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20 regras de ouro | O que FAZER e o que NÃO FAZER durante auditorias de segurança de alimentos

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Como vimos no post anterior sobre PROFISSÃO AUDITOR, a norma ISO 19011:2018, além de trazer as diretrizes para um processo de auditoria, também estabelece os requisitos essenciais para a competência e a avaliação de um auditor. Há algumas regras de ouro que devem ser seguidas com muita atenção para que a condução da auditoria e o processo tenha sucesso. Para isso o auditor deve adotar uma postura construtiva, colaborativa e profissional.

Abaixo compartilho as 20 regras de ouro: 10 Regras de Ouro do que FAZER durante auditorias e mais 10 Regras de Ouro do que NÃO FAZER durante as auditorias.

Leia com atenção e perceba como está a sua comunicação durante as suas Trilhas de Auditoria!!!

 10 REGRAS DE OURO: O que FAZER durante as auditorias

     1. PARE DE FALAR!

  • Se você está falando, você não pode ouvir!! Escute, escute, escute!
  1. PONHA O AUDITADO À VONTADE
  • Ajude a pessoa a se sentir livre para falar!
  1. MOSTRE AO AUDITADO QUE VOCÊ QUER OUVIR
  • Olhe e aja com interesse. Ouça e entenda ao invés de se opor.
  1. ELIMINE DISTRAÇÕES
  • Evite rabiscar, ficar batucando ou mexendo em papéis.
  1. CRIE EMPATIA COM O AUDITADO
  • Tente entender o ponto de vista do outro.
  1. SEJA PACIENTE
  • Dê tempo suficiente. Nunca interrompa o auditado, não aja prematuramente.
  1. CONTROLE SEU HUMOR
  • Uma pessoa zangada pode emitir conceitos errados.
  1. SEJA PRUDENTE NAS DISCUSSÕES E CRÍTICAS
  • O contrário põe a pessoa na defensiva ou a deixa zangada.
  1. FAÇA PERGUNTAS
  • Isso encoraja o auditado e mostra que você está ouvindo. Ajude-o a desenvolver outros pontos. Faça perguntas abertas e abrangentes.
  1. PARE DE FALAR
  • Este é o primeiro e último, pois outros guias dependem dele!

Agora que você já conheceu as 10 regrinhas de ouro do que FAZER durante as auditorias, confira as outras 10 regras do que NÃO FAZER durante a condução e execução de uma auditoria.

10 REGRAS DE OURO: O que NÃO FAZER durante as auditorias

  1. JULGAMENTO/ AVALIAÇÃO
  • Não julgue ou avalie antes de entender.
  1. INFERÊNCIAS NÃO CRÍTICAS
  • Não infira pensamentos, fatos ou ideias em adição àqueles afirmados.
  1. INFERÊNCIA PLURAL
  • Não atribua suas próprias ideias ao auditado.
  1. FALTA DE ATENÇÃO
  • Não deixe seus pensamentos se perderem ou sua atenção divagar. Cuidado! Foco no que é importante!
  1. ATITUDE
  • Não feche sua mente para os outros. Suas ideias devem aceitar novas ideias.
  1. AUDIÇÃO DESEJOSA
  • Não permita que os seus sentimentos pessoais regulem sua mente.
  1. SEMÂNTICA
  • Não interprete palavras e frases exceto se elas são interpretadas pelo auditado. Cuidado com os regionalismos. Respeite a cultura de cada organização e da região em que está inserida.
  1. CONVERSA EXCESSIVA
  • Não se torne apaixonado pelo som de sua voz ou tente impressionar as pessoas com discursos. Você está na cadeira de auditor, não na cadeira de professor – auditor.
  1. FALTA DE HUMILDADE
  • Não se considere melhor que os outros. Mente aberta a aprendizados sempre!
  1. MEDO
  • Não tenha medo de melhorar, corrigir ou mudar. O auditor também pode errar, tem suas fragilidades e vulnerabilidades. Seja bravo e corajoso!!!

A auditoria é um processo que verifica e valida se todas as atividades estão sendo bem desenvolvidas de acordo com os critérios estabelecidos. E você, AUDITOR, deve entender que é chave essencial na análise precisa e cuidadosa desse processo.

Essas Regras de Ouro devem ser seguidas para que evitemos problemas durante a condução da auditoria, caso contrário:

  • O auditado poderá não cooperar por qualquer motivo durante a execução do processo!
  • O auditado poderá se sentir injustiçado, declarando que o processo não foi justo, honesto.
  • Poderão surgir situações complicadas ou queixas do auditado referentes ao mau comportamento ou à má condução do auditor.
  • Durante as entrevistas das auditorias, o auditado poderá se sentir intimidado, apreensivo, nervoso, ameaçado e algumas vezes com raiva e se fechar quanto a novas solicitações.

Essas situações embaraçosas poderão deixar o auditor tenso e ele não conseguirá estar plenamente atento, relaxado e focado para assimilar todas as atitudes e informações importantes vindas do auditado durante sua condução.

Cuidado! Faça pausas, questione o “problema”, veja se ele está sendo mal interpretado ou pedante. No final, o auditado deve sentir que o processo foi justo e não se sentir ofendido com quaisquer atitudes do auditor.

Seja gentil, educado, amistoso e capaz de ouvir! A comunicação não deve ser agressiva, deve ser sem violência! Pratique a escuta ativa todo o tempo durante a condução do processo de auditoria. Quaisquer situações indesejadas devem ser controladas sem agressividade. Controle emocional é requisito fundamental nesse processo. Sorria! Tenha uma linguagem e uma conversa simples. O auditor deve ser sensível às necessidades. Empatia deve ser sua trilha de sucesso.

Agora que você conhece as 20 REGRAS de OURO, faça a sua autoavaliação e perceba onde você pode melhorar na próxima atuação como AUDITOR.

Gostou das dicas? Deixe seu comentário e não esqueça de compartilhar este artigo com quem mais possa se beneficiar das informações acima. Abraço e sucesso!

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A importância da competência do auditor na condução da segurança de alimentos

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No IV Workshop Food Safety Brazil na Prática, no dia 19/09/19, a palestrante Rubiana Enz iniciou contextualizando que nos últimos 10 anos, foram dados passos inovadores que revolucionaram a forma como a certificação de terceira parte é realizada – não apenas por parte dos próprios organismos de certificação, mas de vários grupos de interesse em todo o setor de alimentos, incluindo fabricantes, varejistas, governos locais e a Organização Internacional para Normalização (ISO) e organismos como a Global Food Safety Initiative (GFSI), que, juntamente com a ISO, conciliaram o número de normas e esquemas disponíveis – uma iniciativa que promoveu uma série de eficiências relativas à auditoria, benchmarking e custos. A versão 7.2 GFSI melhora a competência dos auditores de programas de certificação reconhecidos pelo GFSI com exame com requisitos de análises comparativas com habilidades técnicas do setor (BPF, APPCC, trilhas, amostragens e coletas de evidências) com gestão para calibrar os auditores e em 3 anos para avaliar os auditores que adotem padrão consistente (Proprietários do Programa de Certificação (Certification Program Owners – CPOs). Afirmou que: “A auditoria é tão boa quanto o auditor que a realiza!” (experiência, forma de condução, com comunicações, conhecimentos, insights e informações), ou seja, a atitude certa e o conjunto de habilidades! Uma revolução na maneira como os auditores são recrutados está em andamento, log de auditorias remotamente, por exemplo. As auditorias determinam eficácia, conformidade, oportunidade de melhoria rodando o PDCA e com competência na condução com gestão de tempo, amostragem, observação, avaliação de evidências, anotações e sondagens, assim, chega-se à conformidade ou identificam-se riscos!

No encontro do GFSI em Tóquio em 2018 o tema surgiu com a prerrogativa de “pensar fora da caixa” ao “pensamento analítico” com resposta de quase 75% do público presente que afirmou que as competências do auditor eram fundamentais para promover a segurança dos alimentos de forma global, uma verdadeira validação da importância dessa área.

Há regulamentações de competências de auditores na ISO19011:2018, na ISO22003 (para food safety) e no scheme owner (dono do esquema) para BRCGS, IFS, SQF com regras próprias.

Tecnologia e inovação na revolução da indústria 4.0 e como serão as auditorias na era dos sistemas cyber-físicos; “internet das coisas”; automação dos softwares; “Big data” para realizar benchmarking, buscar padrões, prever incidentes, agir preventivamente (até com treinamentos usando a falha como forma de aprendizagem através de VR); block chain (já é a tecnologia por trás de sistemas confiáveis de cadeias de fornecedores – sustentáveis, seguras, éticas) com monitoramento ao longo do processo (cadeia de frio, por ex.), óculos de realidade virtual (Virtual Reality), câmeras 360º, drones para inspeções para locais confinados? Como serão as auditorias remotas com uso de Virtual Reality, como ficará a vida com tanta tecnologia? Experiência e capacidade de análise, priorização e identificação de riscos para trabalhar de maneira colaborativa. Revolução 4.0 prevista até 2050, com grande ganho de escala. Essa será a verdadeira revolução 4.0 das auditorias como conhecemos!

Encerrou lembrando que a competência dos auditores x novas tecnologias será sua experiência e capacidade de análise, priorização e identificação de riscos que será fundamental para trabalhar em colaboração com a nova tecnologia. As empresas precisarão entender o que é relevante para elas, o auditor por trás da tecnologia atuará como especialista técnico refinando dados, realizando a interpretação e identificando riscos, oportunidades de melhorias frente às melhores práticas de mercado.

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Dicas para que auditado e auditor se comportem como damas ou cavalheiros

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Alguns consideram as auditorias como sendo os pontos altos das rotinas de ações que envolvem Sistemas de Gestão em Food Safety, por serem, ao menos de certa forma, a hora da verdade por assim dizer, uma vez que é quando um olhar externo põe à prova como está sendo efetivamente conduzido o SGSA, seja no cumprimento de uma determinada norma (adequação), seja na efetiva realização das ações planejadas para seu devido cumprimento (implementação).

Este artigo é a opinião do autor, que já esteve na posição de auditado em auditorias de 1ª, 2ª e 3ª parte, e também, na posição de auditor em auditorias de 1ª e 2ª parte. E de ambos os lados, há regras de comportamento que tornam a atividade de auditoria mais eficaz, ou melhor dizendo, sem dor.

Previamente, vamos esclarecer os termos a quem não está familiarizado:

  1. as auditorias de 1ª parte são as internas: trata-se da empresa auditando ela mesma com seus auditores internos, que podem também ocorrer na modalidade de 1ª parte independente, ou seja, com uso de especialistas externos para reforçar o “olhar de fora” e agregar valor ao processo;
  2. as auditorias de 2ª parte são as realizadas pelos clientes, que podem ter suas próprias equipes de auditores ou subcontratar terceiros em seu nome;
  3. já as auditorias de 3ª parte são aquelas nas quais se busca uma certificação, ou seja, quando um organismo certificador avalia se uma determinada organização deve ou não ser recomendada para uma certificação.

Para começar o assunto, não há nada pior que auditores desorganizados, então, quando for auditar uma empresa, prepare-se, estude sobre o segmento, sobre particularidades e características do que produzem, especialmente sobre riscos associados, e com isso, faça um bom cronograma de planejamento, dedicando mais tempo para as áreas que estão associadas à necessidade de maior atenção. Se não tem ainda toda a norma “decorada”, tudo bem, monte sua “cola” com base no planejamento, indicando quais requisitos estão mais associados a cada tipo de processo em cada área, portanto, o que deve focar.

Por outro lado, não há nada pior que auditado “sabichão” que quer levar uma auditoria na malandragem, direcionando rotas, escondendo evidências, enrolando para ganhar tempo no transcorrer da auditoria. Isso passa uma péssima impressão. O bom auditado é cooperativo, entende que a auditoria está ali para validar seu trabalho, e se ele fez o “dever de casa” na implantação e manutenção do SGSA, tudo deve transcorrer como um passeio, não é?

Uma auditoria não deve ser um processo tenso, o auditor e o auditado não são inimigos, ao menos não deveriam ser!

Excesso de orgulho ou prepotência de ambos os lados podem ser fatais, por isso, ambos devem pré-acordar a condução da auditoria em sua abertura , quando se expõe todas as regras que serão utilizadas na auditoria, incluindo escopo, critérios de definição de não conformidades, como será a condução, o que se pretende observar, o que se espera dos auditados, e sempre com cordialidade. Comece bem o “relacionamento” neste momento.

Auditores de comportamento muito “feroz” acabam fazendo uma má auditoria, porque isso faz os auditados se fecharem, e não serem participativos e cooperarem.

Um auditor precisa passar confiança, deixar claro que não está auditando pessoas, mas processos; que não está “caçando” não conformidades, mas coletando e avaliando evidências que demonstrem como está o sistema de gestão de uma organização, e no meio disto tudo, pode ocorrer sim de serem detectadas não conformidades, mas que elas são algo positivo, pois em uma última análise configuram oportunidades de melhoria.

Bons auditores passam confiança, mostram-se íntegros, e buscam analisar a eficácia de sistemas de gestão. Com isso, os auditados se desarmam, tornam-se mais receptivos.

Já os bons auditados não ficam na defensiva, mostram-se abertos e buscam cooperar com o auditor na coleta amostral de evidências. Com isso, os auditores podem fazer um trabalho mais completo e eficaz, que ao final, ajuda a organização a detectar potenciais pontos falhos. E ao tratá-los, roda-se o PDCA e se eleva o patamar de condução dos processos de forma a garantir uma produção mais segura.

Acima de tudo, quando se trata de auditorias internas, é preciso cuidar para que não se torne uma ferramenta de “disputas de interesse” entre áreas e departamentos, o que pode ocorrer em empresas com pouca maturidade, especialmente por parte de gestores que estimulem este tipo de comportamento.

Cuide também, especialmente em empresas familiares, para que os auditores internos tenham total autonomia para fazer suas atividades, tanto quanto os auditores externos. Neste caso, uma sugestão é preparar bem as pessoas do alto escalão hierárquico para receber os auditores internos, explicando do que se trata a atividade de auditoria, a fim de receberem os auditores de portas e “corações” abertos. Nestes níveis se avalia contexto, análise crítica, gestão de recursos, engajamento da alta direção.

Auditoria interna é tão séria quanto uma de 3ªparte, inclusive, o seu potencial de assertividade na detecção de não conformidades costuma ser muito maior. Portanto, também é maior o potencial de alavancar ações de melhorias decorrentes.

Auditorias internas podem e devem ser bem usadas como catalisadores!

Novamente, é preciso sempre se lembrar de que auditorias devem ser um processo “tranquilo” e não “tenso”, e uma vez detectada uma não conformidade, ela deve ser explicada com total serenidade, argumentando com base nas normas de referência que estiverem sendo utilizadas e nas evidências coletadas.

Outra dica interessante: ao longo das auditorias muitas vezes coletam-se nomes, por exemplo, para checar se indivíduos que exercem determinadas funções possuem os devidos treinamentos que um determinado processo requer em termos de competências. Contudo, busque não anotar nomes como evidências de não conformidades, mas os cargos/ funções, ou em empresas com pouca maturidade, a interpretação deixa de ser uma questão de processo a ser resolvida, ganhando uma conotação pessoal por associar-se à pessoa cujo nome foi registrado.

Auditores precisam ser objetivos, jamais prolixos, e devem basear-se em fatos e dados e nunca em “achismos”, pois o auditor não deve achar nada, achar é uma inferência.

O auditor deve se basear em normas de referência, normas e regras da própria organização e em requisitos legais e estatutários e então, constatar se os processos estão de acordo com os mesmos ou não. Um auditor jamais emite não conformidade porque ele acha, mas porque tem reais evidências do descumprimento de requisitos.

Ao detectar uma não conformidade, deve-se relatar na hora ao auditado, justamente para evitar surpresas no fechamento de uma auditoria, pois isto cria muito mal-estar, além de não possibilitar ao auditado contestar e mostrar mais evidências, caso ele julgue que não é realmente uma situação não conforme, ou, após serem expostos os fatos, se convença de que realmente é.

Não conformidades devem ser relatadas com tom de descumprimento de requisitos normativos, regras da própria organização ou questões legais, nunca com tom de acusação aos culpados!

Uma conformidade e uma não conformidade devem ser relatadas e explicadas no mesmo tom!

Cuidado para não ser um auditor muito teatral, que até muda o tom da voz ao relatar pontos detectados como não conformes, e pior ainda, lembre que nunca se “comemora” a detecção de uma não conformidade, a auditoria não é uma disputa ou um campo de batalha, onde o auditor ganha pontos abrindo não conformidades e o auditado escondendo-as.

Jamais, em hipóteses alguma, discuta com auditado, se você tem fatos e dados que evidenciam uma não conformidade e o auditado não as aceita, com tranquilidade total, explique que ele poderá levar seus argumentos a uma equipe de revisores posteriormente. Porém, se o auditado tem razão e pode convencê-lo de que um fato levantado como não conforme é conforme, não há problema algum em voltar atrás e reconsiderar, o que manda são os argumentos, fatos e dados. Cuidado aqui com o orgulho, ninguém deve querer ser o dono da verdade por opiniões próprias, mas sempre com base nas evidências.

Por outro lado, o auditado que se depara com auditores que agem de forma inadequada também deve evitar discussões, tente orientar e mostrar seu ponto de vista ao auditor, mas se o problema persistir, depois há a chance de relatar o ocorrido a um comitê interno de auditores quando for uma auditoria interna; ao cliente quando for uma auditoria de 2ª parte; ou a um organismo certificador se for uma auditoria de 3ª parte.

Tente realizar as auditorias nos horários normais de cada empregado, não os force a ficarem depois do horário pelo seu mau planejamento da auditoria. Isso além de gerar custos de hora extra e atrapalhar as rotinas das pessoas, também faz com que as auditorias transcorram nos horários em que as rotinas do auditado não estão em seu “habitat” normal, atrapalhando observar o contexto como ocorre de fato no dia-a-dia.

Aproveitando, lembre-se de agendar auditorias em horas e turnos variados, para que sua amostragem seja a mais realista possível.

Somos humanos com qualidade e defeitos, mas o auditor precisa ser um gentleman, por isso jamais seja irônico ou prepotente e evite piadas com evidências de não conformidades, isso pode ser muito mal visto e gerar situações de crise e desconforto.

Evite também as chamadas “caras-e-bocas”, ou seja, fazer caretas de descontentamento explicita quando recebe, por exemplo, uma evidência solicitada que lhe pareça suspeita. Neste caso, com tranquilidade, solicite mais evidências até que suas dúvidas sejam sanadas.

Importantíssimo: seja pontual, gentil, cortês, profissional e impessoal, e lembre-se, não basta ser honesto, o auditor deve parecer honesto!

Por fim, como auditor faça da auditoria algo agradável, e isso não tem nada a ver com não lavrar as não conformidades que forem necessárias, mas sim sobre como fazê-lo com gentileza, ou quem sabe, até sorrindo e com simpatia, mostrando que um ponto de melhoria foi detectado.

Um auditor que faz um bom trabalho tem uma grande vantagem profissional, passa a conhecer áreas, diferentes processos e empresas, assim como desenvolver uma boa visão sistêmica de negócios, e enquanto audita, também aproxima e constrói relacionamentos, e isso pode catalisar carreiras por permitir entender sistemicamente segmentos industriais, e assim detectar com uma maior facilidade pontos de melhoria a serem propostos que agreguem valor para as organizações. Um mau auditor, ao contrário, passa a ser evitado.

Ser um bom ou mau auditor não tem nada a ver com abrir ou não as não conformidades detectadas, mas com a forma como se conduz uma auditoria, como se colhem evidências, como se demonstram fatos e se relaciona ao longo de todo este processo.

Uma auditoria não requer dos auditores apenas habilidades técnicas e conhecimento de normas, um excelente técnico pode ser um péssimo auditor.

Um auditor precisa sim ter ótimos conhecimentos técnicos, mas deve somar a isso competências associadas a relacionamento interpessoal e inteligência emocional. 

Quer contribuir com este artigo, tem uma boa história de auditoria, como auditor ou auditado? Então conte-nos aí nos comentários, lembrando sempre de contar o milagre, mas sem citar o nome do santo!

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GFSI busca especialistas em segurança de alimentos para desenvolver programa de competência de auditores

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A Iniciativa Global de Segurança de Alimentos (GFSI) está trabalhando no tema das competências de auditor e buscando especialistas no assunto para contribuir para o desenvolvimento de elementos adicionais do exame de auditoria do GFSI.

Com sua visão única de alimentos seguros para os consumidores em todos os lugares do mundo, a GFSI está pesquisando as competências genéricas do auditor de segurança de alimentos que sustentam todos os programas de certificação de referência da GFSI.

O principal objetivo da GFSI é reduzir os riscos de segurança de alimentos, fornecendo equivalência e convergência entre sistemas eficazes de gestão de segurança de alimentos, aumentando assim a segurança de alimentos, garantindo a proteção do consumidor e melhorando a eficiência de custos em toda a cadeia de abastecimento.

Os varejistas e fabricantes exigem resultados confiáveis, atestando a robustez dos sistemas de gerenciamento de segurança de alimentos certificados contra programas de certificação reconhecidos pela GFSI, enquanto os organismos de certificação querem um sistema simplificado de credenciamento de auditor.

Para melhorar tanto o crédito quanto a confiabilidade dos programas de certificação reconhecidos pela GFSI, estabelecer o perfil exigido de um auditor de GFSI tornou-se mais importante do que nunca. O exame de auditor GFSI visa aumentar a consistência em todas as auditorias realizadas por um auditor de GFSI.

Como o GFSI pode ajudar?

Liderando o caminho na harmonização de sistemas de gestão de segurança de alimentos em todo o mundo, a GFSI está unicamente posicionada para reunir as principais partes interessadas e definir diretrizes para estabelecer o perfil dos avaliadores de segurança de alimentos visando realizar auditorias de certificação reconhecidas pela GFSI.

Objetivos do Grupo

O modelo de competência do auditor da GFSI evolui em torno de:
• Auditoria de habilidades e conhecimentos, incluindo competências comuns aos auditores dos sistemas de gestão.
• Conhecimento técnico e habilidades relacionadas aos documentos de orientação da GFSI
• Comportamento necessários para realizar auditorias.

A GFSI não exige treinamento específico – apenas exame e avaliação de conhecimentos e habilidades para realizar consistentemente uma auditoria de GFSI. No momento, a GFSI está considerando dois tipos de exames: pré e pós fazenda até a indústria, que permitirão dois formatos de exame.

As PMEs terão uma oportunidade única de colaborar com os parceiros do GFSI e contribuir para o exame de auditor do GFSI:
• Escrevendo as perguntas do exame GFSI
• Revendo as questões do exame GFSI

A colaboração nos bastidores

Você já se perguntou como os mandatos do GFSI são definidos ou como suas prioridades são decididas a cada ano? Uma das coisas que torna o GFSI único é que ele se envolve em um diálogo bidirecional com a indústria. O GFSI abre a discussão para colaboradores da indústria alimentícia e de todos os países, que contribuem imensamente para discussões.

Os especialistas que dedicam seu tempo e experiência a esses fluxos de trabalho fazem isso voluntariamente, de forma independente durante todo o ano, e colaborativamente durante as reuniões presenciais do Grupo de Trabalho Técnico da GFSI. Para garantir que todo o espectro da indústria seja levado em conta de forma neutra, os grupos são compostos por uma ampla variedade de representantes, incluindo representantes de varejo, manufatura e serviços alimentícios, bem como organizações internacionais, governos, universidades e provedores de serviços para a indústria global de alimentos. indústria.

Gostou da idéia? Então participe preenchendo o formulário de inscrição até o dia 17/7/18

Entre no site do GFSI,  aqui.

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Vaga: Auditor de qualidade e segurança de alimentos

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Atividades: Realizar atividade de planejamento e preparação de auditoria/inspeção segundo os requisitos da ISO 19011 e ISO 17021 em indústrias processadoras de alimentos (food/feed), também em restaurantes, supermercados, armazéns, e afins, e apresentação de um relatório com as conclusões sobre a conformidade dos requisitos auditados. Realizar o registro e acompanhamento de ações corretivas decorrentes das auditorias/inspeções. Estar atualizado com as normas, padrões, legislações, etc., relativas à sua área de atuação.

Experiência: conhecimentos em HACCP, programas de pré-requisitos e sistemas de gestão de segurança de alimentos, como ISO 22000, FSSC 22000, BRC e GMP+. Conhecimento em legislação (Anvisa/MAPA). Conhecimento em diferentes processos produtivos, e capacidade de avaliação técnica dos mesmos. Experiência mínima de 5 anos em indústrias de alimentos (experiência em indústrias de açúcar/óleo de soja será considerado um diferencial). Experiência em auditorias de sistema de gestão de segurança de alimentos. Curso de auditor líder  (40 horas) ou equivalente reconhecido pelo IRCA.

Formação acadêmica: Graduação em engenharia de alimentos, tecnologia de alimentos, ciência dos alimentos ou áreas relacionadas.

Competências: Inglês avançado (leitura e escrita),  habilidades de entrevista, gestão de conflitos e comunicação intercultural. Habilitação categoria B necessária. Disponibilidade para viagens.

Interessados deverão enviar o currículo para jfreitas@controlunion.com

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Em entrevista, colunista Vanessa Cantanhede revela as duas características essenciais de um auditor

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Março é o mês de aniversário da nossa colunista Vanessa Cantanhede. Conheça um pouco mais sobre esta Engenheira de Alimentos (UFRRJ), que faz parte do time Food Safety Brasil há quase dois anos.

Vanessa é Doutoranda em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela UFRJ e mestre em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos pela Universidad de Chile. Estas são apenas algumas de suas formações. Ela trabalhou em grandes empresas no Brasil e no Chile. Atualmente é consultora independente e destaca que encontrou na consultoria uma forma de exercer sua vocação profissional. Ama trabalhar na capacitação de pessoas.

Confira a entrevista.

Juliane Dias: Que lições você tirou das indústrias chilenas em comparação com as brasileiras nas auditorias que realizou?

Vanessa: Fiquei pensando bastante antes de responder, mas sinceramente não encontrei grandes lições ou diferenças expressivas. Como aqui no Brasil, existem empresas e empresas. Auditei tanto organizações com um sistema robusto que funcionava bem, quanto aquelas que só tem sistema de gestão de segurança de alimentos no papel.

Juliane Dias: Que fatores estão ligados ao sucesso da implementação de uma norma em empresas familiares de pequeno ou médio porte? 

Vanessa: Sem dúvida, o principal fator é o comprometimento, tanto da alta direção, quanto dos colaboradores. Quando não há recursos financeiros expressivos, se torna ainda mais difícil atender a todos os requisitos normativos. Esta dificuldade se converte em criatividade, esforço, dedicação e aprendizado, quando existe o compromisso com o resultado.  

Outro fator que vejo como fundamental é a capacitação da equipe de implementação, e, por conseguinte dos colaboradores. Conhecer, interpretar a norma, a legislação, entender como aplicar, etc. Se eles forem bem capacitados e instruídos, terão os instrumentos necessários para fazer acontecer. É por isso que valorizo tanto a consultoria, pois para mim é um prazer enorme poder contribuir com o conhecimento e perceber o quanto as pessoas se desenvolvem ao longo do projeto.

Humberto Soares: Você trabalhou em grandes empresas e hoje atua como consultora independente. Quais as vantagens e desvantagens desta transição? 

Quando tive a oportunidade de trabalhar no Chile, com desenvolvimento de fornecedores, uma das minhas principais atribuições era realizar auditorias com base em requisitos de segurança de alimentos, tendo como referência a FSSC 22000. Entretanto, nas auditorias eu tinha liberdade para orientar, tirar dúvidas, dar sugestões, uma vez que o objetivo principal era dar o suporte necessário para que o fornecedor melhorasse seus processos e continuasse a oferecer matérias primas de excelente qualidade. Somente em casos pontuais eram desqualificados (só lembro de ter desqualificado 1 fornecedor de embalagem, pois não havia implementado sequer BPF). Durante este tempo, acabei desenvolvendo muitas habilidades de consultoria (rs) e me encantei com esta forma de trabalhar. Quando retornei ao Brasil, voltei decidida a exercer essa atividade, e tive a sorte de conhecer pessoas que abriram as portas para mim e sou muita grata por isso.

Para mim esta é a principal vantagem: trabalhar com o que gosto. Tenho prazer e encontrei na consultoria a forma de exercer minha vocação profissional (capacitar pessoas). Outra vantagem importante para mim é a flexibilidade de fazer sua agenda, de escolher quando e onde trabalhar.

Como desvantagens, cito: estar longe de casa na maioria dos trabalhos; imprevisibilidade financeira (só ganha se tiver trabalho/cliente) e não ter amigos de trabalho, rs. 

Alessandra Barreto: Quais características você considera essenciais a um auditor? Já teve que lidar com alguma situação difícil durante uma auditoria? 

Vanessa: Quando você faz um curso de auditor, aprende MUITAS características. Mas como você perguntou as características essenciais de um auditor, na minha opinião são duas:

A primeira é ter empatia (colocar-se no lugar do outro), entender que é uma situação de muita tensão e ser o mais amigável que puder (isto não significa abrir mão das não conformidades). Tentar reduzir o nervosismo do auditado, perceber quando deve dar dicas do que está pedindo (às vezes o auditado está tão nervoso que bloqueia). A segunda é ser tecnicamente bom, estudioso e conhecer bem o que está auditando; não ter “querências”, ou seja, entender que você está ali para auditar com base em critérios da norma e legislação e não em critérios pessoais.

A situação mais difícil em auditoria foi no Chile, quando estava auditando o gerente de qualidade de uma empresa, verificando documentos, etc, e ele pediu para atender a uma ligação. Quando retornou estava notadamente abalado, mas não disse nada. Eu percebi que algo não estava bem e perguntei a ele se gostaria de parar um pouco. Foi aí que vivi a situação mais difícil: ele me disse que aquela ligação era da esposa sobre o resultado de exame do filho dele de 6 anos, que acabara de ser diagnosticado com leucemia. Bem, naquele momento não consegui continuar a auditoria…

Camila Miret: Você está finalizando seu doutorado em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos na UFRJ, com foco em segurança de alimentos para embalagens. O que a motivou a fazer o doutorado? Como foi escolhido o tema da sua tese? E quais foram as principais dificuldades encontradas durante a realização dos seus trabalhos no doutorado? 

Vanessa: Quando morei no Chile tive a oportunidade de fazer mestrado em segurança de alimentos, gostei muito e fui bastante incentivada a seguir para um doutorado, visando futuramente lecionar em universidades. Quando retornei ao Brasil, conheci a prof. Karen S. Pereira (UFRJ), que atualmente é minha orientadora. Ela é aquele tipo de professor que quase não existe, sabe? Que ama dar aula, apaixonada pelo ensino e pelos alunos, e foi afinidade na hora, rs. Juntas, buscamos um tema para tese que fosse atual, desafiador, interessante e relacionado a sistema de gestão de segurança dos alimentos. Na época, 2012, muitas empresas de embalagens estavam sendo “solicitadas” a se certificarem na FSSC 22000 e vimos que seria uma abordagem interessante e inovadora, uma vez que naquele momento, não havia nenhum trabalho publicado que relacionava de forma tão direta segurança de alimentos e embalagens. Ao mesmo tempo conseguimos contato com uma fabricante de preforma PET que se interessou e permitiu o desenvolvimento da primeira parte deste trabalho. Um ano após iniciar o doutorado no Rio de Janeiro (UFRJ), me mudei para Fortaleza em virtude do trabalho do meu esposo. Foi aí que as principais dificuldades começaram, pois tinha que conciliar disciplinas e pesquisa de doutorado com trabalho, filha, cidade nova, tudo novo, morando a quase 3 mil km de distância da UFRJ. Não foi fácil, e pensei em desistir e largar várias vezes, mas que bom que persisti e agora vou defender minha tese. 

José Bariani: O povo chileno tem um perfil mais culto que o brasileiro. Quando falamos em segurança de alimentos o fato se repete? E como é o comportamento do chileno consumidor? Ele é muito exigente? 

Vanessa: O que vejo como grande diferença é que lá não existe o famoso “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas. Tudo é muito correto, mas também burocrático e um pouco inflexível, o que torna às vezes o sistema um pouco mais lento. E sim, os chilenos são consumidores bastante exigentes e conhecedores de seus direitos, mas reclamam menos que os brasileiros (o índice de reclamação do consumidor era bem menor). Gostava demais de morar e trabalhar lá, foi uma experiência incrível e de grande aprendizado.

Silvana Chaves: Qual foi seu maior desafio profissional? O que mais você se orgulha em dizer: foi um filho meu, é um legado deixado? 

Vanessa: Meu maior desafio profissional foi quando iniciei meu primeiro emprego, em 2007. Era recém-formada e estava há 6 meses trabalhando como estagiária. Fui promovida e de cara recebi a responsabilidade de implementar a ISO 22000 em uma empresa de grande porte, cujo processo era bastante complexo, com uma diversidade enorme de produtos, e sem muitos recursos humanos disponíveis… e o prazo? Curtíssimo (menos de 10 meses). Isso sem falar que eu não possuía experiência prévia na norma. Fui fazer os cursos e praticamente “me mudei” para dentro da empresa, mergulhei de cabeça no projeto, trabalhava 12 horas por dia no mínimo e sempre levava trabalho para casa fim de semana (com 16 estudos APPCC não poderia ser diferente). Naquela época, meu único objetivo era aprender tudo o que fosse possível, fazer um excelente trabalho e conduzir a empresa à certificação. No Brasil, era um tema recente, as certificações na norma estavam iniciando, e tínhamos o peso da responsabilidade de sermos os pioneiros. Foi muita dedicação, e muita emoção envolvida. Não dá para descrever a alegria, quando fomos auditados e recebemos a notícia da recomendação à certificação. Foi realmente um grande crescimento pessoal e profissional passar por isso! Até hoje utilizo muito dos aprendizados que adquiri nesta época, e sem dúvida, grande parte da minha formação em segurança de alimentos foi resultado desta fase. Fora que a partir dali me apaixonei pela ISO 22000 e até hoje trabalho com esta norma.

Humberto Cunha: Quais seus principais hobbies? Quando está de folga, o que mais gosta de fazer? 

Vanessa: Adoro caminhar na praia cedinho… Fim de semana tento acordar sempre cedo e fazer isso. É um momento em que gosto de conversar com Deus, pensar nas coisas da vida e agradecer por tudo. Além disso, gosto demais de ficar em casa com minha família, brincar com minha filha, ver TV, ler bons livros (agora com o fim do doutorado voltei a ler livros).

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? – Parte 4

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Chegamos hoje ao quarto e último artigo da série “Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço?”. Você ainda pode rever a primeira, a segunda e a terceira parte, onde abordamos o assunto da escolaridade e conhecimentos específicos, habilidades técnicas e práticas de auditoria. Desta vez, o tema é o perfil pessoal do auditor, e um pouco da minha experiência neste trabalho.

Além das habilidades e do comportamento profissional, que inclui “ser observador, mente aberta, diplomático, etc”, um bom auditor é e deve ser estudioso. Antes de cada auditoria a ser realizada, é bastante importante que o auditor prepare-se e procure conhecer informações sobre a empresa (por exemplo, através do site dela); verificar se já houve recall ou outra situação indesejável envolvendo o setor ou a empresa; rever a legislação aplicável; estudar os perigos razoavelmente esperados em materiais, processos e produtos cobertos pelo escopo e relembrar detalhes da tecnologia aplicável ao setor. Se a empresa já passou por auditorias anteriores, o auditor deve, como parte da preparação prévia, avaliar pelo menos o relatório da última auditoria, dando foco especial às não conformidades abertas, para depois poder verificar a implementação e a eficácia das ações propostas. Falando em relatório, uma escrita bem desenvolvida, clara e objetiva são imprescindíveis para um trabalho de qualidade, principalmente na descrição das não conformidades.

Outro atributo que considero bem relevante para um auditor é a capacidade de adaptação às situações adversas e às diferentes culturas. Digo isto não só para sair de algumas “saias justas” que passamos durante a auditoria, como, por exemplo, ter que lidar com auditados muito nervosos e pressionados pela Direção da empresa, mas para gerenciar os imprevistos que podem acontecer nos percursos e as diferenças regionais e culturais que temos no nosso imenso Brasil. Existem indústrias alimentícias nos lugares mais remotos. Pode haver atraso, dificuldade de acesso, pode ser necessário viagens longas, as vezes muito exaustivas e em dias e horários não muito simpáticos, incluindo viagens de ônibus, barco, avião, etc; a hospedagem pode ser em locais muito simples, e a refeição nem sempre é aquela que você gosta. Além disso, muitas vezes é preciso auditar processos no turno da noite. Por este motivo, o auditor deve ser flexível e estar totalmente disposto a viajar e a “encarar algumas aventuras”. Isto eventualmente pode ter um impacto nos relacionamentos pessoais, em função de que acabamos passando muitos dias fora de casa. Com o tempo, conseguimos gerenciar melhor as viagens, as malas e materiais a serem levados (acredite: menos é mais!) e conciliar tudo isso com outros trabalhos (é comum que os auditores também prestem serviços de consultoria e treinamento), e com a vida pessoal e familiar.

Ser auditor pode parecer bem cansativo em alguns momentos, mas vejo um grande benefício: é o aprendizado que ganhamos e ensinamentos que podemos agregar aos auditados. Visitei empresas que nunca imaginei que poderia visitar, vi processos muito interessantes e práticas fantásticas, conheci pessoas que me ensinaram até mesmo lições para a vida, passei por cidades, aeroportos, hotéis e lugares incríveis por este país. Ganhei um sorriso, um aperto de mão e um “muito obrigado” de muita gente, que enxergou na auditoria uma ferramenta de melhoria contínua, e eu pude efetivamente contribuir para agregar este valor à empresa. E isto tudo não tem preço! Não tem como aprender e viver em outro tipo de trabalho!

Como dica final, se você quer realmente ser auditor, comece realizando auditorias internas na sua empresa ou observe auditores mais experientes em ação; se sua empresa tem um programa de auditorias em fornecedores, procure conhecer mais sobre isso e candidate-se para fazer estas auditorias; estude, leia, mantenha-se atualizado, participe de treinamentos; por fim, se você está preparado para os desafios de ser auditor de certificação, tente uma colocação em um dos organismos de certificação existentes no Brasil. Mas lembre-se: você não é uma “máquina de fazer auditoria”, e deve sempre reservar tempo para descanso e lazer.

Boa sorte na sua trajetória!

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? – Parte 3

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Trazemos hoje a terceira parte do artigo “Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço?”. Você pode rever a primeira parte aqui e a segunda aqui, onde abordamos o assunto de escolaridade e conhecimentos específicos. Vamos falar das habilidades técnicas e práticas de auditoria.

Uma excelente fonte de consulta para entender melhor os tipos, princípios e técnicas de auditoria é a norma NBR ISO 19011 (Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão). A ISO 17021, que foi citada na 1ª parte da série, também é recomendável para estudo, em especial se você gostaria de ser auditor de certificação.

Primeiramente, é importante relembrar o conceito de auditoria, que está na ISO 19011: “processo sistemático, documentado e independente para obter evidência de auditoria (relatos, registros, dados e fatos verificáveis) e avaliá-la, objetivamente, para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria (conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos usados como uma referência na qual a evidência de auditoria é comparada) são atendidos”. Portanto, toda auditoria tem um começo, meio e fim; os dados, resultados e conclusões são registrados (por exemplo, em relatório), e a auditoria não é conduzida pelo responsável da atividade ou processo auditado.

As técnicas para realização de uma auditoria incluem os métodos usados para a obtenção das evidências de auditoria, que podem englobar: entrevistas, observação de atividades, leitura de documentos, análise crítica de registros, entre outros. O auditor precisa, para tal, ter a capacidade de realizar uma amostragem abrangente, ou seja, coletar evidências suficientes para uma avaliação adequada, que permitam chegar a conclusões confiáveis e robustas. Em entrevistas, as perguntas abertas são preferíveis, por possibilitar a obtenção de maior quantidade de informação (requer que o entrevistado explique ou dê respostas completas). Exemplos de perguntas abertas: “Quem é o responsável por este processo? O que é feito com o produto fabricado em condições em que o limite crítico do PCC for excedido? Onde é registrada a análise crítica pela direção? Com que frequência é realizada a auditoria interna?”.

Uma boa auditoria de sistemas de gestão baseia-se em alguns princípios fundamentais, para que se torne uma ferramenta eficaz na avaliação e na melhoria do desempenho de uma organização. São eles:

  1. Integridade (ética, competência e honestidade na realização dos trabalhos);
  2. Apresentação justa (constatações, conclusões e relatórios verdadeiros, exatos, objetivos e claros);
  3. Devido cuidado profissional (julgamentos ponderados em todas as situações de auditoria);
  4. Confidencialidade (discrição no uso e proteção das informações obtidas em auditoria);
  5. Independência (auditores imparciais – que não auditam o seu próprio trabalho – objetivos, livres de tendenciosidade e conflitos de interesse);
  6. Abordagem baseada em evidência (conclusões de auditoria baseadas em evidências verificáveis, com amostragem adequada para que se possa ter confiança no processo de auditoria).

Se o papel do auditor inclui a concordância com estes princípios, então convém que ele demonstre certas habilidades e um bom comportamento profissional. Podemos citar como exemplo:

  • Diplomático (tato para lidar com as pessoas);
  • Mente aberta (capacidade de considerar ideias alternativas);
  • Observador (capacidade de estar atento aos arredores e situações de auditoria);
  • Capacidade de comunicação (saber perguntar, ouvir com atenção e relatar adequadamente os achados de auditoria);
  • Versatilidade (capacidade de adaptação a diferentes situações e culturas empresariais);
  • Decisivo (estar seguro para tomada de decisões rápidas e baseadas em fatos verídicos e razões lógicas);
  • Capacidade de organizar o tempo e ser persistente e focado em atingir os objetivos da auditoria.

E onde aprendemos tudo isso? Os cursos de formação de auditor líder ou auditor interno em sistemas de gestão da segurança de alimentos costumam abordar com detalhes estes princípios e técnicas de auditoria, e muitas vezes realizam simulações. Mas a experiência prática “na vida real das empresas” é insubstituível e sem dúvida é a melhor forma de aprendizado. Sempre que possível, faça auditorias internas em sua empresa; busque acompanhar auditorias de clientes ou auditorias de certificação; peça para que auditores mais experientes observem o seu trabalho como auditor e, se pertinente, sugiram melhorias nas habilidades técnicas ou comportamentais. É assim que começamos a trilhar nosso caminho como auditor. Nas certificadoras, o processo de qualificação de um auditor é relativamente longo, sendo necessário observar várias auditorias, depois realizar auditorias sob supervisão de um auditor mais experiente, para depois conseguir auditar por si só.

No próximo artigo, comentarei sobre o perfil pessoal do auditor em algumas experiências que tive (e continuo tendo) nos meus trabalhos como auditora. Aguarde!

Créditos de imagem: IFSQN.

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? – Parte 2

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Dando continuidade a nossa série “Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço?”, cujo primeiro post você pode rever aqui, hoje vamos abordar os treinamentos e conhecimentos importantes para um auditor de sistema de gestão da segurança de alimentos.

A primeira e mais evidente necessidade é um profundo conhecimento da norma ou esquema que será auditada. Falando em FSSC 22000, é imprescindível que o auditor entenda muito bem os requisitos das partes componentes: sistema de gestão segundo ISO 22000, programa de pré-requisitos da ISO/TS 22002-1 (se for auditar fabricação de alimentos, bebidas e ingredientes) e os requisitos adicionais da FSSC. É claro que não é obrigatório que o auditor “decore” os requisitos, e sim, que saiba interpretar, compreender e aplicar. Normalmente, durante as auditorias, levamos as normas conosco para consulta. A FSSC requer que o auditor tenha um treinamento de técnicas de auditoria + interpretação do esquema com duração de pelo menos 40 horas (5 dias). Um curso de formação de auditor líder em segurança de alimentos que contenha a ISO 22000, a ISO/TS 22002-1 e os requisitos adicionais da FSSC, com duração de 40 horas, cobre a exigência.

Outro assunto de extrema relevância é a análise de perigos (APPCC). Qualquer auditor de segurança de alimentos deve dominar os conceitos e princípios do APPCC. A FSSC exige que o auditor realize um treinamento de pelo menos 16 horas (2 dias) em APPCC. O auditor deve ter conhecimento nos perigos relevantes dos materiais, produtos e processos do setor a ser auditado. Por exemplo, se você vai auditar uma fábrica de massas, você deve conhecer os principais perigos relacionados aos materiais (exemplo: farinha de trigo, ovos, embalagens plásticas, etc), ao produto e ao tipo de processamento e equipamentos envolvidos. Também é essencial que o auditor tenha domínio dos programas de pré-requisitos e das boas práticas de fabricação dos setores a serem auditados, incluindo toda a legislação pertinente de segurança de alimentos.

Embora nem sempre esteja claramente requerido pela FSSC, subentende-se que ter um sólido conhecimento em temas específicos que aparecem dentro do esquema ou que estejam relacionados a sistemas de gestão da segurança de alimentos é bastante importante. É recomendável que o auditor busque treinamentos em: ferramentas da qualidade, gestão e tratamento de não conformidades (PDCA, abordagem por processo, análise de risco, Ishikawa, Pareto, 5 Porquês, 5W2H, entre outros); metrologia e calibração; interpretação da ISO 17025 (até em função do requisito adicional da FSSC); princípios de projeto sanitário para a indústria alimentícia; gestão de alergênicos; Food Defense e prevenção de fraudes em alimentos; microbiologia de alimentos; tecnologia de alimentos e processamento de alimentos; rotulagem de alimentos; gerenciamento de crises; entre outros. Há muitas outras sugestões que poderíamos incluir aqui. Boa parte deste conhecimento é coberta pelo curso de graduação, mas o bom auditor está sempre estudando e mantém-se continuamente atualizado.

Nos próximos dias, vamos falar sobre as práticas de auditoria e habilidades de um auditor de sistemas de gestão da segurança de alimentos.

Fique de olho no blog!

Créditos de imagem: Food Engineering.

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Quero ser auditor de segurança de alimentos: o que faço? | Parte 1

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Durante os meus trabalhos como auditora de certificação, ouço esta pergunta de muitos profissionais que desejam ser auditores de sistemas de gestão da qualidade e da segurança de alimentos, de normas como ISO 9001, ISO 22000 e FSSC 22000.

Hoje inicio uma série de posts. Serão algumas recomendações sobre um possível caminho a ser trilhado pelo profissional que gostaria de ser auditor de sistemas de gestão, com foco em segurança de alimentos e no esquema FSSC 22000 para alimentos. O embasamento para estas recomendações está nos pilares “educação, experiência, treinamentos e habilidades”, e também em aspectos de como conciliar a vida pessoal com o trabalho de auditor.

Os organismos de certificação (OC) devem seguir a ISO 17021 (requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão) e a ISO/TS 22003 (requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão da segurança de alimentos) para determinar e avaliar as competências dos auditores de sistemas de gestão. No caso da FSSC 22000, há requisitos específicos para os auditores deste esquema, que devem ser observados pelos OC.

Do ponto de vista da educação (escolaridade), a formação em áreas correlacionadas ao tema de alimentos é meio caminho andado, como, por exemplo, curso superior em engenharia de alimentos, ciência ou tecnologia de alimentos, engenharia química, química, ciências farmacêuticas, medicina veterinária, engenharia agronômica, zootecnia, nutrição, biologia, entre outras. Mestrado, cursos de especialização e outras pós-graduações na área de segurança de alimentos, qualidade e sistemas de gestão são sempre valorizados. Formação superior não relacionada à área de alimentos eventualmente pode ser aceita, desde que o candidato tenha feito uma pós-graduação relevante relacionada à segurança de alimentos, ou demonstre experiência na área.

Em relação à experiência profissional, o candidato a auditor deve ter uma experiência mínima de cinco anos em indústrias relacionadas à cadeia produtiva de alimentos, incluindo pelo menos dois anos de trabalho na garantia da qualidade ou na área de segurança de alimentos na fabricação de alimentos. Ou seja, é fundamental que o auditor tenha trabalhado diretamente na indústria alimentícia, em áreas técnicas (qualidade ou segurança de alimentos) correlacionadas à produção de alimentos. De qualquer forma, o OC é o responsável por avaliar o currículo do candidato e decidir se este profissional pode ou não ser qualificado como auditor de SGSA.

No próximo post, vamos falar sobre os treinamentos e conhecimentos técnicos necessários para um auditor de sistemas de gestão da segurança de alimentos.

Fiquem atentos!

Créditos de imagem: AVA Vision.

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Curso de auditor interno de segurança de alimentos da ABEA

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Detalhes:

Módulo 1A

As boas práticas de fabricação.

 Visão de acordo com legislação vigente Brasileira.

Carga horária: 8 horas

 Serão abordados os requisitos de Boas Práticas inseridos nas principais legislações, de modo a promover a discussão sobre os itens:

 Lei: Definição e origem

  • Como se faz uma lei
  • Hierarquia das legislações existentes
  • Princípio da publicidade
  • Benefício individual x coletivo
  • Relações entre ANVISA X MAPA
  • Principais legislações genéricas de Boas Práticas
    • Portaria CVS6/99
    • Portaria CVS18/08
    • Resolução RDC275/02
    • Portaria 1428/93
    • Resolução RDC 216/04
    • Portaria 2619/11
    • Portaria 326/97
    • Portaria 368/97
  • Requisitos específicos:
    • Potabilidade de água
    • Manejo de resíduos
    • Controle Integrado de Pragas
    • Higiene Pessoal e saúde
    • Higiene do ambiente, instalações, equipamentos, móveis e utensílios
    • Seleção de matérias primas, ingredientes e embalagens
    • Manutenção preventiva e calibração
    • Recolhimento
    • Prevenção contra contaminação cruzada
    • Agentes tóxicos
    • Proteção contra adulteração dos alimentos

 Inscrições somente no site www.abea.com.br         

 

 

 

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O bom auditado

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Muito se discute, durante um processo de certificação, o desempenho da equipe Auditora, baseado, sobretudo, na forma como o evento foi conduzido. Para os auditados, nesta discussão, raramente importam os aspectos técnicos envolvidos, tomando-se por base os critérios da Auditoria. O que todos querem saber, ao final das contas, é se o Auditor é “bonzinho” ou se, ao contrário, é “muito rigoroso”.

 O que a maioria das organizações negligencia é que o sucesso da Auditoria depende, na absoluta maioria das vezes, exclusivamente, de seu próprio desempenho. É comum atribuir um eventual resultado negativo ao “mau” Auditor.

 Sim, claro, existem maus auditores. E para cada mau Auditor existem muitos, muitos, muitos maus auditados. As organizações negligenciam a preparação de seus colaboradores para que estes tornem-se capazes de encantar seus “árbitros”.

Quando auditores recorrem a um processo de entrevista, mesmo onde caiba apenas a interpretação de um documento ou registro, sempre haverá o papel de um interlocutor entre a Organização e a evidência da conformidade. Colaboradores sujeitos a assumir o papel de interlocutores devem conhecer toda a estrutura documental do Sistema de Gestão. Devem saber interpretar com clareza qual é a necessidade do Auditor e apresentar as saídas adequadas.

 Como Auditor, tenho observado enorme dificuldade das organizações em demonstrar habilidade com a documentação do Sistema. Por vezes, não encontramos evidências da conformidade que sabemos estarem lá, apenas porque o Auditado não consegue localizar a informação de modo adequado. E, neste ponto, não há nada que possamos fazer como auditores. Vários sistemas de gestão são construídos em torno da capacidade e do conhecimento de um RD ou de um pequeno grupo que lidera a implementação e que, inoportunamente, negligencia a divulgação adequada por toda a Organização.

 

Desenvolvi um modelo que aplico com sucesso em meus clientes, baseado na capacidade de distribuir entre quatro “níveis de participação” qualquer documento ou registro do Sistema de Gestão, associado à função do colaborador. São eles:

 Nível 1 – Responsabilidade ou Autoridade

Nível 2 – Execução ou Aplicação

Nível 3 – Interpretação e Apoio

Nível 4 – Abrangência

 A cada nível está associada uma estratégia de treinamento preparatório exclusivamente ligado ao evento da Auditoria. As estratégias envolvem entrevistas, simulações, verificações in loco e testes de conhecimento, especialmente desenvolvidos para cada função. Fatores comportamentais em um processo de auditoria são testados. Os resultados são medidos através de um modelo estatístico que considera o desempenho individual do colaborador dentro do grupo homogêneo, o desempenho do grupo homogêneo e os níveis de participação associados em cada caso. Cada resultado negativo é tratado individualmente com novas ações de treinamento.

 Colaboradores bem preparados evidenciam o compromisso da Organização com o Sistema de Gestão e o atendimento aos requisitos de comunicação interna, de forma direta.

 Melhor investir em capacitação… ou vamos continuar na torcida por vocês.

 Até a próxima!

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