Não pode ir ao V Encontro profissionais da Garantia da Qualidade – Simplificar para praticar – que ocorreu nos dias 27 e 28 de abril em Campinas? Não tem problema, o Food Safety Brazil estava lá e vai trazer resumos com os principais temas abordados nestes dois dias de muito aprendizado.
O encontro foi aberto pela nossa presidente, Juliane Dias, com a palestra “Por que simplificar?” Que trouxe uma reflexão de que tempos de crises, como o que estamos vivendo no Brasil, podem ser uma grande oportunidade para melhorias no sistema de gestão da qualidade e segurança de alimentos.
E para mostrar que a crise não é brincadeira, o gráfico abaixo deu um choque de realidade, fazendo todos pensarem no assunto e buscar soluções.
A hora é de contenção total de gastos, logo, desperdícios são inaceitáveis. Você já parou para pensar se seu sistema de gestão é entendível? Todos os documentos são uteis? É fácil e barato de se manter?
E aí mais uma pergunta foi feita para reflexão: já pensou quais os riscos que as pessoas podem trazer ao negócio? A resposta é: MUITOS! Por isso capacitar pessoas não deve ser visto como um gasto e sim como investimento.
Na sequência veio a palestra “Gestão de riscos e seus benefícios”, ministrada pela Rubiana Vitor, que apresentou os fundamentos da gestão de riscos baseado no ISO Guia 73 e na ISO 31.000. Esta palestra deu uma visão geral da gestão de riscos, que foi assunto citado em diversas palestras.
A definição de risco é o efeito da incerteza nos objetivos. Levando em consideração que um efeito pode ser positivo, negativo ou um desvio esperado. Além disso, o risco é muitas vezes descrito por um evento, uma mudança de circunstâncias ou uma consequência (ISO Guia 73 e na ISO 31.000).
Os benefícios da gestão de risco são vários, entre eles:
- Aumento da probabilidade de atingir os objetivos;
- Encoraja gestão pró ativa;
- Melhora identificação de oportunidades e ameaças;
- Atende normas e requisitos legais;
- Melhora: governança, confiança das partes interessadas, controles.
Os principais tipos de risco são:
- Pessoal: Falta de habilidade ou capacidade; ausência inesperada de pessoa chave; problemas de saúde, acidentes, lesões;
- Instalações: Inadequadas ou insuficientes; controle de acesso; localização; fluxo processo ou zoneamento;
- Equipamentos: Quebra; projeto não sanitário; facilidade de limpeza;
- Tecnologia da informação: Falha no sistema de hardware (TI); pirataria; vírus;
- Comunicação: Gestão inadequada das informações; falha na comunicação interna ou extern;
- Processos: Instáveis; sem recursos; sem planejamento.
O enfoque dado na palestra foi mais abrangente, mostrando o negócio como um todo e não só com foco na segurança de alimentos, porém associando a gestão de riscos com a segurança de alimentos, nada mais é que o nosso conhecido HACCP. Veja que os riscos citados acima estão relacionados com os programas de pré requisitos, como: higiene e saúde dos colaboradores; instalações, layout e equipamentos; food defense; limpeza e higienização; contaminação cruzada.
O esquema a seguir mostra como avaliar e gerenciar os riscos, de modo a garantir que o negócio não afete a aplicação na segurança de alimentos.
A gestão de riscos foi “o assunto” mais comentado nos dois dias de treinamento, sua importância e necessidade de estar alinhada com a estratégia da empresa, além de estar totalmente alinhada com a ISO 9001:2015, que também foi o tema da palestra, ministrada por Delder Lopes, esta nova versão traz como principal alteração o conceito de gestão de risco mais evidente. Todas as normas ISO, passaram ou estão passando por revisão, que é o caso da ISO 22.000, cuja expectativa de nova versão é para início de 2017. O objetivo da atualização da normas e integra-las mais facilmente, por isso foi estabelecido uma estrutura genérica de gestão e os requisitos adicionais serão acrescentados de acordo com cada setor.
Em breve veja mais notícias deste evento!