Em tempos nos quais os pelos de roedores ganharam as manchetes da grande mídia, uma pergunta se tornou obrigatória para os gestores da Qualidade nas empresas: Como anda o Programa de Controle de Pragas na nossa empresa?
Dentre os muitos programas de pré-requisitos existentes em uma indústria de alimentos, está o Controle Integrado de Pragas e Vetores.
Implantar um programa não é difícil, basta apenas que sejam seguidos alguns passos importantes para que o mesmo seja consistente e efetivo, e não apenas mais um programa que “tem que ter pra cumprir requisito em auditoria”.
O primeiro passo é conhecer bem seu(s) produto(s) e matérias-primas. Isto é importante para que você determine o tipo de controle a ser feito, baseado nas pragas que podem causar maior impacto ou contaminação.
O segundo, baseado no ambiente onde está localizada sua unidade, é identificar possíveis inimigos externos. Dependendo da localização, alguns alvos terão que ter maior atenção.
O terceiro, a realização de um inventário nos equipamentos e instalações para identificações de pontos de vulnerabilidade. Geralmente, canaletas de fiação, frestas em paredes e janelas e caixas de contenção são pontos de abrigo e propagação de pragas. Neste ponto o Departamento de Manutenção e Projetos tem que ser seu maior aliado.
O quarto, conhecendo as pragas é importante conhecer as formas mais eficientes de contê-las, evitando ao máximo o uso de pesticidas. Uma visita ao site da ANVISA ajuda muito quando o prestador de serviços recomenda algum tipo de tratamento químico. Muito cuidado com os organofosforados!
O quinto, faça uma avaliação criteriosa para a seleção da empresa prestadora de serviços. É fundamental conhecer o trabalho das empresas concorrentes. Nada como um bom benchmark para se evitar erros. Ou melhor, para fazer a melhor escolha.
O sexto, invista em um bom programa de informação e de treinamentos internos. Quem vai cuidar do programa são os seus colaboradores e é de extrema necessidade que eles tenham consciência da importância dos programas implantados na empresa. Lembrá-los que do outro lado, existem pessoas como eles que irão consumir os produtos e que ninguém quer ter surpresas desagradáveis quando abrir uma embalagem de chocolate, biscoito ou extrato de tomate. Assim, os formulários de monitoramento funcionarão como devem, servindo de ferramenta para tomada de ações nas visitas e também para retroalimentação dos indicadores de controle e monitoramento do programa.
Cuidar dos “4 As” é importante mas, de verdade, ter sua equipe cuidando dos programas é a melhor ferramenta de todas.
Créditos de imagem: Super Guia Lima Duarte.
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