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A ração do seu cachorro pode estar deixando sua família doente

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Trinta e duas pessoas hospitalizadas. Oito internações. Bebês e idosos entre as vítimas. E tudo começou com algo aparentemente inofensivo: a ração do cachorro.

O perigo escondido na tigela

Um surto de Salmonella no Canadá acendeu o alerta vermelho: ração e petiscos contaminados estão adoecendo famílias inteiras. O pior? Seu cão pode parecer perfeitamente saudável enquanto espalha a bactéria pela casa.

Os números que assustam

O Surto
Dados reais
Infectados
32 pessoas confirmadas
Hospitalizados
8 casos graves
Vítimas
De bebês a idosos de 87 anos
Casos ocultos
Para cada 1 reportado, há 26 não diagnosticados

Como você está se contaminando sem saber

Você não precisa comer ração para ficar doente. A infecção acontece de formas surpreendentemente simples:
  • Aquele carinho no cachorro? Suas mãos ficam contaminadas
  • A lambida carinhosa no rosto? Bactéria diretamente na sua boca
  • Lavar a tigela do pet na pia da cozinha? Contamina tudo ao redor
  • Tocar na ração? Depois você leva a mão à boca
Cães podem eliminar Salmonella nas fezes e saliva por até 7 dias, mesmo sem sintomas. E aí, o que pode acontecer? A famosa e conhecida CONTAMINAÇÃO CRUZADA.
Produtos recolhidos: verifique AGORA
Marcas Puppy Love e Puppy World recolheram petiscos de carne, frango e cordeiro vendidos de fevereiro a outubro de 2025. Se você tem esses produtos em casa, jogue-os fora imediatamente.

Sintomas: quando procurar ajuda

A Salmonela ataca rapidamente (6 a 72 horas após contato):
  • Febre alta e calafrios
  • Diarreia intensa (pode ter sangue)
  • Vômitos e cólicas violentas
  • Dor de cabeça súbita
Grupos de alto risco: crianças pequenas, idosos, grávidas e pessoas com imunidade baixa podem ter complicações graves.

As 4 regras de ouro para proteger sua família

1 – Lave as mãos sempre

Depois de tocar na ração, no pet ou nas fezes. Sem exceções. Use água e sabão por 20 segundos.

2 – Separe tudo

Tigelas e utensílios do pet são exclusivos. Nunca os lave junto com a louça da família.

3 – Armazenamento inteligente

Ração longe da comida humana. Longe do alcance de crianças. Sempre fechada.

4 – Cuidado com a comida crua

Dietas cruas para pets são bombas-relógio de bactérias. A FDA já alertou: cozinhar é a única forma segura.
O que fazer AGORA

1 – Verifique se há produtos recolhidos em casa

2 – Crie uma rotina de higiene rigorosa

3 – Ensine as crianças a lavar as mãos após brincar com o pet

4 – Considere mudar para ração de marcas com histórico limpo

A tigela do seu cachorro não deveria ser uma ameaça à sua família, mas a realidade é que pode ser. Proteja quem você ama com informação e atitude.

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Morte de equinos por ração contaminada atinge 4 estados brasileiros

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Segundo dados publicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em 23 de julho subiu para 284 o número de óbitos de equinos após consumo de ração contaminada. Os casos vêm sendo investigados desde o recebimento da primeira denúncia no final de maio deste ano.

Há relação entre os animais que vieram a óbito e o consumo de ração de uma empresa que está sob investigação. Os animais são de diferentes estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas.

Em todas as propriedades investigadas, os equinos que adoeceram ou vieram a óbito consumiram ração da mesma empresa. Os outros animais das mesmas propriedades, que não consumiram a ração e vivem no mesmo ambiente, não apresentaram qualquer sintomatologia relacionada à intoxicação.

Amostras da ração foram coletadas e analisadas pelos laboratórios de defesa agropecuária e foi detectada a presença de alcaloides pirrolizidínicos (AP), que são substâncias muito tóxicas para os animais.

Esses AP podem causar doença aguda ou crônica, sendo que a crônica é mais comum e está relacionada ao consumo de doses bem baixas desses alcaloides por períodos longos de tempo. Isso ocorre porque mesmo pequenas quantidades podem gerar alterações neurológicas e hepatóxicas, levando os animais a óbito. Concentrações maiores do contaminante na ração podem causar casos agudos, o que parece estar acontecendo. A concentração dos AP nas plantas e a quantidade ingerida estão diretamente relacionadas à sintomatologia dos animais.

Na literatura científica há descrição de casos de intoxicação por ingestão de AP em bovinos, suínos, caprinos, ovinos, equídeos, e até em humanos.

A investigação aponta que a contaminação ocorreu por falha no controle da matéria-prima, uma vez que havia resíduos de plantas do gênero Crotalaria, que são uma das plantas que podem gerar os AP. Além do gênero Crotalaria, os gêneros Senecio, Heliotropium Echiumque também podem gerar essas substâncias.

Plantas do gênero Crotalaria são conhecidas popularmente no Brasil por “chocalho”, “guizo-de-cascavel”, “chocalho-de-cascavel”, “chocalho-de-cobra”, “feijão-de-guizo” ou “xique-xique”. Inclusive há descrições do seu uso em sistema de rotação de culturas, controle de helmintos e fixação de nitrogênio no solo. Nesse caso, é possível que plantações destinadas à fabricação de ração para animais domésticos possam ser acidentalmente contaminadas por sementes ou outras partes de plantas do gênero Crotalaria.

Quando essas plantas são colhidas juntamente com as culturas destinadas à produção de ração, ou quando há mistura acidental durante o processamento, seus resíduos podem entrar na composição final da ração.

A falta de um rigoroso controle de qualidade na seleção e análise da matéria-prima pode facilitar a ocorrência de contaminação.

O controle de AP em rações envolve a adoção de medidas preventivas e práticas de controle de qualidade durante o processo de produção. Isso inclui:

  • a seleção cuidadosa das matérias-primas – selecionar ingredientes da ração provenientes de áreas com baixa incidência das plantas que produzem AP e implementar práticas de manejo que evitem o crescimento dos gêneros produtores de AP próximo a área de cultivo de plantas que serão usadas em ração
  • a avaliação da contaminação por plantas produtoras desses alcaloides – durante o processo de produção, implementar testes, avaliações visuais para seleção dos ingredientes das rações
  • realizar testes laboratoriais para garantir a ausência ou níveis seguros desses compostos na ração final, por exemplo, com análises que usam cromatografia gasosa ou cromatografia líquida. Estas análises devem ser incorporadas nos setores de controle de qualidade das indústrias de ração.

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