquica;
  • Ineficiência na gestão dos processos.

Estes problemas, quando não resolvidos, podem aumentar o número de reclamações, elevar o desperdício de recursos e reduzir a rentabilidade.

A implementação de uma certificação pode ser uma ferramenta valiosa para as empresas enfrentarem esses desafios. Ao adotar um sistema certificado de gestão da segurança de alimentos, as empresas podem:

  • Garantir a consistência e clareza nos procedimentos operacionais;
  • Otimizar os processos produtivos, tornando-os mais eficientes e rentáveis;
  • Aumentar a motivação da equipe, ao estabelecer responsabilidades claras;
  • Promover a equidade de direitos e deveres entre os colaboradores.

Com a certificação, a qualidade dos produtos aumenta e o número de reclamações diminui. Uma empresa com produtos de qualidade reconhecida ganha uma reputação sólida no mercado, facilitando a fidelização de clientes e a abertura para novos mercados. Isto sem considerar questões bastante relevantes no que toca à defesa dos alimentos (food defense) e fraude alimentar (food fraud).

A certificação não só melhora a eficiência operacional como também contribui diretamente para a redução do esforço da equipe, o aumento da produção e a diminuição das reclamações, o que resulta em maior satisfação dos clientes. Estes fatores conduzem, de forma direta, ao aumento da lucratividade.

Além do impacto financeiro direto, a certificação traz benefícios indiretos, como a melhoria da imagem e reputação da empresa, a criação de uma vantagem competitiva e o aumento da eficiência global.

Após a implementação dos procedimentos e a obtenção da certificação, é crucial realizar uma análise do retorno sobre o investimento (ROI). Esta análise permite que a empresa avalie os ganhos obtidos com a certificação e identifique áreas para continuar a evoluir e promover a melhoria contínua. Este ponto torna-se particularmente relevante, dado que muitas vezes existe resistência à aplicação deste tipo de normas por parte da gestão de topo. No entanto, ao comprovar que é possível obter produtos de qualidade e segurança superior, enquanto se alcançam também ganhos económicos, as empresas tornam-se mais receptivas às alterações necessárias.

Com o foco na evolução constante, a certificação não é o ponto final, mas sim um passo fundamental para garantir a excelência operacional e a segurança de alimentos ao longo do tempo.

Por Tânia Lopes

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Garantindo a segurança dos alimentos: como preparar sua empresa para o Programa IFS Global Markets

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O Programa IFS Global Markets é um padrão essencial para empresas que desejam garantir a segurança e a qualidade dos alimentos que produzem. Ele abrange todas as etapas da cadeia de produção alimentar, desde a matéria-prima até a embalagem e distribuição do produto. Sua implementação permite que a empresa atenda aos requisitos regulatórios e aumente a confiança do consumidor na qualidade e segurança dos seus produtos.

A implementação do IFS Global Markets pode parecer um processo desafiador, mas a QIMA/WQS, uma das principais empresas de certificação do mundo, desenvolveu este artigo com um passo a passo e os benefícios do Programa para ajudar as empresas a iniciarem o processo em acordo com a versão 3, a mais recente atualização.

Os benefícios do programa IFS Global Markets

O IFS Global Markets é um programa que combina uma lista de verificação e o Protocolo de Avaliação IFS para garantir a segurança de alimentos.
Confira as principais vantagens do IFS Global Markets [1]:

  • Incentivo aos fabricantes de alimentos de diferentes tamanhos e potenciais;
  • Gestão de qualidade e de segurança de alimentos usando um programa de desenvolvimento gradual;
  • Apoio às empresas em relação a uma estrutura de referência para capacitação e implementação que abrange, ainda, uma Avaliação de Mercados Globais padronizada da IFS;
  • Aplicação flexível da abordagem gradual em relação ao tempo, ponto de partida e conquista do nível final;
  • Introdução gradual da abordagem baseada em riscos e processos como ponto de partida;
  • Sistema de gestão de qualidade e segurança de alimentos abrangente, robusto e/ou certificável;
  • Abordagem sistemática e comparável para facilitar e ajudar as empresas dispostas  a obter o Programa IFS Food Standard durante um período de tempo definido;
  • Sistema de avaliação uniforme, consistente e diferenciado;
  • Abordagem para o processo de melhoria contínua junto com o IFS Global Sistema de pontuação de mercados;
  • Organismos de certificação/prestadores de serviços de avaliação e avaliadores qualificados;
  • Comparabilidade e transparência em toda a cadeia de abastecimento;
  • Facilidade no acesso ao mercado local e aceitação mútua ao longo da cadeia de abastecimento.

Mudanças e melhorias da Versão 3 da norma IFS Global Markets

É comum que os padrões relacionados à segurança de alimentos na indústria de alimentos sejam atualizados periodicamente, visando a melhoria contínua dos processos. Nesse sentido, uma das novidades para este ano de 2023 é o lançamento da nova versão do IFS Global Markets Food, o IFS Global Markets Food Versão 3, que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento das empresas que atuam nesse setor. É importante destacar que as avaliações do IFS Global Markets Food versão 3 estarão disponíveis a partir de 1º de julho de 2023 e serão obrigatórias a partir de 1º de outubro do mesmo ano.

Para tornar a consecução desse objetivo mais acessível e eficiente, o IFS aprimorou vários pré-requisitos relacionados ao desenvolvimento de processos de segurança e qualidade de produtos. A seguir, apresentamos as principais mudanças e melhorias desta nova versão [2]:

  • A nova versão 3 do IFS Global Markets Food está em total conformidade com as normas IFS Food, Abordagem de Produto e Processo IFS, trilha de avaliação, novo Codex Alimentarius e as últimas legislações aplicáveis.
  • Introdução de 15 novos requisitos que visam garantir a conformidade com as exigências legais e abordar tópicos fundamentais essenciais, possibilitando uma melhoria na implementação de processos de gestão de qualidade e segurança de alimentos
  • De acordo com a metodologia IFS, a avaliação no local receberá 50% do tempo total de avaliação por parte dos avaliadores.
  • Uma diretriz/guia foi integrada à lista de verificação, tornando a implementação e verificação dos requisitos mais prática e conveniente.
  • Foram aprimorados a consistência dos níveis de requisitos e a divisão de alguns deles, de modo a adequá-los aos níveis individuais.
  • A nova versão 3 apresenta novas opções para avaliações, como as avaliações de acompanhamento, de extensão e voluntárias não anunciadas.
  • O programa foi redigido de forma mais consistente e didática, visando facilitar a compreensão dos usuários.

Conheça as Etapas do Processo do Programa IFS Global Markets

Passo 1 – Preparação para a Auditoria

Nesta fase, a empresa interessada em receber a auditoria no programa IFS Global Markets deve se preparar e selecionar um organismo de certificação para realizar a avaliação. A empresa deve também definir o escopo da avaliação e estabelecer um cronograma para as próximas etapas.

Passo 2 – Avaliação Inicial

A certificadora realiza a avaliação inicial, que consiste na verificação da conformidade da empresa com os requisitos estabelecidos pelo IFS Global Markets.

Passo 3 – Plano de Ação

Se durante a avaliação inicial forem identificadas não conformidades, a empresa deve elaborar um plano de ação para corrigir as falhas encontradas.

Passo 4 – Avaliação de Renovação

A avaliação IFS Global Markets tem validade de um ano; portanto, a empresa deve passar por uma nova auditoria para renovar a avaliação. Cada uma dessas etapas é importante para garantir que a empresa esteja em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo Programa.

Auditoria de IFS GM com a QIMA/WQS: qualidade e segurança para a indústria de alimentos

Lembre-se de que o padrão IFS Global Markets é uma ferramenta importante para garantir a segurança, a qualidade e a legalidade dos alimentos. Portanto, adequar-se a esse padrão será um diferencial competitivo que pode ser fundamental para a sua empresa no mercado de alimentos.

A QIMA/WQS desempenha um papel fundamental nesse processo. Como empresa líder na realização de auditorias IFS GM no Brasil, possui ampla experiência em ajudar empresas em todo o mundo a implementar padrões de segurança de alimentos, garantindo que estes se mantenham ao longo do tempo através de suporte contínuo.

 

Saiba mais sobre o programa IFS Global Markets versão 3 através do link: https://wqs.com.br/ifs-global-markets-3?xtor=SEC-1125&lang=pt&utm_source=BlogFoodSafetyBrazil&utm_medium=resourcehub_article_startifsgm&utm_campaign=fsb_articlestartifsgm_resourcehub

 


Contato:
Departamento de Marketing
marketing@wqscert.com

Referências

[1] www.ifs-certification.com/images/ifs_documents/IFS_GM_Food_v3_program_EN_1678656693.pdf

[2] www.linkedin.com/pulse/ifs-global-markets-food-vers%C3%A3o-3-confira-/?trk=organization_guest_main-feed-card_feed-article-content&originalSubdomain=pt

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Você já conhece as Certificações de Produto da NSF para a indústria alimentícia?

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Você já conhece a NSF? Sabia que seu produto alimentício poderia ganhar valor agregado com uma das certificações que a NSF oferece? Você sabia que nem todo produto que se diz ser gluten free, plant-based ou livre de organismos geneticamente modificados é de fato o que diz ser? A não ser que o produto seja verificado por uma Organização independente de terceira parte, como a NSF, a informação pode ser duvidosa.

Vamos explorar o que exatamente significam as Certificações de Produto da NSF para a indústria alimentícia e por que sua empresa deveria obtê-las.

Gluten Free

A certificação gluten free da NSF é um selo importante para empresas que desejam comprovar a ausência de glúten em seus produtos, garantindo assim a confiança dos consumidores e a conformidade com as regulamentações e padrões estabelecidos. Em primeiro lugar, é importante entender o significado do termo “gluten free“. O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, cevada, centeio e seus derivados. Para pessoas com doença celíaca, intolerância ao glúten ou sensibilidade ao glúten, a ingestão de alimentos com glúten pode causar problemas de saúde graves. Portanto, para esses indivíduos, a identificação clara de produtos sem glúten é crucial para uma dieta segura e saudável. A Certificação Gluten Free da NSF é uma garantia confiável para os consumidores de que um produto foi cuidadosamente analisado e verificado como estando em conformidade com os padrões estabelecidos para a ausência de glúten.

Plant Based

A certificação plant-based da NSF destina-se a empresas que desejam comprovar a qualidade e segurança dos alimentos baseados em plantas que comercializam e a autenticidade da informação de que o alimento é realmente feito à base de plantas. Neste texto, exploraremos o que exatamente significa essa certificação e por que uma empresa deve considerar obtê-la.
O termo “plant-based” ou “à base de plantas” refere-se a produtos alimentícios que são formulados principalmente a partir de ingredientes de origem vegetal, ou seja, excluindo os ingredientes de origem animal. Com o aumento da conscientização sobre os impactos ambientais, éticos e de saúde associados ao consumo excessivo de produtos de origem animal, a demanda por alimentos e bebidas plant-based vem crescendo rapidamente. A certificação Plant Based da NSF é um selo confiável que garante que um produto atende aos padrões e critérios estabelecidos para ser considerado genuinamente baseado em plantas.

Non GMO

A certificação Non-GMO (Non-Genetically Modified Organism) é um selo que comprova que tais produtos não contêm organismos geneticamente modificados. Os organismos geneticamente modificados (OGMs), também conhecidos como transgênicos, são organismos cujo material genético foi alterado, geralmente através de técnicas de engenharia genética. Essas modificações podem envolver a inserção de genes de outras espécies, como bactérias ou animais, em plantas ou animais de interesse comercial. A presença de OGMs em alimentos e produtos agrícolas tem gerado preocupações sobre segurança, impacto ambiental e questões éticas.
A certificação Non-GMO atesta que um produto foi cuidadosamente analisado e verificado como não contendo ingredientes geneticamente modificados.

Por que obter uma certificação de terceira parte?

Obter uma certificação de terceira parte é uma decisão estratégica para as empresas, pois traz uma série de benefícios e vantagens significativas. Aqui estão algumas razões pelas quais obter uma certificação de terceira parte é importante:

  1. Credibilidade e Confiança: Uma certificação de terceira parte é concedida por uma organização independente e imparcial, que atua como uma autoridade neutra e confiável. Isso confere credibilidade ao processo de certificação e ao selo obtido. Os clientes e consumidores têm maior confiança nos produtos ou serviços que possuem uma certificação reconhecida externamente, pois sabem que foram avaliados por especialistas independentes.
  2. Padrões e Requisitos Rigorosos: As certificações de terceira parte geralmente são baseadas em padrões e requisitos rigorosos estabelecidos pela organização certificadora. Esses padrões são desenvolvidos levando em consideração as melhores práticas da indústria, regulamentos governamentais e preocupações com a segurança, qualidade e sustentabilidade. Ao obter uma certificação de terceira parte, a empresa demonstra seu compromisso em atender a esses padrões elevados, o que aumenta a confiança dos clientes e consumidores.
  3. Validação Independente: Uma certificação de terceira parte envolve um processo de avaliação e auditoria realizado por especialistas independentes, que possuem conhecimento técnico e experiência na área específica da certificação. Essa validação externa é altamente valorizada, pois confirma que a empresa cumpre os requisitos estabelecidos e segue as melhores práticas. A validação independente fortalece a reputação da empresa, oferecendo aos clientes e consumidores a garantia de que seus produtos ou serviços são confiáveis e de qualidade.
  4. Vantagem Competitiva: Obter uma certificação de terceira parte pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa. Em muitos setores, as certificações são um requisito para participar de licitações ou concorrências comerciais. Além disso, os consumidores estão cada vez mais preocupados com questões como segurança dos alimentos, sustentabilidade e ética empresarial. Ter uma certificação reconhecida pode diferenciar a empresa dos concorrentes, permitindo acessar novos mercados e conquistar clientes que valorizam a conformidade com padrões de qualidade e sustentabilidade.
  5. Conformidade Regulatória: Em alguns casos, a obtenção de uma certificação de terceira parte é um requisito legal para atender a regulamentações específicas. As certificações podem estar alinhadas com normas e regulamentos governamentais que garantem a segurança, a saúde ou a proteção do meio ambiente. Ao obter a certificação, a empresa garante que está em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis, evitando problemas legais e prejuízos financeiros.

Em resumo, obter uma certificação de terceira parte traz credibilidade, valida a conformidade com padrões e requisitos rigorosos, oferece uma vantagem competitiva e demonstra compromisso com a qualidade, segurança e sustentabilidade. Essas certificações são reconhecidas pelos clientes, consumidores e stakeholders, aumentando a confiança e fortalecendo a reputação da empresa.

Por que a NSF?

A NSF uma organização independente sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos. Fundada em 1944, a NSF tem como objetivo principal promover a saúde e a segurança públicas, por meio do desenvolvimento de padrões e certificações para uma ampla variedade de setores, incluindo alimentos, água, produtos de consumo, produtos farmacêuticos, saúde e bem-estar, meio ambiente e sustentabilidade. É uma organização líder no campo da certificação e segurança dos alimentos, com um histórico estabelecido de promover a saúde e a segurança públicas. Sua reputação como uma organização independente, com padrões rigorosos e reconhecimento internacional, a torna uma escolha confiável para empresas que buscam certificações de terceira parte para demonstrar seu compromisso com a qualidade, segurança e sustentabilidade. Existem várias razões pelas quais a NSF é uma escolha confiável para obter uma certificação de terceira parte.

  1. Reconhecimento Internacional: A NSF é uma organização amplamente reconhecida e respeitada internacionalmente. Ela possui uma presença global e é conhecida por suas certificações de segurança dos alimentos, qualidade e sustentabilidade. A NSF tem uma reputação sólida e sua marca é amplamente aceita em diversos setores e mercados.
  2. Experiência e Expertise: A NSF possui uma vasta experiência e expertise em certificações. Ela atua há mais de 75 anos na área de segurança e saúde pública, trabalhando em colaboração com governos, indústrias e organizações para desenvolver padrões e regulamentos de alta qualidade. A organização conta com uma equipe de especialistas altamente qualificados em diversas áreas, garantindo que as avaliações e auditorias sejam realizadas de forma profissional e precisa.
  3. Padrões Rigorosos: A NSF tem uma abordagem rigorosa em relação aos seus padrões de certificação. Ela desenvolve seus critérios com base nas melhores práticas da indústria, nas regulamentações governamentais e nas preocupações com a segurança, qualidade e sustentabilidade. Os padrões da NSF são atualizados regularmente para acompanhar as mudanças nas demandas do mercado e nas regulamentações em constante evolução.
  4. Independência e Imparcialidade: Como uma organização independente, a NSF opera de forma imparcial e neutra. Ela não tem interesse direto nas empresas que buscam a certificação, o que garante uma avaliação justa e imparcial. A independência da NSF fortalece a confiança dos clientes e consumidores na credibilidade e integridade da certificação.
  5. Amplas Opções de Certificação: A NSF oferece uma ampla variedade de certificações em várias áreas, como segurança dos alimentos, qualidade de produtos, sustentabilidade, saúde e bem-estar. Isso permite que as empresas escolham a certificação mais relevante e adequada às suas necessidades específicas. A diversidade de opções da NSF garante que empresas de diferentes setores e tamanhos possam encontrar uma certificação que atenda aos seus requisitos.
  6. Compromisso com a Melhoria Contínua: A NSF incentiva a melhoria contínua por parte das empresas certificadas. Ela oferece suporte e recursos para ajudar as organizações a aprimorar seus processos, sistemas e práticas, com o objetivo de alcançar níveis ainda mais elevados de desempenho e conformidade.

Gostaria de saber mais sobre nossos serviços?
A NSF não apenas concede a certificação, mas também se preocupa com o sucesso e o progresso contínuo das empresas certificadas. Entre em contato agora mesmo através do e-mail brasil@nsf.org

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QIMA inaugura escritório para certificação e auditorias de alimentos em Petrolina-PE

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Empresa aposta no desenvolvimento agropecuário da cidade do Vale do São Francisco para expandir a atuação do grupo com foco na fruticultura.


QIMA é um fornecedor líder em soluções de conformidade da cadeia de abastecimento. Com uma divisão dedicada à indústria alimentícia, a empresa estabelece parcerias com a indústria agrícola, fabricantes de alimentos e varejistas para ajudá-los a oferecer produtos em que os consumidores podem confiar.

Dando mais um passo na expansão de seus negócios, o mês de novembro marcou a chegada do Grupo QIMA no Nordeste do país com um escritório próprio. No dia 25 de novembro, a empresa abriu as portas da sucursal em Petrolina, no estado de Pernambuco.

Esse é mais um empreendimento do grupo no Brasil. No novo escritório de Petrolina, as ações estarão voltadas para as empresas do setor alimentício do grupo: QIMA/WQS, QIMA IDB e QIMA Produce.

Cidade do Vale do São Francisco recebe Grupo QIMA

Localizada no sertão pernambucano, Petrolina faz parte do Vale do São Francisco, que desde a década de 1970 vem recebendo vários investimentos em irrigação e atendendo às expectativas econômicas, graças à produção de frutas e hortaliças geradas em seu solo fértil. Às margens do Rio São Francisco, o município foi o primeiro colocado no setor de agronegócio no ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócios, de acordo com um estudo realizado pela consultoria Urban Systems para a revista Exame.

Esse triunfo não passou incólume para a QIMA, que prevê na região um crescimento ainda maior na atividade de produção de orgânicos e fruticultura convencional, sendo este último o cerne do desenvolvimento econômico local, com posição de destaque no cenário de produção e exportação agrícola em nível nacional e internacional. “O Vale do São Francisco tem um grande potencial de desenvolvimento. Queremos contribuir com nossos serviços de certificações, auditorias e selos, que sabemos que vão levar a produção a um novo patamar”, afirma Mário Berard, CEO da QIMA/WQS.

“Ninguém melhor do que os próprios produtores para conhecer a terra e os frutos que cultivam”, diz Ignacio Santibañez, CEO da QIMA Produce, “Para conquistar mais espaço é preciso observar os pontos que devem ser zelados para obter os melhores resultados na safra, capacitar-se e acompanhar a movimentação do mercado”, aponta.

Escritório abre as portas para novas parcerias comerciais

No dia 25 de novembro o escritório foi oficialmente aberto para receber a equipe que vai ficar alocada na cidade e os clientes, tanto os antigos quanto os novos, que passam a ter um ponto de apoio fora do Sudeste.

Com um coquetel de inauguração, a ocasião contou com a presença de Diamile Silva, Gerente de Desenvolvimento de Negócios do Grupo QIMA, e de Ana Ishida, Diretora Global de Vendas da QIMA/WQS. A abertura também celebra a única certificadora com escritório no Vale do São Francisco.

Na expectativa de estreitar os vínculos com empreendedores da região, a equipe da QIMA coloca-se à disposição para apresentar as soluções voltadas para a divisão de alimentos. Alexandre Harkaly, CEO da QIMA IBD, enaltece a oportunidade de apoiar os esforços para um cultivo de alimentos orgânicos e sustentáveis cada vez mais seguros.

A chegada do Grupo QIMA à região vai apoiar os produtores locais a conquistarem a certificação, estimulando-os, com isso, a expandirem seus negócios e atingirem novos mercados. “Ser uma empresa certificada não representa apenas estar apta a exportar, é sobre toda a gestão e operação não só na empresa, mas em toda a cadeia de abastecimento. Queremos ter essa aproximação com o produtor do Vale do São Francisco e ser um suporte para ele com as múltiplas soluções que oferecemos através do nosso escritório QIMA”, finaliza Mário Berard.

O escritório em Petrolina está localizado na Avenida Souza Filho, 1089, loja nº 4, no Empresarial Bougainville.

 


 

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Como preparar sua equipe para auditoria de Segurança dos Alimentos

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A palavra auditoria pode soar como um terrível pesadelo para muitas pessoas que trabalham diretamente com a segurança dos alimentos, momento em que serão colocadas em cheque as ações efetivas dos departamentos e das respectivas equipes envolvidas com os processos produtivos.

A maioria das visitas ainda são anunciadas, então sabemos exatamente o dia e horário em que o auditor vai aparecer em nossa empresa, sendo assim comunicamos nossas equipes, para que as pessoas se preparem para esse dia memorável.

Mas “preparar-se” para um dia de auditoria é induzir os colaboradores a alterar completamente sua rotina de trabalho, inventar controles, preencher correndo os documentos e registros obrigatórios?

Geralmente costumo dizer para minha equipe que no dia de auditoria, apesar de ser um dia tenso, no qual damos total atenção ao auditor e ficamos obviamente ansiosos pelos melhores resultados, devemos trabalhar normalmente, com todos os procedimentos já estabelecidos e implementados e seguir com a segurança das nossas ações.

Seguem algumas dicas importantes para preparar a equipe:

  • Mantenha sua rotina: Não devemos “maquiar” a nossa área de trabalho, ou seja, um dia antes da auditoria organizar e limpar impecavelmente o ambiente, cada equipamento e demais itens que a produção abranger. Devemos manter a limpeza e a organização independentemente da ocasião;
  • Mantenha a calma: Alguns colaboradores quando são questionados por auditores, ficam nervosos, não sabem o que dizer, colocam coisas a mais do que deveria ser falado e colocam tudo a perder. Sendo assim treine constantemente os seus colaboradores e coloque em prática essa etapa de questionamentos na sua rotina de inspeção das áreas.
  • Controle os documentos: Os documentos, principalmente os registros de controles diários, devem ser periodicamente monitorados, pois o seu preenchimento garante a efetividade das ações. Não deixe para avaliar tudo no dia anterior à auditoria.

Por fim, a auditoria é uma grande aliada da área da qualidade e especialmente da segurança dos alimentos, pois com essa inspeção conseguimos detectar problemas, que devido a nossa rotina diária, acabamos não percebendo e deixando passar como se fizessem parte do processo, então aproveite ao máximo todo o conhecimento transferido nesse dia especial.

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Duração de uma auditoria não deveria ser a mesma, independentemente da certificadora? Por que existem diferenças?

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No momento de solicitar um orçamento para uma certificação, às vezes nos deparamos com propostas com tempos distintos entre diferentes organismos de certificação. Daí nos perguntamos: se existem regras para o cálculo da duração de uma auditoria, por que existe esta diferença? Erro no cálculo? Pressão comercial? Vamos tentar explicar aqui com o exemplo do dimensionamento de uma certificação na norma FSSC 22000.

O tempo de duração de uma auditoria de certificação da FSSC 22000 deve seguir o previsto no Anexo II da Parte IV dos documentos de referência da norma.

O anexo descreve o tempo mínimo para cobrir os requisitos do esquema, ou seja, as certificadoras podem, ao seu critério, adicionar mais tempo, mas não usar menos tempo que o preconizado.

Para o esquema FSSC 22000 utiliza-se o tempo de duração (que inclui a preparação, auditoria em campo e relatório) de acordo com a cláusula 9.1.4 e Anexo B da ISO/TS 22003:2013, sendo que a certificadora deve adicionar de 0,5 a 1,0 homem-dia (4-8 horas de trabalho, dependendo do tamanho da organização) para a verificação da implementação dos Programas Pré-Requisito aplicáveis.

O tempo adicional da FSSC 22000 é de 0,5 dia para a avaliação dos pré-requisitos (incluindo prevenção a fraude e ‘food defense’) para empresas que tenham menos de 250 colaboradores e até 2 estudos HACCP  e de 1,0 dia para organizações com 250 colaboradores ou 3 ou mais estudos HACCP.

O FTE – Full Time Employee leva em consideração o número equivalente total de colaboradores. Quando a empresa trabalha em turnos, com processos e produtos similares, o FTE é calculado com base no turno principal (maior turno), incluindo os colaboradores sazonais, mais os colaboradores administrativos.

Desta forma, vemos que o tempo de auditoria deveria ser padronizado, utilizando os critérios acima. Entretanto, as diferenças entre as certificadoras podem ocorrer em razão principalmente dos seguintes pontos:

  • Utilização do número total de colaboradores, sendo que deve-se considerar o turno principal (Ex: administrativo + operacional adquele horário);

  • Definição do número de estudos HACCP, o qual requer uma avaliação técnica do escopo, pois não é necessariamente o número de planos HACCP informado pela empresa, visto que existem diferentes formatos de planos e alguns utilizam um plano para cada sabor ou para cada linha de processo, tipo de embalagem, etc, com praticamente o mesmo processo produtivo, o que geraria um tempo adicional muito superior ao tecnicamente necessário. Outras vezes, ocorre o contrário, a empresa tem diversos processos produtivos, com tecnologias diferentes e incluem todos os fluxos em um único documento; em outras palavras, um estudo HACCP corresponde à análise de perigos por família de produtos/ serviços com perigos similares e tecnologia de processamento similar;

  • Dimensionamento realizado por pessoa não técnica que não realiza a análise crítica das informações encaminhadas pelo cliente antes da aplicação das regras definidas pelo esquema.

Recomendamos que, quando notar uma diferença muito grande entre orçamentos, contate cada um dos representantes da certificadora e questione como foi realizado o cálculo do tempo. Opte por aquela que estiver embasada tecnicamente para o dimensionamento de acordo com o acima descrito. Menor tempo pode lhe custar auditoria complementar requerida pelo ente de acreditação no futuro e o tempo maior que necessário significa desperdício de recursos tanto financeiro como o tempo das pessoas envolvidas no processo, sem valor agregado adicional.

Juliani Kitakawa é engenheira de alimentos e gerente de certificação de alimentos e bebidas de uma certificadora.

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Como se preparar para a implementação da norma ISO 22.000:2018 (V)

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Neste 5º post sobre a ISO 22.000:2018, abordaremos o requisito 4 “Contexto da organização” (pensamento baseado no contexto da Organização – Entendendo a organização e seus contextos, entendendo as necessidades das partes interessadas, o escopo, o Sistema de Gestão e seus processos) desdobrado em quatro sub-cláusulas:

4.1-Compreendendo a organização e seu contexto, determinando questões internas e externas aos seus propósitos e direcionamentos estratégicos e que possam afetar a sua capacidade de atender os resultados planejados do seu Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos.

Compreender o contexto externo pode ser mais fácil se considerar  questões referentes a ambiente legal, tecnológico, competitivo, mercadológico, cultural e econômico, tanto de abrangência internacional, nacional, regional ou local.

Compreender o contexto interno pode ser facilitado também considerando questões relativas a valores, cultura, conhecimento e desempenho da organização.

Para tal, pode-se fazer uma análise SWOT:

Ameaças

As ameaças são as forças externas que não sofrem sua influência e que pesam negativamente para sua empresa. Elas podem ser consideradas como um desafio imposto à empresa e que pode deteriorar sua capacidade de gerar riqueza. Devem ser constantemente monitoradas pelos gestores, pois, muitas vezes, podem apresentar um risco muito maior que a capacidade de retorno.

Por exemplo, para uma empresa importadora, uma forte desvalorização da moeda pode causar um aumento muito forte no custo de aquisição, em um cenário no qual não é possível repassar este valor ao mercado, deteriorando assim as margens da empresa. Por isso, é importante que a empresa crie políticas que possam combater as ameaças. Como no exemplo anterior, onde ela poderia ter feito uma proteção cambial (Hedge) para manter suas margens em segurança.

Oportunidades

As oportunidades são as forças externas à empresa que influenciam positivamente sua organização, mas sobre as quais não temos controle. As oportunidades muitas vezes podem vir através de algum aspecto econômico novo, como o advento da classe média, o aumento do número de filhos dos consumidores, a melhoria da renda e do crédito, entre outros. Outro fator que pode influenciar o fomento de oportunidades são as ações políticas do governo, como a escolha de investir em infra-estrutura.

4.2-Compreendendo as necessidades e expectativas das partes interessadas:

Devido ao impacto ou potencial impacto na capacidade da organização de consistentemente prover produtos e serviços que atendam as necessidades de seus clientes, atendam também a requisitos legais e regulamentares, a organização deve determinar as partes interessadas e os requisitos que são relevantes para o sistema de gestão de segurança de alimentos, monitorando e revisando a informação sobre essas partes interessadas e seus requisitos relevantes.

4.3 – Determinação do escopo do sistema de gestão de segurança de alimentos:

A organização deve determinar as fronteiras (limites) e aplicabilidade do sistema de gestão de segurança de alimentos para estabelecer seu escopo, mantendo-o como informação documentada.

4.4-Sistema de gestão de segurança de alimentos:

A Organização deve estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão de segurança de alimentos, incluindo os processos necessários e suas interações, de acordo com os requisitos desta norma, determinando as entradas necessárias e as saídas esperadas desses processos,  a sequência e interação dos processos, o critério, métodos, incluindo medições e indicadores de desempenho relacionados necessários para garantir a eficaz operação e controle desses processos, os recursos necessários a garantir sua disponibilidade, a atribuição das responsabilidade e autoridades para esses processos, os riscos e oportunidades e planejamento e implementação das ações apropriadas para abordá-los, os métodos para monitoramento, medição, como apropriado, e avaliação dos processos e, se necessário, as mudanças dos processos para garantir que eles atendem os resultados planejados, as oportunidades para melhoria dos processos e do SGSA. Deve a empresa manter informação documentada para suportar as operações dos processos e dar a confiança que os processos estão sendo realizados conforme foi planejado.

Assim, resumidamente as principais mudanças desse capítulo foram:

  • Compreensão do contexto da organização;
  • Compreensão das necessidades e expectativas das partes interessadas;
  • Considerar riscos e oportunidades no estabelecimento dos processos.

Não perca o próximo post da série sobre a cláusula 5 – “Liderança”!

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Mel: com mercado aquecido, o mundo se preocupa cada vez mais com fraudes

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O mel está entre os alimentos mais antigos utilizados pelo homem, devido a sua facilidade de obtenção de forma extrativa e seu alto poder nutritivo.

O líquido âmbar vem ganhando cada vez mais espaço nas prateleiras dos mercados devido a diversas tendências e movimentos em relação à alimentação nas últimas décadas, como por exemplo:

  1. O consumidor está mais interessado em saber a origem do que come;

  2. Existe uma preocupação crescente em reduzir a ingestão de açúcar refinado;

  3. Aumento da procura por alimentos orgânicos e naturais.

O crescimento da demanda é impulsionado principalmente nos Estados Unidos e na Europa, onde se destaca a Alemanha, segunda maior importadora de mel do mundo, perdendo apenas para os EUA.

Segundo uma matéria no The Economist (The scourge of honey fraud) o consumo per capita de mel nos Estados Unidos dobrou desde a década de 90. O mercado norte-americano vem crescendo, porém a produção interna, não. Isso fez o preço do produto disparar no mercado internacional e aumentar o interesse de produtores de todo o mundo em exportar.

O assunto é tão interessante que virou até capítulo de seriado no Netflix. A Série Rotten aborda, em seu primeiro episódio (Não tão doce), a crise do mercado mundial de mel.

Segundo o documentário Rotten, os chineses possuem uma apicultura muito antiga e respeitada. O país possui um número de colônias altíssimo. Com o aumento da demanda de mel pelo maior comprador mundial, EUA, os chineses se tornaram grandes fornecedores de mel. Muitas vezes o mel chinês foi identificado como de baixa qualidade, por apresentar alto índice de fraudes e contaminantes.

A China também foi acusada da prática de dumping, a venda de produtos com preço abaixo do preço de custo por determinado período de tempo com o objetivo de prejudicar e até acabar com a indústria local. Com base nessas evidências, em 2001, o governo americano sobretaxou a importação de mel da China.

O que se viu após essa medida foi a triangulação do mel chinês, que agora recebia uma nova etiqueta e era enviado por outros países da Ásia.

Para proteger o consumidor e a indústria local das fraudes, apicultores e empresas de beneficiamento de mel nos Estados Unidos se organizaram e criaram uma política de certificação de origem. Essa organização se chama True Source Honey e passou a realizar uma análise de risco relacionada à origem do mel, resultando em uma simples classificação de origem: países de baixo e alto risco. Essa é uma abordagem interessante por diferenciar os produtores de países de alto risco, e exigir critérios mais restritivos para os mesmos.

Essa certificação procura avaliar por meio de visitas à planta produtora e entrevistas com os apicultores a quantidade real de mel que pode ser processada pela planta, bem como se o mel realmente veio dos fornecedores cadastrados.

Além disso, são coletadas amostras para verificação da origem do pólen. Mediante uma análise morfológica do pólen, pode-se detectar a origem botânica e geográfica do mel.

Tabela 1. Classificação de países produtores de mel, baseados em análise de Riscos – Fonte: True Source Honey Standard v4.

A fraude mais comum é a incorporação de xarope da cana ou milho ao mel, mas também existe a prática de incorporação de xarope de arroz e a ultra-filtração para retirar os resíduos de pólen, impossibilitando assim sua identificação botânica e geográfica.

Segundo a legislação brasileira o mel deve necessariamente apresentar grãos de pólen, além disso, é proibida a utilização de qualquer tipo de aditivos.

O mel brasileiro, para a True Source, é classificado como de Baixo Risco. Segundo a ABEMEL (Associação Brasileira dos Exportadores de Mel), nosso país possui condições muito favoráveis para a produção de mel, destacando-se o clima que permite a produção durante todas as estações, além das abelhas encontradas no país, que são do tipo africanizadas, mais resistentes a doenças, fazendo com que não haja o uso de antibióticos ou outros produtos para controlar doenças e pragas.

O Brasil é o oitavo maior exportador mundial, porém o consumo de mel interno ainda é muito inferior ao encontrado ao redor do mundo, como informado pelo gráfico abaixo. Segundo a Abemel, nos anos de 2014 e 2015 a maior parte da produção brasileira foi exportada (66% e 59%, respectivamente).

Imagem 1. Fonte ABEMEL- Apicultura Sustentável- Carlos Pamplona Rehder -Camara Setorial do Mel- MAPA- 16.06.2015

 Conclusão

Apesar da evolução das metodologias de detecção de fraudes, observa-se que quando um novo teste é criado, em pouco tempo o sistema procura novas brechas para continuar utilizando práticas desonestas.

A indústria e o time de segurança de alimentos tem um papel chave no combate à comercialização de produtos fraudados. Ressalta-se a importância de desenvolver um plano de Prevenção de Fraude Alimentar robusto.

Além disso, informar e “empoderar” o consumidor é a chave para que ele valorize a qualidade e se atente a preços destoantes do mercado.

O Brasil é visto como um produtor de mel de boa qualidade e possui um grande potencial para expansão de sua produção. A região norte é a região que menos produz atualmente e a que possui a maior reserva florestal do país, podendo principalmente produzir mel orgânico, pois se situa em locais onde não há aglomerações humanas.

Veja também:

https://foodsafetybrazil.org/teste-mostra-que-a-maioria-do-mel-comercializado-nos-eua-nao-pode-ser-classificado-como-mel/

Fontes:

https://www.economist.com/united-states/2018/08/30/the-scourge-of-honey-fraud Acesso em: 11 set. 2018.

http://www.truesourcehoney.com/ . Acesso em: 11 set. 2018.

ABEMEL. Associação Brasileira dos Exportadores de mel. http://brazilletsbee.com.br/nossos-produtos.aspx .Acesso em: 21 set. 2018.

https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/noticia/2015/07/brasil-sobe-no-ranking-e-e-o-8-maior-exportador-de-mel.html .Acesso em: 21 set. 2018.

CONAP. Cooperativa Nacional de Apicultura. http://www.conap.coop.br/2017/01/05/abemel-divulga-dados-relativos-a-exportacao-de-mel-no-pais/ Acesso em: 21 set. 2018.

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 11 de 20 de outubro de 2000. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel. Disponível em:

http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=7797. Acesso em: 11 set. 2018.

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Uma consultoria pode dar garantia de certificação em segurança dos alimentos?

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Geralmente há muita ansiedade quando empresas precisam conquistar uma certificação para atender clientes ou os próprios requisitos, este último sendo o caso de corporações. Neste processo, o fabricante de alimentos ou insumo pode buscar uma consultoria para auxílio. A questão é que algumas buscam uma consultoria que possa dar garantia do sucesso na certificação em segurança dos alimentos. E realmente há consultorias que, segundo dizem, dão em contrato tal garantia.

Pergunto-me como é possível oferecer tal cláusula. É como comparar se a matrícula numa determinada escola, por mais renomada que seja, será a garantia de que o filho irá cursar uma universidade específica no futuro. Dentro das empresas, há inúmeros fatores alheios à atuação de uma consultoria que podem atrasar ou contribuir com a velocidade de implementação de um sistema de segurança dos alimentos. Por exemplo:

– Foco no projeto: muitas vezes está havendo reformas em paralelo, lançamento de novos produtos ou projetos concorrentes, como de otimização de processo e outras melhorias que desviam a energia da implementação da norma desejada.

– Disponibilidade de recursos humanos e financeiros para adequação, pois sem eles não se fazem as melhorias.

– Tempo natural para adequação, mesmo que haja recursos. No caso de uma obra, há etapas como orçamentos, comparação e escolha de materiais e profissionais, agendamento da execução em melhor ocasião (sendo muitas vezes necessário parar a fábrica), supervisão da reforma, validação do resultado.

– Tempo natural para mudanças comportamentais e modo de trabalho. Não é porque se decretou que não se pode mais dormir no chão do banheiro na hora do almoço que de um dia para o outro este hábito irá desaparecer, principalmente sem diálogo e implementação de opções.

– Tempo natural para mudanças externas à organização. Pode-se descobrir que, por exemplo, um fornecedor é inadequado, mas o mercado não oferece opção e um novo fornecedor terá que ser desenvolvido. E isso leva tempo.

É comum nas visitas que faço às indústrias me perguntarem quanto tempo leva para uma empresa obter certificação X ou Y de Segurança dos Alimentos reconhecida pelo GFSI. Costumo fazer a seguinte comparação: se você for a um nutricionista ou personal trainer e perguntar “em quanto tempo perderei vinte quilos?” qual será a resposta? Depende! Depende de que? Claro que depende da metodologia e interação competentes dos profissionais que farão diferença, mas o fator principal de sucesso é o próprio interessado, que não pode “sabotar a dieta” e tem que fazer os exercícios direitinho. Da mesma forma, a empresa tem que estar disponível e “fazer a lição de casa” para resolver todas as suas não conformidades rumo à certificação.

Assim, quando uma empresa me diz que uma consultoria “deu garantia de certificação”, me espanto com a promessa.

E você, acredita em garantia de certificação?

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