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Como foi o 17º Meeting Food Safety Brazil – Monitoramento microbiológico do ar em plantas alimentícias

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No mês de novembro aconteceu o nosso 17° Food Safety Brazil Meeting. Este evento trouxe uma rica discussão sobre o monitoramento microbiológico do ar em plantas produtoras de alimentos.

Para debater  esse assunto iniciamos o encontro com a palestra do Luis Costa, gerente de aplicações na Merck para América Latina. Ele nos deu informações muito relevantes sobre os processos para uma coleta eficaz de amostras de ar, tanto no que tange aos equipamentos mais adequados, quanto sobre tempo/volume de ar coletado e os melhores locais para que seja feita a coleta de amostra. Além disso, explicou como a indústria traça seus parâmetros de avaliação das condições do ar da sua planta.

A segunda palestra foi da nossa colunista Carla Gomes, que trouxe exemplos práticos de condições físicas de alguns ambientes fabris e métodos para controlar a ocorrência de contaminantes microbiológicos.

Após as ótimas palestras, recebemos muitas perguntas dos mais de 300 participantes que acompanharam o evento.  Muitas delas foram respondidas prontamente e as demais encaminhamos para os palestrantes. As respostas seguem abaixo.

P – Considerando que não existe um valor único e universal de referência, uma vez que os limites podem variar conforme o tipo de indústria e o objetivo da análise, existe alguma previsão de regulamentação específica voltada ao controle e monitoramento de bioaerossóis na indústria alimentícia?

R – Não há previsão de regulamentação de limites microbiológicos para qualidade do ar na indústria de alimentos. Alguns estudos podem ajudar a ter uma base para saber se sua indústria esta próxima a outras do mesmo tipo:

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S016816052400223X

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S016816052400223X

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2211601X11001581

https://www.mdpi.com/2311-5637/10/5/231

https://www.mdpi.com/2311-5637/10/5/231

Muito importante salientar que a NBR 17037/2023 não é direcionada para indústria, mas para ambientes residenciais climatizados artificialmente

P – O parâmetro de bolores e leveduras pode ser maior que o de bactérias mesófilas? Há problema se for?

R – Sim, é possível que o parâmetro de bolores seja maior que de mesófilos mesmo que seja muito raro. Em nosso tempo de experiência isso ainda não ocorreu, mas poderia ocorrer em ambientes secos com alta quantidade de pós no ar.

P – Como posso pegar uma amostra de ar comprimido sendo que utilizo hoje o modo de exposição de placas?

R – Não é eficaz tentar amostrar ar comprimido usando placas simples com ágar. Há o chamado método de borbulhamento, que se baseia no borbulhamento do ar comprimido em uma solução estéril salina e depois essa solução é analisada. É um método usado por algumas empresas, mas a eficácia é baixa para análise microbiológica. A forma correta e segura de amostrar gases comprimidos é utilizando o aparelho MAS 100 Atmos.

P – Pode falar mais um pouco sobre biofilmes em ar comprimido?

R – Biofilmes em ar comprimido podem acontecer se não houver um bom controle de umidade na geração ou distribuição. Importante ter sistema para secagem. As linhas de ar comprimido normalmente não têm design higiênico, aumentando o risco de formação de biofilmes.

Uma forma de minimizar o risco de contaminação, quando o ar comprimido é utilizado em contato direto com produtos alimentícios, é instalar filtros microbiológicos próximos ao ponto de consumo. A troca deve ser conforme plano de manutenção, o  que não isenta a necessidade de remoção da umidade do ar.

O evento foi um sucesso e ficamos muito felizes em compartilhar informações tão relevantes com nossos leitores. Que venham outros encontros!

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