3 min leitura
0

Passo 1 da Manutenção da Qualidade: TPM e Segurança dos Alimentos

3 min leitura

Hoje darei continuidade ao tema Manutenção da Qualidade, que é um dos pilares da metodologia TPM – Manutenção Produtiva Total. Vamos entender como este pilar pode auxiliar a qualidade e a segurança dos alimentos.

O Pilar de Manutenção da Qualidade envolve ações voltadas para garantir que os equipamentos operem em condições ideais, de forma a preservar a qualidade original dos produtos. Seu objetivo principal é alcançar o “zero defeito”, eliminando retrabalhos, reprocessos e qualquer desvio em relação às especificações estabelecidas.

Se os equipamentos operam em condições ideais, a probabilidade de ocorrências que impactam a segurança dos alimentos é consequentemente minimizada. Pense nos pontos críticos de controle, nos detectores de metais, nas contaminações em processos… Muitos problemas acontecem devido à ineficiência dos equipamentos e processos e atuar de forma preventiva com o pilar de MQ é estratégico.

O principal objetivo do pilar MQ de TPM é alcançar o “zero defeito”

Em TPM, a manutenção da qualidade é o estágio de maior autonomia e prevenção quando falamos em qualidade (veja mais no artigo: “Níveis de maturidade em Manutenção da Qualidade e sua relação com a segurança dos alimentos”).

Conhecida por ser uma metodologia baseada em etapas a serem seguidas, o pilar MQ é constituído de 10 passos.

Passo 1: Determinação da situação atual 

No primeiro passo são estruturadas as informações a respeito de históricos de não conformidades e etapas do processo envolvido. Nesse passo o objetivo é entender e determinar a situação atual, onde as energias serão investidas, quais os maiores problemas, quais os históricos, como os equipamentos se comportam e influenciam na qualidade dos produtos, que características e defeitos podem ocorrer.

Sendo assim, é fundamental uma boa base e histórico relacionados a:

  • Reclamação de consumidores;
  • Defeitos de qualidade;
  • Não conformidades
  • Quaisquer outras fontes de entrada relacionadas a problemas de qualidade.

Essas fontes de dados podem ser encontradas e compiladas por meio de tabelas, planilhas de controles, relatórios de sistemas. Essa estruturação auxiliará a construção de uma árvore de perdas da qualidade ou um gráfico de Pareto como, por exemplo, no modelo abaixo.

Considerando os tipos de defeito, criticidade e frequência, uma linha “piloto” é determinada para que seu processo seja mapeado. Linha piloto é o nome dado à seleção de uma linha ou processo onde iniciaremos as atividades dos pilares de TPM. É uma forma de investir energia e esforços em um processo ou linha iniciais e depois os resultados positivos obtidos podem ser replicados. Além disso, a linha piloto representa o equipamento ou processo chave da empresa e a atuação neste sistema terá reflexos mais positivos para o negócio.

Uma vez mapeada a linha piloto, devem ser analisadas todas as suas partes e os componentes envolvidos na fabricação do produto.

Ainda nesse mesmo passo, uma tabela com os potenciais modos de defeitos é construída baseada nos processos mapeados. Vejamos um exemplo abaixo:

Aqui, durante a construção da tabela, uma mentalidade de segurança dos alimentos pode enriquecer sua construção,  listando os perigos, pontos críticos, vulnerabilidades, pontos de contaminação, históricos de não conformidades.

Esse primeiro passo é justamente focado no entendimento e determinação da situação atual, como o próprio nome já diz. Todos esses dados serão fonte de entrada para a elaboração da Matriz QA, tema para um próximo post. É muito importante a coleta dos dados, para que sejam confiáveis e possam nortear um bom trabalho no pilar MQ.

Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário.

Leia mais:

3 min leituraHoje darei continuidade ao tema Manutenção da Qualidade, que é um dos pilares da metodologia TPM – Manutenção Produtiva Total. Vamos entender como este pilar pode auxiliar a qualidade e […]

3 min leitura
0

Níveis de maturidade em Manutenção da Qualidade e sua relação com a segurança dos alimentos

3 min leitura

Vasculhando materiais antigos, deparei-me com um infográfico que achei muito interessante e pertinente compartilhar com os leitores do blog. Trata-se de uma interpretação sobre a maturidade cultural dos processos, pessoas e controles em uma empresa à medida que ela avança na implantação de programas de melhoria da qualidade e a adoção do Pilar de manutenção da Qualidade, pilar este que faz parte da metodologia TPM.

Recapitulando: o TPM é uma metodologia cuja sigla Total Productive Maintenance pode ser traduzida por Manutenção Produtiva Total e que é estruturada no que chamamos de pilares. Os pilares são “frentes de trabalho”. Ao todo, em TPM existem oito pilares e cada um fica à frente de uma estratégia na empresa (mais informações sobre cada um dos pilares e suas relações com qualidade e segurança dos alimentos você encontra no artigo:  Como implantar TPM com segurança dos alimentos – todos os passos da Manutenção Autônoma).

No pilar Manutenção da Qualidade, conhecido como M.Q., partimos do princípio de que para produzir produtos excelentes, é necessário estabelecer condições de processo adequadas, como uma temperatura, uma pressão, composições e fornecedores apropriados de matéria prima e também equipamentos, componentes e peças que devem ser instalados e mantidos para que funcionem perfeitamente e não criem os defeitos de qualidade.

Voltando à imagem, achei de total relevância aprofundar esse tema e dissecar esse infográfico do ponto de vista dos programas de qualidade e da metodologia TPM e o Pilar de M.Q. Embora o TPM tenha partido de uma metodologia oriental pautada na gestão da qualidade como um todo, perceba que sua análise nos faz refletir e tranquilamente correlacionar aos níveis de maturidade em relação à segurança dos alimentos.

Veja abaixo que interessante a reflexão proposta. Quando a empresa não possui padrões muito claros, não há uma abrangência na percepção da qualidade. Temos uma empresa centrada apenas no controle de qualidade e com controles de baixa eficiência, admitindo-se a ocorrência de defeitos no mercado. A imagem percebida da empresa é fatalmente ameaçada. Nesse estágio há possivelmente alto número de reclamações e de bloqueios internos, estes quando “pegos” internamente.

Maturidade da Qualidade nas empresas - Estágio 1
Maturidade da Qualidade nas empresas – Estágio 1

Avançando para o próximo estágio, temos um Controle de Qualidade mais eficiente e o surgimento da Qualidade Assegurada focada em verificações preventivas. Agora não estão mais em foco apenas os produtos, envolvemos também os processos dos quais esses produtos participam. Ações mais efetivas já buscam bloquear a saída de defeitos antes de irem para o mercado.

Maturidade da Qualidade nas empresas - Estágio 2

Na fase seguinte avançamos para uma gestão atuando em conjunto com uma Qualidade Assegurada focada em verificações preventivas e um gerenciamento em busca da condição ideal de seus processos internos. A Qualidade busca a redução das variações internas, aprofunda-se o conhecimento sobre os 4M, método, mão de obra, material, máquina e seus fatores de correlação que provocam a variação de Qualidade.

Maturidade da Qualidade nas empresas - Estágio 3

Por fim, no último estágio atingimos a Manutenção da Qualidade com o pleno gerenciamento da condição de trabalho, operação e processo ideais. Aqui já estão conhecidas e definidas as condições de Zero Falhas e Zero defeitos, temos uma gestão destas condições dentro de limites padronizados e as contramedidas são feitas antecipadamente.Maturidade da Qualidade nas empresas - Estágio 4

A Manutenção da qualidade é o estágio de maior autonomia e prevenção quando falamos em qualidade. Nesta fase temos como premissas três precondições básicas que você pode conhecer no artigo Três precondições para a manutenção da qualidade – TPM e Segurança dos alimentos.

A manutenção da qualidade aliada às certificações de segurança dos alimentos, programas internos de pré-requisitos e qualificações torna a gestão de qualidade mais assertiva e preventiva alcançando um grau elevado de maturidade para a empresa.

Se você gostou destes níveis de maturidade, já imaginou em qual está? Quer saber mais sobre os próximos passos? Deixe seu comentário.

3 min leituraVasculhando materiais antigos, deparei-me com um infográfico que achei muito interessante e pertinente compartilhar com os leitores do blog. Trata-se de uma interpretação sobre a maturidade cultural dos processos, pessoas […]

3 min leitura
0

Três precondições para a manutenção da qualidade – TPM e Segurança dos alimentos

3 min leitura

Você já deve ter ouvido falar de TPM, principalmente aqui no blog em algumas postagens anteriores minhas. O TPM é uma filosofia de origem japonesa, sendo uma metodologia que visa a Qualidade, a Produtividade e a Segurança, entre outros vários aspectos.

O TPM, sigla para Total Productive Maintenance, traduzido popularmente como Manutenção Produtiva Total, é estruturado no que chamamos de pilares. Os pilares são “frentes de trabalho”. Ao todo, em TPM existem oito pilares e cada um fica à frente de uma estratégia na empresa (mais informações sobre cada um dos pilares e sua relações com qualidade e segurança dos alimentos você encontra no artigo Como implantar TPM com segurança dos alimentos – todos os passos da Manutenção Autônoma).

Dentro da metodologia de TPM, existe um pilar chamado Manutenção da Qualidade, também conhecido como M.Q. Esse pilar possui dez etapas e à medida que os colaboradores e a qualidade avançam essas etapas/passos, eles e a empresa evoluem em nível de autonomia e segurança sobre a qualidade de seus processos.

Mas antes de falarmos sobre os 10 passos, existem três precondições para a boa manutenção da qualidade. Portanto, gostaria de compartilhar com você, leitor, essas três precondições e como elas se relacionam com o nosso dia a dia na qualidade e na segurança dos alimentos. Traduzidas no sentido literal, são elas:

  • Eliminar a deterioração acelerada
  • Eliminar problemas de processo
  • Formar pessoas competentes

Vamos ver cada uma delas a seguir:

1 – Eliminar a deterioração acelerada

Uma grande premissa do pilar da qualidade é a busca por ZERO DEFEITOS, ou seja, zero não conformidades. Veja, porém, que é certo que essa busca por zero defeitos será um processo lento e doloroso em um equipamento de manufatura que quebra continuamente, em uma linha produtiva com muitas falhas. Aqui torna-se clara a interação entre os departamentos de qualidade, manufatura e manutenção, pois juntos devem prevenir essas quebras por meio da eliminação da deterioração acelerada, ou seja, um equipamento ao ser adquirido possui especificações e recomendações do fabricante como a troca e substituição de componentes, um período de tempo adequado para reparos, lubrificações etc.

Quando o equipamento não é “cuidado corretamente”, ocorre a deterioração acelerada, isto é, a deterioração que não segue o curso normal de uso do equipamento. É aí que mora o perigo, um equipamento sem cuidado é um risco em potencial para a segurança dos alimentos, sendo um atrativo para contaminantes físicos, químicos e biológicos, como porcas e parafusos que se desprendem, sujidades por falhas de limpeza e abandono (principalmente em áreas internas e correias), surgimento de ranhuras, pontos mortos por remoção de partes móveis, soldas irregulares para remendar suportes.

2 – Eliminar problemas de processo

Outro fator a ser considerado são os problemas de processos.

Tudo o que foi definido precisa ser seguido, as variáveis devem ser analisadas, acompanhadas e tratadas como problemas e obstruções, vazamentos, falhas de processos, impactos em temperatura, pressão, velocidade… Estes são inimigos de uma boa operação estável dos equipamentos e, novamente digo, se não tivermos operações e processos estáveis, não teremos produtos confiáveis quanto à inexistência de defeitos, do ponto de vista de manutenção da qualidade.

Veja que essa é outra premissa básica: a eliminação dos problemas em processos, para que estes sigam suas especificações e operações pré-definidas.

3 – Formar pessoas competentes

Por fim e tão importante quanto, é precondição treinar e desenvolver as pessoas para reconhecer, identificar e corrigir qualquer anomalia ou defeito, de modo a agir antecipadamente, de forma preventiva. Isso vai ao encontro dos 07 passos de manutenção autônoma, com o desenvolvimento de pessoas dentro das empresas e a manutenção cultural da qualidade.

Note que aqui o foco está na competência relacionada aos processos técnicos que as pessoas realizam. Com isso, uma boa integração com a segurança dos alimentos pode ser criada.

TPM e Manutenção da Qualidade

Em empresas de alimentos que adotam o TPM, a Manutenção da Qualidade é uma aliada para a segurança dos alimentos e ambas podem atuar em conjunto, de forma integrada e não independente, em nosso dia a dia.

Comente aqui se quer saber mais sobre o pilar de M.Q e publicarei uma série de artigos sobre as etapas existentes dentro do pilar de Manutenção da Qualidade em TPM e sua relação com BPF e food safety em cada uma dessas etapas.

3 min leituraVocê já deve ter ouvido falar de TPM, principalmente aqui no blog em algumas postagens anteriores minhas. O TPM é uma filosofia de origem japonesa, sendo uma metodologia que visa […]

4 min leitura
0

Termografia na indústria de alimentos – Manutenção preditiva (parte 2)

4 min leitura

Continuando o post anterior sobre manutenção preditiva, hoje quero apresentar uma das técnicas utilizadas e como ela pode contribuir com a qualidade e segurança dos alimentos: a termografia.

Vamos falar sobre a termografia

A termografia é uma técnica que realiza a captação de imagens para determinar a temperatura de superfícies através da intensidade da radiação infravermelha. Com isso conseguimos identificar possíveis falhas térmicas e desgastes ainda na fase inicial.

Mas calma, a termografia é uma análise com base na temperatura, porém não estamos falando de um termômetro, pois aqui é a câmera que capta a radiação emitida pelos maquinários, aí sim converte-a em temperatura e a exibe em uma imagem que demonstra a distribuição da temperatura daquele equipamento. A imagem é exibida em um “mapa de calor” chamado de termograma, onde há uma lente que foca a radiação térmica infravermelha em um detector e transforma a energia em um sinal codificado por cores.

Camera termográfica na Indústria de alimentos
Câmera termográfica na indústria de alimentos

Vimos no post anterior que a manutenção preditiva tem um papel estratégico, pois atua na prevenção contra quebras e falhas ainda nas fases iniciais. A termografia na manutenção tem várias aplicações, como em sistemas elétricos e equipamentos dinâmicos. Veremos algumas a seguir:

  • SISTEMAS ELÉTRICOS

Com o mapeamento de sistemas elétricos é possível verificar se os dispositivos apresentam superaquecimento, potenciais de queima, panes elétricas, incêndios, falhas, cabeamentos comprometidos.

Veja abaixo uma imagem de captação termográfica. Pela imagem é possível identificar “zonas de calor ou frio” ou picos de temperatura elevados.

Leitura termográfica em Sistema elétrico
Leitura termográfica em sistema elétrico
  • EQUIPAMENTOS DINÂMICOS

Outra aplicação é para equipamentos dinâmicos, aqueles que, para cumprir sua função, possuem partes móveis, com movimento alternativo ou rotativo. Nesse cenário, o objetivo é identificar atritos entre superfícies durante as movimentações e rotações, o que pode levar ao aquecimento por esforço excessivo. Com a análise termográfica é possível identificar potenciais desalinhamentos para eixos, problemas em rolamentos, bombas, mancais e acoplamentos, necessidade de substituição de correias.

Como a termografia pode atuar em conjunto com a Qualidade na indústria de alimentos?

Agora que entendemos a importância da termografia e vimos alguns exemplos do seu uso, quero compartilhar com você, leitor, algumas outras características que podem atuar em conjunto com a qualidade.

  • ENTUPIMENTOS E VAZAMENTOS

A termografia possibilita identificar potenciais áreas de entupimento, bloqueios de passagem de fluídos, pontos de acúmulo de material e vazamentos. Como exemplo, na imagem abaixo temos uma tubulação em destaque apresentando diferencial de calor exatamente no trecho após a emenda da tubulação. Aqui há indícios de uma válvula fechada ou de um entupimento.

Veja que se a diferença de cor é brusca, há indícios de obstrução do fluído. Se há um degradê na coloração, há indícios de uma passagem parcial do fluído, ou seja, uma obstrução parcial. O mesmo vale para visualização de uma válvula que deveria estar fechada e está “dando passagem”, indicando um desgaste na vedação e necessidade de troca.

Simulação de Leitura de tubulação entupida com termografia
Simulação de Leitura de tubulação entupida com termografia
Leitura termográfica com Passagem de fluído
Leitura termográfica com passagem de fluído

Relembrando que para essa análise é preciso conhecer o contexto do ambiente e o histórico. Também devem ser consideradas as características térmicas do material, pois sem dados a análise do resultado pode não ser eficiente ou inviável.

  • CORROSÃO

Outro uso interessante é o da identificação de pontos de corrosão em superfícies. Quando um determinado material é estocado em um recipiente, esse material transmitirá calor na superfície desse recipiente e em uma leitura termográfica a expectativa é que toda essa superfície apresente uma cor homogênea. Porém, quando há sinais de pontos mais quentes no termograma, são indícios de que naquele exato ponto a superfície/parede do recipiente está “mais fina” indicando desgaste.

Sinais de corrosao na <yoastmark class=

Tomada de ação x histórico com termografia

Na termografia é preciso ter histórico e o que isso significa? É importante ter uma boa coleta de dados e de forma contínua (por exemplo: 6 meses, 1 ano de leituras), pois nesse método de análise há influência das condições ambientais. Quando uma leitura é realizada, apenas um resultado não é suficiente para uma tomada de ação, é preciso analisar o contexto e verificar o histórico do equipamento na condição em que ele opera. Um exemplo: uma leitura de 45ºC é boa ou ruim? Depende! Qual o histórico de resultados termográficos para esse mesmo ponto e equipamento? Será que o ambiente em que ele opera é que está quente ou o equipamento está realmente superaquecendo?

A termografia é uma técnica que agrega valor nas rotinas, porém, como dito anteriormente, é preciso histórico e entendimento do contexto de sua aplicação. Isto significa que nem sempre será possível identificar todos os entupimentos, corrosões e outros problemas, pois a temperatura do ambiente pode influenciar, ou seja, setores mais quentes ou mais frios, estações do ano, tipos de reações endotérmicas ou exotérmicas no processo. Veja que apenas uma leitura isolada pode não “dizer nada”, mas se você tem um histórico de leituras, poderá fazer uma análise de tendências.

Leia também:

Manutenção preditiva na indústria de alimentos – Parte 1

4 min leituraContinuando o post anterior sobre manutenção preditiva, hoje quero apresentar uma das técnicas utilizadas e como ela pode contribuir com a qualidade e segurança dos alimentos: a termografia. Vamos falar […]

4 min leitura
1

Manutenção preditiva na indústria de alimentos – Parte 1

4 min leitura

Hoje nosso tema é manutenção preditiva. Você já ouviu falar a esse respeito?

O que é manutenção preditiva?

A palavra manutenção é muito popular, mas a palavra preditiva pode soar comum apenas para algumas pessoas.

A manutenção preditiva é um dos tipos de manutenção planejada que tem como objetivo a prevenção de falhas nos equipamentos e maximização de sua vida útil, ou seja, quanto mais o equipamento “durar”, melhor ele irá performar e com isso menos custos, menos quebras, menos paradas, menos impactos para a produção e consequentemente menos defeitos nos produtos.

Vejamos no esquema abaixo os tipos de manutenção existentes e onde está localizada a manutenção preditiva.

Neste tipo de manutenção, a vida das peças importantes do equipamento é determinada a partir de técnicas de inspeção e diagnóstico, permitindo o uso até o final de sua vida útil. Essas técnicas predizem o tempo de vida útil dos componentes.

Ainda não ficou claro? Vamos pensar o seguinte: conceitualmente, quando a equipe de manutenção de uma empresa define que precisa trocar a peça de uma máquina a cada X meses, quando o prazo é atingido, essa peça será trocada, porém veja que essa troca foi baseada tecnicamente em fornecedores, controles, estatística e histórico de quebras. No entanto, isso não significa exatamente que esse componente iria quebrar quando o prazo fosse atingido, pois há diversas influências e variáveis a serem consideradas para cada material, como lotes e fornecedores, ou seja, esse componente poderia “aguentar” mais tempo sem maiores impactos à produção ou ao produto.

No âmbito da manutenção, um termo muito conhecido é a curva da banheira, que classifica a vida útil de um componente em fases. Na primeira fase podem existir as falhas prematuras devido a erros de projeto, erros de fabricação do componente, defeitos nos materiais que compõem o componente. Na segunda fase temos o tempo de vida do componente se ele for mantido em boas condições de uso e receber inspeção regulares. Qualquer mau uso desse componente levará a uma quebra “antes da hora”. Por fim, temos a última fase, conhecida como final de vida, quando o componente a qualquer momento quebrará.

Um dos principais objetivos da manutenção estratégica e visando custos é conseguir garantir a vida útil do componente e inclusive estender esse período diminuindo as trocas e reparos desnecessários. Para isso, o ambiente onde o equipamento opera deve estar em ótimas condições, limpo, lubrificado e inspecionado regularmente.

Portanto, a técnica preditiva funciona por meio de diagnósticos e visa estender a vida útil para sermos mais assertivos na troca e reparo, ou seja, trocar realmente quando o componente “indicar” necessidade.

A preditiva é como um exame de saúde periódico, uma espécie de diagnóstico da sua saúde com base nas suas condições e estilo de vida.

O Diagnóstico de uma análise de manutenção preditiva é feito por métodos e equipamentos específicos para cada realidade, como por exemplo, análise de óleos lubrificantes, inspeção termográfica, inspeção por ultrassom, boroscopia, entre outros diversos métodos. Essas análises identificam “sinais” que os equipamentos fornecem e são convertidos em tendências e necessidades. Por exemplo: através de um ruído diferente do equipamento é possível prever se já está na hora de realizar o reparo antes do equipamento quebrar e os impactos serem maiores. Já a manutenção planejada é apenas baseada no tempo e segue a troca conforme intervalos pré-definidos.

Se a Manutenção Preditiva é tão eficiente e parece ser a melhor opção, por que ela não é aplicada em 100% da manutenção? Embora ela seja uma boa opção, alguns métodos são caros e quando comparados ao que está sendo inspecionado pode “compensar” realmente apenas trocar a correia da máquina conforme os prazos estabelecidos. Para isso são realizados estudos de criticidade para cada componente pesando os impactos e custo-benefício da manutenção a ser adotada.

Para um mesmo equipamento, diferentes peças têm diferentes importâncias e diferentes tipos de manutenção. Um exemplo comum e fictício seria entender que é mais barato apenas trocar o óleo do carro a cada 10.000 quilômetros conforme recomendação do fabricante do que enviar o óleo para um laboratório a cada mês para analisar suas condições e determinar a tendência da degradação. Veja que aqui provavelmente sairia muito mais caro do que apenas cumprir os prazos.

Manutenção preditiva e qualidade

Em resumo, a manutenção preditiva é a manutenção baseada nas condições do equipamento e, como vimos no texto, um ambiente limpo corrobora a vida útil de um componente, melhorando suas condições de operação.

Observe que em uma indústria de alimentos, as boas práticas de fabricação, com seus programas de limpeza, podem ser parceiros ou inimigos dos componentes de manutenção. Realizar um trabalho em conjunto entre os times de qualidade, engenharia e manutenção traz resultados significativos para o equipamento “rodar” melhor, produzindo alimentos sem defeitos, livres de contaminantes e seguros ao consumidor. Se não há alinhamento, há um forte potencial de a máquina quebrar por conter água onde não devia, partes que deveriam ser sanitárias e não foram mapeadas, além da consequente geração de contaminação microbiológica ou física por desprendimento de partículas.

Assim como a manutenção estende a vida útil do componente, ela pode dar “sinais” de problemas no processo e ser uma parceira na segurança dos alimentos.

Gostou do conteúdo? No próximo post deste tema falaremos sobre alguns métodos de inspeção preditiva e como podem atuar em conjunto com a qualidade.

4 min leituraHoje nosso tema é manutenção preditiva. Você já ouviu falar a esse respeito? O que é manutenção preditiva? A palavra manutenção é muito popular, mas a palavra preditiva pode soar […]

3 min leitura
0

Como implantar TPM com segurança dos alimentos – todos os passos da Manutenção Autônoma

3 min leitura

Você sabe como implantar TPM com segurança dos alimentos? Nós, profissionais de Segurança dos alimentos e que trabalhamos em indústrias de alimentos, sabemos como as boas práticas de fabricação, a segurança dos alimentos e a satisfação dos nossos consumidores são de extrema importância nos processos e produtos.

Neste post gostaria de guiar você, leitor, na metodologia TPM e em como ela pode agregar valor à segurança dos alimentos. Imagine poder desenvolver uma cultura baseada em métodos e ferramentas que permitam que os próprios colaboradores investiguem as falhas, determinem ações de correção e prevenção de forma sistêmica e eficiente em defeitos de qualidade, e ainda, pela capacitação contínua, o time consiga ter o “senso de dono” por cada produto produzido.

Introdução

Vamos começar pelo começo.

O TPM é uma filosofia, uma metodologia que visa Qualidade, Produtividade, Segurança, entre outros vários aspectos. Sua tradução mais popular é: Total Productive Maintenance – Manutenção Produtiva Total e Total Productive Management – Gestão Produtiva Total.

Embora o nome manutenção apareça no título, essa metodologia não é específica desta área, muito pelo contrário, sua abrangência atinge diversas áreas, incluindo a área de manutenção.

O TPM é estruturado em pilares. Os pilares são as “frentes de trabalho” da empresa. Ao todo, em TPM existem oito pilares:

Manutenção Autônoma: neste pilar o colaborador e seu equipamento são o foco de desenvolvimento e o lema “Da minha máquina cuido eu” é disseminado e cada evolução dividida em graus de maturidade chamados de passos. Em M.A. o colaborador é capacitado em limpeza, inspeção, lubrificação, pequenos reparos, controles estatísticos, entre outras ferramentas de melhoria e análise, buscando restabelecer as condições básicas do equipamento.

Manutenção planejada: Neste pilar a manutenção é gerenciada através de inspeções mais robustas, análises de quebras, aplicação de manutenções preventivas, preditivas e planejadas. Uma vez que no pilar de Manutenção Autônoma  o colaborador desenvolveu habilidades para pequenos reparos e lubrificações simples, o time de manutenção atuará de forma estratégica com outras atividades.

Melhoria Específica: Neste pilar são atacadas as perdas diretas e indiretas dos processos. Como o próprio nome já diz, estas perdas são trabalhadas através de melhorias como: Kaizen, Lean, Just in Time, 6-Sigma. Dentro deste pilar são desenvolvidas ferramentas de análise para performance dos processos e redução de suas respectivas perdas.

Educação e Treinamento: Neste pilar o desenvolvimento das pessoas é fundamental. Este pilar é como uma base educacional para os demais pilares. As necessidades de treinamento para a realização das melhorias, para as evoluções em cada pilar, são mapeadas em Educação & Treinamento.

Segurança e Meio Ambiente: Neste pilar, a segurança e o meio ambiente são valores trabalhados no dia a dia da empresa, por meio de metodologias e análise, auditoria, investigação e eliminação de acidentes.

Manutenção da Qualidade: Neste pilar o foco é alcançar “zero” defeitos que afetam o consumidor através de correção e prevenção das falhas e defeitos. Neste pilar o time de qualidade investiga e analisa as variáveis dos processos e equipamentos que podem levar a bloqueios e perdas, Com isso, são determinadas ações e soluções visando a qualidade final do produto. Este pilar não substitui normas e certificações, pelo contrário, atua em conjunto.

Controle Inicial: Neste pilar, todo os conhecimentos e informações adquiridos dos demais pilares são base para novos projetos, novas aquisições de equipamentos, mudanças em processos. Todos os pontos de qualidade, segurança, produtividade e manutenção necessários são mapeados previamente desde o início.

Office TPM: Onde os processos ocorrem, onde o produto “acontece” chamamos de áreas diretas, como: Produção, Fabricação, Envase. As demais áreas que contribuem neste processo, mas são áreas operacionais, ou melhor são áreas de apoio, chamamos de áreas indiretas, como: RH, Financeiro, Faturamento, escritórios em geral. Neste pilar são mapeadas estas interfaces de modo a eliminar perdas e melhorar as “entregas” das áreas de apoio para as áreas operacionais.

Agora que já sabemos quais são os pilares da metodologia, quero continuar o assunto exclusivamente no pilar de Manutenção Autônoma.

O pilar MA, como eu disse anteriormente, desenvolve a autonomia do colaborador em graus de evolução, conhecidos como os 7 passos de MA. Em cada passo existem ferramentas que podem ser interligadas com as práticas de segurança dos alimentos, redução de defeitos e reclamações de consumidores, eliminação de contaminações, melhores práticas de limpeza e inspeção.

Listo a seguir um compilado de artigos que escrevi para relacionar a implantação do TPM com cada um dos 7 passos do pilar de manutenção autônoma com a segurança dos alimentos.

1° Passo de M.A na indústria de alimentos – Manutenção Autônoma, BPF e microbiologia

2° Passo de M.A na indústria de alimentos – Manutenção Autônoma em BPF?

3° Passo de M.A na indústria de alimentos – Manutenção autônoma e Controle de lubrificantes

4° Passo de M.A. na indústria de alimentos – Inspeção e Capacitação

5° Passo de M.A. na indústria de alimentos – Inspeção autônoma

6° Passo de MA na indústria de alimentos – Manutenção autônoma

Passo 7 de MA na indústria de alimentos – Gestão autônoma

O que devo saber sobre etiquetas de TPM – M.A, Contaminações e Food Safety?

3 min leituraVocê sabe como implantar TPM com segurança dos alimentos? Nós, profissionais de Segurança dos alimentos e que trabalhamos em indústrias de alimentos, sabemos como as boas práticas de fabricação, a […]

2 min leitura
1

A 6ª etapa de MA na indústria de alimentos: Manutenção autônoma

2 min leitura

Dando continuidade aos posts sobre TPM (Manutenção Produtiva Total), hoje vamos abordar a 6ª etapa de M.A. na indústria de alimentos: Manutenção Autônoma.

Nesta etapa, um dos maiores focos é a manutenção e revisão contínua dos padrões estabelecidos até então. Esta é uma revisão contínua acompanhada pelas melhorias e mudanças ocasionadas nos processos.

Outro ponto fundamental é a padronização do ambiente e periféricos que fazem parte do entorno do cada equipamento, como insumos, ferramentas, equipamentos auxiliares, dispositivos. Note que até a etapa 5, o foco principal estava no equipamento e agora deve ser dada e estendida a atenção sobre o que acontece ao redor do equipamento.

Na sexta etapa, avaliamos os inputs e outputs (entradas e saída de nosso equipamento, processo), ou seja, a utilização correta de recursos, verificação de leiaute, controle de estoque, controles visuais de válvulas, tubulações, delimitação de locais de carrinhos, paleteiras, etc. Perceba que aqui o conceito do 5 S é fortemente utilizado.

Por fim, na sexta etapa exploramos a sistemática de auditorias de modo a garantir que as definições, inspeções e controles definidos até o momento estejam sendo seguidos e consolidados.

Segurança dos alimentos – Food Safety

Vejamos agora exemplos de como a sexta etapa trabalha em conjunto com a segurança dos alimentos:

• Ao trabalharmos no ambiente ao redor do equipamento temos diversas oportunidades de atuar na redução de contaminações cruzadas com ações de remoção de contaminantes por meio do programa 5S.
• Redução de contaminações cruzadas pela identificação clara de tubulações, válvulas de acionamento, painéis, telefones.
• O operador com maior domínio sobre o equipamento e seu ambiente proporcionará cada vez mais estudos de APPCC ricos e precisos.
• O seu programa de alergênicos pode ter uma colaboração cada vez mais efetiva, uma vez que nesta etapa o ambiente será estudado e oportunidades de adequação e estocagem ocorrerão.
• Maior sinergia com programas de food fraud e food defense
• Os colaboradores terão planos de inspeção cada vez mais robustos sobre seus equipamentos. Essas inspeções podem ser combinadas com fontes de contaminação, partes trincadas, ausências de peças, desgastes, percepção de troca de gaxetas antes de sua deterioração.

Veja mais sobre as etapas anteriores nos links abaixo:

Como a Manutenção Autônoma pode contribuir com BPF e microbiologia? 1ª Etapa

Qual a contribuição da Manutenção Autônoma em BPF? 2ª Etapa

Controle de lubrificantes com TPM e manutenção autônoma – 3ª etapa

O que devo saber sobre etiquetas de TPM – M.A, Contaminações e Food Safety?

4° Passo de M.A. na indústria de alimentos – Inspeção e Capacitação

5° Passo de M.A. na indústria de alimentos – Inspeção autônoma

2 min leituraDando continuidade aos posts sobre TPM (Manutenção Produtiva Total), hoje vamos abordar a 6ª etapa de M.A. na indústria de alimentos: Manutenção Autônoma. Nesta etapa, um dos maiores focos é a […]

2 min leitura
0

4° Passo de M.A. na indústria de alimentos – Inspeção e Capacitação

2 min leitura

Hoje falarei sobre inspeção e capacitação com TPM e manutenção autônoma – 4° Passo, dando continuidade à série de TPM x Food Safety.

Como vimos nos posts anteriores, logo nas primeiras etapas ocorre o que chamamos de restauração dos equipamentos de forma a mantê-los em suas condições ideais de operação. No 4° passo, o princípio é a inspeção geral.

Objetivo

Nesta etapa, o objetivo é desenvolver nos operadores, a conscientização sobre o porquê da limpeza e inspeção, lubrificação, fontes de sujeiras, ou seja, esse é um novo passo comportamental no qual o colaborador deixa de apenas seguir instruções e passa a receber capacitação e a entender os propósitos de cada atividade.

Mas para que tudo isso aconteça, é necessária a capacitação e desenvolvimento do colaborador e quando falamos em capacitação, temos ações que podem corroborar potencialmente e positivamente para a segurança dos alimentos.

Quando associamos a 4° etapa de manutenção autônoma e a capacitação com viés de food safety, os novos conhecimentos adquiridos pelos colaboradores podem refletir:

  • Na revisão dos padrões de limpeza e inspeção;
  • Em melhorias no equipamento para facilitar sua limpeza e inspeção;
  • No uso de controles visuais apoiando a redução de não conformidades;
  • Entre outras diversas frentes…

Sobre propósitos da capacitação

Nessa etapa de manutenção autônoma, podem ser casadas com os treinamentos tradicionais, capacitações mais profundas sobre temas da qualidade e segurança dos alimentos. Uma vez que aqui o foco é o propósito das atividades, é fundamental trabalhar também os propósitos de qualidade como BPF, PCCs, PPROs, controle de pragas, controles de corpos estranhos, política de vidros…

A integração entre ferramentas será benéfica para todos trazendo sinergia e maior assimilação pelos colaboradores.

Links de postagens anteriores:

2 min leituraHoje falarei sobre inspeção e capacitação com TPM e manutenção autônoma – 4° Passo, dando continuidade à série de TPM x Food Safety. Como vimos nos posts anteriores, logo nas […]

< 1 min leitura
1

Controle de lubrificantes com TPM e manutenção autônoma – 3ª etapa

< 1 min leitura

Você já ouviu falar de TPM e Manutenção Autônoma? São ferramentas  de melhoria contínua na indústria.

Dentro da metodologia de TPM, existe um pilar chamado Manutenção Autônoma, também conhecido como M.A. Esse pilar possui várias etapas e à medida que os colaboradores avançam as etapas, eles e a empresa evoluem em nível de autonomia em seus processos.

Hoje falaremos sobre a 3ª etapa de M.A:

Elaboração de padrões de limpeza, inspeção e lubrificação

Nessa etapa, os colaboradores (não o time de manutenção) começarão a ter os primeiros contatos com lubrificantes e pontos de lubrificação.

Não serei repetitivo quanto ao fato de o lubrificante ser de grau alimentício (food grade) e da busca constante por empresas de lubrificantes certificadas na ISO 21469.

Mas acredito que essa é a hora de unirmos o útil ao agradável, ou seja, disseminar aos nossos colaboradores a cultura de lubrificantes devidamente autorizados nos respectivos pontos de contato do equipamento. Esta é uma ótima oportunidade de M.A e Qualidade Assegurada se integrarem, pois padrões de lubrificação serão criados, mapeamento de pontos de lubrificação e os respectivos lubrificantes necessários serão estabelecidos.

Dessa forma temos mais uma “frente” atuante no controle da lubrificação, colaboradores conscientizados, evolução autônoma da qualidade e inclusive os check-lists que podem conter menções quanto a serem food-grade e seus respectivos contatos.

Qualidade não deve apenas “cobrar”, mas “integrar” também.

Leia mais sobre M.A e TPM:

Como a Manutenção Autônoma pode contribuir com BPF e microbiologia? 1ª Etapa
Qual a contribuição da Manutenção Autônoma em BPF? 2ª Etapa

< 1 min leituraVocê já ouviu falar de TPM e Manutenção Autônoma? São ferramentas  de melhoria contínua na indústria. Dentro da metodologia de TPM, existe um pilar chamado Manutenção Autônoma, também conhecido como […]

3 min leitura
5

O que devo saber sobre etiquetas de TPM – M.A, Contaminações e Food Safety?

3 min leitura

É muito comum em empresas que trabalham com melhoria contínua a utilização das famosas etiquetas Vermelhas, Azuis, Verdes, Amarelas. Então, o que devo saber sobre etiquetas de TPM – M.A, Contaminações e Food Safety?

O objetivo das etiquetas de Melhoria Contínua é a identificação de manutenções necessárias, riscos de acidentes, melhorias em equipamentos, etc. Essa gestão visual visa demonstrar facilmente o mapeamento dos locais no equipamento/área que estão necessitando de manutenção, atenção e facilitar o gerenciamento de atividades para sua execução e resolução. Portanto, se há uma etiqueta presa em um trecho de tubulação, há uma necessidade de atenção nessa tubulação.

Uma vez concluída a pendência, a etiqueta é removida do equipamento e consequentemente é feita a baixa do serviço. Quando uma nova manutenção for necessária uma outra etiqueta é “aberta” e presa ao equipamento. Quanto mais etiquetas presas ao equipamento (como uma árvore de Natal), há mais incômodo e necessidade de manutenção nesse equipamento ou área.

A etiqueta é um ótimo recurso de gestão visual e contribui imensamente na velocidade da execução da manutenção e follow-up. Mas quando falamos de uma empresa de alimentos, colar uma etiqueta em um equipamento não é algo tão simples, é necessário avaliar o perigo dessa exposição à Segurança de Alimentos.

Existem diversos modelos e materiais, é importante se atentar à qualidade da etiqueta: se a etiqueta se desfaz em ambientes úmidos, se vem com grampos, arames, lacres, como você pretende fixá-la e uma infinidade de possíveis contaminantes. Também é muito importante estar atento à vazão da resolução para que aquela etiqueta antiga não acabe fazendo aniversário no local e com o tempo acabe parando dentro de alguma bombona, ingrediente… Tudo o que não queremos é uma ferramenta tão incrível se tornando um pesadelo.

Mas como ter os benefícios das etiquetas na área e ainda não comprometer a Segurança dos alimentos? Possivelmente esse é um assunto discutível: “tem que ficar no equipamento”, “não pode ficar no equipamento”.

Certa vez em uma conversa com uma colega chamada Andressa, ela comentou sobre uma vivência que teve utilizando quadros para facilitar essa gestão. Foi a partir dessa conversa que refleti em como hoje existe uma diversidade de possibilidades e que precisamos pensar fora da caixa e buscar alternativas.

Vejamos… Um quadro, um bom ponto de partida, pensei a respeito disso e… que tal se ele pudesse conter a planta da linha ou uma imagem da máquina e através de marcações no quadro pudesse ser identificado o mesmo ponto equivalente ao real, um quadro que ficasse próximo e ainda assim seguro contra contato direto?

Nesse quadro você faria a gestão através de marcações com a numeração dos dias, meses ou o status, movimentando suas informações através de Caixinhas em Inox entre Posições Abertas, Encerradas ou Em Andamento. Você facilmente poderia fazer um Kanban e ainda representar a situação da área. Essa é uma alternativa mais simples que nasceu de uma ideia inicial em conversa com uma colega e tenho certeza que inspirará você a melhorar ainda mais essa sugestão.

Com a Industria 4.0 existirão novas oportunidades mais avançadas de realizar essa gestão, ou seja, constantemente estamos nos adaptando e buscando alternativas eficazes e sem comprometer a saúde de nossos consumidores e clientes.

E você, também possui dúvidas em como não atrair novos contaminantes, comprometer a Segurança de Alimentos sem perder a efetividade de suas etiquetas?

3 min leituraÉ muito comum em empresas que trabalham com melhoria contínua a utilização das famosas etiquetas Vermelhas, Azuis, Verdes, Amarelas. Então, o que devo saber sobre etiquetas de TPM – M.A, Contaminações […]

2 min leitura
0

Qual a contribuição da Manutenção Autônoma em BPF? 2ª Etapa

2 min leitura

Hoje revelarei como Manutenção Autônoma pode contribuir com BPF, a 2ª Etapa.

Mas o que é M.A, TPM, Etapa?

Antes de continuar, saiba que este é o segundo artigo de uma série sobre as etapas de uma metodologia chamada TPM e Manutenção Autônoma.  Você irá encontrar mais sobre o assunto no primeiro artigo, acessível no link a seguir, o qual ajudará a entender a sequência das informações:

Como a Manutenção Autônoma pode contribuir com BPF e microbiologia? 1ª Etapa

Você também poderá obter mais detalhes no artigo publicado pelo colunista Marco Túlio:

TPM a Serviço da Segurança de Alimentos

A 2ª Etapa de M.A. é conhecida como Eliminação de fontes de sujeira e locais de difícil acesso.

Na primeira etapa, fala-se muito em padrões de limpeza e inspeções, portanto percebemos que a limpeza é fundamental na Produtividade e Qualidade. Agora, na segunda etapa, surge um outro papel muito importante que é o de NÃO SUJAR.

A 2ª Etapa aborda as F.S. (Fontes de Sujeira) e os L.D.A. ( Locais de Difícil Acesso).

Fontes de Sujeira são situações no equipamento que geram sujeira na área ou na própria máquina como corantes e aromas com goteiras, respingos de chocolate, rebarbas e sobras de produto, açúcar ou leite em pó no ar.

Locais de Difícil Acesso são pontos no equipamento em locais difíceis de limpar, frestas entre bandejas, vincos, rebaixos na mesa da máquina, buracos atrás do equipamento onde o produto escorre para dentro, corredores apertados em túneis, e outros.

Não há nada pior para a produção de alimentos do que “ponto morto” em envasadoras, rotas e curvas em tubulações de CIP em que a água desvia, microrganismos patogênicos no pé “o” daquele tanquinho de cobertura.

Nessa fase existe um grande aliado na qualidade dos alimentos em processos produtivos: o estudo do ECRS. As abordagens mais comuns são: Eliminar, Conter (Combinar), Reduzir (Reorganizar) ou Simplificar.

Através da identificação do problema surgem oportunidades de eliminar a fonte de sujeira, simplificar o acesso à limpeza no local de difícil acesso, etc.

Nesta fase, a qualidade, atuando lado a lado, colocará mais um “tijolinho” na formação de uma base sólida em manufatura. Esse é mais um ponto positivo de M.A. para qualidade em alimentos.

2 min leituraHoje revelarei como Manutenção Autônoma pode contribuir com BPF, a 2ª Etapa. Mas o que é M.A, TPM, Etapa? Antes de continuar, saiba que este é o segundo artigo de […]

2 min leitura
3

Como a Manutenção Autônoma pode contribuir com BPF e microbiologia? 1ª Etapa

2 min leitura

Você já parou para se perguntar como a Manutenção Autônoma (M.A.) pode contribuir com BPF e microbiologia?

Antes de explicar a fantástica associação entre TPM e BPF, Qualidade e Segurança de Alimentos, farei uma introdução breve sobre o que é o TPM.

Você já deve ter ouvido falar de TPM e Manutenção Autônoma. Essas siglas representam ferramentas  de melhoria contínua na indústria. O TPM é uma filosofia, uma metodologia que visa Qualidade, Produtividade, Segurança entre outros vários aspectos.

O TPM é estruturado no que chamamos de Pilares. Os pilares são “frentes de trabalho”, segmentos da empresa. Ao todo, em TPM existem oito pilares e cada pilar fica à frente de uma estratégia na empresa.

Dentro da metodologia de TPM, existe um pilar chamado Manutenção Autônoma, também conhecido como M.A. Esse pilar possui oito etapas e à medida que os colaboradores avançam essas etapas/passos, eles e a empresa evoluem em nível de autonomia em seus processos.

Publicarei uma série de artigos sobre as etapas existentes dentro do pilar de Manutenção Autônoma em TPM e sua relação com BPF e food safety em cada uma dessas etapas.

A  primeira etapa de Manutenção Autônoma é chamada de Limpeza e Inspeção.

Nessa primeira etapa, a premissa é limpar o equipamento e durante a limpeza realizar a inspeção de modo que se possam identificar danos, avarias e prever falhas que prejudiquem o desempenho produtivo e a vida útil da máquina.

Para nós de Qualidade em Alimentos, Limpeza e Inspeção são fundamentais em BPF, não é mesmo? Portanto, a primeira etapa agrega valor significativo na qualidade e padrão microbiológico de nossos processos e produtos.

No primeiro passo de M.A. o contato com a atividade de limpeza e inspeção dos colaboradores no ambiente produtivo é mais técnico e aprofundado. Nessa hora, surgem grandes oportunidades dos procedimentos de limpeza serem construídos em conjunto com Qualidade. A riqueza das instruções é maior, com detalhamentos que apenas só quem realmente está no dia-a-dia na área conseguiria captar.

Áreas como Microbiologia são muito beneficiadas, quando o Passo de Limpeza e Inspeção é bem implementado, mas cuidado: nessa etapa também surgem necessidades de reduções de tempo de limpeza e mudanças no processo.

Outro ponto positivo é a oportunidade de a área de Microbiologia começar a expor de uma forma mais efetiva e com muito mais integração os gráficos de swabs de limpeza nas linhas, pois existe uma correlação na eficiência da limpeza com a produtividade.

Compartilho com vocês um modelo de gráfico com esse propósito.

Para fazer o download do arquivo, clique no link abaixo:

Download Gráfico – Resultados de Microbiologia e Limpeza

Quando uma linha é limpa e inspecionada de forma eficaz, a produtividade aumenta e os bloqueios diminuem. Todos ganham!

2 min leituraVocê já parou para se perguntar como a Manutenção Autônoma (M.A.) pode contribuir com BPF e microbiologia? Antes de explicar a fantástica associação entre TPM e BPF, Qualidade e Segurança […]

6 min leitura
35

TPM a serviço da segurança dos alimentos

6 min leitura

A ferramenta TPM, ou Manutenção Produtiva Total, tem como propósito elevar ao máximo a produtividade e a eficiência de um processo produtivo, por meio da implantação estruturada e consistente de seus 8 pilares de sustentação, que são:

1. Manutenção Autônoma
2. Manutenção Planejada
3. Manutenção da Qualidade
4. Melhorias especificas
5. Controle inicial
6. Treinamento e educação
7. Segurança, Higiene e Meio Ambiente
8. Áreas administrativas

Isto permite proporcionar condições para que processos sejam capazes de operar de forma padronizada e sem interrupções imprevistas, e com isso, busca impedir que certas situações indesejáveis ocorram, como: paradas corretivas desorganizadas, prolongadas e constantes; atrasos de entrega por causa de problemas de manutenção; necessidade de contar com altos estoques devido a baixa confiabilidade do processo; ter um alto índice de produtos defeituosos por causa da instabilidade do processo; e tratando-se da indústria de alimentos e bebidas, irá colaborar muito para prevenir contaminações cruzadas, sejam derivadas de falhas nos processos, máquinas e equipamentos, ou das próprias atividades de manutenção.

Afinal, manutenções realizadas de forma planejada e efetivamente controladas são capazes de prevenir paradas de máquinas e manter os processos em fluxo constante de produção, o que minimiza erros e a probabilidade de gerar produtos fora de especificação, enquanto que manutenções executadas de forma descontrolada podem gerar diversos riscos, desde falhas de produção e defeitos nos produtos, como também a introdução de contaminantes provenientes das rotinas de manutenção sem a devida prevenção de riscos e sem seguir devidamente regras de boas práticas de fabricação.

O escopo dos serviços de inspeção e manutenção deve garantir a confiabilidade funcional dos equipamentos, e considerando que sua eficiência significa mais paradas planejadas preditivas ou preventivas em detrimento de inesperadas corretivas, já teremos minimizado uma atividade potencialmente de risco quanto à introdução de contaminantes numa linha industrial.

Alguns pilares do TPM terão um papel especial na prevenção de riscos de segurança dos alimentos. Este artigo discute elementos dos pilares 1, 2, 5 e 6 que contribuem neste sentido:

1 – Manutenção Autônoma

Este pilar diz respeito à atuação da mão de obra que opera máquinas e equipamentos, para que se envolvam nas rotinas de manutenção e nas atividades de melhorias, e para que assim, previnam a deterioração dos equipamentos.

Espera-se neste pilar que quem opera uma máquina ou equipamento seja capaz de desenvolver um olhar sensível para identificar potenciais elementos de riscos, como parafusos, borrachas, metal sendo fresado, etc., que possam chegar por algum meio aos produtos tornando-se contaminantes, além de vazamentos de graxa ou outros fluídos, assim como falhas operacionais que impeçam, por exemplo, que equipamentos atinjam limites críticos de controle em PCCs, levando produtos a serem produzidos sob condição de riscos.

Operadores de máquinas e equipamentos também devem ser conscientizados que “gambiarras” devem ser evitadas ao máximo, mas supondo em alguma situação serem inevitáveis para impedir um problema maior ou uma contaminação imediata, devem ser muito bem identificadas, comunicadas a quem fará os reparos finais e substituídas por uma solução adequada preferencialmente em 24 horas. Mas as gambiarras provisórias que se tornam permanentes, estas devem ser proibidas.

Em casos de manutenções não programadas, nas quais as paradas ocorrem devido um incidente que possa representar corpos estranhos como metais ou poeira que podem inclusive carrear microrganismos, o operador do equipamento ou responsável pela linha no horário do incidente deve estar plenamente apto e ter a iniciativa de informar imediatamente o controle de qualidade para que este retenha o lote produzido sob condições potenciais de risco e identifique como produto não conforme até que se reveja seu status, identificando a causa da segregação. O produto que for eventualmente retido por risco de metais, por exemplo, deve ser liberado apenas após passar por detector de metais com sensibilidade mínima de 2 mm.

2 – Manutenção Planejada

Este pilar atua sob três formas: planejamento das manutenções preditivas, preventivas e paradas para corretivas. Enquanto que as duas primeiras objetivam eliminar paradas, a terceira, quando necessária, deve ser muito bem controlada a fim de proporcionar uma parada realizada de forma segura e que evite riscos de contaminação.

Aconselha-se que antes de dar início à execução dos serviços de manutenção, seja preliminarmente verificada a disponibilidade no local das ferramentas necessárias e de meios de proteção adequados em relação à tipologia da instalação que for objeto de intervenção. Check-lists pré-elaborados para esta verificação podem ser uma boa ideia.

Importante que durante a manutenção, o manutentor só disponibilize o material e ferramentas necessárias para a execução da manutenção, analogamente a um cirurgião no momento de uma operação, sempre também se preocupando com a organização e limpeza do local.

Aconselha-se que caixas de ferramentas sejam mantidas limpas e organizadas, pois se bagunçadas e cheias de material, aumentam a probabilidade de cair algo, e principalmente, não podem possuir objetos que possam contaminar os produtos, tais como fragmentos metálicos soltos, pedaços de fio e cavacos. É preciso, também, cuidado total durante manutenções, para evitar que ferramentas, porcas, parafusos, etc, venham a contaminar os produtos.

Após o final de cada manutenção, os mecânicos, eletricistas, soldadores, ou quem for, devem fazer uma limpeza eliminando excesso de graxa, sujeiras, fragmentos de metal como cavacos, limalhas, etc., pedaços de fio, restos de hastes de solda, restos de fita isolante, ferramentas ou objetos estranhos, além de verificar se todas as partes, parafusos, porcas etc., estão corretamente fixados e apertados. É indicado como boa prática que estas limpezas sejam registradas, incluindo quem a realizou.

Se a manutenção for realizada em equipamentos ou áreas com risco de contaminação do produto, após a limpeza pós-manutenção que pode ser feita pelos próprios manutentores recolhendo todos os materiais que ficaram no local, recomenda-se que exista pré-elaborado um procedimento de limpeza descrito na forma de instrução de trabalho específica de cada área e equipamento. Após execução de tais procedimentos, os equipamentos devem ser inspecionados antes de reiniciar uma rotina de trabalho, certificando-se que realmente todos os potenciais riscos foram sanados. É uma boa prática, neste caso também, que se realizem registros, por exemplo, com uso de check-lists com cada ponto a ser inspecionado após uma realização e uma limpeza e higienização pós-manutenção, com o propósito de garantir rastreabilidade, e principalmente, que pontos chaves foram efetivamente vistoriados.

Entre as boas práticas para prevenir contaminações via manutenção, recomenda-se que parafusos em locais onde possam cair e contaminar produtos sejam colados e aplicado lacre químico para facilitar identificação nas inspeções, com exceção dos que utilizam porcas autotravantes, que não precisam deste artificio.

Em qualquer tipo de montagem em que o componente a ser instalado precisar de prévia lubrificação e houver risco de inclusão no produto, o lubrificante usado deve ser de grau alimentício, portanto, aprovado para uso em indústrias alimentícias e deve haver laudo que evidencie esta característica.

Soldas devem ser sanitárias, portanto, sem irregularidades e rebarbas, e devem ser polidas para evitar locais que permitam acúmulo de sujidades. Sempre que possível, as soldas devem ser feitas pelo sistema TIG (Tungsten Inert Gas Welding).

Equipamentos devem possuir características sanitárias: superfícies lisas, íntegras, impermeáveis, resistentes à corrosão, de fácil higienização e de material que não contamine alimentos, portanto, substituição de peças e partes de equipamentos devem ser feitas sempre por materiais de qualidade igual ou superior. Não é permitido que pinturas se soltem e contaminem o produto, e as tintas utilizadas não devem conter metais pesados.

5 – Controle Inicial

Se baseia na análise detalhada antes de se começar trabalhos de manutenção, sendo que o objetivo é garantir uma operação segura em termos de food safety.

Importante na perspectiva de rastreabilidade que toda manutenção preditiva, preventiva ou corretiva sejam registradas, para posterior análise de causa de parada do equipamento, criação de plano de ação para evitar repetida quebra, mas também para que, em caso de detecção de corpos estranhos ou outros tipos de contaminação, seja possível avaliar se a própria manutenção em si não foi uma potencial causa.

Para minimizar riscos e evitar potencial contaminação proveniente da manutenção, sempre que possível, equipamentos devem ser removidos da área de fabricação ou manipulação para receber reparos. No entanto, quando equipamentos precisarem receber manutenção na área de fabricação, durante horário de produção por uma quebra inesperada, é indispensável proteger equipamentos e os locais com lona ou outro material formando um biombo ou divisória, isolando-os, mitigando riscos potenciais de uma possível contaminação.

A avaliação da integridade deste isolamento deve ser feita durante a execução do serviço por pessoa competente e treinada para identificar e prevenir falhas, e nestes casos, sempre deve ser observado pelo executor se a manutenção poderá ocasionar contaminação do produto manufaturado, e caso haja risco de contaminação, deverá adotar procedimentos para impedir tal risco.

6 – Treinamento e Educação

Elevar o nível e capacitação da mão de obra sempre é importante na criação de uma cultura voltada à food safety, especialmente quando a falta de treinamento possa significar riscos de contaminação, e como visto até aqui, tais riscos são inerentes às rotinas de manutenção.

Por isso, treinar devidamente manutentores é fundamental. Mecânicos, eletricistas, soldadores devem sempre levar em consideração na indústria de alimentos que suas atividades devem ser executadas buscando agilidade e eficiência em consertos e ajustes, mas com aprimoramento de técnicas de trabalho que levem em consideração o uso de princípios de boas práticas de fabricação. Da mesma forma, operadores de máquinas e equipamentos que atuam em manutenção autônoma, justamente o item de número 1.

Benefícios da TPM para a Segurança dos Alimentos

Fica fácil perceber como a manutenção produtiva total pode colaborar com a cultura da organização no que tange à food safety.

É muito importante reforçar que a Alta Direção da organização deve ser o primeiro elemento a disseminar esta cultura e garantir que todos participem ativamente do processo, garantindo que os gerentes estejam engajados e que as informações desçam congruentes para os níveis operacionais através dos comitês de TPM formados.

Com a mesma velocidade, as informações do chão de fábrica devem chegar aos níveis superiores, relatando dificuldades e oportunidades que podem ser resolvidas com o auxílio da alta gerência, e assim, riscos de contaminação de produtos poderão ser controlados, minimizados e prevenidos.

Podemos concluir que TPM e BPF são temas irmãos e que agindo de forma harmoniosa ajudarão a aumentar a produtividade, reduzir falhas e contaminações.

6 min leituraA ferramenta TPM, ou Manutenção Produtiva Total, tem como propósito elevar ao máximo a produtividade e a eficiência de um processo produtivo, por meio da implantação estruturada e consistente de […]

Compartilhar
Pular para a barra de ferramentas