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Antimicrobianos proibidos pela Instrução Normativa nº 1 de 2020 do MAPA

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O ano de 2020 iniciou com alterações na área de alimentação de animais. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu a Instrução Normativa (IN) nº 1 que determina que a importação, fabricação, comercialização e o uso de aditivos melhoradores de desempenho que contenham os antimicrobianos tilosina, lincomicina e tiamulina, classificados como importantes na medicina humana, estão proibidos em todo território nacional.

Por que esta medida foi tomada? Porque a OMS acredita que a ingestão de alimentos de origem animal oriundos de animais que tiveram tratamento com estes antimicrobianos possa ser prejudicial à saúde humana. Para afirmar isto, a OMS traz alguns números:

“Os agentes antimicrobianos são medicamentos essenciais para proteger a saúde humana e animal. No entanto, a contínua emergência, desenvolvimento e disseminação de organismos patogênicos resistentes a antimicrobianos constituem uma preocupação global crescente.

A OMS desenvolve e promove diretrizes para minimizar o impacto na saúde pública da resistência antimicrobiana associada ao uso de antimicrobianos em animais produtores de alimentos. A OMS também fornece suporte técnico no monitoramento do uso de antimicrobianos.”

No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que “a vigilância epidemiológica das DTA (VE-DTA) monitora os surtos de DTA e os casos das doenças definidas em legislação específica (consultar Informações Técnicas). De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), são notificados em média, por ano, 700 surtos de DTA, com envolvimento de 13 mil doentes e 10 óbitos.”

Analisando estes dados, conclui-se pela necessidade de tais medidas. 

Mas e como tratamento terapêutico, estes medicamentos estão proibidos? Não, eles podem ser utilizados para tratamento de doenças, mas devidamente indicados e administrados por médicos veterinários, que acompanham todo o processo e fazem o controle de datas e liberações para o abate destes animais, tudo fiscalizado via Boletim Sanitário.

Estes medicamentos são potentes antimicrobianos bacteriostáticos usados no tratamento de: diarreia suína causada por Brachyspira hyodysenteriae; colite espiroquetal causada por Brachyspira pilosicoli; ileíte causada por Lawsonia intracellularis; pneumonia enzoótica causada por Mycoplasma hyopneumoniae, pneumonia micoplásmica causada por Mycoplasma hyopneumoniae, e disenteria suína causada por Serpulina hyodisinteriae.

A OMS recomenda a restrição completa de todas as classes de antimicrobianos importantes na medicina humana para uso na promoção de crescimento de animais produtores de alimentos.

Referências:

https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-transmitidas-por-alimentos/informacoes-tecnicas

https://www.who.int/foodsafety/areas_work/antimicrobial-resistance/en/

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Estamos na semana mundial de conscientização sobre a resistência aos antimicrobianos

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Estamos na semana mundial de conscientização sobre a resistência aos antimicrobianos e ao uso de antibióticos. Para celebrar a data, a OMS (Organização Mundial da Saúde) está divulgando um material sobre o assunto, que pode ser acessado aqui.

Na própria página há também um parecer publicado após consenso estabelecido em Genebra, com o seguinte teor: “Deixemos de administrar antibióticos a animais sãos para prevenir a propagação da resistência aos antimicrobianos”. 

resistencia_antibioticos_OMS

Informações gentilmente enviadas por:

Dra. Simone M. Raszl

DVM, MSc, PhD Food Science – Food Safety and Surveillance, Specialist – Responsável pela área de food safety  na Organização Panamericana da Saúde / OMS na região das Américas e Caribe

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Nanotecnologia tornando mais seguras as superfícies de contato com alimento

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O Brasil já está começando a ocupar um espaço relevante na aplicação da nanotecnologia para a segurança de alimentos. A empresa Nanox, 100% brasileira,  obteve o registro da Food and Drug Administration (FDA), para comercializar materiais bactericidas para aplicação em embalagens plásticas de alimentos.
A empresa foi criada a partir de um grupo de pesquisa do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDC) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp e não para de crescer.

Conversamos com o sócio  Gustavo Simões, que nos ensina um pouco mais sobre esta tecnologia. 

Como a nanotecnologia pode contribuir com a segurança dos alimentos? 
Neste caso, a nanotecnologia nos ajuda nos processos que usamos para fabricar as partículas de prata e é ela que ajuda a aumentar o tempo de prateleira dos alimentos, eliminando as bactérias da superfície da embalagem.

O que é o produto?
Nosso produto é um material que pode ser incorporado em qualquer tipo de plástico, conferindo a propriedade bactericida e fungicida a este. O produto é a base de partículas metálicas de prata que tem esta propriedade de eliminar bactérias e fungos.

E como se dá o mecanismo bactericida?
Os íons de prata são carregados positivamente e, portanto, são atraídos para a parede da célula bacteriana de carga negativa. (No caso das zeólitas, os íons de prata são liberados devido à troca iônica, geralmente com sódio, que ocorre em contato com a umidade).
Uma vez em contato com o micróbio, o íon prata tem três efeitos sobre ela:
– inibe as enzimas responsáveis pela respiração;
 -inibe a divisão celular;
 -impede o metabolismo.
A prata tem sido usada historicamente para muitas aplicações, nas quais um ambiente estéril é necessário. É conhecida por ser segura, não tóxica e altamente eficaz. Além disso, o principal benefício de compostos de prata é que eles estão imóveis e, portanto, não se infiltram (não migram) no conteúdo do plástico.

Há um tempo de contato mínimo para se dar a ação antimicrobiana? 
O tempo de contato depende do material, mas 15 minutos são suficientes. O produto é bactericida (elimina as bactérias) e bacteriostático (não permite o crescimento de bactérias e fungos).

Em que superfícies pode ser aplicado?
Em todas as poliolefinas (PE, PP, PS etc). Temos clientes de utilidades domésticas, tapetes e carpetes, sacos de armazenar alimentos (freezer bags), equipamentos odontológicos, bebedouros e purificadores de água, geladeiras, móveis hospitalares, etc.

Por quanto tempo dura a ação batericida/bacteriostática nas aplicações?
O tempo de vida depende muito do produto, uso, local de utilização, etc. 

Foi muito longo o processo de aprovação no FDA?
O processo do FDA foi rápido se compararmos com processos similares no Brasil. O processo todo demorou cerca de 7 meses.

Vocês exportam, mas tem clientes no Brasil? Como o mercado tem assimilado o conceito?
Nós exportamos, mas os principais clientes nossos estão no Brasil. O mercado brasileiro tem sido muito receptivo ao produto e este está em formação. Muitas empresas ainda não conhecem e estamos intensificando a “evangelização” do mercado. O potencial é muito grande.

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Ácido peracético e dióxido de cloro como antimicrobianos em carne de frango

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A qualidade microbiológica e a segurança alimentar são assuntos que tem ganhado cada vez mais importância na área de alimentos. Várias tecnologias para a descontaminação de micro-organismos em produtos cárneos têm sido investigadas. A adição de interventores químicos, como dióxido de cloro e ácido peracético também tem sido fonte para a realização de diversos estudos. Este trabalho objetivou determinar a eficiência do ácido peracético e dióxido de cloro no tratamento para a conservação de sobrecoxas de frango. Foram utilizadas sobrecoxas de frango resfriadas, as quais foram submetidas a tratamentos de imersão e tambleamento, em água destilada (controles) e em soluções de 200 mg . L-1 de dióxido de cloro e de 100 mg . L-1 de ácido peracético, durante um período de 3 minutos. Após este período, as amostras ficaram 3 minutos sobre uma grade para escorrer o líquido excedente e, posteriormente, foram embaladas em sacos plásticos e armazenadas sob refrigeração a 4°C (±1°C). As amostras foram submetidas à determinação de pH e análises microbiológicas de contagem de coliformes a 35°C, contagem de coliformes a 45°C e contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos. As análises microbiológicas e a determinação do pH foram realizadas nos dias 0 (logo após os tratamentos), 2, 5 e 7 de armazenamento. As amostras também foram submetidas à análise sensorial (cor, odor, sabor e textura) através do teste de comparação múltipla. Os dados resultantes destas análises foram submetidos à análise estatística de variância, com 5% de significância. Constatou-se que os tratamentos com ácido peracético e dióxido de cloro são realmente eficientes como antimicrobianos em amostras de sobrecoxa de frango para os micro-organismos estudados. As amostras submetidas ao tratamento com dióxido de cloro apresentaram maior pH que as amostras controle. Não houve diferença sensorial entre as amostras controle e as amostras submetidas aos diferentes tratamentos.

Baixe aqui o trabalho completo.

Palavras-chave: Descontaminação. Coliformes. Mesófilos.
Rev. Higiene Alimentar, vol. 26, p. 167-172, n. 206/207, março/abril 2012.

Autores: Marina Bergoli Scheeren, Nelcindo Nascimento Terra, Leadir Lucy Martins Fries, Suelem Lima da Silva, Liana Inês Guidolin Milani. Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos – Universidade Federal de Santa. Maria, RS

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Atualização do Plano Nacional de Controles de Resíduos Biológicos do MAPA.

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Foi publicada no dia 22/05/2012 a Instrução Normativa SDA nº 11/2012, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelece o Subprograma de Monitoramento em Carnes (Bovina, Aves, Suína e Equina), Leite, Pescado, Mel, Ovos e Avestruz para o exercício de 2012, referente ao Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal – PNCRB.

Através do PNCRB, o Mapa fiscaliza a quantidade de contaminantes e de resíduos de produtos veterinários presentes nos produtos de origem animal, como antimicrobianos, sedativos, antiparasitários, anticoccidianos, anabolizantes, micotoxinas e outros.

A Norma tem por objetivo melhorar o controle realizado para verificar e garantir a qualidade e a segurança dos produtos de origem animal produzidos no Brasil. Foi incluída a pesquisa de novos resíduos e alguns limites máximos permitidos foram revistos. Em 2011, foram examinados cerca de 180 resíduos e neste ano serão pesquisados pelo menos 213 tipos, denotando um aumento de mais de 18% no número de substâncias monitoradas.

A amostragem será aleatória, com sorteio dos estabelecimentos onde serão colhidas as amostras, e serão definidos os laboratórios oficiais e credenciados pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária que as receberão para análise.

 

Maiores informações no site www.agricultura.br/legislacao.

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