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Por que o nitrito ainda está na sua comida?

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Você sabia que o bacon, o presunto e a salsicha que você consome contêm um conservante que a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou na mesma categoria de risco que o tabaco e o amianto? Sim, é verdade. Trata-se do nitrito.
Em 2015, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) deu o alarme sobre os nitritos em carnes processadas, ligando-os diretamente ao câncer. Uma década depois, esses aditivos continuam em quase 90% dos produtos nas prateleiras dos supermercados. A pergunta de um milhão de dólares é: por quê?

A desculpa da segurança

A indústria tem uma resposta pronta: botulismo. A narrativa oficial é que o nitrito é um escudo essencial contra essa contaminação alimentar fatal. No entanto, críticos afirmam que essa é uma cortina de fumaça. O argumento do botulismo só ganhou força nos anos 1970, exatamente quando a ligação entre nitritos e câncer tornou-se forte demais para ser ignorada.
Especialistas como o Professor Chris Elliott, da Queen’s University Belfast, afirmam que a ameaça do botulismo em carnes curadas modernas é “refutada” e que a inércia política continua a causar mortes “evitáveis” por câncer.
A verdade é mais crua: mudar o sistema custa caro. A indústria e os varejistas estão presos em um ciclo de inércia, onde o medo de perder a vida útil dos produtos e a hesitação em alterar fórmulas tradicionais falam mais alto. O resultado? Um progresso glacial. No Reino Unido, em dez anos, a presença de nitritos em embutidos caiu apenas 3,1%.
Enquanto isso, países como a França mostram que a mudança é possível, com metade do seu presunto já sendo vendido sem nitritos. Eles provam que existem alternativas, como o uso de extratos vegetais e métodos de cura tradicionais, que funcionam perfeitamente.

O lado bom e o lado mau do nitrato

Eis a grande reviravolta: nem todo nitrato é um vilão. Na verdade, mais de 80% dos nitratos que consumimos vêm de vegetais como espinafre, beterraba e rúcula. No nosso corpo, esses nitratos se convertem em óxido nítrico, uma molécula fantástica que melhora a saúde do coração e reduz a pressão arterial.
O problema mora na carne processada. Lá, na ausência de antioxidantes (como a vitamina C, presente nos vegetais) e sob altas temperaturas, os nitritos se transformam nas temidas nitrosaminas, as verdadeiras vilãs por trás do risco de câncer.
A mudança nas leis pode ser lenta, mas o seu poder como consumidor é imediato. A recomendação da OMS é clara: limite o consumo de carnes processadas. Da próxima vez que for ao supermercado, vire a embalagem. Procure por informações como “sem adição de nitritos”.
Ao escolher produtos mais seguros, você não está apenas protegendo sua saúde, mas também enviando uma mensagem clara para a indústria. Vote com o seu garfo.

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Palestra sobre alimentação e câncer

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Para abordar o tema o Alimentação e Câncer, Danielle Fontes de Almeida, nutricionista e mestre em ciências pela Faculdade de Medicina da USP, apresentou inicialmente o conceito de carcinogênese.

Carcinogênese é o nome dado ao processo composto pelas etapas Iniciação (transformação),  Promoção (propagação) e Progressão. Este processo é iniciado após o organismo receber uma agressão que leva a uma mutação e/ou alteração epigenética.

Durante a carcinogênese,  ocorre um desiquilíbrio entre os oncogenes, genes que promovem a proliferação das células defeituosas e os genes supressores de tumor e de reparo de danos no DNA.

Entre as principais causas do câncer, pode-se citar o tabagismo (representando 30% dos casos) e a dieta que se estima que representa 35% das ocorrências. Outras causas diversas completa o cenário.  Desta forma, a palestrante concluiu que 1/3 das mortes por câncer poderiam ser evitadas com uma nutrição e alimentação adequada., alinhada com uma atividade física regular e a manutenção de um peso saudável.

Estes cuidados podem ser apresentados nas seguintes dicas para se prevenir o câncer:

1-    Mantenha o peso  ideal e evite o sobrepeso

2-    Pratique atividade física por, no mínimo, 30 min./dia

3-    Evite bebidas açucaradas. Limite o consumo de alimentos muito calóricos

4-    Coma mais de uma variedade de vegetais e frutas (5 porções = 400g/d), cereais e grãos

5-    Limite o consumo de carnes vermelhas (<500g/sem.) e evite carnes processadas

6-    Limite o consumo diário de álcool

7-    Limite o consumo de alimentos salgados e alimentos

processados com sal (<6g/d)

8-    Não use suplementos para proteção contra o câncer

9-    Não fume

 

Como uma opção para uma dieta saudável, Danielle apresentou a dieta do mediterrâneo,  cuja pirâmide é baseada na alimentação da população da ilha de Creta. Rica em frutas, hortaliças, grãos, azeite de oliva, feijão, nozes, legumes e sementes, ervas e temperos, além de peixes e frutos do mar, esta dieta tem como base o convívio social e a prática de esportes.

A palestrante também apresentou a nova pirâmide alimentar proposta no Brasil para uma alimentação equilibrada. Esta tem como base as atividades físicas e o consumo de água potável, é rica em frutas, vegetais, leguminosas, legumes e oleaginosas e recomenda o pequeno consumo de carnes vermelhas, doces e de batata. 

Considerando o efeito da dieta na prevenção do câncer e a pirâmide alimentar acima, como anda a sua alimentação?

Fonte: palestra ministrada no IV Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade, organizado pela Flavor Food e sbCTA no dia 05 de setembro.

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